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TRABALHO 2º SEMESTRE CIÊNCIAS CONTABEIS O CONTRATO DE TRABALHO E A LEGALIZAÇÃO DAS EMPRESAS

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	EXIGÊNCIAS LEGAIS PARA ABERTURA DE UMA CLÍNICA DE REPOUSO.	�
103	IMPACTOS DA PEC DOS DOMÉSTICOS NO ESTADO DE “MINAS GERAIS"....................................................................................................................�
164	FORMALIZAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ENTRE EMPREGADORES E EMPREGADOS DOMÉSTICOS	�
255	CONCLUSÃO	�
6 26REFERÊNCIAS	�
�
�
introdução
Este trabalho tem como objetivo principal enfatizar a Emenda Constitucional nº 478/10, PEC (Projeto de Emenda Constitucional 72) que amplia os direitos das empregadas domésticas que entrou em vigor no dia 3 de abril de 2013. A aplicação imediata da lei teve por objetivo impedir a demissão em massa dos empregados domésticos, posto que a partir de sua vigência, todos, inclusive aqueles que se encontram trabalhando, têm seus novos direitos garantidos.
Venho através deste também, mostrar os pontos positivos e negativos; vantagens e desvantagens desta nova lei, que deste já vem causando conflitos entre empregados e empregadores. Abordando desde as exigências legais até a formalização do contrato de trabalho dos mesmos.
EXIGÊNCIAS LEGAIS PARA ABERTURA DE UMA CLÍNICA DE REPOUSO.
Para abrir uma clínica de repouso o procedimento é similar de outras empresas e são necessários:
 - Registro jucesp
 - Receita federal
 - INSS
 - Prefeitura, etc..
O que ocorre é a necessidade de ter registros específicos como ANVISA, por exemplo.
PASSOS PARA ABERTURA DE UMA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS:
1º PASSO: Consulta de Viabilidade - REGIN
 Primeiramente deve-se fazer a consulta de viabilidade via REGIN, que é um Sistema Integrado de Cadastro que foi elaborado para centralizar na Junta Comercial a entrada das informações cadastrais das empresas a nível Federal, Estadual e Municipal.
 O Pedido de Viabilidade é um conjunto de procedimentos disponibilizados pelas instituições participantes do Convênio que proporciona ao empresário uma consulta antecipada a estas instituições para verificar a viabilidade da implantação da sua empresa no município. Este procedimento é feito diretamente no site da JUCESC, www.jucesc.sc.gov.br no link REGIN.
2º PASSO: Registro do Contrato Social + CNPJ + Inscrição Estadual.
 Se a resposta do REGIN for positiva em todos os órgãos (JUCESC, SEF e Prefeitura), o próximo passo será elaborar o contrato social ou o Requerimento de Empresário e registrá-lo na Junta Comercial do Estado de Santa Catarina. Concomitantemente, dá-se entrada no CNPJ através do Documento Básico de Entrada (DBE), cujo software está disponível no site da Receita Federal ( www.receita.fazenda.gov.br/ ).
 O custo da taxa para a inscrição estadual é de R$ 50,00 caso a empresa também revender alguma mercadoria.
 A documentação exigida para o registro do Contrato Social na Junta Comercial será:
 - Capa do processo;
- Contrato Social - 3 vias;
- Cópia autenticada da carteira de identidade e CPF dos sócios;
 - Comprovantes de pagamento:
 a) Guia DARE (01 jogo), - R$ 69,00.
 b) Guia DARF (03 vias), código da receita: 6621 - R$ 22,00.
- Se o titular for estrangeiro, é exigida carteira de identidade de estrangeiro, com visto permanente.
- Se for ME ou EPP, apresentar 03 vias da Declaração, em papel tamanho ofício, acompanhada de capa de processo.
 Para a agilidade do processo, sugere-se o auxílio de um contador, pois nesta etapa a burocracia poderá atrasar o seu negócio.
3º PASSO - Alvará Municipal
 Após a liberação do contrato social, do CNPJ e da inscrição estadual, também, deve-se providenciar o registro da empresa na prefeitura municipal para requerer o Alvará Municipal de Funcionamento e o Sanitário, se for o caso. Com relação ao alvará de funcionamento, cada município possui uma tabela de preços. Logo, aconselhamos verificar na central de atendimento ao contribuinte de seu município. Assim que a empresa possuir a inscrição municipal ela estará apta para funcionar regularmente. 
 Ressalta-se que algumas empresas que exerçam atividades de profissão regulamentada, como por exemplo: Contadores, Médicos, Advogados, Engenheiros, Corretores, etc... , devem, também, fazer o registro da empresa no seu órgão de classe competente.
CLÍNICA DE REPOUSO 
Em função das mudanças sociais, as famílias atuais não contam mais com pessoas que passam os dias trabalhando em casa e que desta maneira teriam disponibilidade para acompanhar parentes idosos que exijam cuidados especiais. Uma casa de repouso deve ser organizada de forma a atender o idoso da melhor maneira possível, sem que ele pense que está em um hospital, mas sim em um clube de lazer, uma maneira de se construir uma idéia é vendo as casas de repouso que existem na região para servirem como base de projeto.
