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VOIP, SIP, RTP 
Maicon Rafael Caxueira Rhaíssa Schwinden Gehrke 
maiconcaxueira@gmail.com rhaissa_schwinden_gehrke@hotmail.com 
Redes de Computadores II – Prof. Dr. Rafael Andrade 
 
Resumo 
O artigo abaixo proporcionará ao leitor noções básicas do VoIP, como o seu modo de 
funcionamento, um breve histórico, tecnologias atuais que fazem uso deste. Apresentará 
também informações básicas em relação a seus principais protocolos, SIP e RTC (protocolo 
de sinalização e protocolo de transporte, respectivamente). Por fim citará ações necessárias 
para a instalação de um servidor VoIP doméstico (utilizando o software BPX: Asterisk), 
assim como uma perspectiva de futuro para tal tecnologia. 
 
Palavras-chave: VoIP, SIP, RTC, Asterisk, Voz sobre IP. 
 
1. Introdução 
 A tecnologia VOIP vem apresentando crescente uso e visibilidade no mercado, essa 
que busca fugir da dependência da telefonia tradicional e cortar custos da mesma. Ela surgiu 
no início da década de 1990 e foi considerada um fracasso graças a baixa velocidade de 
transmissão de dados na época. Com o passar do tempo, assim como com a difusão da 
Internet banda larga, a tecnologia conquistou seu espaço no cotidiano de empresas e de 
residências, logo passou-se a investir na melhoria do serviço para que esse se tornasse viável. 
 Nos dias atuais notamos o uso da tecnologia VOIP em nosso dia-a-dia, por exemplo 
em softwares como WhatsApp, Viber, Skype e Facebook Messenger. De modo sucinto diz-se 
que VOIP (Voz Sobre Protocolo de Internet) é uma técnica que possibilita a transmissão de 
voz por IP, ou seja, ela converte sinais de áudio analógico (voz) em dados digitais que podem 
ser transferidos através da internet. Somente no Brasil existem mais de 10 operadoras de 
sendo elas: Vono; Skype; Vox2go; MundiBrasil; Nikotel; Via Voice; Clubefone; Primeira 
Escolha; UOL e Conexion. 
 
2. VoIP: Uma visão geral 
Desde 1876, quando a transmissão de voz a distância começou a ser implementada, a 
telefonia passou por um grande processo de evolução. Passou por sistemas de discagem direta 
a distância (1958), utilização de fibra ótica (1970), telefonia celular (1983) entre outros. 
Apenas em 1995 ocorreu o surgimento da tecnologia VoIP, que foi desenvolvida por um 
grupo israelita, essa possibilitava utilizar recursos multimídia de um computador doméstico 
para efetuar conversas de voz pela Internet. Por menor que fosse a qualidade da comunicação 
este advento do VoIP foi o primeiro passo para despertar o interesse de outros pesquisadores 
pelo assunto. 
O primeiro software dedicado a comunicação por meio do VoIP foi o Internet Phone 
Software (desenvolvido pela empresa Vocaltec), ele fazia a compressão de sinal de voz, 
tradução em pacotes de dados e o envio pela rede, esse foi o pioneiro de softwares como 
Skype e Viber (usados na atualidade). 
A partir de 1998 começaram a surgir os primeiros gateways (equipamentos que 
interligam aparelhos eletrônicos convencionais ou centrais telefônicas à rede de dados, para 
que a comunicação entre eles ocorra por meio do VoIP. Estes foram evoluindo e novos 
dispositivos foram desenvolvidos, como o ATA (Adaptador para telefone Analógico). 
O crescente aumento de banda e o aumento da qualidade da comunicação VoIP 
caminharam de mãos dadas. Atualmente equipamentos desenvolvidos são capazes de realizar 
chamadas de computadores para telefones convencionais e vice-versa. 
 
