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PORTUGUÊS .......................................... 05 Ortografia ............................................................ 05 Aspectos Morfológicos ........................................ 08 Aspectos Sintáticos ............................................. 15 Sintaxe de Concordância .................................... 20 Sintaxe de Regência ........................................... 24 Pontuação ........................................................... 27 Semântica ........................................................... 29 Exercícios ........................................................... 31 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA .................. 41 Constituição do Estado do Maranhão ................. 41 Lei 6.107/94 – Servidores Públicos do Estado do Maranhão ....................................................... 76 DIREITO ADMINISTRATIVO ................. 101 Introdução ........................................................... 101 Administração Pública ......................................... 102 Teoria dos Órgãos Públicos ................................ 105 Agentes Públicos ................................................ 106 Dos Poderes Administrativos .............................. 110 Atos Administrativos ............................................ 114 DIREITO CONSTITUCIONAL ................. 123 Poder Constituinte ............................................... 123 Princípios Fundamentais ..................................... 127 Dos Direitos Fundamentais ................................. 129 Da Nacionalidade ................................................ 151 Dos Direitos Políticos .......................................... 153 Organização Político-Administrativa ................... 155 Do Poder Legislativo ........................................... 169 Do Poder Executivo ............................................ 178 Do Poder Judiciário ............................................. 182 Da Ordem Social ................................................. 201 DIREITO EMPRESARIAL ....................... 207 Introdução ........................................................... 207 Sociedade Limitada ............................................. 210 Sociedade Anônima ............................................ 211 Falência e Recuperação ..................................... 218 DIREITO PENAL ..................................... 221 Introdução e Definições ...................................... 221 Infração Penal ..................................................... 222 Concurso de Pessoas ......................................... 225 Excludentes de Ilicitude ...................................... 226 Exclusão de Culpabilidade .................................. 227 Imputabilidade Penal .......................................... 227 Dos Crimes Contra a Pessoa ............................. 228 Dos Crimes Contra o Patrimônio ........................ 243 Dos Crimes Contra a Administração Pública ...... 256 Dos Crimes Contra a Propriedade Imaterial ....... 274 Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual ............. 275 Dos Crimes Contra o Sentimento Religioso ........ 278 Dos Crimes Contra a Família .............................. 278 Dos Crimes Contra a Incolumidade Pública ....... 280 Dos Crimes Contra a Paz Pública ....................... 283 Dos Crimes Contra a Fé Pública ........................ 284 DIREITO PROCESSUAL PENAL .......... 287 Sistemas Processuais ......................................... 287 Inquérito Policial .................................................. 288 Da Prova ............................................................. 292 Das Questões e dos Processos Incidentes ........ 305 Da Jurisprudência e Competência ...................... 307 Da Ação Penal .................................................... 310 Prisão Provisória ................................................. 315 Prisão Temporária .............................................. 319 Citações e Intimações ......................................... 319 Processos em Espécie ....................................... 323 Nulidades e Recursos ......................................... 326 MEDICINA LEGAL ................................. 331 Conceito e Classificação ..................................... 