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Especies de Pagamento - Deposito e Mandato

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INTRODUÇÃO
 A palavra contrato vem do latim contractu, que significa tratar com. Nada mais é do que a junção de interesses de pessoas sobre determinada coisa. Ou seja, é o acordo de vontades visando criar, modificar ou extinguir um direito. Em outras palavras, o contrato é mútuo consenso de duas ou mais pessoas sobre o mesmo objeto. Atualmente, o contrato, independente de sua espécie, é caracterizado como negócio jurídico com a finalidade de gerar obrigações entre as partes. Além disso, norteia três princípios fundamentais: autonomia das vontades, supremacia da ordem pública e obrigatoriedade. 
 No presente trabalho iremos abordar o contrato de depósito e de mandato. 
CONTRATO DE DEPÓSITO
 O contrato de depósito trata-se de um instrumento pelo qual uma pessoa (depositário) recebe um bem móvel parar guardar, até que o depositante o reclame.
Muito usado em casos corriqueiros do dia-a-dia, como no quando o proprietário de um cavalo vem a depositá-lo em um haras, o contrato de depósito é previsto no direito civil brasileiro, em regra geral, como um contrato gratuito, ou seja, apenas uma das partes sai beneficiada, que, no caso, seria o depositante, que teria o benefício de ter seu bem móvel protegido por outrem (depositário).
 Daí observa-se, que o contrato de depósito possui o caráter da bilateralidade, onde o depositante deposita a coisa para que o depositário a guarde.Diferentemente dos contratos de empréstimo, no contrato de depósito, o depositário, em regra, não possui nenhum direito de fruição sobre a coisa depositada, salvo apenas uma exceção, que é quando o depositante, no ato contratual, deixou expressamente a autorização para que aquele disfrute da coisa depositada. Caso não havendo essa autorização, incorrerá o inadimplemento da obrigação de não fazer por parte do depositário, implicando assim, no pagamento de indenização por perdas e danos ao depositante.
CLASSIFICAÇÃO DO CONTRATO DE DEPÓSITO 
 Como já antes dito, o contrato de deposito possui, em regra, a característica de contrato gratuito, ou seja, gerando vantagem apenas para uma das partes, porém, existem três exceções onde haverá vantagem para ambas as partes, como a convenção em contrário, que se trata da possibilidade das partes (depositante e depositário) firmarem no contrato que o depósito será de cunho oneroso. 
 Outra exceção quanto a isso advém da possibilidade do contato resultar de uma atividade comercial, e, por fim, a ultima exceção à forma gratuita do contrato está conservada na possibilidade de o depositário exercer o ato de forma profissional, como por exemplo, um pet shop destinado à hospedagem de animais domésticos. 
ESPÉCIES DO CONTRATO DE DEPÓSITO 
 Segundo a legislação civil em vigor, o contrato de depósito possui duas espécies, a saber:
Depósito voluntário
Depósito necessário 
DEPÓSITO VOLUNTÁRIO 
 Como o próprio nome preconiza, trata-se do deposito convencionado voluntariamente pelas partes através do contrato. Onde o depositante, que, não necessariamente precisa ser o proprietário da coisa, podendo ser apenas um possuidor, deposita o bem móvel para que fique sob a guarda do depositário. 
Embora o código civil estabeleça que o contrato de depósito deverá ser por escrito, é de entendimento doutrinário majoritário que ao expressar isso, o legislador quis fazer uma sugestão, e não uma imposição, portanto, entende-se como admissível o contrato de deposito não solene.
 Ainda no que tange ao depósito voluntário, expressa o código civil que o depositante deverá arcar com as despesas com a coisa, assim como eventuais prejuízos. Então, quando, por exemplo, “A”, através de um contrato de depósito para com “B”, responsabiliza este como depositário de seu cavalo, e o mesmo vem a destruir a cerca de sua propriedade, “A”, na figura de depositante, será o responsável pelo pagamento do prejuízo que seu bem causou ao depositário “B”.
 A obrigação do depositante existe mesmo quando não houver remuneração, e, fica assegurado ao depositário do direito de retenção da coisa até que este seja devidamente indenizado, desde que o mesmo prove tais fatos, com valor líquido. Por exemplo, se o semovente de “A” veio a destruir a cerca da propriedade do depositário, este provará o fato e com valor certo do prejuízo, sob pena de perder o direito de receber a devida indenização. 
 Caso o depositário prove o fato, mas, não apresente um valor líquido de sua perda, este não perderá o direito de retenção sobre a coisa, porém, a lei põe a salvo o seu direito de exigir uma caução do depositante, ou a possibilidade de remover a coisa para um depósito público. 
RESPONSABILIDADE DO DEPOSITÁRIO 
 Também é importante salientar a respeito da responsabilidade do depositário para com a coisa depositada, tendo em vista que o código civil afirma que este terá a responsabilidade de zelar a coisa como se dele fosse, tento a obrigação de restituí-la com frutos e acrescidos se houver. Destarte, caso o semovente entregue para depósito gere uma cria, por exemplo, seu depositário deverá restituí-lo ao depositante acompanhado de sua cria, justamente pelo fato da legislação civil tratá-la como um fruto da coisa. 
