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FACULDADE SETE DE SETEMBRO – FASETE Credenciada pela Portaria/MEC nº 206/2002 – D.O.U. 29/01/2002 ORGANIZAÇÃO SETE DE SETEMBRO DE CULTURA E ENSINO LTDA CNPJ: 03.866.544/0001-29 e Inscrição Municipal nº 005.312-3 Departamento de graduação – Bacharelado em Biomedicina EXPRESSÃO E REGULAÇÃO GÊNICA DE EUCARIONTES Paulo Afonso/BA Abril/2016 Joseilton Dantas Gonçalves Filho Maria Icardenhia Santos Vieira EXPRESSÃO E REGULAÇÃO GÊNICA DE EUCARIONTES Trabalho apresentado à disciplina de Genética Humana como critério de avaliação da primeira etapa do III período de Graduação de Biomedicina da Faculdade Sete de Setembro (FASETE). Orientado pela professora D.Sc. Kátia C.S. Félix. Paulo Afonso/BA Abril/2016 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2. MECANISMO DE AÇÃO DA SÍNTESE PROTEICA ................................... 5 2.1. TRANSCRIÇÃO DE DNA CONTROLADA ............................................... 6 2.2. RECOMPOSIÇÃO ALTERNATIVA DE RNA ............................................ 6 2.3. CONTROLE CITOPLASMÁTICO DA ESTABILIDADE DO RNA MENSAGEIRO ................................................................................................... 7 2.4. INDUÇÃO DA ATIVIDADE DE TRANSCRIÇÃO POR FATORES AMBIENTAIS E BIOLÓGICOS ........................................................................... 7 2.5. MOLÉCULAS SINALIZADORAS GENES QUE RESPONDEM HORMÔNIOS ..................................................................................................... 7 2.6. CONTROLE MOLECULAR DA TRANSCRIÇÃO EM EUCARIOTOS ...... 8 2.6.1. Sequência de DNA implicadas no controle da transcrição ............. 8 2.6.2. Proteínas implicadas no controle da transcrição/ fatores de transcrição ........................................................................................................ 8 2.6.3. Regulação pós-transcricional da expressão gênica por interferência por RNA ...................................................................................... 9 2.6.4. Via de RNAi .......................................................................................... 9 2.6.5. Expressão gênica e organização da cromatina ................................ 9 2.6.6. Eucromatina e heterocromatina ...................................................... 10 2.6.7. Organização molecular do DNA transcricionalmente ativo .......... 10 2.6.8. Metilação de DNA .............................................................................. 10 2.6.9. Imprinting ........................................................................................... 11 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 12 4. REFERÊNCIA ........................................................................................... 13 4 1. INTRODUÇÃO De acordo com o contexto histórico a regulação genica originou-se a partir de um mecanismo de modificação da proteína do parasita tripanossomo através do mecanismo de defesa do sistema imunitário. Onde a regulação da expressão genica em eucariontes é desencadeada a partir da capacidade do tripanossomo modificar a proteína que reveste a sua superfície. (SNUSTAD, 2013). Segundo MARTINS, FILHO; 2010 a expressão gênica pode ser descrita como o conjunto de processos que ocorrem para que um organismo, tecido ou célula inicie, aumente, diminua ou cesse a produção de produtos finais de seus genes, proteínas e/ou RNAs. Os seres procariotos e eucariotos também passam pelo processo de transcrição de DNA em RNA, logo após a tradução desses RNA é sintetizado a proteína composta de polipeptídios. A tradução desta proteína ocorre no sentido de 5’ - 3’, onde a sua alteração ocorre pela perda de íntrons não codificado. Pois estes íntrons são produzidos a partir de enzimas catalisadoras transcritas em eucariotos. (SNUSTAD, 2013). Assim, a expressão gênica é mais complexa em eucariotos por possuir uma membrana que é subdividida em organelas. Sendo que a célula do eucarioto é separada por núcleo onde é armazenado o material genético, as outras organelas presentes seriam a mitocôndria e cloroplastos que obtém energia assim como o retículo que transporta o material para dentro da célula. Este processo de divisão das células eucariótica é chamado de expressão gênica, ocorrendo o processo de transcrição no núcleo de DNA em RNA, sendo que o RNA modifica-se ainda dentro do núcleo, fazendo a remoção dos íntrons, sendo que o RNAm transporta o material para o citoplasma, onde se associa com o ribossomo, após ocorre essa associação esse RNAm torna-se um polipeptídio. 