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fundamentos sociologicos_Cap_02

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Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Administração
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CAP 02: A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E A TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Administração
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OBJETIVO DO CAPÍTULO
O capítulo analisa as transformações econômicas, sociais e culturais ocorridas na Europa do século XV ao XIX
Estas mudanças levaram ao fim da sociedade FEUDAL e ao surgimento da sociedade CAPITALISTA
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TEMA CENTRAL DO CAPÍTULO
Será focada a REVOLUÇÃO INDUSTRIAL que leva ao surgimento do SISTEMA FABRIL DE PRODUÇÃO
O surgimento deste sistema está diretamente ligado ao surgimento da SOCIOLOGIA e da ADMINISTRAÇÃO enquanto ciências
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FEUDALISMO
Vida concentrada na área rural
Pouca mobilidade social entre classes
Intercâmbios comerciais limitados
Transportes pouco desenvolvidos
Não havia moeda única
Economia baseada em atividades agrícolas e artesanais
Amplo domínio da Igreja sobre a vida social
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SOCIEDADE FEUDAL
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Feudalismo
A produção de riquezas era baseada na agricultura;
Medida de riqueza – quantidade de terras;
Sociedade estamental – sistema hierárquico rígido, sem mobilidade social;
Classes sociais: nobreza (guerreiros), clero (sacerdotes) e servos (trabalhadores);
Unidade produtiva – domicílio do trabalhador;
Relações sociais baseadas no costume.
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SOCIEDADE FEUDAL
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PRINCIPAIS CLASSES SOCIAIS
Nobreza
Clero
Camponeses e artesãos
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DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO
Surgimento das feiras
Expansão do comércio 
Grandes navegações 
Exploração das colônias
Surgimento da classe burguesa
Formação de capital que será investido na indústria
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DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO
Primeiras inovações tecnológicas 
Utilização de máquinas leva camponeses para as cidades
Decadência das oficinas artesanais pela concorrência com as primeiras máquinas
Formação da classe operária (artesãos falidos e camponeses expulsos das terras)
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A CLASSE BURGUESA
 Jean Renoir (1876) Jean Renoir (1874)
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A CLASSE OPERÁRIA
 
 Charles Chaplin (1936)
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AS NOVAS CLASSES SOCIAIS 
DO CAPITALISMO
A classe burguesa é a possuidora do capital e age segundo a ética individualista, que prioriza o lucro
A classe operária formou-se quando camponeses e artesãos foram despossuídos de seus meios de produção
O trabalho transformou-se em mercadoria
Os operários possuem apenas sua força de trabalho, que oferecem em troca de salário
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DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO: RUPTURA SOCIAL
Da sociedade agrária à sociedade industrial
Produção em larga escala baseada no uso de máquinas
Novas classes sociais: operários e capitalistas
Divisão do trabalho na fábrica e especialização do operário em uma única tarefa
Uso intenso da tecnologia
Novo estilo de vida e cultura (urbano)
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AVANÇOS TECNOLÓGICOS
A tecnologia nunca mais parou de se desenvolver, trazendo impactos profundos para a sociedade
 Séculos XVIII e XIX Século XX Século XXI
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CONFLITOS SOCIAIS
Aumento da produção gera muita riqueza
Operários trabalham em condições degradantes
Acentuam-se as desigualdades sociais
Cidades se expandem de modo desordenado (problemas de saúde, habitação, emprego)
Movimentos operários
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CONDIÇÕES DE TRABALHO 
(INÍCIO DO SÉCULO XX)
 Georgia (EUA), entre 1908 e 1912 (foto de Lewis Hine)
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CONDIÇÕES DE TRABALHO 
(INÍCIO DO SÉCULO XX)
 
 Indiana, EUA, 1908 (Lewis Hine)
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CONDIÇÕES DE TRABALHO 
(INÍCIO DO SÉCULO XX)
Foto de CHARLES EBBET: Operários lanchando durante 
a construção do Rockefeller Center (NY, 1932)
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MANIFESTAÇÕES OPERÁRIAS
 
