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Paradigma Midiológico Tecnológico - Rosildo Brito

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TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
PANORAMA GERAL DOS ESTUDOS DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Prof. Rosildo r brito
PARADIGMA MIDIOLÓGICO TECNOLÓGICO
(Pensamento de McLuhan e a cibercultura)
PARADIGMA LATINO-AMERICANO
(Teoria da Folkcomunicação)
TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
PANORAMA GERAL DOS ESTUDOS DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
PARADIGMA MIDIOLÓGICO TECNOLÓGICO
Este paradigma tem relação com a história e a evolução técnica dos meios e das tecnologias da comunicação e se fundamenta nos seguintes conceitos-chave:
A questão das novas formas de organização e interação;
As novas tecnologias que surgem rapidamente;
O ciberespaço, ambiente no qual as tecnologias promovem novas formas de se comunicar, interagir e criar novos meios de comunicação.
Paradigma inaugurado na segunda metade do século XX com os estudos avançados dos meios eletronicos e intensificados a partir das novas tecnologias da informação e comunicação que tem na informática o seu foco maior...
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ESCOLAS/CORRENTES TEÓRICAS 
São estudados nesse paradigma, a Escola Canadense com seu principal destaque Marshall McLuhan,
e as teorias da Cibercultura/ciberespaço, com destaque para os conceitos apresentados por 
 Piérre Levy. 
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Mcluhan foi um engenheiro que se dedicou ao campo do magistério com foco na literatura inglesa porém com o foco voltado ao estudo das tecnicas e tecnologias de comunicação em especial para o estudo a partir da invenção da imprensa desenvolvendo teses que tentem explicar as mudanças biosociais causadas por esses no homem e na organização estrutural da vida desse em sociedade... Porém não mais voltado para o aspecto ideológico como o das correntes anteriores...
Pierre Levy um professor e filósofo que se dedicou e se tornou célebre em todo o mundo através dos estudos voltados ao fenômeno da cibercultura. O primeiro, baseado em estudos anteriores, como o de seu professor Harold Hinis, abre um promissor campo de estudo que mais tarde passa a ser fomentado por diversas outras contribuições, como a de pierre....
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 A ESCOLA CANADENSE E O PENSAMENTO DE McLUHAN 
A Escola Canadense de Mídia ou de Toronto, como também é conhecida, tem como foco de estudo, a reflexão sobre a relação do indivíduo com o ambiente, por meio das tecnologias, mais especificamente, das tecnologias da informação e comunicação (TIC). 
	
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Estudos iniciados pelo geógrafo e economista político Harold Innis (1951) que foi professor de McLuhan o autor analisa a ameaça que os novos sistemas tecnológicos dos Estados Unidos podem causar à vida social e cultural no Canadá. Para ele, as tendências (bias) causadas pela comunicação podem determinar e estruturar novas formas de organização e interação social. Foi com base nesses pressupostos que McLuhan iniciou seus estudos que vieram a influenciar várias gerações de estudiosos.
Marshal McLuhan, era professor de literatura e diretor do Centre for Culture and Technology da Universidade de Toronto, se distinguiu pelas análises realizadas sobre os meios de comunicação, e principalmente, pelos efeitos causados por eles sobre um indivíduo e a coletividade.
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PENSAMENTO CENTRAL DE McLUHAN
Para McLuhan, as novas tecnologias criam novas formas de ser e pensar dentro de uma determinada organização da sociedade, sendo os meios como extensões do corpo humano, e assim aumentando a sua percepção e a forma de sentir. 
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O que significa dizer que a invenção e adoção de uma nova ou outra tecnologia causam transformações sociais, culturais, políticas em um determinado contexto social, e consequentemente, gera um novo mundo no qual as comunicações causam impacto nas categorias de tempo e espaço, e modificam as relações sociais dentro da sociedade. (RUDIGER, 2004, p. 113).
