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Aula 03

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PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 
 
1
Seja bem-vindo à aula 3. 
Resolveremos aqui exercícios de provas que tratam da sintaxe 
dos termos da oração. Na aula seguinte, abordaremos os que dizem respeito 
às relações entre as orações do período. 
O organograma abaixo é uma apresentação sistemática e resumida 
do que entendemos por termos da oração. 
 
 
 
 
 
 
 
Sentiu a falta do vocativo? Ele, na verdade, não faz parte desse 
grupo, isto é, não faz parte da oração, é um termo independente dela. Não 
fique espantado. Os livros somente o apresentam na mesma seção em que 
tratam dos termos da oração por uma questão meramente didática. É isso que 
também farei aqui, principalmente porque, em prova, é comum as bancas 
examinadoras induzirem os candidatos a confundi-lo com o sujeito da 
oração. 
Vamos às questões! 
 
1. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) As orações “São tantos os 
espaços para a dita participação popular” (l.1) e “não há espaços de 
visibilidade claros” (l.11) são exemplos de oração sem sujeito. 
Comentário – A primeira oração possui sujeito. Ele apareceu posposto ao 
verbo, o que normalmente dificulta a análise dos candidatos (eles costumam 
confundir o sujeito com o objeto direto). Repare: “São tantos os espaços...”. 
Mas a segunda oração realmente não possui sujeito. O verbo 
haver foi usado com sentido de existir, o que o torna impessoal. 
Termos da Oração 
Essenciais 
1 - Sujeito 
2 - Predicado 
Integrantes 
1 – Complemento verbal 
2 – Complemento nominal 
3 – Agente da passiva 
Acessórios 
1 – Adjunto adverbial 
2 – Adjunto adnominal 
3 – Aposto 
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2
Resposta – Item errado. 
 
A diferença na linguagem 
1 “Para os gramáticos, a arte da palavra quase se esgota na 
 arte da escrita, o que se vê ainda pelo uso que fazem dos 
 acentos, muitos dos quais fazem alguma distinção ou evitam 
4 algum equívoco para os olhos mas não para os ouvidos.” [...] 
Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130. 
2. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em suas duas ocorrências, a forma verbal 
“fazem” (l. 2 e l. 3) concorda com sujeitos distintos. 
Comentário – O verbo da oração concorda em número e pessoa com o sujeito 
dela. Isso quer dizer, por exemplo, que o verbo deverá ficar na terceira pessoa 
do plural se o sujeito também o estiver. É o que acontece com a forma verbal 
“fazem”. Resta, então, identificar os sujeitos das duas ocorrências. 
Em seu primeiro emprego, a forma verbal “fazem” tem por 
sujeito o termo “os gramáticos”, que inicia o período. Note que ele não 
aparece materialmente expressa na mesma oração da qual o verbo “fazem” é 
parte integrante, mas é subentendido pelo contexto. São “os gramáticos” 
quem fazem uso dos acentos referidos no texto. 
A segunda ocorrência da forma verbal “fazem” tem como 
sujeito a expressão partitiva “muitos dos quais”. Note que, nela, há a 
presença do pronome relativo “os quais”, representante semântico do 
substantivo “acentos”. Escrita de outra maneira, a passagem poderia ficar 
assim: muitos dos acentos fazem alguma distinção... 
Resposta – Item certo. 
 
3. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Quem precisa de transplantes de 
pâncreas precisa se inscrever na lista de outro estado, como São Paulo, 
por exemplo”. 
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3
O sujeito de ‘precisa se inscrever na lista de outro estado’ é ‘Quem’. 
Comentário – Aqui o erro é sutil. O pronome indefinido “Quem” é sujeito da 
primeira ocorrência do verbo “precisa”. O sujeito de “precisa se inscrever na 
lista de outro estado” é toda a oração anterior: “Quem precisa de transplantes 
de pâncreas”. 
Resposta – Item errado. 
 
 [...] Durante os governos do 
 Império (1822-1889), e de igual forma após a proclamação 
10 da República, significativo número de brilhantes engenheiros 
 brasileiros elaborou planos detalhados e ambiciosos de 
 transportes para o Brasil. [...] 
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações). 
4. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A forma verbal “elaborou” (l.11) está no 
singular porque concorda com o núcleo do sujeito da oração: “número” 
(l.10). 
Comentário – O sujeito é representado por toda a expressão “significativo 
número de brilhantes engenheiros brasileiros”. Nela, o termo central, nuclear, 
mais importante é o termo “número” (no singular). Em torno dele estão seus 
adjuntos adnominais. 
Resposta – Item certo. 
 
 
[...] 
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4
5. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2011) O sujeito da 
forma verbal “vivem” (L.2) não ocorre de maneira explícita no período, 
devendo ser inferido da leitura do texto. 
Comentário – Fique atento, pois o examinador gosta de usar um velho 
recurso que confunde muita gente: inverter a ordem entre sujeito e verbo. A 
ordem consagrada é SUJEITO – VERBO – OBJETO; mas é frequente o sujeito 
aparecer depois do verbo, no lugar que tradicionalmente é ocupado pelo 
complemento. Foi isso que aconteceu no período sob análise. O sujeito é a 
expressão “milhões de brasileiros à sua volta”. Repare que até é possível 
substituir esse termo por um pronome pessoal: O leitor interessado em 
compreender um pouco melhor como vivem eles (ou ...como eles vivem...) 
poderia aproveitar... Portanto o sujeito ocorre de maneira explícita. 
Resposta – Item errado. 
 
 [...] 
 À luz desses entendimentos é que os direitos humanos 
13 devem ser vistos. Não mais direitos que apenas se cristalizam em 
 leis ou códigos, mas que se constituem a partir de conflitos, 
 que traduzem as transformações e os avanços históricos da 
16 humanidade. Não se pode mais entendê-los como fruto de uma 
 sociedade abstrata, mas como a expressão coativa de tensões e 
 contradições engendradas pelos embates de interesses e projetos 
19 de grupos sociais. 
Roberto A. R. de Aguiar. Ética e direitos humanos. In: Desafios Éticos. 
Conselho Federal de Medicina, p. 60-1, 1993 (com adaptações). 
6. (Cespe/TCE-Acre/ACE/2009) A forma verbal “traduzem” (l.15) está 
flexionada no plural porque o sujeito da oração, o pronome “que” (l.14) 
retoma a expressão no plural “leis ou códigos” (l.14). 
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5
Comentário – O sujeito (termo sintático) do verbo “traduzem” é o pronome 
relativo “que” da linha 15. Este retoma o termo “direitos” (representado 
semanticamente pelo pronome relativo), expresso na linha 13 e oculto nas 
linhas 14 – “mas [direitos] que se constituem” – e 15 – “[direitos] que 
traduzem. 
Resposta – Item errado. 
 
1 Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar 
 a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos 
 gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, 
4 é o fermento do crescimento econômico e social de um país. 
 [...] 
Luís Afonso Bermúdez. O fermento tecnológico. In: Darcy. 
Revista de jornalismo científico e cultural da Universidade de 
Brasília, novembro e dezembro de 2009, p. 37 (com adaptações). 
7. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A forma verbal “é” (l.4) está 
flexionada no singularporque, na oração em que ocorre, subentende-se 
“Inovar” (l.1) como sujeito. 
Comentário – No período inicial, o sujeito “Inovar” está explícito já no início 
dele. Na linha 4, o mesmo sujeito foi ocultado. 
Resposta – Item certo. 
 
8. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Não há quem não se arrepie ao 
ler como o jovem Nabuco descobriu que a tepidez do que parecia a ordem 
natural das coisas, de menino mimado pelas mucamas, era na verdade 
brutal e amarga. Era menino ainda, estava sentado no patamar da escada 
superior da casa onde havia sido criado pela madrinha”. 
O sujeito de “era” é “a ordem natural das coisas”. 
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6
Comentário – O termo indicado pela banca examinadora integra a oração 
adjetiva restritiva “que parecia a ordem natural das coisas”. Nela, o verbo 
“parecia” é de ligação; o pronome relativo “que” funciona como sujeito desse 
verbo; o termo “a ordem natural das coisas” é predicativo desse sujeito. O 
sujeito do verbo “Era” (em negrito) está oculto (ele) no período e tem como 
referência o termo “o jovem Nabuco”. 
Resposta – Item errado. 
 
9. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) “Inovar é recriar de modo a 
agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a 
competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das 
organizações. Ou seja, é o fermento do crescimento econômico e social de 
um país.” 
A forma verbal “é” está flexionada no singular porque, na oração em que 
ocorre, subentende-se “Inovar” como sujeito. 
Comentário – No período inicial, o sujeito “Inovar” está explícito já no início 
dele. No período seguinte, o mesmo termo foi ocultado. Repare bem: “Inovar é 
recriar... Ou seja, [inovar] é o fermento...” 
Resposta – Item certo. 
 
 
[...] 
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7
10. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Com relação aos 
sentidos e aspectos linguísticos do texto, julgue o item seguinte. 
O sujeito das orações “Foi adolescente” (l.6) e “Chegou à idade adulta” 
(l.9-10) remete a “A atual geração de adultos” (l.3-4). 
Comentário – É isso mesmo. Embora o termo não esteja materialmente 
expresso na oração, ele pode ser subentendido por meio do contexto. Trata-se, 
portanto, de um caso de sujeito oculto. 
Resposta – Item certo. 
 
[...] 
 
 
11. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Considerando as 
ideias e a estruturação sintática do texto, julgue o item seguinte. 
O sujeito da oração “Resume o historiador Marco Antonio Villa” (l.9) está 
oculto. 
Comentário – Intuitivamente, sabemos que a posição do sujeito é 
naturalmente antes do verbo. O examinador se aproveitou disso para dizer que 
o sujeito não está materialmente expresso na oração. Mentira dele! O que 
aconteceu foi a inversão do termos: o verbo iniciou a oração e o sujeito surgiu 
logo após. Que tal lermos tudo com outra ordenação: O historiador Marco 
Antonio Villa resume... (o sujeito simples está em negrito). 
Resposta – Item errado. 
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8
12. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “A capacidade de associação, ou o 
poder de conectar perguntas, problemas ou ideias de campos distintos e 
aparentemente sem nenhuma relação entre si, é fundamental no DNA do 
inovador.” 
O sujeito de “é fundamental no DNA do inovador” é composto, já que 
enumera mais de um assunto e os separa por meio de vírgula. 
Comentário – Sujeito composto caracteriza-se por ser constituído por mais de 
um núcleo, e não por enumerar mais de um assunto e os separar por meio de 
vírgula. O sujeito da oração indicada é o termo “A capacidade de associação”, 
cujo núcleo é o substantivo “capacidade”. 
Resposta – Item errado. 
 
1 O consumo das famílias deverá crescer 7,5% neste 
 ano, tornando-se um dos principais responsáveis pelo 
 crescimento do produto interno bruto, previsto em 5%. A 
4 nova estimativa do consumo das famílias é uma das 
 principais mudanças nas perspectivas para a economia 
 brasileira em 2008 traçadas pela Confederação Nacional da 
7 Indústria em relação às previsões apresentadas em dezembro 
 do ano passado, quando o aumento do consumo foi estimado 
 em 6,2%. 
O Estado de S.Paulo, 7/4/2008 (com adaptações). 
13. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A partícula “se”, em “tornando-se” (l. 
2), indica que o sujeito da oração correspondente é indeterminado. 
Comentário – Há duas formas básicas de indeterminarmos o sujeito, lembra? 
A primeira delas é empregar um verbo na terceira pessoa do plural sem a 
indicação ou referência material no contexto do agente do processo verbal: 
Falaram que os novos diretores implementarão mudanças. É fácil perceber 
que o sujeito do verbo “implementarão” é o termo “os novos diretores”. Mas 
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9
quem é o sujeito de “Falaram”? Não há, nessa frase, referência a quem 
praticou a ação verbal. Optou-se pela sua indeterminação. 
A outra forma de se conseguir o mesmo efeito é associar o 
pronome SE – que recebe a classificação de índice de indeterminação do 
sujeito – a verbos intransitivos (Morre-se de fome em muitos países 
africanos), transitivos indiretos (Obedece-se às leis neste país), de ligação 
(Fica-se feliz em ambientes harmoniosos). 
Na linha 2, estamos diante do verbo pronominal TORNAR-SE, 
isto é, conjugado com o apoio do pronome SE, que é parte integrante do 
verbo. Deve ficar bem claro que, embora estejamos diante de um verbo de 
ligação, o pronome SE não é índice de indeterminação do sujeito. Aliás, o 
sujeito (determinado, simples) da forma verbal em destaque é a expressão “O 
consumo das famílias”. 
Resposta – Item errado. 
 
1 A qualidade do ambiente urbano torna-se, cada vez 
 mais, uma destacada fonte de cobrança da população sobre 
 seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade 
4 de São Paulo experimenta, nos últimos anos, uma notável 
 mudança de comportamento das autoridades municipais, que 
 passam a incorporar o tema em suas prioridades de gestão. 
 [...] 
Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações). 
14. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O emprego do pronome “se” (l.1) indica 
que a oração em que o verbo está inserido tem sujeito indeterminado. 
Comentário – Na linha 1, o pronome é parte integrante do verbo de ligação 
tornar-se, também conhecido como verbo pronominal, e não se confunde com 
o primeiro exemplo da letra “b”. Lá, o verbo ficar é de ligação, mas não é 
pronominal; o se é índice de indeterminação do sujeito, e não parte integrante 
do verbo. 
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10
Conclui-se que o sujeito da forma verbal “torna-se” (l. 1) é o 
termo “A qualidade do ambiente”, que está bem determinado, expresso no 
texto. 
Resposta – Item errado. 
 
 [...] 
 Todavia, foi somente após a Independência que começou a 
 se manifestar explicitamente, no Brasil, a preocupação com 
7 o isolamento das regiões do país como um obstáculo ao 
 desenvolvimento econômico. [...] 
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações). 
15. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Em “se manifestar” (l.6), o “se” indica 
sujeito indeterminado.Comentário – Você já aprendeu a indeterminar o sujeito e pode verificar que 
ele não ocorre no trecho indicado. O sujeito está muito bem determinado, 
porém aparece depois do verbo. Vamos reorganizar o trecho: “a preocupação 
com o isolamento das regiões do país como um obstáculo ao desenvolvimento 
econômico começou a se manifestar”. O termo sublinhado é o sujeito da 
locução verbal. 
Resposta – Item errado. 
 
1 Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no 
 mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava 
 quatrocentas e noventa. [...] 
Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). 
In: Obra completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. 
Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8. 
16. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) O verbo ter, na linha 1, 
está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se no 
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11
singular, sem concordar com o sujeito da oração — “vinte aranhas” 
(l. 1). 
Comentário – O verbo TER, na linguagem normativa, não pode ser 
empregado no lugar de HAVER e de EXISTIR. Além disso, o sujeito da oração 
não é a expressão “vinte aranhas”, conforme afirma a banca examinadora. É, 
sim, representado pelo pronome pessoal do caso reto EU, primeira pessoa do 
singular e oculto no período. 
Resposta – Item errado. 
 
 [...] 
19 Rigorosamente, todas estas notícias são desnecessárias 
 para a compreensão da minha aventura; mas é um modo de ir 
 dizendo alguma coisa, antes de entrar em matéria, para a qual 
22 não acho porta grande nem pequena; o melhor é afrouxar a 
 rédea à pena, e ela que vá andando, até achar entrada. Há de 
 haver alguma; tudo depende das circunstâncias, regra que 
25 tanto serve para o estilo como para a vida; palavra puxa 
 palavra, uma idéia traz outra, e assim se faz um livro, um 
 governo, ou uma revolução; alguns dizem mesmo que assim 
28 é que a natureza compôs as suas espécies. [...] 
Machado de Assis. Primas de Sapucaia. In: 50 contos de Machado 
de Assis. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 250-1 
17. (Cespe/TCE-Acre/Analista de Controle Externo/2008) Em relação às 
estruturas lingüísticas do texto, assinale a opção correta. 
A) Na expressão “Há de haver” (l. 23-24), verifica-se o emprego impessoal 
do verbo haver na forma “Há”. 
B) No trecho “assim se faz um livro” (l. 26), a expressão “um livro” exerce a 
função de sujeito. 
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12
Comentário – A alternativa A traz uma locução verbal: “Há de haver”. Em 
construções semelhantes, o último verbo (“haver”) é o principal, e o primeiro é 
o seu auxiliar (“Há”). O verbo principal sendo pessoal (possuindo um sujeito) 
obriga o verbo auxiliar a flexionar-se para concordar com o sujeito. Em outras 
palavras, a pessoalidade do verbo principal é refletida no seu verbo auxiliar. 
Existirão oportunidades melhores. 
 
Hão de existir oportunidades melhores. 
 
