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* DESENVOLVIMENTO DAS CIÊNCIAS NO SÉCULO XIX Crise: sistema de pensamento filosófico/abstrato X pensamento empirista Entrelaçamento das idéias filosóficas/metafísicas (não controláveis empiricamente) e as teorias científicas. * Ao longo do séc. XIX - matemática submetida ao processo de rigorização e redução: exemplo de como resultados técnicos de uma disciplina científica podem subverter teorias filosóficas. Nascimento das geometrias não euclidianas, provocando um corte com a idéia de AXIOMA (tradição do pensamento ocidental) – entendido como verdade evidente, auto-evidente e verdadeira. A geometria não euclidiana mostra que os princípios eram apenas “começo” – convenção. * Consequência: o predomínio de uma teoria do conhecimento sobre outra acarreta efeitos sobre a idéia de homem. “... o homem que capta, constrói ou, de qualquer forma, é capaz de verdades absolutas não é o mesmo homem que só é capaz de verdades sempre desmentíveis ou então de convenções.” Física: visão mecanicista do universo * CIÊNCIA E SOCIEDADE NO SÉCULO XIX Entrelaçamento macroscópico: microbiologia debelou doenças infecciosas; conhecimento sobre eletricidade. Revolução Industrial: grandes mudanças nas cidades, na política, nas famílias, nos valores..... Também foi o século das disciplinas humanas: filologia, história, arqueologia, Lingüística. * Duas disciplinas saem do âmbito metafísico (onde se indaga sobre a essência da sociedade e da natureza humana, e as leis que guiam a história): a PSICOLOGIA (Wundt) e a SOCIOLOGIA (Durkheim), que tanto pelo objeto como pelo método se estruturaram cientificamente. * Nascimento da Psicologia Experimental 1. Lei Psicofísica fundamental: representação gráfica e quantificação das relações entre estímulos e sensações. Influência das disciplinas física, biologia, anatomia, fisiologia. Weber (1795-1888); Fechner (1801-1877); Helmholtz (1821-1894); Wundt (1832-1920) Definição de um objeto de um método científico: observável diretamente e quantificável. * Wundt: laboratório de Psicologia Experimental – 1879 A ψ é uma ciência da experiência, se ocupa dos fatos, da percepção direta, da consciência. Método: introspecção, observação direta de si. Ter experiência é ter consciência coincidem objeto e método. Processos mentais: operações psicológicas. Foco de análise da Psicologia Experimental. * Para processos superiores (pensamento e vontade) é necessário o estudo indireto: linguagem, mito, costume, religião, arte (Psicologia dos Povos). * França: Psiquiatria com Pierre Janet e Charcot (estudos sobre histeria); Psicologia com Ribot e Binet: estudos para mensurar a inteligência das crianças. Estados Unidos: William James – psicólogo experimental * * As origens da sociologia científica A sociologia do século XIX traz a marca das transformações e expectativas construídas pelo desenvolvimento das sociedade industrial: organização racional, despersonalização funcional, interdependência das funções, planificação e divisão do trabalho. ÉMILE DURKHEIM – 1855/1917: sociologia é uma ciência autônoma e busca especificar o objeto e as regras do método. As regras do método sociológico (1895) * Busca especificar o objeto típico da sociologia: os fatos sociais: “...consistem em modos de agir, pensar e sentir exteriores ao indivíduo e dotados de poder de coerção em virtude do qual se impõem. Conseqüentemente, não podem ser confundidos com os fenômenos orgânicos, porque consistem em representações e em ações, nem com os fenômenos psíquicos, que não têm outra existência senão a que se experimentam na consciência individual e e por meio dela.” (p.394) * O fato social exerce coerção sobre o indivíduo, a partir do exterior. “As naturezas individuais nada mais são do que a matéria indeterminada que o fator social determina e transforma.” (p.394) Fatos sociais normais e fatos sociais patológicos. A sociedade pode ser classificada em função de sua complexidade: sociedades primitivas / sociedades complexas (divisão social do trabalho) investigar o grau de solidariedade nas diferentes sociedades * Estudos sobre o SUICÍDIO (1897): distingue 3 tipos de suicídios, correspondentes a 3 tipos de solidariedade social. Suicídio altruísta (motivos sociais, grupos fortemente coesos, fins coletivos considerados superiores aos individuais) Suicídio egoísta (iniciativa individual, livre escolha, crises enfrentadas por recursos pessoais) Suicídio anômico (situação social na qual não existem leis ou regras eficazes, o indivíduo não conta mais com rede de apoio. Anomia é estado de desordem)
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