Funcionamento 
 A Casa de Repouso deve obrigar-se a prestar toda a assistência aos pacientes nas suas necessidades diárias através do trabalho das auxiliares de ação médica a quem compete as seguintes funções: 
 Higienização dos pacientes sempre que necessária.
 Distribuição e administração das refeições. Os pacientes têm direito a cinco refeições diárias, pequeno almoço, almoço, lanche, jantar e suplemento noturno, servidas no horário afixado, podendo ser servidas outras refeições ou dietas sempre que prescritas pelo médico.
. Distribuição e administração de medicamentos de acordo com a prescrição médica transcrita nas folhas individuais de terapêutica.
A Casa de Repouso obriga-se a prestar assistência médica e de enfermagem diárias bem como a recorrer a assistência médica especializada sempre que necessária.
Os equipamentos e acessórios médicos - hospitalares disponíveis na casa de repouso deverão ser: fraldas, soros, cadeira de rodas, andarilhos, canadianas. Sugerimos, entretanto que A Casa de Repouso cobre um taxa na mensalidade caso seja necessário o transporte nas deslocações a consultas e tratamentos, e ainda, consultas médicas de urgência ou de outras especialidades e de fisioterapia de reabilitação. Sendo estes serviços debitados aos pacientes ou seus responsáveis, em separado. 
Sugerimos ainda que seja estipulado um procedimento para visitas, e podem receber as visitas que pretenderem, quer na sala destinada para esse efeito quer no seu quarto, desde que respeitando a privacidade e descanso dos restantes pacientes, de acordo com o horário de visitas afixado na Casa de Repouso ( das 14 H às 19 H) em todos os dias da semana, incluindo sábados, domingos e feriados.
Mercado
 Voltadas para este nicho de mercado, o surgimento de casas de repouso foi incrementado, já que neste contexto, figuram como um negócio com tendência de expansão nas grandes cidades. 
Mão-de-Obra
 A implantação de uma casa de repouso exige pessoal especializado em atendimento a idosos, além dos serviços de enfermeiros, médicos e psicólogos.
Estrutura e Serviços 
Uma casa de repouso deve oferecer:
 Recuperação Hospitalar. 
Atendimento e acompanhamento de enfermeira padrão sanitarista.
 Atendimento fisioterápico. 
Atendimento Psiquiátrico.
Atendimento médico(Clínico Geral).
Acompanhamento do idoso em todas as suas necessidades. 
Serviços de remoção (ambulância). 
Sistema de entretenimento (Filmes, TV, jogos, passeios, etc.).
Fisioterapia em geriatria.
Estes são os profissionais exigidos perante a lei para a instalação do estabelecimento.
Como tratar o cliente 
 A idade e suas consequências não podem e não devem ser encaradas como uma doença que impossibilita o seu portador de viver, deve ser enfrentada com maturidade e naturalidade e cada caso deverá ser analisado de maneira única, pois todos tem características diferentes, e não deve-se padronizar, ou seja: a felicidade para um indivíduo, não é semelhante para outro, o segredo do sucesso é saber analisarcada ser como único com soluções únicas. 
Área Física
 Área Mínima necessária para as instalações de uma Casa de Repouso é estimada em 550 m2. Essa estimativa é feita em função do número de idosos que residirão na Casa. Ou seja, o cálculo foi feito para um número de 50 idosos. Estima-se, contudo que cada quarto ocupe uma área de 6m2. O que seria equivalente a 300 m2, apenas a área dos dormitórios. Deve-se, entretanto incluir um área para a sala de estar, sala de televisão, cozinha, copa, lavanderia, consultórios médicos, escritório, banheiros ( Masculinos e Femininos). 
 Aconselhamos que a casa, se possível, seja estabelecida próxima a um parque e que permita os idosos saírem para caminhar e ficar próximo à natureza. Pode-se também, instalar-se em uma área que já possua seu próprio jardim e espaço para caminhar As instalações, que devem apresentar um excelente nível de conforto e tranquilidade.
Investimento Inicial
 Conforme a estrutura do empreendimento, o valor estimado, para o empreendedor iniciar esse tipo de negócio, pode ficar em torno de: R$ 100.000,00 
 -Capital de Giro: R$ 35.000,00 
-Investimento em equipamentos e instalações: R$ 70.000,00
 -Faturamento bruto mensal previsto: R$ 45.000,00 
 -Prazo de retorno: 36 meses
Exige ainda: 
-Veículo, telefone e área com 500 m2.
Obs.: Os valores apresentados são indicativos e servem de base para o empresário decidir se vale a pena ou não aprofundar a análise do investimento.
IMPACTOS DA PEC DOS DOMÉSTICOS NO ESTADO DE “minas gerais"
Novos Direitos por parte dos empregados domésticos e maiores deveres para seus empregadores.