Quando o verbo principal for impessoal, ou seja, empregado 
sem referência a um sujeito (e esse é o caso do verbo HAVER empregado 
com sentido de EXISTIR), o seu verbo auxiliar também assumirá essa 
impessoalidade. Significa dizer que a locução permanecerá invariável, 
impessoal, em oração sem sujeito ou de sujeito inexistente. 
Haverá oportunidades melhores. 
 
Há de haver oportunidades melhores. 
 
O fundamento para essa argumentação pode ser lido, por 
exemplo, em Cegalla (2008:609): 
“O verbo haver transmite sua impessoalidade aos verbos que 
com ele formam locução, os quais, por isso, permanecem 
invariáveis na 3ª pessoa do singular: 
[...] 
‘Há de haver sei meses que ele me mandou chamar a Viseu.’ 
(Camilo Castelo Branco)”. 
A respeito da alternativa B, melhor seria atribuir a toda a 
expressão “um livro, um governo, ou uma revolução” a função de sujeito do 
Sujeito 
Sujeito Simples 
Objeto Direto 
Objeto Direto 
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13
verbo “faz”, o qual se encontra na voz passiva sintética ou pronominal. Por via 
das dúvidas, faça a transformação para a passiva analítica ou verbal: 
“...e assim é feito um livro, um governo, ou uma revolução...” 
 
Perceba que temos um caso de sujeito composto com três 
núcleos: “livro”, “governo” e “revolução”. 
Resposta – B (conforme o gabarito apresentado pela banca). Pelo exposto, 
entendo que a melhor resposta encontra-se na alternativa A. 
 
1 É uma grande ilusão imaginar que o Brasil estará entre 
 as cinco maiores economias do mundo na década atual se não 
 realizar investimentos pesados em um novo padrão de energia, 
4 independente da utilização de petróleo. [...] 
Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet: 
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 
18. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) No texto, a forma verbal “É” 
(l.1) inicia uma oração com sujeito inexistente. 
Comentário – A posição natural do sujeito é antes do predicado; porém a 
posposição do sujeito ao verbo é algo comum em nossa Língua. Veja alguns 
exemplos: 
É muito fácil esta questão! 
“Breve desapareceram os dois guerreiros...” (José de Alencar) 
Foi isso o que aconteceu no primeiro período do texto. O 
sujeito “imaginar que o Brasil estará...” encontra-se posposto ao predicado. 
Note que o sujeito surgiu sob a forma de oração reduzida (“imaginar”) e que 
ainda podemos analisar a oração “que o Brasil estará” como objeto direto 
(imaginar o quê? – “imaginar que o Brasil estará...”). 
Convém lembrar que, nas orações sem sujeito, o conteúdo 
verbal não é atribuído a nenhum ser; seu verbo é impessoal, empregado 
Sujeito Composto 
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14
sempre na terceira pessoa do singular. São verbos impessoais: haver (nos 
sentidos de existir, acontecer, realizar-se, decorrer) e fazer, passar (de), ir 
(para), ser e estar com referência ao tempo. 
Fazia um frio intenso. 
Era no mês de agosto. 
Se estiver calor, abra a janela, 
Já passava das dez horas da noite! 
Ia para três anos que estudávamos. 
Resposta – Item errado. 
 
19. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) “A população carcerária no Brasil é composta 
fundamentalmente por jovens entre 18 e 29 anos de idade. Vale a pena 
deixá-los sem futuro?” 
Na oração “Vale a pena deixá-los sem futuro?”, o sujeito é inexistente. 
Comentário – O sujeito existe e é a oração reduzida de infinitivo “deixá-los 
sem futuro”. Normalmente, as orações subordinadas substantivas subjetivas 
vêm pospostas ao verbo da oração principal. Cuidado para não confundi-las 
com um objeto direto. 
Resposta – Item errado. 
 
1 Nós, chefes de Estado e de Governo dos 21 
 países ibero-americanos, reunidos na XIII Conferência 
 Ibero-Americana, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, 
4 Bolívia, reiteramos o nosso propósito de continuar a 
 fortalecer a Comunidade Ibero-Americana de Nações 
 como fórum de diálogo, cooperação e concertamento 
7 político, aprofundando os vínculos históricos e culturais 
 que nos unem, e admitindo, ao mesmo tempo, as 
 características próprias de cada uma das nossas múltiplas 
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15
10 identidades, que permitem reconhecer-nos como uma 
 unidade na diversidade.[...] 
Na trilha de Salvador: a inclusão social pela via do trabalho decente. 
Brasília: MTE, Assessoria Internacional, 2004, p. 27, 30 e 35 (com adaptações). 
20. (Cespe/MTE/Agente Administrativo/2008) O trecho “o nosso propósito de 
continuar a fortalecer a Comunidade Ibero-Americana de Nações como 
fórum de diálogo, cooperação e concertamento político” (l. 4-7) 
complementa o sentido do verbo “reiteramos” (l. 4). 
Comentário – Complemento verbal é outra nomenclatura a atribuída aos 
objetos direto e indireto. Aquele complementa o verbo sem a obrigatoriedade 
de preposição, diferentemente deste, que é por ela regido. Logo, é necessário 
existir verbo transitivo para que o complemento apareça. Analise a regência do 
verbo REITERAR e você concluirá que seu valor semântico requer um 
complemento (reiteramos o que?). Na passagem analisada, a função de 
complemento da forma verbal “reiteramos” é desempenhada pelo trecho em 
destaque. 
Resposta – Item certo. 
 
O que é o que é? 
1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa 
 de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma 
 pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da 
4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? Estar 
 ocupado, e de repente parar por ter sido tomado por uma 
 desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se 
7 chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar: 
 como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria 
 pergunta. Qual é o nome? e é este o nome. 
Clarice Lispector. A descoberta do mundo. 
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16
Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199. 
21. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Nos segmentos “— como se chama o que 
sinto?” (l. 2) e “e que não gosta mais da gente” (l. 3-4), os pronomes 
relativos exercem a mesma função sintática. 
Comentário – O primeiro passo é isolarmos as orações que os pronomes 
relativos integram: 
(1) [que sinto] 
(2) [e que não gosta mais da gente]. 
O segundo passo é identificarmos os termos aos quais os 
pronomes relativos fazem referência. Esses termos encontram-se, via de 
regra, anteriores aos próprios pronomes relativos e são conhecidos como 
termos antecedentes. O pronome relativo em (1) se refere ao termo “o” (= 
aquilo), pronome demonstrativo, presente na oração 
(3) [como se chama o]. 
O pronome relativo em (2) se refere ao termo “uma pessoa” 
presente na oração 
(4) [Uma pessoa de quem não se gosta mais]. 
O terceiro passo é substituirmos os pronomes relativos pelos 
termos a que fazem referência, reescrevendo a oração subordinada adjetiva 
preferencialmente na ordem direta: 
(1.1) [sinto aquilo] 
(1.2) [e uma pessoa não gosta mais da gente] 
Ao analisarmos as funções sintáticas dos termos “aquilo” e 
“uma pessoa”, verificamos que exercem, respectivamente, as funções de 
objeto direto da forma verbal “sinto” e de sujeito da forma verbal “gosta”. 
Dessa forma, descobrimos também as funções sintáticas que a banca 
examinadora nos propõe, visto que os pronomes relativos são seus 
correspondentes semânticos nas orações em que surgem. 
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17
Resposta – Item errado. 
 
 [...] Para a sociedade, 
 coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior 
 produtividade quando seus resultados forem distribuídos 
16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. [...] 
Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: 
<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações). 
22. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A coerência e a correção gramatical do 
texto seriam mantidas ao se substituir “só haverá” (l.14) por só existirá. 
Comentário – Preste muita atenção agora: o termo que funciona 
sintaticamente como objeto direto do verbo haver é sujeito em relação ao 
verbo existir. Com o verbo haver não há necessidade de concordância, mas 
com o verbo existir sim. Observe: 
“...só haverá vantagens...” (objeto direto) 
“...só existirão vantagens...” (sujeito) 
Resposta – Item errado. 
 
