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Dinâmica de Veículos 2/2013 Profa. Suzana Moreira Avila PNEUS AULA 6 Pneus � As três funções básicas dos pneus são: 1. Suportar o carregamento vertical, enquanto amortece eventuais choques do terreno. 2. Desenvolver forças longitudinais para aceleração e frenagem. 3. Desenvolver forças laterais no trajeto de curvas. � Enquanto o pneu em si é um toróide viscoelástico simples com um requinte moderno e propriedades otimizadas, ao mesmo tempo é um sistema complexo não-linear de difícil quantificação. � Inúmeros modelos de pneus simplificados foram desenvolvidos na literatura, mas com o propósito de verificar seu papel na dinâmica do veículo torna-se sufiente considerar apenas dados empíricos para quantificar propriedades essenciais. Pneus Construção do Pneu Aspectos Construção DIAGONAL RADIAL BANDA DE RODAGEM CARCAÇA Construção do Pneu � Feixe de cabos do talão; � Carcaça do pneu; � Cintas; � Lona de reforço; � Flanco; � Banda de rodagem. Especificação/nomenclatura do pneu � P235/75 R 15 � Tipo do pneu: P: passageiro, LT: camionete, T: temporário. � Largura do pneu em milímetros (235): medida de um flanco ao outro. � Razão altura/largura ou perfil (75): Número que informa a altura do pneu, desde o talão até ao topo da banda de rodagem. É descrito como porcentagem da largura do pneu. � Fabricação do pneu (R): R radial, D diagonal, B diagonal-cintada. � Diâmetro do aro (15): diâmetro adequado em polegadas. Aspectos Construção Aspectos Construção DIAGONAL RADIAL � Carcaça � função estrutural � lonas impregnadas com borracha � Banda de Rodagem � transmissão das forças do pneu para o solo � Drenagem (aquaplanagem) DIAGONAL RADIAL Tipos de Carcaça Pneus Radiais: características principais � Vantagens � Maior durabilidade � Menor resistência ao rolamento � Maior conforto em altas velocidades � Melhor absorção de forças laterais � Maior estabilidade direcional � Menor sensibilidade à aquaplanagem � Desvantagens � Menos confortável em baixas velocidades � Maior custo Designação � B – largura nominal � D – diâmetro externo � d – diâmetro do aro � H - altura Dimensão Característica � Tamanho (B,d) � Série (H/B) 80 / 70 / 65 / 60 / 55 / 50 � Tipo da Carcaça � Capacidade de Carga � Velocidade Limite Dimensão Característica Capacidade de Carga Velocidade Limite Velocidade Limite Exemplo � 175/70 R13 80 Q Largura B = 175 mm Diâmetro do Aro d = 13” Relação H/B = 0.70 Diâmetro Externo D = 13·25.4+2·0.70·175 D = 572,2mm Tipo de Carcaça – Radial Capacidade de Carga – 4414 N Velocidade Limite – 160 km/h Propriedades Tractivas � Efeito de Contração devido a força de atrito Sistema de eixos e terminologia Sistema de eixos e terminologia � Sistema definido pela SAE para precisar a descrição, condições de operação, forças e momentos sofridos pelo pneu. � Eixo X: intersecção do plano da roda com o plano do percurso, com sentido positivo para frente. � Eixo Z: Perpendicular ao plano do percurso com direção positiva para baixo. � Eixo Y: está no plano do percurso, sua direção é escolhida para tornar o sistema de eixos ortogonal. Sistema de eixos e terminologia � Plano da roda: plano central do pneu, normal ao eixo de rotação. � Centro da roda: intersecção entre o plano da roda e o eixo de rotação. � Centro de contato do pneu: intersecção do plano da roda e a projeção do eixo de rotação no plano do percurso. � “Loaded radius”: distância do centro de contato do pneu ao centro da roda no plano da roda. Sistema de eixos e terminologia � Força longitudinal (Fx): componente da força agindo no pneu gerada pelo percurso, no plano do percurso e paralelo à intersecção do plano da roda com o plano do percurso. � A componente de força na direção do caminho da roda (componente seno da força lateral mais componente coseno da força longitudinal) é chamada força de tração. Sistema de eixos e terminologia � Força Lateral (Fy): componente da força agindo no pneu pelo percurso no plano do percurso e normal à intersecção do plano da roda com o plano do percurso. � Força Normal (Fz): componente da força agindo no pneu pelo percurso que é normal ao plano do percurso. A força normal é negativa em magnitude. O termo força vertical é definido como o negativo da força normal, portanto tem magnitude positiva. Sistema de eixos e terminologia � Momento “overtuning” (Mx): momento que age no pneu pelo percurso, ao longo do eixo formado pela intersecção do plano da roda com o plano do percurso. � Momento de resistência ao rolamento (My): momento que age no pneu pelo percurso em um eixo perpendicular à intersecção do plano da roda com o plano do percurso. � Momento de alinhamento (Mz): momento que age no pneu pelo percurso em um eixo normal ao plano do percurso. Sistema de eixos e terminologia � Ângulo de escorregamento (α): ângulo formado entre a direção da roda alinhada com a direção do movimento. O ângulo é positivo com a roda direcionando à direita à medida que segue em frente. � Ângulo de camber (γ): ângulo entre o plano da roda e a vertical. Camber positivo corresponde ao topo do pneu inclinado para fora do veículo. Mecânica da geração de forças � As forças aplicadas em um pneu não se tratam de forças pontuais, mas sim resultantes de tensões normais e de cisalhamento distribuídas na superfície de contato. � A distribuição de pressão sob o pneu não é uniforme, mas varia nas direções X e Y. � Com o rolamento, esta distribuição não é simétrica em Y e tende a ser mais alta na região interna da superfície de contato. Mecânica da geração de forças Mecânica da geração de forças � Por causa da viscoelasticidade do pneu, a deformação na parte principal da superfície de contato faz com que a pressão vertical seja deslocada para frente. � O centróide da força vertical não passa pelo eixo de rotação da roda e desta forma gera resistência ao rolamento. � Enquanto o pneu rola sobre a pista, ambas forças de tração e lateral são desenvolvidas por mecanismos de cisalhamento. Mecânica da geração de forças � Cada elemento da superfície do pneu passando sobre o solo gera uma tensão de cisalhamento, que integrada na área de contato é igual às forças de tração/laterais geradas pelo pneu. Mecânica da geração de forças � Existem dois mecanismos primários responsáveis pela fricção gerada entre o pneu e a pista. Mecânica da geração de forças � A adesão à superfície vem dos vínculos intermoleculares entre a borracha e os agregados da superfície da pista. � A componente de adesão é maior em pistas secas, mas é substancialmente reduzida com a presença de água. Isso explica a perda de fricção em pistas molhadas. � O mecanismo de histerese representa a perda de energia na borracha à medida que ela perde energia à medida que desliza sobre o agregado na pista. Mecânica da geração de forças � A fricção por histerese não é tão afetada pela água na superfície da pista, desta forma melhor tração é obtida em pistas molhadas com pneus confeccionados com borrachas de alta histerese. � Tanto a adesão como a histerese dependem de certa forma na quantidade de escorregamento que ocorre ao longo da interface pneu-pista Propriedades de tração � Na ocorrência de aceleração e frenagem do veículo, verifica-se um deslizamento adicional como resultado da deformação dos elementos da borracha do pneu à medida que este se flexiona para desenvolver a força de fricção. � A figura a seguir ilustra o mecanismo de deformação na superfície de contato na ocorrência da frenagem. Propriedadesde tração Propriedades de tração � As forças de aceleração e frenagem são geradas produzindo um diferencial entre a velocidade de rolamento e a velocidade do movimento. � A consequência é a produção de deslizamento na superfície de contato. Propriedades de tração � O deslizamento é definido como uma grandeza adimensional, como o percentual de deslizamento na superfície de contato: � r: raio efetivo de rotação d pneu � ω: velocidade angular da roda � V: velocidade linear 100x1(%)Slip −= V rω Propriedades de tração � Sob condições típicas de frenagem a força longitudinal produzida pelo pneu varia com o deslizamento como mostra o gráfico a seguir. � À medida que o deslizamento aumenta a força de fricção cresce com uma inclinação que define a propriedade do pneu de rigidez longitudinal. � A rigidez longitudinal tende a ser menor quando o pneu ainda é novo. Propriedades de tração Propriedades de tração � Em uma superfície seca, quando o deslizamento alcança 15 a 20 %, a força de fricção atinge seu valor máximo. � Depois deste ponto a força começa a decair à medida que o pneu tende a “travar” (100% de deslizamento). � A performance em superfícies mais deslizantes é similar à anterior com a diferença de atingir picos de força de fricção menores. Propriedades de tração � Com o objetivo de caracterizar propriedades de tração dos pneus é comum referir-se ao coeficiente de fricção (força de tração dividida pelo carregamento) nas condições de pico e de deslizamento (μp,μs) Carga vertical � O aumento da carga vertical reconhecidamente