5 2. MECANISMO DE AÇÃO DA SÍNTESE PROTEICA Foi descrito em 1958 por Francis Crick na tentativa de relacionar o DNA, o RNA e as proteínas. O DNA pode replicar-se e dar origem a novas moléculas de DNA, pode ainda ser transcrito em RNA, e este por sua vez traduz o código genético em proteínas. Figura 1. Dois esquemas representando as principais ideias propostas pelo Dogma Central da Biologia Molecular. No Esquema A aparece o modelo possível de transferência do código genético, enquanto em B está retratado o modelo comprovado experimentalmente e que até hoje é aceito. Figura extraída e modificada do artigo publicado por Crick em 1958. (“Central Dogma of Molecular Biology”, Nature, 227: 561–563/ http://www.nature.com/nature/journal/v227/n5258/ pdf/227561a0.pdf). O processo de tradução das informações genéticas armazenada na sequencia nucleotídica de um RNAm, segundo as especificações do código genético, na sequência de aminoácidos do produto gênico polipeptídico é complexa e exige as funções de uma grande quantidade de macromoléculas. Essas incluem mais de 50 polipeptídios e três a cinco moléculas de RNA em cada ribossomos a composição exata varia de acordo com a espécie, no mínimo 20 enzimas ativadoras de aminoácidos, 40 a 60 diferentes moléculas 6 de Rinat e muitas proteínas solúveis que participam da iniciação, do alongamento e da fiscalização da cadeia polipeptídica (SNUSTAD,2013). De modo que a síntese de proteínas consiste em unir aminoácidos de acordo com a sequência de códons de um RNA mensageiro. Tendo em vista que essa sequência é determinada pelas bases do DNA que serviu de molde para este RNA mensageiro, a síntese de proteínas representa a “tradução” da informação do gene (GO Fontes, 2013). 2.1. TRANSCRIÇÃO DE DNA CONTROLADA Em procariotos a expressão genica ocorre através da transcrição do DNA em RNA, quando não ocorre a transcrição o gene não é expresso, sendo assim os eucariotos precisam de um sinalizador interno para controlar a transcrição do DNA, para que ocorra o processo de transcrição são necessárias que os reguladores positivos quanto negativos se liguem as regiões específicas do DNA, tornando-se uma proteína de transcrição. Na regulação transcricional eucariótica é medida por interações de proteína-DNA. Essas proteínas reguladoras positivas e negativas ligam-se a regiões especificas do DNA e estimulam ou inibem a transcrição (SNUSTAD; SIMMONS, 2013). 2.2. RECOMPOSIÇÃO ALTERNATIVA DE RNA A maioria dos genes eucarióticos contém sequência não codificadora denominada íntrons, que separam as sequencias codificadoras ou éxons. Os íntrons sãoexcisados transcritos de RNA antes do transporte para o citoplasma (SNUSTAD; SIMMONS, 2013). Os genes eucarióticos possuem íntrons, onde serão removidos na transcrição de RNA, na codificação genica, sendo assim permanecendo os éxons e os íntrons serão eliminados, sendo que um gene pode codificar outros polipeptídios, sendo assim chamado de recomposição alternativa. 7 2.3. CONTROLE CITOPLASMÁTICO DA ESTABILIDADE DO RNA MENSAGEIRO O RNA mensageiro ele é responsável pela transferência de informações do núcleo para o citoplasma, até o local da síntese proteica, sendo que quando localizado no RNA pode ser traduzido em ribossomos, podendo ocorre à degradação do RNA. Durante a síntese de mRNA, ocorre uma separação temporária dos filamentos de um segmento de DNA (Artigo por Colunista Portal; 2013). Novo estudo diz que a instabilidade do RNAm é a tradução em polipeptídios, onde são reguladoras de pequenas moléculas de RNA não codificada, sendo assim chamado de RNA de interferência, ou seja, é um tipo de mecanismo que determina o fim da vida útil do RNA, para que produza proteína além do necessário. A interferência por RNA (RNAi) é um mecanismo celular responsável pelo silenciamento gênico pós-transcricional (post transcription gene silencing - PTGS) atuando sobre o RNA mensageiro (PETERSEN CP, DOENCH JG, 2010) 2.4. INDUÇÃO DA ATIVIDADE DE TRANSCRIÇÃO POR FATORES AMBIENTAIS E BIOLÓGICOS A temperatura elevada ocorre no meio interno da proteína podendo estabilizar seu meio, essa proteína tanto pode ser encontrada em procariotos e em eucariotos, sendo assim, a regulação termina ocorre na transcrição. A expressão gênica eucariótica pode ser induzida por fatores ambientais como calor e por moléculas sinalizadoras como hormônios e fatores de crescimento. (SNUSTAD; SIMMONS, 2013). 