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Introducao a psicologia

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INTRODUÇÃO 
À 
PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
APRESENTAÇÃO DO 
MATERIAL 
O material aqui presente tem como objetivo introduzir a aprendizagem dos discentes, 
anexando conteúdos livres no material, para enriquecimento dos mesmos. 
O conteúdo aqui apresentado possui dados legais, não dispondo, assim, de autor ou 
autores próprios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
INTRODUÇÃO 
 
A disciplina de Psicologia é de fundamental importância para o futuro profissional das 
Ciências Humanas e Sociais, uma vez que fornece informações importantes sobre as 
características do humano, levando à compreensão ampla, profunda e dinâmica dos 
aspectos tanto individuais quanto inter-relacionais do homem. Estudando Psicologia 
Geral, é possível vislumbrar um caminho bem-humorado às nossas características 
humanas e tornar mais apreensíveis e compreensíveis muitos dos nossos estranhamentos 
cotidianos, no mundo das relações pessoais, sociais, entre outras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
Sumário 
PEQUENA HISTÓRIA DA PSCIOLOGIA .................................................................................................... 5 
ABORDAGENS DA PSICOLOGIA ............................................................................................................. 7 
COMPORTAMENTO ............................................................................................................................... 8 
PSICOLOGIA CIENTÍFICA ...................................................................................................................... 10 
TÉCNICAS PSICOLÓGICAS .................................................................................................................... 12 
PROCESSO DE APRENDIZAGEM .......................................................................................................... 14 
GESTALT .............................................................................................................................................. 20 
REFERÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
CAPÍTULO 1 
PEQUENA HISTÓRIA DA PSCIOLOGIA 
 
O termo foi criado em 1550, por Melanchton, enquanto lecionava na 
Universidade de Wittenberg, na Alemanha, sendo que psique, proveniente do grego, 
significa alma e logos, proveniente do latim, significa estudo. 
No nosso cotidiano, muitas vezes, vivenciamos a ocorrência de um manancial 
de crenças bem populares, algumas receitas psicológicas de gente que não frequenta o 
meio acadêmico, científico, mas que consegue se aproximar de algumas verdades, em 
variados meios, lançando mão de “palpites”, quase todos para “ajudar os outros”, ao que 
chamam de “melhores das intenções.” Será mesmo que possuímos um mix de loucura e 
de magia, de médicos e de insanos? Qual é a verdade, se é que há apenas uma verdade 
em tudo o que ouvimos, vemos, sentimos, percebemos, palpitamos, entre outras 
experiências dos viveres existenciais? De certo modo, podemos constatar certo domínio 
popular em questões usuais, nas quais o acúmulo de experiências passadas soma 
aprendizado e é passado de geração a geração. 
Essa é a “psicologia do senso comum”, mas que fique, a partir dos estudos mais 
intensos e interessados das Psicologias, bastante esclarecido que se trata apenas de uma 
sabedoria popular, cultural, bem diferente do que verão na cientificidade da Psicologia – 
o que a pequena história dessa importante ciência desvendará. 
O conhecimento espontâneo da realidade (uma visão de mundo) é bastante 
diferente da complexidade inerente e consistente da Psicologia Científica. O estudante 
necessitará munir-se de amplos conhecimentos psicológicos para poder discernir e não 
mais cometer o erro do leigo, mesmo que este seja revelador, como muitas vezes pode 
mesmo ser (sabedorias populares). 
Todo senso comum é simplista, reducionista e jamais revelador de vicissitudes 
reais, nos campos das subjetividades e objetividades, as quais são necessariamente 
focadas pela Psicologia Científica, considerando-se múltiplos fatores (determinantes e/ou 
não). Nem mesmo o avanço científico é capaz de esgotar as possibilidades e encontrar 
compreensão precisa para todos os limites, ainda existentes no mundo moderno. 
 6 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
Por um lado, existe o conhecimento que se aprofunda e se desdobra, mas por 
outro, um abismo, um grande mistério. Eis o desafio, no limite tênue dessa navalha, em 
que somente a humildade do aprendiz, no bom cuidado do conhecimento contínuo, pode 
e deve cultivar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
CAPÍTULO 2 
ABORDAGENS DA PSICOLOGIA 
 