A nova Emenda Constitucional, a EC 72/2013, com vigência a partir de 03 de abril de 2013, significou a aquisição de novos direitos por parte dos empregados domésticos e em contrapartida maiores deveres para seus empregadores. Com as mudanças instituídas pela nova emenda, estabeleceu-se maior igualdade entre os direitos dos trabalhadores domésticos e os trabalhadores urbanos e rurais. Porém, assim como outras mudanças legais não deixou de trazer dúvidas e questionamentos, não somente quanto aos direitos que ainda necessitam de regulamentação, mas também quanto aos direitos já em vigor.
Pode-se inferir então, que a EC 72/2013, foi além de uma resposta a algumas demandas internas, também uma resposta rápida à Convenção supracitada, uma vez que assegurou desde já a estes os seguintes direitos: jornada de trabalho de 44 horas semanais e diária de no máximo 8 horas, remuneração de horas extras com acréscimo de no mínimo 50%, reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; e tão logo sejam regulamentados: remuneração do trabalho noturno superior ao diurno, indenização em demissões sem justa causa, FGTS, seguro-desemprego, salário-família, adicional noturno, auxílio-creche e seguro contra acidente de trabalho. 
 Desde a promulgação da PEC 72/2013, dúvidas surgiram não apenas entre os empregadores domésticos, mas também entre os estudiosos e profissionais do direito. Quanto às dúvidas podemos destacar a necessidade ou não de se firmar um contrato expresso, bem como de realizar ou não controle da jornada de trabalho e de qual sindicato representará a categoria dos empregadores. De acordo com o Ministro do Trabalho Emprego (MTE), Manoel Dias, uma das mudanças que passaram a valer desde quarta (03) é a jornada de trabalho de oito horas diárias e 44 horas semanais. O pagamento de horas extras, a garantia de salário nunca inferior ao mínimo (hoje em R$ 678) e o reconhecimento de convenções ou acordos coletivos também entram em vigor a partir da publicação no DOU.
 Dos novos 16 direitos garantidos às domésticas, sete itens ainda precisam ser regulamentados: seguro-desemprego, indenização em demissões sem justa causa, conta no FGTS, salário-família, adicional noturno, auxílio-creche e seguro contra acidente de trabalho.
QUESTIONAMENTO E DÚVIDAS DOS EMPREGADOS E EMPREGADORES
Empregados:
“Só queria deixar um recado aos senhores patrões, que gastam fortunas com seus lindos cães, que com certeza é um gasto muito maior que o aumento que terão com seus funcionários, que se não tiverem como pagar pelos serviços que gostam de ter bem feito, que lavem sua própria roupa, que façam sua própria comida, que limpem sua própria casa e etc... Sou motorista e quero sim meus direitos. É lamentável ver o tipo de argumento que está sendo dado pelos empregadores sobre nossos direitos, não é esmola isso é justiça. Deixo aqui uma solução para vocês, é só tirar 5% da sua próxima viagem e problema resolvido!!!”
“E aí, espetacularmente, a PEC das empregadas domésticas é aprovada. Alegria real em meu coração! Um passo a mais no rumo da justiça. Solto foguetes coloridos, quero mais é que tudo mude mesmo. Que a trabalhadora doméstica seja olhada com todo o respeito com o qual se olha para qualquer outra pessoa trabalhadora. Que o trabalho dela seja cada vez mais protegido e bem remunerado. Que seja tão digno quanto o meu. Vai pesar mais no bolso de empregadores? Vai haver demissões em massa por conta disso? Poupem-me… O impacto no bolso de quem emprega vai ser mínimo. Milhares de empregadas domésticas nem sequer têm suas carteiras de trabalho assinadas e ganham menos do que o salário mínimo. Nesse cenário, como assim demissão em massa? Estamos falando do mesmo país?”
“Realmente faltou um estudo e talvez direcionar todos esses aumentos para faixa de renda”. Agora assim como tem pessoas que vão pagar todos esses encargos, tem gente que vai burlar a lei, assim como vai ter gente correndo atrás das avós, tias, cunhadas, vizinhas, madrinhas, amigas e o que aparecer pela frente para cuidar das crianças enquanto as EX-PATROAS trabalham fora e fazem os serviços de casa. São impressionantes como as pessoas vão logo falando em demissão. Não leva em conta a importância que tem uma empregada em suas casas. Importante sim, por que quem não sabe ou não pode ou por qualquer outro motivo depender de uma empregada para deixar sua casa em ordem, tem que pagar mesmo todos os direitos sem reclamar.
Sou doméstica como já deu pra se notar e defendo a minha categoria.
Um beijo à minha antiga patroa ( Drª C.C.T.) que foi tão essencial para mim quanto eu para ela e que nunca pensou em se livrar de mim. Hoje se não estamos juntas é por outro motivo e não por um gasto à mais.
 “Sou consciente de que meu arranjo trabalho-família só é possível porque está lastreado nas desigualdades sociais do meu país. Se o Brasil não fosse um país tão desigual, tão injusto, a diferença entre o que ganho e o que uma empregada doméstica ganha seria muito menor e eu, certamente, não poderia pagar por um serviço tão caro.”
“Por que temos que ter direitos diferentes de outras?
 É trabalho igual. Muitas vezes bem pesados.
 Tudo bem!
 Quem quiser mandar embora a sua empregada, tem esse direito.