 Como já dito preteritamente, a irresponsabilidade do depositário para com a coisa depositada, em regra, gera o pagamento de indenização por perdas e danos em favor do depositante, porém, o código civil apresenta uma exceção, onde mesmo quando a coisa se deteriorar ou se perder, aquele não respondera por perdas e danos, que é por motivo de força maior. Desta forma, se o carro depositado sob a guarda de Caio, e, em decorrência de uma forte tempestade, o telhado da garagem desabar, deteriorando assim a coisa depositada, o depositário (Caio) não responderá perante ao depositante, desde que prove o caso. 
 Ainda relacionado à responsabilidade do depositário, estabelece a legislação em vigor, que se a coisa foi entregue fechada, colada, selada ou mesmo lacrada, esta terá de ser restituída da mesma forma, portanto, se Mirella entrega a depósito um relógio de pulso novo em uma caixa lacrada a Adilson, este terá a responsabilidade de restituir o bem da mesma forma em que recebeu. 
A responsabilidade do depositário é certa, e segundo a legislação em vigor, perdura até mesmo após seu falecimento, trazendo consequências para seus herdeiros que por ventura venham a interferir na relação de depósito, como assim dispõe o artigo 637, do código civil: “o herdeiro do depositário, que de boa-fé vendeu a coisa depositada, é obrigado a assistir o depositante na reivindicação, e a restituir ao comprador o preço recebido”.
 O interesse do depositante fica resguardado até mesmo contra os terceiros de boa-fé, como exemplo, se Caio era depositário de um carro de Tício, e, após o falecimento daquele, seu herdeiro, agindo de boa-fé, este terá a obrigação de entrar na ação reivindicatória proposta pelo depositante (Tício), assistindo-o. A ação de reivindicação tem o objetivo a anulação do contrato de compra e venda firmado outrora, e, caso julgada como procedente, o herdeiro alienante ainda terá a responsabilidade de restituir o valor ao terceiro com quem este celebrou o contrato.
HIPÓTESES DE RECUSA DA ENTREGA 
 Quanto se trata da responsabilidade do depositário, o código civil alerta que, em regra, o mesmo não poderá se recusar a entregar o objeto depositado, afinal, como dispõe o art.627, o prazo do deposito expirará no momento em que o depositante reclamar à coisa.
 Ocorre que no ato de celebração do contrato, é possível que as partes acordem desde já o prazo de entrega da coisa, contudo, este prazo, mesmo que existente, poderá ser expirado caso o depositante reclame à coisa antes dele findado, como dispõe o artigo 633, não podendo o depositário, em regra, se recusar à restituir o bem depositado.
 Porém, o legislador elencou algumas exceções onde é permitido ao depositante a recusa da entrega,a saber:
 a-Quando o depositário gozar do direito de retenção Como já explicado, o depositário possuirá o direito de retenção caso o depositante pague custas e eventuais prejuízos que aquele veio a ter com a coisa depositada, portanto, nessa hipótese, poderá o depositário se recusar a restituir o depósito.
b-Se o objeto houver sido judicialmente embargado.
c-Se sobre ele pender execução, desde que notificada ao depositário.
d-Se houver motivo razoável de suspeitar que a coisa foi dolosamente obtida.
 Nota-se que, ao dispor sobre o motivo de recusa da entrega da coisa por parte do depositário, o legislador foi um tanto subjetivo ao não exemplificar o significado estrito da expressão “motivo razoável”, nota-se, portanto, que não há uma taxatividade quanto o referido tema.
 Destarte, se, por exemplo, “A” entrega a deposito para “B” um carro, e este descobre o bem é um possível fruto de um crime de estelionato, a este fica ressalvado o direito de se recusar a restituir o bem ao depositante “A”. todavia, aquele que se recusou deverá requerer o depósito público da coisa, expondo o fundamento da suspeita, de acordo com o art. 634, do código civil. 
DEPÓSITO NECESSÁRIO 
Carlos Roberto Gonçalves diz que o depósito necessário é aquele em que o depositante, em virtude de alguma circunstancia imperiosa ou mesmo por conta de uma imposição legal, realiza o depósito , não podendo exercer o direito livre da escolha do depositário .
 Assim dispõe o art. 647 do código civil:
“É depósito necessário:
O que se faz em desempenho de obrigação legal;
O que se efetua por ocasião de alguma calamidade, como o incêndio, a inundação, o naufrágio ou o saque”.
 Assevera Carlos Roberto Gonçalves que, há três hipóteses de depósito necessário, levando em consideração o art. 649 do mesmo diploma, onde é feita uma equiparação do depósito necessário com relação às “bagagens dos viajantes ou hóspedes nas hospedarias onde estiverem.”
 De acordo com o referido diploma, o depósito necessário não se presume gratuito, mesmo quando for o caso da equiparação com relação às bagagens de hóspedes em hotéis ou em hospedarias, pois, segundo o art. 651, “a remuneração pelo depósito está incluída no preço da hospedagem”.
PRISÃO DO DEPOSITÁRIO INFIEL 
 Apesar do fato de a Constituição proibir a prisão civil, a mesma estabelece duas exceções, que é a prisão por inadimplência de dívida alimentícia e a prisão do depositário infiel. Este vem a ser aquele que não cumpre com o compromisso que firmou ao fazer parte da relação de deposito.