A tese de mcluhan se baseia na ótica tecnicosensorial provocadas pelos media nas pessoas
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PRINCIPAIS OBRAS E IDEIAS DE McLUHAN
1 - A Galáxia de Gutenberg (1962) 
Os três períodos da evolução das mídias (a mudança da cultura acústica/oralidade para a cultura visual/letrada e desta para a cultura eletrônica);
A aldeia global (diferentes processos de tribalização da humanidade: tribalização, destribalização e retribalização)
(
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Na primeira obra, conforme Martino (2009, p. 260), o autor afirma que a invenção da tipografia cria uma nova cultura baseada na escrita, o que gerou mudanças nas relações sociais. Se antes o conhecimento era obtido por meio da escuta, privilegiando o sentido da audição, depois da tipografia, a escrita faz com que o conhecimento seja adquirido por conta da visão, sem a necessidade de intermediação humana.
Retomando o que foi dito anteriormente, para o autor, nas etapas dastrês eras midiáticas, o homem passa de um processo de tribalização para posterior destribalização, e por fim um processo de retribalização. É nesse momento que se instaura a aldeia global.
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2 - O meio como extensão do homem (1964)
2.1O meio é a mensagem
(a intervenção dos meios de comunicação eletrônicos na configuração ambiental/social do ser humano e o condicionamento destes sobre os conteúdos)
2.2 O meio como extensão do homem
(cada meio técnico e tecnológico pode ser compreendido como extensões do homem à medida que ampliam a capacidade de percepção de um determinado sentido humano).
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Deste modo, quando McLuhan afirma que o meio é a mensagem, está dizendo que, na era eletrônica, um novo ambiente foi criado, cujo conteúdo é o antigo ambiente da era industrial. O ambientevelho é re-processado pelo novo. Por exemplo, a televisão reprocessou ocinema, transformando-o em seu conteúdo;
Que, em grande parte são as tecnologias que determinam os modos de percepção da realidade de intereção social...
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2.3 - Meios quentes e meios frios 
(O meio quente é aquele que possui uma expressiva quantidade de informação, e que por conta disso exige do receptor certa atenção – maior participação- , além do seu apelo para um determinado sentido. Ex: rádio e cinema);
O meio frio é aquele que requer do receptor a utilização de
vários sentidos ao mesmo tempo, o que tende a diminuir o tempo de compreensão e atenção da palavra, da mensagem – diminuição da participação. Ex: TV e telefone.
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Deste modo, quando McLuhan afirma que o meio é a mensagem, está dizendo que, na era eletrônica, um novo ambiente foi criado, cujo conteúdo é o antigo ambiente da era industrial. O ambientevelho é re-processado pelo novo. Por exemplo, a televisão reprocessou ocinema, transformando-o em seu conteúdo;
Que, em grande parte são as tecnologias que determinam os modos de percepção da realidade de intereção social...
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É a ideia de aldeia global de McLuhan, que ganha atualmente novo fôlego, e força diante das transformações causadas pelo uso da internet, e como ela cria uma nova cultura tecnológica, um novo ambiente de sociabilidade e
interação, o ciberespaço.
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Deste modo, quando McLuhan afirma que o meio é a mensagem, está dizendo que, na era eletrônica, um novo ambiente foi criado, cujo conteúdo é o antigo ambiente da era industrial. O ambientevelho é re-processado pelo novo. Por exemplo, a televisão reprocessou ocinema, transformando-o em seu conteúdo;
Que, em grande parte são as tecnologias que determinam os modos de percepção da realidade de intereção social...
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Teorias da cibercultura
e os desafios de compreensão da sociedade virtual
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Eniac, o primeiro computador eletrônico, começou a operar em 1946.
Termo associado a ciberespaço
ou seja ambiente configurado por uma rede de computadores conectados entre si e com a internet, gerando a chamada cibercultura. A cibercultura é um tema que ainda está em desenvolvimento. Existe uma série de autores e estudiosos que procuram desenvolver reflexões para compreender esse ambiente do ciberespaço e as formas de cultura ali expressas. 
