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A PROFISSIONALIZAÇÃO DAS MULHERES DO BAIRRO CAXIXOLA PRÉ (1)

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� PAGE \* MERGEFORMAT �9�
CURSO BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL/2014
A PROFISSIONALIZAÇÃO DAS MULHERES DO BAIRRO CAXIXOLA PRÉ/COMO REQUISITO PARA INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO: uma pesquisa de campo.
Elson Batista Donato – RA: 299634�
Genilda da S. Porfírio – RA: 285116�
 Maria Elha Gomes dos Santos – RA: 292474�
Marilene Nunes da S. Bezerra – RA: 205686� 
RESUMO
O presente artigo está fundamentado em pesquisa realizada para o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) do Curso bacharelado em Serviço Social da UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP Centro de educação a Distância Pólo de apoio de Serra Talhada – Rua: Manoel Pereira da Silva, 481 - Centro - PE. CEP: 56903-490. Tem por objetivo discutir sobre a profissionalização e inserção das mulheres do Grupo de Convivência CRAS/Caxixola no mercado de trabalho em Serra Talhada-PE. O impacto deste estudo busca contextualizar as diferentes compreensões e reflexos da mulher que consegue administrar seu tempo para se dedicar aos filhos e a seu papel de esposa, além de sua realização profissional. Devido á natureza do objeto de estudo, na técnica de entrevista, na revisão bibliográfica, no estudo documental e seguida de análise dos dados como referência para o presente estudo. Dentre a análise dos dados destaca-se o precoce ingresso da mulher no mercado de trabalho, bem como fatores impulsionadores desde processo e suas conseqüências. O texto aponta, ainda, reflexão sobre a divisão das tarefas doméstica no âmbito familiar e as dificuldades pelas conciliações entre residência e o mercado de trabalho.
Palavra chave: Inserção. Profissionalização. Mulher. Mercado de Trabalho.
1. INTRODUÇÃO 
Este artigo é produto do trabalho elaborado a partir do Projeto de Intervenção intitulado, Empoderamento das Mulheres do Bairro Caxixola-SerraTalhada-PE que foi realizado com o grupo de mulheres da comunidade tendo como eixo fundamental, a acessibilidade da mulher no mercado de trabalho em busca de sua independência socioeconômica. 
Parte desse grupo são mulheres beneficiadas com o Programa Bolsa Família, única fonte de renda responsável para suprir as necessidades de sobrevivência do seu núcleo familiar. 
O Programa Bolsa família é um mecanismo que dá certa autonomia às mulheres com as decisões tomadas, contribuindo para o empoderamento feminino, tendo em vista que as titulares do benefício são preferencialmente elas, o que não se pode afirmar que seja o suficiente, uma vez que o benefício supre somente as necessidades básicas. Nesse sentido entendem-se como principais limites de empoderamento das mulheres do grupo de convivência do CRAS do Bairro Caxixola, à falta de recursos financeiros, à baixa escolaridade e a dificuldade em propor a seus filhos meios de segurança para se ausentarem, o que contribui para vulnerabilidade e submissão de seus companheiros afetivos.
 No decorrer do Projeto, aprofundaram discussões sobre essas problemáticas e as metas que foram traçadas buscaram-se a efetivação para a igualdade e autonomia dessas mulheres, promovendo meios para que as tornem independentes financeiramente, de maneira que possam ter sua própria renda. Entretanto, os primeiros passos já se iniciaram a partir do momento em que elas aceitaram a proposta para a qualificação profissional e a realização de atividades lucrativas, como a confecção de artesanato.
A necessidade de analisar a profissionalização e inserção das mulheres no mercado de trabalho no município de Serra Talhada no Bairro Caxixola, decorre de suas participações em ser maior a cada dia, evidenciando sua importância crescente para a dinâmica da independência financeira, reconhecimento na sociedade economia e formação da renda familiar. 
A falta de acesso aos seus direitos de liberdade em que vivia a mulher desde seu nascimento afugentou seus sonhos, desejos e aspirações, tornado-a objeto de posse do marido, destinada aos afazeres domésticos, a educação dos seus filhos e atividades artesanais (corte, costura, bordados etc.). O pensamento e a cultura machista impediam que as mulheres mostrassem seu valor e habilidades, despertando em algumas a vontade de superar limites, ir em busca de seus direitos e poder contribuir no sustento familiar. 
