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11/11/2009 1 Tecido conjuntivo Prof.ª: Lucélia Coimbra E-mail: luceliacoimbra@yahoo.com.br UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA Os tecidos em geral apresentam na sua organização básica (1) células e (2) meio extracelular. Tecidos – estrutura geral Célula Meio extracelular Estrutura geral dos tecidos Tecido conjuntivo: abundância de substância entre as células • O tecido responsável pelo estabelecimento e manutenção da forma do corpo • Característica e Funções • Tecido com muita substância intercelular • Preenche espaços e sustenta outros tecidos • Serve de meio para trocas • Ajuda a defesa e proteção do corpo • Local de armazenamento de gordura Caracterização do Tecido Conjuntivo 11/11/2009 2 Células do conjuntivo Qual a origem das células conjuntivas? Estrutura do Tecido Conjuntivo propriamente dito • Fibroblastos • Mastócitos • Macrófagos • Adipócitos • Pericitos • Plasmócitos • Neutrófilos • Eosinófilos • Linfócitos Gartner, Hiatt (1999) Células: Tecido Conjuntivo - Células Células Residentes Células Transitórias Pericito Algumas células deste tecido são produzidas localmente e permanecem neste ; outras, vêm de outros territórios e podem habitar temporariamente o tecido. Fibroblastos www.northwestern.edu/nuin/faculty/Chisolm_R/ -- Possuem citoplasma abundante com muitos prolongamentos e rico em RER e Complexo de Golgi. São as células mais comuns. Núcleo ovóide - As células sem atividade metabólica são conhecidas como FIBRÓCITOS. São menores que os fibroblastos e tem aspecto fusiforme. 11/11/2009 3 Fibrócitos e Fibroblasto Microscopia Óptica Microscopia Eletrônica F -- Síntese dos componentes da MEC- colágeno e elastina além das glicosaminoglicanas, proteoglicanas e glicoproteínas multi-adesivas da matriz Funções: -- Envolvidos no crescimento normal, reparo de lesões e nos processos fisiológicos rotineiros de todos os tecidos do corpo; -- Podem se transformar em outro tipo de célula (adipócito, osteoblasto e condroblasto); -- Miofibroblastos (intermediários entre fibroblastos e células musculares lisas) participam do fechamento dos ferimentos, contraindo as cicatrizes. -- Fibroblastos do tecido conjuntivo intramuscular organizam o processo cicatricial no local das células musculares mortas; Fibroblastos Fibroblasto: núcleo grande, nucléolo evidente e citoplasma basófilo. Ver prolongamentos Síntese: colágeno, elastina, glicosaminoglicanas, proteoglicanas, glicoproteínas. Produção: fatores do crescimento. Fibrócitos são metabolicamente quiescentes. Fig.42 - FIBRÓCITOS com finos prolongamentos celulares separados por fibrilas colágenas (Cf) em cortes transversais Mastócito Grânulos basófilos citoplasmáticos Núcleo central (encoberto) Metacromasia (azul → vermelho) Secreção parácrina (atuação local) Reações de hipersensibilidade imediata (alergias) 11/11/2009 4 Mastócitos - Originam-se de precursores da medula óssea -O mastócito maduro - célula globosa, grande e com citoplasma repleto de grânulos basófilos. -Grânulos elétron-densos, heterogêneos e contêm mediadores químicos como a histamina, heparina, prostaglandinas, bradicininas -. -- Concentram-se em torno de vasos sanguíneos pequenos e no conjuntivo subepitelial dos sistemas digestivo e respiratório; 1 Gartner, Hiatt (p. 97, 1999) • O processo de anafilixia consiste em: a pessoa tem uma primeira exposição ao antígeno, que resulta na produção de IgE. A IgE se prende na membrana dos mastócitos. A uma segunda exposição ao mesmo antígeno, resulta na ligação do mesmo a IgE que está presa à superfície do mastócito.Este evento acelera a secreção de grânulos dos mastócitos, liberando histamina, leucotrienos, ECF-A e heparina. Anafilaxia Mecanismo de secreção pelos mastócitos A liberação de mediadores químicos promove