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Resumo FUNDAMENTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR (GST0304)

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FUNDAMENTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR (GST0304)
Aula 01 Panorama econômico atual
Introdução - Esta aula propõe apresentar ao aluno um panorama internacional atualizado com foco na visão abrangente do comércio internacional e as perspectivas do Brasil nesse cenário. Para tanto, será apresentada uma avaliação histórica da política econômica brasileira em comparação a do principal país emergente, a China.
Fenômenos no processo de transformação - O mundo, assim como um organismo, vem sofrendo transformações ao longo dos séculos. Para traçarmos um panorama do comportamento mundial e de seu respectivo impacto no comércio exterior brasileiro, apresentaremos o desenvolvimento da China e de Brasil, dois países emergentes, como fenômenos importantes nesse processo de transformação.
Líderes políticos:
Deng Xiaoping - A segunda maior economia mundial, há quarenta anos, mergulhada na revolução cultural maoísta e fechada para o comércio internacional, começou a se abrir com uma “economia de mercado socialista” a partir de Deng Xiaoping, em 1978. Tendo estudado em Moscou e trabalhado em Paris, Den Xiaoping teve oportunidade de conhecer as faces do capitalismo e do socialismo, o que lhe deu base para levar à China o melhor dos dois sistemas político-econômicos e tirá-la do atraso que durou até a morte de Mao Tsé-tung, em 1976.
Mao Tsé-tung - De origem camponesa, Mao Tsé-tung contribuiu para a inclusão do camponês na economia chinesa, mas foi Deng Xiaoping que, tendo trabalhado como metalúrgico em uma fábrica da Renault, na França, pôde entender que a real inclusão social se dá através da educação e da especialização. Mao desenvolveu um “socialismo de livre mercado” e promoveu modernizações que começaram nos estados e municípios à base de investimentos em educação e infraestrutura para crescer exponencialmente ao longo dos últimos trinta anos em que a China vem conquistando voluptuosamente o mercado internacional.
O fenômeno China
Campos agrícolas  que deram lugar a metrópoles, ingresso de milhões de pessoas no mercado consumidor e uma economia extremamente focada na exportação. Isso tudo fez da China um caso de sucesso mundial, colecionando índices de crescimento incomparáveis às demais economias do mundo que se fartam de produtos baratos vindos de lá.
A crítica mais ferrenha aos produtos chineses está na qualidade dos produtos oferecidos, mas não é bem assim. há China pra todos os gostos. O que quero dizer é que há produto barato e de baixa qualidade para atender diversos mercados, porém, há produtos de alta tecnologia para atender os mercados mais exigentes, como os parques da Disney, nos Estados Unidos.
Segundo pesquisa do Banco Mundial, os produtos de alta tecnologia vêm aumentando a sua participação na pauta das exportações chinesas. Além disso, com o vigoroso aumento das commodities, impulsionado pela musculosa demanda da própria China, daremos adeus aos preços baratos em breve.
Outro assunto polêmico envolve a mão de obra mal remunerada. Com saúde e educação subsidiada pelo Estado totalitário e com um aumento progressivo de salários impulsionado pela, por incrível que pareça, escassez de mão de obra e pelo aumento intencional do consumo interno como uma forma de atenuar a crise mundial de demanda dos últimos anos, a remuneração do cidadão chinês me parece adequada para a cultura e para o estilo de vida locais que estão mudando a cada ano.
Reflexo negativo do crescimento econômico
Os chineses estão enriquecendo espantosamente e, à medida que enriquecem, começam a enfrentar problemas antes inexistentes,, como a falta de gente para trabalhos mais básicos, como operários de chão de fábrica e o envelhecimento da população que, sem um plano do Estado para aposentadoria e para previdência social, economiza tudo o que pode para uma velhice mais tranquila.
De acordo com projeções da das Nações Unidas, o número de chineses em idade para trabalhar começará a cair, consequência da política de filho único, instituída em 1979 para conter o crescimento populacional. “A China vai ficar velha antes de ficar rica”.
Além desses fatores, a população camponesa está parando de migrar para as cidades, num real aceno de que o combustível do crescimento exponencial está acabando. Numa razão diretamente proporcional, os salários aumentam e com eles, a inflação, o que pode estagnar a economia chinesa. Driblar essa situação, como fizeram Japão, Coréia do Sul, Singapura e Taiwan no século passado, pode não ser tão fácil para um país de dimensões continentais e muito populoso.
O desenvolvimento no Brasil 
O que difere um pais rico de um pais pobre?
A credibilidade. 
O lastro histórico de crescimento. 
Uma justa distribuição da riqueza.
O respeito inviolável à propriedade material e intelectual.
Normas claras e válidas para todos, sem a nociva sensação de impunidade ou favorecimentos. 
A ampliação de oportunidade a todos. 
A justiça social e empresarial.
A conscientização de um bem comum maior e de acesso a todos.
Tudo isso em parceria da sociedade com o governo.
Muitos desses conceitos são relativos. Para fazer justiça a um, outro deverá ser punido e, se não houver imparcialidade nessa decisão, não haverá conscientização de que essa punição será melhor para a maioria e as represálias irão existir na medida da influência do punido. 
Há que se promover uma mudança cultural, uma sensibilização de longo prazo que não será nada fácil.
Não se pode falar em conscientização sem educação e informação. Por outro lado, educação e informação dão mais poder de escolha ao cidadão. Será que há interesse político nisso? 
Essa é uma questão que cada um irá responder diferentemente e, enquanto isso, ficamos patinando na passada categoria de eterno país do futuro.
Aula 02: Doutrina do comércio internacional e processos de integração
Esta aula irá apresentar à você um conhecimento doutrinário do funcionamento dos processos de integração comercial no contexto internacional e a estrutura do sistema internacional do comércio do ponto de vista público e privado.
Relações internacionais - As Relações Internacionais pressupõem um ordenamento supranacional capaz de fomentar o maior número de trocas de produtos oriundos de importação e exportação, porém, a necessidade soberana de cada país de limitar as importações e incentivar as exportações, como paradigma de uma balança comercial superavitária, dificulta o liberalismo proposto pelo comércio internacional com atitudes protecionistas propostas pelo comércio exterior de cada Estado soberano.
Se de um lado temos o liberalismo econômico promovido pelo comércio internacional materializado em acordos internacionais assinados por países, por outro temos o protecionismo promovido pelo comércio exterior de cada país materializado pela legislação administrativa, fiscal e tributária imposta a cada empresa importadora.
Mesmo sabendo que a legislação de comércio exterior de cada país não pode ferir cláusulas dos acordos internacionais dos quais esses países são signatários, historicamente há inúmeros exemplos de barreiras tarifárias e não tarifárias que emperram a proposta liberalista do comércio internacional. Entende-se por barreira tarifária a restrição imposta pelo imposto de importação e barreira não tarifária as restrições às importações promovidas administrativamente por regulamentos e normas técnicas que enriquecem a burocracia do setor.
Eventualmente o país importador não pode se utilizar da barreira tarifária pelo imposto de importação já ter atingido a alíquota máxima permitida por acordos internacionais assinados por esse país ou, no caso de Blocos Econômicos, a majoração desse imposto ter que ser negociada com os demais países pertencentes a esse Bloco. Nesses casos, o uso de barreiras não tarifárias vem à tona para restringir as indesejáveis importações.
Os impostos de importação - O imposto de importação não tem uma função exclusivamente protecionista, ele também tem função promotora de competitividade que, com uma simples redução da alíquota, provoca a entradade produtos importados com menores preços e melhor qualidade que os nacionais, obrigando a indústria local a se adequar à nova realidade. Outra função do imposto de importação é a função seletora quando são selecionadas as alíquotas do imposto de acordo com a essencialidade do produto importado, creditando alíquotas menores aos produtos mais necessários à nossa economia e aumentando a alíquota de produtos supérfluos potencializando a função arrecadadora do tributo.
O conflito entre o liberalismo promovido pelo comércio internacional e o protecionismo promovido pelo comércio exterior é antigo, data de 1815 com as Leis de Proteção à Importação de Milho, as “Corn Laws” inglesas, contestadas, na época, por contribuir para o aumento de preços ao impedir a concorrência.
Diametralmente oposto, nos Estados Unidos, o Liberalismo econômico promovido pelos produtores de algodão, tentava evitar retaliações protecionistas inglesas. Devido a aumento de preços, retração do desenvolvimento ou, até mesmo, devido a retaliações comerciais, não uma dosagem exata para medidas protecionistas ou não.
A escolha da melhor política fiscal e tributária a ser adotada dependerá do cenário econômico que se apresenta. Em ambas escolhas haverá boas e más consequências, por isso, deve-se avaliar criteriosamente a melhor política a adotar.
O comércio internacional O Comércio Internacional é regulado por vários organismos internacionais de natureza supranacional e privada que tem por objetivo fomentar o maior fluxo de mercadorias e trocas internacionais protegendo os países menos desenvolvidos para também promoverem o equilíbrio do comércio global. Os organismos internacionais estabelecem acordos e tratados internacionais de comércio para harmonizar as relações comerciais entre diferentes países.
Os organismos de natureza privada promovem o equilíbrio do comércio global enquanto os organismos de natureza supranacional promovem a resolução de práticas de comércio internacional entre os países signatários dos respectivos acordos promovidos por estes organismos seguindo as seguintes cláusulas principais de um tratado internacional, que são: 
1 - Reciprocidade de tratamento que estabelece que qualquer benefício ou restrição serão alterados mediante acordo entre os países signatários do tratado.
