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Me´todo do Ponto Fixo - Parte I Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 22 de Marc¸o de 2016 Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 1 / 27 Suma´rio da Aula 1 Ponto Fixo de uma func¸a˜o 2 Descric¸a˜o do Me´todo do Ponto Fixo 3 Convergeˆncia do MPF Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 2 / 27 Ponto fixo de uma func¸a˜o Definic¸a˜o 1 Dizemos que o nu´mero c e´ um ponto fixo da func¸a˜o g se g(c) = c Para determinarmos os pontos fixos de uma func¸a˜o g devemos resolver a equac¸a˜o g(x) = x ⇔ g(x)− x = 0 Da´ı percebemos que g admite um ponto fixo ⇐⇒ seu gra´fico intercepta a reta y = x Logo, nem toda func¸a˜o admite um ponto fixo. Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 3 / 27 Ponto fixo de uma func¸a˜o Definic¸a˜o 1 Dizemos que o nu´mero c e´ um ponto fixo da func¸a˜o g se g(c) = c Para determinarmos os pontos fixos de uma func¸a˜o g devemos resolver a equac¸a˜o g(x) = x ⇔ g(x)− x = 0 Da´ı percebemos que g admite um ponto fixo ⇐⇒ seu gra´fico intercepta a reta y = x Logo, nem toda func¸a˜o admite um ponto fixo. Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 3 / 27 Exemplo A func¸a˜o g(x) = x2 − 2 tem dois pontos fixos, c = −1 e c = 2, que sa˜o as ra´ızes da equac¸a˜o g(x)− x = (x2 − 2)− x = 0 Figura: Os pontos fixos de g e sua intersec¸a˜o com a reta y = x Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 4 / 27 Exemplo A func¸a˜o g(x) = x2 − 2 tem dois pontos fixos, c = −1 e c = 2, que sa˜o as ra´ızes da equac¸a˜o g(x)− x = (x2 − 2)− x = 0 Figura: Os pontos fixos de g e sua intersec¸a˜o com a reta y = x Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 4 / 27 Pergunta 1 Qual a relac¸a˜o entre as raizes de uma equac¸a˜o f (x) = 0 e o conceito de ponto fixo? Resposta: Podemos manipular f (x) = 0 e obter uma equac¸a˜o de ponto fixo g(x) = x . Assim teremos f (x) = g(x)− x Logo, se c e´ uma raiz de f (x) = 0 enta˜o c e´ um ponto fixo de g pois f (c) = g(c)− c = 0⇐⇒ g(c) = c Portanto: Se f (x) = g(x)− x temos que c e´ raiz de f (x) = 0⇐⇒ c e´ ponto fixo de g Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 5 / 27 Pergunta 1 Qual a relac¸a˜o entre as raizes de uma equac¸a˜o f (x) = 0 e o conceito de ponto fixo? Resposta: Podemos manipular f (x) = 0 e obter uma equac¸a˜o de ponto fixo g(x) = x . Assim teremos f (x) = g(x)− x Logo, se c e´ uma raiz de f (x) = 0 enta˜o c e´ um ponto fixo de g pois f (c) = g(c)− c = 0⇐⇒ g(c) = c Portanto: Se f (x) = g(x)− x temos que c e´ raiz de f (x) = 0⇐⇒ c e´ ponto fixo de g Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 5 / 27 Pergunta 1 Qual a relac¸a˜o entre as raizes de uma equac¸a˜o f (x) = 0 e o conceito de ponto fixo? Resposta: Podemos manipular f (x) = 