A Psicologia como ciência vai se configurando em diferentes concepções, com 
as seguintes abordagens: 
O funcionalismo, de William James (1842- 1910): corrente americana para a 
qual importa responder “o que fazem e por que fazem os homens”, na qual a consciência 
surge como centro das preocupações e da compreensão dos funcionamentos, de acordo 
com as necessidades humanas de adaptação ao meio ambiente (pragmatismo americano 
a serviço do desenvolvimento econômico da época); 
O estruturalismo, de Edward Titchner (1867-1927): tal qual o funcionalismo, 
ocupou-se com a compreensão da consciência, porém com enfoque aos aspectos mais 
intrínsecos, ou seja, mais estruturais do sistema nervoso central, utilizando o método 
introspectivo para a observação experiencial em laboratório; 
O associacionismo, de Edward L. Thorndike (1874-1949): basicamente 
formulou a primeira abordagem da aprendizagem para a Psicologia, na qual o processo 
se daria das associações entre ideias simples até as mais complexas entre os conteúdos. 
Thorndike formulou uma lei comportamentalista em que a repetição do comportamento 
humano e animal dar-se-ia até o ponto do efeito (recompensa; exemplo: elogio para o 
bom feito infantil), o que permitia a observação da aprendizagem bem-sucedida; ou o 
contrário, como um efeito ativador da suspensão do comportamento (o castigo; exemplo: 
o olhar severo do pai em resposta ao ato inadequado da criança). Essa lei ficou conhecida 
como: “Lei do Efeito”. 
Todas essas abordagens anteriormente descritas vão dar estruturação e 
embasamento científico preciosos para o que viria a ser as Psicologias mais 
contemporâneas (Behaviorismo, Gestalt e Psicanálise, abordagens que veremos com 
maior destaque no transcorrer da disciplina). 
 
 
 
 8 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
CAPÍTULO 3 
COMPORTAMENTO 
 
A Psicologia estuda o comportamento, os processos mentais, a experiência 
humana e, de um modo especial, a personalidade. Com técnicas metódicas próprias, a 
Psicologia procura não só descobrir novos fatos, nessas áreas, mas tenta também medi-
los. A ciência é um instrumento de conhecimento, de controle e de medida dos fatos. É, 
a um tempo, conhecimento e poder, por dar a explicação adequada e permitir tanta 
previsão quanto controle. 
Pelo fato de se poder aplicar, na prática, muitos de seus conhecimentos, confere 
poder a quem os aplica. O método científico é algo simples, mas não é uma atividade que 
se apresenta espontaneamente. Para ser utilizado, é preciso que a pessoa esteja predisposta 
ou treinada. Por exemplo, as experiências de Galileu estudando a queda dos corpos (que 
está na origem da Física tradicional) poderiam ter sido feitasno Egito Antigo, nas 
Muralhas de Creta ou em qualquer período da Grécia ou de Roma. 
O espírito da época, contudo, não predispunha as pessoas para essa atividade 
mais rigorosa do saber. O método científico pode ser empregado para a descoberta tanto 
de grandes quanto de simples fatos da vida ou da ciência. A maneira mais eficiente de se 
chegar às causas de um fenômeno é utilizar o método científico. 
São os seguintes os passos desse método: 
 Identificação do problema (observação do fenômeno a pesquisar); 
 Antecedentes históricos; 
 Formulação de uma hipótese que explique o fenômeno. Esta serve para 
orientar o trabalho da pesquisa e é, ao mesmo tempo, uma garantia de 
objetividade. Toda experimentação tem como objetivo ver como a 
hipótese se manifesta; 
 Experimentação da hipótese; 
 Comprovação da hipótese; 
 Comunicação dos resultados para conhecimento do mundo científico; 
 Análise estatística; 
 9 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
 Conclusões; 
 Sugestões para nova pesquisa; 
 Crítica. 
Portanto, a tarefa dos cientistas consiste em criar teorias que viabilizem níveis 
comprovadamente válidos, para garantir rigor aos aspectos e variáveis analisados, 
conforme dita o método científico. Assim, podemos pensar em formas de análise do 
comportamento humano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
 