 Mas um gasto a mais vão ter. O da manicure. Tenho certeza.
 É aquele velho ditado: “Se não posso, não tenho”.
Empregadores:
“Entendo o que é fazer uma reclamação sobre o serviço de uma empregada: tal pessoa cozinha mal, lava mal, não corresponde às expectativas. Já reclamei nesses termos e me parece natural num processo de ajuste em torno dos acordos de trabalho feitos. Mas esse tom, que faz referência “às empregadas” é muito nocivo e injusto. Perdoem-me, mas lembra sim uma relação escravagista. Temos muito caminho pela frente em termos de curar essa relação de trabalho e até lá, pessoalmente, declaro minha alegria e minha satisfação de me sentir parte de uma sociedade que caminha num rumo melhor depois da nova lei. Firmando ou não contrato de trabalho expresso, cabe reflexão quanto ao controle de jornada, pois aqui o relevante não é se o empregado doméstico faz ou não hora extra, mas sim, como o tema será tratado em uma possível demanda trabalhista. Importante ressaltar que, além de não existir nenhuma lei que verse sobre a obrigatoriedade de controle de jornada, caso aplicado analogicamente a CLT, ao empregadorsó caberia à necessidade de controle de jornada caso contasse com mais de dez empregados, o que normalmente não é o caso. Neste sentido o ônus da prova seria daquele que alega fazer jus as horas extras, porém corre-se o risco de no caso concreto entender que este é hipossuficiente e reverter o ônus, deixando-o ao cargo do empregador. A mesma interpretação é cabível no caso dos intervalos intrajornada e Inter jornada, inclusive pelo fato de que estes objetivam proteger a saúde do colaborador.
 Dúvidas também pairam com relação aos empregados que atuam nas residências, tais como cuidadores de idosos e babás, principalmente para aqueles que habitam no imóvel do patrão. Como fica o período em que não trabalham? Será considerado tempo à disposição, plantão ou intervalo intrajornada ou Inter jornada?
Contratos informais significam um mínimo de proteção, proteção esta que desaparece quando a demanda por determinada mão de obra deixa de existir. E este é um dos riscos possíveis, ou seja, das famílias brasileiras começarem a realizar as atividades antes destinadas aos empregados domésticos. Assim como o empresário, o empregador doméstico não tem interesse em se arriscar em uma demanda trabalhista, mas diferentemente deste não possui um método de controle capaz de evitar as inúmeras demandas judiciais trabalhistas que venham a surgir, bem como não pode correr o risco de colocar seus bens sob o prisma de uma possível penhora.
“A doméstica que faz café, almoço e jantar precisa acabar”
Cresci em uma casa onde sempre houve uma empregada doméstica prestando serviços e estou certa de que isso me fez muito mal. Naturalizou a desigualdade dentro de mim, quando criança, e me fez sentir que o trabalho doméstico não era para pessoas como eu e sim para os pobres “que não se esforçaram, não estudaram porque não quiseram e agora tem mesmo que fazer esse trabalho”.
“Sou uma mulher branca, de 42 anos, curso superior completo, cinco filhos, dois casamentos. Trabalho fora de casa o dia inteiro. Sou adequadamente remunerada pelo que faço e exerço meu trabalho em condições de liberdade, equidade e segurança, o que me garante uma vida digna. Para conciliar minhas responsabilidades familiares com as exigências do meu trabalho, conto com os serviços de duas empregadas domésticas em minha casa.”
“Se fossemos mais iguais, as duas empregadas que cuidam dos meus filhos e da minha casa teriam estudado em boas escolas, como eu estudei, e seriam profissionais qualificadas, como nós somos. A vida delas seria muito melhor do que é. Ambas ganhariam melhor e não teria que deixar seus filhos de segunda a sexta-feira com outras pessoas, para cuidar dos meus.”
“Parecia justo. Tive que chegar à vida adulta para perceber que não havia justiça nenhuma nessa forma de pensar. Que os pobres são pobres não por serem preguiçosos e sim em função de um caminhão de injustiças sociais acumuladas desde sempre. Mesmo assim, o fato é que repliquei e sigo replicando esse modelo até hoje dentro da minha própria casa. Vejo meus filhos crescendo com a mesma inconsciência, achando que no universo as coisas naturalmente se arrumam (já que tem sempre uma empregada doméstica arrumando tudo) quando o que acontece é o contrário: tudo se desarruma o tempo todo e é preciso um esforço constante de por ordem nas coisas.”
 “Incendiária, quero tocar fogo nas revistas semanais desta semana”. Truculenta, tenho vontade de bater boca com várias mulheres que empregam domésticas e que, injuriadas, reclamam dessa lei que vai dar mais direitos para essas empregadas “que não merecem nem um centavo a mais, que são péssimas, que dormem na nossa casa, comem demais, trabalham pouco, são desatentas, são preguiçosas, ficam grávidas, tratam mal as nossas crianças…” Meu Deus…
“Boa tarde! Sou patroa e vivo “pedindo “pra minha empregada cumprir pelo menos 44 horas de trabalho por semana”“. Assino a carteira, não desconto INSS, pago mais que o salario e ela têm que trabalhar só quatro dias por semana. Como todos os outros, claro que não desconto comida, bebida etc. Agora se querem mais direitos que cumpram com seus deveres. Quer faltar, cadê o atestado medico para não ser descontada? Eu tenho que apresentar no meu trabalho, ela não? Tenho que ser complacente e boazinha porque está com meus filhos enquanto estou fora?”