2 - Paridade de Tratamento de taxas que estabelece que os tributos devem ser aplicados igualmente a produtos similares.
3 - Cláusula da Nação Mais Favorecida que estabelece que os privilégios e concessões oferecidos a um país signatário do tratado internacional, deverá ser igualmente oferecido aos demais países também signatários do respectivo tratado. Sob o ponto de vista comercial, todo país deve respeitar as concessões bilaterais e passar do bilateral para o multilateral e, sob o ponto de vista de política interna , os pequenos países recebem tratamento igual aos países do Primeiro Mundo.
O principal organismo supranacional interveniente nas políticas fiscais, tributárias, administrativas e aduaneiras brasileiras é a OMC desde 1995 e a UNCTAD desde 1964. A Câmara de Comércio Internacional (CCI) é o organismo de natureza privada de maior amplitude global e é responsável pelos INCOTERMS 2010 e pelas regras da Arbitragem Internacional.
Organização Mundial do Comércio – OMC A representação majoritária da OMC é feita pelos países em desenvolvimento que têm nesse organismo um instrumento regulador do desequilíbrio inerente às relações comerciais entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os países em desenvolvimento necessitam da intervenção da OMC para promoverem os seus respectivos desenvolvimentos.
Estrutura do OMC Constituída pela Rodada do Uruguai com a participação de 123 países, em 1994, por consenso, a estrutura da OMC contextualizava-se dentro dos seguintes temas:
• Incorporação plena da agricultura e do setor têxtil e de confecções com redução de subsídios para a o setor agrícola rigor às regras do GATT para o setor têxtil e de confecções.
• Reduções de tarifas industriais dos países desenvolvidos.
Acordo sobre o comércio de serviços (GATS).
• O estabelecimento do TRIM – Trade Investiment Measuraments (medidas de investimentos).
DoTRIPS – Trade Intelectual Property Rights (direitos de propriedade intelectual).
• A regulamentação das compras governamentais.
• O TPRM – Trade Policy Review Mechanism (monitoramento da legislação do país) para regular avaliação se as leis internas de cada país respeitam as cláusulas e diretrizes acordadas na OMC.
A OMC chegou com promessa de liberdade econômica, as políticas protecionistas unilaterais teriam que dar lugar ao liberalismo econômico multilateral demandante pela globalização que já se mostrava irreversível. Para tanto os mecanismos de solução de controvérsias eram muito mais musculosos devido a personalidade jurídica da OMC. Para os países em desenvolvimento houve uma redução das margens de manobra para o uso de instrumentos discriminatórios de proteção e de promoção dos produtos domésticos.
 
Aula 03: Histórico e estrutura do comércio exterior brasileiro 
Introdução
Nessa aula será apresentado à você um histórico da formação organizacional do nosso atual comércio exterior com a complexidade de sua estrutura vinculada a influência de diversos órgãos intervenientes com suas respectivas hierarquias e procedimentos.
As diversas fases históricas da política de exportação e de importação
Europa e oriente, no século XV, apresentavam relativo desenvolvimento. Do oriente chegavam à Europa produtos diversos (tecidos de seda, especiarias, porcelanas, condimentos etc.) de grande aceitação. Esses produtos chegavam via caravanas e eram trocados por outras mercadorias (Escambo). Essas caravanas passavam por territórios de soberanias diferentes, às vezes, tinham que pagar taxas que serviram de inspiração para o Imposto de Importação.
Porém, devido a confrontos territoriais, as caravanas eram impedidas de passar pelos territórios em conflito, sujeitas a saques e cobrança de pedágios. A Europa dessa época praticava o Mercantilismo, prática econômica que dava ao Estado um papel primordial no desenvolvimento da riqueza nacional, ao adotar Políticas Protecionistas e, em particular, estabelecendo barreiras tarifárias e medidas de apoio à exportação.
Em 12/10/1492, o espanhol, Cristóvão Colombo, descobriu a América. Portugal e Espanha estavam destinadas a conquistar novas terras, de modo a implementar suas explorações. Nesse sentido, estabeleciam meios diplomáticos pacíficos para evitar conflitos cuja maior expressão foi o Tratado de Tordesilhas (07/06/1494), que estabelecia uma linha imaginária de 370 léguas a oeste da Ilha de Santo Antônio. Todas as terras descobertas a oeste desse meridiano pertenceria à Espanha e a leste, à Portugal. 
Em 22/04/1500, em Porto Seguro, o português, Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil. A partir daí, o Brasil passou a ter vários ciclos exploratórios.
1º. CICLO EXPLORATÓRIO: (Século XVI) - Extração de pau-brasil. Madeira de cor vermelha que expressava a cor do poder e só podia ser usada pela realeza portuguesa. Fato que originou a tradição do uso do Tapete Vermelho para ostentar deferência.
2º. CICLO EXPLORATÓRIO: (Séculos XVI – XVIII) – CICLO DA CANA DE AÇUCAR: Agricultura da cana introduziu o modo de produção escravista, baseado na importação e escravização de africanos. Essa atividade gerou todo um setor paralelo, chamado de tráfico negreiro.O tráfico negreiro só é interrompido em 1850, com a Lei Eusébio de Queirós.
3º. CICLO EXPLORATÓRIO: CICLO DO GADO:
 A pecuária extensiva ajudou a expandir a ocupação do Brasil pelos portugueses, levando o povoamento do litoral para o interior. Com o aumento da produção de cana-de-açucar no litoral brasileiro, o gado que era usado como força motriz nos engenhos, além de serem fornecedores de carne e couro, foram empurrados para o interior do Brasil, uma vez que a monocultura da cana demandava cada vez mais areas maiores no litoral em função do solo ser mais favorável aquela cultura. Avançandopelo interior do Brasil, utilizando-se do Rio São Francisco (Rio da Integração Nacional)o gado desceu o "Velho Chico" instalando fazendas de gado por todo o longo do seu curso, daí sua denominação também de Rio dos "Currais" chegando o gado que inicialmente saiu da Bahia até os Estados do Pìauí e Maranhão, sendo estes responsáveis pela ocupação e povoamento do Sul do Estado do Maranhão. De 1580 a 1640, os reinados de Portugal e Espanha se uniram por Felipe II, Rei da Espanha que herdou o reino de portugal no período conhecido por UNIÃO IBÉRICA. ERA O FIM DO TRATADO DE TORDESILHAS.
4º. CICLO: ENTRADAS E BANDEIRAS:
 Período Das Capitanias Hereditárias e dos Governos Gerais. A expressão Entradas e Bandeiras é utilizada para designar, genericamente, os diversos tipos de expedições empreendidas à época. Com fins tão diversos como os de simples exploração do território, busca de riquezas minerais, captura ou extermínio de escravos indígenas, ou mesmo africanos. Ainda de maneira geral, considera-se que: As chamadas Entradas tinham a finalidade de expandir o território, eram financiadas pelos cofres públicos e com o apoio do governo colonial em nome da Coroa de Portugal, ou seja, eram expedições organizadas pelo governo de Portugal.
A revolução industrial e o avanço napoleônico
A Revolução Industrial na inglaterra e a Revolução Francesa do século XVIII repercutiram significativamente na realidade brasileira. Houve uma mudança na configuração europeia. Napoleão tenta conquistar e dominar toda Europa, principalmente a Inglaterra.
Como o rei de Portugal tinha fortes laços com a Inglaterra, tanto que o governo inglês possuía uma base militar em Portugal, com o avanço napoleônico, D. Joaõ VI é obrigado a fugir de Portugal, vindo se refugiar no Brasil no momento histórico, conhecido pela VINDA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL.
A partir de 1808 – D. João VI aporta em Salvador e, por conselho do seu ministro da fazenda (Visconde de Cairu, abriu os portos às nacões amigas. Esse foi considerado o primeiro ato de COMEX brasileiro).
Em decorrência disso, D. João assinou em 28/01/1808 o texto da CARTA RÉGIA (o que seria um Decreto Lei ou Medida Provisória, hoje) contendo o seguinte texto: “...sejam admissíveis nas alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias transportadas em navios estrangeiros das potências que se conservarão em paz e harmonia com minha Portugal Real Coroa ou em navios dos meus vassalos, pagando 24% por entrada, sendo 20% de direitos grossos e 4% a títulos de donativo”.
Em outro trecho da Carta Régia: “...que não só os meus vassalos, mas também os estrangeiros possam exportar para os portos que lhes bem parecer em benefício do comércio e da agricultura que tanto deseja promover”.
Em 07 de março de 1808, D. João, o príncipe regente, chegou à cidade do Rio de Janeiro.
No dia 01 de abril, visando desenvolver a economia braileira, decreta que todas as espécies de indústrias e de fabricação tenham plena liberdade de se instalarem no Brasil, revogando, assim, um decreto anterior que proibia a instalação de indústria e de fábrica. Esse foi o PRIMEIRO ATO DESENVOLVIMENTISTA BRASILEIRO.
Em outubro de 1808, foi ordenado aos juízes das alfândegas que não admitissem o despacho de livros ou papéis sem que fosse apresentada a competente licença de desembargo do Paço Imperial. Esse foi o primeiro ato de LICENCIAMENTO COM ANUÊNCIA PRÉVIA.