CAPÍTULO 4 
PSICOLOGIA CIENTÍFICA 
 
Os autores costumam dividir os métodos usados pelos psicólogos em três 
grandes grupos: 
 Introspecção ou método de observação interna; 
 Extrospecção ou método de observação externa; 
 Experimentação. 
A introspecção é um método subjetivo de observação interior. A pessoa observa 
suas próprias experiências e as relata (a pessoa relata suas emoções, percepções, 
interesses, recordações etc.). Um exemplo: aumentamos nosso conhecimento da mente 
humana lendo diários íntimos, autobiografias ou memórias. 
Imaginamos que as pessoas foram sinceras ao descrever seus sentimentos, 
emoções, recordações etc., mas não o podemos provar. Para estudar certos traços de 
personalidade, os psicólogos têm pedido às pessoas que respondam a um questionário. 
Para esse fim, os indivíduos terão que observar seu íntimo e dar suas respostas – as quais 
irão revelar aos psicólogos seus interesses, emoções, preferências etc. 
Para estudar o raciocínio, o psicólogo Claparède imaginou um método que 
chamou de reflexão falada: deu um problema a um jovem e pediu a este que o resolvesse 
e fosse, ao mesmo tempo, descrevendo em voz alta o seu pensamento. 
Embora seja impossível verificar se as pessoas foram corretas ao relatarem seus 
fenômenos íntimos, a introspecção tem sido usada para colher informações que não 
possam ser obtidas de nenhuma outra maneira. Porém, a introspecção não pode ser 
empregada no estudo de animais, de crianças muito novas, de débeis mentais etc. Já a 
extrospecção é um método objetivo de observação externa. 
O psicólogo procura conhecer as reações externas dos organismos. Ao observar, 
por exemplo, uma pessoa, procura conhecer seu modo de agir, seus gestos, suas 
expressões fisionômicas, suas realizações etc. Sempre que possível, os psicólogos dão 
preferência à extrospecção e procuram torná-la mais exata, usando aparelhos para melhor 
 11 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
documentar suas observações: máquinas fotográficas e de filmar, cronômetros, 
gravadores de som etc. A experimentação consiste em um observador controlando a 
situação e verificando os diferentes níveis de reações do sujeito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
CAPÍTULO 5 
TÉCNICAS PSICOLÓGICAS 
 
As técnicas psicológicas mais utilizadas são: 
Animais em laboratório: a observação de animais em situações controladas 
facilita a compreensão do comportamento das aprendizagens. Os animais mais utilizados 
são: cães, ratos, pombos, gatos e macacos; 
Técnica da medida do tempo de reação: esse tempo é medido em frações de 
segundo, por cronômetros. Esse tempo varia de pessoa para pessoa e é de grande 
importância para provas de aptidão para determinadas profissões como: motoristas, 
profissionais de mídia, aviação, entre outros; 
Técnica das associações determinadas: essa técnica foi introduzida pelo 
psicólogo suíço Carl Gustav Jung. Consiste em ler para o paciente, uma a uma, as palavras 
de uma lista, pedindo-lhe que a cada palavra ouvida diga tudo que lhe venha à mente, 
mesmo que lhe pareça estranho e absurdo. Essa técnica possibilita traçar um tipo 
psicológico do paciente; 
Técnica da associação livre: utilizada por Sigmund Freud, que foi o fundador da 
Psicanálise. O psicanalista sugere um assunto e deixa que o pensamento flua, na livre 
