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UMA VISÃO GERAL SOBRE OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS 
 
Primeiramente, é necessário considerar os reservatórios da matéria na natureza. Alguns reservatórios 
ocorrem na atmosfera (carbono na forma do dióxido de carbono, nitrogênio como gás nitrogênio), outros nas 
rochas que compõem a litosfera (cálcio na forma de carbonato de cálcio, potássio na forma de feldspato), bem 
como nas águas que compõem a hidrosfera (fósforo na forma de fosfato, entre outros). 
Os nutrientes podem sofrer ciclagem em escalas tanto locais quanto globais, dependendo das rotas do 
ciclo em questão. Por exemplo, o fósforo pode sofrer ciclagem completa em um lago, enquanto que o carbono e 
o nitrogênio, por serem levados pela atmosfera em grandes quantidades, sofrem ciclagem em uma maior escala 
espacial. Como consequência, o ciclo do fosforo é relativamente simples porque não necessariamente envolve o 
componente atmosférico, uma vez que a crosta terrestre é o seu maior reservatório. Isto também o faz um ciclo 
lento comparado àqueles cujos reservatórios encontram-se na atmosfera, como o nitrogênio e o carbono. Em 
adição, os ciclos podem ser considerados abertos – quando o elemento em questão dificilmente retornará ao 
reservatório de origem, como no caso o fósforo que flui das rochas para as aguas – ou fechado. Neste último 
caso, ciclos com reservatórios atmosféricos e grande participação da biota, como o nitrogênio, constitui um 
exemplo. 
No caso do ciclo do carbono, o dióxido de carbono é um composto de grande importância, onde o 
mesmo encontra-se em grandes níveis nas plantas. Anualmente, estima-se que as plantas removem cerca de 
1/7 do dióxido de carbono da atmosfera no processo fotossintético. Entretanto, no processo de respiração e 
decomposição dos organismos, ocorre um retorno deste composto à atmosfera. 
Como colocado acima, o ciclo do nitrogênio é, tal como o ciclo do carbono, um ciclo considerado global. 
Neste ciclo, ressalta-se a importância de algas azuis, bactérias livres e também aquelas associadas às 
leguminosas, as quais captam o nitrogênio atmosférico e o convertem a uma forma passível de utilização pelas 
plantas. O consumo das plantas pelos animais, por sua vez, torna o nitrogênio disponível para estes 
consumidores. 
O ciclo do enxofre, mais do que qualquer outro ciclo, é profundamente influenciado por ações antrópicas 
como a queima de combustíveis fósseis, onde cerca de 160 por cento do nível de emissões deste elemento é 
produzida por meio de ações do homem. Esta emissão leva ao problema relativo às chuvas ácidas, as quais 
ocorrem em escala global. Outro ciclo que sofre grande influência de fatores tanto naturais quanto antrópicos é o 
ciclo do carbono. Erupções vulcânicas, mudanças sazonais em ambientes temperados, incêndios e a queima de 
combustíveis fósseis aumentam a concentração de dióxido de carbono na atmosfera. O ciclo do nitrogênio 
também tem sido alterado pelo homem através da industrialização deste elemento via uso de fertilizantes na 
agricultura, o que causa um aumento nos níveis de nitrogênio nos solos e nas águas das zonas agrícolas. Ainda, 
o ciclo do fósforo tem sido alterado por ações antrópicas em decorrência da pesca em ambientes marinhos, a 
qual transfere anualmente cerca de 50 teragramas de fósforo do mar para o meio terrestre. Em suma, mudanças 
geradas pelo homem podem afetar os ciclos de absolutamente todos os elementos de forma dramática. 
 
Bibliografia Consultada: 
 
Begon, M., Harper, J.L. & Townsend, C.R. 2007. Ecologia: de indivíduos a ecossistemas. 4
a
 ed. Porto Alegre, 
Artmed Editora. 752p. 
Stiling, P. 1999. Ecology: theories and applications. 3
a
 ed. Prentice Hall, New Jersey. 638p.

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