0 e obter uma equac¸a˜o de ponto fixo g(x) = x . Assim teremos f (x) = g(x)− x Logo, se c e´ uma raiz de f (x) = 0 enta˜o c e´ um ponto fixo de g pois f (c) = g(c)− c = 0⇐⇒ g(c) = c Portanto: Se f (x) = g(x)− x temos que c e´ raiz de f (x) = 0⇐⇒ c e´ ponto fixo de g Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 5 / 27 Exemplo Encontrar uma func¸a˜o auxiliar com ponto fixo a partir de f (x) = x3 + x − 1 = 0. Opc¸a˜o 1: x3 + x − 1 = 0⇐⇒ 1− x3︸ ︷︷ ︸ g(x) = x Opc¸a˜o 2: x3 + x − 1 = 0⇐⇒ x = 3√1− x︸ ︷︷ ︸ g(x) Opc¸a˜o 3: x3 + x − 1 = 0⇐⇒+2x3 x = 1 + 2x3 1 + 3x2︸ ︷︷ ︸ g(x) Observa-se da´ı que pode haver uma infinidade de opc¸o˜es para g contudo, veremos que nem todas sera˜o de utilidade � Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 6 / 27 Exemplo Encontrar uma func¸a˜o auxiliar com ponto fixo a partir de f (x) = x3 + x − 1 = 0. Opc¸a˜o 1: x3 + x − 1 = 0⇐⇒ 1− x3︸ ︷︷ ︸ g(x) = x Opc¸a˜o 2: x3 + x − 1 = 0⇐⇒ x = 3√1− x︸ ︷︷ ︸ g(x) Opc¸a˜o 3: x3 + x − 1 = 0⇐⇒+2x3 x = 1 + 2x3 1 + 3x2︸ ︷︷ ︸ g(x) Observa-se da´ı que pode haver uma infinidade de opc¸o˜es para g contudo, veremos que nem todas sera˜o de utilidade � Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 6 / 27 Definic¸a˜o 2 O Me´todo do Ponto Fixo (MPF), tambe´m chamado de Me´todo das Aproximac¸o˜es Sucessivas, produz uma sequeˆncia {xn}∞k=0, na˜o necessariamente convergente, dada por x0 = tentativa inicial x1 = g(x0) x2 = g(x1) ... xn+1 = g(xn) para todo n Apesar que {xn}∞n=0 pode ser divergente, caso ela convirja para um nu´mero c , enta˜o este sera´ o ponto fixo de g . Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 7 / 27 Interpretac¸a˜o Geome´trica do MPF A ide´ia da iterac¸a˜o xn+1 = g(xn) e´ se aproximar do ponto de intersec¸a˜o entre y = g(x) e y = x atrave´s de uma poligonal cujos ve´rtices se alternam entre o gra´fico de y = g(x) e de y = x . Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 8 / 27 Algoritmo 2. Me´todo do Ponto Fixo ENTRADAS: x0 - aproximac¸a˜o inicial; TOL - toleraˆncia; N0 - nu´mero ma´ximo de iterac¸o˜es SAIDA: Aproximac¸a˜o do ponto fixo xn ou mensagem de erro Passo 1 i := 1; Passo 2 Enquanto i ≤ N0, fac¸a Passo 3 ate´ Passo 6 Passo 3 xn := g(x0); (Calcule xn) Passo 4 Se |xn − x0| < TOL enta˜o Escreva(xn); Pare. Passo 5 i := i + 1; Passo 6 x0 := xn; (Atualize x0) Passo 7 Escreva(”Processamento encerrado apo´s n0=”, n0, ”interac¸o˜es”); FIM. Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 9 / 27 Fatos sobre func¸o˜es com ponto fixo Teorema do Ponto Fixo de Brouwer Seja g : [a, b]→ [a, b] cont´ınua. Enta˜o existe pelo menos um c ∈ [a, b] tal que g(c) = c (Exerc´ıcio) Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 10 / 27 Fatos sobre func¸o˜es com ponto fixo Unicidade do Ponto Fixo num Intervalo Seja g : [a, b]→ [a, b] cont´ınua. Suponha que exista 0 < k < 1 tal que |g ′(x)| ≤ k para todo x ∈ (a, b). Enta˜o existe um u´nico ponto fixo de g em [a, b] Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 11 / 27 Convergeˆncia do MPF Teorema 1 Seja g cont´ınua em R. Considere a sequeˆncia {xn}∞n=0 dada por xn+1 = g(xn) para todo n. Se {xn}∞n=0 converge para c enta˜o c e´ um ponto fixo de g . Demonstrac¸a˜o. Suponha que lim xn = c e que g e´ cont´ınua. Podemos ”aplicar”g em ambos os lados da equac¸a˜o lim xn = c ⇒ lim g(xn) = g(c) Mas xn+1 = g(xn) para todo n. Ale´m disso, se lim xn = c , enta˜o lim xn+1 = c , logo g(c) = lim g(xn) = lim xn+1 = c Ou seja, c e´ um ponto fixo de g � Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 12 / 27 Convergeˆncia do MPF Teorema 1 Seja g cont´ınua em R. Considere a sequeˆncia {xn}∞n=0 dada por xn+1 = g(xn) para todo n. Se {xn}∞n=0 converge para c enta˜o c e´ um ponto fixo de g . Demonstrac¸a˜o. Suponha que lim xn = c e que g e´ cont´ınua. Podemos ”aplicar”g em ambos os lados da equac¸a˜o lim xn = c ⇒ lim g(xn) = g(c) Mas xn+1 = g(xn) para todo n. Ale´m disso, se lim xn = c , enta˜o lim xn+1 = c , logo g(c) = lim g(xn) = lim xn+1 = c Ou seja, c e´ um ponto fixo de g � Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 12 / 27 Convergeˆncia do MPF Teorema 1 Seja g cont´ınua em R. Considere a sequeˆncia {xn}∞n=0 dada por xn+1 = g(xn)para todo n. Se {xn}∞n=0 converge para c enta˜o c e´ um ponto fixo de g . Demonstrac¸a˜o. Suponha que lim xn = c e que g e´ cont´ınua. Podemos ”aplicar”g em ambos os lados da equac¸a˜o lim xn = c ⇒ lim g(xn) = g(c) Mas xn+1 = g(xn) para todo n. Ale´m disso, se lim xn = c , enta˜o lim xn+1 = c , logo g(c) = lim g(xn) = lim xn+1 = c Ou seja, c e´ um ponto fixo de g � Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 12 / 27 Exemplo. Considere as func¸o˜es auxiliares do exemplo anterior para tentar obter uma raiz de f (x) = x3 + x − 1 = 0 atrave´s do MPF. Caso g1(x) = 3 √ 1− x com x0 = 0, 5 Figura: A igualdade entre colunas revela a aproximac¸a˜o para o ponto fixo de g . Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 13 / 27 Percebe-se que o MPF gera uma sequeˆncia aparentemente convergente. Como g(x) foi obtida a partir de f (x) = 0 enta˜o a aproximac¸a˜o do ponto fixo de g e´ tambe´m aproximac¸a˜o para a raiz de f (x) = 0 Figura: As iterac¸o˜es do MPF e a aproximac¸a˜o da raiz de f Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 14 / 27 Caso g2(x) = 1− x3 com x0 = 0, 5 Figura: A sequeˆncia gerada pelo MPF e´ divergente. Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 15 / 27 Caso g3(x) = 1+2x3 1+3x2 com x0 = 0, 5 Figura: A sequeˆncia gerada pelo MPF e´ convergente, mais rapidamente que g1 . Surge naturalmente a: Pergunta 2 Como determinar se o MPF ira´ gerar aproximac¸o˜es do ponto fixo? A escolha x0 influencia? Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 16 / 27 Caso g3(x) = 1+2x3 1+3x2 com x0 = 0, 5 Figura: A sequeˆncia gerada pelo MPF e´ convergente, mais rapidamente que g1 . Surge naturalmente a: Pergunta 2 Como determinar se o MPF ira´ gerar aproximac¸o˜es do ponto fixo? A escolha x0 influencia? Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 16 / 27 Condic¸o˜es Necessa´rias para Convergeˆncia Uma alternativa positiva para a Pergunta 2 e´ o: Teorema 2 Seja c uma raiz isolada de f (x) = 0 no intervalo I = [a, b] e seja g tal que g(c) = c . Suponha que a g e g ′ sa˜o cont´ınuas em I ; b |g ′(x)| ≤ k < 1 para algum k c x0 ∈ I e para todo n, xn+1 = g(xn) ∈ I Enta˜o a sequeˆncia {xn}∞n=0 converge para c ⇒ Veja que x0 pode ser qualquer dentro de I Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 17 / 27 Como encontrar k tal que |f (x)| ≤ k para todo x ∈ I? Podemos escolher: k ≥ maxx∈I |f (x)| = {maior valor de |f (x)| para x ∈ I} 1 Te´cnica 1. Mostre que f e´ crescente ou decrescente em I (ou seja, f ′(x) > 0 ou f ′(x) > 0 em I, respectivamente). Isso garantira´ que f (a) ≤ f (x) ≤ f (b) ou f (b) ≤ f (x) ≤ f (a) Da´ı, basta escolher k = max{f (a), f (b)} Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 18 / 27 2 Te´cnica 2. a Se f (x) > 0 enta˜o procure um ponto de ma´ximo global em I. b Se f (x) < 0 enta˜o procure um ponto de m´ınimo global em I. (Que sera´ um ponto de ma´ximo global de |f (x)|) Com isso teremos |f (x)| ≤ |f (p)| para todo x ∈ I E podemos fazer k ≥ |f (p)| Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 19 / 27 Vamos analisar as opc¸o˜es do Exemplo anterior, a` luz do Teorema 2 g1(x) = 3 √ 1− x no intervalo I = [0, 0.75],que conte´m uma raiz de f (x) = 0. (Caso convergente) a1 g1(x) = 3 √ 1− x e´ cont´ınua em I (pois e´ a composic¸a˜o entre s(x) = 3 √ x e t(x) = 1− x . a2 g ′1(x) = − 13(1−x)2/3 e´ cont´ınua em I. b g ′1 e´ decrescente em (−∞, 1) e g ′1(0) = −0, 33 e g ′1(0, 75) ∼= −0, 8399 . Logo k ≥ maxx∈I |g ′1(x)| = 0, 84 e |g ′1(x)| ≤ 0, 84 < 1 para todo x ∈ I Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 20 / 27 Vamos analisar as opc¸o˜es do Exemplo anterior, a` luz do Teorema 2 g1(x) = 3 √ 1− x no intervalo I = [0, 0.75],que conte´m uma raiz de f (x) = 0. (Caso convergente) a1 g1(x) = 3 √ 1− x e´ cont´ınua em I (pois e´ a composic¸a˜o entre s(x) = 3 √ x e t(x) = 1− x . a2 g ′1(x) = − 13(1−x)2/3 e´ cont´ınua em I. b g ′1 e´ decrescente em (−∞, 1) e g ′1(0) = −0, 33 e g ′1(0, 75) ∼= −0, 8399 . Logo k ≥ maxx∈I |g ′1(x)| = 0, 84 e |g ′1(x)| ≤ 0, 84 < 1 para todo x ∈ I Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 20 / 27 c g1 e´ decrescente em (−∞, 1), o que significa que 1 = g1(0) ≥ g1(x) ≥ g1(0, 75) = 0, 0833 Na˜o e´ poss´ıvel garantir que xn+1 = g(xn) ∈ I para todo n pois g1(0) = 1 /∈ [0, 0.75] Pore´m, apesar de na˜o satisfazer (c) do teorema, a sequeˆncia dada pelo MPF converge. Conclusa˜o: Na˜o safistazer as hipo´teses do Teorema 2 na˜o significa que o MPF ira´ divergir! Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 21 / 27 g2(x) = 1− x3 no intervalo I = [0, 1] (Caso divergente) a g2(x) = 1− x3 e g ′2(x) = −3x2 sa˜o cont´ınuas em I. b g ′2 e´ decrescente em I de modo que 0 = g ′2(0) ≥ g(x) ≥ g ′2(1) = −3 Da´ı, k = maxx∈I |g ′2(x)| = 3 > 1 (g2 na˜o satisfaz o item (b) do teorema) c g2 e´ decrescente em I e 1 = g2(0) ≥ g(x) ≥ g2(1) = 0 Segue-se que xn+1 = g(xn) ∈ I para todo n. Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 22 / 27 g2(x) = 1− x3 no intervalo I = [0, 1] (Caso divergente) a g2(x) = 1− x3 e g ′2(x) = −3x2 sa˜o cont´ınuas em I. b g ′2 e´ decrescente em I de modo que 0 = g ′2(0) ≥ g(x) ≥ g ′2(1) = −3 Da´ı, k = maxx∈I |g ′2(x)| = 3 > 1 (g2 na˜o satisfaz o item (b) do teorema) c g2 e´ decrescente em I e 1 = g2(0) ≥ g(x) ≥ g2(1) = 0 Segue-se que xn+1 = g(xn) ∈ I para todo n. Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 22 / 27 g2(x) = 1− x3 no intervalo I = [0, 1] (Caso divergente) a g2(x) = 1− x3 e g ′2(x) = −3x2 sa˜o cont´ınuas em I. b g ′2 e´ decrescente em I de modo que 0 = g ′2(0) ≥ g(x) ≥ g ′2(1) = −3 Da´ı, k = maxx∈I |g ′2(x)| = 3 > 1 (g2 na˜o satisfaz o item (b) do teorema) c g2 e´ decrescente em I e 1 = g2(0) ≥ g(x) ≥ g2(1) = 0 Segue-se que xn+1 = g(xn) ∈ I para todo n. Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 22 / 27 g3(x) = 1+2x3 1+3x2 no intervalo I = [0, 1] (Caso convergente) a g3(x) = 1+2x3 1+3x2 e g ′3(x) = 6x(x3+x−1) (1+3x2)2 sa˜o cont´ınuas em I. b A divisa˜o 6x(x 3+x−1) (1+3x2)2 implica que 0 ≤ g ′3 < 1 em I = [0, 1]. Na verdade, x0 ∼= 0, 244685 e´ um ponto de m´ınimo global de g ′2 em I e cuja imagem e´ g(x0) ∼= −0, 781452. Podemos considerar k = maxx∈I |g ′3(x)| ∼= 0, 79 Portanto temos |g ′1(x)| ≤ 0, 79 < 1 para todo x ∈ I Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 23 / 27 g3(x) = 1+2x3 1+3x2 no intervalo I = [0, 1] (Caso convergente) a g3(x) = 1+2x3 1+3x2 e g ′3(x) = 6x(x3+x−1) (1+3x2)2 sa˜o cont´ınuas em I. b A divisa˜o 6x(x 3+x−1) (1+3x2)2 implica que 0 ≤ g ′3 < 1 em I = [0, 1]. Na verdade, x0 ∼= 0, 244685 e´ um ponto de m´ınimo global de g ′2 em I e cuja imagem e´ g(x0) ∼= −0, 781452. Podemos considerar k = maxx∈I |g ′3(x)| ∼= 0, 79 Portanto temos |g ′1(x)| ≤ 0, 79 < 1 para todo x ∈ I Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 23 / 27 g3(x) = 1+2x3 1+3x2 no intervalo I = [0, 1] (Caso convergente) a g3(x) = 1+2x3 1+3x2 e g ′3(x) = 6x(x3+x−1)(1+3x2)2 sa˜o cont´ınuas em I. b A divisa˜o 6x(x 3+x−1) (1+3x2)2 