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INTRODUÇÃO À ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL Cristina Lelis Leal Calegario Professora do DAE 1 1 INTRODUÇÃO Área do conhecimento que surgiu motivada principalmente pela busca de novos meios e métodos para estudar a dinâmica real dos diversos setores industriais e empreendida por diferentes autores insatisfeitos com a tradição microeconômica neoclássica. 2 2 INTRODUÇÃO Preocupa-se com a análise de mercados e indústrias. Está voltada para estrutura de mercado onde poucas firmas competem entre si (oligopólio); Analisa em particular, a maneira que firmas competem umas com as outras; Ênfase especial no estudo das estratégias das firmas: competição em preços, posicionamento de produto, propaganda e marketing, P&D, etc. 3 3 INTRODUÇÃO Atualmente podemos agregar os estudos em duas correntes principais: Abordagem tradicional – surgiu com Mason (1939) e Bain (1949) e Scherer – modelo ECD Abordagem alternativa – Shumpeteriana/ Institucionalistas – a organização interna da empresa não resulta de um procedimento de minimização de custos, mas da constituição da capacidade de inovação e a de R. Coase e O. Williamson – explicou as diferentes formas de organização interna das corporações e suas implicações. 4 4 INTRODUÇÃO A proposição inicial deste modelo é linear: a ESTRUTURA de mercado (consiste nos elementos que determinam o grau de concorrência) determinaria a CONDUTA das empresas (estratégias adotadas), e estas influenciaria no DESEMPENHO do mercado (grau de bem-estar social). 5 5 ESTRUTURA DESEMPENHO CONDUTA MODELO ECD INTRODUCAO À ORGANIZACAO INDUSTRIAL Número de compradores e vendedores; diferenciação do produto; barreiras à entrada e saída; estrutura de custo; integração vertical; diversificação, etc. Precificação; estratégia de produto e propaganda; P&D; Expansão da capacidade; estratégias institucionais, etc. Eficiência produtiva e alocativa; desenvolvimento; pleno emprego; crescimento distributivo, etc. P O L Í T I C A P Ú B L I C A 6 6 LACUNAS NO MODELO ECD Falta de importância atribuída às condutas das empresas no processo de concorrência; Não aceitação da existência de causalidade menos rígidas, através de uma relação interativa entre as variáveis de E-C-D. Duas alternativas: estudos de caso e soluções matemáticas (teoria dos jogos – privilegiou a conduta das empresas e sua rivalidade, mas desconsiderando condições básicas da Oferta e Demanda e o grau de concentração) 7 7 ESTRUTURA DESEMPENHO CONDUTA MODELO ECD COM MÚLTIPLAS CAUSALIDADES INTRODUCAO À ORGANIZACAO INDUSTRIAL 8 8 LACUNAS NO MODELO ECD Incapacidade de lidar com a existência de diferenciais de lucratividade entre as empresas em uma mesma indústria. Mesmo que se aceite correlação positiva entre grau de concentração e lucros excessivos em uma indústria, não há porque imaginar que todas as empresas ali partilhem igualmente esses lucros entre si. Muitas dessas empresas são diversificadas – então a unidade analítica adequada para as análises passam a ser as grandes empresas e não mais os mercados (indústria). 9 9 LACUNAS NO MODELO ECD Questão da endogeneidade – se cada empresa escolhe seu nível de produção e preços em função de suas curvas de custos, demanda e de expectativas em relação às rivais, então o preço de mercado e os produtos de todas as empresas são conjuntamente determinados numa mesma indústria. Isto implica que tanto o grau de concentração quanto os lucros sejam variáveis endogenamente determinadas e não possam guardar relações de causalidade predefinidas. Ambas dependem na verdade da variáveis exógenas (custo, demanda, etc) e não são elas que vão necessariamente inflenciar as outras variáveis. 10 10 LACUNAS NO MODELO ECD Esta hipótese da endogeneidade foi ponto de partida para a corrente alternativa de análise da OI baseada na Teoria dos Jogos – onde se formula um comportamento de equilíbrio das empresas em que estas ajustam quantidades, preços, ou outras variáveis, de forma cooperativa ou não, resgatando assim os modelos da teoria dos oligopólios. Nesta teoria – as condições básicas e as condutas são variáveis exógenas, enquanto a estrutura e o desempenho são as endógenas, ou seja, dependem das anteriores. 11 11 LACUNAS NO MODELO ECD Apesar de todas as críticas, o paradigma ECD é ainda um importante modelo de análise e tem servido como um importante guia para a ação política pois consegue provar que concentração industrial e barreiras à entrada devem ser objetos de preocupação das autoridades regulatórias. 12 12 A ABORDAGEM ALTERNATIVA Iniciou-se com autores da corrente alternativa de análise denominados neo-schumpeterianos ou evolucionistas mas que também receberam contribuição dos institucionalistas. Têm como preocupação central a lógica do processo de inovação e seus impactos sobre a atividade econômica. Partem de tradições de pesquisa psicológicas, sociológicas e antropológicas sobre o comportamento humano para entender os hábitos e rotinas 13 13 A ABORDAGEM ALTERNATIVA Os autores neo-schumpeterianos ou evolucionistas tem como preocupação : - existência de assimetrias técno-econômicas entre os agentes; - existência de variedade tecnológica; - existência de diversidade comportamental entre os agentes. Enfrentam dificuldades em tratar a inovação, e a partir dela a concorrência, como um processo dependente do tempo, tanto lógico quanto cronológico. 14 14
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