 “Já estava pensando em demiti-la. Agora então, com essa nova legislação, com certeza. O melhor é colocar no colégio integral e pagar diarista.”
 “Também terei que demitir minha empregada, a qual faz faculdade à noite e eu a ajudo a pagar, mas não tenho condições de arcar com o pagamento do FGTS e nem da multa de 40% no caso delas “forçarem” a demissão, o que não é muito difícil, pois estão dentro da nossa casa! Sou servidora pública e recebo líquido R$4.000,00 para manter uma família de três crianças. Pago escola, alimentação, impostos, combustível, vestuário, plano de saúde, medicamentos, pessoal, manutenção de residência, ufa,… não posso mais continuar citando para não desesperar-me! O jeito será colocar as crianças em escola de período integral, implorar por uma bolsa e tocar a vida nesse Brasil dos encargos para a classe média chamada de “marajá”. 
“Tenho recebido muitas mensagens de pessoas questionando meus elogios às mudanças constitucionais que trouxeram mais direitos às empregadas domésticas. “Quero ver defender isso no dia em que você tiver filhos”, “Não posso mais pedir para ela preparar algo para eu comer à noite porque vou ter que pagar hora extra”? e – aquela que adoro – “Já que gosta de ficar defendendo empregadinha, por que não vem ajudar minha faxineira aqui então”. 
“Pensei que era apenas mais um ataque do pessoal que surfa nas ondas cibernéticas conservadoras, mas meus colegas também têm recebido o mesmo tipo de achaque em suas caixas postais jornalísticas. Daí, achei por bem pedir um texto a alguém na mesma situação e condição que os missivistas chorões. O único pedido dela foi o de manter o anonimato, pois não quer se indispor (ainda mais) com amigos e família.”
“Uma lei populista que só vai prejudicar a classe média e o empregado doméstico! Minha empregada mora no Interior, estuda e trabalha na cidade e dorme na minha casa durante a semana. Com essa nova lei ela vai ter que pagar aluguel, fazer feira, ou seja, vai ficar inviável pra mim e pra ela também. A única solução para quem paga tudo certinho vai ser demitir. E a informalidade? Essa vai continuar e até aumentar.”
	
FORMALIZAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ENTRE EMPREGADORES E EMPREGADOS DOMÉSTICOS
A formalização do trabalho doméstico tem como significado representar uma segunda Lei Áurea tendo positivo impacto na economia pátria acarretando a redução da pobreza e o cumprimento de relevante fundamento da república brasileira que é o respeito ao princípio da dignidade humana. Os contratos vigentes deverão ser atualizados de acordo com a nova lei, mas ela não é retroativa. Ou seja, os direitos adquiridos agora não poderão ser exigidos em relação a períodos anteriores à nova norma. 
Que direitos a nova lei cria? 
DIREITOS JÁ ASSEGURADOS (valem a partir de 3/4/2013) 
Salário mínimo (cujo valor pode variar de Estado para Estado) 
Jornada de trabalho não superior a 8 horas diárias e 44 horas semanais. 
O que exceder essa jornada deverá ser pago como hora extra, desde que a jornada máxima diária seja de 10 horas. 
Descanso mínimo de uma hora e máximo de duas horas para jornadas superiores a 6 horas; para as inferiores, descanso mínimo de 15 minutos 
Reconhecimento de eventuais convenções e acordos coletivos de trabalho.
A lei também veda diferenças de salários entre domésticos do mesmo empregador e proíbe a discriminação salarial de deficientes.
FGTS: será de 8% sobre a remuneração. Falta definir qual será o modelo de pagamento.
Indenização em caso de demissão sem justa causa: falta definir se a multa será de 40% do FGTS.
Seguro-desemprego: serão cinco parcelas, mas falta a publicação da regra.
Adicional noturno: de 20% sobre a hora trabalhadadas 22h às 5h. A hora noturna tem 52min30seg. Falta definir em que situação será computada para trabalhadores que dormem no trabalho. 
Creche e pré-escola para os filhos de até 5 anos: falta definir quando passará a valer. 
Salário-família pago ao dependente: precisa de definição da Previdência.
Seguro contra acidente do trabalho: precisa de definição da Previdência.
PRAZOS 
A nova lei já vale? 
Sim, ela foi promulgada pelo Congresso. Por ser uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional), a medida não passa por sanção presidencial para entrar em vigor. 
A lei já começa a valer a partir da publicação no "Diário Oficial" da União? 
Sim, embora ainda haja necessidade de regulamentação de alguns pontos, como o pagamento de FGTS, seguro-desemprego, salário-família e adicional noturno. 
Os direitos se aplicam a contratos de trabalho assinados antes da nova lei? 
