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* INTERVENÇÃO DE TERCEIROS * ESPÉCIES e PREVISÃO LEGAL ASSISTÊNCIA: Artigos 119 a 138; DENUNCIAÇÃO DA LIDE: Artigos 125 a 129; CHAMAMENTO AO PROCESSO: Artigos 130 a 132; INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: Artigos 133 a 137; AMICUS CURIAE: Artigo 138. * ASSISTÊNCIA * Conceito: A assistência é uma forma de intervenção espontânea que ocorre com o ingresso do terceiro na relação processual já existente. Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la. Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre. * Espécies 1. SIMPLES ou ADESIVA: É aquela na qual o assistente tem interesse jurídico próprio, que pode ser preservado na medida em que a sentença seja favorável ao assistido. Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido. Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será considerado seu substituto processual. * Espécies 2. LITISCONSORCIAL ou AUTÔNOMA: É aquela na qual o assistente tem interesse jurídico próprio, qualificado pela circunstância de que sua própria pretensão, que poderia ter sido deduzida em juízo contra o adversário do assistido, mas não o foi, será julgada pela sentença, razão pela qual assume, quando intervém no processo alheio, posição idêntica à do litisconsorte. É o caso daquele que poderia ter sido facultativo mas não o foi, tendo sido deixado fora da relação processual. Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido. * Importante Art. 122. A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação ou transija sobre direitos controvertidos. Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que: I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença; II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu. * DENUNCIAÇÃO DA LIDE * CONCEITO: É o ato pelo qual o autor ou o réu chamam a juízo terceira pessoa, que seja garante do seu direito, a fim de resguardá-lo no caso de ser vencido na demanda em que se encontram. É forma de intervenção de terceiros provocada que tem natureza jurídica de ação. É também chamada litisdenunciação. Todas as hipóteses de cabimento (artigo 125, caput) estão associadas ao exercício do direito de regresso (artigo 125, § 1º). * – HIPÓTESES DE CABIMENTO – Artigo 125 – Inc. I. Possibilidade de evicção (perda total ou parcial de um bem adquirido em favor de um terceiro, que tem direito anterior, por decisão judicial, relacionada a causas de um contrato). Inc. II. Garantia em decorrência de lei ou contrato. * – PROCEDIMENTO – A litisdenunciação pode ser requerida pelo autor ou pelo réu (art. 126). Se realizada pelo autor, o requerimento DEVE SER FORMULADO JÁ NA PETIÇÃO INICIAL, na qual ele pedirá a condenação do réu, ante o risco de a lide principal ser julgada improcedente, fundamentando-o. A denunciação deve ser requerida pelo réu no PRAZO PARA APRESENTAR SUA DEFESA. * – PROCEDIMENTO – Na denunciação feita pelo AUTOR (art. 127), recebida, o juiz ordena a citação do litisdenunciado, podendo este assumir a posição de litisconsorte do denunciado e acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-se, em seguida, à citação do réu. Na denunciação feita pelo RÉU, observar-se-á as hipóteses do artigo 128. * – IMPORTANTE – Artigo 128, § único: Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva. Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação da lide. Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado. * CHAMAMENTO AO PROCESSO * CONCEITO: É o ato pelo qual o réu, citado como devedor, chama ao processo o devedor principal, ou os co-responsáveis ou os coobrigados solidários para virem responder pelas suas respectivas obrigações. É forma de intervenção de terceiros provocada, pela qual se atribui ao réu a possibilidade de chamar ao processo os outros devedores, para que ocupem também a posição de réus, sendo todos condenados na mesma sentença, em caso de procedência. * – HIPÓTESES DE CABIMENTO – Artigo 130 – Inc. I e II. Nos casos de FIANÇA (contrato acessório de garantia, por meio do qual um terceiro, que não o devedor, responsabiliza-se pelo pagamento do débito, passando a responder com o seu patrimônio pelo adimplemento). Inc. III. SOLIDARIEDADE PASSIVA. * – PROCEDIMENTO – O chamamento deve ser requerido no PRAZO DA DEFESA (art. 131). * – IMPORTANTE – Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento. Parágrafo único. Se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciárias, ou em lugar incerto, o prazo será de 2 (dois) meses. Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar. * INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA * CONCEITO: A desconsideração da personalidade jurídica é, na essência, o ato judicial pelo qual o juiz, diante do caso concreto, é autorizado, de forma temporária e restrita, desconsiderar os efeitos dessa personalidade, desde que configuradas fraudes, abusos ou confusões patrimoniais, capazes de causarem prejuízos a terceiros de boa-fé, a gim de responsabilizar os sócios, ou seja, os indivíduos que dão vida ao ente personalizado. * – PREVISÕES LEGAIS – CC, artigo 50: Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. CTN, artigo 135: São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos. CDC, artigo 28: O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. * – IMPORTANTE – Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo. § 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica. Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial. * – IMPORTANTE – Art. 134. (...) § 2o Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica. § 3o A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2o. § 4o O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos para desconsideração da personalidade jurídica. * – IMPORTANTE – Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias. Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória. Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente. * AMICUS CURIAE * Amicus curiae é termo de origem latina que significa "amigo da corte". Diz respeito a uma pessoa, entidade ou órgão com profundo interesse em uma questão jurídica levada à discussão junto ao Poder Judiciário. * – IMPORTANTE – Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação. § 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae. * – IMPORTANTE – Art. 138. (...) § 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3o. § 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas. F * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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