Os efeitos da vinda da família real para o Brasil
Imprensa Régia (gráfica) – Em uma das caravelas, D. João VI trouxe máquinas gráficas o que deu origem à nossa atual Imprensa Nacional.
Criação da Academia da Marinha Mercante e Artilharia, muitas fortificações, fábricas de pólvora, Hospital Central do Exército, Biblioteca Nacional, Escola de Belas Artes, Jardim Botânico, Banco do Brasil, a 1ª. Companhia de Transportes Coletivos e a 1ª. Cia de Seguros.
Missões de cientistas, matemáticos e engenheiros para levantamento da base territorial do Brasil.
No tocante ao COMEX, notas diplomáticas de mercadores portugueses queixando-se da alíquota de 24%, fez com que D. João VI, em 1809, reduzisse a alíquota para 16% às mercadorias transportadas por embarcações portuguesas. No entanto, em 1810, o reino de Portugal assina o TRATADO DE NAVEGAÇÃO E DE COMÉRCIO COM A INGLATERRA. Por força deste, a Inglaterra impõe a CLÁUSULA DA NAÇÃO MAIS FAVORECIDA, que estabelecia que as mercadorias transportadas pelos navios ingleses e desembarcadas no Brasil pagariam 15% de direitos aduaneiros. Este tratado vigorou até 1827.
Normas Administrativas do COMEX, Você sabe o que é o MDIC?
É o órgão supremo do Comércio Exterior Brasileiro.
Tem várias Secretarias a serem administradas. De lá saem as normas administrativas do COMEX, delas, a mais importante para o comex é a SECEX (Secretaria de Comércio Exterior), que tem quatro departamentos: DECEX, DECOM, DEINT e DEPLA.
Atenção: No dia 4 de fevereiro de 2010, a Presidência da República publicou no Diário Oficial da União o Decreto nº 7096, de 4 de fevereiro de 2010, que aprova a nova estrutura regimental do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Com as alterações, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) ganha o Departamento de Normas e Competitividade (Denoc).
1 - De acordo com o regimento, o Departamento de Normas e Competitividade será o órgão da Secex responsável por atividades relacionadas a normas e procedimentos. Além disso, o Denoc vai coordenar ações relativas aos acordos de facilitação ao comércio e aos procedimentos de licenciamento de importação junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). Entre as competências do departamento, ainda encontram-se a coordenação dos agentes externos autorizados a processar operações de comércio exterior; o Cadastro de Exportadores e Importadores e o Registro de Empresas Comerciais Exportadoras constituídas nos termos da legislação específica.
2 - Cabe também ao Denoc a administração do Sistema de Registro de Informações de Promoção (Sisprom). O departamento vai registrar as operações de pagamento de despesas no exterior, com redução a zero da alíquota do Imposto de Renda, de ações de promoção comercial, pagamento de comissões e despesas com logística. Os técnicos do Denoc vão, ainda, planejar ações orientadas para a logística de comércio exterior e formular propostas para aumento da competitividade internacional de produtos brasileiros, especialmente, de âmbito burocrático, tributário, financeiro ou logístico.
3 – Com a nova estrutura, a Secex passa a atuar de forma mais densa em ações de simplificação, desburocratização e facilitação do comércio exterior. A secretaria passa a trabalhar com maior harmonização dos normativos e procedimentos, buscando contribuir para a redução dos custos das operações de comércio exterior.
Você sabe o que é o CAMEX?
A Câmara de Comércio Exterior – Camex, órgão integrante do Conselho de Governo, tem por objetivo a formulação, a adoção, a implementação e a coordenação de políticas e atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços, incluindo o turismo. A Camex é integrada pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; que a preside, pelos Ministros Chefe da Casa Civil; das Relações Exteriores; da Fazenda; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Aula 04: Normas administrativas, fiscais e cambiais do comércio exterior brasileiro.
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno o ordenamento legal do comércio exterior brasileiro, a hierarquia das normas, os impactos administrativos nas decisões operacionais e no SISCOMEX.
A Hierarquia dos Instrumentos Legais
Constituição Federal de 1988. Dela emanam os direitos e as obrigações dos cidadãos brasileiros, dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); a competência da União, Estados e Municípios. É, pois, considerada a Lei Maior, a Carta Magna, a soberana. Promulgada em 5/10/88, nossa Constituição só pode ser modificada por uma emenda constitucional e já sofreu mais de 40 desde asua promulgação. Para se fazer uma emenda constitucional ou uma nova Constituição é preciso que Senadores e Deputados Federais constituam uma Assembleia Constituinte.
Lei Complementar. Abaixo da Constituição, a Lei Complementar dá mais sentido a um dispositivo constitucional, complementa a Constituição. O Congresso Nacional discute a lei complementar, com a sanção do executivo, haverá a promulgação que é uma comunicação administrativa aos agentes do governo que o povo só tomará conhecimento quando de sua publicação no Diário Oficial. A elaboração de uma lei federal, seja ela complementar ou ordinária, segue o seguinte trâmite:
• Origina-se na Câmara dos Deputados e segue para o Senado Federal para apreciação.
• Após aprovação pelo Congresso Nacional o projeto de lei segue para o Presidente da República sancioná-lo ou vetá-lo (no caso de veto, o projeto volta para o Congresso que dará o parecer final, podendo, inclusive, derrubar o veto do Executivo).
• Depois segue para promulgação e publicação em Diário Oficial.
Medida Provisória. A Constituição Federal proíbe o Decreto-Lei (elaboração da base legal pelo Executivo), mas criou a Medida Provisória de igual força hierárquica (tem força de Lei). O Presidente da República pode, por força de urgência ou relevância social, baixar medidas provisórias sem aprovação do Congresso Nacional. Atualmente, por modificações, a medida provisória pode vigorar por 60 dias podendo ser prorrogada por mais 60 dias pelo Congresso Nacional. Se nesse período a MP não se transformar em Lei, ela cai.
Decreto. No sistema jurídico brasileiro, os decretos são atos administrativos da competência dos chefes dos poderes executivos (presidente, governadores e prefeitos). Um decreto é usualmente usado pelo chefe do poder Executivo para fazer nomeações e regulamentações de leis (como para lhes dar cumprimento efetivo, por exemplo), entre outras coisas. Decreto é a forma de que se revestem do atos individuais ou gerais, emanados do Chefe do Poder Executivo, Presidente da República, Governador e Prefeito. Pode subdividir-se em decreto geral e decreto individual. Esse a pessoa ou grupo e aquele a pessoas que se encontram em mesma situação. O decreto tem efeitos regulamentar ou de execução – expedido com base no artigo 84, IV da CF, para fiel execução da lei, ou seja, o decreto detalha a lei, não podendo ir contra a lei ou além dela.
Outros Normativos Legais. Dentro de sua competência, dispõe sobre os procedimentos instituídos pelos DL, MP e Leis.
Legislação Cambial
O CMN é um órgão deliberativo e suas decisões são normatizadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN), por meio de suas Resoluções, Circulares e Comunicados. O BACEN autoriza instituições financeiras a operarem com câmbio.
Ex. Agências de bancos, agências de turismo e casas de câmbio. Essas operadoras de câmbio autorizadas pelo BACEN vinculam suas operações ao SISBACEN (SISTEMA DE OPERAÇÕES E CONTROLE DO BANCO CENTRAL).
Legislação securitária As deliberações do CNSP são normatizadas pela SUSEP por meio de Portarias e Circulares.
Legislação aduaneira É o conjunto de normas legais capazes de propiciar a administração pública, o exercício do controle dos sistemas aduaneiros vientes no país. A Legislação Aduaneira é composta de: DL, MP, Leis, Decretos, OUTROS ATOS NORMATIVOS (Regulamentos e Resoluções que são aqueles que contêm um comando geral do executivo visando à correta aplicação da lei. O objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela Administração e para com os administrados. São aqueles que contêm um comando geral do executivo visando à correta aplicação da lei. O objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela Administração para com os seus administrados) e ATOS ORDINÁRIOS (Instruções Normativas, Circulares, Aviso, Portarias que são aqueles que visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. São provimentos, determinações ou esclarecimentos endereçados aos servidores públicos a fim de orientá-los no desempenho de suas atribuições.
A Legislação Aduaneira é bem complexa pelos seguintes motivos:
1 Existência de vários órgãos do governo que atuam no COMEX propiciando divergências por falta de entrosamento entre eles.
2 Existência de atos legais sem as respectivas regulamentações gerando períodos de vacâncias e impasses decisórios. Ex.: O DL 37/66 que deveria ser regulamentado em 180 dias, só foi regulamentado pelo Decreto 91030/85, 19 anos depois, o nosso primeiro Regulamento Aduaneiro.
3 Imprecisão conceitual envolvendo critérios diversificados de normativos que mudam em função de considerações subjetivas.
4 Excesso de ordenamento legal provocando confusões aos contribuintes e aos funcionários do governo, o que já vem melhorando pela consolidação das portarias SECEX, Instruções Normativas e o novo R.A. (Regulamento Aduaneiro).
Pela excessiva proliferação de obrigações de caráter acessório criadas para facilitar o trabalho da própria fiscalização aduaneira.
A Alfândega ou Aduana exerce uma barreira fiscal de controle de entrada e saída de pessoas, mercadorias e veículos do país, para isso seguem o seguinte ordenamento legal:
1 - Portarias Ministeriais: Ex.: Portaria MF No. x/2010 – Ministério da Fazenda.