associação de ideias que o paciente faz, de acordo com o seu histórico pessoal; 
Técnica de grupos de controle: essa técnica consiste na comparação de dois ou 
mais grupos semelhantes, tratados de modo igual, em todos os aspectos da atividade, com 
exceção de um – o aspecto que está sendo estudado. Imagine que todas as crianças de 
uma creche passaram por uma experiência de ataque de cachorros e desenvolveram medo. 
Essa técnica poderia ser aplicada de modo a controlar esse medo, apresentando um filme 
no qual aparecessem crianças acariciando cachorros dóceis e, assim, fazendo 
paulatinamente diminuir o medo de cachorros; 
Técnica de comparação de gêmeos: consiste em comparar dois gêmeos idênticos 
ou univitelinos. Essa técnica tem sido muito empregada para prever a influência da 
hereditariedade e do ambiente no desenvolvimento da inteligência e da personalidade, de 
modo geral; 
 13 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
Técnicas projetivas: são atividades propostas pelos psicólogos nas quais as 
pessoas são convidadas a expressarem seus íntimos. 
a) Hermann Rorschach elaborou um teste de borrões, com dez cartões, revelando 
traços significativos da personalidade, como nível de inteligência, extroversão ou 
introversão, conflitos emocionais etc.; 
b) Henry D. Murray criou o TAT, conhecido como teste de apercepção temática, 
em que existem 20 quadros que remontam a contos, nos quais a criança pode elaborar a 
sua própria história, baseada em fatores de sua psicodinâmica pessoal e familiar; 
c) análise do brinquedo: Melanie Klein encontrou muita dificuldade para estudar 
a causa dos problemas emocionais apresentados pelas crianças e resolveu observar o 
modo como as crianças brincavam, por meio de brinquedos, baseando-se na compreensão 
de seus vocabulários ao expressarem o que vinha pelas mentes e formas de construções 
de brincadeiras, assim como no tipo de brinquedos escolhidos, mais comumente; a 
ludoterapia passou a ser uma forma terapêutica para auxiliar a cura da criança pelo 
brinquedo; 
d) análise do desenho: o desenho da figura humana, da casa e da árvore, são os 
mais utilizados, revelando interesses, autoimagem, conflitos emocionais, nível 
intelectual, entre outros fatores, muito utilizados em empresas; 
e) testes psicológicos: de inteligência, de conhecimentos gerais e/ou específicos, 
nos quais se observa o tipo de resposta dada e o desempenho, medindo aptidões dos 
indivíduos (muito utilizados em seleção de pessoal). 
Em Psicologia Clínica, estuda-se o comportamento de uma única pessoa, 
visando ajudá-la em seu ajustamento. É feito um estudo do caso, procurando compreender 
as principais forças e influências que orientaram o desenvolvimento dessapessoa. Esse 
estudo consiste em várias fases, entre as quais: investigar o tipo de vida da pessoa; as 
condições sociais em que ela vive; aplicar testes de interesses, de aptidões, de inteligência 
geral, de maturidade emocional, de sociabilidade, de traços de personalidade; e fazer seu 
levantamento biográfico. Após esse estudo, surge o diagnóstico do problema dessa 
pessoa, é recomendada uma terapêutica e o caso é “acompanhado” por um supervisor, 
por algum tempo. A observação de casos particulares permite descobrir algumas 
características comuns a muitas pessoas. 
 