Este trabalho por ser um assunto atual, há poucos estudos em relação ao tema, tornando-se relevante à busca por uma maior exploração do assunto, na tentativa de proporcionar às mulheres maior valorização no mercado de trabalho. 
Possivelmente será utilizada a técnica de documentação bibliográfica para o levantamento de dados e de informações relevantes à pesquisa. Utilizando-se de artigos, revistas e sites da Internet que tratam sobre a mulher e o mercado de trabalho.
2. HISTÓRIA DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO
De acordo com o Artigo 113, inciso 1 da Constituição Federal, “todos são iguais perante a lei”. Mas, será que a realidade é essa mesma? Desde o século XVII, quando o movimento feminista começou a adquirir características de ação política, as mulheres vêm tentando realmente colocar em prática essa lei.
 Isso começou de fato com as I e II Guerras Mundiais (1914 – 1918 e 1939 – 1945, respectivamente), quando os homens iam para as frentes de batalha e as mulheres passavam a assumir os negócios da família e a posição dos homens no mercado de trabalho. Mas, a guerra acabou e com ela a vida de muitos homens que lutaram pelo país. Alguns dos que sobreviveram ao conflito foram mutilados e impossibilitados de voltar ao trabalho. Foi nesse momento que as mulheres sentiram-se na obrigação de deixar a casa e os filhos para levar adiante os projetos e o trabalho que eram realizados pelos seus maridos. 
No século XIX, com a consolidação do sistema capitalista inúmeras mudanças ocorreram na produção e na organização do trabalho feminino. Com o desenvolvimento tecnológico e o intenso crescimento da maquinaria, boa parte da mão-de-obra feminina foi transferida para as fábricas. 
Desde então, algumas leis passaram a beneficiar as mulheres. Ficou estabelecido na Constituição de 32 que “sem distinção de sexo, a todo trabalho de igual valor correspondente salário igual; veda-se o trabalho feminino das 22 horas às 5 da manhã; é proibido o trabalho da mulher grávida durante o período de quatro semanas antes do parto e quatro semanas depois; é proibido despedir mulher grávida pelo simples fato da gravidez”. 
Mesmo com essa conquista, algumas formas de exploração perduraram durante muito tempo. Jornadas entre 14 e 18 horas e diferenças salariais acentuadas eram comuns. A justificativa desse ato estava centrada no fato de o homem trabalhar e sustentar a mulher. 
 Desse modo, não havia necessidade da mulher ganhar um salário equivalente ou superior ao do homem. 
3. AS PRINCIPAIS CONQUISTAS DAS MULHERES
O movimento feminista é o responsável pelos nos últimos 150 anos, ajudar as mulheres em suas conquistas. No entanto, elas ainda buscam melhores condições e respostas eficazes, mas, com quase dois séculos decorridos muito já foi conquistado o que leva a humanidade a iniciar um novo milênio, acreditando na força da nova mulher, que não se parece em nada com a do passado.
A mulher atual passou a conduzir suas ações e se tornou multifuncional, bem resolvida, tendo em primeiro lugar sua liberdade e uma melhor condição de vida, sem deixar de lado sua feminilidade. Mais que isso, assegurou seu direito à cidadania, legitimando seu papel enquanto agente transformador. Sua participação nas últimas seis décadas tem sido um dos fatos mais marcantes ocorridos na sociedade brasileira: Entre os brasileiros que trabalham, as mulheres são quase a metade, e são responsáveis pelo sustento de aproximadamente 33% das famílias no Brasil. Tudo isso conseguido inicialmente quando nos fins dos anos 60 foi franqueado a elas o ensino popular.� A chefia da família feita por mulheres também foi uma conquista. Ela se deu desde muito cedo, normalmente quando elas passavam por dificuldades econômicas por terem sido abandonadas. Quebrando então com a idéia da medicinasocial que dizia que as características femininas eram a fragilidade, o recato, o predomínio do afeto sobre o intelectual, a subordinação da sexualidade e a vocação maternal. Já o homem era caracterizado por força física, autoridade, empreendedorismo, racionalidade e uma sexualidade sem freios.
