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3 principais filos de Briófitas

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Filo Hepatophyta
hepato: fígado; phyton: vegetal
Curiosidades
O nome “hepática” data do século nove, quando se pensava que, devido ao contorno do gametófito de alguns gêneros, essas plantas poderiam ser úteis no tratamento de doenças do fígado. De acordo com a “Doutrina das Assinaturas” da Idade Media, a aparência externa de um organismo sinalizava a posse de propriedades especiais.
As hepáticas talosas possuem um talo que lembra as células do fígado de animais, devido à presença de poros localizados sobre as câmaras de ar em sua superfície dorsal. 
Características gerais
Constituem o grupo mais basal dentre todas as plantas atuais.
 Cerca de 8.000 espécies.
Geralmente pequenas e inconspícuas.
Altamente dependentes da água
Podem formar massas relativamente grandes em hábitats favoráveis, como solos ou rochas úmidas e sombreadas, e sobre troncos ou ramos de árvores. 
Indistinto, difícil de perceber, que não chama a atenção, que não se percebe de imediato.
Características gerais
Os esporângios (cápsulas) apresentam várias formas de liberação de esporos.
Os rizóides são unicelulares e não ramificados.
O protonema (estrutura formada logo após a germinação do esporo) é reduzido a duas ou três células.
Esporófitos com paredes celulares finas, que se mantém rígidas por causa da pressão de turgor das células.
Características gerais
No interior do esporângio, juntamente com os esporos, existem elatérios, estruturas que ajudam na dispersão dos esporos. São formadas por células higroscópicas, em forma de molas.
Esporângios são liberados por quatro fendas longitudinais e os esporos são todos liberados ao mesmo tempo.
Filídios são uniestratificados e não apresentam costa.
Características gerais
Existem três tipos principais de hepáticas que podem ser diferenciadas com base na estrutura.
São agrupadas em dois grupos:
Hepáticas talóides complexas: Apresentam tecidos internos diferenciados. 
Hepáticas folhosas e os tipos talóides simples: Consistem em fitas de tecido relativamente indiferenciado. 
Hepáticas Talóides Complexas 
Podem ser encontradas em barrancos úmidos e sombreados e em outros hábitats adequados, como nos vasos de flores de uma estufa em baixa temperatura. 
Riccia
Ricciocarpus
Marchantia
Morfologia do talo
Não possuem tecidos condutores especializados nem estômatos.
Apresentam o corpo achatado dorsiventralmente.
O talo apresenta espessura de cerca de 30 células em sua região central e espessura de aproximadamente 10 células nas porções mais delgadas
Morfologia do talo
Talo diferenciado em uma porção dorsal fina (adaxial) rica em clorofila e uma porção mais ventral (abaxial) espessa, incolor, especializada em armazenamento.
Porção adaxial 
Dividida em regiões, que correspondem a câmaras aeríferas, cada uma com um poro para trocas gasosas (diferentes de estômatos). 
Porção abaxial
Forma escamas e rizóides 
Marchantia polymorpha. 
(a) Poros na superfície do gametófito 
(b) ampliação do poro (estômato).
Rizóides localizados no ventre de Marchantia polymorpha.
Gametófito
Possuem poucos centímetros de comprimento.
Ramificação do tipo dicotômica (o eixo principal e os subsequentes dividem-se em dois ramos).
Podem ser unissexuados ou bissexuados.
Os gametângios (anterídios e arquegônios), podem estar distribuídos ao longo da superfície dorsal do talo ou serem formados no ápice de gametóforos (anteridióforos e arquegonióforos).
Representante do filo Hepatophyta, Marchantia. 
Pode-se observar os talos achatados e com ramificação dicotômica
Gênero mais comum é Marchantia, que ocorre no mundo todo, em regiões úmidas. No Brasil, típico de Mata Atlântica.
Riccia
Uma das mais simples hepáticas
Podem ser tanto aquáticas como terrestres. 
O sistema de ramificação dos gametófitos é dicotômico.
Gametófitos podem ser uni ou bissexuados.
