Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CCEN – DEPARTAMENTO DE MATEMA´TICA – A´REA2 CA´LCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL 3 SEGUNDA CHAMADA. SEGUNDO SEMESTRE DE 2012 17 de Abril de 2013 Respostas sem ca´lculos ou justificativas na˜o sera˜o aceitas. 1a Questa˜o: No espac¸o R3 sa˜o dados o campo vetorial ~F (~r) = (−z2 sinx, 2, 2 z cosx) e a curva suave ~r(t) = (et + e−t, et − e−t, 2t), t ∈ [0, ln 2]. (a) Calcule o comprimento da curva. (1,0 pt.) (b) Prove que o campo e´ conservativo e encontre uma func¸a˜o potencial para este campo. (1,0 pt.) (d) Encontre a integral de linha deste campo sobre a curva. Justifique. (0,5 pt.) Resposta: (a) Veja |~rt(t)| = √ (et − e−t)2 + (et + e−t)2 + 4 = √ 2 (e2t + 2 + e−2t) = √ 2 (et + e−t)∫ C 1 ds = ∫ ln 2 0 |~rt(t)| dt = √ 2 ( et − e−t )ln 2 0 = √ 2 ( eln 2 − e− ln 2 − 0 ) = 3 2 √ 2. (b) Para o campo ser conservativo suas derivadas cruzadas devem ser iguais, assim Py = Qx = 0, Qz =Ry = 0, Rx = Pz = −2 z sinx; logo; ϕx = −z2 sinx, ⇒ ϕ? =z2 cosx+ cte(y, z), ϕy = 2, ⇒ ϕ? =2 y + cte(x, z), ⇒ ϕ(~r) = z2 cosx+ 2 y. ϕz = 2 z cosx, ⇒ ϕ? =z2 cosx+ cte(x, y), (c) Como o campo e´ conservativo podemos usar o Teorema Fundamental do Ca´lculo para as integrais de linhas. Com a func¸a˜o potencial ja´ conhecida falta encontrar os extremos da curva: ~r(0) = (2, 0, 0), ~r(ln 2) = (eln 2 + e− ln 2, eln 2 − e− ln 2, 2 ln 2) = (52 , 32 , 2 ln 2)∫ C ~F · d~r = ϕ(~r(ln 2))− ϕ(~r(0)) = 4 (ln 2)2 cos(52)+ 2 32 − 0 2a Questa˜o: Considere o campo vetorial ~F = (4x y − z)~i− 8x~j + ~k, o semiplano 2x+ y = 2, (z ≥ 0) e o pedac¸o de parabolo´ide z = 4− y2 − 4x2 (z ≥ 0). (a) Parametrize a curva C determinada pela intercepc¸a˜o da superf´ıcie plana e o parabolo´ide. (1,0 pt.) (b) Calcule o fluxo do rotacional do campo ~F sobre a porc¸a˜o do semiplano limitado por C. (1,0 pt.) (c) Calcule o trabalho realizado pelo campo ~F ao longo da curva C. (1,0 pt.) (d) Que relac¸a˜o existe entre estas integrais? Justifique. (0,5 pt.) Resposta: (a) A primeira opc¸a˜o para a curva e´ tomar a coordenada x como paraˆmetro, assim: t = x y = 2− 2x e z = 4− (2− 2x)2 − 4x2 = 8x− 8x2. Para o plano tomaremos (x, z); logo curva: ~r(x) = (x, 2− 2x, 8x− 8x2); 0 ≤ x ≤ 1 plano: ~r(x, z) = (x, 2− 2x, z); 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ z ≤ 8x− 8x2. A seguir damos respectivamente o vetor tangente a` curva e normal ao plano ~rx = (1,−2, 8− 16x); ~rx × ~rz = ∣∣∣∣∣∣∣ ~i ~j ~k 1 −2 0 0 0 1 ∣∣∣∣∣∣∣ = (−2, −1, 0). (b) ~∇× ~F = ∣∣∣∣∣∣∣∣∣ ~i ~j ~k ∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂z 4x y − z −8x 1 ∣∣∣∣∣∣∣∣∣ = (0− 