reduz os coeficientes em condições secas e úmidas. � Com o aumento da carga as forças de pico e de fricção de deslizamento não crescem proporcionalmente. � A pressão do pneu em pistas secas afeta moderadamente os coeficientes de fricção. Já em superfícies molhadas o aumento da pressão afeta consideravelmente os mesmos. Carga vertical Superfície de fricção � A superfície de fricção e suas condições tem relação direta com o coeficiente de fricção que pode ser atingido. � O pneu por si só não possui um coeficiente de fricção; é a fricção do par pneu-solo que possui propriedades de fricção. � ASTM Standard Method E-274: método desenvolvido para testar um pneu standard arrastado sem deslizamento ao longo de uma superfície. Conhecido como teste de derrapagem. Velocidade � Em pistas secas ambos coeficientes de fricção diminuem com o aumento da velocidade. Velocidade � Em pistas molhadas, ocorre uma dificuldade em deslocar a água na superfície de contato em altas velocidades. � Quando a velocidade e a lâmina de água são suficientes a banda de rolagem do pneu levanta-se sobre a pista, fenômeno conhecido como hidroplanagem. Relevância para a performance do veículo � As propriedades de tração longitudinal são as propriedades pneu/veículo que determinam a performance do freio e a distância para parada. � O valor de pico do coeficiente μp, determina o limite para frenagem quando as rodas não “travam”. � Em situações onde uma ou mais rodas “travam” o coeficiente de fricção de deslizamento μs, determina a contribuição destas rodas na frenagem. Relevância para a performance do veículo � Por causa da transferência de peso durante a desaceleração, não se pode levar todas as rodas ao mesmo tempo à condição de pico de tração, exceto no caso de projeto cuidadoso do sistema de freio para tornar proporcionais as forças de frenagem traseiras de dianteiras de acordo com o carregamento predominante sob essas condições dinâmicas. Relevância para a performance do veículo � Pelo fato de ser praticamente impossível projetar um sistema de freio convencional que possa alcançar essa proporção exata para todas as condições de carregamento, localização do centro de gravidade e condições da pista, é inevitável que o motorista experimente algumas situações de travamento das rodas. Relevância para a performance do veículo � Com o uso de sistemas ABS (anti-lock braking systems) o sistema de freio mantém as rodas próximas ao valor de pico da curva de tração sem permitir o travamento das rodas. � Com o ABS o parâmetro prevalecente do pneu é o coeficiente de pico. Propriedades de esterçamento “cornering” � Uma das importantes funções de um pneu é desenvolver forças laterais necessárias para controlar a direção do veículo, gerar aceleração lateral em esquinas ou mudanças na pista, e resistir à forças externas como rajadas de vento. Ângulo de escorregamento – “slip angle” � Quando um pneu em movimento é submetido à uma força lateral, o pneu irá tender para o lado. � Aparece portanto um ângulo entre a direção original do pneu e a direção do percurso, conhecido como ângulo de escorregamento. Ângulo de escorregamento – “slip angle” Ângulo de escorregamento – “slip angle” � A integração das forças ao longo da banda de rodagem leva á força lateral aplicada sobre o centróide do perfil da força lateral. � A assimetria da força formada na área de contato faz com que a resultante da força seja posicionada na direção da parte traseira da área de contato a uma distância chamada de “pneumatic trail”. � Pela convenção da SAE a força lateral age no centro do contato do pneu. � Neste ponto, a resultante é uma força lateral Fy e um momento de alinhamento Mz. � A magnitude de Mz é igual à força lateral vezes a distância “pneumatic trail”. Ângulo de escorregamento – “slip angle” � O mecanismo não é um fenômeno instantâneo, mas -atrasa a formação do “slip angle” pela necessidade da deformação do pneu na direção lateral. � O atraso é fortemente relacionado à rotação do pneu em geral levando de meia a uma revolução completa do pneu para atingir efetivamente a força lateral permanente (“steady-state”). Ângulo de escorregamento – “slip angle” Ângulo de escorregamento – “slip angle” � Se houver mudança no ângulo de orientação o pneu deverá girar meia revolução ou mais para que a deformação e a força lateral se desenvolvam. � Essa distância é geralmente chamada de “distância de relaxamento”. � O tempo necessário para o desenvolvimento da força lateral depende necessariamente da