 
 14 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
CAPÍTULO 6 
PROCESSO DE APRENDIZAGEM 
 
Todas as correntes filosóficas e científicas das Psicologias, de forma geral, 
enfocam a questão da predisposição humana para o crescimento ajustativo para com o 
seu meio ambiente. Existe uma forte tendência a acreditar na força criadora das 
capacidades neurais para suplantar as dificuldades mais variadas, pois a inteligência 
humana, até hoje, ainda não foi totalmente disponibilizada, para atingir todo o seu cume 
e capacidade total de funcionamento, conforme comprovam os neurocientistas mais 
debruçados em análises humanas/sociais. 
Um famoso psicólogo, Jean Piaget (1896- 1980), desenvolveu uma importante 
teoria para compreender o desenvolvimento cognitivo, por meio do trabalho que 
acompanhava crianças, e classificou a aprendizagem a partir de estágios, tais como: 
a) sensório-motor (ênfase na importância da estimulação ambiental, até os 18 
meses); 
b) pré-operacional (ênfase na intuição, em que o sentido é o desenvolvimento 
das capacidades mais simbólicas das crianças, dos 18 meses até os seis anos de idade); 
c) operações concretas (ênfase nas opera- ções mentais e no uso do pensamento 
lógico estruturado com as ações e situações reais, dos sete aos 11 anos); 
d) operações formais (ênfase no pensamento complexo, articulado e hipotético-
dedutivo, envolvendo a imaginação mais rica e intuição, após os 12 anos de idade). Piaget 
fomentou inúmeras pesquisas, contribuindo vastamente para posteriores investigações de 
seus inúmeros seguidores. Possibilitou a compreensão dos processos atrelados às 
aprendizagens no mundo do trabalho, uma vez que podemos observar que as dificuldades 
do indivíduo sempre se reportam às fases anteriores, caso estas tenham sido vivenciadas 
com lacunas e falhas, dependendo tanto da maturação cognitiva quanto da qualidade e 
quantidade das estimulações do meio ambiente. 
Os diferentes enfoques para as aprendizagens 
Os comportamentalistas acreditam na aprendizagem condicionada; os 
gestaltistas nas relações dinâmicas dos contatos humanos internos e externos; já os 
 15 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
psicanalistas acreditam na viabilização de um maximizado acesso ao inconsciente, sendo 
que este armazena o manancial criativo e faz com que a consciência emancipe o seu 
dispositivo maior para aprender o mundo tanto interior quanto exterior. 
Com Piaget, assim como com outros importantes psicoterapeutas, as Psicologias 
foram angariando novas vertentes e constatando em testes, pesquisas e experimentos, os 
inúmeros atributos das capacidades individuais e grupais para as aprendizagens, tanto 
específicas quanto generalizadas, do potencial humano. 
A Inteligência Humana 
Fatores hereditários e adquiridos formam e transformam a inteligência humana 
sob e sobre toda a interatividade que já estamos acostumados a verificar em nossas 
relações humanas. Para os psicólogos contemporâneos, fatores racionais e emocionais são 
determinantes da evoluída inteligência, assim como fatores atitudinais e inter-relacionais. 
Inteligência racional (QI) 
Binet, Simon e Stern, em 1912, pesquisaram o quociente de inteligência 
mediante uma escala que media a capacidade do conhecimento de crianças comparando 
as idades cronológicas. Assim sendo, catalogaram diferentes medidas para as 
inteligências (até a atualidade são muito utilizadas essas escalas para medição de QI). 
Consideram o QI saudável dentro dos parâmetros 90-120, sendo que variações para baixo 
ou para cima estariam relacionadas com defasagens/incapacidades e, por outro lado, 
genialidades/alta capacitação de expansão pessoal. Pesquisas e testes de QI em muito 
facilitam a seleção de pessoal para as organizações, desde a era industrial até a atualidade, 
pois vivemos em um mundo globalizado e de forte tendência competitiva, fazendo-se 
necessários os instrumentos práticos de medição de recursos para os conhecimentos 
específicos e gerais da inteligência humana. 
Inteligência emocional (QE) 
Daniel Goleman (1995) traz o conceito de sincronia emocional e nos atenta para 
as questões das deficiências “das conscientizações dos sentires”, tão vastamente 
ignoradas por outras correntes das Psicologias. Por meio de experimentos ricos e 
complexos, tal ideia nos remonta para a integração de uma inteligência emocional e 
racional, na qual haja o contínuo alinhamento da rede neural com todos os âmbitos 
emocionais. Goleman foi o criador do termo ‘QE’ e revolucionou a visão fragmentada da 
inteligência, trazendo uma concepção de ampliada e inquietante constatação de que o 
controle emocional dependerá sempre de uma profunda e intensa capacidade de se dar 
conta do que se sente, sem que isso implique em atuar o sentimento concomitantemente 
 16 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
no meio, na situação vivida. Para o autor, o sequestro emocional seria uma ação 
inadequada do indivíduo, comprovando a sua incapacidade de lidar com a emoção 
percebida, ou seja, a inconsciência de um sentimento levando a uma ação inadequada ao 
contexto. Essa visão da inteligência explicou o porquê de pessoas com QI elevados não 