2 - Portaria, Instruções Normativas (IN) e Atos Declaratórios – Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB.
3 - Atos Declaratórios ou Normativos, Pareceres Normativos e Normas de Execução – COANA.
4 - Normas de Execução, Atos Declaratórios e Portarias – Superintendência, Delegacias e Inspetorias.
Terminais alfandegados O território aduaneiro compreende todo o território nacional e a jurisdição aduaneira abrange todo esse território e divide-se em zona primária e secundária.
A Zona Primária Compreende: 
Portos Alfandegados: Áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local constituída da parte terrestre ou aquática contínua ou descontínua por eles ocupadas. 
Aeroportos Alfandegados: Compreende a parte terrestre devidamente demarcada pela autoridade aduaneira local por eles ocupados.
Pontos de Fronteiras Alfandegados: São as áreas terrestres demarcadas pela autoridade aduaneira competente situada numa fronteira terrestre do Brasil com outro país.
A zona primária é a porta oficial de entrada e saída de pessoas e suas bagagens, mercadorias e veículos.
OBS.: se pessoas entram fora da ZP são denominadas clandestinas. Se, no caso, essa entrada ou saída for de mercadorias, denomina-se contrabando (produtos de comercialização proibida ou ilícita) ou descaminho (mercadoria sem procedimento aduaneiro, porém de comercialização permitida). Na zona primária, a autoridade aduaneira precede a qualquer autoridade do governo brasileiro, isto é, a autoridade aduaneira é mais importante que qualquer outra autoridade do governo brasileiro.
A Zona Secundária compreende: O restante do território aduaneiro brasileiro, assim constituído por sua base territorial, espaço aéreo, águas internas (rios e lagos) e sua faixa marítima.
Recinto Alfandegado Os R.A.s são declarados pela autoridade aduaneira competente, a fim de que neles possa ocorrer, sob o controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de: mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagens de viajantes e remessas postais internacionais.
Exemplos de Recintos Alfandegados:
Em Zonas Primárias: Armazéns, pátios, tanques (granel líquido), silos (granel sólido, grãos); depósitos, lojas e zonas francas.
Em Zonas Secundárias: As dependências das remessas postais internacionais administradas pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) e Portos Secos(os Portos Secos são recintos alfandegados de uso público dos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem sob o controle aduaneiro).
• Não podem ser instalados em zona primária e têm como finalidade descentralizar os serviços aduaneiros dos portos e aeroportos, minimizandocustos operacionais.
• O governo elege uma região que existe concentração de mercadorias destinadas à exportação/importação e são operacionalizados e administrados por empresas privadas ou consórcio de empresas.
Os Terminais Alfandegados estão localizados em R.A.s e operam com a movimentação e armazenagem das cargas. São terrenos públicos arrendados por empresas privadas que exploram essa atividade por prazo determinado. Os terminais especializados em movimentação de containers são denominados TECON.
As principais funções do Imposto de Importação (II):
1ª) Função histórica Protecionista. Protege o produto nacional do produto similar estrangeiro. Funciona como um benefício à indústria e não ao consumidor.
2ª) Função Seletora. É estabelecida de acordo com os critérios de essencialidade da mercadoria. Os produtos necessários ao desenvolvimento do país têm alíquotas menores, já os supérfluos, terão alíquotas elevadas. Exemplos: perfumes, cosméticos, derivados de fumo, bebidas alcoólicas, peles, automóveis etc.
3ª) Função Arrecadadora. Arrecada fundos para o Tesouro Nacional.
4ª) Função Promotora. Promove a competitividade entre o produto importado e o nacional. A qualidade da mercadoria é a base, logo, os produtos importados são melhores, o que obriga a melhoria dos produtos nacionais.
As características do Imposto de Exportação (IE): O IE é um imposto de característica, exclusivamente, monetária e cambial, com finalidade de disciplinar os efeitos monetários decorrentes de variações de preços no exterior preservando as receitas de exportação e o consumo interno, é um tributo extrafiscal, seu objetivo principal não é a de arrecadar.
Elementos limitadores ou impeditivos das importações/exportações 
1 - Intervenções Governamentais no COMEX. De 1808 até o Século XX, o Comércio era livre, mas, a partir do Sec. XX houve intervenção maciça do Estado na política exterior.
2 - Procedimento Aduaneiro de admissão de mercadoria importada e liberação de mercadorias destinadas ao exterior. Esses procedimentos variam de acordo com a origem, o destino e a classificação fiscal da mercadoria.
3 - Acordos Internacionais. Com a criação do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade, Genebra, 1947), houve a necessidade de se harmonizar as tarifas aduaneiras e dividir os países em relação ao seu desenvolvimento a partir de regras específicas. Assim sendo, qualquer incentivo fiscal concedido ao produto nacional deveria ser estendido ao produto importado de país membro do GATT. Os seus membros poderiam se agrupar em Blocos Comerciais Econômicos com a finalidade de desenvolver uma determinada região (exemplo: a reconstrução dos países afetados pela Segunda Guerra Mundial), surgindo o Mercado Comum Europeu, 1947 e, posteriormente, a ALADI (Associação Latino-Americana de Integração, 1980).
4 - Restrições às mercadorias importadas e exportadas por meio de mecanismos de preços. O Governo disciplina os preços quando necessário.
SISCOMEX O Sistema Integrado de Comércio Exterior é o sistema de processamento do Comércio Exterior Brasileiro.
Em 1.º de janeiro de 1997, o Governo Federal (SERPRO – SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS) finalizou a implantação do SISCOMEX ao disponibilizar o módulo Importação. A nova sistemática administrativa do comércio exterior brasileiro integra as atividades afins da Secretaria de Comércio Exterior, da Secretaria da Receita Federal e do Banco Central do Brasil, no registro, acompanhamento e controle das diferentes etapas das operações de COMEX. O SISCOMEX elimina a coexistência de controles e sistemas de coleta de dados paralelos, ao adotar o fluxo único de informações tratado pela via informatizada, o que permite, também, a harmonização de conceitos e a uniformização de códigos e nomenclaturas, tornando mais ágil o processamento administrativo, o que significa um salto de qualidade nos serviços prestados, contribuindo para a redução do “custo Brasil”, SE NÃO FOSSEM OS PROBLEMAS DE INTERFACE COM ALGUNS ÓRGÃOS ANUENTES.
SISCOMEX – Órgãos regulatórios
Órgãos administradores / Gestores: O sistema foi desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO e integrou os três órgãos gestores: SECEX (Secretaria de Comércio Exterior) responsável por legislar / regular o controle dos produtos, SRF (Secretaria da Receita Federal) responsável por legislar / regular o controle fiscal e o BACEN (Banco Central do Brasil) responsável por legislar / regular o controle cambial.
Órgãos intervenientes / Anuentes : Também integrados ao Sistema, esses órgãos são responsáveis por fiscalizar e executar as normas de controle reguladas pelos órgãos gestores. Podemos citar como exemplos: COTAC (Comissão Coordenadora de Transporte aéreo Civil); CNEM (Comissão Nacional de Energia Nuclear), DECEX (Departamento de Comércio Exterior), Ministérios da Saúde, Agropecuário, Aeronáutica etc.
Orientações ao SISCOMEX Importação WEB: Conceitos
Assinatura Digital: É o processo eletrônico de assinatura, baseado em sistema criptográfico assimétrico, que permite ao usuário usar sua chave privada para declarar a autoria de documento eletrônico a ser entregue à SRF, garantindo a integridade de seu conteúdo.
Autoridade Certificadora da Secretaria da Receita Federal (AC-SRF): É a entidade integrante da ICP-Brasil em nível imediatamente subsequente à AC Raiz, responsável pela assinatura dos certificados das Autoridades Certificadoras Habilitadas.
Autoridade Certificadora Habilitada  : É a entidade integrante da ICP-Brasil em nível imediatamente subsequente ao da AC-SRF, habilitada pela Coordenação Geral de Tecnologia e Segurança da Informação – Cotec, em nome da SRF, responsável pela emissão e administração dos Certificados Digitais e-CPF e e-CNPJ.
Autoridade de Registro da Secretaria da Receita Federal (AR-SRF): É a entidade operacionalmente vinculada à AC-SRF, responsável pela confirmação da identidade dos solicitantes de credenciamento e habilitação como Autoridades Certificadoras integrantes da ICP-Brasil, em nível imediatamente subsequente ao da AC-SRF.
Autoridades de Registro: São as entidades operacionalmente vinculadas à determinada Autoridade Certificadora Habilitada, responsáveis pela confirmação da identidade dos solicitantes dos certificados e-CPF e e-CNPJ.
Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ: É o documento eletrônico de identidade emitido por Autoridade Certificadora credenciada pela Autoridade Certificadora Raiz da ICP-Brasil – AC Raiz e habilitada pela Autoridade Certificadora da SRF (AC-SRF), que certifica a autenticidade dos emissores e destinatários dos documentos e dados que trafegam numa rede de comunicação, bem assim assegura a privacidade e a inviolabilidade destes. Não poderão ser titulares de certificados e-CPF ou e-CNPJ as pessoas físicas cuja situação cadastral perante o CPF esteja enquadrada na condição de cancelado e as pessoas jurídicas cuja situação cadastral perante o CNPJ esteja enquadrada na condição de inapta, suspensa ou cancelada.
Documento Eletrônico: É aquele cujas informações são armazenadas, exclusivamente, em meio eletrônico.