0,−1− 0, −8− 4x);∫∫ 2x+y=2 ~∇× ~F · d~S = ∫∫ Dxz (0,−1, −8− 4x) · (−2, −1, 0) dx dz = ∫ 1 0 [∫ 8x−8x2 0 dz ] dx = ∫ 1 0 (8x− 8x2) dx = 4 · 12 − 8 1 3 3 − (0) = 4 3 . (c) ∫ C ~F · d~r = ∫ 1 0 [ 4x (2− 2x)− (8x− 8x2)] 1 dx+ (−8x) (−2) dx+ 1 (8− 16x) dx = ∫ 1 0 8 dx = 8. (c) Estas integrais esta˜o relacionadas pelo Teorema de Stokes, veja que se tomamos o seg- mento de reta Cr entre os pontos (2, 0, 0) e (0, 2, 0), temos∮ C+Cr ~F · d~r = ∫∫ S ~∇× ~F · d~S ⇒ ∫ C ~F · d~r + ∫ Cr ~F · d~r = ∫∫ 2x+y=2 ~∇× ~F · d~S. 3a Questa˜o: Considere a se´rie de poteˆncias, ∞∑ n=3 3−n+1√ n2 − 4 (x+ 1)n. – Analize o cara´ter da convergeˆncia para todo valor real de x. (2,0 pt.) Respostas: Empleando o teste da raiz lim n→∞ n √∣∣∣∣ 3 (x+ 1)n3n√n2 − 4 ∣∣∣∣ = limn→∞ n √ 3 n √ |x+ 1|n n √ 3n √ n √ n2 − 4 = lim n→∞ 1 |x+ 1| 3 √ 1 = |x+ 1| 3 converge absolutamente; 13 |x+ 1| < 1 ⇒ −4 < x < 2; Diverge; 13 |x+ 1| > 1 ⇒ x < −4 ou x > 2; - Para x = 2, ∞∑ n=3 3−n+1√ n2 − 4 (2 + 1)n = ∞∑ n=3 3√ n2 − 4 ∼ ∞∑ n=3 1 n . Pelo teste de comparac¸a˜o do limite e´ divergente. lim n→∞ 3√ n2 − 4 1/n = lim n→∞ 3√ 1− 4 n2 = 3. - Para x = −4, ∞∑ n=3 3−n+1 (−3)n√ n2 − 4 = ∞∑ n=3 3 (−1)n√ n2 − 4 ; seja enta˜o bn = 3√ n2 − 4 ; Obtemos uma se´rie alternada e como ja´ vimos, a se´rie de seus mo´dulos diverge. Pelo teste de se´ries alternadas prova-se 1o. lim n→∞ 3√ n2 − 4 = 0, 2o. 3√ (n+ 1)2 − 4 < 3√ n2 − 4 ⇒ e´ condicinalmente convergente. 4a Questa˜o: A func¸a˜o f(x) = ∫ x 0 sin(t) t dt na˜o pode ser expressa com nenhuma combinac¸a˜o alge´brica das func¸o˜es ba´sicas conhecidas. Para seu estudo e´ u´til o emprego de se´ries. (a) Use a se´rie conhecida para o seno e encontre uma expansa˜o em se´rie da func¸a˜o f(x). (1,5 pt.) (b) Encontre os pontos para os quais a se´rie obtida e´ convergente. (0,5 pt.) Respostas: Quem na˜o lembra da se´rie e´ bom ver como e´ obtida pelo Teorema de Taylor k f (k)(x) f (k)(0) f (k)(0)/n! 0 sin[x] 0 0/0! 1 cos[x] 1 1/1! 2 − sin[x] −0 −0/2! 3 − cos[x] −1 −1/3! 4 sin[x] 1 1/4! 5 cos[x] 0 0/5! ... ... ... ⇒ sin[x] = ∞∑ n=0 (−1)n x2n+1 (2n+ 1)! sin[x] = x− x 3 3! + x5 5! − . . . Quem lembrar da se´rie do seno pode usar-a diretamente e f(x) e´ dada por f(x) = ∫ x 0 1 t ∞∑ n=0 (−1)n t2n+1 (2n+ 1)! dt = ∞∑ n=0 (−1)n (2n+ 1)! ∫ x 0 t2n+1 t dt = ∞∑ n=0 (−1)n (2n+ 1)! x2n+1 2n+ 1 (b) Esta se´rie converge quando 1 > lim n→∞ ∣∣∣∣ (−1)n+1(2n+ 3)! x2n+32n+ 3 ∣∣∣∣∣∣∣∣ (−1)n(2n+ 1)! x2n+12n+ 1 ∣∣∣∣ = limn→∞ | − 1| |x| 2 (2n+ 1)! (2n+ 3)! (2n+ 1) 2n+ 3 = lim n→∞ x2 (2n+ 1) (2n+ 3)(2n+ 2)(2n+ 3) = 0 < 1 para todo x. Pelo qual converge para todo valor real de x. BOA PROVA!!!
Compartilhar