reações alérgicas ditas “reações de hipersensibilidade imediata” MASTÓCITO em processo de desgranulação 11/11/2009 5 Adipócito – Núcleo periférico ou central – Armazenamento de triglicerídeos – Origem mesenquimal – Uni ou multilocular Pericitos -- Podem se diferenciar em células musculares lisas e endoteliais após lesão; -- Circundam parcialmente as células endoteliais de capilares e vênulas, compartilhando a lâmina basal; -- Por sua contratilidade, ajudam a regular o fluxo sanguíneo desses vasos. RECRUTAMENTO CELULAR: células transitórias Inflamação “É uma reação dos tecidos vascularizados a um agente agressor caracterizada pela saída de líquidos e de células do sangue para o interstício” Recrutamento dos Leucócitos RECRUTAMENTO CELULAR: células transitórias Rolamento Adesão Transmigração Selectinas Integrinas Tecido conjuntivo Ativação Tecido Conjuntivo - Células 11/11/2009 6 Leucócitos Presentes no sangue; saem do vaso por diapedese, entrando no conjuntivo extravascular Após saírem do sangue, não retornam (exceto linfócitos), morrendo por apoptose OBS.: o sangue também é um tecido conjuntivo NEUTRÓFILOS Granulócitos BASÓFILOS EOSINÓFILOS -- Se Se dividemdividem emem linfócitoslinfócitos B e T , B e T , osos linfócitoslinfócitos B B formamformam osos plasmócitosplasmócitos queque produzemproduzem anticorposanticorpos -- Os Os linfócitoslinfócitos T T reconhecemreconhecem antígenosantígenos nana superfíciesuperfície de APC. de APC. Linfócitos Linfócitos T: responsável pelo sistema imune celular T helper: iniciam e mantêm as respostas imunitárias T citotóxico: contatam fisicamente e matam células estranhas T supressor: reduz resposta a antígenos próprios ou estranhos T da memória imunitária B: responsável pelo sistema imune humoral B da memória imunitária Linfócitos Linfócito T auxiliador Linfócito B Linfócito T citotóxico Macrófago (HIV) Plasmócito Plasmócito 11/11/2009 7 Plasmócito • Linfócito B – Sangue, linfa, órgãos linfóides – Semelhante a linfócito T – Célula redonda, núcleo central – Citoplasma escasso – Cromatina condensada – Não secreta imunoglobulinas • Plasmócito – Locais sujeitos à penetração de bactérias (intestino) e locais inflamados; no sangue NÃO – Célula ovóide – Citoplasma basófilo (RER) – Golgi supranuclear – Núcleo excêntrico; cromatina com áreas claras e escuras alternadas (roda de carroça) – Secreta imunoglobulinas Linfócito Plasmócito -- Célula fagocítica: defesa e APC Macrófagos Macrófagos -- Fagocitam células velhas, danificadas, mortas e cancerosas; - Fagocitam microorganismos e apresentam antígenos. Funções: -- Secreção de substâncias função de defesa e reparo, - Digestão, - Apresentação de antígenos, - Remoção de restos celulares Macrófagos -- Comportam-se tanto como células residentes quanto transitórias; -- Originam-se de precursores da medula óssea, tendo o monócito como intermediário; -- Características morfológicas muito variáveis - dependem do seu estado de atividade funcional e do tecido que habitam. - Têm aparelho de Golgi bem desenvolvido, muitos lisossomas e um RER proeminente. -- Citoplasma basófilo, com muitos pequenos vacúolos e grânulos densos (lisossomas). MACRÓFAGO livre do tecido conjuntivo, com lisossomas primários, muitos vacúolos digestivos, RER, superfície irregular e numerosos vacúolos de pinocitose Macrófago Superfície irregular: devido a capacidade fagocítica e de pinocitose Muito Golgi, RER e lisossomos Monócitos circulam no sangue e são imatutos 11/11/2009 8 Macrófago Macrófagos Em outros locais, recebem nomes específicos: Célula de Kupfer - fígado Célulade poeira - pulmão Célula de Langerhans - pele - Sistema mononuclear fagocitário (SMF) - Macrófagos, monócitos, osteoclastos e micróglia Célula de Kupfer - fígado Células vistas em condições patológicas -- Células epitelióides: macrófagos aumentam de tamanho e se organizam em grupos - Célula gigante: fusão de macrófagos Ex: Tuberculose, Esquistossomose MACRÓFAGO ao ME de varredura. A) emitindo pseudópodo B) englobando hemácias MACRÓFAGO livre do pulmão ou macrófago alveolar. A) de indivíduo não- fumante MACRÓFAGO livre do pulmão ou macrófago alveolar. B) de indivíduo fumante, com grande quantidade de corpos residuais contendo material não digerível e superfície muito irregular 11/11/2009 9 Os tecidos em geral apresentam na sua organização básica (1) células e (2) meio extracelular. Tecidos – estrutura geral Célula Meio extracelular Estrutura geral do tecido conjuntivo • Células • Matriz extracelular: – Fibras protéicas (colágenas, elásticas, reticulares) – Substância Fundamental (água, íons, proteínas) Matriz extracelular • água • eletrólitos • glicoproteínas • fibras Estrutura geral do tecido conjuntivo Matriz extracelular (substância fundamental amorfa) Matriz extracelular • água • eletrólitos •glicoproteínas Estrutura geral do tecido conjuntivo A substância fundamental é composta por: – Proteoglicanas e glicosaminoglicanas – Glicoproteínas adesivas – Água – Íons 11/11/2009 10 Glicosaminoglicanos (GAGs) • Polissacarídeos longos, não-ramificados, compostos por unidades dissacarí- dicas que se repetem Com exceção do ácido hialurônico, todos são sulfatados e fazem ligações covalentes com proteínas, formando os proteoglicanos. Responsáveis pela consistência em gel da MEC Proteoglicanas e glicosaminoglicanas • Proteoglicana – Eixo protéico central – GAGs ligadas covalentemente a esse eixo – Semelhante a uma escova • Glicosaminoglicanas (GAGs) – “Cerdas da escova” – Polímeros de dissacarídeos – Antigamente denominadas muco- polissacarídeos – Ácido hialurônico, dermatansulfato, queratossulfato, condroitinsulfato, heparansulfato Proteoglicanas e glicosaminoglicanas A - - - - - - - - - - - - - - - - - - Proteoglicanas e glicosaminoglicanas H2O H2O H2OH2O H2O + + + + + + + + + ++ Poliânions Cátions (Na+) Água Por sua hidratação, as moléculas de proteoglicanas ocupam muito espaço, conferindo grande resistência a forças de compressão. As fibras colágenas conferem resistência a forças de distensão. Matriz P roteoglica n a Ácido hialurônico (GAG) AGRECANA H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2OH2O H2O H2O H2O H2O H2OH2 O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2OH2O H2O H2O H2OH2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2 O H2O Proteoglicanas e glicosaminoglicanas 11/11/2009 11 Glicoproteínas adesivas • Fibronectina – Sítios de aderência para células, para colágeno e para glicosaminoglicanas – Possibilita migração celular • Laminina – Aderência da lâmina basal às células Integrina As proteínas transmembranas (integrinas) são os receptores de matriz e se ligam ao colágeno, fibronectina, laminina e à filamentos de actina no citoesqueleto - - - - - - - - - - - - - - - - - - + + + + + + + + + ++ H2O H2O H2O H2O H2O A água e outras moléculas de baixo peso molecular que se acumulam na matriz originam-se do sangue. Capilar sangüíneo Excretas Nutrientes Gases Matriz extracelular Matriz extracelular Pressão hidrostática Pressão osmótica Aumento do líquido intersticial, provocado por: • Obstrução de vasos linfáti- cos: infecções parasitárias; • Obstrução venosa ou dificuldade de retorno do sangue venoso: insuficiência cardíaca; • Desnutrição: redução do volume protéico sanguíneo e diminuição da pressão osmótica. Edema Fibras do conjuntivo colágenas, elásticas, reticulares 11/11/2009 12 Constituição das fibras Colágeno Elastina Colágeno Fibras colágenas Fibras reticularesFibras elásticas Matriz Extracelular: Fibras Estrutura: As fibras do tecido conjuntivo são formadas por proteínas que se polimerizam formando estruturas muito alongadas