ICP–Brasil: É um conjunto de técnicas, práticas e procedimentos, a ser implementado pelas organizações governamentais e privadas brasileiras com o objetivo de garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras.
Usuário: Pessoa física ou jurídica titular de Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ, respectivamente, bem assim de qualquer outro certificado digital emitido por Autoridade Certificadora não habilitada pela SRF e credenciada pela ICP Brasil.
Cadastramento no SISCOMEX
Tratamento administrativo
Permite ao usuário verificar se a mercadoria necessita de algum tratamento administrativo aplicado na importação. Define-se nessa função se o licenciamento será automático ou não automático necessitando, portanto, de LI antes do embarque ou se a importaçãoestá dispensada de licenciamento. ESTE VEM A SER O PRIMEIRO PASSO NO SISCOMEX PARA O DESEMBARAÇO ADUANEIRO.
LI SUBSTITUTIVA - Até o registro da Declaração de Importação, o importador poderá solicitar alteração do LI, inclusive prorrogação de validade (se a validade de 60 dias não estiver vencida), mediante sua substituição no Sistema, sujeito a novo exame pelos órgãos anuentes (LI SUBSTITUTIVA). Quando as alterações efetuadas não se relacionarem à validade, será mantida a validade do licenciamento original. A LI SUBSTITUTIVA é um documento independente da LI original. Ela tem um novo número de registro, porém é um outro documento vinculado ao anterior que está sendo corrigido.
Cancelamento e consulta LI - O prazo de validade de um LI é de 90 dias a contar do seu deferimento.O Siscomex cancelará automaticamente as licenças deferidas após decorridos 90 (noventa) dias da data de validade, quando se tratar de licenciamento com restrição de embarque, ou após decorridos 90 (noventa) dias da data de deferimento, no caso de LI deferida sem restrição à data de embarque.
Declaração Documento eletrônico que contém todas as informações detalhadas da operação, possibilitando ao REPRESENTANTE LEGAL efetuar o despacho aduaneiro. A Declaração compreende o conjunto de informações gerais correspondentes a uma determinada operação de importação e conjunto de informações específicas de cada mercadoria. Adição da Importação e RE na exportação. É formulada pelo representante legal em seu próprio microcomputador. De modo geral, o processo de elaboração de uma Declaração compreende:
A introdução dos dados gerais da declaração, comuns a todas as mercadorias objeto do despacho, inclusive dos dados relativos ao pagamento dos tributos, no caso da importação.
Introdução dos dados de cada uma das mercadorias sujeitas a licenciamento automático – TAMBÉM CHAMADO ADIÇÃO na importação.
Nos casos de mercadorias sujeitas ao licenciamento automático ou não automático, indicação do número da LI e introdução dos demais dados não constantes daquele documento. Inserido o número da LI, os dados informados na Licença migram automaticamente para a Declaração de Importação. OBS.: a LI é a adição referente ao licenciamento não automático, cabendo, portanto, numa mesma DI, adições referentes a licenciamentos automáticos e não automáticos.
Aula 05: Os organismos internacionais e nacionais: os sítios na Internet
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno as entidades do comércio internacional e do comércio exterior brasileiro, bem como os procedimentos operacionais a serem aplicados através dos sítios institucionais públicos e privados e da legislação vigente.
Fase comercial na exportação
Continuando com a divisão do comércio exterior em fases, verificaremos em cada uma das fases apresentadas quais os sítios institucionais a serem visitados, a importância de cada um, quais as suas orientações e como navegar de forma eficaz em cada um deles. Nesta fase o exportador deverá preocupar-se com a divulgação do seu produto e procurar os possíveis compradores desse produto lá fora. Nesse sentido o exportador brasileiro se sentirá bastante amparado em consultar os seguintes sítios especializados em promoção comercial:
 Este sítio foi desenvolvido pelo MRE – Ministério das Relações Exteriores, através da Subsecretaria-Geral de Cooperação, Cultura e Promoção Comercial e executado pelo Departamento de Promoção Comercial e Investimento. O Brasilglobalnet substituiu o site Braziltradenet.gov.br e manteve o mesmo objetivo de revelar ao exportador brasileiro possíveis compradores de produtos brasileiros no exterior. Para isso, o sítio conta com as seguintes ferramentas:
1 Cadastro gratuito para o exportador consultar possíveis compradores e oferecer o seu produto amplamente no mercado internacional.
2 A partir do cadastro o exportador poderá ter acesso a informações sobre demandas de importação de produtos brasileiros no exterior ,que oferecerão ao exportador brasileiro uma real amostragem do comportamento das vendas dos produtos brasileiros lá fora e o cadastro das empresas importadoras para contato comercial. 
O sítio não informará somente o comportamento da demanda, mas também o comportamento das ofertas de exportação brasileiras no exterior, onde os exportadores poderão conferir a presença da concorrência de outras empresas, brasileiras e estrangeiras, nesse mesmo mercado com relação cadastral dessas empresas comerciais e trading companies incluindo o nome da pessoa de contato. Simples assim.
3 Projetos de obras públicas internacionais e concorrências públicas internacionais, onde o exportador encontrará oportunidades de investimentos públicos no exterior enquadrado por NCM.
4 Programas especiais, como o PSCI- Programa de Substituição Competitiva de Importações voltado para a comercialização entre países sul-americanos, com dicas sobre como investir melhor nesses países. Outro programa especial oferecido nesse sítio é o PPE-ONU/MRE, com informações especiais sobre oportunidades comerciais no mercado da ONU.
5 Internacionalização de empresas brasileiras, onde o exportador encontrará informações essenciais para o seu projeto de internacionalização empresarial, o que é bom para o exportador e excelente para o Brasil.
6 O exportador terá neste sítio a TEC – Terifa Externa Comum do MERCOSUL para conhecer a NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul - do produto que deseja comercializar.
7 Para aumentar a visibilidade do exportador brasileiro no mercado internacional, esse site oferece, como serviço, um “showroom” onde gratuitamente o exportador poderá hospedar uma página de sua empresa com fotos, produtos e serviços oferecidos.
8 No sítio há um relatório das principais feiras internacionais no Brasil e no exterior com pesquisa por área de negócio, nome do país, da feira, etc...
www.wto.com No sítio da OMC (WTO em inglês) poderemos achar diversas informações sobre esta organização internacional e o seu comportamento nas diretrizes do comércio mundial. Poderemos também encontrar notícias atualizadas sobre o comércio internacional, bem como informações quanto ao comportamento entre parceiros comerciais internacionais, processos sobre práticas desleais de comércio e histórico sobre a OMC.
www.global21.com.br Este sítio é um portal brasileiro de informação e apoio ao exportador. Criado em maio de 2000, publica entrevistas, artigos, informes setoriais, disponibiliza um guia do exportador e diariamente vão ao ar as últimas notícias relacionadas ao comércio exterior brasileiro. Além disso, transmite newsletter eletrônica às terças e sextas-feiras, para cerca de 15.000 executivos da área de comércio exterior e relações econômicas internacionais. O Global 21 foi criado para atender à necessidade do comércio exterior brasileiro e funciona como um veículo ágil de comunicação virtual, através do qual, eletronicamente, são oferecidas informações econômicas atualizadas, notícias internacionais, dados para projetos e pesquisas, endereços, contatos e outros benefícios essenciais para o fechamento de negócios. Lá você encontrará cotações, textos completos sobre blocos econômicos, um panorama geral dos diversos segmentos exportadores, entrevistas com personalidades, além de documentos que orientam as importações e exportações. Priorizando a credibilidade e atualidade, todas as notícias e destaques apresentados têm como fundamento o chamado jornalismo operacional, ou seja, a informação como ferramenta-mestra para o planejamento estratégico, tomada de decisões, realização de negócios e dinamismo empresarial.
www.exportnews.com.br 
Neste sítio, em sua página inicial, o exportador as últimas notícias sobre o comércio internacional que sejam de interesse direto aos exportadores brasileiros. Os exportadores encontrarão também empresas anunciantes divulgando serviços diversos ao exportador brasileiro, que também poderá ser um dos anunciantes no portal.
www.apexbrasil.com.br 
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil)atende empresas de todos os portes, com foco nas pequenas e médias, e em todos os estágios de maturidade exportadora. A Agência atua estrategicamente para inserir mais empresas no mercado internacional, diversificar e agregar valor à pauta de produtos exportados, aumentar o volume comercializado, consolidar a presença do país em mercados tradicionais e abrir outros mercados para os produtos e serviços brasileiros. Para isso, oferece soluções nas áreas de Informação, Qualificação para Exportação, Promoção Comercial, Posicionamento e Imagem e Apoio à Internacionalização. A Apex-Brasil organiza amplas ações de promoção comercial, em parceria com entidades setoriais, por meio dos Projetos Setoriais (PS). São missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais e visitas de compradores estrangeiros e de formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira, entre outras ações e projetos especiais. A Agência apoia vários setores da economia brasileira, divididos em grandes complexos produtivos: alimentos e bebidas; moda; tecnologia e saúde; casa e construção civil; entretenimento e serviços; e máquinas e equipamentos. 
