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PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1 Seja bem-vindo à aula 3. Resolveremos aqui exercícios de provas que tratam da sintaxe dos termos da oração. Na aula seguinte, abordaremos os que dizem respeito às relações entre as orações do período. O organograma abaixo é uma apresentação sistemática e resumida do que entendemos por termos da oração. Sentiu a falta do vocativo? Ele, na verdade, não faz parte desse grupo, isto é, não faz parte da oração, é um termo independente dela. Não fique espantado. Os livros somente o apresentam na mesma seção em que tratam dos termos da oração por uma questão meramente didática. É isso que também farei aqui, principalmente porque, em prova, é comum as bancas examinadoras induzirem os candidatos a confundi-lo com o sujeito da oração. Vamos às questões! 1. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) As orações “São tantos os espaços para a dita participação popular” (l.1) e “não há espaços de visibilidade claros” (l.11) são exemplos de oração sem sujeito. Comentário – A primeira oração possui sujeito. Ele apareceu posposto ao verbo, o que normalmente dificulta a análise dos candidatos (eles costumam confundir o sujeito com o objeto direto). Repare: “São tantos os espaços...”. Mas a segunda oração realmente não possui sujeito. O verbo haver foi usado com sentido de existir, o que o torna impessoal. Termos da Oração Essenciais 1 - Sujeito 2 - Predicado Integrantes 1 – Complemento verbal 2 – Complemento nominal 3 – Agente da passiva Acessórios 1 – Adjunto adverbial 2 – Adjunto adnominal 3 – Aposto PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 2 Resposta – Item errado. A diferença na linguagem 1 “Para os gramáticos, a arte da palavra quase se esgota na arte da escrita, o que se vê ainda pelo uso que fazem dos acentos, muitos dos quais fazem alguma distinção ou evitam 4 algum equívoco para os olhos mas não para os ouvidos.” [...] Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130. 2. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em suas duas ocorrências, a forma verbal “fazem” (l. 2 e l. 3) concorda com sujeitos distintos. Comentário – O verbo da oração concorda em número e pessoa com o sujeito dela. Isso quer dizer, por exemplo, que o verbo deverá ficar na terceira pessoa do plural se o sujeito também o estiver. É o que acontece com a forma verbal “fazem”. Resta, então, identificar os sujeitos das duas ocorrências. Em seu primeiro emprego, a forma verbal “fazem” tem por sujeito o termo “os gramáticos”, que inicia o período. Note que ele não aparece materialmente expressa na mesma oração da qual o verbo “fazem” é parte integrante, mas é subentendido pelo contexto. São “os gramáticos” quem fazem uso dos acentos referidos no texto. A segunda ocorrência da forma verbal “fazem” tem como sujeito a expressão partitiva “muitos dos quais”. Note que, nela, há a presença do pronome relativo “os quais”, representante semântico do substantivo “acentos”. Escrita de outra maneira, a passagem poderia ficar assim: muitos dos acentos fazem alguma distinção... Resposta – Item certo. 3. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Quem precisa de transplantes de pâncreas precisa se inscrever na lista de outro estado, como São Paulo, por exemplo”. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 3 O sujeito de ‘precisa se inscrever na lista de outro estado’ é ‘Quem’. Comentário – Aqui o erro é sutil. O pronome indefinido “Quem” é sujeito da primeira ocorrência do verbo “precisa”. O sujeito de “precisa se inscrever na lista de outro estado” é toda a oração anterior: “Quem precisa de transplantes de pâncreas”. Resposta – Item errado. [...] Durante os governos do Império (1822-1889), e de igual forma após a proclamação 10 da República, significativo número de brilhantes engenheiros brasileiros elaborou planos detalhados e ambiciosos de transportes para o Brasil. [...] Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações). 4. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A forma verbal “elaborou” (l.11) está no singular porque concorda com o núcleo do sujeito da oração: “número” (l.10). Comentário – O sujeito é representado por toda a expressão “significativo número de brilhantes engenheiros brasileiros”. Nela, o termo central, nuclear, mais importante é o termo “número” (no singular). Em torno dele estão seus adjuntos adnominais. Resposta – Item certo. [...] PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 4 5. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2011) O sujeito da forma verbal “vivem” (L.2) não ocorre de maneira explícita no período, devendo ser inferido da leitura do texto. Comentário – Fique atento, pois o examinador gosta de usar um velho recurso que confunde muita gente: inverter a ordem entre sujeito e verbo. A ordem consagrada é SUJEITO – VERBO – OBJETO; mas é frequente o sujeito aparecer depois do verbo, no lugar que tradicionalmente é ocupado pelo complemento. Foi isso que aconteceu no período sob análise. O sujeito é a expressão “milhões de brasileiros à sua volta”. Repare que até é possível substituir esse termo por um pronome pessoal: O leitor interessado em compreender um pouco melhor como vivem eles (ou ...como eles vivem...) poderia aproveitar... Portanto o sujeito ocorre de maneira explícita. Resposta – Item errado. [...] À luz desses entendimentos é que os direitos humanos 13 devem ser vistos. Não mais direitos que apenas se cristalizam em leis ou códigos, mas que se constituem a partir de conflitos, que traduzem as transformações e os avanços históricos da 16 humanidade. Não se pode mais entendê-los como fruto de uma sociedade abstrata, mas como a expressão coativa de tensões e contradições engendradas pelos embates de interesses e projetos 19 de grupos sociais. Roberto A. R. de Aguiar. Ética e direitos humanos. In: Desafios Éticos. Conselho Federal de Medicina, p. 60-1, 1993 (com adaptações). 6. (Cespe/TCE-Acre/ACE/2009) A forma verbal “traduzem” (l.15) está flexionada no plural porque o sujeito da oração, o pronome “que” (l.14) retoma a expressão no plural “leis ou códigos” (l.14). PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 5 Comentário – O sujeito (termo sintático) do verbo “traduzem” é o pronome relativo “que” da linha 15. Este retoma o termo “direitos” (representado semanticamente pelo pronome relativo), expresso na linha 13 e oculto nas linhas 14 – “mas [direitos] que se constituem” – e 15 – “[direitos] que traduzem. Resposta – Item errado. 1 Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, 4 é o fermento do crescimento econômico e social de um país. [...] Luís Afonso Bermúdez. O fermento tecnológico. In: Darcy. Revista de jornalismo científico e cultural da Universidade de Brasília, novembro e dezembro de 2009, p. 37 (com adaptações). 7. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A forma verbal “é” (l.4) está flexionada no singularporque, na oração em que ocorre, subentende-se “Inovar” (l.1) como sujeito. Comentário – No período inicial, o sujeito “Inovar” está explícito já no início dele. Na linha 4, o mesmo sujeito foi ocultado. Resposta – Item certo. 8. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Não há quem não se arrepie ao ler como o jovem Nabuco descobriu que a tepidez do que parecia a ordem natural das coisas, de menino mimado pelas mucamas, era na verdade brutal e amarga. Era menino ainda, estava sentado no patamar da escada superior da casa onde havia sido criado pela madrinha”. O sujeito de “era” é “a ordem natural das coisas”. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 6 Comentário – O termo indicado pela banca examinadora integra a oração adjetiva restritiva “que parecia a ordem natural das coisas”. Nela, o verbo “parecia” é de ligação; o pronome relativo “que” funciona como sujeito desse verbo; o termo “a ordem natural das coisas” é predicativo desse sujeito. O sujeito do verbo “Era” (em negrito) está oculto (ele) no período e tem como referência o termo “o jovem Nabuco”. Resposta – Item errado. 9. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) “Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, é o fermento do crescimento econômico e social de um país.” A forma verbal “é” está flexionada no singular porque, na oração em que ocorre, subentende-se “Inovar” como sujeito. Comentário – No período inicial, o sujeito “Inovar” está explícito já no início dele. No período seguinte, o mesmo termo foi ocultado. Repare bem: “Inovar é recriar... Ou seja, [inovar] é o fermento...” Resposta – Item certo. [...] PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 7 10. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Com relação aos sentidos e aspectos linguísticos do texto, julgue o item seguinte. O sujeito das orações “Foi adolescente” (l.6) e “Chegou à idade adulta” (l.9-10) remete a “A atual geração de adultos” (l.3-4). Comentário – É isso mesmo. Embora o termo não esteja materialmente expresso na oração, ele pode ser subentendido por meio do contexto. Trata-se, portanto, de um caso de sujeito oculto. Resposta – Item certo. [...] 11. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Considerando as ideias e a estruturação sintática do texto, julgue o item seguinte. O sujeito da oração “Resume o historiador Marco Antonio Villa” (l.9) está oculto. Comentário – Intuitivamente, sabemos que a posição do sujeito é naturalmente antes do verbo. O examinador se aproveitou disso para dizer que o sujeito não está materialmente expresso na oração. Mentira dele! O que aconteceu foi a inversão do termos: o verbo iniciou a oração e o sujeito surgiu logo após. Que tal lermos tudo com outra ordenação: O historiador Marco Antonio Villa resume... (o sujeito simples está em negrito). Resposta – Item errado. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 8 12. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “A capacidade de associação, ou o poder de conectar perguntas, problemas ou ideias de campos distintos e aparentemente sem nenhuma relação entre si, é fundamental no DNA do inovador.” O sujeito de “é fundamental no DNA do inovador” é composto, já que enumera mais de um assunto e os separa por meio de vírgula. Comentário – Sujeito composto caracteriza-se por ser constituído por mais de um núcleo, e não por enumerar mais de um assunto e os separar por meio de vírgula. O sujeito da oração indicada é o termo “A capacidade de associação”, cujo núcleo é o substantivo “capacidade”. Resposta – Item errado. 1 O consumo das famílias deverá crescer 7,5% neste ano, tornando-se um dos principais responsáveis pelo crescimento do produto interno bruto, previsto em 5%. A 4 nova estimativa do consumo das famílias é uma das principais mudanças nas perspectivas para a economia brasileira em 2008 traçadas pela Confederação Nacional da 7 Indústria em relação às previsões apresentadas em dezembro do ano passado, quando o aumento do consumo foi estimado em 6,2%. O Estado de S.Paulo, 7/4/2008 (com adaptações). 13. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A partícula “se”, em “tornando-se” (l. 2), indica que o sujeito da oração correspondente é indeterminado. Comentário – Há duas formas básicas de indeterminarmos o sujeito, lembra? A primeira delas é empregar um verbo na terceira pessoa do plural sem a indicação ou referência material no contexto do agente do processo verbal: Falaram que os novos diretores implementarão mudanças. É fácil perceber que o sujeito do verbo “implementarão” é o termo “os novos diretores”. Mas PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 9 quem é o sujeito de “Falaram”? Não há, nessa frase, referência a quem praticou a ação verbal. Optou-se pela sua indeterminação. A outra forma de se conseguir o mesmo efeito é associar o pronome SE – que recebe a classificação de índice de indeterminação do sujeito – a verbos intransitivos (Morre-se de fome em muitos países africanos), transitivos indiretos (Obedece-se às leis neste país), de ligação (Fica-se feliz em ambientes harmoniosos). Na linha 2, estamos diante do verbo pronominal TORNAR-SE, isto é, conjugado com o apoio do pronome SE, que é parte integrante do verbo. Deve ficar bem claro que, embora estejamos diante de um verbo de ligação, o pronome SE não é índice de indeterminação do sujeito. Aliás, o sujeito (determinado, simples) da forma verbal em destaque é a expressão “O consumo das famílias”. Resposta – Item errado. 1 A qualidade do ambiente urbano torna-se, cada vez mais, uma destacada fonte de cobrança da população sobre seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade 4 de São Paulo experimenta, nos últimos anos, uma notável mudança de comportamento das autoridades municipais, que passam a incorporar o tema em suas prioridades de gestão. [...] Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações). 14. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O emprego do pronome “se” (l.1) indica que a oração em que o verbo está inserido tem sujeito indeterminado. Comentário – Na linha 1, o pronome é parte integrante do verbo de ligação tornar-se, também conhecido como verbo pronominal, e não se confunde com o primeiro exemplo da letra “b”. Lá, o verbo ficar é de ligação, mas não é pronominal; o se é índice de indeterminação do sujeito, e não parte integrante do verbo. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 10 Conclui-se que o sujeito da forma verbal “torna-se” (l. 1) é o termo “A qualidade do ambiente”, que está bem determinado, expresso no texto. Resposta – Item errado. [...] Todavia, foi somente após a Independência que começou a se manifestar explicitamente, no Brasil, a preocupação com 7 o isolamento das regiões do país como um obstáculo ao desenvolvimento econômico. [...] Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações). 15. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Em “se manifestar” (l.6), o “se” indica sujeito indeterminado.Comentário – Você já aprendeu a indeterminar o sujeito e pode verificar que ele não ocorre no trecho indicado. O sujeito está muito bem determinado, porém aparece depois do verbo. Vamos reorganizar o trecho: “a preocupação com o isolamento das regiões do país como um obstáculo ao desenvolvimento econômico começou a se manifestar”. O termo sublinhado é o sujeito da locução verbal. Resposta – Item errado. 1 Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava quatrocentas e noventa. [...] Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8. 16. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) O verbo ter, na linha 1, está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se no PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 11 singular, sem concordar com o sujeito da oração — “vinte aranhas” (l. 1). Comentário – O verbo TER, na linguagem normativa, não pode ser empregado no lugar de HAVER e de EXISTIR. Além disso, o sujeito da oração não é a expressão “vinte aranhas”, conforme afirma a banca examinadora. É, sim, representado pelo pronome pessoal do caso reto EU, primeira pessoa do singular e oculto no período. Resposta – Item errado. [...] 19 Rigorosamente, todas estas notícias são desnecessárias para a compreensão da minha aventura; mas é um modo de ir dizendo alguma coisa, antes de entrar em matéria, para a qual 22 não acho porta grande nem pequena; o melhor é afrouxar a rédea à pena, e ela que vá andando, até achar entrada. Há de haver alguma; tudo depende das circunstâncias, regra que 25 tanto serve para o estilo como para a vida; palavra puxa palavra, uma idéia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução; alguns dizem mesmo que assim 28 é que a natureza compôs as suas espécies. [...] Machado de Assis. Primas de Sapucaia. In: 50 contos de Machado de Assis. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 250-1 17. (Cespe/TCE-Acre/Analista de Controle Externo/2008) Em relação às estruturas lingüísticas do texto, assinale a opção correta. A) Na expressão “Há de haver” (l. 23-24), verifica-se o emprego impessoal do verbo haver na forma “Há”. B) No trecho “assim se faz um livro” (l. 26), a expressão “um livro” exerce a função de sujeito. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 12 Comentário – A alternativa A traz uma locução verbal: “Há de haver”. Em construções semelhantes, o último verbo (“haver”) é o principal, e o primeiro é o seu auxiliar (“Há”). O verbo principal sendo pessoal (possuindo um sujeito) obriga o verbo auxiliar a flexionar-se para concordar com o sujeito. Em outras palavras, a pessoalidade do verbo principal é refletida no seu verbo auxiliar. Existirão oportunidades melhores. Hão de existir oportunidades melhores. Quando o verbo principal for impessoal, ou seja, empregado sem referência a um sujeito (e esse é o caso do verbo HAVER empregado com sentido de EXISTIR), o seu verbo auxiliar também assumirá essa impessoalidade. Significa dizer que a locução permanecerá invariável, impessoal, em oração sem sujeito ou de sujeito inexistente. Haverá oportunidades melhores. Há de haver oportunidades melhores. O fundamento para essa argumentação pode ser lido, por exemplo, em Cegalla (2008:609): “O verbo haver transmite sua impessoalidade aos verbos que com ele formam locução, os quais, por isso, permanecem invariáveis na 3ª pessoa do singular: [...] ‘Há de haver sei meses que ele me mandou chamar a Viseu.’ (Camilo Castelo Branco)”. A respeito da alternativa B, melhor seria atribuir a toda a expressão “um livro, um governo, ou uma revolução” a função de sujeito do Sujeito Sujeito Simples Objeto Direto Objeto Direto PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 13 verbo “faz”, o qual se encontra na voz passiva sintética ou pronominal. Por via das dúvidas, faça a transformação para a passiva analítica ou verbal: “...e assim é feito um livro, um governo, ou uma revolução...” Perceba que temos um caso de sujeito composto com três núcleos: “livro”, “governo” e “revolução”. Resposta – B (conforme o gabarito apresentado pela banca). Pelo exposto, entendo que a melhor resposta encontra-se na alternativa A. 1 É uma grande ilusão imaginar que o Brasil estará entre as cinco maiores economias do mundo na década atual se não realizar investimentos pesados em um novo padrão de energia, 4 independente da utilização de petróleo. [...] Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 18. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) No texto, a forma verbal “É” (l.1) inicia uma oração com sujeito inexistente. Comentário – A posição natural do sujeito é antes do predicado; porém a posposição do sujeito ao verbo é algo comum em nossa Língua. Veja alguns exemplos: É muito fácil esta questão! “Breve desapareceram os dois guerreiros...” (José de Alencar) Foi isso o que aconteceu no primeiro período do texto. O sujeito “imaginar que o Brasil estará...” encontra-se posposto ao predicado. Note que o sujeito surgiu sob a forma de oração reduzida (“imaginar”) e que ainda podemos analisar a oração “que o Brasil estará” como objeto direto (imaginar o quê? – “imaginar que o Brasil estará...”). Convém lembrar que, nas orações sem sujeito, o conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser; seu verbo é impessoal, empregado Sujeito Composto PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 14 sempre na terceira pessoa do singular. São verbos impessoais: haver (nos sentidos de existir, acontecer, realizar-se, decorrer) e fazer, passar (de), ir (para), ser e estar com referência ao tempo. Fazia um frio intenso. Era no mês de agosto. Se estiver calor, abra a janela, Já passava das dez horas da noite! Ia para três anos que estudávamos. Resposta – Item errado. 19. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) “A população carcerária no Brasil é composta fundamentalmente por jovens entre 18 e 29 anos de idade. Vale a pena deixá-los sem futuro?” Na oração “Vale a pena deixá-los sem futuro?”, o sujeito é inexistente. Comentário – O sujeito existe e é a oração reduzida de infinitivo “deixá-los sem futuro”. Normalmente, as orações subordinadas substantivas subjetivas vêm pospostas ao verbo da oração principal. Cuidado para não confundi-las com um objeto direto. Resposta – Item errado. 1 Nós, chefes de Estado e de Governo dos 21 países ibero-americanos, reunidos na XIII Conferência Ibero-Americana, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, 4 Bolívia, reiteramos o nosso propósito de continuar a fortalecer a Comunidade Ibero-Americana de Nações como fórum de diálogo, cooperação e concertamento 7 político, aprofundando os vínculos históricos e culturais que nos unem, e admitindo, ao mesmo tempo, as características próprias de cada uma das nossas múltiplas PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 15 10 identidades, que permitem reconhecer-nos como uma unidade na diversidade.[...] Na trilha de Salvador: a inclusão social pela via do trabalho decente. Brasília: MTE, Assessoria Internacional, 2004, p. 27, 30 e 35 (com adaptações). 20. (Cespe/MTE/Agente Administrativo/2008) O trecho “o nosso propósito de continuar a fortalecer a Comunidade Ibero-Americana de Nações como fórum de diálogo, cooperação e concertamento político” (l. 4-7) complementa o sentido do verbo “reiteramos” (l. 4). Comentário – Complemento verbal é outra nomenclatura a atribuída aos objetos direto e indireto. Aquele complementa o verbo sem a obrigatoriedade de preposição, diferentemente deste, que é por ela regido. Logo, é necessário existir verbo transitivo para que o complemento apareça. Analise a regência do verbo REITERAR e você concluirá que seu valor semântico requer um complemento (reiteramos o que?). Na passagem analisada, a função de complemento da forma verbal “reiteramos” é desempenhada pelo trecho em destaque. Resposta – Item certo. O que é o que é? 1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da 4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? Estar ocupado, e de repente parar por ter sido tomado por uma desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se 7 chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar: como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria pergunta. Qual é o nome? e é este o nome. Clarice Lispector. A descoberta do mundo. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 16 Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199. 21. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Nos segmentos “— como se chama o que sinto?” (l. 2) e “e que não gosta mais da gente” (l. 3-4), os pronomes relativos exercem a mesma função sintática. Comentário – O primeiro passo é isolarmos as orações que os pronomes relativos integram: (1) [que sinto] (2) [e que não gosta mais da gente]. O segundo passo é identificarmos os termos aos quais os pronomes relativos fazem referência. Esses termos encontram-se, via de regra, anteriores aos próprios pronomes relativos e são conhecidos como termos antecedentes. O pronome relativo em (1) se refere ao termo “o” (= aquilo), pronome demonstrativo, presente na oração (3) [como se chama o]. O pronome relativo em (2) se refere ao termo “uma pessoa” presente na oração (4) [Uma pessoa de quem não se gosta mais]. O terceiro passo é substituirmos os pronomes relativos pelos termos a que fazem referência, reescrevendo a oração subordinada adjetiva preferencialmente na ordem direta: (1.1) [sinto aquilo] (1.2) [e uma pessoa não gosta mais da gente] Ao analisarmos as funções sintáticas dos termos “aquilo” e “uma pessoa”, verificamos que exercem, respectivamente, as funções de objeto direto da forma verbal “sinto” e de sujeito da forma verbal “gosta”. Dessa forma, descobrimos também as funções sintáticas que a banca examinadora nos propõe, visto que os pronomes relativos são seus correspondentes semânticos nas orações em que surgem. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 17 Resposta – Item errado. [...] Para a sociedade, coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior produtividade quando seus resultados forem distribuídos 16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. [...] Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: <www.espacoacademico.com.br> (com adaptações). 22. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A coerência e a correção gramatical do texto seriam mantidas ao se substituir “só haverá” (l.14) por só existirá. Comentário – Preste muita atenção agora: o termo que funciona sintaticamente como objeto direto do verbo haver é sujeito em relação ao verbo existir. Com o verbo haver não há necessidade de concordância, mas com o verbo existir sim. Observe: “...só haverá vantagens...” (objeto direto) “...só existirão vantagens...” (sujeito) Resposta – Item errado. [...] Cumpre acrescentar que, no enfrentamento do desafio de inclusão 16 social, emerge cristalina a necessidade de fortalecer as instituições democráticas. Nessa linha de pensamento em que se procura reverter 19 um processo de descrença, a defensoria pública, erigida na Constituição Federal de 1988 (CF) à condição de instituição essencial à justiça, precisa preencher relevante espaço no 22 compromisso constitucional de redução das desigualdades, com promoção do integral acesso à justiça. Assim definida, cabe-lhe não só a assistência judiciária, pois pouco, ou nada, valem PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 18 25 direitos formalmente reconhecidos, sem que se concretizem na vida das pessoas e dos grupos sociais. Aquilo de que se precisa, de uma vez por todas, compreende igualmente um conjunto de 28 atividades extrajudiciais e de informação, extremamente imprescindível em um país de analfabetos e semianalfabetos, com o intuito de proporcionar aos necessitados consciência de 31 seus direitos, fazendo-os se verem como partes integrantes desse país, ou seja, como cidadãos. Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública para a inclusão social rumo à concretização do estado democrático de direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações). 23. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) A respeito de aspectos sintáticos do texto, assinale a opção correta. (A) A forma verbal “compreende” (l.27) concorda com o respectivo sujeito: “um conjunto de atividades extrajudiciais e de informação” (l.27-28). (B) Na linha 16, o deslocamento do vocábulo “cristalina” para imediatamente depois de “necessidade” não interfere no sentido nem na estrutura sintática do trecho. (C) Na linha 18, o vocábulo “que” retoma “linha de pensamento” e pode, juntamente com a preposição que o antecede e sem prejuízo gramatical ou de sentido para o texto, receber artigo definido masculino e ser reescrito da seguinte forma: no qual. (D) O pronome “lhe” (l.23) faz referência a “defensoria pública” (l.19). (E) O termo “direitos formalmente reconhecidos” (l.25) exerce função de complemento de ambas as formas verbais “valem” (l.24) e “concretizem” (l.25). Comentário – Alternativa A: o verdadeiro sujeito da forma verbal “compreende” é o termo “Aquilo”. A expressão “um conjunto de atividades extrajudiciais e de informação” complementa o significado do verbo compreender; é, pois, o seu objeto (direto). PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 19 Alternativa B: no original, o termo “cristalina” funciona sintaticamente como o predicativo do sujeito “necessidade” (predicativo do sujeito é o termo que exprime um atributo, um estado ou modo de ser do sujeito). Vamos reescrever a passagem como a banca propôs: “emerge a necessidade cristalina de fortalecer as instituições democráticas.” Agora o adjetivo “cristalina” exerce a função de adjunto adnominal, termo que caracteriza ou determina os substantivos. Alternativa C: em resumo, o que o examinador sugere é que não há problemas na seguinte estrutura: “Nessa linha de pensamento no qual se procura reverter um processo de descrença...”. Não é bem assim. O pronome relativo que é neutro (serve tanto para substituir seres do gênero masculino quanto do gênerofeminino); mas o pronome o qual não. O núcleo da expressão “linha de pensamento” (que foi por mim sublinhado) impõe-nos o uso da forma equivalente ao feminino: a qual. Alternativa E: façamos a pergunta ao verbo: “O que vale?”. A resposta é o sujeito dele: “direitos formalmente reconhecidos”. Portanto esse termo não pode ser o complemento (objeto) da forma verbal “valem”. Também não o é da forma verbal “concretizem”. Desta também é sujeito. Observe que a voz verbal está apassivada pelo pronome “se”. Esclareça isso transformando a passiva sintética em passiva analítica: “sem que [direitos formalmente reconhecidos] sejam concretizados”. Resposta – D 24. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Absorvia-a no leite preto que me amamentou; ela envolveu-me como uma carícia muda toda a minha infância”, escreveu Joaquim Nabuco sobre a escravidão que conheceu como menino, em um engenho pernambucano. “Por felicidade da minha hora, eu trazia da infância e da adolescência o interesse, a compaixão, o sentimento pelo escravo — o bolbo que devia dar a única flor da minha carreira”. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 20 O vocábulo “que”, destacado acima, pertence à mesma categoria gramatical e exerce, respectivamente, função sintática de objeto direto e de sujeito. Comentário – Quanto à categoria gramatical, está certa a declaração da banca examinadora, pois os vocábulos negritados são pronomes relativos. Note que eles substituem, respectivamente, os termos “leite preto” e “bolbo”. Sintaticamente, funcionam como sujeito do verbo “amamentou” (O leite preto me amamentou.) e sujeito da locução “devia dar” (O bolbo devia dar...) Resposta – Item errado. [...] essa agilidade, muito provavelmente, teve como objetivo exclusivo permitir-nos decidir o que merecia a nossa atenção [...] D. Goleman. Inteligência emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007, p. 305-6 (com adaptações). 25. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) A expressão “como objetivo exclusivo” (L.5-6) exerce a função de complemento direto da forma verbal “teve” (L.5). Comentário – Não é verdade. O complemento direto (ou simplesmente objeto direto) da forma verbal “teve” é oracional: “permitir...” (= ISSO). Repare: teve ISSO como objetivo exclusivo. A forma verbal “teve” equivale-se a considerou: considerou ISSO como objetivo exclusivo. Trata-se, portanto, de um verbo transobjetivo, isto é, um verbo que vem acompanhado de predicativo do objeto. Esta é a função sintática do termo “como objetivo exclusivo”. Resposta – Item errado. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 21 26. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) Em ‘Quando o carteiro chegou/e meu nome gritou’ (L.38-39), os sujeitos gramaticais ‘o carteiro’ e ‘meu nome’ estão antepostos a seus respectivos predicados verbais. Comentário – Você se lembra do que eu disse sobre a ordem SUJEITO – VERBO – OBJETO e sobre a possibilidade de inversão para confundir o candidato? Pois foi isso que ocorreu novamente. Não é porque o termo “meu nome” está antes do verbo “gritou” que vamos classificá-lo como sujeito. Faça-se as seguintes perguntas: “Quem gritou?” e “Gritou o quê?”. O carteiro gritou meu nome. Pronto, ficou claro que “meu nome” funciona como objeto direto do verbo. Resposta – Item errado. 27. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “A coordenadora da CTPE, Zilda Cavalcanti, atribui o crescimento dos transplantes no estado ao trabalho contínuo de sensibilização da população para o tema. “Buscamos levar mais informação às pessoas e aos profissionais de saúde para mudar a cultura que existe sobre transplantes”. As formas verbais ‘levar’ e ‘mudar’ não apresentam complemento introduzido por preposição. Comentário – Somente o verbo “mudar” é transitivo direto e não possui complemento (“a cultura” = objeto direto; o “a” é artigo) introduzido por preposição. O verbo “levar” foi empregado como bitransitivo e seu complemento indireto (“às pessoas e aos profissionais de saúde”) é regido pela preposição “a”, que se aglutinou com o artigo “a”, dando origem à crase (“à”). Resposta – Item errado. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 22 28. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) A respeito de aspectos linguísticos do texto, assinale a opção correta. (A) No primeiro verso, a expressão “estas mal traçadas linhas” é um dos complementos da forma verbal “Escrevo”. (B) As expressões “meu amor” (v.1) e “por favor” (v.3) exercem a função de aposto. (C) No pedido de desculpa pelos erros (v.3), o autor da carta comete o seguinte erro: emprego da forma verbal “desculpes”, em vez de desculpe. (D) No verso 5, os vocábulos “Talvez” e “até” expressam circunstâncias de tempo. Comentário – Lembre-se de que complemento verbal é outra forma de se referir a objeto direto e objeto indireto. O verbo “Escrevo” é bitransitivo (escrevo algo a alguém). Os termos “te” e “estas mal traçadas linhas” constituem, respectivamente, seu objeto indireto e objeto direto. Portanto a letra A está correta. A respeito do complemento indireto, a preposição é desnecessária porque o pronome oblíquo é átono. Por eliminação, podemos descartar a letra B, já que o termo “meu amor” é vocativo (termo que serve para interpelar, invocar o interlocutor). Também é possível eliminar a letra C, pois não há erro. A forma verbal “desculpes” (presente do subjuntivo) está adequada porque o interlocutor está representado pela segunda pessoa do singular (leia as linha 1, 4 e 7 novamente). Finalmente, a letra D também deve ser desconsiderada: “Talvez” indica dúvida. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 23 Resposta – A [...] Tendo como principal propósito a 13 interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à constituição de uma nação-Estado verdadeiramente unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no 16 país explicitavam firmemente a sua crença de que o crescimento era enormemente inibido pela ausência de um sistema nacional de comunicações e de que o 19 desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial para o alargamento da base econômica do país. [...] Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações). 29. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A preposição em “de que o desenvolvimento” (l.18-19) é exigida pela regência da palavra “crença” (l.16). Comentário – Estamos diante de um complemento nominal, termo que integra ou limita o sentido de um advérbio, adjetivo ou substantivo abstrato; aparece sempre preposicionado e indica o alvo ou o paciente do processo. A preposição conecta o substantivo abstrato “crença” (l.16) ao seu complemento. Resposta – Item certo. 