Tipos principais : colágenas, reticulares (Formadas pelo colágeno) e as elásticas. Dão rigidez e sustentação aos tecidos. O colágeno é a proteína mais abundante no organismo, cerca de 30% do peso seco, encontrado em pele, osso, cartilagem e lâmina basal. Matriz Extracelular: Fibras Colágenas 1 Estrutura: • Constituídas pela proteína colágeno; • São estruturas alongadas, com diâmetro variável; • Possuem estriação transversal característica visível, na microscopia eletrônica. Ross et al. (1993) C Matriz Extracelular: Fibras Colágenas Proteína Colágeno: • Proteína mais abundante do corpo, produzida por grande variedade de células; • Existem vários tipos, com composição bioquímica, morfologia e funções diferentes; • A molécula de colágeno (tropocolágeno) possui 3 cadeias polipetídicas enroladas em hélice. Ross et al. (1993) Matriz Extracelular: Fibras Colágenas • Classificação quanto à estrutura e função: Alberts et al. (1997) Colágenos que formam longas fibrilas : São formados pela agregação de moléculas de colágeno do tipo I (mais abundante), II, III, V e XI, claramente vistas ao M.E. Função : resistência a tensão, a pressão e manter a estrutura dos órgãos expandíveisColágeno associado às fibrilas : São estruturas curtas que ligam as fibrilas de colágeno umas as outras e outros componentes da matriz extra- celular. Pertencem ao grupo : colágeno tipo IX e XII Não visível ao M.E. e sim detectado por imunocitoquímica Encontrados no tendão embrionário, pele fetal e cartilagem • O colágeno corresponde a 30% das proteínas no nosso corpo; é a proteína mais abundante no corpo humano • De acordo com sua estrutura e função, pode ser classificado em: – Colágenos que formam fibrilas – Colágenos associados a fibrilas – Colágeno que forma rede – Colágeno de ancoragem 11/11/2009 13 Fibras colágenas: o colágeno tipo I Colágeno tipo I - Fibras espessas e resistentes à tensão. Derme, tendões, ligamentos, osso, ligamento periodontal Tipo de colágeno Características Colágeno I O mais comum, forma fibras espessas e resistentes à tensão. Derme, tendões, ligamentos, osso, dentina e cemento Colágeno II Forma fibras delgadas resistentes à pressão. Matriz das cartilagens Colágeno III Forma fibra reticulares, dando estrutura ao baço, fígado, nodos linfáticos, músculo liso e tecido adiposo Colágeno IV Não forma fibra mas uma rede emaranhada sustentando a lâmina basal Colágeno V Forma fibras delgadas e associa-se ao colágeno I Colágeno VII Forma fibrilas muito delgadas, denominadas fibrilas de ancoragem que dão suporte à lâmina basal OBS.: o colágeno é uma proteína abundante. Há mais de 20 tipos dessa proteína. Síntese do colágeno Transcrição do DNA e formação do RNA Adesão do RNAr ao RNAm Tradução do peptídio de sinal Direcionamento para o RER Síntese de pró- colageno α Cisterna do RER: hidroxilação da prolina e lisina Algumas hidroxilisinas são glicosiladas Pró-colagenos α se juntam para formar pró- colágeno (vit C) Golgi: glicosilação Exocitado como pró- colágeno Enzima pró-colageno peptidase cliva peptídios terminais (tropocolágeno) Colágenose reúne em fibrilas Fibras colágenas: o colágeno tipo I SÍNTESE DA CADEIA α COM PEPTÍDEOS DE REGISTRO HIDROXILAÇÃO DE ALGUMAS PROLINAS E LISINAS GLICOSILAÇÃO DE DETERMINADAS HIDROXILISINAS FORMAÇÃO DE MOLÉCULAS DE PROCOLÁGENO UNIÃO DE TRÊS CADEIAS α SECREÇÃO CLIVAGEM DOS PEPTÍDEOS DE REGISTRO FORMAÇÃO DE FIBRILATropocolágenoProcolágeno AGREGAÇÃO DE FIBRILAS PARA FORMAR FIBRAS DE COLÁGENO Fibrila de colágeno Fibra colágena Distúrbio Defeito Sintomas Síndrome de Ehlers- Danlos tipo IV Falha na transcrição e na tradução do colágeno tipo III Ruptura da aorta e do intestino Síndrome de Ehlers- Danlos tipo VI Falha na hidroxilação da lisina Elasticidade da pele aumentada; ruptura do globo ocular Síndrome de Ehlers- Danlos