 [...] Cumpre 
 acrescentar que, no enfrentamento do desafio de inclusão 
16 social, emerge cristalina a necessidade de fortalecer as 
 instituições democráticas. 
 Nessa linha de pensamento em que se procura reverter 
19 um processo de descrença, a defensoria pública, erigida na 
 Constituição Federal de 1988 (CF) à condição de instituição 
 essencial à justiça, precisa preencher relevante espaço no 
22 compromisso constitucional de redução das desigualdades, com 
 promoção do integral acesso à justiça. Assim definida, cabe-lhe 
 não só a assistência judiciária, pois pouco, ou nada, valem 
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18
25 direitos formalmente reconhecidos, sem que se concretizem na 
 vida das pessoas e dos grupos sociais. Aquilo de que se precisa, 
 de uma vez por todas, compreende igualmente um conjunto de 
28 atividades extrajudiciais e de informação, extremamente 
 imprescindível em um país de analfabetos e semianalfabetos, 
 com o intuito de proporcionar aos necessitados consciência de 
31 seus direitos, fazendo-os se verem como partes integrantes 
 desse país, ou seja, como cidadãos. 
Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública 
para a inclusão social rumo à concretização do estado 
democrático de direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações). 
23. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) A respeito de aspectos 
sintáticos do texto, assinale a opção correta. 
(A) A forma verbal “compreende” (l.27) concorda com o respectivo sujeito: 
“um conjunto de atividades extrajudiciais e de informação” (l.27-28). 
(B) Na linha 16, o deslocamento do vocábulo “cristalina” para imediatamente 
depois de “necessidade” não interfere no sentido nem na estrutura 
sintática do trecho. 
(C) Na linha 18, o vocábulo “que” retoma “linha de pensamento” e pode, 
juntamente com a preposição que o antecede e sem prejuízo gramatical 
ou de sentido para o texto, receber artigo definido masculino e ser 
reescrito da seguinte forma: no qual. 
(D) O pronome “lhe” (l.23) faz referência a “defensoria pública” (l.19). 
(E) O termo “direitos formalmente reconhecidos” (l.25) exerce função de 
complemento de ambas as formas verbais “valem” (l.24) e “concretizem” 
(l.25). 
Comentário – Alternativa A: o verdadeiro sujeito da forma verbal 
“compreende” é o termo “Aquilo”. A expressão “um conjunto de atividades 
extrajudiciais e de informação” complementa o significado do verbo 
compreender; é, pois, o seu objeto (direto). 
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19
Alternativa B: no original, o termo “cristalina” funciona 
sintaticamente como o predicativo do sujeito “necessidade” (predicativo do 
sujeito é o termo que exprime um atributo, um estado ou modo de ser do 
sujeito). Vamos reescrever a passagem como a banca propôs: “emerge a 
necessidade cristalina de fortalecer as instituições democráticas.” Agora o 
adjetivo “cristalina” exerce a função de adjunto adnominal, termo que 
caracteriza ou determina os substantivos. 
Alternativa C: em resumo, o que o examinador sugere é que 
não há problemas na seguinte estrutura: “Nessa linha de pensamento no qual 
se procura reverter um processo de descrença...”. Não é bem assim. O 
pronome relativo que é neutro (serve tanto para substituir seres do gênero 
masculino quanto do gênerofeminino); mas o pronome o qual não. O núcleo 
da expressão “linha de pensamento” (que foi por mim sublinhado) impõe-nos o 
uso da forma equivalente ao feminino: a qual. 
Alternativa E: façamos a pergunta ao verbo: “O que vale?”. 
A resposta é o sujeito dele: “direitos formalmente reconhecidos”. Portanto esse 
termo não pode ser o complemento (objeto) da forma verbal “valem”. 
Também não o é da forma verbal “concretizem”. Desta também é sujeito. 
Observe que a voz verbal está apassivada pelo pronome “se”. Esclareça isso 
transformando a passiva sintética em passiva analítica: “sem que [direitos 
formalmente reconhecidos] sejam concretizados”. 
Resposta – D 
 
24. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Absorvia-a no leite preto que me 
amamentou; ela envolveu-me como uma carícia muda toda a minha 
infância”, escreveu Joaquim Nabuco sobre a escravidão que conheceu 
como menino, em um engenho pernambucano. “Por felicidade da minha 
hora, eu trazia da infância e da adolescência o interesse, a compaixão, o 
sentimento pelo escravo — o bolbo que devia dar a única flor da minha 
carreira”. 
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20
O vocábulo “que”, destacado acima, pertence à mesma categoria 
gramatical e exerce, respectivamente, função sintática de objeto direto e 
de sujeito. 
Comentário – Quanto à categoria gramatical, está certa a declaração da 
banca examinadora, pois os vocábulos negritados são pronomes relativos. 
Note que eles substituem, respectivamente, os termos “leite preto” e “bolbo”. 
Sintaticamente, funcionam como sujeito do verbo “amamentou” (O leite preto 
me amamentou.) e sujeito da locução “devia dar” (O bolbo devia dar...) 
Resposta – Item errado. 
 
 [...] 
 essa agilidade, muito provavelmente, teve como objetivo 
 exclusivo permitir-nos decidir o que merecia a nossa atenção 
 [...] 
D. Goleman. Inteligência emocional. Rio de 
Janeiro: Objetiva, 2007, p. 305-6 (com adaptações). 
25. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) A expressão “como 
objetivo exclusivo” (L.5-6) exerce a função de complemento direto da 
forma verbal “teve” (L.5). 
Comentário – Não é verdade. O complemento direto (ou simplesmente objeto 
direto) da forma verbal “teve” é oracional: “permitir...” (= ISSO). Repare: teve 
ISSO como objetivo exclusivo. A forma verbal “teve” equivale-se a considerou: 
considerou ISSO como objetivo exclusivo. Trata-se, portanto, de um verbo 
transobjetivo, isto é, um verbo que vem acompanhado de predicativo do 
objeto. Esta é a função sintática do termo “como objetivo exclusivo”. 
Resposta – Item errado. 
 
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21
26. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) Em ‘Quando o carteiro 
chegou/e meu nome gritou’ (L.38-39), os sujeitos gramaticais ‘o carteiro’ 
e ‘meu nome’ estão antepostos a seus respectivos predicados verbais. 
Comentário – Você se lembra do que eu disse sobre a ordem SUJEITO – 
VERBO – OBJETO e sobre a possibilidade de inversão para confundir o 
candidato? Pois foi isso que ocorreu novamente. Não é porque o termo “meu 
nome” está antes do verbo “gritou” que vamos classificá-lo como sujeito. 
Faça-se as seguintes perguntas: “Quem gritou?” e “Gritou o quê?”. O carteiro 
gritou meu nome. Pronto, ficou claro que “meu nome” funciona como objeto 
direto do verbo. 
Resposta – Item errado. 
 
27. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “A coordenadora da CTPE, Zilda 
Cavalcanti, atribui o crescimento dos transplantes no estado ao trabalho 
contínuo de sensibilização da população para o tema. “Buscamos levar 
mais informação às pessoas e aos profissionais de saúde para mudar a 
cultura que existe sobre transplantes”. 
As formas verbais ‘levar’ e ‘mudar’ não apresentam complemento 
introduzido por preposição. 
Comentário – Somente o verbo “mudar” é transitivo direto e não possui 
complemento (“a cultura” = objeto direto; o “a” é artigo) introduzido por 
preposição. O verbo “levar” foi empregado como bitransitivo e seu 
complemento indireto (“às pessoas e aos profissionais de saúde”) é regido pela 
preposição “a”, que se aglutinou com o artigo “a”, dando origem à crase (“à”). 
Resposta – Item errado. 
 
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22
 
28. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) A respeito de 
aspectos linguísticos do texto, assinale a opção correta. 
(A) No primeiro verso, a expressão “estas mal traçadas linhas” é um dos 
complementos da forma verbal “Escrevo”. 
(B) As expressões “meu amor” (v.1) e “por favor” (v.3) exercem a função de 
aposto. 
(C) No pedido de desculpa pelos erros (v.3), o autor da carta comete o 
seguinte erro: emprego da forma verbal “desculpes”, em vez de desculpe. 
(D) No verso 5, os vocábulos “Talvez” e “até” expressam circunstâncias de 
tempo. 
Comentário – Lembre-se de que complemento verbal é outra forma de se 
referir a objeto direto e objeto indireto. O verbo “Escrevo” é bitransitivo 
(escrevo algo a alguém). Os termos “te” e “estas mal traçadas linhas” 
constituem, respectivamente, seu objeto indireto e objeto direto. Portanto a 
letra A está correta. A respeito do complemento indireto, a preposição é 
desnecessária porque o pronome oblíquo é átono. 
Por eliminação, podemos descartar a letra B, já que o termo 
“meu amor” é vocativo (termo que serve para interpelar, invocar o 
interlocutor). Também é possível eliminar a letra C, pois não há erro. A forma 
verbal “desculpes” (presente do subjuntivo) está adequada porque o 
interlocutor está representado pela segunda pessoa do singular (leia as linha 1, 
4 e 7 novamente). Finalmente, a letra D também deve ser desconsiderada: 
“Talvez” indica dúvida. 
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23
Resposta – A 
 
 [...] Tendo como principal propósito a 
13 interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à 
 constituição de uma nação-Estado verdadeiramente 
 unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no 
16 país explicitavam firmemente a sua crença de que o 
 crescimento era enormemente inibido pela ausência de um 
 sistema nacional de comunicações e de que o 
19 desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial 
 para o alargamento da base econômica do país. [...] 
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações). 
29. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A preposição em “de que o 
desenvolvimento” (l.18-19) é exigida pela regência da palavra “crença” 
(l.16). 
Comentário – Estamos diante de um complemento nominal, termo que 
integra ou limita o sentido de um advérbio, adjetivo ou substantivo 
abstrato; aparece sempre preposicionado e indica o alvo ou o paciente do 
processo. A preposição conecta o substantivo abstrato “crença” (l.16) ao seu 
complemento. 
Resposta – Item certo. 
 