 Ludismo, Inglaterra (1811 )
 Revolta contra as máquinas
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MANIFESTAÇÃO OPERÁRIA
 Chicago, 1º de maio de 1886
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MANIFESTAÇÕES OPERÁRIAS
 Emma Goldman lidera trabalhadores em Nova Iorque (1916)
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CONFLITOS IDEOLÓGICOS
A ideologia do liberalismo inspira a mentalidade industrial
Os liberais se opunham às políticas de assistência aos pobres
O mercado é visto como espaço de livre competição
Não deveria existir intervenção do Governo na economia
O livre jogo da oferta e da procura no mercado resultaria no bem coletivo
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CONFLITOS IDEOLÓGICOS
A ideologia socialista inspira os movimentos operários
Os socialistas criticavam o capitalismo como um sistema de exploração dos trabalhadores
Defendiam a revolução da sociedade pelos operários e o controle dos meios de produção pelo Estado
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CONFLITOS IDEOLÓGICOS
 Adam Smith Karl Marx 
 (liberalismo) (socialismo) 
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SISTEMAS PRODUTIVOS
Formas de organização do trabalho:
SISTEMA FAMILIAR;
SITEMA DE CORPORAÇÕES;
SISTEMA DOMICILIAR;
SISTEMA FABRIL.
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SISTEMA FAMILIAR
A família produzia para seu próprio consumo;
O excedente era trocado com outras famílias - escambo;
A família produzia tudo que consumia;
Unidade produtiva – residência do trabalhador;
Não existia mercado.
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SISTEMA DE CORPORAÇÕES DE OFÍCIO – oficinas artesanais
Corporações eram associações de artesãos que surgiram a partir do século XII, estas organizações foram formadas para garantir a transmissão dos conhecimentos do mestre aos aprendizes, proporcionar ajuda mútua entre os trabalhadores e impor padrões de qualidade aos produtos ;
Nas oficinas a produção era realizada por mestres artesãos com auxílio de aprendizes que poderiam ser seus familiares;
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SISTEMA DE CORPORAÇÕES DE OFÍCIO – oficinas artesanais
A produção era realizada nas oficinas que funcionavam
na casa do mestre;
Os artesãos mantinham o controle da produção - determinavam a concepção e a execução do trabalho, o número de horas trabalhadas, a forma de realizar as tarefas e as técnicas utilizadas, eram donos das ferramentas, da matéria-prima e do produto final.
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SISTEMA DE CORPORAÇÕES DE OFÍCIO – oficinas artesanais
Seus produtos eram vendidos para o mercado local para suprir as necessidades de sua comunidade e a produção era adaptada às limitações do consumo;
Noção do justo preço; 
O mestre dominava todas as técnicas envolvidas no processo de produção e compartilhava este know-how com os aprendizes que, após alguns anos, podiam adquirir ferramentas, um pequeno estoque de matérias-primas e se estabelecer como mestres de sua própria oficina.
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SISTEMA DOMICILIAR - putting-out system
Os artesãos mantinham sob seu poder a concepção e a execução do trabalho, determinavam o número de horas trabalhadas, a forma de realizar as tarefas e as técnicas utilizadas na produção;
A produção era realizada por mestres artesãos com auxílio de aprendizes.
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SISTEMA DOMICILIAR - putting-out system
A produção era realizada em casa e os capitalistas não possuíam nenhum modo de supervisionar o processo produtivo no ambiente domiciliar;
Eram donos das ferramentas;
Recebiam a matéria-prima do capitalista.
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SISTEMA DOMICILIAR - putting-out system
Perda de uma parte do controle da produção: o capitalista que fornecia a matéria-prima era quem determinava as metas, os prazos e o preço da produção;
Não eram os donos do produto final de seu trabalho que era vendido pelo capitalista em mercados longe do alcance dos artesãos que os fabricavam.
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SISTEMA FABRIL
A produção era organizada nas instalações do capitalista que reuniu vários trabalhadores em um mesmo local de produção para supervisionar a execução de suas tarefas;
Eram utilizadas máquinas na produção - produção mecanizada;
A habilidade do trabalhador não era necessária;
 
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SISTEMA FABRIL
Perda do controle da produção - os trabalhadores não possuíam a matéria-prima, as ferramentas e o produto final;
Os trabalhadores eram obrigados a trabalhar de maneira mais regular e sistemática, de acordo com o princípio da divisão do trabalho;
Divisão do trabalho - cada trabalhador executava somente uma parte de todo o processo produtivo, de modo que a mercadoria só estava acabada após passar sucessivamente por várias mãos.
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SISTEMA FABRIL
O capitalista transformou-se no proprietário do produto ao longo de todas as etapas de produção: contratava os trabalhadores para utilizar as matérias-primas, os instrumentos de trabalho e as instalações e apropriava-se dos produtos acabados;
O trabalhador vendia a sua própria força de trabalho - trabalhador assalariado.
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PROGRESSO HUMANO OU 
PROBLEMAS SOCIAIS?
Drucker destaca os fatores positivos trazidos pela industrialização:
Ampliação da vida cultural
Melhoria da qualidade de vida nas cidades
Progressos tecnológicos
Mobilidade social
Melhorias trazidas ao longo do tempo pela gestão das empresas
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SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA
Os primeiros sociólogos surgem no século XIX e se dedicam ao estudo dos problemas sociais resultantes do processo de industrialização
Casos de suicídio, alcoolismo, desemprego, epidemias, prostituição, falta de moradia e revoltas operárias chamaram a atenção dos sociólogos
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KARL MARX
Karl Marx analisou os conflitos de classe e previu uma revolução operária que destruiria o capitalismo
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EMILE DURKHEIM
Estudou as causas sociais do suicídio e as condições de anomia (ausência de ordem e de regras) da sociedade industrial 
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MAX WEBER
Estudou a influência da crença religiosa protestante no surgimento do capitalismo e analisou a burocracia nas organizações
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SURGIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO
Produção complexa na fábrica, envolvendo grande número de trabalhadores assalariados, tecnologia em expansão e produção em larga escala 
Problemas de adaptação dos operários às novas condições de trabalho nas fábricas (especializado e com alta tecnologia)
Necessidade capitalista de tornar mais produtivo o trabalho
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SURGIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO
Os primeiros teóricos da administração surgem no início do século XX e se dedicam a contornar os conflitos nas fábricas, visando a garantia do retorno do capital investido (princípio do capitalismo
 Frederick Taylor Henri Fayol
 (Teoria Científica) (Teoria Clássica)
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ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA
A sociologia e a administração são “filhas” da sociedade Industrial capitalista
A Revolução Industrial provocou mudanças e problemas na sociedade que foram analisados pelos sociólogos
A Revolução Industrial deu origem à moderna empresa industrial e às grandes cidades que passaram a ser administradas por gestores profissionais
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ADMINISTRAÇÃO E 
PROBLEMAS SOCIAIS
O espectro da miséria rondava a sociedade no começo do século XX, mas esta não era uma preocupação das empresas
E hoje em dia?
 Portinari, “Retirantes” (1944)
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