16 [...] Finalmente, considero que, embora a formação de novos sujeitos sociais e políticos e de arenas de participação da sociedade na formulação e gestão das 19 políticas públicas traga as marcas de nossa trajetória histórica, constitui, ao mesmo tempo, possibilidade aberta para outra equação entre universalismo e particularismo na sociedade 22 brasileira. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br24 Jeni Vaitsman. Desigualdades sociais e particularismos na sociedade brasileira. In: Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, n.º 18 (Suplemento), p. 38 (com adaptações). 30. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Por meio da conjunção “e”, empregada duas vezes na linha 17 e uma vez na linha 18, é estabelecida a seguinte organização de ideias: a primeira ocorrência liga duas características de “novos sujeitos” (l.17); a segunda liga dois complementos de “formação” (l.17); a terceira, dois complementos de “arenas de participação da sociedade” (l.18). Comentário: primeira ocorrência – os termos são os adjetivos “sociais” e “poíticos”, que funcionam como adjuntos adnominais; segunda ocorrência – a conjunção articula dois termos que são o alvo da “formação”, isto é, são verdadeiros complementos nominais; terceira ocorrência – aqui o raciocínio anterior se repete, mas agora em relação à expressão “arenas de participação da sociedade”. Resposta: item certo. 31. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “É o chamado efeito Médici, em alusão à explosão criadora deflagrada em Florença quando o clã Médici reuniu gente de toda uma série de disciplinas — escultores, cientistas, poetas, filósofos, pintores, arquitetos — na cidade. A interação de todos fez brotar novas ideias no cruzamento das disciplinas, o que deu origem ao Renascimento, uma das eras mais criativas da história.” O nome “alusão” e o verbo “deu” têm complementos introduzidos pela mesma preposição. Comentário – A questão tratou ao mesmo tempo de complementos nominal e verbal. O complemento nominal vem obrigatoriamente preposicionado; o complemento verbal que vem obrigatoriamente preposicionado é o objeto indireto. Eis, então, o complemento do nome “alusão”: “à explosão criadora”, e PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 25 o complemento indireto do verbo “deu”: “ao Renascimento”, ambos introduzidos pela preposição “a”. Resposta – Item certo. [...] liberdade política, aos Estados democráticos. Um e outro 13 reconhecimento são a mais alta expressão do espírito laico que caracterizou o nascimento da Europa moderna, entendendo-se esse espírito laico como o modo de pensar que confia o destino 16 do regnum hominis (reino do homem) mais à razão crítica que aos impulsos da fé, ainda que sem desconhecer o valor de uma [...] Norberto Bobbio. Elogio da serenidade e outros escritos morais. São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 149 (com adaptações). 32. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) As expressões “do espírito laico” (L.13) e “da fé” (L.17) complementam, respectivamente, os vocábulos “expressão” e “impulsos”. Comentário – Repare que as expressões limitam o significado dos vocábulos “expressão” e “impulsos”, caracterizando-os. Observe ainda que “espírito laico” e “fé” servem como agentes desencadeadores das respectivas ações: o espírito laico expressa...; a fé impulsiona... Também está presente nos dois casos a ideia de posse/pertença: a expressão é dele, ou seja, do espírito laico; os impulsos são dela, ou seja, da fé. Portanto as expressões destacadas são adjuntos adnominais, e não complementos nominais. Resposta – Item errado. [...] A democratização no século XX não se limitou à extensão de direitos políticos e civis. O tema 16 da igualdade atravessou, com maior ou menor força, as chamadas sociedades ocidentais. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 26 Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações). 33. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Em textos de normatização mais rígida do que o texto jornalístico, como os textos de documentos oficiais, a contração de preposição com artigo, como em “da igualdade” (l.16), deve ser desfeita, devendo-se escrever de a igualdade, para que o sujeito da oração seja claramente identificado. Comentário – De fato, recomenda-se que o artigo que integra o sujeito do verbo (normalmente, este surge no infinitivo) não seja aglutinado à preposição que o antecede: “Está na hora de a onça beber água.” (certo) “Está na hora da onça beber água.” (errado) Mas no trecho indicado pelo Cespe, o sujeito do verbo “atravessou” está claramente identificado: “O tema da igualdade”. A locução adjetiva “da igualdade” pode ser analisada, isoladamente, como adjunto adnominal de “tema”, assim como o artigo “O”. Nesse caso, não há necessidade de desfazer a contração existente em “da” (de + a). Resposta – Item errado. O que é o que é? 1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da 4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? Estar ocupado, e de repente parar por ter sido tomado por uma desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se 7 chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar: como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria pergunta. Qual é o nome? e é este o nome. Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 27 34. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em “de repente parar por ter sido tomado por uma desocupação” (l. 5-6), a preposição “por” introduz termo com valor causal, na primeira ocorrência, e o agente da passiva, na segunda. Comentário – Na primeira ocorrência, a preposição “por” integra o adjunto adverbial (“por ter sido tomado por uma desocupação”) que denota a causa ou o motivo do processo verbal indicado por “parar”. Acontece que, no mesmo segmento, surge o que se denomina de voz verbal passiva analítica: “ter sido tomado” (note que a locução verbal é composta pelos auxiliares “ter sido” que acompanham o principal “tomado”, que assume a forma nominal característica de particípio). Nesse tipo de voz, o elemento que indica o agente desencadeador do processo verbal é classificado de agente da passiva. Conforme explicação dada nesta aula, esse termo da oração surge sempre preposicionado. E no caso em análise, a preposição que o introduz é justamente a preposição “por”. Resposta – Item certo. Canção do Ver (fragmento) 1 Por viver muitos anos dentro do mato Moda ave 4 O menino pegou um olhar de pássaro – Contraiu visão fontana. 7 Por forma que ele enxergava as coisas Por igual 10 como os pássaros enxergam. As coisas todas inominadas. Água não era ainda a palavra água. 13 Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 28 As palavras eram livres de gramáticas e Podiam ficar em qualquer posição. 16 Por forma que o menino podia inaugurar. Podia dar às pedras costumes de flor. Podia dar ao canto formato de sol. 19 E, se quisesse caber em uma abelha, era só abrir a [palavra abelha e entrar dentro dela. Como se fosse infância da língua. Manoel de Barros. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004. 35. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em “Por viver muitos anos/dentro do mato” (v. 1-2) e “ele enxergava/as coisas/Por igual” (v. 7-9), a preposição “Por”, nas duas ocorrências, introduz uma circunstância de modo nos períodos em que se insere. Comentário –Novamente estamos às voltas com a preposição “por”. No primeiro caso, ela introduz oração de valor semântico adverbial que comunica a causa de “o menino” ter adquirido “um olhar de cobra”. A compreensão dessa circunstância seria facilitada se colocássemos o período na forma direta: O menino pegou um olhar de cobra por viver muitos anos dentro do mato. Em sua segunda ocorrência, a preposição “por” realmente indica o modo como o personagem “menino” via as coisas. A expressão “por igual” constitui uma locução adverbial formada por preposição e adjetivo (ver explicação nas páginas 15 e 16). Pode, sem problema algum, ser substituída por igualmente. Resposta – Item errado. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 29 [...] É preciso, portanto, que o espírito da blitz na 19 avenida Paulista seja estendido para toda a cidade. O DNA Paulistano, série de pesquisas realizadas, no ano passado, pelo Datafolha, revelou fatias surpreendentemente elevadas 22 de pessoas que, nas diversas regiões da cidade, costumam caminhar até o trabalho. [...] Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações). 36. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Na linha 22, as vírgulas após as palavras “que” e “cidade” foram empregadas para se isolar adjunto adverbial de lugar deslocado. Comentário – Esta questão envolve também o conhecimento sobre a utilização de vírgula, assunto que ainda não foi tratado neste curso. Entretanto o exercício é útil para ratificar nosso conhecimento a respeito de adjuntos adverbiais. Lembre-se de que adjunto adverbial denota as circunstâncias em que se desenvolve o processo verbal, ou intensifica o sentido deste, de um adjetivo ou de um advérbio. No texto, ele assumiu a forma locução e indica onde a ação de caminhar até o trabalho é habitualmente desenvolvida pelas pessoas. Resposta – Item certo. 7 [...] Na primeira década deste século, os avanços deram-se em direção a uma agenda social, voltada para a redução da pobreza e da desigualdade estrutural. Nos 10 próximos anos, a questão da melhoria da qualidade do ensino deve ser uma obrigação dos governantes, sejam quais forem os ungidos pelas decisões das urnas. Jornal do Brasil, Editorial, 21/1/2010 (com adaptações). PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 30 37. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Médio/2010) O emprego de vírgula após “anos”, em “Nos próximos anos, a questão da melhoria da qualidade do ensino deve ser uma obrigação dos governantes” (l.9-11), justifica-se por isolar termo adverbial, com noção de tempo, deslocado do final para o começo do período. Comentário – É isso mesmo! A expressão “Nos próximos anos” funciona como adjunto adverbial de tempo. Sua antecipação ocasionou o emprego da vírgula. A mesma função sintática exerce o termo “Na primeira década deste século”. Resposta – Item certo. 38. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) Se os versos do fragmento fossem reescritos na ordem sujeito-verbo-complemento verbal- adjunto adverbial, a versão correta seria: No palácio da Cachoeira/Joaquim Silvério começa/ a redigir sua carta/ com pena bem aparada. Comentário – Temos a impressão de que, 2011, a banca “brincou” com a ordem dos termos da oração. Vejamos o que temos aqui: - sujeito: Joaquim Silvério; - verbo: começa a redigir (locução, que veio intercalada); - complemento verbal: sua carta (objeto direto); - adjunto adverbial: No palácio da Cachoeira (lugar); e com pena bem aparada (instrumento). PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 31 Reorganizando tudo conforme sugere o examinador: Joaquim Silvério começa a redigir sua carta no palácio da Cachoeira, com pena bem aparada. Resposta – Item errado. 1 Toda a questão do conhecimento, como desejo de penetrar os fenômenos e dizer sua lógica, organização e seu funcionamento, pode ser pensada a 4 partir do que se deve denominar uma filosofia de superfície: aquela que se dedica a tratar crítica e analiticamente o mundo das superfícies. [...] Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície. In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações). 39. (Cespe/TCE-Acre/Analista de Controle Externo/2009) Nas linhas de 1 a 3, o trecho “como desejo [...] funcionamento” tem a função de explicar ou definir como o “conhecimento” deve ser entendido no desenvolvimento do texto. Comentário – Observe que o trecho em destaque é termo de caráter nominal relacionado a substantivo, para explicá-lo, esclarecê-lo, desenvolvê-lo. Isso o faz lembrar algo? Volte um pouquinho e confira as características de um aposto, pois essa é a função sintática do trecho analisado. Resposta – Item certo. [...] A exposição das gestantes à poluição, em especial 16 nos três primeiros meses de gestação, leva à diminuição do peso dos bebês ao nascer, um dos principais determinantes da saúde infantil. As consequências mais imediatas — e 19 moderadas — de encher os pulmões todos os dias com o ar PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 32 das metrópoles são logo sentidas: entupimento das vias aéreas, mal-estar, crises de asma, irritação dos olhos. [...] 35 O poluente associado à maior probabilidade de morte dos fetos é o monóxido de carbono 37 (CO), um gás sem cor nem cheiro que resulta da queima incompleta dos combustíveis. Como se vê, a qualidade do ar é questão que merece atenção urgente dos administradores 40 públicos. Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações). 40. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Na linha 21, as vírgulas utilizadas no interior do período que termina na palavra “olhos” têm a função de separar elementos de mesma função gramatical componentes de uma enumeração. Comentário – Você já identificou a função sintática dos termos separados pela vírgula? Lembra-se do aposto, termo de caráter nominal que se refere a um substantivo – ou a qualquer palavra substantivada – para explicá-lo, especificá-lo, esclarecê-lo, desenvolvê-lo ou resumi-lo? Pois os termos – enumerados e coordenados entre si – esclarecem o significado do termo “consequências” Resposta – Item certo. 41. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O trecho “um gás sem cor nem cheiro que resulta da queima incompleta dos combustíveis” (l.37-38) exerce a função de aposto. Comentário – Agora ficou fácil atestar a veracidade da informação. O termo apontado é aposto explicativo de “monóxido de carbono”. Resposta – Item certo. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 33 [...] Diante da impossibilidade de reunião de todos os envolvidos — aqueles que, de alguma forma, sentem os 13 reflexos das decisões tomadas — e sendo cada vez mais urgente a tomada de decisões em tempo recorde, identificou-se a necessidade de eleger representantes. Assim nasceu a 16 democracia representativa, com seus prós e contras. [...] Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública para a inclusão social rumo à concretização do estado democrático de direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações). 42. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) O trecho entre travessões nas linhas 12 e 13 explicaa expressão “todos os envolvidos” (l.11-12). Comentário – Esta foi para confirmar o conceito de aposto explicativo. Não vai me dizer que, depois de tudo o que foi falado aqui sobre ele, você errou a questão? Resposta – Item certo. Vamos fazer uma pausa aqui. Respire um pouco, refaça os exercícios (eles estão transcritos logo a seguir) e só depois prossiga para a próxima aula. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 34 Pontos Importantes da Matéria PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 35 PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 36 PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 37 PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 38 PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 39 PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 40 PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 41 PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 42 Lista das Questões Comentadas 1. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) As orações “São tantos os espaços para a dita participação popular” (l.1) e “não há espaços de visibilidade claros” (l.11) são exemplos de oração sem sujeito. A diferença na linguagem 1 “Para os gramáticos, a arte da palavra quase se esgota na arte da escrita, o que se vê ainda pelo uso que fazem dos acentos, muitos dos quais fazem alguma distinção ou evitam 4 algum equívoco para os olhos mas não para os ouvidos.” [...] Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130. 2. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em suas duas ocorrências, a forma verbal “fazem” (l. 2 e l. 3) concorda com sujeitos distintos. 3. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Quem precisa de transplantes de pâncreas precisa se inscrever na lista de outro estado, como São Paulo, por exemplo”. O sujeito de ‘precisa se inscrever na lista de outro estado’ é ‘Quem’. [...] Durante os governos do Império (1822-1889), e de igual forma após a proclamação 10 da República, significativo número de brilhantes engenheiros brasileiros elaborou planos detalhados e ambiciosos de transportes para o Brasil. [...] Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações). PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 43 4. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A forma verbal “elaborou” (l.11) está no singular porque concorda com o núcleo do sujeito da oração: “número” (l.10). [...] 5. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2011) O sujeito da forma verbal “vivem” (L.2) não ocorre de maneira explícita no período, devendo ser inferido da leitura do texto. [...] À luz desses entendimentos é que os direitos humanos 13 devem ser vistos. Não mais direitos que apenas se cristalizam em leis ou códigos, mas que se constituem a partir de conflitos, que traduzem as transformações e os avanços históricos da 16 humanidade. Não se pode mais entendê-los como fruto de uma sociedade abstrata, mas como a expressão coativa de tensões e contradições engendradas pelos embates de interesses e projetos 19 de grupos sociais. Roberto A. R. de Aguiar. Ética e direitos humanos. In: Desafios Éticos. Conselho Federal de Medicina, p. 60-1, 1993 (com adaptações). 6. (Cespe/TCE-Acre/ACE/2009) A forma verbal “traduzem” (l.15) está flexionada no plural porque o sujeito da oração, o pronome “que” (l.14) retoma a expressão no plural “leis ou códigos” (l.14). PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 44 1 Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, 4 é o fermento do crescimento econômico e social de um país. [...] Luís Afonso Bermúdez. O fermento tecnológico. In: Darcy. Revista de jornalismo científico e cultural da Universidade de Brasília, novembro e dezembro de 2009, p. 37 (com adaptações). 7. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A forma verbal “é” (l.4) está flexionada no singular porque, na oração em que ocorre, subentende-se “Inovar” (l.1) como sujeito. 8. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Não há quem não se arrepie ao ler como o jovem Nabuco descobriu que a tepidez do que parecia a ordem natural das coisas, de menino mimado pelas mucamas, era na verdade brutal e amarga. Era menino ainda, estava sentado no patamar da escada superior da casa onde havia sido criado pela madrinha”. O sujeito de “era” é “a ordem natural das coisas”. 9. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) “Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, é o fermento do crescimento econômico e social de um país.” A forma verbal “é” está flexionada no singular porque, na oração em que ocorre, subentende-se “Inovar” como sujeito. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 45 [...] 10. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Com relação aos sentidos e aspectos linguísticos do texto, julgue o item seguinte. O sujeito das orações “Foi adolescente” (l.6) e “Chegou à idade adulta” (l.9-10) remete a “A atual geração de adultos” (l.3-4). [...] 11. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Considerando as ideias e a estruturação sintática do texto, julgue o item seguinte. O sujeito da oração “Resume o historiador Marco Antonio Villa” (l.9) está oculto. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 46 12. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “A capacidade de associação, ou o poder de conectar perguntas, problemas ou ideias de campos distintos e aparentemente sem nenhuma relação entre si, é fundamental no DNA do inovador.” O sujeito de “é fundamental no DNA do inovador” é composto, já que enumera mais de um assunto e os separa por meio de vírgula. 1 O consumo das famílias deverá crescer 7,5% neste ano, tornando-se um dos principais responsáveis pelo crescimento do produto interno bruto, previsto em 5%. A 4 nova estimativa do consumo das famílias é uma das principais mudanças nas perspectivas para a economia brasileira em 2008 traçadas pela Confederação Nacional da 7 Indústria em relação às previsões apresentadasem dezembro do ano passado, quando o aumento do consumo foi estimado em 6,2%. O Estado de S.Paulo, 7/4/2008 (com adaptações). 13. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A partícula “se”, em “tornando-se” (l. 2), indica que o sujeito da oração correspondente é indeterminado. 1 A qualidade do ambiente urbano torna-se, cada vez mais, uma destacada fonte de cobrança da população sobre seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade 4 de São Paulo experimenta, nos últimos anos, uma notável mudança de comportamento das autoridades municipais, que passam a incorporar o tema em suas prioridades de gestão. [...] Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações). PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 47 14. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O emprego do pronome “se” (l.1) indica que a oração em que o verbo está inserido tem sujeito indeterminado. [...] Todavia, foi somente após a Independência que começou a se manifestar explicitamente, no Brasil, a preocupação com 7 o isolamento das regiões do país como um obstáculo ao desenvolvimento econômico. [...] Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações). 15. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Em “se manifestar” (l.6), o “se” indica sujeito indeterminado. 1 Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava quatrocentas e noventa. [...] Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8. 16. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) O verbo ter, na linha 1, está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se no singular, sem concordar com o sujeito da oração — “vinte aranhas” (l. 1). [...] 19 Rigorosamente, todas estas notícias são desnecessárias para a compreensão da minha aventura; mas é um modo de ir dizendo alguma coisa, antes de entrar em matéria, para a qual 22 não acho porta grande nem pequena; o melhor é afrouxar a rédea à pena, e ela que vá andando, até achar entrada. Há de PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 48 haver alguma; tudo depende das circunstâncias, regra que 25 tanto serve para o estilo como para a vida; palavra puxa palavra, uma idéia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução; alguns dizem mesmo que assim 28 é que a natureza compôs as suas espécies. [...] Machado de Assis. Primas de Sapucaia. In: 50 contos de Machado de Assis. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 250-1 17. (Cespe/TCE-Acre/Analista de Controle Externo/2008) Em relação às estruturas lingüísticas do texto, assinale a opção correta. A) Na expressão “Há de haver” (l. 23-24), verifica-se o emprego impessoal do verbo haver na forma “Há”. B) No trecho “assim se faz um livro” (l. 26), a expressão “um livro” exerce a função de sujeito. 1 É uma grande ilusão imaginar que o Brasil estará entre as cinco maiores economias do mundo na década atual se não realizar investimentos pesados em um novo padrão de energia, 4 independente da utilização de petróleo. [...] Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 18. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) No texto, a forma verbal “É” (l.1) inicia uma oração com sujeito inexistente. 19. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) “A população carcerária no Brasil é composta fundamentalmente por jovens entre 18 e 29 anos de idade. Vale a pena deixá-los sem futuro?” Na oração “Vale a pena deixá-los sem futuro?”, o sujeito é inexistente. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 49 1 Nós, chefes de Estado e de Governo dos 21 países ibero-americanos, reunidos na XIII Conferência Ibero-Americana, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, 4 Bolívia, reiteramos o nosso propósito de continuar a fortalecer a Comunidade Ibero-Americana de Nações como fórum de diálogo, cooperação e concertamento 7 político, aprofundando os vínculos históricos e culturais que nos unem, e admitindo, ao mesmo tempo, as características próprias de cada uma das nossas múltiplas 10 identidades, que permitem reconhecer-nos como uma unidade na diversidade. [...] Na trilha de Salvador: a inclusão social pela via do trabalho decente. Brasília: MTE, Assessoria Internacional, 2004, p. 27, 30 e 35 (com adaptações). 20. (Cespe/MTE/Agente Administrativo/2008) O trecho “o nosso propósito de continuar a fortalecer a Comunidade Ibero-Americana de Nações como fórum de diálogo, cooperação e concertamento político” (l. 4-7) complementa o sentido do verbo “reiteramos” (l. 4). O que é o que é? 1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da 4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? Estar ocupado, e de repente parar por ter sido tomado por uma desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se 7 chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar: como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria pergunta. Qual é o nome? e é este o nome. Clarice Lispector. A descoberta do mundo. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 50 Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199. 21. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Nos segmentos “— como se chama o que sinto?” (l. 2) e “e que não gosta mais da gente” (l. 3-4), os pronomes relativos exercem a mesma função sintática. [...] Para a sociedade, coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior produtividade quando seus resultados forem distribuídos 16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. [...] Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: <www.espacoacademico.com.br> (com adaptações). 22. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A coerência e a correção gramatical do texto seriam mantidas ao se substituir “só haverá” (l.14) por só existirá. [...] Cumpre acrescentar que, no enfrentamento do desafio de inclusão 16 social, emerge cristalina a necessidade de fortalecer as instituições democráticas. Nessa linha de pensamento em que se procura reverter 19 um processo de descrença, a defensoria pública, erigida na Constituição Federal de 1988 (CF) à condição de instituição essencial à justiça, precisa preencher relevante espaço no 22 compromisso constitucional de redução das desigualdades, com promoção do integral acesso à justiça. Assim definida, cabe-lhe não só a assistência judiciária, pois pouco, ou nada, valem 25 direitos formalmente reconhecidos, sem que se concretizem na vida das pessoas e dos grupos sociais. Aquilo de que se precisa, de uma vez por todas, compreende igualmente um conjunto de 28 atividades extrajudiciais e de informação, extremamente imprescindível em um país de analfabetos e semianalfabetos, PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 51 com o intuito de proporcionar aos necessitados consciência de 31 seus direitos, fazendo-os se verem como partes integrantes desse país, ou seja, como cidadãos. Tatiana de CarvalhoCamilher. O papel da defensoria pública para a inclusão social rumo à concretização do estado democrático de direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações). 23. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) A respeito de aspectos sintáticos do texto, assinale a opção correta. (A) A forma verbal “compreende” (l.27) concorda com o respectivo sujeito: “um conjunto de atividades extrajudiciais e de informação” (l.27-28). (B) Na linha 16, o deslocamento do vocábulo “cristalina” para imediatamente depois de “necessidade” não interfere no sentido nem na estrutura sintática do trecho. (C) Na linha 18, o vocábulo “que” retoma “linha de pensamento” e pode, juntamente com a preposição que o antecede e sem prejuízo gramatical ou de sentido para o texto, receber artigo definido masculino e ser reescrito da seguinte forma: no qual. (D) O pronome “lhe” (l.23) faz referência a “defensoria pública” (l.19). (E) O termo “direitos formalmente reconhecidos” (l.25) exerce função de complemento de ambas as formas verbais “valem” (l.24) e “concretizem” (l.25). 24. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Absorvia-a no leite preto que me amamentou; ela envolveu-me como uma carícia muda toda a minha infância”, escreveu Joaquim Nabuco sobre a escravidão que conheceu como menino, em um engenho pernambucano. “Por felicidade da minha hora, eu trazia da infância e da adolescência o interesse, a compaixão, o sentimento pelo escravo — o bolbo que devia dar a única flor da minha carreira”. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 52 O vocábulo “que”, destacado acima, pertence à mesma categoria gramatical e exerce, respectivamente, função sintática de objeto direto e de sujeito. [...] essa agilidade, muito provavelmente, teve como objetivo exclusivo permitir-nos decidir o que merecia a nossa atenção [...] D. Goleman. Inteligência emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007, p. 305-6 (com adaptações). 25. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) A expressão “como objetivo exclusivo” (L.5-6) exerce a função de complemento direto da forma verbal “teve” (L.5). 26. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) Em ‘Quando o carteiro chegou/e meu nome gritou’ (L.38-39), os sujeitos gramaticais ‘o carteiro’ e ‘meu nome’ estão antepostos a seus respectivos predicados verbais. 27. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “A coordenadora da CTPE, Zilda Cavalcanti, atribui o crescimento dos transplantes no estado ao trabalho contínuo de sensibilização da população para o tema. “Buscamos levar mais informação às pessoas e aos profissionais de saúde para mudar a cultura que existe sobre transplantes”. As formas verbais ‘levar’ e ‘mudar’ não apresentam complemento introduzido por preposição. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 53 28. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) A respeito de aspectos linguísticos do texto, assinale a opção correta. (A) No primeiro verso, a expressão “estas mal traçadas linhas” é um dos complementos da forma verbal “Escrevo”. (B) As expressões “meu amor” (v.1) e “por favor” (v.3) exercem a função de aposto. (C) No pedido de desculpa pelos erros (v.3), o autor da carta comete o seguinte erro: emprego da forma verbal “desculpes”, em vez de desculpe. (D) No verso 5, os vocábulos “Talvez” e “até” expressam circunstâncias de tempo. [...] Tendo como principal propósito a 13 interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à constituição de uma nação-Estado verdadeiramente unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no 16 país explicitavam firmemente a sua crença de que o crescimento era enormemente inibido pela ausência de um sistema nacional de comunicações e de que o 19 desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial para o alargamento da base econômica do país. [...] Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações). PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 54 29. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A preposição em “de que o desenvolvimento” (l.18-19) é exigida pela regência da palavra “crença” (l.16). 16 [...] Finalmente, considero que, embora a formação de novos sujeitos sociais e políticos e de arenas de participação da sociedade na formulação e gestão das 19 políticas públicas traga as marcas de nossa trajetória histórica, constitui, ao mesmo tempo, possibilidade aberta para outra equação entre universalismo e particularismo na sociedade 22 brasileira. Jeni Vaitsman. Desigualdades sociais e particularismos na sociedade brasileira. In: Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, n.º 18 (Suplemento), p. 38 (com adaptações). 30. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Por meio da conjunção “e”, empregada duas vezes na linha 17 e uma vez na linha 18, é estabelecida a seguinte organização de ideias: a primeira ocorrência liga duas características de “novos sujeitos” (l.17); a segunda liga dois complementos de “formação” (l.17); a terceira, dois complementos de “arenas de participação da sociedade” (l.18). 31. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “É o chamado efeito Médici, em alusão à explosão criadora deflagrada em Florença quando o clã Médici reuniu gente de toda uma série de disciplinas — escultores, cientistas, poetas, filósofos, pintores, arquitetos — na cidade. A interação de todos fez brotar novas ideias no cruzamento das disciplinas, o que deu origem ao Renascimento, uma das eras mais criativas da história.” O nome “alusão” e o verbo “deu” têm complementos introduzidos pela mesma preposição. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 55 [...] liberdade política, aos Estados democráticos. Um e outro 13 reconhecimento são a mais alta expressão do espírito laico que caracterizou o nascimento da Europa moderna, entendendo-se esse espírito laico como o modo de pensar que confia o destino 16 do regnum hominis (reino do homem) mais à razão crítica que aos impulsos da fé, ainda que sem desconhecer o valor de uma [...] Norberto Bobbio. Elogio da serenidade e outros escritos morais. São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 149 (com adaptações). 32. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) As expressões “do espírito laico” (L.13) e “da fé” (L.17) complementam, respectivamente, os vocábulos “expressão” e “impulsos”. [...] A democratização no século XX não se limitou à extensão de direitos políticos e civis. O tema 16 da igualdade atravessou, com maior ou menor força, as chamadas sociedades ocidentais. Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações). 33. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Em textos de normatização mais rígida do que o texto jornalístico, como os textos de documentos oficiais, a contração de preposição com artigo, como em “da igualdade” (l.16), deve ser desfeita, devendo-se escrever de a igualdade, para que o sujeito da oração seja claramente identificado. O que é o que é? 1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br
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