 O importante a ser frisado com relação ao assunto, é que embora o artigo 652 do código civil afirme que “o depositário que não restituir quando exigido será compelido a fazê-lo mediante prisão não excedente a um ano” o dispositivo não será aplicado, por conta do fato do Brasil ser signatário do Pacto de São José da Costa Rica, que veda a prisão do depositário infiel. 
 MANDATO
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
 É o contrato através do qual alguém (Mandatário) recebe poderes de outrem (Mandante), para em nome de este praticar atos ou administrar interesses. Para parte da doutrina, a procuração seria o instrumento que materializa o contrato de mandato. Orlando Gomes critica essa concepção, tendo em vista que a procuração pode ser verbal. Em verdade, a procuração é uma manifestação unilateral de vontade de quem pretende ser o mandante. A representação é a investidura concedida pelo mandante ao mandatário em virtude da existência do contrato. [1: Nesse sentido: VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2003, p. 266; GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil. vol. IV, Tomo 02. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 324/325.][2: GOMES, Orlando. Contratos. 26 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009, p. 425.][3: Ao contrário do que pensa Clóvis Beviláqua, Washington de Barros Monteiro (Curso, Obrigações, vol. II, p. 271), Caio Mário (Instituições, vol. III. Rio de Janeiro: Forense, 2009, p. 339)., Silvio Rodrigues e outros, Orlando Gomes defende a idéia de que procuração e representação não se superpõe necessariamente.(op. cit. p. 425). No mesmo sentido: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil brasileiro. Vol. III 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2006, p. 390.]
Conteúdo do Mandato
Mandato em termos gerais (art.661), se só conferir poderes de administração ordinária, como, pagar impostos, fazer reparações, contratar e despedir empregados; 
 Mandato com poderes especiais, se envolver atos de alienação ou disposição, exorbitando dos poderes, da administração ordinária (CC, art.661 §§ 1º e 2º), por ex., a aceitação de doação com encargo, novação, remissão de divida, emissão de cheque ou nota promissória, transação, imposição de ônus reais como hipoteca.
CARACTERÍSTICAS
 O Mandato é CONTRATO: 
Consensual: se aperfeiçoa com o consenso das partes, quer dizer que, necessita ter um consentimento entre as partes.
negócio jurídico intuitu personae: baseia-se na confiança entre as partes, por esta razão o contrato pode ser RENUNCIADO ou REVOGADO quando aquela sessar e extinguindo-se pela morte de qualquer das partes.
Informal ou não solene: é admitido na forma verbal ou tácita conforme o (art. 656).
Em regra geral, traz como característica a bilateralidade por trazer deveres tanto para o mandante como para o mandatário, ficando isto claro nos artigos 667 e 675 do Código Civil. Todavia, como exceção a bilateralidade temos os contratos gratuitos com deveres para só uma das partes;
trata-se de um contrato preparatório, afinal, tem por intuito que o mandatário fique habilitado a praticar atos, os quais são mencionados pelo mandante e são os considerados contratos finais.
O mandato conforme o art.660 pode ser a um ato especial ou geral para todos os negócios do mandante. Quando for especial deverá estar explicito na procuração ate onde mandatário poderá agir, e se acontecer deste agir além dos poderes dado a ele serão ineficazes em relação aquele em cujo nome foram praticado, salvo se este ratificar conforme o (art. 662) .
Pode ser gratuito ou oneroso nos casos onde se estipule remuneração ou não ao representante, e nos casos em que a onerosidade for presumida em razão do oficio ou profissão do mandatário, conforme o (art. 658).
Formas e requisitos do mandato
  A exteriorização do mandato se opera através da chamada procuração. Nela, constam os poderes outorgados ao mandatário para o desempenho do encargo recebido. A procuração envolve dois sentidos: designa o negócio unilateral de outorga de poder de representação e a forma de sua realização, que é o mandato. O art. 656 regula como será dada à autorização ou a sua forma, quando diz que: “o mandato pode ser expresso ou tácito, verbal ou escrito”.
Ele é expresso como dito por João Luiz Alves: “o mandato é expresso quando se faz certo por escrito, por palavras ou gestos que torna positiva e exterioriza a vontade”.
É tácito se decorre de uma presunção legal. “Sempre que uma pessoa, por determinação de outra, ou de lei, tem atribuições definidas, para cujo desempenho necessita praticar certos atos, por isso mesmo, são havidos como tacitamente autorizados”.
Será verbal a procuração no caso de alguém delegar a outrem poderes de representação através da palavra oral ou falada.
Será escrito quando se materializar em instrumento público que é feito e assinado no livro de notas. Se datilografado, digitado, impresso ou escrito de próprio punho é considerado instrumento particular. É a forma que mais se aplica em termos de procuração.
ACEITE 
 Só será considerado celebrado depois que o mandatário aceitar a incumbência que lhe foi atribuída podendo esta aceitação ser expresso, tácito ou presumido.
Expresso quando estiver na forma escrita;
Tácito pressupõe o inicio da execução pelo mandatário;
Na presumida se da entre ausentes, quando a obrigação for da profissão do mandatário calando-se este a respeito da proposta do mandante presume-se que aceitouo contrato.