implica que 0 ≤ g ′3 < 1 em I = [0, 1]. Na verdade, x0 ∼= 0, 244685 e´ um ponto de m´ınimo global de g ′2 em I e cuja imagem e´ g(x0) ∼= −0, 781452. Podemos considerar k = maxx∈I |g ′3(x)| ∼= 0, 79 Portanto temos |g ′1(x)| ≤ 0, 79 < 1 para todo x ∈ I Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 23 / 27 c As ra´ızes de g ′3(x) = 6x(x3+x−1) (1+3x2)2 fornecem um ponto de ma´ximo e um ponto de m´ınimo locais de g3(x) = 1+2x3 1+3x2 , que sa˜o x = 0 e x ∼= 0, 682328 respectivamente. As imagens sa˜o g3(0) = 1 e g3(0, 682328) ∼= 0, 682328, o que garante que 0, 682328 ≤ g3(x) ≤ 1 para todo x ∈ I Da´ı, temos que xn+1 = g(xn) ∈ I para todo n. Aqui, a func¸a˜o auxiliar g3(x) satisfez ’(a), (b) e (c) do Teorema 1, o que garantiu a convergeˆncia! Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 24 / 27 c As ra´ızes de g ′3(x) = 6x(x3+x−1) (1+3x2)2 fornecem um ponto de ma´ximo e um ponto de m´ınimo locais de g3(x) = 1+2x3 1+3x2 , que sa˜o x = 0 e x ∼= 0, 682328 respectivamente. As imagens sa˜o g3(0) = 1 e g3(0, 682328) ∼= 0, 682328, o que garante que 0, 682328 ≤ g3(x) ≤ 1 para todo x ∈ I Da´ı, temos que xn+1 = g(xn) ∈ I para todo n. Aqui, a func¸a˜o auxiliar g3(x) satisfez ’(a), (b) e (c) do Teorema 1, o que garantiu a convergeˆncia! Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 24 / 27 Demonstrac¸a˜o do Teorema 1 Supor que i f tem uma raiz c isolada e I = [a, b] ii g e´ tal que g(c) = c iii g e g ′ sa˜o cont´ınuas em I iv Existe k < 1 de modo que |g ′(x)| ≤ k para todo x ∈ I v Dado x1 ∈ I , temos xn+1 = g(xn) ∈ I para todo n (Sequeˆncia gerada pelo MPF) Vamos necessitar do teorema auxiliar: Teorema 3 (Teorema do Valor Me´dio - TVM) Seja φ : [α, β]→ R cont´ınua e tal que φ′(x) existe para todo x ∈ (α, β). Enta˜o existe ξ ∈ (α, β) tal que φ(β)− φ(α) = φ′(ξ)(β − α) Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 25 / 27 Demonstrac¸a˜o do Teorema 1 Supor que i f tem uma raiz c isolada e I = [a, b] ii g e´ tal que g(c) = c iii g e g ′ sa˜o cont´ınuas em I iv Existe k < 1 de modo que |g ′(x)| ≤ k para todo x ∈ I v Dado x1 ∈ I , temos xn+1 = g(xn) ∈ I para todo n (Sequeˆncia gerada pelo MPF) Vamos necessitar do teorema auxiliar: Teorema 3 (Teorema do Valor Me´dio - TVM) Seja φ : [α, β]→ R cont´ınua e tal que φ′(x) existe para todo x ∈ (α, β). Enta˜o existe ξ ∈ (α, β) tal que φ(β)− φ(α) = φ′(ξ)(β − α) Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 25 / 27 Estrate´gia da demonstrac¸a˜o: Provar que |xn − c | tende para 0, ou seja, que lim xn = c Pela definic¸a˜o de g podemos escrever xn − c = g(xn−1)− g(c) O TVM garante que existe ξ entre c e xn−1 tal que g(xn−1)− g(c) = g ′(ξ)(xn−1 − c) Da´ı |xn − c | = |g ′(ξ)(xn−1 − c)| Como xn−1, c ∈ I , segue-se que ξ ∈ I Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 