331 Legislação ........................................................... 331 Documento e Relatório Médico-Legais ............... 335 Corpo de Delito ................................................... 335 Traumatologia Forense ....................................... 337 Tanatologia Forense ........................................... 341 ACORDO ORTOGRÁFICO O presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 29/9/2008, o decreto com o cronograma de implantação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no Brasil. O e- vento foi realizado na Academia Brasileira de Letras (ABL), durante uma sessão solene em homenagem ao centenário da morte do escritor Machado de Assis. As mudanças da ortografia já entram em vigor em janeiro de 2009 e a im- plantação do acordo será feita de forma gradual, com um período de transição até 2012. Nesse interregno, os con- cursos públicos e vestibulares vão aceitar as duas formas de escrita: a atual e a modificada. A grafia oficial única do idioma será implantada também em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor- Leste e Portugal. Faremos um estudo paralelo entre as regras antigas e as novas. Estas serão apresentadas nas observações. ACENTUAÇÃO REGRAS BÁSICAS a) Proparoxítonas: todas são acentuadas Ex.: aerólito, bólido, amálgama, arquétipo, ínterim, espéci- me, ímprobo, azáfama, zênite b) Paroxítonas: somente as terminadas em: • I(s), US, Ã(s), ÃO(s): júri, vênus, imã, órgão • R, X, N, L: âmbar, ônix, hífen, réptil • UM, UNS, ONS: álbum, prótons, • Ditongo gráfico: vício Nota: réptil ou reptil; projétil ou projetil c) Oxítonas: somente as terminadas em: • A, E, O(s): marabá, revés, jiló • EM, ENS: amém, conténs Nota: monossílabos tônicos – somente os terminados em O, E, A(s) Ex.: nós, fé, vá Observação: Não houve alteração nessas três regras REGRAS ESPECIAIS a) Regra dos ditongos abertos: acentuam-se todos os vo- cábulos que apresentam os ditongos ÉU, ÉI, ÓI com timbre aberto. Ex.: chapéu, panacéia, constrói Observação: Não se usa mais o acento dos ditongos aber- tos éi e ói das palavras paroxítonas. Atenção: essa regra é válida somente para palavras paro- xítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras o- xítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: pa- péis, herói, heróis, troféu, troféus. b) Regra do U e do I: acentuam-se os vocábulos que apre- sentam o U ou o I: • tônicos; formando hiato com a vogal anterior; formando sílaba sozinhos ou com S. Ex.: traíra, egoísta, baú, balaústre Obs.: ra-i-nha, la-da-i-nha, mo-i-nho Observação: Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um di- tongo. Baiúca, bocaiúva, feiura Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. E- xemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. c) Regra dos hiatos: acentua-se o hiato ÊEM dos verbos ler, dar, ver, crer e seus derivados ele lê dê vê crê eles lêem dêem vêem crêem ele tem vem retém convém eles têm vêm retêm convêm PORTUGUÊS 6 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. Observação Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s). creem, deem, leem, veem , abençoo , doo, enjoo, magoo, perdoo, povoo, , voos, zoo d) Regrado acento diferencial • de tonicidade (acentuam-se as tônicas) tu côas, ele côa (verbo) x coas, coa (prep. + art.) ele pára (verbo) x para (preposição) pôr (verbo) x por (preposição) • de tonicidade e timbre: pélo, pélas, péla (verbo) péla (substantivo) pêlo, pêlos (substantivo) pelo, pela, pelos, pelas (prep. + art.) pólo(s) (substantivo) pólo(s), póla(s) (substantivo) polo(s), pola(s) (prep. arcaica) pêra (substantivo) pêra (substantivo) Pêro (substantivo próprio) pero (conjunção arcaica) pera (preposição arcaica) • de timbre Ex.: ele pôde (pret. ind.) x ele pode (pres. ind.) Observação: Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pó- lo(s)/polo(s) e pêra/pera. Atenção: • Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a for- ma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singu- lar. • Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. • Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus deri- vados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. • É facultativo o uso do acento circunflexo para diferen- ciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo? EMPREGO DO TREMA Coloca-se trema sobre o U quando: • É antecedido das consoantes Q e