OBRIGAÇÕES DO MANDATÁRIO
 Em conformidade com o art. 667, o mandatário aceitando o contrato, por livre e espontânea vontade, deverá desempenhar os poderes que a ele foram outorgados com “toda sua diligência habitual”. No caso de descumprir o dever de diligência, o mandatário irá responder por culpa ou dolo na execução do contrato, devendo indenizar qualquer prejuízo causado por sua culpa.
 No artigo 668, encontramos expresso que o mandatário deverá prestar contas ao mandante, isto é, ele tem o dever legal de expor todos os créditos e débitos referentes ao negócio que é objeto do contrato de mandato.
Em mandato em que haja proibição de substabelecer, caso o mandatário não respeite esta determinação, responderá por todo e qualquer prejuízo causado pelo substituto, ainda que fortuito. Terá direito de regresso contra o substituto, uma vez que fique caracterizada a culpa deste. Se o mandatário provar que os prejuízos teriam ocorrido de qualquer modo, mesmo sem o substabelecimento, não precisará indenizar o mandante em conformidade do Art. 667, § 2º.
 No art. 673. Diz que “O terceiro que, depois de conhecer os poderes do mandatário, com ele celebrar negócio jurídico exorbitante do mandato, não tem ação contra o mandatário, salvo se este lhe prometeu ratificação do mandante ou se responsabilizou pessoalmente.” Esta é uma garantia para terceiros, pois, caso consintam na prática de atos ultra vires, mesmo depois de ler a procuração, perdem o direito de acionar o mandatário, a não ser que o mandante haja prometido ratificar os atos ultravires, ou se o próprio mandatário houver prometido responder pessoalmente pelo negócio que praticou sem ter os devidos poderes. Se o mandatário não exibir a procuração, agindo em seu nome, as obrigações serão estranhas ao mandante, que delas não se beneficia, nem por elas se obrigará.  O mandatário será o credor ou o devedor, respondendo pessoalmente perante o terceiro de boa-fé.
 É da natureza da outorga de poderes que o representante atue em nome do representado.  É isto que expressa a primeira parte do art. 663. Respeitados os limites dos poderes conferidos, o mandante ficará obrigado pelos negócios realizados pelo mandatário.
 O artigo 666 permite que o relativamente incapaz seja mandatário. As relações entre o mandante e o terceiro não são afetadas. Os bens do incapaz, por outro lado, não são atingidos. O risco é do mandante, ao admitir mandatário relativamente incapaz, não podendo argüir a incapacidade deste para anular o ato. O mandatário, por sua vez, não responderá por perdas e danos em razão de má execução do mandato. 
SUBSTABELECIMENTO
 Conforme o art. 655. O mandatário pode nomear e constituir procurador desde que autorizado pelo mandante, ou seja, será transferida a outra pessoa os poderes assimilados ao mandatário com o consentimento do outorgante. 
 OBRIGAÇÕES DO MANDANTE
 São diversas e previstas no Código Civil de 2002 nos artigos 675 ao 681.Dividem-se em dois grupos:
 Primeira: o dever de satisfazer as obrigações assumidas pelo mandatário dentro dos poderes conferidos no mandato (Art. 675, CC/2002). Se o mandatário desatender alguma instrução, o mandante terá que cumprir o contrato, se não foram excedidos os limites do mandato, só lhe restando ação regressiva contra o procurador “desobediente” ( Art. 679, CC/2002).
 Como o mandatário atua em nome do mandante, como se este, em pessoa, praticasse o ato. Assim sendo, o mandante deve responder perante terceiros com seu patrimônio, pelos efeitos da declaração de vontade emitida pelo representante, cumprindo as obrigações assumidas de acordo com os poderes outorgados.Se o mandatário, não excedeu os poderes a ele conferidos, a responsabilidade do mandante não é afastada, mesmo com a alegação que o mandatário desatendeu suas instruções.Neste caso, no não atendimento às instruções, não há excesso de poder ( ultrapassar os limites de poderes outorgados), mas abuso de poder, pois o mandatário praticou atos em contrariedade as orientações do mandante,mesmo que dentro dos poderes conferidos; em consequência o mandante fica vinculado ao ato praticado pelo mandatário, mas terá contra este ação de perdas e danos pela inobservância das instruções contidas no mandato ( Art. 679, CC/2002).
 Silvio Rodrigues ( apud GONÇALVES, p 435, 2014 ) salienta que 
Terceiros que negociam com o mandatário só tem elementos para conhecer os termos do mandato, não podendo, portanto, ficar adstritos ás instruções dadas pelo mandante ao mandatário, cuja extensão e autenticidade desconhecem, pois não figuram no instrumento.
 O terceiro tem o direito de exigir a exibição do mandato, para conhecer os seus limites.
 Segunda:caráter pecuniário, conforme Gonçalves
 a obrigação de adiantar a importância das despesas necessárias à execução do mandato, quando o mandatário lho pedir, ou reembolsá-lo, com os juros eventualmente devidos pelo atraso, do valor das despesas por ele despendido, uma vez que o mandatário pode, ao seu alvitre, efetuar as despesas e em seguida solicitar seu reembolso, ou pedir ao mandante que adiante as importâncias necessárias ao desempenho da mandato;a pagar-lhe a remuneração ajustada; e a indenizá-lo dos prejuízos experimentados na execução do mandato ( CC, arts. 675 a 677).