16 [...] Finalmente, considero que, 
 embora a formação de novos sujeitos sociais e políticos e de 
 arenas de participação da sociedade na formulação e gestão das 
19 políticas públicas traga as marcas de nossa trajetória histórica, 
 constitui, ao mesmo tempo, possibilidade aberta para outra 
 equação entre universalismo e particularismo na sociedade 
22 brasileira. 
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Jeni Vaitsman. Desigualdades sociais e particularismos 
na sociedade brasileira. In: Cadernos de Saúde Pública, Rio 
de Janeiro, n.º 18 (Suplemento), p. 38 (com adaptações). 
30. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Por meio da conjunção “e”, 
empregada duas vezes na linha 17 e uma vez na linha 18, é estabelecida 
a seguinte organização de ideias: a primeira ocorrência liga duas 
características de “novos sujeitos” (l.17); a segunda liga dois 
complementos de “formação” (l.17); a terceira, dois complementos de 
“arenas de participação da sociedade” (l.18). 
Comentário: primeira ocorrência – os termos são os adjetivos “sociais” e 
“poíticos”, que funcionam como adjuntos adnominais; segunda ocorrência – 
a conjunção articula dois termos que são o alvo da “formação”, isto é, são 
verdadeiros complementos nominais; terceira ocorrência – aqui o raciocínio 
anterior se repete, mas agora em relação à expressão “arenas de participação 
da sociedade”. 
Resposta: item certo. 
 
31. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “É o chamado efeito Médici, em 
alusão à explosão criadora deflagrada em Florença quando o clã Médici 
reuniu gente de toda uma série de disciplinas — escultores, cientistas, 
poetas, filósofos, pintores, arquitetos — na cidade. A interação de todos 
fez brotar novas ideias no cruzamento das disciplinas, o que deu origem 
ao Renascimento, uma das eras mais criativas da história.” 
O nome “alusão” e o verbo “deu” têm complementos introduzidos pela 
mesma preposição. 
Comentário – A questão tratou ao mesmo tempo de complementos nominal e 
verbal. O complemento nominal vem obrigatoriamente preposicionado; o 
complemento verbal que vem obrigatoriamente preposicionado é o objeto 
indireto. Eis, então, o complemento do nome “alusão”: “à explosão criadora”, e 
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25
o complemento indireto do verbo “deu”: “ao Renascimento”, ambos 
introduzidos pela preposição “a”. 
Resposta – Item certo. 
 
 [...] 
 liberdade política, aos Estados democráticos. Um e outro 
13 reconhecimento são a mais alta expressão do espírito laico que 
 caracterizou o nascimento da Europa moderna, entendendo-se 
 esse espírito laico como o modo de pensar que confia o destino 
16 do regnum hominis (reino do homem) mais à razão crítica que 
 aos impulsos da fé, ainda que sem desconhecer o valor de uma 
 [...] 
Norberto Bobbio. Elogio da serenidade e outros escritos morais. 
São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 149 (com adaptações). 
32. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) As expressões “do 
espírito laico” (L.13) e “da fé” (L.17) complementam, respectivamente, os 
vocábulos “expressão” e “impulsos”. 
Comentário – Repare que as expressões limitam o significado dos vocábulos 
“expressão” e “impulsos”, caracterizando-os. Observe ainda que “espírito laico” 
e “fé” servem como agentes desencadeadores das respectivas ações: o espírito 
laico expressa...; a fé impulsiona... Também está presente nos dois casos a 
ideia de posse/pertença: a expressão é dele, ou seja, do espírito laico; os 
impulsos são dela, ou seja, da fé. Portanto as expressões destacadas são 
adjuntos adnominais, e não complementos nominais. 
Resposta – Item errado. 
 
 [...] A democratização no século XX 
 não se limitou à extensão de direitos políticos e civis. O tema 
16 da igualdade atravessou, com maior ou menor força, as 
 chamadas sociedades ocidentais. 
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26
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista 
Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações). 
33. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Em textos de normatização mais rígida do 
que o texto jornalístico, como os textos de documentos oficiais, a 
contração de preposição com artigo, como em “da igualdade” (l.16), deve 
ser desfeita, devendo-se escrever de a igualdade, para que o sujeito da 
oração seja claramente identificado. 
Comentário – De fato, recomenda-se que o artigo que integra o sujeito do 
verbo (normalmente, este surge no infinitivo) não seja aglutinado à preposição 
que o antecede: 
“Está na hora de a onça beber água.” (certo) 
“Está na hora da onça beber água.” (errado) 
Mas no trecho indicado pelo Cespe, o sujeito do verbo 
“atravessou” está claramente identificado: “O tema da igualdade”. A locução 
adjetiva “da igualdade” pode ser analisada, isoladamente, como adjunto 
adnominal de “tema”, assim como o artigo “O”. Nesse caso, não há 
necessidade de desfazer a contração existente em “da” (de + a). 
Resposta – Item errado. 
 
O que é o que é? 
1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa 
 de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma 
 pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da 
4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? Estar 
 ocupado, e de repente parar por ter sido tomado por uma 
 desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se 
7 chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar: 
 como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria 
 pergunta. Qual é o nome? e é este o nome. 
Clarice Lispector. A descoberta do mundo. 
Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199. 
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27
34. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em “de repente parar por ter sido tomado 
por uma desocupação” (l. 5-6), a preposição “por” introduz termo com 
valor causal, na primeira ocorrência, e o agente da passiva, na segunda. 
Comentário – Na primeira ocorrência, a preposição “por” integra o adjunto 
adverbial (“por ter sido tomado por uma desocupação”) que denota a causa 
ou o motivo do processo verbal indicado por “parar”. 
Acontece que, no mesmo segmento, surge o que se denomina 
de voz verbal passiva analítica: “ter sido tomado” (note que a locução verbal é 
composta pelos auxiliares “ter sido” que acompanham o principal “tomado”, 
que assume a forma nominal característica de particípio). Nesse tipo de voz, o 
elemento que indica o agente desencadeador do processo verbal é classificado 
de agente da passiva. Conforme explicação dada nesta aula, esse termo da 
oração surge sempre preposicionado. E no caso em análise, a preposição que o 
introduz é justamente a preposição “por”. 
Resposta – Item certo. 
 
Canção do Ver (fragmento) 
1 Por viver muitos anos 
 dentro do mato 
 Moda ave 
4 O menino pegou 
 um olhar de pássaro – 
 Contraiu visão fontana. 
7 Por forma que ele enxergava 
 as coisas 
 Por igual 
10 como os pássaros enxergam. 
 As coisas todas inominadas. 
 Água não era ainda a palavra água. 
13 Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal. 
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28
 As palavras eram livres de gramáticas e 
 Podiam ficar em qualquer posição. 
16 Por forma que o menino podia inaugurar. 
 Podia dar às pedras costumes de flor. 
 Podia dar ao canto formato de sol. 
19 E, se quisesse caber em uma abelha, era só abrir a 
[palavra abelha e entrar dentro dela. 
 Como se fosse infância da língua. 
Manoel de Barros. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004. 
35. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em “Por viver muitos anos/dentro do mato” 
(v. 1-2) e “ele enxergava/as coisas/Por igual” (v. 7-9), a preposição “Por”, 
nas duas ocorrências, introduz uma circunstância de modo nos períodos 
em que se insere. 
Comentário –Novamente estamos às voltas com a preposição “por”. No 
primeiro caso, ela introduz oração de valor semântico adverbial que 
comunica a causa de “o menino” ter adquirido “um olhar de cobra”. A 
compreensão dessa circunstância seria facilitada se colocássemos o período na 
forma direta: 
O menino pegou um olhar de cobra por viver muitos anos 
dentro do mato. 
Em sua segunda ocorrência, a preposição “por” realmente 
indica o modo como o personagem “menino” via as coisas. A expressão “por 
igual” constitui uma locução adverbial formada por preposição e adjetivo 
(ver explicação nas páginas 15 e 16). Pode, sem problema algum, ser 
substituída por igualmente. 
Resposta – Item errado. 
 