serem as mais bem-sucedidas profissionalmente, por possuírem genialidades outras e não 
emocionais e relacionais. Suponhamos que um profissional de criação, em uma reunião 
em que esteja apresentando a sua campanha seja tomado por um forte sentimento de ira 
e resolva agir de forma grosseira e agressiva, ocasionando a perda da conta de um 
importante cliente para a sua agência. Com certeza, esse episódio dramático seria um 
típico sequestro emocional, típico de quem não lida bem com as próprias emoções, 
mantendo-as sob controle consciente e ajustativo, conforme exige cada situação das 
vivências que se apresentam no dia a dia. 
Inteligências múltiplas e atitudinais Howard Gardner, nos anos 60, foi um 
importante pesquisador e trouxe a contribuição de uma teoria que identificou diferentes 
inteligências: 
a) lógico-matemática: símbolos numéricos e lineares; 
b) linguística: símbolos ligados às letras, palavras, assim como expressões da 
mesma pela palavra e suas manifestações; 
c) espacial: ligada aos aspectos mais físicos de contextualizações; 
d) musical: ligada aos sons, desde a emissão até elaborações mais avançadas; 
e) intrapessoal: que diz respeito às capacidades de autoconhecimento e controle 
emocional; 
f) interpessoal: que dita as habilidades de relacionamentos com as outras 
pessoas, de forma madura, responsável, ética e assertiva. 
Para Gardner, quanto mais as pessoas puderem investir não somente em 
maximizar suas potencialidades, como também em potencializar suas limitações, mais e 
mais estarão aptas para desenvolverem em plenitude suas totais e genéricas aptidões 
cognitivas/emocionais. Em outras palavras, o ser inteligente atual e contemporâneo é 
aquele que vive a sua inteligência de maneira múltipla, de acordo com os sistemas em 
que se insere, uma vez que o mundo está cada vez mais criativo, diferenciado e solicitando 
inúmeras capacidades de ajustamentos variados e crescentes. 
Para os cognitivistas,[...] o processo de organização das informações e de 
integração do material à estrutura do pensar e refletir, armazenar e processar, integrar aos 
 17 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
processos conscientes é o que melhor conceitua a aprendizagem. Esta abordagem 
diferencia a aprendizagem mecânica da aprendizagem significativa: 
a) aprendizagem mecânica refere-se à aprendizagem de novas informações com 
pouca ou nenhuma associação com conceitos já existentes na estrutura cognitiva. O 
conhecimento assim adquirido fica arbitrariamente distribuído na estrutura cognitiva, sem 
se ligar a conceitos específicos (ex: decorar um texto); 
b) aprendizagem significativa: processa-se quando um novo conteúdo (ideias ou 
informações) relaciona-se com conceitos relevantes, claros e disponíveis na estrutura 
cognitiva, sendo assim assimilado por ela. Estes conceitos disponíveis são os pontos de 
ancoragem para a aprendizagem. (BOCK, 1996, p. 117-118). 
Um exemplo dessa última forma de aprendizagem: você integra e aprende o 
conceito que pode viver na vida real e não se esquece mais do valor significativo da teoria, 
graças à experiência cognitiva aprendida. E isso se aplica em diversas áreas, com 
diferentes pessoas, dos pequenos até grandes grupos. A inteligência é, sem dúvida, uma 
das qualidades humanas mais desejáveis. Cada cientista, ao longo da história e de suas 
pesquisas, revelam a inteligência, sob e entre diferenciados aspectos. Desde Platão, 
pensar a inteligência, por si só, já é uma representação bastante satisfatória dela, pois o 
exercício é um indicativo de capacidade reflexiva e pensante. 
O que mais caracteriza o ato inteligente é o fato de utilizar vários elementos da 
situação de maneira original ou criativamente nova. No fundo, em todo ato inteligente há 
uma pequena descoberta, a estrutura da inteligência: 
a) cognição: na solução de um problema ou situação difícil, é preciso, em 
primeiro lugar, reconhecer os elementos disponíveis e constitutivos da situação (essa 
operação é a cognição = conhecer, do latim); 
b) memória: além de levantar os dados do problema, é preciso retê-los na 
memória ou evocar outros elementos para o processamento da solução (reter e evocar são 
funções da memória); 
c) produção convergente: é uma forma de atividade intelectual que processa os 
elementos mentais de conformidade com os padrões convencionais (exemplo: seguir 
manuais de orientações nas organizações, criteriosamente); 
d) produção divergente: é uma forma de atividade intelectual que processa os 
elementos mentais de modo não convencional; as descobertas e invenções são produtos 
 18 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
divergentes, não convencionais da mente, são originalidades expressivas do ato singular 
de se criar, dando um salto qualitativo nas dimensões que convergem; 
e) avaliação: é uma forma de atividade mental em que a mente elabora pesos e 
valores diferentes, julgando a respeito da correção, adequação, desejabilidade, melhor 
conveniência. Quando um supervisor ou coordenador está avaliando mentalmente, está 
processando elementos mentais que são valores, pesos, reações comportamentais 