G; é seguido das vogais E e I; é pronunciado e átono. Ex.: seqüela, averigüei, tranqüilo, argüição Observação: Não se usa mais o trema ( ¨ ), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Arguir, bilíngue, aguentar Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estran- geiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano. EMPREGO DE LETRAS 1. Escrevem-se facultativamente: Aspecto/aspecto; característico/caraterístico; circuns- pecto/circunspeto; conectivo/conetivo; contac- to/contato; corrupção/corrução; corruptela/corrutela; espectro/espetro; sinóptico/sinótico; sumptuo- so/suntuoso; tacto/tato. 2. O ditongo ou alterna, em alguns vocábulos, com oi: Balouçar e baloiçar; calouro e caloiro; dourar e doirar. 3. Nas formas verbais oxítonas se escreve ão: Amarão, deverão, partirão, etc. 4. Nas verbais anoxítonas se escreve am: Amaram, deveram, partiram, etc. 5. Escreve-se com i a conjugação dos verbos terminados em uir: Fluir – flui; atribuir – atribui; retribuir – retribui. 6. Escreve-se com e a conjugação dos verbos terminados em oar e uar: Abençoar – abençoe; perdoar – perdoe; cultuar – cul- tue; habituar – habitue; preceituar – preceitue 7. Escrevem-se com o ou u: Mágoa, polir, tábua, jabuti. 8. Escrevem-se com c ou q: Quatorze ou catorze, cinqüenta, quociente ou cociente. 9. com ch ou x: anexim, bucha, cambaxirra, charque, chimarrão, coxia, estrebuchar, faxina, flecha, tachar (= notar; censurar), taxar (=determinar a taxa; regular), xícara, etc. 10. com g ou j: estrangeiro, jenipapo, genitivo, aragem, gíria, jeito, ji- bóia, agenda, jirau, laranjeira, lojista, majestade, via- gem (s.f.), viajem (verbo viajar), etc. 11. com s, ss, c ou ç: ânsia, anticéptico, boca (cabo de navio), bossa (protu- berância; aptidão), bolçar (vomitar), bolsar (fazer bol- sos), caçula, censual (relativo a censo), sensual (lasci- vo), etc. 12. com s ou x: espectador (testemunha), expectador (pessoa tem es- perança), experto (perito; experimentado), esperto (ati- PORTUGUÊS 7 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. vo), esplêndido, esplendor, extremoso, justafluvial, jus- tapor, misto, etc. 13. com s ou z: alazão, alcaçuz (planta), alisar (tornar liso), alizar (s.m.), anestesiar, bazar, blusa, buzina, coliseu, come- zinho, cortês, esfuziar, esvaziamento, frenesi, garcês, guizo (s.m.), improvisar, irisar (dar as cores do íris a), lambuzar, luzidio, obséquio, sacerdotisa, moroso, xa- drez, etc. 14. O x tem som de: a) ch: xerife, xícara, ameixa, enxoval, peixe, etc. b) cs: anexo, complexidade, convexo, látex, etc. c) z, quando ocorre no prefixo exo, ou ex seguido de vogal: exame, êxito, êxodo, exotérmico, etc. d) ss: aproximar, auxiliar, máximo, proximidade, sin- taxe, etc. e) s final de sílaba: contexto, fênix, pretextar, sexto, sexto, textual, etc. Emprego do hífen com prefixos Regra básica Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem. Outros casos 1. Prefixo terminado em vogal: • Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antia- éreo. • Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: an- teprojeto, semicírculo. • Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: an- tirracismo, antissocial, ultrassom. • Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, mi- cro-ondas. 2. Prefixo terminado em consoante: • Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário. • Sem hífen diante de consoante diferente: intermunici- pal, supersônico. • Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteres- sante. Observações 1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Pala- vras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade. 2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc. 3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo ele- mento, mesmo quando este se inicia por o: coobriga- ção, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocu- pante etc. 4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vi- ce-almirante etc. 5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que per- deram a noção de composição, como girassol, ma- dressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, para- quedista etc. 6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu. HOMONÍMIA E PARONÍMIA HOMÔNIMAS Palavras que têm a mesma pronúncia ou a mesma gra- fia, ou ambos, mas sentido diferente. São: • Homófonas: têm a mesma pronúncia, mas grafia