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* SAÚDE – DOENÇA A CURA Farmacêutica homeopata: Keila Furbino * Conceito de Cura em homeopatia Psora: sofrimento básico, sensações, sentimentos não justificáveis vivenciados pela natureza humana de uma forma dinâmica. Essas sensações são acompanhadas de angústia, inquietude, ansiedade e vulnerabilidade. Lembrando que o primeiro que se enferma no homem é a vontade e o entendimento, e por último, seu exterior. * Conceito de Cura em homeopatia O tratamento da psora torna-se o principal objetivo do médico homeopata que almeja desencadear o processo curativo, o que somente será feito com a administração do medicamento simillimum. * Conceito de Simillimum É o medicamento que cobre a sintomatologia da entidade clínica e da entidade individual nos seus mais amplos e completos aspectos. É o medicamento ideal, por excelência quando possível de se obter, e que deve ser buscado para se conseguir os melhores benefícios no tratamento. * Conceito de Cura em homeopatia O processo de cura desencadeado pelo simillimum seria a modificação da psora do estado de vigência para o estado de latência, portanto não há desaparecimento da psora , apenas latência de seus sintomas que sob influência medicamentosa mudariam de sentido. * Conceito de Cura em homeopatia Ocorre pelo reequilíbrio da Energia Vital em diferentes níveis do enfermo. Quando determinado pelo: a) Desaparecimento dos sinais e sintomas da doença, devolvendo condições ao indivíduo de restabelecer sua rotina de vida; * Conceito de Cura em homeopatia b) Além da cura dos sintomas orgânicos, uma melhor compreensão do seu processo de adoecimento; c) Apesar de não haver melhoria dos sintomas (no caso de pacientes terminais), a existência de uma Sensação Subjetiva de Bem Estar (SSBE) * Susceptibilidade Tendência para sentir influências ou contrair enfermidades. Para Kent, existem tantas formas de susceptibilidade quanto o número de indivíduos e a susceptibilidade é o fundamento de todo contágio e de toda cura. * Predisposição mórbida Tendência a estar disposto com antecedência. Consiste na vulnerabilidade do organismo ou de suas partes para adquirir moléstias. É hereditária ( ligada ao genótipo), constitucional (biotipos), específica ( produz sempre os mesmos quadros clínicos) ou inespecífica. * Idiossincrasia É a predisposição mórbida exagerada. Condição existente em todo ser humano que determina um estado de susceptibilidades que interferem na homeostase biopsíquica do indivíduo. * Idiossincrasia “... significam condições corpóreas peculiares que, embora sãs sobre outros aspectos, possuem uma tendência a serem levadas a um estado mais ou menos mórbido por certas coisas que parecem não produzir impressão alguma, nem nenhuma mudança em muitos outros indivíduos”.&117 Organon * Medicamento homeopático Através do princípio da semelhança, o medicamento homeopático atua transmitindo à Energia Vital as “informações” imprescindíveis a sua reorganização. É o re-ordenamento da Energia Vital que permite a redução das susceptibilidades, corrigindo as predisposições mórbidas do organismo. * Medicamento homeopático Hahnemann procurou estabelecer uma medicação que deslocasse os órgãos de choque. O medicamento homeopático não vai lesar ou destruir o órgão de choque vai apenas desviá-lo. O ser humano só terá uma moléstia se estiver predisposto, se não for, nada acontecerá. * Homeopatia Na homeopatia, ao medicar o doente busca-se agir na susceptibilidade do organismo ( na causa) e não nas suas consequências ( nos sintomas da enfermidade). Somente desse modo o organismo poderá retomar o caminho natural da cura. * Classificação dos Sintomas MENTAIS = afetividade ( vontade e entendimento), Intelecto, Memória GERAIS = Relação com clima, desejos/aversões, sono, sexualidade, menstruação, febre, transpiração, posições. PARTICULARES = cabeça, dorso, abdomen, extremidades. * Totalidade Sintomática A causa de toda enfermidade só se revela ao médico homeopata através da totalidade sintomática, que é o conjunto de sinais e sintomas, físicos, mentais, subjetivos e objetivos que apresenta o indivíduo enfermo. * “Leis de Cura” de Hering A melhora dos sintomas ocorre de cima para baixo; A melhora da enfermidade ocorre de dentro para fora ( do mental para o físico); Aliviam-se primeiro os órgãos mais importantes, a pele e a mucosa ao final; A medida que desaparecem os últimos sintomas aparecidos, vem reaparecendo sintomas antigos. * Leis de Cura Sintomas exonerativos mais frequentes: Pele: eczemas, herpes, vesículas pruriginosas, abscessos, furúnculos, úlceras, urticária. Pólipos e verrugas, que estão relacionados com a superficialização da sicose, impedindo uma localização mais profunda e grave da doença. Mucosas: catarro nasal e bronquial, fluxos nasais, diarréias, inflamações e ulcerações. Suores e febre * Supressão mórbida Paliação, inibição ou desaparecimento da parte dos sintomas de um paciente por medicamentos não homeopáticos ou por meios, circunstâncias ou procedimentos terapêuticos externos. * Supressão mórbida Há uma intencionalidade no sintoma, por tanto, todo método terapêutico que tenha como finalidade eliminar este sintoma será supressor. * Supressão mórbida A supressão determina a aparição de metástase em outro