Muitos séculos se passaram e na sociedade burguês-capitalista, ela encontra uma possibilidade de resgatar a sua condição de sujeito. O pós-guerra legitimou a ocupação do espaço apropriado e respeitoso, ou seja, com o seu ingresso no mercado de trabalho em meados do século XX, ela passou a gerar renda e tomar frente a sua decisão. Neste mesmo século elas conquistaram também o “Dia Internacional da Mulher”, considerado como marco da luta feminina pelos direitos humanos, fazendo pensar sobre determinados conceitos e papéis na sociedade, provando que podem ser tão bem sucedidas quanto os homens ganhando cada vez mais espaço na política, sociedade e no trabalho.
Hoje, o modo como cada uma se coloca frente à sociedade se distância cada vez mais do papel feminino exercido no século XIX, graças a sua influência elas vivem nos dias atuais frente ao seu tempo, expondo-se às críticas e lutando para conquistar o espaço quase sempre acirrado. 
 Muitas conquistas foram obtidas:
O direito ao trabalho fora do lar;  
O direito ao voto (1932);
Nos esportes (1924);
Entrar no mercado de trabalho;
O divórcio;
O poder de ser eleita para o governo;
Evitar a gravidez (com contraceptivos);
Usar calças compridas; 
Poder matricular-se em curso superior;
A mulher casada passa a ter os mesmos direitos do marido no mundo civil;
É livre para adotar ou não o sobrenome do marido;
Conquista o direito de fazer aborto em diversos países;
Pode fumar e beber;
Chega a cargos executivos;
Receber salários mais próximos dos pagos as o homens;
Discriminadas ao longo dos séculos, lésbicas enfrentam menos dificuldades; etc.
No Brasil, a constituição Federal de 1988 simboliza um marco fundamental na instituição da cidadania e dos direitos humanos das mulheres. Mesmo com todos os avanços ainda ocorrem às desigualdades, seja de salários, jornada excessiva de trabalho, de credibilidade e desvantagens na carreira profissional, mas muito há para ser modificado nesta história, já que há um longo caminho ainda a ser percorrido.
Todavia, a busca de melhores resultados é um objetivo de homens e mulheres em igual proporção, mesmo os dois tendo maneiras diferentes de encarar situações. A mulher acredita e utiliza a intuição, o homem ação. As mulheres tendem a construir suas carreiras etapa por etapa, os homens planejam suas carreiras em longo prazo. As mulheres costumam tomar decisões, já o homem têm uma maior capacidade de arriscarem novos empreendimentos, mesmo que isso lhe custe o emprego em certos casos.
As mulheres têm denunciado o alto custo que elas pagam por competir no espaço dos homens: Enquanto estes contam, de certo modo, com uma infra-estrutura de apoio, seja financeira, sejam apenas psicológicas, para competir no mercado de trabalho, as mulheres devem provar duas vezes mais do que são capazes, além de continuar a desempenhar as funções de mãe e de rainha do lar, exigidas tanto pelos maridos, quanto pelos filhos e familiares. (RAGO, 1996, p.199).
A mulher passou a enxergar o homem não apenas como um concorrente, mas sim, como um possível aliado, devido a uma nova fase em que ela está passando, a de igualdade crescente. Assegurado o seu direito à cidadania, ela passa a reconhecer seu papel como agente transformador, livre de todas as teorias econômicas e políticas, a mulher emancipada age entre os grupos da raça humana, entre as distinções de classe do direito dela e do homem, independente de quem está à frente.
A situação feminina já está muito melhor, mas ainda há uma grande diferença entre os gêneros. O fato de as mulheres, empregadas em mesmos cargos que homens, receberem menores salários é um exemplo de que ainda há muito que mudar. Ser mulher hoje em dia, é muito melhor e diferente que antigamente. Elas já ultrapassaram muitas barreiras, ganhando méritos e direitos. Agora, mais preparadas e conscientes de seu valor, as mulheres conquistam cada vez mais espaço e mostram força no século XXI.