e sentido diferentes. Acender (atear fogo) e ascender (subir Apressar (pôr pressa) e apreçar (dar preço a) Cela (cubículo) e sela (arreio) • Homógrafas: têm a mesma grafia, mas sentido dife- rente. Colher (substantivo) e colher (verbo) Jogo (substantivo) e jogo (verbo) • Perfeitas: palavras de mesma grafia e mesma pro- núncia Mente (substantivo) e mente (verbo mentir) Amo (patrão) e amo (do verbo amar) PARÔNIMAS Palavras com semelhante pronúncia e grafia. Área (superfície) e ária (melodia, cantiga) Descrição (de descrever) e discrição (modéstia) SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS GRAFIA DAS PALAVRAS MAL E MAU MAU ⇒ é adjetivo ou substantivo (quando se puder substi- tuir por BOM) MAL ⇒ é advérbio, substantivo ou conjunção (quando se puder substituir por BEM, APENAS ou LOGO QUE. Ex.: Não há mal que não se cure. A seleção fez um mau jogo. Mal começou o curso e se sente preparado. GRAFIA DA PALAVRA PORQUE POR QUE ⇒ Pode ser: a) pronome relativo; b) pronome interrogativo; c) pronome indefinido PORTUGUÊS 8 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. Ex.: As ruas por andei continuam belas. Quero saber agora por que você não veio.Ela não explicou por que não veio. PORQUE ⇒ Pode ser: Conjunção subordinativa causal ou coordenativa explicativa Ex.: O homem caiu porque a luz se apagou. Corra, porque a Polícia vem aí. PORQUÊ ⇒ substantivo Ex.: Há sempre um porquê para tudo. POR QUÊ ⇒ pronome interrogativo Ex.: Estamos aqui por quê? PALAVRAS DE GRAFIA DIFÍCIL A ou HÁ HÁ: Tempo decorrido (= faz); existe(m) Ex.: Não o vejo há dois anos. Nesta sala há muitos alunos. A: Tempo futuro ou distância Ex.: Só o verei daqui a dois anos. Sua casa fica a muitas quadras daqui. AFIM e A FIM DE AFIM = parente, afinidade A FIM = para Ex.: São duas pessoas afins. Ele estudou a fim de passar no Vestibular. DEMAIS e DE MAIS DEMAIS = muito DE MAIS ≠ de menos Ex.: Aquela mulher fala demais. Não tem nada de mais. ABAIXO e A ABAIXO ABAIXO = sob, embaixo A BAIXO = até embaixo Ex.: Fica no andar abaixo do teu. Olhou-me de alto a baixo. ACERCA DE e HÁ CERCA DE ACERCA DE = sobre HÁ CERCA DE = existe(m) perto de. Ex.: Conversávamos acerca de futebol. Há cerca de trinta alunos em sala. TAMPOUCO e TÃO POUCO TAMPOUCO = nem TÃO POUCO = muito pouco Ex.: Não estuda tampouco trabalha Ele estuda tão pouco CONQUANTO e COM QUANTO CONQUANTO = embora COM QUANTO = com que quantia Ex.: Foi aprovado conquanto não estudasse Com quanto dinheiro você saiu de casa? MAIS e MAS MAIS = advérbio de intensidade (≠ de menos); pronome indefinido MAS = conjunção coordenativa adversativa (= porém) Ex.: Ele estudou mais que você Ele estudou, mas não foi aprovado. SENÃO e SE NÃO SENÃO = substantivo e partícula denotativa ( = apenas, somente SE NÃO = conjunção subordinativa condicional + advérbio de negação (= caso não). Ex.: Sua apresentação não teve um senão. (subst.) Não se viam senão pássaros. (= apenas) Irei, se não chover. (= caso não) CLASSE DE PALAVRAS As palavras, morfologicamente, estão agrupadas em dez classes: FLEXIVAS INFLEXIVAS 01. Substantivos 07. Preposições 02. Adjetivos 08. Advérbios 03. Verbos 09. Interjeições 04. Pronomes 10. Conjunções 05. Numerais 06. Artigos Substantivos, Adjetivos e Verbos 1. Substantivos: palavras com as quais denominamos os seres. 2. Adjetivos: palavras com as quais qualificamos os seres 3. Verbos: palavras com as quais expressamos as ações dos seres e os fenômenos da natureza. Observe os seguintes exemplos: PORTUGUÊS 9 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 1 a) Gosta de sorvete com CREME. b) Comprou um sapato CREME. a. CREME � substantivo (denominação de um obj.) b. CREME � adjetivo (qualidade do sapato). 2 a) É preciso OLHAR com atenção. b) Fixou-se no teu OLHAR. a. OLHAR � verbo (ação de) b. OLHAR � substantivo (denominação; verbo substantivado). 3 a) Sempre foi um homem JUSTO. b) O JUSTO pagou pelo pecador. a. JUSTO � adjetivo (qualidade do homem) b. JUSTO � substantivo (denominação; adjetivo substantivado). 4 a) Era uma pessoa TRISTE. b) Ele tinha muita TRISTEZA. a. TRISTE � adjetivo (qualidade da pessoa). b. TRISTEZA � substantivo (denominação de um sentimento) Obs.: Para estes casos em que o substantivo abstrato é de- rivado do adjetivo, utilize o seguinte expediente: SER ou ESTAR – adjetivos TER – substantivos. 