velocidade de rotação do pneu. Ângulo de escorregamento – “slip angle” � Quando o pneu opera em uma estrada irregular este relaxamento influencia na perda de força de esterçamento, devido á perda de força vertical. � Quando a força diminui, o escorregamento ocorre ao longo de toda superfície de contato e as laterais do pneu ficam alinhadas. � O pneu então deve então rolar ao longo da sua distância de relaxamento para novamente gerar uma força lateral. � Desta forma o pneu possui capacidade menor de gerar forças laterais em estradas irregulares. Ângulo de escorregamento – “slip angle” � De forma geral, o comportamento da força lateral de pneus em rolamento são caracterizados somente na fase permanente (força e ângulo de escorregamento constantes). � No entanto, medições experimentais mostram a relação entre o ângulo de escorregamento e a força lateral Fy. Ângulo de escorregamento – “slip angle” Ângulo de escorregamento – “slip angle” � Uma propriedade de fundamental importância para a estabilidade do veículo é a inclinação inicial da curva de força lateral. � A inclinação da curva avaliada para o ângulo de escorregamento nulo é conhecida como rigidez ao esterçamento “slip angle”, em geral denotado por Cα )0( = ∂ ∂ −= α αα yFC Ângulo de escorregamento – “slip angle” � Pela convenção da SAE, um ângulo de escorregamento positivo produz uma força negativa (para a esquerda) no pneu, implicando que Cα deva ser negativo. � Por este motivo a SAE define a rigidez aoesterçamento como o valor negativo da inclinação da curva Cα para que adquira valor positivo. Ângulo de escorregamento – “slip angle” Ângulo de escorregamento – “slip angle” � A rigidez ao esterçamento depende de muitas variáveis: tamanho e tipo do pneu, número de camadas, largura do pneu e projeto da banda de rodagem, entre outros. � Para um dado pneu a carga e a pressão do ar são as variáveis mais importantes. Tipo de pneu Carga � Ainda que a força de esterçamento para um dado ângulo aumente com a força vertical no pneu, este crescimento não é proporcional. � A força de esterçamento por unidade de carga máxima ocorre para as cargas mais leves. Carga Cornering coefficient = coefficient of friction Pressão do ar � De forma geral, aceita-se que com o aumento da pressão ocorre um aumento na rigidez ao esterçamento do pneu para carros de passeio. � Para pneus de carga, esta relação parece estar relacionada á sensibilidade de detalhes no projeto da carcaça do pneu. � A pressão tem ainda influência no pico de tração atingido sob determinadas condições de ângulo de escorregamento. � Ela influencia, ainda, a produção de forças laterais para cargas mais altas, e pneus com pressão reduzida saturam a força lateral para valores substancialmente altos do ângulo de escorregamento. Tamanho e largura � Para uma dada condição de carregamento, pneus maiores ou mais largos apresentam uma maior rigidez ao esterçamento. � Este efeito é atribuído á contribuição da rigidez da carcaça à rigidez ao esterçamento. � Pneus mais largos em geral tem capacidade de carga maior. Projeto da banda de rodagem � A tendência lateral da borracha da banda de rodagem age como molas em série na geração de forças laterais em resposta ao ângulo de escorregamento α. � Portanto, o projeto da banda de rodagem tem influência potencial na rigidez ao esterçamento. Outros fatores � A velocidade não afeta de forma significativa a rigidez ao esterçamento na faixa normal utilizada em rodovias. � As propriedades da superfície também tem pouco efeito, á medida que a superfície em si é suficientemente rígida para reagir às forças de cisalhamento sem deformações próprias consideráveis. Esta consideração também é válida para superfícies úmidas. Outros fatores � O efeito da superfície tem influência bastante significativa no pico de tração que pode ser atingido no esterçamento em superfícies úmidas. � Texturas ásperas e arenosa que podem penetrar o filme de água, fornecem níveis de atrito muito maiores do que superfícies lisas e polidas. Camber � Uma outra forma de geração de forças laterais no pneu advém do rolamento em uma orientação não vertical. � Este ângulo de inclinação é conhecido como ângulo de camber. � Com o camber, forma-se uma força lateral conhecida como “impulso de camber”. � O ângulo de inclinação é definido com relação à direção perpendicular ao plano do solo, positivo quando o topo da roda é orientado para a direita olhando na direção do percurso. Camber Fonte: Jazar et al 2012 Camber � Assim como no caso do