tipo VII Diminuição da atividade da peptidase do procolágeno Aumento da mobilidade articular; luxações freqüentes Escorbuto Síntese diminuída de colágeno por falta da vitamina C (cofator da oxidase da prolina e da oxidase da lisina) Ulceração das gengivas; hemorragias Osteogenesis imperfecta Modificação de um nucleotídeo nos genes para colágeno tipo I Fraturas espontâneas; insuficiência cardíaca OBS.: o quelóide é um espessamento cutâneo devido a um depósito excessivo de colágeno que se forma em cicatrizes da pele. • Defeito na renovação do colágeno por deficiência de vitamina C; • A vitamina C é importante na hidroxilação das cadeias polipeptícas do colágeno; • As moléculas de tropocolágeno não se agregam para formar fibrilas; • Indivíduos apresentam ulceração gengival, hemorragias, perda dentária, olhos afundados, pele pálida etc.; • Doença muito comum nos tripulantes de navios britânicos na era napoleônica. Correlação clínica: escorbuto 11/11/2009 14 Correlação clínica: síndrome Ehlers-Danlos • Conjunto de sinais e sintomas resultantes de distúrbios na síntese do colágeno ; • Falha na hidroxilação da lisina: SED tipo VI, com elasticidade aumentada da pele e ruptura do globo ocular; • Deficiência das enzimas que removem os peptídeos de registro: SED tipo VII, com aumento da mobilidade articular e luxações frequentes. Correlação clínica: osteogenesis imperfecta • Modificação em um nucleotídeo dos genes para colágeno I; • Fraturas espontâneas, deformidades ósseas, insuficiência cardíaca. Fibras reticulares: o colágeno tipo III • Muito delicadas e constituídas de colágeno III; • Formam extensa rede em certos órgãos, apoiando as células; • Não formam grandes feixes e podem ficar dispersas na SFA; • Contêm muitos açúcares (PAS +) e têm afinidade pela prata (argirófilas). Fibras reticulares: o colágeno tipo III LOCALIZAÇÃO • Limite entre epitélio e conjuntivo; • Em torno dos adipócitos, pequenos vasos sanguíneos e nervos; • Formando estroma de sustentação de órgãos hematopoéticos e linfáticos; • Em torno de células musculares lisas; • Em algumas glândulas (endócrinas). Baço Fibras reticulares: o colágeno tipo III As fibras reticulares constituem o arcabouço de sustentação de vários órgãos (medula, baço, fígado). Essas fibras apresentam afinidade pelos sais de prata, sendo então denominadas fibras argirófilas. Coram-se em negro nessa técnica. Fígado Linfonodo Correlação clínica: A síndrome de Ehlers-Danlos tipo IV é causada pela deficiência em colágeno tipo III, com rupturas frequentes das artérias e do intestino. Fibras elásticas: a elastina ElastinaProelastina Fibroblastos Células musculares lisas (vasos) Célula 11/11/2009 15 Fibras elásticas: a elastina Microfibrilas de fibrilina Elastina (amorfa) Mais delgadas que as fibras colágenas; não apresentam estriação transversal • Elaunínicas (muitas microfibrilas e pouca elastina) • Oxitalânicas (exclusivamente fibrilas) Fibras elásticas: a elastina As fibras elásticas se esticam facilmente, voltando à sua forma inicial tão logo cessem as forças deformantes. Fibras elásticas: a elastina Fibras elásticas: a elastina O tecido conjuntivo tem alto poder de regeneração. Alguns tecidos com menor capacidade regenerativa, quando lesados, são substituídos por tecido conjuntivo. A esse tecido conjuntivo formado para repor áreas de destruição dá-se o nome de CICATRIZ. A renovação das fibras colágenas apresenta velocidades que variam de acordo com o tecido observado. Essa renovação é lenta nos tendões e rápida nos ligamentos que prendem os dentes aos alvéolos. O cortisol produzido pelo córtex da adrenal diminui a capacidade de síntese das fibras do conjuntivo. Além disso, esse mesmo hormônio diminui a atividade de linfócitos. 11/11/2009 16 Finish!
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