Sim. Os contratos vigentes terão de ser ajustados à nova lei, mas ela não é retroativa. Ou seja, direitos adquiridos agora não poderão ser exigidos em relação a períodos anteriores à lei. 
A partir de quando será obrigatório recolher FGTS? 
Há discordâncias. Alguns especialistas orientam esperar a regulamentação (que deve sair até o fim de junho) para o início dos depósitos, outros defendem o começo imediato para evitar risco de processo trabalhista futuro. 
Há questões que só serão decididas depois em negociação entre os sindicatos das trabalhadoras e o patronal? Ou já está tudo decidido? 
Os sindicatos deverão se organizar para pleitear direitos para os empregados. A partir daí, pode haver uma negociação para estipular, por exemplo, direitos como a estabilidade para a gestante --que tem 4 meses de recesso após o parto. A questão da hora extra também deve ser negociada. 
BENEFICIADOS 
O que é exatamente um trabalho doméstico, quais são as obrigações e os limites? Há leis que definem isso? 
A lei nº 5.859, de 1972, define o trabalhador doméstico como aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial. 
O empregado doméstico pode ser ativado para tudo que diz respeito à manutenção da casa. Em princípio, ele pode se negar a prestar serviços que vão contra essa finalidade, como, por exemplo, auxiliar seu empregador em sua atividade profissional. 
Quais os profissionais beneficiados? 
Todos os funcionários que prestem serviços domésticos, incluindo jardineiros, motoristas e babás. 
Pedreiros autônomos contratados por uma semana também estão incluídos na nova lei? 
O trabalho dos pedreiros não é caracterizado como serviço doméstico e, assim, não se enquadra na nova lei. 
Como fica o trabalho da diarista? Quantos dias por semana ela pode trabalhar sem ser registrada? 
Não muda. Ela pode trabalhar no máximo dois dias por semana sem ser registrada. 
Muda algo para as diaristas que vão até duas vezes por semana e não têm vínculo empregatício? 
Nada muda. As diaristas só poderiam pleitear direitos trabalhistas perante a Justiça do Trabalho em condições muito específicas que comprovem relação de subordinação e dependência. Por exemplo, quando o empregado trabalha há muito tempo nessa condição e recebe salários, ordens, cumpre regularmente a jornada e não pode ser substituído, a relação trabalhista pode ser caracterizada como vínculo empregatício. Como no caso das babás, por exemplo. 
Cuidadoras de idosos deverão seguir as mesmas regras? 
Sim. Elas valem para todo trabalhador atrelado ao serviço de uma residência, independente da nomenclatura. 
Como ficará o trabalho de caseiro que reside na chácara? O patrão pode exigir que o funcionário abra uma microempresa de prestação de serviços? A moradia pode ser cobrada? 
Não se poderá exigir a abertura de empresa, pois o funcionário exerce um trabalho pessoal. Nesse caso, a abertura de uma empresa seria uma fraude a legislação. A questão também dependerá de regulamentação, mas o caseiro terá que ter jornada estipulada --o restante será entendido como descanso, pois ele não fica, de fato, 24 horas trabalhando. 
HORAS TRABALHADAS 
Qual é a jornada de trabalho? 
A jornada é de 44 horas semanais, sendo no máximo 8 por dia. 
As quatro horas que o empregado doméstico deveria cumprir no fim de semana podem ser descontadas das horas extras se não forem utilizadas? 
Elas não podem ser descontadas, ou acarretarão em prejuízo do salário. Além disso, a jornada é de no máximo 8 horas por dia. Nada impede que o empregador estipule uma jornada de 6 dias por semana e 7 horas e 20 minutos por dia. 
Como comprovar a jornada do empregado? É possível solicitar que o condomínio registre a hora de entrada e saída da empregada doméstica? 
O empregador precisa ter um caderno para anotar o horário de entrada e saída, que a empregada deve assinar. O condomínio pode ter um controle paralelo para fiscalizar as horas extras e se, de fato, as horas conferem com a jornada real. 
É possível dar ao funcionário duas horas de intervalo para refeição? Nesse período, ele pode permanecer dentro da residência ou tem que sair? 
É possível conceder duas horas de intervalo, a legislação autoriza. Esse intervalo independe se o funcionário fica dentro da casa ou sai dela. O que não pode acontecer é o empregador usar a força de trabalho na hora do intervalo. 
No período noturno, como fica o intervalo para refeição se o contratado começa a trabalhar a partir das 22h? 
Da mesma forma: jornada até 6 horas com intervalo de 15 minutos e superior a 6 horas, com intervalo de, no mínimo, 1 hora. As partes devem convencionar quando o descanso ocorrerá. 
Se a empregada está na sua casa, mas não está trabalhando, isso conta como hora extra? 
Se a funcionária não estiver a trabalho, não pode ser caracterizada como hora extra nem jornada efetiva. Mas o empregador não pode se beneficiar do trabalho quando o funcionário não estiver a serviço. 
Como fica o caso da doméstica que dorme no trabalho? O período em que ela está dormindo conta como adicional noturno? 
O período de sono não conta. O que conta é o trabalho efetivo. Cabe ao empregador manter o controle dessa jornada. 
