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Dano material e moral possibilidade de reparação conjunta Quando se fala em dano moral trata-se de uma “lesão que atinge valores físicos e espirituais, a honra, nossas ideologias, a paz íntima, a vida nos seus múltiplos aspectos, a personalidade da pessoa, enfim, aquela que afeta de forma profunda não os bens patrimoniais, mas que causa fissuras no âmago do ser, perturbando-lhe a paz de que todos nós necessitamos para nos conduzir de forma equilibrada nos tortuosos caminhos da existência.”, como bem define CLAYTON REIS (Avaliação do Dano Moral, 1998, ed. Forense). E a obrigatoriedade de reparar o dano moral está consagrada na Constituição Federal, precisamente em seu art. 5º: V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; X – são invioláveis a intimidade, a vida privada honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder judiciário lesão ou ameaça a direito. Ainda no plano da Lei ordinária assim se expressa o Código Civil: Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem,ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. E essa reparação, consistiu na fixação de um valor que seja capaz de desencorajar o ofensor ao cometimento de novos atentados contra o patrimônio moral das pessoas. Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Na sistemática do Código Civil Brasileiro o ato ilícito é causa geradora de obrigações, que pressupõe culpa latu sensu do agente. Cumpre analisar, ainda, quanto à existência e comprovação do dano sofrido. Por tratar-se de ofensa moral, a qual se dá no íntimo e na consciência da pessoa, o dano dela decorrente é presumido, porém no caso de inclusão indevida em cadastro de proteção ao crédito o dano também se comprova por via documental, bastando para tal o simples comprovante do ato de inscrição. Do Dano Moral e sua Reparabilidade Danos morais, segundo a definição de Wilson Mello da Silva, autor de reconhecidos temas sobre o assunto na literatura jurídica brasileira: … são lesões sofridas pelo sujeito físico ou pessoa natural de direito em seus patrimônio ideal, entendendo-se por patrimônio material, o conjunto de tudo aquilo que não seja suscetível de valor econômico” (IN O Dano Moral e Sua Reparação, 2º ed., Forense, p. 13) O patrimônio moral decorre dos bens da alma e dos danos que dele se originam, seriam, singelamente, danos da alma, para usar da expressão do evangelista São Mateus, lembrado por Fischer e reproduzida por Aguiar Dias. NA REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS NÃO HÁ NECESSIDADE DE ADVOGADO PARA FAZER VALER O DIREITO DE REPARO DO OFENDIDO Para fazer valer seus direitos civis e à proteção contra crime a justiça pode ser exercida pelo próprio ofendido ou seu representante legal sem a necessidade de ter que pagar um advogado para entra com a o pedido de indenização por Danos Morais e exigir sua Reparabilidade, pois em 1995 foi instituído o Juizado Especial Civil e Criminal no qual o cidadão pode exigir seus direitos diretamente no âmbito judicial sem ter que pagar por isto nas causas até 20 salários mínimos abaixo lei transitada: Lei 9.099/95 – Juizado Especial (Justiça Comum) Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. § 4o O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver necessidade de vínculo empregatício. O maior de 18 anos pode ser autor, independentemente de assistência, podendo inclusive transigir (Lei 9.099/95, art. 8º, § 2º). O QUE DEVE FAZER O OFENDIDO NO CASO DE CRIME 1 - Nos casos de “CRIME” o ofendido deverá fazer um boletim de ocorrência e pedir encaminhamento ao ministério publico, representando este boletim no prazo de 6 (seis meses), o delegado encaminhara ao Ministério Publico que tomará as devidas providencias legais cabíveis. No caso de flagrante o menor será encaminhado à delegacia, onde os pais serão chamados e serão ouvidas as partes juntamente com as testemunhas, após fazer o boletim de ocorrência às partes serão liberadas, após se comprometerem a comparecer no mesmo dia a presença do representante do Ministério Público, a autoridade responsálvel no prazo de até 24hs encaminhará a denúncia ao ministério público que marcará audiência preliminar e tomará as medidas cabíveis. O QUE DEVE FAZER O OFENDIDO NO CASO DE INDENIZAÇÃO Nos casos de “INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDO DE RAPARAÇÃO”, o ofendido poderá procurar o fórum local o “JUIZADO ESPECIAL CIVIL”, com uma petição em punho esclarecendo os fatos e apresentando as provas tais como: Relato do menor, 3 testemunhas (nome, endereço) que serão ouvidas em audiência posterior, se este deve danos psicológicos relatório medico relatando os danos causados ao ofendido e tempo de tratamento a ser realizado juntamente com atestado com Cid. ( Código de Identificação da Doença). A petição deverá ser endereçada ao “EXMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO PRESIDENTE DO JUIZADO ESPECIAL CIVIL” podendo o próprio responsável redigir (Tem que conter nome e qualificação das partes e responsáveis, do pedido de Indenização por Danos Morais, valor da causa, relato boletim de ocorrência nome e endereço de 3 testemunhas, se houve dano psicológico laudo e atestados médicos com o cid da doença, pedir perícia médica e ouvitiva das testemunhas) assinar a petição (independente de ser advogado) no caso de procedência do pedido poderá ser estabelecido à indenização de até 20 salários mínimos e pagamento de tratamento psicológico ao ofendido. Além da indenização quem comete bulliyng será penalizado na forma que a lei estabelece. A Constituição Federal estabelece as normas a serem seguidas pelos cidadão, sendo eles, crianças, adolescentes ou adultos como transcrito abaixo: Constituição Federal do Brasil DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;(obs: todas as crenças tais como: católica, evangélica, espírita, candomblé, budista, mulçumana, islâmica, judia, ateia ou satãnista etc. sem exceção de crenças). VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícitode entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; Veja que o crime deve ser punível nas formas estabelecidas por lei, o maior de 18 anos sofrerá as penalidades estabelecidas pelo Código Penal Brasileiro e o menor de 18 anos sofrerá as sanções estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente conforme podemos comprovar nos artigos abaixo transcritos: Bulliyng é crime contra à honra enquadrando em varios artigos distintos: Difamação, Injúria, Constrangimento ilegal e Ameaça etc. Código do Penal Brasileiro DOS CRIMES CONTRA A HONRA Difamação Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Exceção da verdade Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. Injúria Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997) Constrangimento ilegal Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. Aumento de pena § 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas. § 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência. § 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo: I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida; II - a coação exercida para impedir suicídio. Ameaça Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - Somente se procede mediante representação. Quadrilha ou bando Art. 288 - Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crimes: Pena - reclusão, de um a três anos. (Vide Lei 8.072, de 25.7.1990) Parágrafo único - A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou bando é armado
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