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Direito de Família Seminário Bem de Familia

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Direito de Família
Seminário
Do bem de Família
 Bens residência da família e enquanto for impenhorável por dívidas posteriores à sua constituição, salvo as provenientes de impostos devidos pelo próprio prédio. Como domicilio membros da família, o bem de família é um direito, não se confundindo com imóvel residencial sobre o qual incide: Segundo Álvaro Villaça Azevedo, “o bem de família é um meio de garantir um asilo à família, tornando-se o imóvel onde ela se instala domicilio impenhorável e inalienável, enquanto forem vivos os cônjuges e ate que os filhos completem sua maioridade.
 No Brasil na Carta Magna de 1988, cujo art. 5º, XXVI. Proclama que “a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento. No direito norte-americano, representava a simples isenção de penhora sobre o pequeno imóvel, de ate cinqüenta acres, rural ou urbano, como Suíça, Espanha, Portugal e Chile.
 A (Lei nº 8.009, 29 de março de 1990), em defesa da entidade familiar surgiu assim o bem de família obrigatório também denominado involuntário ou legal. Segundo Álvaro Villaça Azevedo, “nessa lei emergencial, não fica a família à mercê de proteção, por seus integrantes, mas defendida pelo próprio Estado, de que é fundamento. O Código Civil de 2002, que deslocou a matéria para o direito de família, direito patrimonial. Art. 1.711 “mantidas as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial em lei especial”.
 Na legislação civil atualmente duas espécies de bem de família sobre bens imóveis, e moveis o voluntario, decorrente da vontade dos cônjuges, companheiros ou terceiro; o involuntário obrigatório, resultante de estipulação legal (Lei nº 8.009/90). O primeiro, no entanto, só se verifica quando o proprietário tem dois ou mais imóveis residências e deseja optar por um deles, para mantê-lo protegido, e o fizer mediante escritura publica ulteriormente registrada.
 Menciona Ricardo Arcoverde Credie bem residencial pela família o direito de imunidade relativa à apreensão por força de lei e em alguns casos ainda por manifestação de vontade, sobre imóvel urbano ou rural, de domínio e ou posse integrante, residência efetiva desse grupo, que alcança ainda os bens moveis quitados que a guarneçam, ou somente esses em prédio que não seja próprio, alem das pertenças e alfaias, eventuais valores mobiliários afetados e suas rendas.
Bem de família voluntário
 No art. 1.711 do Código Civil, permite, pois, aos cônjuges ou à entidade familiar a constituição do bem, mediante escritura pública ou testamento, não podendo seu valor ultrapassar um terço do patrimônio liquido do instituidor existente ao tempo da instituição. Ou seja quando o casal ou entidade familiar possuir vários imóveis, utilizados como residência, e não desejar que a impenhorabilidade recaia sobre o de menor valor. Neste caso, deverá ser estabelecido o bem de família mediante escritura publica registrada no Registro de imóveis, na forma do art. 1.714 do Código Civil, escolhendo-se um imóvel de maior valor para tornar-se impenhorável.
 Voluntário convencional nos arts. 70 a 73 do Código Civil de 1916 “não apenas a família matrimonializada, mas a que se constituiu pela união estável, pode usar da faculdade legal no art. 226 da Constituição Federal; Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. Sublinha Eduardo de Oliveira Leite “de forma lapidar e amplíssima, dispôs que a família toas a famílias tem especial proteção do Estado, famílias biparentais (oriundas de um casamento civil, ou religioso, ou decorrentes de união estável), quando as famílias monoparentais.
 O bem de família obedece a requisitos intrínsecos e extrínsecos como condição de validade e de eficácia por escritura publica ou testamento, tratando-se de negocio jurídico causa mortis, só terá eficácia com a morte do testador. No respectivo inventario, serão pagas, com prioridade, as dividas que o de cujus deixou, pois serão sempre anteriores à constituição concretizada a partir do falecimento, dividas estas que poderão, eventualmente, absorver todos os bens de herança. O imóvel destinado para bem de família do beneficiado depende dessa circunstancia.
 Requisito básico para a caracterização do bem de família que o prédio seja residencial, que constituir residência efetiva da família. Não pode trata-se de um terreno em zona urbana ou rural nem prédio que não se preste a esse fim, como galpão industrial, loja comercia, posto de gasolina, obra inacabada. Na dicção do art. 5º da Lei n. 8.009/90, “considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente.”
 A impenhorabilidade não incide sobre vários imóveis, uma vez que a lei utiliza o singular quando dispõe sobre o “bem imóvel”, não pode o analisador dar interpretação ampliativa a regra em questão. Os cônjuges, os companheiros, ou o responsável pela família mono parental, continuarão a administrá-lo, conforme regras do Código, e observado o principio da isonomia.
 A regra reafirma o principio da isonomia entre cônjuges e companheiros, assegurado na Constituição Federal, admitindo a intervenção da autoridade judiciária para dirimir as duvidas em caso de divergência quanto a administração do bem de família. Dá-se a extinção do bem de família “com a morte de ambos os cônjuges e a maioridade dos filhos, desde que não sujeitos a curatela” art. 1.722.
 A regra preserva os interesses da família, em razão da finalidade para que foi criado, até a sua natural dissolução pelo falecimento de ambos os cônjuges ou companheiros e maioridade dos filhos, perdurando, entretanto, caso haja filhos sujeitos à curatela. Neste caso cabe a administração ao curador
Bem de família obrigatório ou legal
 