2.5. MOLÉCULAS SINALIZADORAS GENES QUE RESPONDEM HORMÔNIOS O hormônio é um tipo de secreção que circula pelo corpo em eucariotos multicelulares, sendo assim seu contato com as células-alvo da origem a 8 expressão de determinado gene, nos animais é divido em duas classes, sendo os hormônios esteroides peptídicos. O hormônio esteroide é derivado do colesterol, por possuir moléculas lipossolúveis, já os hormônios peptídicos sua molécula não codifica os genes, sua molécula é grande passando na membrana celular, sendo ativado um sinal chamado de proteína receptora de ligação. A expressão gênica eucariótica pode ser induzida por fatores ambientais como calor e por sinalizadores como hormônio e fatores de crescimento (SNUSTAD; SIMMONS, 2013). 2.6. CONTROLE MOLECULAR DA TRANSCRIÇÃO EM EUCARIOTOS 2.6.1. Sequência de DNA implicadas no controle da transcrição A transcrição é o processo de iniciação no promotor de um gene, sendo assim a sequência mínima é necessária para que haja a transcrição de forma correta. Cada proteína se liga a uma sequência de promotor, ocorrendo o processo de RNA polimerase na fita molde do DNA, ou seja, a fita contínua. A transcrição de genes eucarióticos é regulada por interações entre a proteína e sequência de DNA localizados dentro ou perto dos genes. (SNUSTAD; SIMMONS, 2013). 2.6.2. Proteínas implicadas no controle da transcrição/ fatores de transcrição As proteínas eucarióticas estimulando o processo de transcrição, onde essa proteína possui um domínio químico, ativando o processo de ligação de DNA e ativação de transcrição, essa ativação faz com que a DNA polimerase inicie o processo de transcrição. Existem cinco fatores de transcrição sendo eles: dedo de zinco ocorre porque sua alça de peptídeo é curta, ocorrendo a formação de duas cisteínas se ligando a um íon de zinco, hélice-volta-hélice, são aminoácidos separados por curvas, zíper leucina, pois um trecho do aminoácido possui leucina, hélice- alça-hélice que é um trecho do aminoácido formado por alça não helicoidal, sendo assim o último fator seria de transcrição dimerização como o zíper de 9 leucina ou hélice-alça-hélice, como princípio há a combinação dos polipeptídios semelhantes. 2.6.3. Regulação pós-transcricional da expressão gênica por interferência por RNA A regulação transcricional possui um papel importante na expressão gênica em eucariotos, pois é identificado como pequenos RNA não codificados, ocorrendo a interferência durante o emparelhamento das bases, principalmente em moléculas de RNAm. 2.6.4. Via de RNAi O processo de RNA ocorre através de pequenas molécula não codificadas, também chamadas de RNA de interferência curta (siRNA), ou microRNA (miRNA),em caso de moléculas maiores de RNA, ocorre uma ação enzimática de proteínas que são endonuclease específica para RNA biliarmente. RNA não codificadores curtos podem regular a expressão de genes eucarióticos por interação com os RNA mensageiros produzidos pelos genes. (SNUSTAD; SIMMONS, 2013). 2.6.5. Expressão gênica e organização da cromatina A cromatina é constituída por DNA e proteína, sendo assim um complexo de DNA e RNA localizado no interior do núcleo da célula eucariótica. A alteração da compactação da cromatina resulta em um efeito importante na estrutura dos cromossomos interfásicos. Nesses cromossomos, a cromatina não está uniformemente compactada e encontra-se, desse modo, na forma condensada e na forma mais estendida. A forma mais altamente condensada da cromatina interfásica é denominada heterocromatina e é caracterizada pelo DNA que está permanentemente nessa compactação não conter genes. (ALBERTS, B. et al, 2011). 