	 
 	 O Código Civil de 2002, em seu artigo 675, prevê que o mandatário deve remunerar o mandatário conforme o ajustado e, na falta de ajuste, presumindo-se o mandato oneroso, pela Lei ou pelo que for arbitrado pelo juiz.Se a obrigação for líquida e certa, poderá ser exigida via ação executiva.A oportunidade do pagamento, ou seja, quando se dará o pagamento, será estipulada na procuração. Se nada for estipulado, o pagamento será efetuado conforme os costumes do local.Deve também, fornecer os meios para a execução do mandato, ou previamente, ou via reembolso, conforme fique combinado.O artigo 676, afirma que o mandante deve remunerar os serviços do mandatário quando assim ficar convencionado ou quando o objeto do mandato for daqueles que o procurador trata por ofício ou profissão lucrativa. Se o negócio ou a lei se omitirem a respeito da remuneração, esta, então, determinar-se-á conforme os usos do lugar e não os havendo por meio de arbitramento; hipótese em que o magistrado deverá estabelecer o quantum remuneratório, com base na duração da tarefa, na vantagem auferida pelo mandante e na natureza e complexidade do serviço prestado pelo mandatário (cc. art. 658). Já o artigo 667, diz que se ficar acertado que as despesas serão adiantadas, e o mandatário tiver, assim mesmo, que tirar dinheiro do próprio bolso para cobrir despesas com o mandato, vencem juros a seu favor a partir do momento do desembolso, independentemente de notificação ao mandante. Mas fique claro que, neste caso, o mandatário não precisa praticar o ato quando as despesas lhe forem negadas ou, de qualquer forma, não lhe forem adiantadas, conforme o combinado.Exemplo: Marcos outorga mandato a Alexandre para vender seu carro. Fica acertado que todas as despesas serão adiantadas por Marcos. Ocorre que Alexandre faz anunciar o carro no jornal, desembolsando ele mesmo o valor do anúncio. Terá direito ao reembolso dessas despesas, com acréscimo de juros legais, contados desde o dia em que desembolsou o dinheiro. Se o carro não for vendido, poderá retê-lo, até que seja reembolsado. Se for vendido, poderá reter o dinheiro da venda, até o reembolso.
 Artigo 678, o mandatário deve indenizar os prejuízos que o mandatário sofrer, ainda que fortuitos, desde que não haja culpa deste. Exemplo: Se entrego uma televisão a Ricardo para que a venda, vindo a televisão a explodir, causando danos a Ricardo, deverei indenizá-lo, mesmo que a explosão tenha sido fortuita. Em outras palavras, deverei indenizar os prejuízos, mesmo que não tenha tido culpa no acidente.
 O mandatário poderá reter o objeto do mandato até receber as despesas que efetuou e não lheforam reembolsadas. Não poderá reter o objeto do mandato quando o desembolso se referir a outro ato que não aquele necessário para a execução do mandato. No mesmo exemplo acima dado: Marcos outorga mandato a Alexandre para vender seu carro. Fica acertado que todas as despesas serão adiantadas por Marcos. Ocorre que Alexandre faz anunciar o carro no jornal, desembolsando ele mesmo o valor do anúncio. Além disso, faz, também a pedido de Marcos, assinatura de revista, pagando de seu próprio bolso. Terá direito ao reembolso dessas despesas, com acréscimo de juros legais, contados desde o dia em que desembolsou o dinheiro. Quanto às despesas com o anúncio do carro, não sendo este vendido, poderá retê-lo, até que seja reembolsado. Se for vendido, poderá reter o dinheiro da venda, até o reembolso. Mas não poderá reter o carro, nem o dinheiro de sua venda, para o reembolso pela assinatura da revista.
 Tampouco poderá reter o objeto para receber honorários ou indenização por prejuízos que haja sofrido. Por fim, não poderá reter outro objeto do mandante que esteja em seu poder.
EXTINÇÃO DO MANDATO
	 Seis são os modos de extinção do mandato, conforme o art. 682, CC/2002:
1)- Pela revogação por mera vontade do mandante,
2)- Pela renúncia do mandatário,
3)- Pela morte de uma das partes,
4)- Pela sua interdição,
5)- Pela mudança de estado que inabilite o mandante para conferir os poderes, ou o mandatário para os exercer,
6)- Pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio.
 Em regra, o mandato é negócio jurídico revogável, que decorre de duas considerações segundo Monteiro et al ( 2010,p 322)
O mandato funda-se na confiança qie o mandante deposita no mandatário, sendo possível que, após sua outorga, o primeiro venha se inteirar de fatos que arredem ou abalem essa confiança; b)em segundo lugar predomina nesse contrato o interesse do mandante, estando, pois, na sua vontade, no seu puro arbítrio, mantê-lo ou revogá-lo, quando e como lhe aprouver, segundo suas conveniências.
 O mandante não é obrigado a explicar os motivos que o levam à revogação, nem alegar que a mesma é injusta.O único direito que o mandatário tem é o de receber a competente renumeração, além das eventuais perdas e danos.
 A revogação pode ser antes ou durante a execução do mandato, total ou parcial.Exemplo: se o mandatário tem poderes de administração e disposição, podem estes ser revogados, subsistindo, no entanto, aqueles.
 Não é possível a revogação do mandato quando o negócio esteja concluído e cumprido.Quando o mandato é outorgado por vários mandantes ( mandato coletivo), a revogação efetuada por um deles não se estende aos demais. 