Além disso, a Apex-Brasil trabalha a imagem desses setores por meio de ações de marketing abrangentes e da divulgação para empresários e consumidores de mercados com forte potencial comprador. A Apex-Brasil produz estudos de inteligência comercial e competitiva com o objetivo de orientar as decisões das empresas nacionais sobre o ingresso em mercados internacionais. Em seu esforço para internacionalizar as empresas nacionais, a Apex-Brasil conta com Centros de Negócios espalhados pelo mundo, que são plataformas destinadas a auxiliar as empresas brasileiras nos principais mercados globais. As Unidades de Atendimento em dez estados brasileiros têm o objetivo de atender mais de perto as empresas nacionais. O trabalho de capacitação para exportação é desenvolvido em núcleos operacionais espalhados pelo Brasil. Para atrair investimentos diretos para o país, a área de Investimentos da Apex-Brasil trabalha com foco na identificação de oportunidades e na promoção de eventos estratégicos, além de dar apoio ao investidor estrangeiro durante todo o processo de prospecção e instalação no Brasil. Na cooperação internacional, a Apex-Brasil coordena importantes fóruns mundiais, como o Fórum de CEOs Brasil-EUA, o Comitê Econômico e de Comércio Conjunto Brasil-Reino Unido (Jetco), o Fórum Brasil-México, o Fórum Brasil-Índia, entre outros. A agência brasileira preside ainda, desde 2008, a Associação Mundial das Agências de Promoção de Investimentos (Waipa) e, desde 2009, a Rede Ibero-Americana de Organismos de Promoção Comercial (RedIbero). Em 2009, a Apex-Brasil foi eleita pelo Banco Mundial a segunda melhor agência em atendimento ao investidor entre 181 instituições de todo o mundo, e a primeira da América Latina e do Caribe. A Apex-Brasil investe em inovadoras plataformas de negócios para fomentar o comércio exterior. Carnaval, Expo Xangai, Casa Brasil 2014, Fórmula Indy e Tradings são projetos estratégicos que contemplam ações diversificadas de promoção comercial, abrem novas oportunidades e geram significativos resultados de negócios.
Feiras internacionais: As feiras internacionais vem a ser a principal vitrine para o exportador brasileiro para apresentar os seus produtos a potenciais compradores internacionais, bem como uma vasta oportunidade de encontrar o produto ideal e adequado para os nossos importadores. Segue abaixo o endereço eletrônico das principais feiras internacionais de diversos setores da economia mundial:
Neste portal o importador/exportador poderá buscar feiras internacionais por continente, país, região, nome e categoria de produtos entre outras buscas que selecionarão exatamente o que se quer comprar ou vender. Este mesmo portal apresenta, também, uma relação de fornecedores por países e tipo de produto procurado.
Neste sítio você irá encontrar informações sobre as principais feiras internacionais voltadas para a indústria da Alemanha.
A alemã  Messe oferece neste sítio uma ampla gama de serviços que vão desde o planejamento da participação na feira até a organização de sua viagem.
Este sítio vai ajudá-lo a programar a sua participação nas feiras de Milão, na Itália.
Este sítio irá ajudá-lo a programar a sua participação em feiras na Itália, em Bolonha.
Neste sítio você estará em uma feira virtual de franquias, onde são listadas e oferecidas uma série de oportunidades comerciais de importação de franquias americanas.
Neste sítio você encontrará o caminho para estar em contato com Missões Empresariais de comércio na América, Ásia, Europa e Caribe o que lhe permitirá atingir mais de 2.500 empresas com reais oportunidade de negócio. Durante a exposição, o Centro de Negócios organiza compromissos entre expositores e compradores de acordo com o perfil das empresas participantes através de um livro virtual disponível no sítio.
Demais sítios de órgãos de comércios nacionais e internacionais 
Ministério das Relações Exteriores :Neste sítio o Ministério das Relações Exteriores disponibiliza:
• Informações sobre a Política Externa nacional.
• Relações de integração regional na América do Sul.
• Formação profissional inter-regional.
• Mecanismos culturais de promoção internacional.
• Atos das Embaixadas e Consulados brasileiros pelo mundo todo.
• Acesso à assistência para brasileiros lá fora, entre outras informações e serviços.
Câmaras de comércio As diversas Câmaras de Comércio são associações civis com fins não lucrativos que, por prazo indeterminado podem constituir filiais e escritórios no território nacional e no exterior e cooperar com outras organizações interessadas na promoção do relacionamento econômico, cultural e técnico-educacional com o Brasil. As Câmaras de Comércio  têm por objetivo principal fomentar as relações econômicas entre o Brasil e outros países, atuando também de maneira pública, facilitando principalmente o acesso ao mercado e a sua ampliação para pequenas e médias empresas.Entre seus objetivos se incluem a representação de seus associados e de outros interessados no relacionamento econômico entre o Brasil e os demais países, bem como o assessoramento e a sua orientação, segundo critérios de qualidade.
Associação de Comércio Exterior do Brasil 
A Associação de Comércio Exterior do Brasil - AEB é uma entidade privada sem fins lucrativos, que congrega as empresas exportadoras e importadoras de mercadorias e serviços, bem como as de atividades de apoio ao comércio exterior. A AEB tem como finalidades principais:
• Estudar os assuntos relacionados com o comércio exterior do Brasil e propor soluções para os seus problemas.
• Realizar levantamentos estatísticos da importação e exportação do país, que sirvam de base orientadora para a política de comércio exterior e para as atividades dos associados.
• Cooperar para o aprimoramento técnico dos métodos de produção, visando alcançar maior produtividade e melhores padrões, com as consequentes reduções de custos e melhoria da qualidade dos produtos, que assegurem posição mais competitiva nos mercados mundiais, participando, quando indicada, de órgãos a esse fim destinados.
• Colaborar no constante aperfeiçoamento dos sistemas de crédito e de seguro de crédito à exportação.
• Contribuir para que seja adotada, sempre que possível, legislação que facilite as atividades do comércio exterior.
• Estudar e propor, aos órgãos oficiais competentes, providências que facilitem a implantação de novas empresas dedicadas ao comércio internacional e a ampliação das existentes.
• Colocar à disposição dos seus associados assistência técnica legal, em nível de consultoria.
• Estabelecer relações com entidades semelhantes em outros países, bem como com organismos internacionais, cujos princípios e atividades coincidam com os da AEB, aos quais poderá filiar-se.
• Tomar quaisquer outras iniciativas quebeneficiem os interesses do comércio exterior e assegurem o desenvolvimento e o progresso da economia nacional.
Curiosidade: A Associação de Exportadores Brasileiros - AEB foi criada em janeiro de 1971, e, em agosto de 1985 mudou o nome para Associação de Comércio exterior do Brasil- AEB.
Alibaba.com Fundada em 1999, em Hangzhou, China ,o sítio  Alibaba.com torna mais fácil para milhões de compradores e fornecedores em todo o mundo fazer negócios online, principalmente através de três links: um para o comércio global ( www.alibaba.com ), direto entre importadores e exportadores do mundo todo; um link ( www.1688.com ) para o comércio interno na China e um link de transação baseado no atacado do site global ( www.aliexpress.com ) voltadas para pequenos compradores que procuram envio rápido de pequenas quantidades de mercadorias. Juntos, esses mercados formam uma comunidade de cerca de 72,8 milhões de usuários registrados em mais de 240 países e regiões. Como parte de sua estratégia o Alibaba.com oferece também uma ampla gama de software de gestão empresarial, serviços de infra-estrutura de Internet e exportação de serviços. O Alibaba.com tem escritórios em mais de 70 cidades por toda a Grande China, Índia, Japão, Coréia, Europa e Estados Unidos.
Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior  - Mdic Neste sítio o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior disponibiliza:
• Estatísticas do comércio exterior, emitida pelo DEPLA (Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior) com resultados da Balança Comercial Brasileira semanal, mensal e anual por estados e municípios também.
• Relação de empresas brasileiras exportadoras e importadoras por faixa de valor também.
• Informações comerciais no link do Radar Comercial.
• Informações sobre a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) com seus respectivos códigos e unidades de medida estatística.
• Informações sobre a estrutura do comércio exterior brasileiro.
• Exportação Simplificada e uma série de procedimentos específicos para determinados tipos de exportação é o que se pode achar na série: Aprendendo a Exporta neste mesmo sítio.
• Além dessas, diversas outras funções como o agendamento de Encontros de Comércio Exterior (Encomex) na sua cidade, orientações diversas aos exportadores, legislação aduaneira poderão ser encontradas no sítio do MDIC que precisa ser consultado.
Análise das Informações de Comércio Exterior via Internet  - ALICE Web O Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior via Internet, denominado ALICE-Web, da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), foi desenvolvido com vistas a modernizar as formas de acesso e a sistemática de disseminação dos dados estatísticos das exportações e importações brasileiras. O ALICE-Web é atualizado mensalmente, quando da divulgação da balança comercial, e tem por base os dados obtidos a partir do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), sistema que administra o comércio exterior brasileiro. No momento, o acesso ao ALICE-Web é gratuito. Para proceder à consulta, basta clicar no módulo de pesquisa desejado.
COMEXbrasil.gov.br O Portal Brasileiro do Comércio Exterior (PBCE) foi desenvolvido com base no Projeto de Apoio à Inserção Internacional das Pequenas e Médias Empresas Brasileiras (PAIIPME), parte do Acordo de Cooperação entre o Brasil e a União Europeia. O Portal oferece a você, de forma clara, simples e direta as informações básicas sobre os temas exportação, importação, legislação, acordos, promoção comercial, estatísticas, entre outros de grande relevância. A ideia é apresentar os principais termos, procedimentos, eventos e atividades que possam ajudá-lo a alcançar novos mercados mundo afora.