Muda algo em relação a folgas semanais e aos dias de férias previstos anteriormente? Como é o período de descanso? 
Pela CLT, o trabalhador tem direito a um período de descanso de, no mínimo, 11 horas entre cada jornada de trabalho. O descanso semanal é de 24 horas seguidas. Ainda segundo a CLT, o trabalhador tem direito a uma hora de descanso por dia se a jornada diária for maior que seis horas. Se a jornada diária for de até seis horas, o descanso deverá ser de 15 minutos após quatro horas de trabalho. Os intervalos não contam como hora trabalhada. 
A legislação prevê uma modalidade de contrato que é por hora (nem diarista, nem mensalista) e, se fosse esse o caso, seria possível. Não é permitido, porém, alterar um contrato vigente para essa modalidade, pois a legislação não permite redução de salário. Advogados ouvidos pela Folha também recomendam que, neste momento, em função dos debates em torno da nova lei dos domésticos para mensalistas, os empregadores evitem fazer novos contratos por hora para não correrem risco de processo trabalhista posterior. 
MODELO DE CONTRATO DE TRABALHO PARA EMPREGADA DOMÉSTICA DE ACORDO COM AS NOVAS REGRAS DA EC 72/2013
EMPREGADOR: (Nome do Empregador), (Nacionalidade), (Profissão), (Estado Civil), Carteira de Identidade nº (xxx), C.P.F. nº (xxx), residente e domiciliado na Rua (xxx), nº (xxx), bairro (xxx), Cidade (xxx), Cep. (xxx), no Estado (xxx);
 EMPREGADO(A): (Nome da Empregada), (Nacionalidade), (Estado Civil), (Profissão), Carteira de Identidade nº (xxx), C.P.F. nº (xxx), Carteira de Trabalho nº (xxx) e série (xxx),PIS nº (xxx), residente e domiciliada na Rua (xxx), nº (xxx), bairro (xxx), Cep (xxx), Cidade (xxx), no Estado (xxx).
As partes acima identificadas têm, entre si, justo e acertado opresente Contrato de Trabalho para Empregada Doméstica1, que se regerá pelas cláusulas seguintes e pelas condições descritas no presente.
CLÁUSULA PRIMEIRA – OBJETO DO CONTRATO
A- O presente tem como OBJETO, a prestação de serviços domésticos por parte da contratada, na residência do contratante ou de seus familiares, salvo se combinadas previamente viagens ou outros compromissos. Desta forma, aceita desde já a prestá-los em conformidade com suas condições pessoais e com as instruções do EMPREGADOR.
B- Os serviços mencionados acima são inerentes à contratada, portanto, não poderá transferir sua responsabilidade na execução, para outrem que não esteja previamente contratado.
C- Obriga-se o EMPREGADO(A), além de executar com dedicação e lealdade o seu serviço, a cumprir as ordens do EMPREGADOR, relativas às peculiaridades dos serviços que lhe forem confiados, respondendo pelos prejuízos que causar ao EMPREGADOR e a TERCEIROS, por sua culpa – em caso de negligência, imprudência ou imperícia – ou dolo.
D- O(A) EMPREGADO(A) obriga-se a não utilizar, em proveito próprio ou de terceiros, as informações e materiais que venha a obter junto ao EMPREGADOR em razão dos serviços ora contratados, sob pena de responsabilidade trabalhista (ressarcimento e descontos), civil e/ou penal.
CLÁUSULA SEGUNDA – JORNADA DE TRABALHO
A- O(A) EMPREGADO(A) trabalhará preferencialmente no horário contratual das 8:00 às 18:00h, de segunda a sexta-feira, com 1:12 horas de intervalo de refeição e descanso, sempre respeitando o limite de 44 horas semanais, permitida a compensação de horários na forma do presente termo.
ou
A- O(A) EMPREGADO(A) trabalhará preferencialmente no horário contratual das 8:00 às 17:00h, de segunda a sexta-feira, e das 8:00h às 12:00h aos sábados; com 1 hora de intervalo de refeição e descanso de segunda a sexta, sempre respeitando o limite de 44 horas semanais.
B- A jornada contratual poderá ser especificadamente alterada, em decorrência de eventualidades diárias, desde que o limite de horas diários e semanais a serem prestadas e o intervalo intrajornada sejam devidamente observados.
C- O(A) EMPREGADO(A) se compromete a trabalhar em regime de prorrogação e compensação de jornada de trabalho, inclusive em período noturno, sempre que necessário, observadas as formalidades legais.
D- O(A) EMPREGADO(A) se compromete a trabalhar em qualquer turno, tanto durante o dia quanto à noite.
CLÁUSULA TERCEIRA – DA COMPENSAÇÃO DE HORAS
A- Poderá ser dispensado o acréscimo de salário (adicional de horas extras) se o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias..
CLÁUSULA QUARTA – HORAS EXTRAS
A- Nos casos de não-compensação de horas acumuladas dentro do prazo de um ano, bem como nas hipóteses de rescisão contratual, serão pagas à EMPREGADA as horas devidas, com o adicional de 50% do valor da hora normal.