 O mandato pode ser revogado expressamente ou tacitamente, esta pode resultar na constituição de um novo mandatário (espécie mais frequente de revogação) para um mesmo negócio ou processo, sem ressalva da procuração anterior, devendo haver a informação ao antigo mandatário, caso não seja informado da revogação o ato por ele praticado não poderá ser taxado de excessivo ou emanado de falso e ilegítimo.
 Em um processo, a comunicação se dará com a juntada da procuração conferida ao novo procurador e haverá a revogação, mesmo sem sua aceitação. Quando o mandante assume a gestão ou a gerência do negócio em que havia constituído procurador, revoga seus poderes para o ato que assumiu, mas não para os demais.
 O efeito extintivo acontece com a comunicação ao mandatário da constituição de outro, de acordo com o disposto na parte inicial do art. 687. O segundo mandato, em si mesmo, existe, vale e se mostrará eficaz nos seus limites naturais, incluindo a revogação do anterior. A comunicação ao antigo mandatário representa fator da eficácia da extinção. Eventual notificação do antigo mandatário mostra-se inútil e dispensável, porém: de tácita a revogação se corrompe em expressa, motivo por que a regra se contentará com a sua inequívoca ciência, por qualquer modo, do segundo contrato.
 Art. 682 – “Cessa o mandato:” II – “pela morte ou interdição de uma das partes;”
 Fato natural é a morte. Com ela, cessa o mandato, por ser intuitu personae. Se é a morte do mandante, os atos serão válidos em relação a terceiros de boa-fé, enquanto a ignorar o mandatário. Se o mandatário, de má-fé, contrair obrigações com terceiros de boa-fé, responderá perante os herdeiros do mandante, pois aplica-se ao caso a teoria da aparência. Em outras palavras, os terceiros de boa-fé não serão prejudicados. Se a morte for do mandatário, cessa o mandato, ainda que os herdeiros tenham habilitação para cumpri-lo. Terão eles que avisar ao comitente e realizar os atos inadiáveis, sob pena de responderem por perdas e danos.
 Art. 682 – “Cessa o mandato:” II – “pela morte ou interdição de uma das partes;” III – “pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes, ou o mandatário para os exercer;” IV – “pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio.” 
 O primeiro é a mudança de estado. Toda mudança de estado que importe cessação da capacidade contratual extingue o mandato, ressalvados os direitos de terceiros de boa-fé. É o caso de uma das partes tornar-se louca, sendo interditada.
	 O segundo é o término do prazo.
	 E o terceiro é a conclusão do negócio, objeto do mandato.
 Se o Mandante revogar a procuração cometerá infração contratual e o mandatário terá direito a receber indenização.
 Em caso de renúncia, o mandatário deve comunicá-la ao mandante sua (não se admitindo renúncia tácita, somente expressa).
	 Diferentemente da revogação, a renúncia sempre se mostrará admissível. No entanto, consoante a oportunidade em que se dê o ato do mandatário, talvez se torne ilícita. A renúncia ilícita caracteriza-se pela produção de dano real e concreto aos interesses do mandante visados pelo contrato.
	 O mandato aparente ocorre quando terceiro de boa-fé contrata com alguém que tem toda a aparência de ser representante de outrem, mas na verdade não é. Pelo princípio da boa-fé deve-se considerar válido o ato e vinculado ao terceiro o pretenso mandante. O fundamento da eficácia reside na aparência do mandato, sem necessidade de apurar a causa do erro.
	 Com a morte do mandatário ocorre de imediato o desaparecimento dos poderes de representação. Caso o mandante falecido deixe herdeiros ou sucessores, nesta contingência, a sucessão causa mortis implica o nascimento de deveres perante o mandante. De acordo com o art.690, cada herdeiro do outorgado deve: (I) avisar o mandante da morte; (II) providenciar os atos devidos, a bem do mandante, “como as circunstâncias exigirem”. A finalidade do aviso ao mandante consiste em ensejar a constituição de novo representante. O dever de providenciar os atos exigidos pelas circunstâncias nascerá para os herdeiros dotados de capacidade e de habilitação para o ato. De acordo com Assis, os herdeiros que não se desincumbirem, a contento, dos deveres impostos pelo referido artigo, respondem perante o mandante pelo dano a ele provocado culposamente.
 O mandato pode tornar-se revogável em determinados casos definidos na lei (arts. 683 a 686). O mandato é irrevogável se contiver cláusula de irrevogabilidade. Também é irrevogável quando contiver cláusula de irrevogabilidade como condição de um negócio bilateral (mandato acessório de outro contrato), ou tiver sido estipulada no exclusivo interesse do mandatário; quando for conferido com a cláusula “em causa própria” ou mandato in rem suam é outorgada no interesse exclusivo do mandatário e utilizada como forma de alienação de bens. Recebe este poderes para transferi-los para o seu nome ou para o de terceiro (finalidade mista), dispensando nova intervenção dos outorgantes e prestação de contas. É irrevogável quando contém poderes de cumprimento ou confirmação de negócios encetados, aos quais se ache vinculado.
MANDATO JUDICIAL
 É contrato em que o mandante outorga poderes ao mandatário para queeste o represente perante a Justiça. Subentende-se oneroso o mandato judicial e, havendo mais de um mandatário, presume-se sucessivo.