ângulo de escorregamento, a força lateral devida ao camber é caracterizada pela inclinação inicial da curva, denominada de rigidez do camber Cγ, definido pela seguinte equação: � Em valores absolutos a rigidez do camber de um pneu é em geral de 10 a 20 por cento da rigidez ao esterçamento. )0( = ∂ ∂ = γ γγ yFC Camber Camber � Com relação ao tipo de pneu, verifica-se que mudanças consideráveis na resistência camber acompanham as diferenças na construção do pneu. Camber � O coefiente camber é uma propriedade particularmente importante com relação à forma que o pneu responde a descontinuidades na superfície orientadas ao longo da direção do percurso. � Quando um pneu verticalmente orientado opera em uma superfície com um sulco no terreno, a componente horizontal de seu carregamento age empurrando o pneu na direção da parte mais baixa do sulco. Camber Camber � A força lateral por unidade de comprimento é dada por: W: peso no pneu; γ´: ângulo de inclinação da superfície da pista ´´sin γγ ≅= W Fy Camber � A rigidez camber é levemente afetada pela carga vertical. � Não há regra geral sobre sensibilidade da rigidez camber com relação à pressão de ar do pneu. � A rigidez camber é sensível às propriedades da banda de rodagem, aumentando substancialmente com a rigidez da mesma. � A textura da superfície não exerce influência na rigidez ao camber exceto quando afeta o limite de acoplamento de fricção. � A velocidade tem efeito desprezível, exceto a altos valores quando aparece carregamento centrífugo, agindo enrijecendo o pneu. Momento de alinhamento (Mz) � Por causa das forças de cisalhamento na superfície de contato de um pneu operando um ângulo de escorregamento, aparece um momento de alinhamento ou torque ao longo do eixo vertical. � Ainda que esse momento tenha apenas uma pequena contribuição no total de momentos de desvio em um veículo, ele contribui para reações no sistema de direção do veículo que pode ter efeitos mais substanciais. Momento de alinhamento (Mz) � Deve ser notado que um momento de alinhamento positivo sempre conduz o pneu na direção do percurso, assim tem uma influência estabilizadora no veículo. Momento de alinhamento (Mz) � O momento de alinhamento é bastante sensível ao tamanho da superfície de contato e o crescimento da região de escorregamento. � As tensões de cisalhamento e o braço de alavanca responsáveis pelo momento são proporcionais à distância do centro do pneu. � Assim, a maior contribuição vem dos elementos da banda de rodagem nas extremidades da superfície de contato. � O momento cresce com o aumento das forças de cisalhamento para ângulos de escorregamento superiores a 8 graus. Momento de alinhamento (Mz) � No entanto, para ângulos mais altos, a região crescente de escorregamento corroi as extremidades e causa um decréscimo no momento de alinhamento. � Para ângulos de escorregamento muito altos, a região de escorregamento avança a uma distância que pode tornar o momento de alinhamento negativo. � Uma alta sensibilidade ao carregamento vertical pode ser verificada devido à influência da área de contato no valor do momento. Momento de alinhamento (Mz) � Um momento de alinhamento também se desenvolve quando o pneu gira com um ângulo de camber não-nulo. Frenagem e esterçamento combinados � Um pneu operando em condições longitudinais e laterais, tem forças correspondentes geradas de forma independente. � A aplicação de escorregamento longitudinal, em geral, tende a reduzir a força lateral a um determinado ângulo de escorregamento, e reciprocamente, a aplicação de ângulos de escorregamento reduzem a força longitudinal sob determinada condições de frenagem. Frenagem e esterçamento combinados Vibrações no pneu � O pneu foi tratado até o momento como um mecanismo de geração de forças no qual o veículo pode ser controlado na frenagem e mudanças de direção. � Com respeito à dinâmica do percurso foi visto que este primariamente se comporta como uma mola que absorve as irregularidades da pista e iterage com os movimentos verticais do carro e da massa não suspensa. � O pneu, no entanto, é também um sistema dinâmico que vibra e pode afetar a vibração do veículo e iteragir com ressonâncias no veículo. Vibrações no pneu Referências � Gillespie T.D., Fundamentals of Vehicle Dynamics, SAE, 1992 � Reza N. Jazar , Aleksandar Subic & Nong Zhang, Kinematics of a smart variable caster mechanism for a vehicle steerable wheel, Vehicle System Dynamics, 50 (12) 1861-1875.
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