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AULA 4 SISTEMA CARDIOVASCULAR

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Exame Físico do 
Sistema Cardiovascular 
Profº Ms Jânio Cavalcanti Rodrigues Junior 
Ao exame CV observamos o paciente: 
Normocárdico (FC=) {taquicárdico/bradicárdico}, BCNF 
{hiperfonética/hipofonética} em 2T s/ sopro {aparecimento de 
B3/ B4/ com sopro}, ritmo cardíaco regular {irregular}, 
normotenso (PA=) {hipertenso/hipotenso}, normosfígmico 
{taquisfígmico/bradisfígmico}, pulso cheio {filiforme/ausente}, 
apresenta AVP/AVC em MSE (o periférico), Subclávia D, 
jugular E (o central) sem sinais flogísticos {rubor, calor, 
endurecimento, dor} {especificar o tipo de solução}. {edema 
periférico, caso o paciente apresente} 
Fatores de risco - necessariamente deve ser 
perguntado sobre a presença de: 
 
Diabetes 
Dislipidemia (colesterol e triglicerídeos) 
Tabagismo 
Obesidade 
Hipertensão Arterial 
Fatores de risco familiares 
Medicações em uso 
ANAMNESE 
 
Antes de iniciar o exame cardiovascular devemos atentar para 
algumas manifestações gerais indicativos de alterações cardíacas e 
que vão ajudar a conduzir o exame específico; 
 
• Alterações arteriais na Pressão e no Pulso; 
• Dispneia; 
• Existência de dor torácica; 
• Cansaço ou falta de ar ao responder as perguntas; 
• Sonolência ou confusão mental; 
• Estase jugular; 
• Edemas 
• Presença de Palpitações 
• Passado de síncope, lipotímia ou desmaios 
• Episódios de Cianose 
• Se sabe ser portador de sopro, alteração estrutural cardíaca ou 
hipertensão arterial 
Manifestações Cardiovasculares 
SINAIS E SINTOMAS 
Dor Torácica 
Tipo: Em aperto; em pontada, facada, latejamento; 
 Intensidade: Escala (0-10); 
 Irradiação: Pescoço, braço esquerdo, região epigástrica, 
costas; 
 Duração: início e término, e se contínua ou intermitente; 
 Fatores relacionados ao desencadeamento ou piora: 
emoções, pequeno, médio ou grande esforço; 
 Fatores relacionados a melhora: repouso, medicações; 
 Presença de náuseas, vômito, sudorese, palpitações, 
tontura; 
 
 A dor cardíaca é geralmente indicada 
com a mão esfregando o peito, ou com o 
punho cerrado, indicando uma região 
grande e imprecisa. 
 
Dispneia 
• O desconforto respiratório é normal em 
indivíduos saudáveis submetidos a esforços de 
grande intensidade, ou mesmo de menor 
intensidade se não forem treinados para 
atividade física. 
 
• A dispneia é anormal quando ocorre em repouso 
ou quando desencadeada por esforço de grau 
leve. A etiologia da dispneia é diversa, incluindo 
doenças pulmonares, cardíacas, da parede 
torácica e ansiedade. 
Edema 
 O edema de origem cardíaca é normalmente 
simétrico e progride desde as pernas chegando 
coxa, genitália e parede abdominal; 
 
 O edema pode ser generalizado (anasarca), 
podendo ocorrer dessa forma na síndrome 
nefrótica, na cirrose hepática e na IC severa; 
 
 Diversas drogas podem causar edema, devendo 
ser pesquisado na história clínica. 
Palpitação 
• A palpitação é a sensação do batimento 
cardíaco. 
 
 
 
Síncope 
• A perda da consciência é normalmente resultado de 
baixa perfusão cerebral. 
 
 
EXAME FÍSICO DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR 
 
CARDIO (PRECÓDIO) + VASCULAR (PERIFÉRICO) 
 
O EXAME CARDIOVASCULAR ENVOLVE 3 PASSOS PROPEDÊUTICOS: 
INSPEÇÃO, PALPAÇÃO E AUSCULTA; 
 
 
 O exame deve ser feito com o paciente em 
decúbito dorsal, onde o examinador deve estar 
a direita do paciente; 
 
 O tórax deve estar desnudo para perceber o 
aparecimento de abaulamentos ou retrações 
do precódio; 
INSPEÇÃO 
 Na inspeção é detectado o ictus cordis, que é 
um choque do ápice do coração contra a parece 
torácica; 
 Pode ser visível no 5º espaço intercostal, na 
linha hemiclavicular esquerda; 
INSPEÇÃO 
 A não visualização do 
ictus cordis pode ser 
normal, principalmente em 
mulheres, por causa das 
mamas; 
 
 Em indivíduos magros é 
mais fácil de visualizar; 
 
 Também é possível ver as 
pulsações epigástricas, 
que podem estar 
relacionadas ao esforço; 
 
INSPEÇÃO 
 Pode se visualizar também a 
ocorrência do levantamento 
sistólico, que é o movimento 
da região do esterno durante 
a sístole; 
 