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DEFINIÇÕES PARA A CIBERCULTURA
As contribuições de Escobar e Pierre Lévy
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Segundo Escobar, refere-se o termo “a um amplo processo de construção sociocultural [da realidade] posto em marcha no rastro das novas tecnologias”, à tecnossocialidade formada em um “ambiente indelevelmente estruturado por novas formas de ciência e de tecnologia” (Rudiger, 2000, p. 57).
Para Pierre Lévy, cibercultura pode ser compreendido como “o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço” (Lévy, 1999, p. 17).
Definições,conceitos de dois dos mais renomados autores: escobar e pierri levy
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“A cibercultura pode ser entendida como uma formação histórica de cunho prático e cotidiano, cujas linhas de força e rápida expansão, baseadas nas redes telemáticas, estão criando, em pouco tempo, não apenas um mundo próprio mas, também, um campo de reflexão intelectual pujante, dividido em várias tendências de interpretação.” (RUDIGER, 2011, p.7)
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Vídeo sobre o que é cibercultura
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“Afinando o conceito um pouco mais, poderia bem ser definida como a formação histórica, ao mesmo tempo prática e simbólica, de cunho cotidiano, que se expande com base no desenvolvimento das novas tecnologias eletrônicas de comunicação” (RUDIGER, 2011. p.12)
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Vídeo de André Lemos sobre a relação entre cibercultura e educação contemporânea
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Pierre Lévy e o conceito 
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Filósofo e doutor em Socilogia e Ciencias da informação e da comunicação. Pierre Lévy é um dos mais influentes filósofos da atualidade que trabalha com a cibercultura e a inteligência coletiva (LÉVY, 2005, DVD). É um dos principais defensores das novas tecnologias de informação, dos computadores e em particular da Internet, vista como instrumento de ampliação do conhecimento humano. Tido pelos críticos como um otimista das novas tecnologias...
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NOVAS TECNOLOGIAS TELECOMUNICAÇÕES
 
 DIMENSÃO HUMANA
REVOLUÇÃO TÉCNO-ANTROPOLÓGICA CONSTRUÇÃO DO SABER
Pierre Lévy, se auto intitula de “engenheiro do conhecimento”, aquele que vê na técnica de comunicação a possibilidade da construção revolucionária de um novo pensamento, de uma nova inteligência (PELLANDA,2006)
O mundo se encontra em uma acelerada evolução das telecomunicações e para ver, é só observar os aparelhos telefônicos, os celulares, os computadores, e notar que eles estão, em alta velocidade, cada vez mais sofisticados e possuem variadas funções que visam facilitar a vida das pessoas. Para Pierre Lévy, essas tecnologias estão causando uma transformação no mundo humano e, por isso, a técnica é hoje um dos temas mais importantes para se trabalhar no campo filosófico. Percebe se que, o que se passa hoje, é a vivência de uma verdadeira revolução tecno
-antropológica, a qual, pela técnica, atinge com velocidade todas as dimensões do mundo humano (social, política, econômica, intelectual, espiritual..
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INTELIGÊNCIA COLETIVA 
Para Lévy (1996, p. 97), a inteligência “é o conjunto canônico das aptidões cognitivas, a saber, as capacidades de perceber, de lembrar, de aprender, de imaginar, de raciocinar...” 
Para ele, é preciso compreender que “ninguém sabe tudo”, mas ao mesmo tempo, “todos sabem alguma coisa”, e que o conhecimento completo não se encontra fechado na cabeça de ninguém, mas,
“todo o saber está na humanidade”, a qual, como apresentado anteriormente, é a gigantesca coletividade
A humanidade está na era das telecomunicações, porém, segundo Lévy (1999), está passando despercebida a grandeza dessa nova realidade, e isso faz desconhecer totalmente os benefícios que essa revolução pode vir a nos oferecer, principalmente no campo do conhecimento. 