3. PRINCÍPIO DA IGUALDADE E O TRABALHO DA MULHER
 
A necessidade de proteção ao trabalho da mulher tornou-se evidente, sendo objeto de regulamentação por vários organismos internacionais que influenciaram sobremaneira a legislação trabalhista brasileira, especialmente no capítulo alusivo ao trabalho da mulher presente em nossa Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Em 1943, editou a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), um conjunto de normas criadas desde os anos 30 para proteger o trabalhador. Getúlio fez uma comissão para estudar a legislação trabalhista e compilar aquelas regras num único texto de lei. As leis criadas no governo de Getúlio Vargas determinaram:
 
- criação do salário mínimo e da carteira de trabalho; 
- jornada diária de 8 horas;  
- direito a férias anuais remuneradas; 
- descanso semanal e direito à previdência social;
- regulamentação do trabalho do menor e da mulher.  
Depois vieram o décimo terceiro salário e o salário família, benefício pago aos trabalhadores que recebem um salário mensal de até R$ 586,19 para ajudar no sustento dos filhos de até 14 anos, e a obrigatoriedade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o Programa de Integração Social (PIS). A Constituição de 1988 criou uma lei que garante quatro meses de licença-maternidade, cinco dias de licença-paternidade, jornada de trabalho semanal de 44 h e hora extra de, no mínimo, 50%. 
            No Art. 7º da Constituição Federal, assim como no Art. 5º da CLT está expressa a proibição de diferença salarial, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.
            Sob um contexto histórico, observa-se que o trabalho da mulher sempre teve um menor valor do que o do homem. Seja porque produziam menos no início da industrialização, ou porque trabalhavam com a produção dos bens de menor valor no mercado, ou porque trabalhavam em empregos que exigiam menor qualificação, ou porque tinham uma jornada de trabalho menor, ou simplesmente porque possuíam uma menor capacidade de se organizarem em sindicatos e lutarem por seus direitos. O fato é que tais diferenças salariais ainda persistem até hoje.
As trabalhadoras brasileiras são as que sofrem com maior diferença salarial em relação aos homens no mundo todo, com 34% de variação entre as remunerações de ambos os gêneros, segundo um estudo publicado hoje pela Confederação Internacional dos Sindicatos (ICFTU, e minglês).O estudo, baseado em pesquisas com 300 mil mulheres de 24 países, afirma que estas, no mundo todo, ganham em média 22% a menos que os homens.Depois do Brasil, as maiores diferenças ocorrem na África do Sul (33%), no México (29,8%) e na Argentina (26,1%). Nos Estados Unidos, a diferença é de 20,8%. 14
 Embora haja ainda muito pelo que lutar o avanço vai sendo gradativo e com obstáculos demarcados que vão caindo um a um como uma guerra vitoriosa.
4. POLÍTICA NACIONAL PARA AS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO
 
A 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres reafirmou a importância da continuidade das políticas de autonomia das mulheres como princípio gerador de políticas e ações do poder público que são propostas para a sociedade. 
A autonomia econômica e a igualdade entre mulheres e homens no mundo do trabalho estão fundamentadas em ações específicas que visam à eliminação da desigual divisão sexual do trabalho, com ênfase na erradicação da pobreza e na garantia de participação das mulheres no desenvolvimento do Brasil.
O enfrentamento da vulnerabilidade social já conquistou avanços. Em 2011, é possível ver a terceira maior taxa de geração de empregos formais desde 1985, e com ela, o aumento da participação das mulheres nomercado de trabalho formal. No entanto, há ainda um quadro de desigualdade entre mulheres e homens para o qual a 3ª CNPM e este plano dedicam suas resoluções e ações: sete em cada 10 homens na população economicamente ativa trabalham ou procuram emprego, e menos de cinco em cada10 mulheres estão na mesma situação. A diferença de rendimentos é marcante: as mulheres recebem 73,8% dos rendimentos dos homens.
 A diminuição da desigualdade reforça a necessidade de políticas específicas dentro do governo federal para a conquista da autonomia econômica das mulheres. Assim, as políticas estabelecidas neste plano reforçam a importância de se desenvolver ações para a inserção e permanência das mulheres no mercado de trabalho, especialmente em tradicionais com o objetivo de diminuir a diferença de rendimentos. Soma-se a este o objetivo de aumentar a formalização das mulheres, as carteiras assinadas e conseguintemente, a garantia de direitos trabalhistas para elas. Das mulheres economicamente ativas, 17% são trabalhadoras domésticas e a maioria não tem registro em carteira. Dessa forma, a ampliação de direitos e a valorização das trabalhadoras domésticas por meio de mudanças na legislação social e aumento da formalização são ações que garantirão um quadro de maior equidade.