 Pacientes com hipertrofia 
ventricular direita; 
INSPEÇÃO 
TURGÊNCIA JUGULAR 
 Dilatação com aumento do volume; 
 É o enchimento persistente das veias jugulares 
quando se adota a posição semi-sentada (45°) ou 
sentada. 
INSPEÇÃO 
 A palpação do precórdio deve ser feitas com a 
mão espalmada, exercendo uma leve pressão; 
 Pode-se palpar o ictus cordis, avaliando sua 
intensidade e extensão com as pontas digitais; 
 Palpar também o levantamento sistólico e as 
pulsações epigástricas; 
PALPAÇÃO 
FOCOS DE AUSCULTA: 
 
 Aórtico (2º EICD); 
 Pulmonar (2º EICE) 
 Tricúspide (apêndice xifóide); 
 Mitral (5º EICE/ ictus); 
 
Précordio 
PALPAÇÃO 
ICTUS CORDIS 
 Pode-se pesquisar frêmitos, que traduzem as 
vibrações sentidas pelo tato; 
 Essa sensação pode ser causada por vibrações 
originadas no coração e que indicam a presença 
de sopros; 
 Identificar localização e intensidade; 
PALPAÇÃO 
 Palpação do pulso periférico: 
PALPAÇÃO 
POPLÍTEA, TIBIAL POSTERIOR, PEDIOSO, 
RADIAL, BRAQUEAL, CARÓTIDA, FEMORAL 
VOLUME; 
FREQUÊNCIA; 
RÍTMO; 
 Associar no exame vascular: 
 Pulso periférico; 
 Turgência jugular; 
 Edema; 
EXAME VASCULAR 
 É o método semiológico 
de maior importância no 
exame cardiológico; 
 Deve ser feito em 
ambiente silencioso, com 
o examinador posicionado 
a direita do paciente; 
 O paciente deve estar 
com o tórax descoberto, 
pois o estetoscópio deve 
estar diretamente em 
contato com a pele; 
AUSCULTA CARDÍACA 
 A ausculta cardíaca deve ser realizada em pontos 
do tórax em que se capta o ruído das válvulas, que 
nem sempre correspondem a região anatômica 
que elas se localizam; 
AUSCULTA CARDÍACA 
FOCOS DE AUSCULTA: 
 
 Aórtico (2º EICD); 
 Pulmonar (2º EICE); 
 Tricúspide (face interna do 
apêndice xifóide, linha 
paraesternal esq.); 
 Mitral (5º EICE/ ictus 
cordis); 
 
 Observar: 
 Ritmo (tempo/bulhas): 
• havendo apenas duas bulhas: ritmo de dois tempos ou binário; 
• havendo um terceiro ruído: ritmo tríplice 
 Frequência: 60-100 batimentos/minuto 
 Bulhas cardíacas normais 
 B1 – (tum) fechamento das válvulas mitral e tricúspide na 
sístole; 
 B2 – (tá) vem depois de um curto silêncio. Corresponde ao 
fechamento das válvulas aórtica e pulmonar no final da 
sistole; 
 Fica mais fácil quando se tem em mente o ritmo das batidas; 
(3min58s) 
 
AUSCULTA CARDÍACA 
 RUÍDOS ANORMAIS: 
 
https://www.youtube.com/watch?v=P2muusZHoNE (6min18s) 
 B3 = Ruído de baixa frequência resultante da ejeção 
atrial, no enchimento lento do ventriculo {diastole} 
(sobrecarga de volume); Comum em jovens; (tum-tá-tu). 
 
 B4 = Ruído no final da diástole, um pouco antes do 
início da sístole (sobrecarga de pressão); Não explicada 
direito; (tum-tu-tá); 
 
AUSCULTA CARDÍACA 
 RUÍDOS ANORMAIS: 
 Os sopros são vibrações decorrentes de uma 
turbulência no fluxo sanguíneo ou por problemas 
nas válvulas (não se abrem ou se fecham 
corretamente); 
 Válvula não se abre por completo: o sangue não flui 
perfeitamente e turbilha nas paredes do vaso; 
 Válvula não se fecha por completo: retorno do 
sangue ou sai antes da hora; 
 Resultado: maior duração e aumento da bulha 
 Ex: estenose mitral, estenose aórtica 
 Vídeo: 10min40seg 
 
 
AUSCULTA CARDÍACA 
Também fazem parte do exame 
• Pulsos• Pressão Arterial 
 
Fim! 
 
• ANDRIS, D.A. et al. Semiologia: bases para a prática 
assistencial. Trad. Consedey, C.H. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2006. 
• POTTER, P. A.; Perry A. G. Fundamentos de Enfermagem. 
7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 
• TIMBY, B. K. Conceitos e Habilidades Fundamentais no 
Atendimento de Enfermagem. 8ª ed. Porto Alegre: Artmed, 
2007. 912 p. 
REFERÊNCIAS

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