 
 
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29
 [...] 
 É preciso, portanto, que o espírito da blitz na 
19 avenida Paulista seja estendido para toda a cidade. O DNA 
 Paulistano, série de pesquisas realizadas, no ano passado, 
 pelo Datafolha, revelou fatias surpreendentemente elevadas 
22 de pessoas que, nas diversas regiões da cidade, costumam 
 caminhar até o trabalho. 
 [...] 
Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações). 
36. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Na linha 22, as vírgulas após as 
palavras “que” e “cidade” foram empregadas para se isolar adjunto 
adverbial de lugar deslocado. 
Comentário – Esta questão envolve também o conhecimento sobre a 
utilização de vírgula, assunto que ainda não foi tratado neste curso. Entretanto 
o exercício é útil para ratificar nosso conhecimento a respeito de adjuntos 
adverbiais. 
Lembre-se de que adjunto adverbial denota as 
circunstâncias em que se desenvolve o processo verbal, ou intensifica o 
sentido deste, de um adjetivo ou de um advérbio. No texto, ele assumiu a 
forma locução e indica onde a ação de caminhar até o trabalho é 
habitualmente desenvolvida pelas pessoas. 
Resposta – Item certo. 
 
7 [...] Na primeira década deste século, 
 os avanços deram-se em direção a uma agenda social, voltada 
 para a redução da pobreza e da desigualdade estrutural. Nos 
10 próximos anos, a questão da melhoria da qualidade do ensino 
 deve ser uma obrigação dos governantes, sejam quais forem os 
 ungidos pelas decisões das urnas. 
Jornal do Brasil, Editorial, 21/1/2010 (com adaptações). 
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30
37. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Médio/2010) O emprego de vírgula após 
“anos”, em “Nos próximos anos, a questão da melhoria da qualidade do 
ensino deve ser uma obrigação dos governantes” (l.9-11), justifica-se por 
isolar termo adverbial, com noção de tempo, deslocado do final para o 
começo do período. 
Comentário – É isso mesmo! A expressão “Nos próximos anos” funciona como 
adjunto adverbial de tempo. Sua antecipação ocasionou o emprego da vírgula. 
A mesma função sintática exerce o termo “Na primeira década deste século”. 
Resposta – Item certo. 
 
 
38. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) Se os versos do 
fragmento fossem reescritos na ordem sujeito-verbo-complemento verbal-
adjunto adverbial, a versão correta seria: No palácio da 
Cachoeira/Joaquim Silvério começa/ a redigir sua carta/ com 
pena bem aparada. 
Comentário – Temos a impressão de que, 2011, a banca “brincou” com a 
ordem dos termos da oração. Vejamos o que temos aqui: 
- sujeito: Joaquim Silvério; 
- verbo: começa a redigir (locução, que veio intercalada); 
- complemento verbal: sua carta (objeto direto); 
- adjunto adverbial: No palácio da Cachoeira (lugar); e 
com pena bem aparada (instrumento). 
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Reorganizando tudo conforme sugere o examinador: Joaquim 
Silvério começa a redigir sua carta no palácio da Cachoeira, com pena bem 
aparada. 
Resposta – Item errado. 
 
1 Toda a questão do conhecimento, como desejo 
 de penetrar os fenômenos e dizer sua lógica, 
 organização e seu funcionamento, pode ser pensada a 
4 partir do que se deve denominar uma filosofia de 
 superfície: aquela que se dedica a tratar crítica e 
 analiticamente o mundo das superfícies. [...] 
Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície. In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações). 
39. (Cespe/TCE-Acre/Analista de Controle Externo/2009) Nas linhas de 1 a 3, 
o trecho “como desejo [...] funcionamento” tem a função de explicar ou 
definir como o “conhecimento” deve ser entendido no desenvolvimento do 
texto. 
Comentário – Observe que o trecho em destaque é termo de caráter nominal 
relacionado a substantivo, para explicá-lo, esclarecê-lo, 
desenvolvê-lo. Isso o faz lembrar algo? Volte um pouquinho e confira as 
características de um aposto, pois essa é a função sintática do trecho 
analisado. 
Resposta – Item certo. 
 
 [...] 
 A exposição das gestantes à poluição, em especial 
16 nos três primeiros meses de gestação, leva à diminuição do 
 peso dos bebês ao nascer, um dos principais determinantes 
 da saúde infantil. As consequências mais imediatas — e 
19 moderadas — de encher os pulmões todos os dias com o ar 
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 das metrópoles são logo sentidas: entupimento das vias 
 aéreas, mal-estar, crises de asma, irritação dos olhos. [...] 
35 O poluente associado à maior 
 probabilidade de morte dos fetos é o monóxido de carbono 
37 (CO), um gás sem cor nem cheiro que resulta da queima 
 incompleta dos combustíveis. Como se vê, a qualidade do ar 
 é questão que merece atenção urgente dos administradores 
40 públicos. 
Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações). 
40. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Na linha 21, as vírgulas utilizadas no 
interior do período que termina na palavra “olhos” têm a função de 
separar elementos de mesma função gramatical componentes de uma 
enumeração. 
Comentário – Você já identificou a função sintática dos termos separados 
pela vírgula? Lembra-se do aposto, termo de caráter nominal que se refere a 
um substantivo – ou a qualquer palavra substantivada – para explicá-lo, 
especificá-lo, esclarecê-lo, desenvolvê-lo ou resumi-lo? Pois os termos – 
enumerados e coordenados entre si – esclarecem o significado do termo 
“consequências” 
Resposta – Item certo. 
 
41. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O trecho “um gás sem cor nem cheiro 
que resulta da queima incompleta dos combustíveis” (l.37-38) exerce a 
função de aposto. 
Comentário – Agora ficou fácil atestar a veracidade da informação. O termo 
apontado é aposto explicativo de “monóxido de carbono”. 
Resposta – Item certo. 
 
 
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 [...] 
 Diante da impossibilidade de reunião de todos os 
 envolvidos — aqueles que, de alguma forma, sentem os 
13 reflexos das decisões tomadas — e sendo cada vez mais 
 urgente a tomada de decisões em tempo recorde, identificou-se 
 a necessidade de eleger representantes. Assim nasceu a 
16 democracia representativa, com seus prós e contras. 
 [...] 
Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública 
para a inclusão social rumo à concretização do estado 
democrático de direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações). 
42. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) O trecho entre 
travessões nas linhas 12 e 13 explicaa expressão “todos os envolvidos” 
(l.11-12). 
Comentário – Esta foi para confirmar o conceito de aposto explicativo. Não 
vai me dizer que, depois de tudo o que foi falado aqui sobre ele, você errou a 
questão? 
Resposta – Item certo. 
 
Vamos fazer uma pausa aqui. Respire um pouco, refaça os 
exercícios (eles estão transcritos logo a seguir) e só depois prossiga para a 
próxima aula. 
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Pontos Importantes da Matéria 
 
 
 
 
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Lista das Questões Comentadas 
1. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) As orações “São tantos os 
espaços para a dita participação popular” (l.1) e “não há espaços de 
visibilidade claros” (l.11) são exemplos de oração sem sujeito. 
 
A diferença na linguagem 
1 “Para os gramáticos, a arte da palavra quase se esgota na 
 arte da escrita, o que se vê ainda pelo uso que fazem dos 
 acentos, muitos dos quais fazem alguma distinção ou evitam 
4 algum equívoco para os olhos mas não para os ouvidos.” [...] 
Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130. 
2. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em suas duas ocorrências, a forma verbal 
“fazem” (l. 2 e l. 3) concorda com sujeitos distintos. 
 
3. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Quem precisa de transplantes de 
pâncreas precisa se inscrever na lista de outro estado, como São Paulo, 
por exemplo”. 
O sujeito de ‘precisa se inscrever na lista de outro estado’ é ‘Quem’. 
 