CLÁUSULA QUINTA – AUSÊNCIA DO EMPREGADOR
A- O EMPREGADOR, não necessitando dos trabalhos do(a) EMPREGADO(a) poderá liberá-la para descanso, ou combinar o efetivo trabalho nos dias a serem previamente determinados, utilizando-se ou não tais horas para fins de compensação.
CLÁUSULA SEXTA – SALÁRIO
A- O salário acordado entre as partes é de R$ (xxx) (Valor Expresso) mensais, a ser efetuado em dinheiro, até o quinto dia útil subseqüente ao mês trabalhado.
B- Os encargos com o pagamento das obrigações previdenciárias serão pagos pelo EMPREGADOR ao(à) EMPREGADO(A), na razão de cada obrigação previdenciária, bem como será fornecido o número exato de vales-transportes por dia efetivamente trabalhado, autorizado o desconto na forma da lei, salvo se houver expressa declaração do(a) EMPREGADO(A) dispensando tal direito.
C- O(A) EMPREGADO(A) desde já concorda que, havendo negligência, imprudência e imperícia no trato com as coisas que possui contato na residência, será desde já compelida ao pagamento das despesas que causar.
D- Para efeito de pagamento, serão descontados os adiantamentos se porventura existirem, mediante recibo.
CLÁUSULA OITAVA - ALIMENTAÇÃO
A- O empregador autoriza que a empregada se alimente da comida disponível na residência, sem obrigatoriedade de fornecer alimento em todos os dias de trabalho. A alimentação fornecida não tem caráter contraprestrativo, tratando-se de mera doação para a realização do trabalho e não pelo trabalho, nos termos do parágrafo 2º do artigo 2º A da Lei 5.859/1972.
CLÁUSULA NONA – NORMAS DE SEGURANÇA
A- A empregada declara que foi orientada a tomar os devidos cuidados no uso dos aparelhos elétricos da residência, fogão, produtos de limpeza, triturador de alimentos, bem com a utilizar luvas quando necessário.
 CLÁUSULA DÉCIMA – DO PRAZO DE VALIDADE E POSSIBILIDADE DE PRORROGAÇÃO
A- O presente contrato terá a vigência de 30 (trinta) dias, sendo celebrado em consenso pelas partes, de forma livre e consciente.
b. Fica ressalvada a possibilidade de prorrogação deste contrato de experiência, por uma vez, em igual período, respeitado o prazo total somado de 90 (noventa) dias.
CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – FORO
Para dirimir quaisquer controvérsias oriundas do CONTRATO, será competente o foro da local da contratação e prestação de serviços.
Por estarem assim justos e contratados, firmam o presente instrumento, em duas vias de igual teor, juntamente com 2 (duas) testemunhas para que surta os efeitos legais.
(Local, data e ano).
(Nome e assinatura do Empregador)
(Nome e assinatura da Empregada Doméstica)
(Nome, RG e assinatura da Testemunha 1)
(Nome, RG e assinatura da Testemunha 2)
CONCLUSÃO
Conclui-se então que a PEC foi uma implementação de total importância para os empregados domésticos do Brasil, valorizando assim o seu trabalho e igualando-o a qualquer outro. Tendo em vista que a conscientização da nova legislação é importantíssima para os empregadores. A sua falta certamente acarretará em sérios problemas, inclusive quanto ao bem da família.
Tendo em vista também que o contrato e a legalização são um meio para que ele seja garantido, onde oferece mais segurança e satisfação quanto ao trabalho exercido.
REFERÊNCIAS
MIGALHAS. Advogado esclarece direitos dos empregados domésticos instituídos pela EC 72. Disponível em: <http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI175860,101048-advogado+esclarece\+direito+dos+empregados+domesticos+instituidos> Acesso em: 16 abril de 2013.
SEBASTIÃO GONÇALVES DAVID FILHO GPRO – SOLUÇÕES EM PROCESSOS PARALEGAIS disponível em: http://www.gproservicos.com.br
Contrato - Trabalho para Empregada Doméstica - Modelos de Contrato
www.sitecontabil.com.br/modelos_contrato/0233.htm‎
Biblioteca do SEBRAE/ES disponível em: http://www.procon.es.gov.br/download/Cartilha_Fornecedor_Capixaba.pdf
Quali Contábil Ltda. ME disponível em: http://www.qualicontabil.com.br
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Convenção da OIT sugere novos parâmetros para trabalho doméstico. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/imprensa/convencao-da-oit-sugere-novos-parametros-para-trabalho-domestico.htm
CASA de repouso. Pequenas Empresas Grandes Negócios, Guia do Empreendedor, Volume IX, Nº 13, 1997. Disponível em: http://www.melhoridade.org.br
Sistema de Ensino Presencial Conectado
curso de graduação em ciências contábeis
o contrato de trabalho e a legalização das empresas
|Almenara
2013
o contrato de trabalho e a legalização das empresas
Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar Individual apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral.
Orientador: Prof.sValdeci Araújo; Vânia Machado; Janaína Testa; Adriane Loper; Rodrigo Trigueiro; Marcelo Viegas.
Almenara
2013

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