Ainda assim, é preciso atentar para divisão do trabalho dentro do lar. Em 2010, as mulheres informaram ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que gastam 24 horas por semana em atividades domésticas não remuneradas, enquanto os homens declararam usar 10 horas nas mesmas tarefas. Diminuirão tempo das mulheres nos afazeres de casa é tarefa de políticas públicas para a autonomia econômica. Dessa forma, fazem parte desses planos de ações que enfrentam esta desigualdade, com a criação de equipamentos públicos e um debate profundo sobre o compartilhamento do uso do tempo e a com responsabilidade pelas tarefas domésticas. 
5. SEGURIDADE DE SEUS DIREITOS, A MULHER
Hoje, depois de tantas lutas em prol da seguridade de seus direitos, a mulher conta com um rol de leis voltadas para a promoção de sua saúde e de melhores condições de trabalho: Em 1940, a lei nº 2.848, que torna crime o atentado ao pudor, a agressão física, psicológica e moral contra a mulher. Em 1988, com a Constituição Federal, a mulher pode denunciar casos de discriminação sexual, em que tiveram direitos negados por motivo de sexo.
 Em 2001 a Lei nº 2.848, é alterada incluindo nos casos de assédio sexual, aquele constituído no trabalho por questão de superioridade hierárquica. No caso de violência doméstica, a Lei nº 10.455, de 2002, assegura, por determinação judicial, o afastamento do agressor do lar. Em 2003, a Lei n° 10.778, em caso de violência contra a mulher em serviços de saúde, estabelece notificação compulsória. Com a Lei Maria da Penha, em 2006, são criadas novas formas de proteção à mulher em casos de violência doméstica e familiar e de coibição dos atos violentos.
6. ATRIBUIÇÕES DO SERVIÇO SOCIAL A MULHER TRABALHADORA
O Serviço Social atua na regulação dos direitos, na formulação das políticas sociais e na compreensão da divisão sócio-técnica do trabalho. Estes elementos foram imprescindíveis para a aprovação da Lei de Regulamentação da profissão e para os avanços no campo da ética (com os Códigos de Ética de l986 e sua atualização em l993). Essa regulamentação muito contribuiu para o reconhecimento da população usuária como sujeita de direitos e para o tratamento crítico fundado na liberdade. 
São mais de 30 anos de lutas do Serviço Social brasileiro contra a desigualdade, tendo em vista o predomínio do desemprego, da regressão dos direitos, da focalização e fragmentação das políticas sociais, onde, devido a tudo isso, manifesta-se a violência. Dessa forma, o Serviço Social é apontado como um importante objeto de estudo para a compreensão das relações sociais. Portanto, o Assistente Social, em sua dimensão afirmativa de princípios que expressam o compromisso com as lutas mais gerais dos trabalhadores, está envolvido com a qualidade dos serviços prestados à população usuária e, portanto, com a defesa e o fortalecimento do projeto ético-político profissional do Serviço Social.
De acordo com Freitas (2007, p. 54), o Serviço Social é uma profissão constituída, majoritariamente por mulheres, já que são baseadas em atividades de cuidado e de atenção, tarefas consideradas inerentes ao universo feminino. Dessa forma, a atuação da profissão em questões ligadas ao gênero é fundamental para que se compreenda o processo de emancipação das mulheres, considerando a atuação das mesmas nas práticas do Serviço Social. 
Conforme discutido anteriormente, quando a mulher inseriu no mercado de trabalho enfrentaram grandes dificuldades no que diz respeito às condições de trabalho, uma delas se refere à questão salarial, visto que elas desenvolvem as mesmas funções que os homens, mas com salário inferior. Considerando esse aspecto da inserção das mulheres no mercado de trabalho, o Serviço Social se coloca com o seu instrumental a favor da promoção e seguridade dos direitos das mulheres, visando à igualdade. Nesse sentido, de acordo com Freitas (2009, p. 55), “torna-se necessária a adoção de políticas sociais para amenizar as condições de desigualdades de gênero ampliadas pela própria incorporação das mulheres no mundo produtivo”. Conforme Tavares (2010, p.144), ao Serviço Social.