A tecnologia VoIP digitaliza, comprime e converte sinais de voz (analógico) para 
pacotes de dados e os envia usando uma rede TCP/IP qualquer. Quando recebidos em seu 
destino, são convertidos de novo em sinal analógico por meio de qualquer equipamento que 
seja capaz de reproduzir o som. Nos últimos tempos ela vem barateando os custos com 
telefonia de empresas e casas. 
Independentemente de poucas localidades possuírem sua infraestrutura telefônica 
composta unicamente por telefonia IP, existe um aumento contínuo nesse número. Há pessoas 
que se arriscam a dizer que no futuro, com o avanço do VoIP ocorrerá a extinção total do 
paradigma atual de ligações de longa distância pela RTCP ou até mesmo dos sistemas 
convencionais de telefonia. 
 
3. Protocolo de sinalização: SIP 
Os protocolos de sinalização são responsáveis por estabelecer as chamadas ou sessões 
entre os terminais. O SIP (Session Initiation Protocol) é um protocolo de sinalização e foi 
desenvolvido especificamente para internet, tem entusiasmado vários fabricantes na área de 
telefonia e dados, graças a sua flexibilidade, integração a aplicações Internet e de arquitetura 
aberta. 
Atua na camada de aplicação e negocia os termos e as condições de uma sessão. 
Estabelece, modifica e finaliza ligações telefônicas, definindo os tipos de mídia, padrões de 
codificação usados, requisitos de largura de banda e auxiliando na localização dos 
participantes da sessão. 
O SIP se baseia nos protocolos HTTP e SMTP, logo suporta todos os tipos de pacotes, 
de modo semelhante ao e-mail. Trabalha com uma arquitetura cliente/servidor e graças a essa 
em suas operações necessita somente de métodos de requisição e respostas (como no HTTP). 
O SIP também necessita de alguns protocolos para auxiliar seu funcionamento, são 
eles: 
RTP: transporta os dados por uma rede comutada por pacotes; 
RTCP: fornece informações de controle e também qualidades do sistema; 
RTSP: controla a entrega de fluxos de distribuição de mídia. 
 
4. Privacidade e Segurança no VOIP 
 Do mesmo modo que uma rede de computadores precisa de mecanismos de segurança 
contra ameaças provenientes de diversas fontes e de diversos modos na rede, o VOIP 
normalmente também necessita de segurança, de certa forma ainda mais segurança pois além 
de herdar os problemas e ameaças das aplicações TCP/IP de modo geral, o VOIP também 
está sujeito as vulnerabilidades dos serviços e aplicações de voz sobre IP, e já que cada vez 
mais a tecnologia VOIP vem se ampliando (devido às inúmeras vantagens que possui) no 
mercado e no mundo tecnológico atual, se torna fundamental que uma rede IP possua um bom 
e eficaz mecanismo de segurança baseado nos princípios de segurança de informação. 
 Para um sistema qualquer de segurança em redes ser eficaz é necessário que este esteja 
fundamentado nos princípios básicos de segurança da informação, que são a disponibilidade, 
a Integridade e a confidencialidade, conhecidos também como Trivium ou tríade CID (Figura 
N) estes 3 fatores servem para fundamentar e dar a base para um modelo de segurança que 
seja eficiente e que forneça proteção de dados satisfatoriamente. 
 Disponibilidade: a disponibilidade de um sistema de segurança pode ser definida como 
sendo a probabilidade do sistema estar estável, pronto para o uso e em normal 
funcionamento em um determinado instante, um sistema de segurança com boa 
disponibilidade sempre irá garantir que o serviço será fornecido quando tal for 
solicitado. 
 
 Confidencialidade: É a garantia de que a informação e os pacotes de dados sejam 
acessíveis apenas aos usuários autorizados. 
 Integridade: a integridade trata da proteção e consistência da informação em relação a 
permissões de modificação de conteúdo que não são autorizadas. 
 