 [...] Durante os governos do 
 Império (1822-1889), e de igual forma após a proclamação 
10 da República, significativo número de brilhantes engenheiros 
 brasileiros elaborou planos detalhados e ambiciosos de 
 transportes para o Brasil. [...] 
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações). 
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4. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A forma verbal “elaborou” (l.11) está no 
singular porque concorda com o núcleo do sujeito da oração: “número” 
(l.10). 
 
 
[...] 
5. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2011) O sujeito da 
forma verbal “vivem” (L.2) não ocorre de maneira explícita no período, 
devendo ser inferido da leitura do texto. 
 
 [...] 
 À luz desses entendimentos é que os direitos humanos 
13 devem ser vistos. Não mais direitos que apenas se cristalizam em 
 leis ou códigos, mas que se constituem a partir de conflitos, 
 que traduzem as transformações e os avanços históricos da 
16 humanidade. Não se pode mais entendê-los como fruto de uma 
 sociedade abstrata, mas como a expressão coativa de tensões e 
 contradições engendradas pelos embates de interesses e projetos 
19 de grupos sociais. 
Roberto A. R. de Aguiar. Ética e direitos humanos. In: Desafios Éticos. 
Conselho Federal de Medicina, p. 60-1, 1993 (com adaptações). 
6. (Cespe/TCE-Acre/ACE/2009) A forma verbal “traduzem” (l.15) está 
flexionada no plural porque o sujeito da oração, o pronome “que” (l.14) 
retoma a expressão no plural “leis ou códigos” (l.14). 
 
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1 Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar 
 a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos 
 gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, 
4 é o fermento do crescimento econômico e social de um país. 
 [...] 
Luís Afonso Bermúdez. O fermento tecnológico. In: Darcy. 
Revista de jornalismo científico e cultural da Universidade de 
Brasília, novembro e dezembro de 2009, p. 37 (com adaptações). 
7. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A forma verbal “é” (l.4) está 
flexionada no singular porque, na oração em que ocorre, subentende-se 
“Inovar” (l.1) como sujeito. 
 
8. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Não há quem não se arrepie ao 
ler como o jovem Nabuco descobriu que a tepidez do que parecia a ordem 
natural das coisas, de menino mimado pelas mucamas, era na verdade 
brutal e amarga. Era menino ainda, estava sentado no patamar da escada 
superior da casa onde havia sido criado pela madrinha”. 
O sujeito de “era” é “a ordem natural das coisas”. 
 
9. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) “Inovar é recriar de modo a 
agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a 
competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das 
organizações. Ou seja, é o fermento do crescimento econômico e social de 
um país.” 
A forma verbal “é” está flexionada no singular porque, na oração em que 
ocorre, subentende-se “Inovar” como sujeito. 
 
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[...] 
10. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Com relação aos 
sentidos e aspectos linguísticos do texto, julgue o item seguinte. 
O sujeito das orações “Foi adolescente” (l.6) e “Chegou à idade adulta” 
(l.9-10) remete a “A atual geração de adultos” (l.3-4). 
 
[...] 
 
11. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Considerando as 
ideias e a estruturação sintática do texto, julgue o item seguinte. 
O sujeito da oração “Resume o historiador Marco Antonio Villa” (l.9) está 
oculto. 
 
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12. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “A capacidade de associação, ou o 
poder de conectar perguntas, problemas ou ideias de campos distintos e 
aparentemente sem nenhuma relação entre si, é fundamental no DNA do 
inovador.” 
O sujeito de “é fundamental no DNA do inovador” é composto, já que 
enumera mais de um assunto e os separa por meio de vírgula. 
 
1 O consumo das famílias deverá crescer 7,5% neste 
 ano, tornando-se um dos principais responsáveis pelo 
 crescimento do produto interno bruto, previsto em 5%. A 
4 nova estimativa do consumo das famílias é uma das 
 principais mudanças nas perspectivas para a economia 
 brasileira em 2008 traçadas pela Confederação Nacional da 
7 Indústria em relação às previsões apresentadasem dezembro 
 do ano passado, quando o aumento do consumo foi estimado 
 em 6,2%. 
O Estado de S.Paulo, 7/4/2008 (com adaptações). 
13. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A partícula “se”, em “tornando-se” 
(l. 2), indica que o sujeito da oração correspondente é indeterminado. 
 
1 A qualidade do ambiente urbano torna-se, cada vez 
 mais, uma destacada fonte de cobrança da população sobre 
 seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade 
4 de São Paulo experimenta, nos últimos anos, uma notável 
 mudança de comportamento das autoridades municipais, que 
 passam a incorporar o tema em suas prioridades de gestão. 
 [...] 
Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações). 
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14. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O emprego do pronome “se” (l.1) indica 
que a oração em que o verbo está inserido tem sujeito indeterminado. 
 
 [...] 
 Todavia, foi somente após a Independência que começou a 
 se manifestar explicitamente, no Brasil, a preocupação com 
7 o isolamento das regiões do país como um obstáculo ao 
 desenvolvimento econômico. [...] 
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações). 
15. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Em “se manifestar” (l.6), o “se” indica 
sujeito indeterminado. 
 
1 Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no 
 mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava 
 quatrocentas e noventa. [...] 
Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). 
In: Obra completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. 
Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8. 
16. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) O verbo ter, na linha 1, 
está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se no 
singular, sem concordar com o sujeito da oração — “vinte aranhas” 
(l. 1). 
 
 [...] 
19 Rigorosamente, todas estas notícias são desnecessárias 
 para a compreensão da minha aventura; mas é um modo de ir 
 dizendo alguma coisa, antes de entrar em matéria, para a qual 
22 não acho porta grande nem pequena; o melhor é afrouxar a 
 rédea à pena, e ela que vá andando, até achar entrada. Há de 
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 haver alguma; tudo depende das circunstâncias, regra que 
25 tanto serve para o estilo como para a vida; palavra puxa 
 palavra, uma idéia traz outra, e assim se faz um livro, um 
 governo, ou uma revolução; alguns dizem mesmo que assim 
28 é que a natureza compôs as suas espécies. [...] 
Machado de Assis. Primas de Sapucaia. In: 50 contos de Machado 
de Assis. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 250-1 
17. (Cespe/TCE-Acre/Analista de Controle Externo/2008) Em relação às 
estruturas lingüísticas do texto, assinale a opção correta. 
A) Na expressão “Há de haver” (l. 23-24), verifica-se o emprego impessoal 
do verbo haver na forma “Há”. 
B) No trecho “assim se faz um livro” (l. 26), a expressão “um livro” exerce a 
função de sujeito. 
 
1 É uma grande ilusão imaginar que o Brasil estará entre 
 as cinco maiores economias do mundo na década atual se não 
 realizar investimentos pesados em um novo padrão de energia, 
4 independente da utilização de petróleo. [...] 
Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet: 
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 
18. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) No texto, a forma verbal “É” 
(l.1) inicia uma oração com sujeito inexistente. 
 
19. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) “A população carcerária no Brasil é composta 
fundamentalmente por jovens entre 18 e 29 anos de idade. Vale a pena 
deixá-los sem futuro?” 
Na oração “Vale a pena deixá-los sem futuro?”, o sujeito é inexistente. 
 
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1 Nós, chefes de Estado e de Governo dos 21 
 países ibero-americanos, reunidos na XIII Conferência 
 Ibero-Americana, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, 
4 Bolívia, reiteramos o nosso propósito de continuar a 
 fortalecer a Comunidade Ibero-Americana de Nações 
 como fórum de diálogo, cooperação e concertamento 
7 político, aprofundando os vínculos históricos e culturais 
 que nos unem, e admitindo, ao mesmo tempo, as 
 características próprias de cada uma das nossas múltiplas 
10 identidades, que permitem reconhecer-nos como uma 
 unidade na diversidade. 
[...] 
Na trilha de Salvador: a inclusão social pela via do trabalho decente. 
Brasília: MTE, Assessoria Internacional, 2004, p. 27, 30 e 35 (com adaptações). 
20. (Cespe/MTE/Agente Administrativo/2008) O trecho “o nosso propósito de 
continuar a fortalecer a Comunidade Ibero-Americana de Nações como 
fórum de diálogo, cooperação e concertamento político” (l. 4-7) 
complementa o sentido do verbo “reiteramos” (l. 4). 
 