(...) cabe também alertar para a necessidade de formação especializadados profissionais que integram núcleos e redes de serviços, de forma a possibilitar o desenvolvimento de práticas sociais de cunho emancipatório. Portanto, é preciso refletir sobre o alcance dos cursos de geração de renda como mecanismos potencializadores de inclusão social.
Frente ao exposto, evidencio-se que o Serviço Social, por meio dos trabalhos desenvolvidos pelos Assistentes Sociais em suas atribuições no âmbito empresarial, possibilita às mulheres, condições de transformação de sua realidade através da socialização de informações sobre seus direitos para que elas possam orientadas, lutar por igualdade. 
 
7. ANÁLISE A PROFISSIONALIZAÇÃO DAS MULHERES DO BAIRRO CAXIXOLA PRÉ/COMO REQUISITO PARA INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO 
7.1 LOCAL DA PESQUISA 
Foi pesquisado no Bairro Caxixola, Serra Talhada-PE. Na instituição onde é uma entidade pública, que atua na área da assistência social, com o PAIF (Programa de apoio Integral à Família). Desenvolvendo atividades voltadas para as questões da profissionalização das mulheres do município de Serra Talhada. A pesquisa foi com vinte mulheres inseridas no grupo de convivência para o fortalecimento de vínculo familiar da comunidade do CRAS (Centro de Referencias de Assistência Social)
8. METODOLOGIA
O estudo proposto foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica e de campo. 
A pesquisa bibliográfica resultou num diálogo estabelecido entre vários autores estudiosos do mundo do trabalho, dos movimentos feministas, das políticas públicas, das questões de gêneros e da saúde e das mulheres no mercado de trabalho. 
A pesquisa de campo possibilitou a coleta e análise de dados com as mulheres do grupo de convivência de vínculo do CRAS do Bairro Caxixola do município de Serra Talhada-PE. Como instrumental de pesquisa, foi aplicado com vinte participantes um questionário com questões referentes a informações trabalhistas, pessoais e familiares das entrevistadas com intuito de quantificar e analisar questões que dizem respeito à escolaridade, trabalho, renda, relações sociais e profissionais.
9. ANÁLISE DOS DADOS
Os dados a seguir, foram obtidos por meio de pesquisa de campo, acreditam que a contribuição das mulheres muito tem a contribuir para o entendimento dos desafios colocados em seu cotidiano no desenvolvimento da profissionalização e inserção no mercado de trabalho.
Com relação à faixa etária, 2% das pesquisadas têm entre 41 a 51 anos, enquanto as mulheres de 18 a 40 anos correspondem a 8% e as mulheresmais jovens, com idade entre 16 e 30 anos são representadas pelo percentual de 10%. Percebe-se, que a maioria das pesquisadas fazem parte de um grupo de mulheres que não estão no mercado de trabalho por falta de experiência. No que diz respeito ao grau de escolaridade das mulheres pesquisadas, 6% possuem ensino fundamental incompleto, 3% ensino fundamental completo, 7% ensino médio incompleto, 4% ensino médio completo e ensino superior 0%.
Nesta fase de coletas e analise de dados possivelmente percebem-se que o resultado das mulheres moradoras dessa área apresenta baixo nível de escolaridade. Todas são de baixa renda e estão inseridas no grupo de convivência, beneficiadas pelo PAIF (Programa de Apoio Integral à Família), sobrevive apenas com o benefício do PBF (Programa Bolsa Família) e da pouca renda do cônjuge.
Tendo como foco a profissionalização e inserção da mulher no mercado de trabalho do Bairro Caxixola do município Serra Talhada-PE. Ao estabelecer direitos de igualdades no mercado de trabalho. Nesta trajetória de enfrentamento das questões profissional e familiar de forma integrada, com impacto redistributivo e melhoria da qualidade de vida.
Através desses dados coletados com esse grupo, podem-se observar que a perspectiva para independência socioeconômica da mulher, só tornaram possível por programas de incentivo.
O Programa Nacional Trabalho e Empreendedorismo da Mulher são direcionados para dois públicos específicos, as mulheres empreendedoras que possam criar novos negócios e para as que podem desenvolver os que já existem e o segundo alvo são mulheres pobres, em situação de vulnerabilidade de risco social por renda, participantes ou não, de programas de inclusão social. 