5. Ameaças e Vulnerabilidades em sistemas VOIP 
 Normalmente o VOIP pode sofrer diversos tipos de ataque, esses ataques são 
denominados de modo geral como “Deny of Service” (DoS) e procuram interromper, 
degradar e afetar a disponibilidade do serviço VOIP oferecido, esses ataques são geralmente 
voltados para a infraestrutura da rede na qual o VOIP depende para “rodar”. Os ataques 
específicos destinados aos serviços VOIP e os ataques típicos de uma rede IP são 
classificados em algumas categorias que serão vistasa seguir. 
 Ameaças Sociais: Envolvem deturpação (identidade, autoria, direitos, conteúdo), 
roubo de serviço, e contato não desejado. 
 Roubo De Serviço: Eliminação ou alteração de senhas pessoais, cobrança de serviço 
não desejado, ou execução de chamadas indevidas sem custo. 
 Intercepções: monitoriza, capta, manipula ou distorce o fluxo de informações, recolha 
de contatos, e reconstrução/manipulação de chamadas. 
 Recolha e modificações: intercepta e altera o conteúdo dos pacotes específicos na rede. 
 
6. Protocolo de transporte: RTP 
 O RTP (Real Time Transfer Protocol) é um protocolo que permite a transmissão de 
dados de mídia no geral como vídeos, músicas, imagens, ou mensagens de áudio por exemplo, 
em tempo real e para todos os participante de uma sessão multicast, ele se encontra na camada 
quatro do modelo OSI/ISO, a camada de transporte e garante a integridade dos dados ponto a 
ponto a partir das funções que possui. Opera sobre o UDP que junto com o RTP permite a 
transmissão de várias mensagens por uma única via (Multiplexagen de dados). Ele faz o uso 
do protocolo RTCP, um protocolo de controle de chamada que usa o mesmo serviço de 
transporte do UDP (só que em portas distintas) para fornecer o feedback das informações da 
rede ou do fluxo de rede para os participantes de um grupo multimídia no qual opera. 
 
7. Tipos de serviço no VOIP 
 Diversas tecnologias de comunicação de voz sobre redes IP surgiram para solucionar 
problemas de integração de serviços de telefonia com redes comutadas via pacote, bem como 
surgiram novos equipamentos, protocolos e serviços também com foco nesta integração, por 
isso novas formas de serviço em que o VOIP trabalha tem se desenvolvido, essas formas são 
apresentadas a seguir: 
 De terminal IP para terminal IP – para a comunicação entre terminais IP é necessário 
que os usuários utilizem os telefones IP (que codificam ou descodificam, enviam e 
recebem os fluxos de áudio), softwares específicos no computador (que efetuam 
conversão analógica-digital) ou os ATAs que são os telefones analógicos. O serviço 
terminal-terminal é presente em aplicativos como Viber, o Whatsapp, o Skype, que 
utilizam VOIP já que trabalham com fluxo de dados de voz. 
 Terminal IP para Telefone – Para a comunicação entre um terminal IP e um telefone, 
além dos equipamentos de terminal necessários, é necessário também o uso de 
gateway de voz (que transmite os fluxos de áudio entre redes IP e RTCP) e de 
sinalização (que controla os pedidos de chamada do RTCP). 
 Telefone para Telefone - esta comunicação utiliza serviços de centrais telefônicas 
distintas com a utilização de gateways de sinalização que são utilizados para que as 
 
centrais telefônicas acessem a rede IP para se interligarem, todos os outros 
equipamentos do cenário de terminal também estão presentes nesta. 
 
8.Instalação 
 Para efetuar a instalação de um mini servidor VoIP doméstico será necessário a 
utilização de um software BPX (Private Branch Exchange, utilizado para troca automática de 
ramais privados) e neste caso se usará o Asterisk. O asterisk foi desenvolvido pela Digium e é 
capaz de gerenciar todos os telefones sobre as mesas, por exemplo, usando PCs comuns e 
uma rede TCP/IP, e em grande parte dos casos a solução com Asterisk é muito mais 
barata que a instalação de um complexo sistema de telefonia para escritório. A 
instalação do Asterisk costuma ser fácil, necessitando de comandos básicos como apt-
get install asterisk, por isso focaremos na configuração desse servidor. 
 