O que é o que é? 
1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa 
 de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma 
 pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da 
4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? Estar 
 ocupado, e de repente parar por ter sido tomado por uma 
 desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se 
7 chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar: 
 como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria 
 pergunta. Qual é o nome? e é este o nome. 
Clarice Lispector. A descoberta do mundo. 
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50
Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199. 
21. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Nos segmentos “— como se chama o que 
sinto?” (l. 2) e “e que não gosta mais da gente” (l. 3-4), os pronomes 
relativos exercem a mesma função sintática. 
 
 [...] Para a sociedade, 
 coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior 
 produtividade quando seus resultados forem distribuídos 
16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. [...] 
Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: 
<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações). 
22. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A coerência e a correção gramatical do 
texto seriam mantidas ao se substituir “só haverá” (l.14) por só existirá. 
 
 [...] Cumpre 
 acrescentar que, no enfrentamento do desafio de inclusão 
16 social, emerge cristalina a necessidade de fortalecer as 
 instituições democráticas. 
 Nessa linha de pensamento em que se procura reverter 
19 um processo de descrença, a defensoria pública, erigida na 
 Constituição Federal de 1988 (CF) à condição de instituição 
 essencial à justiça, precisa preencher relevante espaço no 
22 compromisso constitucional de redução das desigualdades, com 
 promoção do integral acesso à justiça. Assim definida, cabe-lhe 
 não só a assistência judiciária, pois pouco, ou nada, valem 
25 direitos formalmente reconhecidos, sem que se concretizem na 
 vida das pessoas e dos grupos sociais. Aquilo de que se precisa, 
 de uma vez por todas, compreende igualmente um conjunto de 
28 atividades extrajudiciais e de informação, extremamente 
 imprescindível em um país de analfabetos e semianalfabetos, 
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51
 com o intuito de proporcionar aos necessitados consciência de 
31 seus direitos, fazendo-os se verem como partes integrantes 
 desse país, ou seja, como cidadãos. 
Tatiana de CarvalhoCamilher. O papel da defensoria pública 
para a inclusão social rumo à concretização do estado 
democrático de direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações). 
23. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) A respeito de aspectos 
sintáticos do texto, assinale a opção correta. 
(A) A forma verbal “compreende” (l.27) concorda com o respectivo sujeito: 
“um conjunto de atividades extrajudiciais e de informação” (l.27-28). 
(B) Na linha 16, o deslocamento do vocábulo “cristalina” para imediatamente 
depois de “necessidade” não interfere no sentido nem na estrutura 
sintática do trecho. 
(C) Na linha 18, o vocábulo “que” retoma “linha de pensamento” e pode, 
juntamente com a preposição que o antecede e sem prejuízo gramatical 
ou de sentido para o texto, receber artigo definido masculino e ser 
reescrito da seguinte forma: no qual. 
(D) O pronome “lhe” (l.23) faz referência a “defensoria pública” (l.19). 
(E) O termo “direitos formalmente reconhecidos” (l.25) exerce função de 
complemento de ambas as formas verbais “valem” (l.24) e “concretizem” 
(l.25). 
 
24. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Absorvia-a no leite preto que me 
amamentou; ela envolveu-me como uma carícia muda toda a minha 
infância”, escreveu Joaquim Nabuco sobre a escravidão que conheceu 
como menino, em um engenho pernambucano. “Por felicidade da minha 
hora, eu trazia da infância e da adolescência o interesse, a compaixão, o 
sentimento pelo escravo — o bolbo que devia dar a única flor da minha 
carreira”. 
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52
O vocábulo “que”, destacado acima, pertence à mesma categoria 
gramatical e exerce, respectivamente, função sintática de objeto direto e 
de sujeito. 
 
 [...] 
 essa agilidade, muito provavelmente, teve como objetivo 
 exclusivo permitir-nos decidir o que merecia a nossa atenção 
 [...] 
D. Goleman. Inteligência emocional. Rio de 
Janeiro: Objetiva, 2007, p. 305-6 (com adaptações). 
25. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) A expressão “como 
objetivo exclusivo” (L.5-6) exerce a função de complemento direto da 
forma verbal “teve” (L.5). 
 
26. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) Em ‘Quando o carteiro 
chegou/e meu nome gritou’ (L.38-39), os sujeitos gramaticais ‘o carteiro’ 
e ‘meu nome’ estão antepostos a seus respectivos predicados verbais. 
 
27. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “A coordenadora da CTPE, Zilda 
Cavalcanti, atribui o crescimento dos transplantes no estado ao trabalho 
contínuo de sensibilização da população para o tema. “Buscamos levar 
mais informação às pessoas e aos profissionais de saúde para mudar a 
cultura que existe sobre transplantes”. 
As formas verbais ‘levar’ e ‘mudar’ não apresentam complemento 
introduzido por preposição. 
 
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28. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) A respeito de 
aspectos linguísticos do texto, assinale a opção correta. 
(A) No primeiro verso, a expressão “estas mal traçadas linhas” é um dos 
complementos da forma verbal “Escrevo”. 
(B) As expressões “meu amor” (v.1) e “por favor” (v.3) exercem a função de 
aposto. 
(C) No pedido de desculpa pelos erros (v.3), o autor da carta comete o 
seguinte erro: emprego da forma verbal “desculpes”, em vez de desculpe. 
(D) No verso 5, os vocábulos “Talvez” e “até” expressam circunstâncias de 
tempo. 
 
 [...] Tendo como principal propósito a 
13 interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à 
 constituição de uma nação-Estado verdadeiramente 
 unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no 
16 país explicitavam firmemente a sua crença de que o 
 crescimento era enormemente inibido pela ausência de um 
 sistema nacional de comunicações e de que o 
19 desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial 
 para o alargamento da base econômica do país. [...] 
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações). 
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54
29. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A preposição em “de que o 
desenvolvimento” (l.18-19) é exigida pela regência da palavra “crença” 
(l.16). 
 
16 [...] Finalmente, considero que, 
 embora a formação de novos sujeitos sociais e políticos e de 
 arenas de participação da sociedade na formulação e gestão das 
19 políticas públicas traga as marcas de nossa trajetória histórica, 
 constitui, ao mesmo tempo, possibilidade aberta para outra 
 equação entre universalismo e particularismo na sociedade 
22 brasileira. 
Jeni Vaitsman. Desigualdades sociais e particularismos 
na sociedade brasileira. In: Cadernos de Saúde Pública, Rio 
de Janeiro, n.º 18 (Suplemento), p. 38 (com adaptações). 
30. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Por meio da conjunção “e”, 
empregada duas vezes na linha 17 e uma vez na linha 18, é estabelecida 
a seguinte organização de ideias: a primeira ocorrência liga duas 
características de “novos sujeitos” (l.17); a segunda liga dois 
complementos de “formação” (l.17); a terceira, dois complementos de 
“arenas de participação da sociedade” (l.18). 
 
31. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “É o chamado efeito Médici, em 
alusão à explosão criadora deflagrada em Florença quando o clã Médici 
reuniu gente de toda uma série de disciplinas — escultores, cientistas, 
poetas, filósofos, pintores, arquitetos — na cidade. A interação de todos 
fez brotar novas ideias no cruzamento das disciplinas, o que deu origem 
ao Renascimento, uma das eras mais criativas da história.” 
O nome “alusão” e o verbo “deu” têm complementos introduzidos pela 
mesma preposição. 
 
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 [...] 
 liberdade política, aos Estados democráticos. Um e outro 
13 reconhecimento são a mais alta expressão do espírito laico que 
 caracterizou o nascimento da Europa moderna, entendendo-se 
 esse espírito laico como o modo de pensar que confia o destino 
16 do regnum hominis (reino do homem) mais à razão crítica que 
 aos impulsos da fé, ainda que sem desconhecer o valor de uma 
 [...] 
Norberto Bobbio. Elogio da serenidade e outros escritos morais. 
São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 149 (com adaptações). 
32. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) As expressões “do 
espírito laico” (L.13) e “da fé” (L.17) complementam, respectivamente, os 
vocábulos “expressão” e “impulsos”. 
 
 [...] A democratização no século XX 
 não se limitou à extensão de direitos políticos e civis. O tema 
16 da igualdade atravessou, com maior ou menor força, as 
 chamadas sociedades ocidentais. 
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista 
Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações). 
33. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Em textos de normatização mais rígida do 
que o texto jornalístico, como os textos de documentos oficiais, a 
contração de preposição com artigo, como em “da igualdade” (l.16), deve 
ser desfeita, devendo-se escrever de a igualdade, para que o sujeito da 
oração seja claramente identificado. 
 
O que é o que é? 
1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa 
 de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma 
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