O PBCE é um produto do governo federal, e antes de tudo, atua como prestador de serviços à comunidade brasileira. Por isso, o Portal demonstra quais são as atribuições e responsabilidades de cada órgão ou entidade relacionados ao processo de exportação e importação no Brasil. O Portal disponibiliza, também, um serviço de fundamental importância, denominado "Comex Responde", canal direto com o público de comércio exterior, que é  destinado a esclarecer dúvidas e acatar sugestões do usuário atuante em comércio exterior. A proposta deste Portal é ser fonte importante de informações do tema importação e exportação. Ele contribui com um serviço eficiente e eficaz para ampliar as exportações e facilitar o comércio entre os países.
Aula 06: Os incentivos e barreiras ao comércio internacional 
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno as práticas administrativas do Comércio Exterior, os incentivos às exportações e as barreiras às importações. O pontapé inicial para conhecermos o tratamento administrativo das importações e exportações brasileiras é a uniformização desses procedimentos aplicados aos produtos objetos das compras e vendas internacionais. Para promover essa padronização, o comércio internacional adotou a classificação fiscal de mercadorias.
A classificação fiscal de mercadorias e sua evolução histórica
No ano de 1913, em Bruxelas, houve a 2ª.Conferência Internacional sobre estatística, onde estiveram 29 participantes. Como resultado dessa conferência, as mercadorias foram divididas em 5 grupos:
Animais Vivos , Alimentos e bebidas, matéria-prima, Produtos manufaturados, ouro e prata
Todavia, foram catalogados apenas 186 itens que passaram a ser utilizados com finalidade estatística e aduaneira.
Regras gerais para a interpretação do sistema harmonizado 
1. Os títulos das Seções, Capítulos e Subcapítulos têm apenas valor indicativo. Para os efeitos legais, a classificação é determinada pelos textos das posições e das Notas de Seção e de Capítulo, e, desde que não sejam contrárias aos textos das referidas posições e Notas, pelas Regras seguintes.
2.a) Qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange esse artigo, mesmo incompleto ou inacabado, desde que apresentem, no estado em que se encontram, as características essenciais do artigo completo ou acabado. Abrange  igualmente o artigo completo ou acabado, ou como tal considerado nos termos das disposições precedentes, mesmo que se apresente desmontado ou por montar. 
2.b) Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essa matéria, quer em estado puro, quer misturada ou associada a outras matérias. Da mesma forma, qualquer referência a obras de uma matéria determinada abrange as obras constituídas, inteira ou parcialmente, dessa matéria. A classificação destes produtos misturados ou artigos compostos efetua-se conforme os princípios enunciados na Regra 3.
 
3. Quando parecer que a mercadoria pode classificar-se em duas ou mais posições por aplicação da Regra 2.b) ou por qualquer outra razão, a classificação deve efetuar-se da forma seguinte:
a) A posição mais específica prevalece sobre as mais genéricas. Todavia, quando duas ou mais posições se referirem, cada uma delas, a apenas uma parte das matérias constitutivas de um produto misturado ou de um artigo composto, ou a apenas um dos componentes de sortidos acondicionados para venda a retalho, tais posições devem considerar-se, em relação a esses produtos ou artigos, como igualmente específicas, ainda que uma delas apresente uma descrição mais precisa ou completa da mercadoria.
b) Os produtos misturados, as obras compostas de matérias diferentes, ou constituídas pela reunião de artigos diferentes, e as mercadorias apresentadas em sortidos acondicionados para venda a retalho, cuja classificação não se possa efetuar pela aplicação da Regra 3.a), todos se classificam pela matéria ou artigo que lhes confira a característica essencial, quando for possível realizar esta determinação.
c) Nos casos em que as Regras 3.a) e 3.b) não permitam efetuar a classificação, a mercadoria classifica-se na posição situada em último lugar na ordem numérica, dentre as suscetíveis de validamente serem tomadas em consideração4. As mercadorias que não possam ser classificadas por aplicação das Regras acima enunciadas classificam-se na posição correspondente aos artigos mais semelhantes.
5. Além das disposições precedentes, as mercadorias abaixo mencionadas estão sujeitas às regras seguintes:
Os estojos para aparelhos fotográficos, para instrumentos musicais, para armas, para instrumentos de desenho, para joias e receptáculos semelhantes, especialmente fabricados para conterem um artigo determinado ou um sortido, e suscetíveis de um uso prolongado, quando apresentados com os artigos a que se destinam, classificam-se com estes últimos, desde que sejam do tipo normalmente vendido com tais artigos. Esta Regra, todavia, não diz respeito aos receptáculos que confiram ao conjunto a sua característica essencial.
b) Sem prejuízo do disposto na Regra 5.a), as embalagens contendo mercadorias classificam-se com estas últimas quando são do tipo normalmente utilizado para o seu acondicionamento. Todavia, esta disposição não é obrigatória quando as embalagens são claramente suscetíveis de utilização repetida.
 
6. A classificação de mercadorias nas subposições de uma mesma posição é determinada, para efeitos legais, pelos textos dessas subposições e das Notas de Subposição respectivas, assim como, "mutatis mutandis", pelas Regras precedentes, entendendo-se que apenas são comparáveis subposições do mesmo nível. Para os fins da presente Regra, as Notas de Seção e de Capítulo são também aplicáveis, salvo disposições em contrário.
Nomenclatura Brasileira de Mercadorias – NBM 
Nomenclatura da Associação Latino Americana de Integração - NALADI
Barreiras comerciais; aduaneiras e não aduaneiras e suas modalidades
As barreiras comerciais são dificuldades que os Estados instituem nas operações de COMEX. Essas barreiras são divididas em duas categorias: Aduaneiras e Não Aduaneiras, como vemos a seguir:
1ª.) Direitos Aduaneiros ou barreira tarifária - A barreira tarifária aparece quando a mercadoria tem que pagar para entrar em outro país. Ex.: Imposto de Importação.          
2ª.) Direitos Compensatórios - Utilizados quando existe uma prática desleal de comércio internacional na qual esses direitos neutralizam um excesso de subsídio concedido pelo governo à mercadoria importada.
3ª.) Direitos Anti-Dumping - São utilizados quando ocorre prática desleal de comércio internacional na qual a mercadoria é exportada com preço mais baixo que o custo de sua fabricação.
4ª.) Impostos niveladores de fronteiras - Utilizados para equilibrar o preço de mercadorias em circulação entre cidades fronteiriças. OBS.: O Brasil não adota esse mecanismo.
5ª.) Depósitos Prévios às Importações - Utilizados pelo Brasil em 1962, 1963 e de 1974 a 1979 (período restritivo às importações). Tratava-se de um depósito compulsório à razão de 100% do valor FOB/FCA que a CACEX exigia para a emissão da guia de importação (GI), ficando essa quantia depositada no BECEN por um período de 12 meses, quando era, então, devolvido ao importador sem juros ou correção monetária.
6ª.) Valor Aduaneiro - Foi estabelecido pelo GATT em 1986, através do Acordo de Valoração Aduaneira, que estabeleceu 6 métodos para o cálculo do valor real que uma mercadoria tem quando entra no território aduaneiro de um país. Nem sempre o valor da fatura comercial representa o real valor aduaneiro, e a parametrização em canal cinza expressa a dúvida do fisco. Abaixo, os 6 métodos de valoração aduaneira:
Valor da negociação mercantil propriamente dito (expresso na fatura comercial).
Mercadoria idêntica (valor comparativo a outra mercadoria igual).
Valor similar (valor comparativo de mercadoria similar).
Outros valores a serem deduzidos.
Outros valores a serem acrescentados.
 Métodos condizentes com o acordo e com os dados do país importador, tendo em vista outro despacho aduaneiro no país.
7ª.) Classificação Fiscal - Terá impacto de tributação seletiva sobre a mercadoria, de acordo com os critérios de classificação do país.
8ª.) Certificação de Origem - É estabelecida por tratados de acordos comerciais internacionais para comprovar a origem da mercadoria dentro das condições exigidas. É um formulário oficial emitido por entidades certificadoras devidamente credenciadas pelos tratados. É um documento exigido na alfândega para sustentar o desconto na alíquota do Imposto de Importação. Esse desconto chama-se Preferência Percentual e será registrado na D.I. Ex.: Alíquota do II (20%), Preferência Percentual (70%); logo, o II de 20 % será reduzido preferencialmente de 14% (70% de 20), ficando a nova alíquota residual do II = 6% (20%-14%).
9ª.) Vistos Consulares - São exigências entre alguns países que os documentos que amparam uma exportação tenham a chancela do seu consulado no país exportador com a devida assinatura do cônsul ou de funcionário competente.     
Incentivos fiscais à exportação
Uma das questões fundamentais das transações comerciais internacionais é quem tributa as operações de exportação de mercadorias: o país vendedor ou o comprador? Alguns países adotam o princípio da tributação no destino, em que a incidência dos tributos ocorre no país onde serão consumidas as mercadorias. Dessa forma, a exportação é isenta dos tributos internos. Outros adotam o princípio da tributação na origem das mercadorias. As exportações são tratadas como qualquer transação interna, sofrendo a incidência dos tributos. No Brasil, é adotado o princípio da tributação no país de destino, pelo que as exportações de mercadorias não sofrem a incidência de impostos, respeitados os princípios internacionais.