26 / 27 Estrate´gia da demonstrac¸a˜o: Provar que |xn − c | tende para 0, ou seja, que lim xn = c Pela definic¸a˜o de g podemos escrever xn − c = g(xn−1)− g(c) O TVM garante que existe ξ entre c e xn−1 tal que g(xn−1)− g(c) = g ′(ξ)(xn−1 − c) Da´ı |xn − c | = |g ′(ξ)(xn−1 − c)| Como xn−1, c ∈ I , segue-se que ξ ∈ I Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 26 / 27 Estrate´gia da demonstrac¸a˜o: Provar que |xn − c | tende para 0, ou seja, que lim xn = c Pela definic¸a˜o de g podemos escrever xn − c = g(xn−1)− g(c) O TVM garante que existe ξ entre c e xn−1 tal que g(xn−1)− g(c) = g ′(ξ)(xn−1 − c) Da´ı |xn − c | = |g ′(ξ)(xn−1 − c)| Como xn−1, c ∈ I , segue-se que ξ ∈ I Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 26 / 27 Estrate´gia da demonstrac¸a˜o: Provar que |xn − c | tende para 0, ou seja, que lim xn = c Pela definic¸a˜o de g podemos escrever xn − c = g(xn−1)− g(c) O TVM garante que existe ξ entre c e xn−1 tal que g(xn−1)− g(c) = g ′(ξ)(xn−1 − c) Da´ı |xn − c | = |g ′(ξ)(xn−1 − c)| Como xn−1, c ∈ I , segue-se que ξ ∈ I Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 26 / 27 Agora |g ′(x)| ≤ k < 1 Enta˜o |xn − c | = |g ′(ξ)(xn−1 − c)| ⇒ |xn − c | ≤ k|xn−1 − c | A u´ltima desigualdade vale para todo n ≥ 1, logo |xn − c | ≤ k|xn−1 − c| ≤ k2|xn−2 − c | ≤ . . . ≤ kn|x0 − c| Finalmente, k < 1, enta˜o quando n→∞ 0 ≤ |xn − c | ≤ kn |x0 − c|︸ ︷︷ ︸ fixo ⇒ lim |xn − c| ≤ lim |x0 − c |kn = 0 Donde lim |xn − c | = 0. Isso implica que a sequencia converge para o ponto fixo de g , que e´ a raiz de f em I � Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 27 / 27 Agora |g ′(x)| ≤ k < 1 Enta˜o |xn − c | = |g ′(ξ)(xn−1 − c)| ⇒ |xn − c | ≤ k|xn−1 − c | A u´ltima desigualdade vale para todo n ≥ 1, logo |xn − c | ≤ k|xn−1 − c| ≤ k2|xn−2 − c | ≤ . . . ≤ kn|x0 − c| Finalmente, k < 1, enta˜o quando n→∞ 0 ≤ |xn − c | ≤ kn |x0 − c|︸ ︷︷ ︸ fixo ⇒ lim |xn − c| ≤ lim |x0 − c |kn = 0 Donde lim |xn − c | = 0. Isso implica que a sequencia converge para o ponto fixo de g , que e´ a raiz de f em I � Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 27 / 27 Agora |g ′(x)| ≤ k < 1 Enta˜o |xn − c | = |g ′(ξ)(xn−1 − c)| ⇒ |xn − c | ≤ k|xn−1 − c | A u´ltima desigualdade vale para todo n ≥ 1, logo |xn − c | ≤ k|xn−1 − c| ≤ k2|xn−2 − c | ≤ . . . ≤ kn|x0 − c| Finalmente, k < 1, enta˜o quando n→∞ 0 ≤ |xn − c | ≤ kn |x0 − c|︸ ︷︷ ︸ fixo ⇒ lim |xn − c| ≤ lim |x0 − c |kn = 0 Donde lim |xn − c | = 0. Isso implica que a sequencia converge para o ponto fixo de g , que e´ a raiz de f em I � Ca´lculo Nume´rico - Turma D - Semana 2 Me´todo do Ponto Fixo - Parte I 22 de Marc¸o de 2016 27 / 27 Ponto Fixo de uma função Descrição do Método do Ponto Fixo Convergência do MPF
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