8.1. Configuração 
Assim como a maioria dos servidores no Linux (ou outros sistemas operacionais 
Unix), o Asterisk guarda seus arquivos de configuração em algum diretório sob o /etc/, 
usualmente no /etc/asterisk/. Os arquivos de configuração mais típicos são: 
asterisk.conf; extensions.conf; sip.conf e voicemail.conf. 
 asterisk.conf: define uma gama de outros arquivos de configuração, normalmente 
deixa-se com as entradas que vêm por padrão; 
 extensions.conf: para realizar ligações para algum dos dois telefones, é necessário 
acrescentar extensões nesse arquivo. Dentro da seção internal acrescenta-se linhas 
como: 
[internal] ... exten => 1001,1,Dial(SIP/fulano) exten => 1002,1,Dial(SIP/sicrano) ... 
A linha citada diz ao Asterisk como esse deve reagir ao se discar 1001 ou 1002 e no 
caso deve chamar o aparelho apropriado, definido no arquivosip.conf. 
 sip,conf: para usar um gateway SIP externo (assinar alguma das operadoras de baixo 
custo que fornecerão um número de telefone que as ligações de fora usarão para 
chegar até seu servidor) é preciso configurar algumas linhas nesse arquivo, por 
exemplo na seção [general]: 
[general] register =>meuusuario: minhasenha@sip.operadora.com.br/ 551140821300 
[operadora1] type=friend username=meuusuario secret=minhasenha 
host=sip.operadora1.com.br fromdomain=operadora1.com.br nat=yes 
context=recebidas1 insecure=very 
 voicemail.conf: para configurar o correio de voz é muito simples, sendo necessário 
apenas adicionar uma entrada ao arquivo em questão, como as linhas a seguir 
mostrarão: 
1001 => 1234,Pinguim Tux,tux@linuxmagazine.com.br 
A linha acima configura o correio de voz para a extensão 1001 com senha 1234, 
pertencendo ao usuário Pinguim Tux no e-mail fornecido. 
Para que o Asterisk permita o acesso fácil ao correio de voz, pode-se acrescentar 
uma extensão que torna possível que se ligue para ele. É preciso configurar mo arquivo 
extensions.conf a seção [internal] a seguinte linha: 
[internal] 
exten => 121,1,VoiceMailMain(1001) exten => 121,2,HangUP() 
 Deste modo, a partir de então quem ligar de um dos telefones configurados no 
Asterisk para a extensão 121 será levado ao menu pessoal do correio de voz, após a 
senha for informada (caso essa tenha sido especificada). 
 
 
 
9. Considerações finais 
 Com o passar dos tempos a tecnologia VoIP vem ocupando maior espaço no 
mercado, tanto empresarial, quanto doméstico. Com o mundo globalizado e o fato de a 
internet estar atingindo quase todas as partes do planeta, assim como a largura de banda 
dessa estar cada vez maior, faz com que esse crescimento seja possível. Imagina-se que 
em breve a telefonia comum seja totalmente substituída por sistemas telefônicos 
utilizando a tecnologia VoIP, graças a sua versatilidade se tratando a custo e praticidade, 
principalmente. 
 
Referências Bibliográficas 
 
Teleco. Segurança em redes com VOIP. Disponível em: 
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialVoIPconv2/pagina_3.asp. Acesso em: 07/06/2015 
 
HARRF, Simone. Requisitos e proposta para implantação de um serviço VOIP. 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2008, Páginas 1 a 62. 
 
ANTONIAZZE, André. Segurança em VOIP. Universidade Federal do Rio Grande Do Sul, 
2008, páginas 15, 16, 17.

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