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INTELIGÊNCIA COLETIVA
Para Pierre Lévy (1999, p. 28), Inteligência coletiva:
“É uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta uma mobilização efetiva das competências”.
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O pensamento de inteligência coletiva de Pierre Lévy é acreditar que por meio da informática, há a possibilidade de uma nova maneira de construir conhecimento. Esse conhecimento produzido pela inteligência coletiva não é somente um conhecimento, mas é, na verdade, um reconhecimento das competências pessoais de cada indivíduo, isso quer dizer, é a possibilidade de um novo sistema de validação de competências pessoais, enfim, é a construção de um novo humanismo.
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INTELIGÊNCIA COLETIVA
 distribuído
 valorizado 
Inteligência/saber 
		 em tempo real
 mobilização efetiva das 
				 competências
 
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Lévy (1999, p.29) complementa o seu pensamento de inteligência coletiva propondo-se “atingir uma mobilização efetiva das competências”, isto é, “quando valorizamos o outro de acordo com o leque variado de seus saberes, permitimos que se identifique de um modo novo e positivo” e ao mesmo instante, “contribuímos para mobilizá-lo, para desenvolver neles sentimentos de reconhecimento que facilitarão, conseqüentemente, a implantação subjetiva de outras pessoas em projetos coletivos.
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Lévy (1999, p.29) complementa o seu pensamento de inteligência coletiva propondo-se “atingir uma mobilização efetiva das competências”, isto é, “quando valorizamos o outro de acordo com o leque variado de seus saberes, permitimos que se identifique de um modo novo e positivo” e ao mesmo instante, “contribuímos para mobilizá-lo, para desenvolver neles sentimentos de reconhecimento que facilitarão, conseqüentemente, a implantação subjetiva de outras pessoas em projetos coletivos.
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Importante informação de que a inteligência coletiva no pensamento de Pierre Lévy não existe concretamente, existe apenas como mas isso, para Lévy (1999 B, p. 208), “não se trata de forma alguma de uma ‘utopia tecnológica’, mas do aprofundamento de um antigo ideal de emancipação e de exaltação do humano que se apóia nas disponibilidades técnicas de nossos dias”. (
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Pois, está claro para Pierre Lévy (1999 B, p. 209) que “a inteligência coletiva é muito mais problema em aberto –
tanto no plano prático como teórico –que uma solução pronta para ser usada. Mesmo que as experiências e as práticas sejam abundantes, trata
-se de uma cultura. Para
Lévy,é no ciberespaço, e somente nesse espaço, que o projeto da inteligência coletiva será possível enquanto uma forma de inteligencia a ser inventada e não de um programa a ser aplicado ....
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Vídeo
Trecho de entrevista de Pierre Lévy ao programa 
Roda Viva (TV Cultura em 08/01/01)
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Pois, está claro para Pierre Lévy (1999 B, p. 209) que “a inteligência coletiva é muito mais problema em aberto –
tanto no plano prático como teórico –que uma solução pronta para ser usada. Mesmo que as experiências e as práticas sejam abundantes, trata
-se de uma cultura. Para Lévy,é no ciberespaço, e somente nesse espaço, que o projeto da inteligência coletiva será possível enquanto uma forma de inteligencia a ser inventada e não de um programa a ser aplicado ....
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TEORIA DA FOLKCOMUNICAÇÃO
TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
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ORIGEM DO TERMO
LUIZ BELTRÃO DE ANDRADE LIMA 
TESE DE DOUTORADO (1967)
FOLKCOMUNICAÇÃO: A COMUNICAÇÃO 
DOS MARGINALIZADOS (1980) 
FOLKCOMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO POPULAR FOLCLORE COMUNICAÇÃO DE MASSA 
 
TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
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Beltrão foi um dos pioneiros na introdução do estudo científico da Comunicação no Brasil. Apoiou-se nos ensinamentos do pesquisador austríaco, naturalizado norte-americano, Paul Felix Lazarsfeld, que dizia haver no processo da comunicação coletiva duas etapas significativas (two step flow): a do comunicador ao líder de opinião e a deste ao receptor comum. TERMO UTILIZADO POR LUIZ BELTRÃO, NA DÉCADA DE 60, E QUE DESIGNA OS ESTUDOS REALIZADOS POR ESTE ENVOLVENDO OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, O FOLCLORE E O SISTEMA DE COMUNICAÇÃO DE MASSA. Ele queria descobrir como as camadas populares se comunicavam e transmitiam suas opiniões, e conseguiu sua resposta nas manifestações de folclore e no papel dos líderes comunicação.