 Resulta diretamente da lei, de ordem pública, que tornou impenhorável o imóvel residencial, próprio do casal, ou da entidade familiar, que não responderá por qualquer tipo de divida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses expressamente previstas no arts. 2º e 3º, I a VII.
 Sendo o próprio Estado, que a impõe por norma de ordem publica em defesa do núcleo familiar, independe de ato constitutivo e, portanto, de registro no Registro de Imóveis. Solteira, viúva, separada ou divorciada constitui também essa entidade. “É impenhorável, por efeito do preceito contido no art. 1º da Lei n. 8.009/90, o imóvel em que reside, sozinho, o devedor celibatário. A interpretação teológica do aludido dispositivo legal revela que a norma não se limita ao resguardo da família. Seu escopo definitivo é a proteção de um direito fundamental da pessoa humana, o direito à moradia.
 Impenhorabilidade, caracterização único imóvel pertencente a devedor divorciado. Proteção à entidade familiar que não circunscreve às pessoas casadas. Divorciadas podem, futuramente, viver maritalmente com outra pessoa, companheiro ou companheira, ou mesmo com qualquer dos pais e seus descendentes. Interpretação da Lei 8.009/90.
 Todos os residentes, sujeitos do bem de família, são, pois, beneficiários dessa impossibilidade de apreensão judicial. Tem eles, em seu favor, esse direito ou poder de não ver constrita a casa onde moram. Se o casal estiver separado apenas de fato, poderá indicar, como bem de família impenhorável, apenas único imóvel, pois a mera separação de fato, não homologado, não dissolve a sociedade conjugal.
 De condôminos que tenham residência concomitante no imóvel, o bem de família se mostra indivisível. Todos os co-proprietários são beneficiados com a impenhorabilidade da residência comum, seja a dividade um só deles, de alguns ou de todos, principio da indivisibilidade.
 Tendo em vista que as normas que disciplinam o bem de família são cogentes, de ordem pública, a impenhorabilidade deve ser declarada de oficio pelo juiz, quando encontrar provados nos autos os requisitos que o caracterizam. Já se exclui, por isso, bem de família da penhora mediante provocação contida em simples petição juntada aos autos, SM forma de figura de juízo.
Referencia:
GONÇALVES: Carlos Roberto; Direito Civil Brasileiro Vol. 6, Direito de Família; Editora. Saraiva, 9ª edição 2012 São Paulo.

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