adequadas etc. Em todo processo decisório, cada informação tem uma relevância e um 
peso próprios. Nem todos os elementos se apresentam com o mesmo valor; é um ato típico 
de avaliação. 
As atividades da mente só existem sobre determinados conteúdos; ninguém 
pensa a respeito de nada. O pensamento consiste em elaborar, processar mentalmente 
algum conteúdo. É claro que podemos raciocinar sobre inúmeras coisas. Há um número 
infinito de assuntos sobre os quais podemos pensar. Contudo, Guilford, psicólogo 
americano, reduziu-os a quatro categorias: 
a) conteúdos figurativos: elementos concretos num espaço limitado (inteligência 
espacial, concreta e mecânica); 
b) conteúdos simbólicos: inteligência numérica, musical ou de qualquer outro 
elemento simbólico; 
c) conteúdos semânticos: inteligência mais verbal (oradores, professores, 
escritores, filósofos); 
d) conteúdos comportamentais: inteligência social baseada em atitudes, formas 
de proceder, ação, padrão de ações das pessoas, formas altamente criativas para lidar com 
elementos comportamentais (exemplo: profissionais das publicidades e marketing 
necessitam dessas qualificações para melhor exercerem suas funções). 
Essência da aprendizagem e da inteligência 
O que está no cerne do comportamento inteligente? Para alguns psicólogos, a 
ênfase está no pensamento abstrato e no raciocínio, e, para outros, o foco está nas 
capacidades que possibilitam a aprendizagem e a acumulação de conhecimentos. Existem 
correntes que enfatizam a competência social: se as pessoas conseguem resolver os 
problemas apresentados por sua cultura. E na época atual, os psicólogos não sabem sequer 
 19 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
se há um único fator geral (normalmente chamado de ‘G’, inicial de ‘geral’) do qual 
dependam todas as habilidades cognitivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
CAPÍTULO 7 
GESTALT 
Tendo seu berço na Europa, surge como uma negação da fragmentação das ações 
e processos humanos, realizada pelas tendências da Psicologia Científica do século XIX, 
postulando a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade dinâmica e 
processual, sendo, assim, uma abordagem de cunho existencial, humanística e sistêmica 
de fundamental importância para a compreensão da complexidade humana. 
A palavra ‘Gestalt’ não possui tradução exata, mas representa configuração, 
forma e em um primeiro momento, na Alemanha, mais especificamente com os 
psicólogos Max Wertheimer, Christian von Ehrenfels, Wolfgang Kohler e Kurt Koffka 
adquire importância em uma sociedade pautada, naquela época, por concepções 
puramente racionais, cognitivas ou com ênfase em aspectos puramente inconscientes. 
Com esses pesquisadores, volta a promover a importância de uma visão de 
homem e de mundo mais fenomênica, integrada e contextualizada, tal como as exigências 
mais correntes demandavam. Basicamente, a Psicologia da Gestalt tratou a princípio dos 
fatores atrelados às percepções humanas e suas manifestações tanto internas quanto 
externas, trazendo a contribuição de enfatizar que a relação do indivíduo com o meio era 
o fator de maior impacto, o que mereceria análise e compreensão e que também traria a 
constatação da unicidade e da universalidade, fatores fundamentais dessa abordagem. 
Kurt Lewin (1890-1947) trabalhou 10 anos com os gestaltistas e elaborou a sua famosa 
teoria de campo, sendo que esta se reporta às crenças de que todo indivíduo somente pode 
ser compreendido se estivermos focando todo o ambiente onde ele está envolvido e, 
principalmente, como ele está se relacionando em seu campo (as suas crenças, valores, 
necessidades e limitações). 
Para Lewin, o indivíduo não pode ser compreendido de forma linear, rígida, fixa, 
mas, sim, dinâmica, processual e contextual. Os gestaltistas foram ampliando as pesquisas 
relacionadas às percepções e organizações humanas, percebendo que os elementos 
biopsicossociais estavam sempre atuando de forma sistêmica e variando de acordo com a 
singularidade de cada pessoa e ambiência envolvida. Outro psicólogo surgiu desse 
movimento, Fritz Perls, tendo sido um marco para o que viria a ser a Gestalt-terapia que 
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FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
conhecemos na atualidade. Para Perls, todo comportamento é a melhor resposta que um 
indivíduo pode dar num determinado momento e apenas o presente é capaz de fazê-lo 
atualizar-se e promover o ajustamentocriativo que lhe dará a satisfação imediata, para 
que uma nova necessidade ressurja no campo interno e externo, sucessivamente. 
Para Perls, somente existia o presente e como o indivíduo agia era o fator mais 
fundamental para a compreensão de seu modo de estar sendo transformado, 
processualmente. Essa visão traz uma maior positividade e liberdade na perspectiva que 
o mundo da época tinha do caráter humano e social, o que sem dúvida agregou inúmeros 
desenvolvimentos e pesquisas para as Ciências Humanas e Sociais da época. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
REFERÊNCIA 
Márcia Lilla

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