Ricciocarpus
Gênero de hepáticas que cresce na água ou em solos encharcados. 
Gametófitos bissexuados e esporófitos profundamente inseridos nos gametófitos dicotomicamente ramificados.
Marchantia
Amplamente disperso que cresce em solos e rochas úmidas.
Gametófitos dicotomicamente ramificados são maiores que Riccia e Ricciocarpus. 
Gametófitos são monóicos (femininos e masculinos) 
Gametângios originados no ápice de estruturas especializadas chamadas gametóforos.
Os gametóforos podem ser facilmente diferenciados pelas estruturas que carregam (anterídios e arquegônios).
Marchantia 
Anterídios
Gametângios masculinos, órgão em que o tecido gametogênico dá origem aos gametas masculinos, também chamados de anterozóides. 
Originam-se no ápice de hastes com cabeça em forma de discóides e capitados, chamados anteridióforos.
anteridióforo
A seta indica o anteridióforo de Marchantia.
Corte longitudinal de um anteridióforo de Marchantia. 
(a) Esquema indicando os anterídios
(b) a seta indica um dos anterídios de Marchantia polymorpha.
Marchantia 
Arquegônio
Gametângios femininos, órgão em que o tecido gametogênico dá origem aos gametas femininos, as oosferas. 
Normalmente ocorre apenas uma oosfera por arquegônio.
Originam-se no ápice de hastes com cabeça capitadas e em forma de guarda-chuva, também chamados de Arquegonióforos (archeos: antigo, primitivo; gonos: órgão reprodutor)
arquegonióforo
A seta indica o arquegonióforo de Marchantia.
A seta indica o arquegônio de Marchantia.
Reprodução assexuada
Fragmentação
Produção de gemas em Marchantia
Gemas
Pequena porção de tecido vegetativo do talo, que pode se desenvolver em um novo organismo. 
São produzidas em estruturas especializadas denominadas de conceptáculos 
São geralmente dispersas pela água. 
A seta indica uma gema no interior de um conceptáculo em Marchantia polymorpha.
Conceptáculo
Estruturas em forma de taças onde se alojam gemas em hepáticas talosas. 
Fica localizado na superfície dorsal do gametófito. 
A seta aponta um conceptáculo em Marchantia polymorpha.
Reprodução sexuada
Esporófito em Riccia e Ricciocarpus
Estão profundamente mergulhados nos gametófitos e são um pouco maiores que um esporângio. 
Nenhum mecanismo especial para a dispersão dos esporos existe nesses esporófitos. 
Quando a porção do gametófito que contém esporófitos maduros morre e se decompõe, os esporos são liberados.
Esporófito em Marchantia
Consiste em um pé, uma seta curta e uma cápsula coberta por uma caliptra.
Pé: base, estrutura de implantação do esporófito no gametófito de uma briófita. 
Seta: é a haste que eleva a cápsula. 
Cápsula: em briófitas é o esporângio que produz e encerra os esporos.
Caliptra (kalyptra: cobrindo a cabeça): Espécie de capuz que envolve parcialmente ou totalmente a cápsula de briófitas. É formada pela expansão da parede arquegonial, portanto, uma estrutura haplóide.
Um esporófito quase maduro de Marchantia. 
A placenta ocorre na interface entre o pé e o gametófito, consistindo em células de transferência de ambos, esporófito e gametófito.
(a) Estágio inicial de desenvolvimento de um embrião ou esporófito jovem de Marchantia. As paredes do arquegônio que envolvem o embrião e o futuro esporófito constituem a caliptra. 
(b) A seta indica a caliptra (n).
Esporófito em Marchantia
Elatérios
Célula alongada, presente no esporângio maduro, que apresenta espessamento de parede arranjado em hélice. 
As paredes dos elatérios são sensíveis a ligeiras mudanças de umidade, e depois que a cápsula apresenta deiscência (desseca-se e abre) em vários segmentos semelhantes a pétalas, os elatérios sofrem um processo de torção que ajuda a dispersar os esporos.
A seta indica um elatério e esporos também podem ser observados em Podomitrium phyllanthus.

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