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2. CONCEITO
“O processo de intercâmbio de informações e manifestações de opiniões, ideias e atitudes de massa, através de agentes e meios ligado direta ou indiretamente ao folclore. (BELTRÃO, 2001, p. 79).
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José Marques de Melo, Roberto Benjamin e Antonio Holhfeldt entre outros, ampliam o conceito de folkcomunicação para : 
“O estudo dos processos de comunicação pelos quais as manifestações da cultura popular ou do folclore interagem com outras formas de comunicação, e sofrem influências ou se modificam quando tomadas de empréstimo por complexos comunicacionais. (Hohlfeldt 2002)
EM 1971 ELE PUBLICA SUA TESE DEFININDO COMO....
Exemplos de manifestações folclóricas abordadas no campo da folkcom: festejos populares (carnaval, festa junina, etc); Literatura (Cordel, folhetos, etc); cantoria e outros..
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O objeto de pesquisa dessa nova disciplina, segundo Melo, 2005: “situa-se na fronteira entre o Folclore (resgate e interpretação da cultura popular) e a Comunicação de Massa (difusão industrial de símbolos através de meios mecânicos ou eletrônicos destinados a audiências amplas, anônimas e heterogêneas.
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Assim, se o Folclore compreende formas grupais de manifestação cultural protagonizadas pelas classes subalternas , a Folkcomunicação caracteriza-se pela utilização de estratégias de difusão simbólica capazes de expressar em linguagem popular mensagens previamente veiculadas pela indústria cultural.
EM 1971 ELE PUBLICA SUA TESE DEFININDO COMO....
Exemplos de manifestações folclóricas abordadas no campo da folkcom: festejos populares (carnaval, festa junina, etc); Literatura (Cordel, folhetos, etc); cantoria e outros..
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	“Em um processo comunicacional padrão (fonte-mensagem-canal-receptor) o processo pararia por aqui, mas o processo folkcomunicacional neste ponto inicia um novo ciclo no fluxo da mensagem, onde os líderes se tornam comunicadores e transmitem uma mensagem através de um canal folk, chegando então a uma audiência que Beltrão intitulou de Audiência Folk. 
	Por esta, entende-se audiência formada por grupos marginalizados da sociedade.
	Vejamos melhor no gráfico a seguir:
Tipos de grupos marginalizados 
1. Grupos rurais marginalizados;
2. Grupos urbanos marginalizados;
3. Grupos culturalmente marginalizados.
O conceito de marginalizados aplicado por Luiz Beltrão se refere àqueles que foram excluídos da grande mídia e dos modelos hegemônicos de comunicação existentes e m nossa sociedade, são aqueles que não conseguem se fazer ouvir nos meios tradicionais de troca de informação e comunicação. Segundo Beltrão, há três tipos de grupos marginalizados que compõem a audiência folk:
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1 - Grupo marginalizado rural:
São constituídos de habitantes de áreas isoladas (carentes de energia elétrica, vias de transporte eficientes e meios de comunicação industrializados), alheios às metas de desenvolvimento perseguidas pelas classes dirigentes do país. Em geral, pessoas analfabetas ou sem-alfabetizadas.
