Buscar

1ª Parte - Atividade financeira do Estado

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL
FACULDADE DE DIREITO DE ALAGOAS – FDA
CURSO DE DIREITO
PERÍODO: 7º
DISCIPLINA : DIREITO TRIBUTÁRIO I
Prof. Dr. Manoel Cavalcante de Lima Neto
MÓDULO I – 1ª PARTE – NOÇÕES DE ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO
A atividade financeira do Estado
Conceito
A atuação estatal voltada para obter, gerir e aplicar os recursos financeiros necessários à consecução das finalidades do Estado que, em última análise, se resumem na realização do bem comum (K. Harada, p. 32).
“consiste, portanto, em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu àqueloutras pessoas de direito público” – (A. Baleeiro, p. 4).
Instrumental para atingir a finalidade do Estado
Obter recursos e realizar gastos não é um fim em si mesmo (RLT, p. 5). 
Finalidade do Estado: realização do bem comum.
Bem comum
Conjunto de todas as condições de vida social que consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana (Dallari, p. 107).
São objetivos fundamentais da República F. do Brasil – art. 3º da Constituição Federal (construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação).
Assegurar os direitos fundamentais do cidadão.
Assegurar outros direitos fixados em lei.
“manutenção da ordem interna, asseguramento da defesa contra eventual inimigo externo, aplicação do direito aos casos controvertidos (distribuição de justiça), feitura das leis que regerão a comunidade, prestação de serviços públicos, construção de estradas, fiscalização de muitas atividades particulares, e até mesmo no campo social e econômico a presença do Estado faz-se sentir de forma acentuada”. Celso R. Bastos, p. 3 e 4.
“Necessidade pública é toda aquela de interesse geral, satisfeita pelo processo do serviço público. É a intervenção do Estado para provê-la, segundo aquele regime jurídico, que lhe dá o colorido inconfundível. A necessidade torna-se pública por uma decisão dos órgãos políticos (A. Baleeiro, p. 4). “Cabe ao poder político a escolha dessas necessidades coletivas, encampando-as como necessidades públicas e, conseqüentemente, inseri-las no ordenamento jurídico, disciplinando-as a níveis constitucional e legal” – K. Harada, p. 32.
Extensão da atividade financeira – União, Estados, DF e Municípios e respectiva autarquias (Fazenda Pública).
A concepção de Estado é que dimensiona o volume das finanças públicas. (K. Harada p. 33). 
Estado Fiscal – projeção financeira do Estado de Direito (RLT, p. 8).
Estado fiscal – Estado liberal clássico – se restringia ao exercício do poder de polícia, da administração da justiça e da prestação de uns poucos serviços. Não necessitava de sistema financeiro amplo (RLT, p. 8 e 9).
Estado Social Fiscal – Estado Social de Direito – o Estado deixa de ser o mero garantidor das liberdades individuais e passa à intervenção na ordem econômica e social. Atividade financeira por tributos extraídos da economia privada. Os impostos se deixam impregnar pela finalidade social ou extrafiscal.
Estado Democrático e Social Fiscal – Estado Democrático e Social de Direito. Mantém características do Estado Social, mas passa por modificações importantes. Diminuição do tamanho, restrição ao intervencionismo no domínio social e econômico.
	
Receitas públicas
Conceito - “É o capital arrecadado, coercitivamente, do povo, tomado por empréstimo ou produzido pela renda dos seus bens ou pela sua atividade, de que o Estado dispõe para fazer face às despesas públicas” – Alberto Deodato – K H, p. 58.
 Classificação doutrinária relevante:
Receitas originárias – decorrem da atuação do Estado na exploração de atividade econômica - Patrimoniais (ex. arrendamento, locação, alienação de bem público, etc.); Empresariais (tarifas postais, tarifas de estrada de ferro, etc.).
Receitas derivadas – tributos, multas.
Classificação legal – art. 11, da Lei nº 4.320/64 (Normas gerais de Direito Financeiro)
Receitas correntes – § 1º (tributárias, patrimonial, multas, indenizações, etc.).
Receitas de capital – § 2º (recursos oriundos de constituição de dívidas, conversão em espécie de bens e direitos, etc.).
Despesas públicas
 Conceito - “Conjunto dos dispêndios do Estado ou de outra pessoa de Direito Público, para funcionamento dos serviços públicos” – Aliomar Baleeiro (p. 73).
 “Aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma autorização legislativa, para execução de fim a cargo do governo” – Aliomar Baleeiro (p. 73).
 Classificação legal – (art. 12, da Lei nº 4.320/64)
Despesas correntes – (§ 1º e § 2º) dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis e as transferências correntes, dotações para despesas às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manutenção de outras entidades de direito público ou privado. (Estão vinculadas à manutenção e ao funcionamento de serviços públicos, J. Teixeira, p. 31).
Despesas de capital (§ 4º, § 5º e § 6º) - investimentos para o planejamento e a execução de obras; inversões financeiras para aquisição de bens imóveis, etc. e transferências de capital para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar. (As operações de capital têm por finalidade concorrer para a formação de um bem de capital, citando-se como exemplo as obras de asfaltamento, as construções de rodovias, de escolas, de hospitais e outras) - J. Teixeira, p. 32.
Orçamento público
“Ato pelo qual o Poder Legislativo prevê e autoriza ao Poder Executivo, por certo período de tempo e em pormenor, as despesas destinadas ao funcionamento dos serviços púbicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei” - Aliomar Baleeiro, p. 411.
Leis de iniciativa do Poder Executivo (art. 165, da CF) – Plano plurianual; Diretrizes orçamentárias e Orçamento anual.
Lei do orçamento – estima a receita e fixa as despesas.
Créditos públicos
“Crédito público é um contrato que objetiva a transferência de certo valor em dinheiro de uma pessoa, física ou jurídica, a uma entidade pública para ser restituído, acrescido de juros, dentro de determinado prazo ajustado”. K. Hirada, p. 128.
Competência da União – CF: a) fiscalizar e legislar sobre operações de crédito (art. 21, VIII, art. 22, VII); b) Atribuição da lei complementar – dívida pública, concessão de garantias, emissão e resgate de títulos da dívida pública. 
Bibliografia Básica
BALEEIRO, Aliomar. Uma Introdução à Ciência das Finanças. 17ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008..
HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. 15. São Paulo: Atlas, 2006.
MACHADO JR. José Teixeira; COSTA REIS, Heraldo da. A Lei nº 4.320 comentada. IBAM, 1998.
TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário. 12 ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2005.

Outros materiais