órgão sob outras formas e com outro quadro de enfermidade ( asma brônquica após a extração das tonsilas). * Agravação Homeopática É a agravação de sintomas já existentes, parecendo uma piora da moléstia primitiva, mas frequentemente acompanhada de uma sensação subjetiva de melhora do paciente. Hahnemann a atribuía à ação primária do medicamento homeopático, que se somava à doença, intensificando seus sintomas. Geralmente melhora espontaneamente e o paciente pode tolerar o quadro. * Observações Prognósticas de Kent Paciente funcional: manifestações sensoriais, alterações bioquímicas; Paciente Lesional Leve: alterações em órgãos e tecidos não vitais; Paciente Lesional grave: alterações em órgãos e tecidos vitais; Paciente Incurável: alterações tão graves e profundas em órgãos e tecidos vitais (incluindo alterações mentais) que são irreversíveis. * Níveis de Cura Paciente Funcional: melhoram os sintomas mentais, gerais e funcionais com SSBEG. Ocorre uma melhora suave, progressiva e sem agravações. Paciente Lesional Leve: agravação curta e forte, seguida de rápida melhora. Paciente Lesional Grave: agravação prolongada, seguida de lenta e segura melhora., * Níveis de Cura Paciente incurável: a deteriorização energética chegou ao máximo, por isso a tentativa do organismo equilibrar-se foi levada as últimas possibilidades, não existindo nada para curar e portanto não há agravação, e se espera uma paliação com melhora dos sintomas idiossincráticos e morte com SSBE. * Níveis de Cura Casos lesionais: cirrose hepática, artrite, artrose deformante, diabetes insulina-dependente O aparecimento de melhora do estado geral: recuperação do ritmo de sono, diminuição das dores, aumento da motricidade. Diminuição do uso de fármacos. * Cura No curso do processo de cura é frequente ocorrerem as agravações homeopáticas, as exonerações e o retorno de sintomas antigos. Pode ocorrer também o surgimento de sintomas do próprio medicamento (patogenesia). Por outro lado poderá também acontecer uma má agravação não desejada pelo médico homeopata. * Exonerações ou Eliminações São produzida pela reação do organismo, levando ao desequilíbrio de suas partes mais nobres ( órgãos e sistemas vitais) para as mais superficiais e externas, provocando as necessárias eliminações, como suores, pápulas, descamações, pruridos, corizas, catarros brônquicos, diarréias, secreções de toda natureza. * Retorno dos Sintomas Antigos É o reaparecimento no doente,durante o tratamento homeopático, de sintomas de males antigos, que já não estavam aparente por ocasião da primeira consulta. Indica que o medicamento foi bem escolhido e está sendo capaz de provocar na energia vital um movimento profundo de cura, percorrendo o caminho de volta até o início da enfermidade e finalmente curá-la. * Patogenesia Podem surgir durante o tratamento, sintomas nunca antes apresentados pelo paciente, mas próprios da patogenesia do medicamento. Se os sintomas surgiram em consequência de doses exageradas e repetidas do medicamento, representam apenas manifestações da patogenesia, da mesma forma como ocorria nas experimentações em homem são. * Patogenesia Se no entanto, esses sintomas surgem com pouco estímulo medicamentoso, podem indicar que o medicamento foi semelhante ao indivíduo o bastante para provocar neste a expressão de uma parte de sua psora que estava latente, silenciosa. * Má agravação Diferentemente da agravação homeopática, a má agravação corresponde a agravação da moléstia. Não tem relação com a ação do medicamento homeopático. Indica que a moléstia continua progredindo. Ou o medicamento homeopático foi mal escolhido ou o paciente não tem condições energéticas para reagir. * Diferença entre as Agravações Na evolução do caso clínico, a má agravação se distingue da agravação homeopática porque nesta última, “os sintomas estão piores, mas o doente se acha melhor”. Na má agravação ou agravação da moléstia nada há de subjetivo ou objetivo que indique a melhora do paciente. * Obstáculos a Cura Hábitos de vida, dieta, caráter moral e intelectual, ocupação, relações sociais e domésticas e nas causas ocasionais de enfermidade. Os pacientes agredidos em sua constituição vital por tratamentos agressivos e frequentes, ao longo de sua vida, possuem um grave obstáculo a cura homeopática. * Obstáculos a Cura Hábitos de vida ( ritmo acelerado, ritmo demasiado sedentário), uso de drogas seja de qualquer tipo, excesso de atividade física e mental, desvios comportamentais e morais. Isso pode levar à enfermidade como também interferir em sua recuperação. * Obstáculos a Cura Para que a homeopatia funcione: a) Medicamento adequado, capaz de estimular em forma adequada b) Uma energia vital capaz de reagir ao estímulo dinâmico ( o medicamento) c) Na dose adequada de estímulo ( quantidade de medicamento) * Cura A homeopatia não pode curar sempre. O indivíduo pode ter uma melhor compreensão do seu processo de adoecimento e isso é tudo. * Bibliografia HAHNEMANN, S.C. Organon da Arte de Curar. São Paulo, Robe Editorial, 2001 KOSSACK-ROMANACK, A. Homeopatia em 1000 Conceitos. São Paulo, ELCID, 2003 NASSIF, M. Regina Galante. Compêndio de Homeopatia. São Paulo, Robe Editorial, 1997 * Muito Obrigada! Muito Obrigada!
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