1 - Grupo marginalizado rural:
Festas religiosas
Feiras/exposições
Vaquejada/rodeio
cantorias
2. Grupos urbanos marginalizados:
Caracterizam-se pelo reduzido poder aquisitivo devido à baixa renda. Esses grupos são formados por indivíduos que recebem pequenos salários, em empregos ou subempregos que não exigem mão-de-obra especializada. Tratam-se de indivíduos que têm acesso limitado aos meios de comunicação de massa, principalmente devido a sua dificuldade na decodificação de suas mensagens. Esta dificuldade surge pelo baixo nível educacional, pois grande parte das pessoas pertencentes a estes grupos não teve acesso a instituições de ensino.
2. Grupos urbanos marginalizados:
Favela
Festas populares
Celebrações cívicas
3. Grupos marginalizados culturais 
Estes grupos são considerados marginais por constituírem-se de indivíduos que contestam a cultura e a organização social estabelecida, adotando uma política ou filosofia contraposta à que está em vigência. É importante salientar que os grupos culturalmente marginalizados estão contidos dentro dos grupos marginais urbanos e rurais, sendo que um indivíduo que pertence a um grupo culturalmente marginal, consequentemente estará dentro de um contexto rural ou urbano.
3. Grupos marginalizados culturais 
Grupos messiânicos
Grupos étnicos 
Manifestações artístico-culturais
Antonio conselheiro; zumbi...
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Resumindo....
Não é somente pelos meios ortodoxos – a imprensa, o rádio a televisão, o cinema, a arte erudita e a ciência acadêmica – que, em países como o nosso, de elevado índice de analfabetos e incultos, a massa se comunica;
O comunicador folk, ao se apropriar dos conteúdos e formas dos bens culturais midiáticos, cria os seus folk canais e suas próprias estratégias de comunicação como alternativa de conseguir maior audiência para os seus produtos culturais.
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http://www2.metodista.br/unesco/agora/pmc_acervo_pingos_fabio.pdf
http://www.redefolkcom.org/
Os Festejos Juninos no Contexto da Folkcomunicação e da Cultura Popular
UEPB/Junho em Campina Grande
41
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ANJOS, Ideylson da Silva Viera. Introdução ao pensamento de inteligência coletiva de Pierre Lévy. Monografia. Universidade católica dom bosco Curso de filosofia Campo grande/MS, 2006
BELTRÃO, Luiz. Almanaque de cordel: veículo de informação e educação do povo. Revista Comunicarte , Campinas, ano 1, n.138. p.81-96, dez. 1982.
__________. As piedosas recordações . Recife: Fundação Joaquim Nabuco/Centro de Estudos Folclóricos, 1982 [Micromonografia de Folclore, 118].
__________. Comunicação e folclore : um estudo dos agentes e dos meios populares de informação de fatos e expressão de idéias. São Paulo: Melhoramentos, 1971. 
__________. Folkcomunicação : a comunicação dos marginalizados. São Paulo: Cortez, 1980.
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Pois, está claro para Pierre Lévy (1999 B, p. 209) que “a inteligência coletiva é muito mais problema em aberto –
tanto no plano prático como teórico –que uma solução pronta para ser usada. Mesmo que as experiências e as práticas sejam abundantes, trata
-se de uma cultura. Para Lévy,é no ciberespaço, e somente nesse espaço, que o projeto da inteligência coletiva será possível enquanto uma forma de inteligencia a ser inventada e não de um programa a ser aplicado ....
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LEVY, Pierre. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 2. ed.Tradução de Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Loyola, 1999.
____________. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 1999.
PELLANDA, N. M. C., PELLANDA, E. C. (Org).Ciberespaço:um hipertexto com Pierre Lévy. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2000.
RUDIGER, Francisco. Sherry Turkle, percurso e desafios da etnografia virtual. Disponível em: http://www.unisinos.br/revistas/index.php/fronteiras/article/view/fem.2012.142.09
SILVA, Sandro Takeshi Munakata. Teorias da comunicação nos estudos das Relações Públicas. RS: EDIPUCRS, 2011.
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