10 2.6.6. Eucromatina e heterocromatina A eucromatina é uma parte do cromossomo sendo que permanece condensado exceto na divisão celular, sua coloração é fraca, já a heterocromatina também é uma porção do cromossomo sendo que sua coloração é forte, ocorre a condensação dos cromossomos, exceto na divisão celular. Vários aspectos da organização da cromatina influenciam a transcrição de genes. (SNUSTAD; SIMMONS, 2013). 2.6.7. Organização molecular do DNA transcricionalmente ativo Durante o processo de desenvolvimento humano, o embrião produz ligeiramente uma hemoglobina, sendo que possui a necessidade de carregar oxigênio para sistema circulatório, assim como a LCR é um agrupamento de genes B-globina , onde esse gene estimula a transcrição para gene de B- globina, ou seja, esse processo ocorre a partir da sequencia inserida na LCR. Assim, a LCR parece isolar os genes do B-globulina da influencia da cromatina ao seu redor (SNUSTAD; SIMMONS, 2013). No processo de transcrição de DNA, ocorre uma alteração nos nucleossomos, por complexos proteicos, fazendo que haja a RNA polimerase, quando ocorre esse processo é chamado de remodelagem da cromatina, sendo assim dividida em dois complexos: Sendo que seu primeiro complexo ocorre através do processo de transferência do grupo acetila para aminoácidos, onde é denominado histonas, o outro complexo este relacionado à desorganização de estrutura do nucleossomos, próximo ao promotor de um gene. A substituição do nucleossomo catalisado pelo complexo SWI/SNF aparentemente possibilita o acesso de fatores de transcrição ao DNA (SNUSTAD; SIMMONS, 2013). 2.6.8. Metilação de DNA A metilização do DNA é o agrupamento de bases com estrutura metila a base citosina(C), a maioria das citosinas metiladas é encontrada nas bases com estrutura 5’mCpG 3’ e 3’GpCm 5’, tanto os eucariotos como os procariotos podem ser metilados, ou seja, a catalisação dessa enzima. O DNA metilado, 11 quando presente, esta associado à repressão da transcrição (SNUSTAD; SIMMONS, 2013).2.6.9. Imprinting É um fenômeno genético que é expresso por genes alelos, essa metilação ocorre normalmente em mamíferos, insetos e flores, onde esse gene é ativado seguindo um padrão paterno ou materno, durante a formação dos gametas. A metilação do DNA em mamíferos, também é responsável por casos incomuns nos quais a expressão de um gene, é controlada por sua origem parietal (SNUSTAD; SIMMONS, 2013). 12 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Portanto a expressão gênica resulta na modificação da proteína, afim de uma resposta imunológica, onde acontece através do processo de divisão celular, ocorrendo o processo de transcrição do DNA em RNA. Sendo assim o gene será codificado, porém a proteína é decodificada, grande parte dos genes eucarióticos contém íntrons, que são regiões onde não são codificadas e que interrompem a sequência de aminoácidos de um polipeptídio. Determinadas proteínas implicam no controle da transcrição, pois há fatores de ligação entre um acentuado que faz contato com uma ou mais proteínas a uma região promotora, tendo motivos estruturais características que resultam na associação de aminoácidos dentro de suas cadeias peptídicas. 13 4. REFERÊNCIA ALBERT, B.et, al: FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA CELULAR.3 edição. Editora Artimed, vol. único, 2011. Martins EAC , PR Maciel Filho: MECANISMOS DE EXPRESSÃO GÊNICA EM EUCARIOTOS. Revista da Biologia, v. 4, p.18-25, 2010. NR França, D Mesquita Júnior, AB Lima: Interferência por RNA: Uma nova alternativa para terapia nas doenças reumáticas. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 50, nº 6, 2010. Sahelices, C.C.; Villagrá, M.J.A: PRINCIPIOS DE MECÁNICA CUÁNTICA EN LA RESOLUCIÓN DE PROBLEMAS DE ESTRUCTURAS ATÓMICAS EN ESTUDIANTES DE QUÍMICA. Experiências em Ensino de Ciências, v. 8, nº 1, 2013. Snustad, Peter; Simmons Michael J.: Fundamentos da Genética. 6ª Edição, Editora Guanabara, 2013. Portal Educação, Disponível em: < http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/28344/rna-mensageiro >. Acesso em 20 de março de 2016.
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