Este programa tem o apoio Técnico e financeiro do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE, da Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais – e do Instituto Brasileiro de Administração Municipal-IBAM. O objetivo deste programa é alterar significativamente os processos de desenvolvimento local e as condições de vida das mulheres capacitando-as para se tornarem produtivas e geradoras de renda atingindo à autonomia econômica e financeira. Para chegar a tais resultados os programas definiram objetivos específicos que são:
_ Incluir a perspectiva de gênero dentre as variáveis prioritárias nas decisões econômicas e políticas, que incidem diretamente na qualidade de vida de mulheres e homens;
_ Fomentar a criação de ambientes favoráveis a novos negócios multiplicação de experiências empresariais de mulheres;
_ Aprimorar a capacidade empreendedora das mulheres considerando também as possibilidades inerentes à economia solidária, ao comércio justo e ao microcrédito orientado e produtivo;
_ Promover a inserção social das mulheres em situação de vulnerabilidade social por renda;
_ Promover oportunidades de geração de renda e trabalho. 
Este programa tem grande importância para as mulheres, pois mulheres empreendedoras é uma quebra de paradigma cultural e social que afetará positivamente as questões de gênero e contribuirá consideravelmente para o crescimento econômico seja nas grandes cidades ou nos pequenos municípios. 
O governo tem sido inovador ao estimular o programa através da Secretaria de Políticas para as Mulheres e solicitar a colaboração de órgãos como o SEBRAE e IBAM dotados de capacitação técnica que podem potencializar a capacidade produtiva das mulheres trazendo a almejada autonomia financeira e o desenvolvimento regional. (http://www.pntem.org.br/)
www.convibra.com.br/2009/artigos/140_0.pdf 
www.smabc.org.br/.../%7B00867170-23B0-40E6-A52F-6C8DF21981A
Os Desafios e as Conquistas das Mulheres - DHnet - Direitos
www.dhnet.org.br/dados/cursos/dh/br/pb/dhparaiba/5/mulher2.html
OS DESAFIOS E AS CONQUISTAS DAS MULHERES
LEGISLAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO DA MULHER ...
www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6254
Datas e Conquistas - Ministério do Trabalho e Emprego
portal.mte.gov.br/data/files/.../DATAS%20E%20CONQUISTAS.pdf
Getúlio Vargas e as leis trabalhistas - Gshow - Globo.com
gshow.globo.com/programas/mais.../0,,MUL478712-10345,00.htm
 A Conquista - conquistadasmulheres - Google Sites
https://sites.google.com/site/conquistadasmulheres/a-conquista
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http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6731
OS MÚLTIPLOS PAPÉIS DA MULHER TRABALHADORA ...
catolicaonline.com.br/revistadacatolica2/artigosv3n5/artigo17.pdf
Lillian Costa - Água, Mulheres e Desenvolvimento
www.amde.ufop.br/tccs/.../Sete%20Lagoas%20-%20Lillian%20Costa.pdf SEBRAE 
PlanoNacionaldePolíticas paraas Mulheres 20132015spm.gov.br/pnpm/publicacoes/pnpm-2013-2015-em-22ago13.pdf 22/08/2013 - Em 2010, as mulhe- res informaram ao Instituto Brasileiro de Geo- grafia e Estatística (IBGE)
� Acadêmico do 8º período do curso de Bacharelado em Serviço Social da Universidade Anhanguera-Uniderp – EAD Pólo de Serra Talhada-PE. 2014.
� Funcionária Pública e Acadêmica do 8º período do curso de Bacharelado em Serviço Social da Universidade Anhanguera-Uniderp – EAD Pólo de Serra Talhada-PE. 2014. 
� Acadêmica do 8º período do curso de Bacharelado em Serviço Social da Universidade Anhanguera-Uniderp – EAD Pólo de Serra Talhada-PE. 2014
� Funcionária de empresa privada e Acadêmica do 8º período do curso de Bacharelado em Serviço Social da Universidade Anhanguera-Uniderp – EAD Pólo de Serra Talhada-PE. 2014.
 
�A princípio, a presença das senhoras foi considerada impossível, mas com a demasiada inovação nos hábitos nacionais esse preconceito foi logo vencido e as portas se abriram para todos, à moda da Nova Inglaterra.

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