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1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas CCA 112: Botânica Aquática Professora: Carla Fernandes Macedo Aula: Dinophyceae e Euglenophyceae Dinophyta, Dinophyceae (dinoflagelados) 2 FITOFLAGELADOS Apresentam características Semelhantes a animais Diretamente do meio por heterotrofia Por fotossíntese fototrofia os quais obtém alimento Semelhantes a plantas os quais obtém alimento Ser ou não Ser ? PHYLUM Dinophyta, Dinophyceae, dinoflagelados (flagelado q/ roda) CARACTERÍSTICAS GERAIS • gera/ microscópicos unicelulares, rara/ filamentosas, grande >ria com flagelo; • formas amebóides, ovoides e cocóides; • clorofilas a e c, cloroplastos com pigmento carotenóide -caroteno e xantofila (como peridinina, neoperidinina, dinoxantina); • >ria marinhas (90%) e planctônica; dos pólos aos trópicos, mais abundantes em águas quentes • endozoóicas, simbióticas ou parasitas, rara/ crustáceos ou peixes, moluscos, esponjas 3 ORGANIZAÇÃO CELULAR • parede celular complexa = anfiesma • vesículas achatadas vazias (desarmadas ou atecadas) ou c/ placas celulósicas sobrepostas – couraça ou armadura = teca • número e disposição das placas p/ identificação • formas variadas: espécie e estádio do ciclo de vida • maioria não possui estigma (organela c/pigmentos, reação à luz), presente próximo ao ponto de emergência do flagelo longitudinal 4 Dinophyta (dinoflagelados) modificado de Lee (1999) Como identificar um dinoflagelado A. Vista lateral de célula com 2 flagelos desiguais inseridos apicalmente B. Vista ventral de célula com 2 flagelos desiguais inseridos ventralmente C. Vista ventral de uma célula peridinióide tecada D. Vista ventral de uma célula gimnodinióide atecada E. Vista apical das placas da epiteca F. Vista das placas da hipoteca. Cl = cloroplastos; N = núcleo; Po = placa do poro apical; AS = aleta sulcal AS Steidinger & Tangen 1996 (Figs A-B); Taylor 1987 (Figs C-F) 5 Dinophyta (dinoflagelados) Estruturado (com placas de celulose) Não estruturado (sem placas de celulose) Hipoteca Tecado Atecado (Tomas, 1997) Cingulo Sulco Epiteca Dinophyta (dinoflagelados) Vista apical Vista antapical Vista dorsalVista ventral Souza, 2002 6 FLAGELOS • maioria com dois flagelos diferentes: um flagelo longitudinal, orientado segundo o eixo da célula, e um flagelo transversal que rodeia a célula; • em muitas spp flagelos em sulcos: longitudinal = sulcus; transversal = cingulum. O transversal provoca > parte do movi/ da célula, geral/ em forma de hélice DESMOCONTO DINOCONTO Tomas, 1997 FT FL Arranjo flagelar nos dinoflagelados F= FLAGELO 7 RESERVAS E NUTRIÇÃO • carboidrato de reserva: amido, sintetizado como grãos no citoplasma, e reservas lipídicas; • 50% spp sem plastídios, heterotróficas (fagotróficas) com digestão das presas em vacúolos digestivos. BIOLUMINESCÊNCIA • afastar predadores 14 8 REPRODUÇÃO • vegetativa: simples divisão celular • formação de diversos tipos de esporos • produção de gametas 9 ALGAS FLAGELADAS CLOROFILADAS D I N O P H Y T A Podem ocupar dois níveis de transferência de energia na rede trófica dos ambientes aquáticos: produtores e consumidores. Associações de cistos de dinoflagelados como ferramentas potenciais na prospecção de petróleo. Inúmeras espécies formadoras de florações potencialmente tóxicas. Qual a importância de se estudar a taxonomia de algas flageladas? 10 Dinophyta Prorocentrales Dinophysiales Gonyaulacales Gymnodiniales Principais grupos (Filos) taxonômicos P. balticum (a-d) P. cordatum (= minimum) (e-l) P. micans (m-q) P. gracile (r) P. triestinum (s) Espécies de Prorocentrum planctônicas Prorocentrales 11 Critérios de classificação morfológica de espécies de Dinophysis . Dimensões . Forma (razão comprimento:largura) . Placas sulcais, cingulares e costelas . Presença/ausência de cloroplastos . Textura e ornamentação das maiores placas hipotecais Dinophysiales Ordem Gonyaulacales .arranjo flagelar dinoconto .células estruturadas com padrão de placas assimétrico .complexo do poro apical não se conecta a 1’por placa de canal Ordem Gonyaulacales .arranjo flagelar dinoconto .células estruturadas com padrão de placas assimétrico .complexo do poro apical não se conecta a 1’por placa de canal Tabulação típica: 4’, 6’’ Principais gêneros nocivos: Alexandrium Coolia Ostreopsis Gambierdiscus Pyrodinium Lingulodinium Protoceratium Gonyaulacales 12 Alexandrium minutum Halim Critérios de classificação morfológica de espécies de Alexandrium . Células isoladas ou em cadeias . Forma e dimensões das células Gonyaulacales .Forma e tamanho da célula .Posição e morfologia do cíngulo (deslocamento e projeção) e sulco .Presença/ausência de cloroplastos (número) e pirenóides (número) .Ornamentação da superfície externa Gymnodiniales .arranjo flagelar dinoconto .células não estruturadas (sem placas) ou “nuas” Gymnodiniales .arranjo flagelar dinoconto .células não estruturadas (sem placas) ou “nuas” Critérios de classificação morfológica de gêneros e espécies de Gymnodiniales Gymnodiniales 13 Cochlodinium polykikroides Margalef Matsuoka & Iwataki Gymnodiniales IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA E EFEITOS PREJUDICIAIS • produção primária e secundária; •responsáveis pelas florações ou marés vermelhas: em condições favoráveis de temp. e nutrientes, reproduzem-se em enormes quanti//. 14 Euglenofíceas Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas PHYLUM Euglenophyta, Euglenophyceae, algas flageladas CARACTERÍSTICAS GERAIS • 900 espécies; • Algas unicelulares, flageladas, raramente coloniais (perdem flagelos), ambientes aquáticos ou solos úmidos ou lodos; • Clorofilas a e b, carotenóide -caroteno, xantofila (neoxantina e anteraxantina); • Reservas: paramilo ou paramido, forma grânulos (tb em forma de anel) de polissacarídeos; reservas suplementares gotículas de lipídeo; • Organismos incolores fagotróficos ou saprófitos (2/3 das espécies absorvem partículas sólidas e compostos orgânicos dissolvidos). 15 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas HABITAT • Especial/ em meios ricos em mo; • Ambiente aquático: águas doce, marinha e salobra; • Estuários: durante maré baixa película verde; • Intestino de batráquios, copépodos de água doce. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas ORGANIZAÇÃO CELULAR - Pólo anterior da célula – invaginação com canal, reservatório e vacúolo pulsátil - Vacúolos: novos formados pela coalescência de peq. vesíc. - Estigma e um espessamento flagelar associado - Estrutura pericelular característica (película) - Bandas (estrias) protéicas sob a membrana plasmática, quanto mais estreitas mais flexível - bandas soldadas (semelhante parede) formam teca rígida, impregada de sais minerais (Fe e Mn) 16 17 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas CLOROPLASTOS E ESTIGMA • cloroplastos: quando presentes discóides ou em forma de fita, c/ ou sem pirenóide rara/: apenas um em forma de urna certas spp acumulam caroteno e colorem-se de vermelho • estigma: composto de gotículas lipídicas c/ carotenóides (envolta por membrana) • intumescência na base + estigma = sistema fotosensível APARELHO FLAGELAR • geralmenteem número de 2, excepcional/ 4, inserem-se na invaginação do pólo anterior da célula • com frequência só um flagelo emerge 18 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas MOVIMENTO • Espécies com cutícula flexível têm capacidade de se deformar e se deslocar sem auxílio dos flagelos (metabolia ou movimento euglenoide) 19 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas REPRODUÇÃO • multiplicação por divisão celular (mitose) • citocinese longitudinal • algumas spp podem encistar (forma de resistência) UTILIDADES E EFEITOS PREJUDICIAIS • florações vermelhas, verdes ou incolores • utilização em experimentos fisiológicos cultura: estudo da diferenciação do cloroplasto e dos mecanismos da fotossíntese • migrações verticais rítmicas diárias: estudo de ritmos circadianos
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