Imposto de exportação – regulamento aduaneiro
Da incidência - O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior (Decreto-lei no 1.578, de 11 de outubro de 1977, art. 1o). 
§ 1o Considera-se nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a título definitivo.
 § 2o A Câmara de Comércio Exterior, observada a legislação específica, relacionará as mercadorias sujeitas ao imposto (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 1o, § 3o, com a redação dada pela Lei no 9.716, de 26 de novembro de 1998, art. 1o).
Produtos alcançados pelo imposto: Armas e munições. Castanha de caju com casca. Couro. Cigarros  e fumo. Cilindros para filtros.
Do fato gerador ; O imposto de exportação tem como fato gerador a saída da mercadoria do território aduaneiro (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 1o). 
Parágrafo único. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro de exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 1o, § 1o).
Da base de calculo e do calculo : A base de cálculo do imposto é o preço normal que a mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pela Câmara de Comércio Exterior (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 2o, com a redação dada pela Medida Provisória no 2.158-35, de 2001, art. 51).
O imposto será calculado pela aplicação da alíquota de trinta por cento sobre a base de cálculo (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 3o, com a redação dada pela Lei no 9.716, de 1998, art. 1o).
Do pagamento e do contribuinte: O pagamento do imposto será realizado na forma e no prazo fixados pelo Ministro de Estado da Fazenda, que poderá determinar sua exigibilidade antes da efetiva saída do território aduaneiro da mercadoria a ser exportada (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 4o).
É contribuinte do imposto o exportador, assim considerada qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do território aduaneiro (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 5o).
Aula 7: Condições de vendas – INCOTERMS 2010 
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno os INCOTERMS 2010, elaborados a cada década pela CCI (Câmara de Comércio Internacional), e sua importância na organização do Comércio Internacional.
INCOTERMS (Versão 2010)
A padronização das fronteiras de responsabilidadesassumidas entre importadores e exportadores deixa internacionalmente mais inteligível a contratação de serviços adicionais, como o frete e o seguro internacionais. Daí a necessidade da codificação dessas modalidades de vendas, fixando direitos e deveres para os players do comércio internacional. Essa codificação foi elaborada pela CCI (Câmara de Comércio Internacional) e chamada de INCOTERMS, que sofre uma revisão em sua estrutura a cada década.
1 Os Incoterms (International Commercial Terms) definem os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do importador. Eles estão incluídos na fatura comercial, no contrato de compra e venda e estabelecem um padrão de definições de regras e práticas usuais, neutras, imparciais e de caráter uniformizador.
2 O objetivo dos Incoterms é oferecer diversas opções de regras internacionais para a interpretação dos termos comerciais usuais no comércio internacional.
3 A padronização desses termos nas operações de comércio exterior minimiza a insegurança nas interpretações das responsabilidades assumidas, uma vez que determina, precisamente, o momento de transferência de obrigações, seja no custo, seja no risco.
A utilização dos Incoterms facilita o entendimento entre o exportador (vendedor) e o importador (comprador), quanto às obrigações necessárias para viabilizar a logística de entrega da mercadoria, objeto da transação comercial, até o local de destino final da embalagem, transportes internos, tratamento administrativo, fiscal e tributário, movimentação em terminais, transporte e seguro internacionais, despesas alfandegárias, entre outras coisas.
Como a CCI é um organismo internacional de origem privada, não poderia impor essa padronização, porém propô-la para o melhor entendimento entre importador e exportador, quanto às tarefas necessárias para deslocamento da mercadoria do local de procedência até o local de destino final para o consumo ou revenda.
É indispensável ao operador do COMEX o domínio dos Incoterms para que o vendedor possa incluir todos os seus gastos nas transações em Comércio Exterior e o comprador possa negociá-los. Os Incoterms estão limitados ao contrato de compra e venda internacional, não devendo ser utilizados nas atividades internas de cada país.
História e aplicação dos Incoterms
A primeira edição dos Incoterms foi em 1936, pela Câmara Internacional do Comércio – CCI, com sede em Paris.
A CCI interpretou e consolidou as diversas formas contratuais que vinham sendo utilizadas no comércio internacional até aquele momento.
Depois disto, vários aperfeiçoamentos do texto original foram produzidos, sempre com foco nas mudanças do processo negocial e logístico, sendo que o último absolveu a maior parte das alterações. A última versão publicada do Incoterms é do ano de 2000.
A utilização dos Incoterms é feita por intermédio dos 11 termos (siglas), que são chamados de condições de venda e que são mundialmente reconhecidos por importadores e exportadores. Eles são divididos em quatro grupos, o que facilita o entendimento e a definição de cada um.
Representados por siglas de três letras, os termos internacionais de comércio simplificam os contratos de compra e venda internacional, ao contemplarem os direitos e as obrigações mínimas do vendedor e do comprador quanto às tarefas adicionais ao processo de elaboração do produto. Por isso, são também denominados "Cláusulas de Preço", pelo fato de cada termo determinar os elementos que compõem o preço da mercadoria, adicionais aos custos de produção.
Significado jurídico Após agregados aos contratos de compra e venda, os Incoterms passam a ter força legal, com seu significado jurídico preciso e efetivamente determinado. Assim, simplificam e agilizam a elaboração das cláusulas dos contratos de compra e venda.
EXW - EX-WORKS (entrega na origem): O Vendedor disponibiliza a mercadoria ao Comprador no local de produção (fábrica, plantação, mina, armazém, etc.). O comprador arca com todos os custos e riscos até o local de destino.
FCA - FREE CARRIER (entrega no transportador em local designado): O Vendedor entrega a mercadoria ao transportador no local designado pelo Comprador. Todos os custos e riscos a partir do desembaraço aduaneiro da exportação são de responsabilidade do Comprador.
FAS - FREE ALONGSIDE SHIP (entrega no costado do navio, porto de embarque designado): A responsabilidade do Vendedor termina quando a mercadoria é colocada ao costado do navio, no porto de embarque definido pelo Comprador. Os custos com a estivagem correm por conta do Comprador.
FOB - FREE ON BOARD (entrega a bordo, porto de embarque designado): O Vendedor deve entregar a mercadoria já a bordo do navio no porto de embarque. As despesas com a movimentação da mercadoria no porto e a arrumação no navio cabem ao Vendedor, já o frete marítimo é pago pelo Comprador.
CFR - COST & FREIGHT (custo e frete, porto de destino designado): O Vendedor assume todos os custos até o carregamento do navio, além do frete internacional até o porto de destino. A transferência ao Comprador se dá após a atracação do navio no porto de destino. Os custos com a apólice de seguro-carga e com a desestiva correm por conta do Comprador.
CIF - COST, INSURANCE AND FREIGHT (custo, seguro e frete, porto de destino designado): Idêntico ao CFR, com a obrigação adicional do Vendedor contratar a apólice de seguro-carga durante o transporte marítimo.
CPT - CARRIAGE PAID TO (transporte pago até ..., local de destino designado): Local de entrega diferente do local designado, significando que os riscos e os custos transferem-se do vendedor para o comprador em locais diferentes. O Vendedor paga o frete internacional e o Comprador paga a apólice de seguro-carga.
CIP - CARRIAGE AND INSURANCE PAID (transporte e seguro pago até ..., local de destino designado): Local de entrega diferente do local designado, significando que riscos e custos transferem-se do vendedor para o comprador em locais diferentes. O Vendedor paga tanto o frete internacional quanto a apólice de seguro-carga.
DAP - DELIVERED AT PLACE (entregue no local de destino designado): A mercadoria é entregue ao Comprador ainda no veículo transportador (qualquer modal), no destino convencionado, antes de ser descarregada. A partir daí, todos os custos e riscos são do Comprador, inclusive os relativos à descarga.
DAT - DELIVERED AT TERMINAL (entregue no terminal designado): Todos os custos e riscos correm por conta do Vendedor até e inclusive a descarga do veículo transportador (qualquer modal). Daí em diante, passa a ser do Comprador.
DDP-DELIVERED DUTY PAID (entregue no destino designado, com direitos pagos): Ao contrário do EXW, este INCOTERM dá obrigação máxima ao Vendedor, cuja responsabilidade se entende até a entrega das mercadorias no estabelecimento do Comprador.
Aula 08: Pagamentos internacionais e aspectos cambiais
Pagamentos internacionais - É o pagamento de bens ou serviços adquiridos ou embarcados por pessoas físicas ou jurídicas brasileiras, ou de outros países.  Para os operadores de comércio exterior (importadores e exportadores) brasileiros receberem ou enviarem esse pagamento do ou para o exterior, é preciso que esse operador execute um outro contrato comprando ou vendendo moeda estrangeira numa operação contratual, que chamamos de contrato de câmbio.
A moeda transacionada no mercado de câmbio é chamada de divisa e o contrato de câmbio no Brasil é celebrado, obrigatoriamente, sempre que houver troca de divisas entre o Brasil e o seu parceiro comercial. 
É proibida a troca de moedas no Brasil sem a intervenção do Banco Central do Brasil, o qual funciona como órgão gestor das operações cambiais através do Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI), que disciplina essas práticas no Brasil. O RMCCI substituiu a Consolidação das Normas Cambiais (CNC) em 2005.
Aspectos cambiais A questão cambial é muito importante, pois ela pode fortalecer ou enfraquecer a presença de um país no comércio internacional.Um país com uma moeda desvalorizada

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