 Possui requisitos subjetivos em relação ao mandante, deve possuir capacidade geral. Os absolutamente incapazes devem ser representados, podendo ser o mandato outorgado por instrumento particular. Os relativamente incapazes devem ser assistidos por seu responsável, sendo o mandato outorgado obrigatoriamente por instrumento público.
 Em relação ao mandatário, deve possuir capacidade geral e habilitação legal, ou seja, deve ser advogado com inscrição definitiva na OAB.
 Requisitos objetivos: o objeto do mandato judicial será qualquer ato de defesa de interesses ou direitos em juízo.
Requisitos formais
 Contrato formal que é, o mandato judicial será sempre escrito, não se exigindo mais o reconhecimento da firma do mandante, segundo o disposto no art. 38 do Código de Processo Civil. A regra admite, porém, algumas exceções.
 A primeira delas diz respeito à nomeação de advogado pelo juiz por via de portaria, sempre que o réu se encontrar sem defesa. É o chamado defensor dativo ou procurador ad hoc.
 A segunda dá-se em casos de urgência, quando o juiz nomeia prazo para apresentação da procuração, tendo-se por inexistentes os atos praticados, caso não seja apresentada. Exemplo típico é o do cliente que procura o advogado na última hora, para que este apresente contestação. Não havendo tempo suficiente para se elaborar a procuração, o advogado pode apresentar a contestação, pedindo ao juiz prazo para apresentação do instrumento escrito, ou seja, da procuração
 A terceira exceção se refere à representação ex officio dos promotores e procuradores da Administração Pública. A própria Lei confere mandato.
 O mandato pode também ser conferido apud acta, quando for outorgado no momento da realização do próprio objeto, perante o juiz, por termo lavrado nos autos pelo escrevente. Suponhamos que o advogado compareça com seu cliente à audiência sem o devido mandato. Haverá duas opções possíveis. Ou bem requer ao juiz prazo para posterior juntada da procuração, ou bem o cliente confere o mandato verbalmente na própria audiência. Tal outorga verbal será tomada por escrito pelo escrevente e juntada aos autos. Eis aí o mandato apud acta.
Tipos
 Pode se Será geral quando incluir os poderes da cláusula ad judicia, quais sejam os poderes normais para que um advogado atue num processo, isto é, contestar, replicar, comparecer a audiências, juntar documentos, arrolar testemunhas etc. Além destes atos, há outros que podem surgir no desenrolar de um processo para cuja realização o advogado necessite de poderes extras, não contidos na cláusula ad judicia. São os de confessar, receber citação, desistir, dar quitação, firmar compromisso e transigir, basicamente. Contendo o mandato alguns ou todos esses poderes extras, será chamado especial.
 Também podem ser genérico ou específico
	 Será genérico se, valer para atuação ampla em quaisquer processos.
 Será específico quando for válido apenas para determinado processo ou ato, como, por exemplo, apresentar recurso.
Substabelecimento
 O substabelecimento poderá ser com reserva, caso em que o mandatário continua ainda investido dos mesmos poderes, podendo retornar a qualquer momento. Sem reservas, quando o advogado se afasta totalmente, ficando responsável só até ser notificado o mandante. De qualquer jeito, o substabelecimento poderá ser cassado pelo mandatário substabelecido.
Extinção
 Dá-se pela revogação ou pela renúncia, que deverá ocorrer com pelo menos dez dias de antecedência do ato processual subsequente. Assim, havendo audiência marcada para o dia 10, a renúncia terá que ser realizada até o dia 31 do mês anterior, sendo então notificada ao mandante para que tome as providências necessárias. Outras causas são a morte, a mudança de estado e a conclusão da causa.
ANEXO I
CONTRATO DE MANDATO
IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES:
MANDANTE: ___________________________________________________, nacionalidade _______________, profissão __________________________, estado civil _____________, carteira de identidade nº ____________, C.P.F. nº ____________, capaz, residente e domiciliado(a) na rua ______________________________________________________________, bairro________________________,cidade ____________________________, CEP______________,no Estado de _________________________________. 
MANDATÁRIO(A): _______________________________________________, nacionalidade _______________, profissão __________________________, estado civil _____________, carteira de identidade nº _______________, C.P.F. nº ____________________, capaz, residente e domiciliado(a) na rua____________________________________________________________, bairro______________________,cidade _____________________________, CEP________________, no Estado de _______________________________. 
As partes acima identificadas têm, entre si, justo e acertado, o presente CONTRATO DE MANDATO, que se regerá pelas cláusulas seguintes e pelas condições descritas no presente. 
OBRIGAÇÕES DO(A) MANDATÁRIO(A) 
Cláusula 1ª. Agir em nome do(a) MANDANTE (art. 653 da Lei n° 10.406/2002) – O(A) MANDATÁRIO(A) deve atuar respeitando os poderes outorgados no contrato. Se O(A) MANDATÁRIO(A) agir extrapolando os poderes que lhe foram conferidos, o ato é inválido para o(a) MANDANTE, a não ser que este venha a ratificar o ato posteriormente. 
