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RADICAIS LIVRES

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INTRODUÇÃO
Radicais livres é qualquer espécie química capaz de existir independentemente, que contenha um ou mais elétrons não pareados ocupando órbitas atômicas ou moleculares. Em geral, essas espécies são instáveis, têm uma meia-vida muito curta e reagem rapidamente com diversos compostos e alvos celulares. 
Esses radicais podem ser formados tanto pela perda ou adição de um único elétron a um composto não radical. Eles podem ser formados, por exemplo, na fissão hemolítica de uma ligação química covalente, se cada um dos elétrons compartilhados na ligação permanecerem em cada um dos átomos que participam da ligação.
O elétron livre que caracteriza o radical livre pode estar centrado em um átomo de oxigênio, nitrogênio, carbono ou enxofre. Pode-se dizer que na natureza existem substâncias que são radicais livres, como o oxigênio no estado fundamental (O2) e o óxido nítrico (NO), que ocorre como poluente atmosférico, mas que também são sintetizados em diversas células do organismo, sendo, então, identificado como fator de relaxamento dependente do endotélio (EDRF).
Atualmente, os radicais livres têm sidos implicados em numerosas doenças que afetam o ser humano, indicando que estas espécies, provavelmente, não têm um papel etiológico na grande maioria dos estados patológicos, mas que participam diretamente dos mecanismos fisiopatológicos que determinam a continuidade e as complicações presentes nestes processos. As espécies radicalares participam tanto das reações inflamatórias como também de mecanismos de transdução de sinal, atuando como segundos mensageiros para manter diversas funções celulares. Portanto, o equilíbrio entre formação e a remoção das espécies radicalares no organismo deve ser finalmente regulado de modo que as reações e processos metabólitos dependentes delas possam ocorrer em um nível adequado para a manutenção da fisiologia das células. 
Entretanto, o desequilíbrio entre a formação e a remoção dos radicais livres no organismo, que é decorrente da diminuição dos antioxidantes endógenos, devido à menor formação ou a maior consumo, ou então do aumento da geração de espécies oxidantes, gera um estado pró-oxidante que favorece a ocorrência de lesões oxidativas em macromoléculas e estruturas celulares, podendo resultar na até mesmo em uma morte celular.
DESENVOLVIMENTO
Os radicais livres têm sido desde há muito tempo conhecido por físicos. A área da saúde e a biologia começaram a se interessar pela temática quando em 1969 Fridovich mostrou que o O2 foi produzido durante uma oxidação enzimática. O O2 e radicais relacionados são altamente tóxicos. Isto implica que, em todas as células aeróbias, existem mecanismos que inativar os radicais livres, logo que eles são produzidos pelo metabolismo oxidativo. Os radicais de O2 são eliminados por uma família de enzimas denominada Superóxido Dismutase (SOD). Estes SOD estão presentes no citosol e na mitocôndria. A superprodução de radicais livres, originários de oxigênio molecular, pode explicar as lesões resultantes de inflamação, isquemia e exposição à radiação. Os radicais livres podem causar danos às membranas, macromoleculas e DNA. Se a produção de radical livre é principalmente intra ou extracelular pode determinar a um grau que tipo de dano irá ocorrer.
No entanto, uma vez que o O2 também age como um aceptor universal de elétrons, o metabolismo oxidativo constitui uma fonte de síntese de várias substâncias com propriedades tóxicas, as quais incluem os RL e Espécies Reativas de Oxigênio. Em contrapartida existem moléculas reativas que não apresentam elétron desaparelhado na última camada e não podem ser nomeadas como Radicais Livres.
A formação de EROs é associada ao metabolismo de oxigênio mitocondrial cuja fosforização resulta na adenosina trifosfato (ATP). Os substratos oxidativos vêm da glicose, no ciclo de Krebs e na cadeia de transporte de elétrons, sendo o O2 o aceptor final dos elétrons.
Assim sendo Radicais livres são moléculas instáveis, pelo fato de seus átomos possuírem um número ímpar de elétrons. Para atingir a estabilidade, estas moléculas reagem com o que encontram pela frente para roubar um elétron. Uma parte do oxigênio que respiramos se transformam em radicais livres, que vão atuar na via de reparação tecidual das alterações orgânicas como o câncer, envelhecimento e doenças autoimunes. Além do mais, o ferro que está carreando, é um ferro altamente reativo. Pode também se transformar por afinidade e absorver o oxigênio que já está ligado em outra estação. Se ele se ligar, sobretudo a água oxigenada que é o peróxido de hidrogênio, se transformará em radical hidroxila que é o pior radical causador de danos diretamente na parte lipídica da membrana. Na verdade, o oxigênio em forma de radicais livres geralmente está na via de reparação tecidual e não de degeneração, já o ferro reativo e/ou radical livre é responsável pela degeneração celular, tecidual, orgânica e disfunção multifatorial.
PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA
Peróxido de Hidrogênio (H2O2) e o oxigênio singleto (O2) como possuem uma configuração eletrônica instável e é reativo, o que tem sido considerado como principal fator indutor de um processo de ativação em cadeia, conhecido como Peroxidação Lipídica (PL). A PL consiste em danos aos fosfolipídios de membranas celulares, oxidação de compostos tióis, co-fatores enzimáticos, proteínas, nucleotídeos e DNA, tendo por consequência alteração do balanço hídrico da célula, quebra da homeostasia do cálcio e apoptose celular.
A peroxidação lipídica altera a fluidez das membranas, provocando menor seletividade no transporte iônico e na sinalização transmembrana, o que prejudica o transporte celular.
Peróxido de Hidrogênio É formado principalmente pelo radical superóxido protonado em meio com baixo pH. Embora o H2 O2 não seja um verdadeiro RLO, pode reagir com metais redox-ativos como ferro e cobre, produzindo novos RLO. Além disso, tem meia vida longa e grande capacidade de se difundir através das membranas celulares hidrofóbicas (com difusão semelhante à da água), ampliando o efeito tóxico da reoxigenação.
RADICAIS LIVRES DE OXIGÊNIO
Os radicais livres de oxigênio são moléculas que apresentam elétrons não pareados em sua órbita externa, capazes de transformar outras moléculas com as quais se encontram, como proteínas, carbohidratos, lípides e o ácido desoxirribonucleico. Essas moléculas são geradas em situações clínicas onde microambientes de hipóxia são seguidos por microambientes de reoxigenação. Nesse grupo estão o choque hemodinâmico, a septicemia, a resposta inflamatória sistêmica, as hepatites fulminantes, o transplante de órgãos, e a insuficiência respiratória, entre outras condições.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
FERREIRA, A. L. A.; MATSUBARA, L. S. Radicais livres: conceitos, doenças relacionadas, sistema de defesa e estresse oxidativo. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 43, n. 1, p. 61-68, 1997.
OGA, Seizi; CAMARGO, Márcia Maria de Almeida; BASTISTUZZO, José Antonio de Oliveira. Fundamentos de TOXICOLOGIA. 3. ed, p. 37-58, São Paulo: Atheneu Editora, 2008. 643 p.

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