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MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE Profª Ma. Renata Villani É uma dada forma de combinar técnicas e tecnologias para resolver problemas e atender necessidades de saúde individuais e coletivas. Maneira de organizar os meios de trabalho (saberes e instrumentos) utilizados nas práticas ou processos de trabalho em saúde Determinado modo de dispor os meios técnico-científicos existentes para intervir sobre riscos e danos à saúde CONCEITO (Paim, 2003) Modelos de Atenção à Saúde Entendimento do Processo de saúde-doença determinado Qual é a fronteira que separa o estar saudável do estar doente, e vice-versa ? SAÚDE DOENÇA MODELOS ASSISTENCIAIS Evolução do processo saúde-doença • Antiguidade Clássica (castigo dos deuses) • Século XVIII (miasmas) • Século XIX (unicausalidade) • Final do Século XIX e início do XX (multicausalidade) • Século XXI (determinação social) Componentes Fundamentais na Formação dos Sistemas de Saúde • Prestação da atenção (modelo de saúde); • Organização dos recursos; • Desenvolvimentos de recursos de saúde (infra- estrutura de recursos materiais, humanos e tecnológicos); • Apoio econômico (financiamento); • Gestão 8ª Conferência Nacional de Saúde - 1986 Principais problemas identificados no âmbito da prestação da atenção: • Desigualdade no acesso aos serviços de saúde; • Inadequação dos serviços às necessidades; • Qualidade insatisfatória dos serviços e • Ausência de integralidade das ações. MODELOS ASSISTENCIAIS Modelo Sanitarista ou Campanhista Centralizado; baseado em campanhas sanitárias (vacinação, combate as endemias) e programas especiais verticais determinados pelo Ministério da Saúde: - Tuberculose, - Hanseníase, - Malária, - Febre Amarela, etc Modelo Sanitarista ou Campanhista Campanhas têm caráter temporário, mobilizam vários recursos e a administração é centralizada Aparentam uma “operação militar”; não contemplam a totalidade da situação de saúde; centram a atenção em determinados grupos de riscos e controle de agravos • Desestruturação dos serviços na época anterior e posterior às campanhas • “Mal necessário” para enfrentamento dos problemas que a rede de serviços não foi capaz de resolver • Realizam um trabalho do tipo “apagar incêndio” Modelo Sanitarista ou Campanhista Fonte: Ministério da Saúde, 2011 Fonte: http://www.destaquesp.com/index.php/Saude/Prevencao/campanha-de-vacinacao-contra-o-virus-h1n1.html • Hegemônico • Origem na Assistência Filantrópica e na Medicina Liberal • Fortalecido com a expansão da Previdência Social e consolidado com a capitalização da medicina • Organizado para atender à “demanda espontânea” • Reforça a atitude dos indivíduos só procurarem os serviços quando se sentirem doentes Modelo Médico - Assistencial Privatista • A oferta determina o consumo de serviços médicos • Presente nos setores público e privado • Predominantemente curativo • A pressão espontânea e desordenada da demanda condiciona a organização dos recursos para a oferta Modelo Médico Assistencial Privatista - Desenvolvido pelos IAPs e INPS - Buscava responder a necessidade dos trabalhadores - Ligado ao setor produtivo - Trabalho médico-centrado, curativo- reparador em grandes ambulatórios de especialidades e hospitais próprios Modelo Médico Assistencial Privatista Fonte: Google Images, 2011 Fonte: Google Images, 2011 Construída a partir do modelo dos Centros de Saúde americanos originando a medicina preventiva; Parte do programa de combate a pobreza promovida por agências governamentais e universitárias; Integração dos marginalizados da sociedade americana; 1970 > Brasil começa a praticar esse modelo em algumas cidades como Paulínea e Campinas (SP) Medicina Comunitária Fonte: Manual de Construção de UBS, 2009 Fonte: http://www.4varas.com.br Propostas alternativas para reversão do modelo • Visavam a integralidade da atenção e ao impacto sobre os problemas de saúde • Buscavam concretizar os princípios e diretrizes do SUS • Requeriam mudanças na organização e funcionamento das instituições • Oferta organizada em relação aos principais agravos e grupos populacionais prioritários •Definição de “Porta de Entrada Única” do sistema, representada pelos serviços comunitários ou de primeira linha “Atenção Primária” • Introdução de noções de territorialização, integralidade da atenção e impacto epidemiológico Propostas alternativas para reversão do modelo Vigilância em Saúde Propostas para integrar as diferentes intervenções sanitárias (Controle de Danos, Riscos e Causas) Tem por base a intervenção social organizada sobre a situação de saúde. Normalmente ultrapassa as possibilidades e atribuições do setor saúde. Intersetorialidade. Modelos Alternativos Redes de Atenção a Saúde Modelos Alternativos Rede de Saúde de Caruaru POLICLÍNICA 36 ZR Conveniados Vigilância em Saúde Regulação Planejamento Apoio Institucional Gestão do Trabalho Apoio matricial Acolhimento 16 ZR 26 ZU Hospital Geral UPA s SPA Residência Terapêutica 15 Unidades Especializadas 7 Centros de Saúde Apoio ao Diagnóstico CAF HCC Perceptível a atuação de vários sujeitos Partidos políticos, academia, governantes, gestores, produtores de bens e serviços de saúde, gerentes, trabalhadores e usuários Graus diferenciados de efetivação dos princípios e diretrizes preconizados REFLEXÕES... Ambiente do SUS é complexo Diversas orientações políticas, tecnológicas e organizativas da atenção à saúde, presentes nos vários projetos dos atores implicados com o setor saúde Ações: - promotoras/preventivas; - curativa/reabilitadora; - especializada e generalista; - hospitalar e ambulatorial; - em estabelecimentos de saúde e no domicílio; - básica tradicional e das equipes de saúde da família Avanços da descentralização convivem com a necessidade da implementação de modelos que efetivem o SUS Sistema fragmentado > baseado na produção de procedimentos Pessoas são vistas dentro de um recorte biológico normal ou patológico Alguns Problemas do SUS: Uso de tecnologias em demasia Foco na doença ainda é predominante Financiamento é sobre a doença Relações frias Baixo grau de vínculo e responsabilidade Relações trabalhistas complexas Processos de planejamento confusos, etc.
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