Cláusula 2ª. Agir, com o zelo necessário e diligência habitual, na defesa dos interesses do(a) MANDANTE – O(A) MANDATÁRIO(A) é responsável pelos prejuízos causados ao(à) MANDANTE, quando eles resultarem de culpa do(a) MANDATÁRIO(A). Cabe ao(à) MANDATÁRIO(A) provar que não houve culpa sua para se livrar de ser responsabilizado(a) pelo prejuízo que venha a ser sofrido pelo(a) MANDANTE.
Cláusula 3ª. Prestar contas de sua gerência ao(à) MANDANTE e transferir a ele(ela) todas as vantagens obtidas nos negócios – (art. 668 da Lei n° 10.406/2002). 
Cláusula 4ª. Prosseguir no exercício do mandato, mesmo após extinção do mandato por morte, interdição ou mudança de estado do(a) MANDANTE, para concluir negócio já iniciado ou até ser substituído quando for para impedir que este(esta) ou seus herdeiros sofram prejuízo (art. 647 da Lei n° 10.406/2002). OBRIGAÇÕES DO(A) MANDANTE.
 Cláusula 5ª. Cumprir os compromissos assumidos pelo(a) MANDATÁRIO(A) em seu nome (arts. 675 e 679 da Lei n° 10.406/2002) – O(A) MANDANTE, porém, somente se vincula dentro dos termos previstos na procuração. Vale notar que, se o(a) MANDATÁRIO(A) contrariar as instruções do(a) MANDANTE, mas não exceder os limites do mandato, o(a0 MANDANTE ficará obrigado(a) a cumprir as obrigações perante terceiros, tendo apenas ação de perdas e danos contra o(a) MANDATÁRIO(A) pela inobservância das instruções. 
Cláusula 6ª. Adiantar ao(à) MANDATÁRIO(A) os valores necessários ou reembolsá-lo pelas despesas efetuadas em razão do cumprimento do mandato (arts. 675 e 676 da Lei n° 10.406/2002). 
Cláusula 7ª. Pagar ao(à) MANDATÁRIO(A) a remuneração ajustada, caso o mandato seja oneroso (art. 676 da Lei n° 10.406/2002). 
Cláusula 8ª. Indenizar o mandatário pelos prejuízos que venha a sofrer em cumprimento ao mandato, desde que não resultem de culpa do(a) MANDATÁRIO(A) ou de excesso de poderes (art. 678 da Lei n° 10.406/2002). 
RESCISÃO DE CONTRATO 
Cláusula 9ª. Se o contrato for por tempo indeterminado, qualquer das partes poderá resolvê-lo, mediante aviso prévio de _____________________ dias. No caso de divergência entre as partes, o juiz decidirá da razoabilidade do prazo e do valor devido.
E por estarem assim justas e contratadas, as partes assinam o presente instrumento, em 2 vias de igual teor, junto às testemunhas abaixo. 
__________________,____de_________de________. 
____________________________________________ 
Assinatura do(a) Mandatário(a) 
____________________________________________Assinatura do(a) Mandante
_________________________________ RG ___________________ Assinatura da Testemunha 1 
_________________________________ RG __________________ 
Assinatura da Testemunha 2
ANEXO II
Procuração "ad judicia"
 Pelo presente instrumento particular de PROCURAÇÃO, Nome do Outorgante - pessoa física, nacionalidade, estado civil, profissão, residente e domiciliado naendereço completo, nomeia e constitui como seus procuradores o Dr. Nome completo do Advogado, nacionalidade, estado civil, advogado, inscrito na Ordem dos Advogados, Secção do Estado de especificar, sob o n° e Dr. Nome completo do Advogado, nacionalidade, estado civil, advogado, inscrito na Ordem dos Advogados, Secção do Estado de especificar, sob o n°, representantes da Sociedade de Advogados Nome da Sociedade, inscrita na Ordem dos Advogados, Secção do Estado de especificar, sob o n°, com escritório situado na endereço completo, a quem confere os poderes constantes da cláusula ad judicia, para exercê-los no foro em geral, podendo também descrever outros poderes a serem outorgados, se necessário, especialmente paradescrever a atividade que deverá ser exercida pelo Outorgado/Advogado. 
Local, dia de mês de ano.
Assinatura do Outorgante
Nome do Outorgante
RG nº
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil brasileiro: teoria das obrigações contratuais e extracontratuais. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 373.
GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil. vol. IV, Tomo 02. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 324/325;
GOMES, Orlando. Contratos. 26 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009, p. 425
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil brasileiro. Vol. III 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2006;
PEREIRA, Caio Mario Instituições de Direito Civil, Contratos, Vol. III 18 ed
MONTEIRO, Washington de Barros; MALUF,Carlos Alberto Dabus; SILVA, Regina Beatriz Tavares da Silva; Direito das Obrigações, 2ª parte.37ª edição.Saraiva.2010.
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2003, p. 266;
http://www.meuadvogado.com.br/entenda/o-contrato-de-mandato.html,ACESSADO em 1ºde maio de 2016.
http://www.normaslegais.com.br/guia/mandatario-procurador.htm, acessado em 02 de maio de 2002.
http://llo.jusbrasil.com.br/artigos/169911285/mandato-resumo-esquematico-e-comentarios-a-legislacao, acessado em 02 de maio de 2002.
https://renatavalera.wordpress.com/2009/11/08/direito-civil-trabalho-sobre-contrato-de-mandato/, acessado em 01 de maio de 2016.

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