5 a) Ele era um CACHORRO amigo. b) Ele era um amigo CACHORRO. a. CACHORRO � substantivo (denominação de um ser). b. CACHORRO � adjetivo (qualidade do amigo). PRONOMES, ADVÉRBIOS E NUMERAIS 1 O cantor era alto. (qualifica o substantivo � Adjeti- vo) A 2 Ele cantava alto. (modifica o verbo � Advérbio) 3 Ele cantava muito. (intensifica o verbo � Advérbio) Ele era muito alto (intensifica o adjetivo � Advérbio) Ele morava muito longe (intensifica outro advérbio � Advérbio) B 4 Ele tem muito dinheiro (quantifica o substantivo � Pronome 5 Muitos candidatos se inscreveram (acompanha o substantivo � Pronome Adjetivo) C 6 Muitos já desistiram (substitui o substantivo � Pro- nome Substantivo) QUE, QUEM, QUAL, QUANTO 1. Pronome relativo: Relaciona-se com um antece- dente expresso na oração anterior. 2. Pronome interrogativo: sem antecedente, traduz a idéia de interrogação. 3. Pronome indefinido: sem antecedente e sem idéia de interrogação. Exemplos: 1. Conheci o artista a quem todos admiram. 2. Quero saber quem vocês admiram. 3. Chegou quem vocês admiram. COMO, ONDE, QUANDO, POR QUE 1. Pronome relativo: se houver antecedente. 2. Advérbio interrogativo: se for frase interrogativa. 3. Advérbio: se não houver antecedente e não for fra- se interrogativa. Ex.: 1. Esta é a rua onde ela mora. 2. Onde ela mora? Quero saber onde ela mora. 3. Não sei onde ela mora. O, A, OS, AS 1. Artigo definido: Antecedendo a substantivos. Ex.: o livro, a casa, ... 2. Pronome pessoal: substituindo a ele(s), ela(s), vo- cê(s) Ex.: Não o encontrei. (= a ele); Nós a enviamos pelo correio. (= a ela) 3. Pronome substantivo demonstrativo: substituindo aquele(s), aquela(s), aquilo, isto. Ex.: Não ouviu o que você disse. (= aquilo); Referiu- se à que saiu. (= àquele); Levante-se o da direita. (= aquele); Passar, todos querem; estudar, ninguém o deseja. (= isto) 4. Preposição essencial: equivalente a até, para, em direção, a ... Ex.: Fui a até praia. (= até, para); Recomendei-o a você. (= para) PALAVRAS DENOTATIVAS 1. a) só = sozinho � adjetivo b) só = somente, apenas � palavra de exclusão Ex.: Ela veio só. (= sozinha); Ela só anda a pé (= somente). 2. a) mesmo = próprio � pronome adjetivo de- monstrativo. b) Mesmo = inclusive, até � palavra denotativa de inclusão. Ex.: Ele mesmo fez a reclamação. (= próprio); Mesmo a diretoria se enganou. (= inclusive). 3. a) até = em direção a � preposição b) até = inclusive � palavra denotativa de inclu- são Ex.: Caminhou até a porta. (= em direção); Até o presidente riu. (= inclusive) 4. a) é que = valor enfático (pode ser retirado � lo- cução de realce b) é que = (não pode ser retirado � verbo + con- junção Ex.: Nós é que fizemos o trabalho. (= Nós fizemos o trabalho); O certo é que eles não falarão. (= verbo ser + conjunção integrante que) PORTUGUÊS 10 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. PREPOSIÇÕES 1. Palavras invariáveis cuja função é ligar palavras ou orações reduzidas de infinitivo: Ex.: Gosto de música. Ele tem certeza de ter feito o melhor. 2. Além de conectivos, muitas vezes as preposições acrescentam uma idéia circunstancial. Ex.: Venho de casa. (lugar) Morreu de fome. (causa) Porta de madeira. (matéria) CONJUNÇÕES 1. Palavras invariáveis cuja função é ligar orações. 2. Além de conectivos, acrescentam uma idéia: a. Coordenativas: I. Aditivas: e, nem, tampouco, mas também II. Adversativas: mas, porém, contudo, todavia III. Alternativas: ou, quer ... quer, ora ... ora IV. Conclusivas: logo, por isso, então V. Explicativas: porque, pois, já que, visto que b. Subordinativas: I. Causais: porque, já que, uma vez que II. Comparativas: (do) que, quanto, como III. Concessivas: embora, ainda que, mesmo que IV. Condicionais: se, caso, desde que V. Conformativas: conforme, como, segun- do VI. Consecutivas: que (antecedido de tão, tal, tamanho, tanto) VII. Finais: a fim de que, para que VIII. Proporcionais: à proporção que, à medi- da que IX. Temporais: quando, enquanto, logo que X. Integrantes: que, se (iniciando orações subordinadas substantivas) PALAVRA PORQUE Os conectivos porque, já que, visto que, uma vez que, pois, como, que... podem ser:1. Conjunção Coordenativa Explicativa (quando expli- ca ordem ou suposição feitas pelo sujeito da enun- ciação). Ex.: Saia daí, que você acaba caindo. (ordem: ver- bo no imperativo) Não reclame, pois a vitória está garantida. (verbo no imperativo) Ele deve estar em casa, porque a luz está a- cesa. (suposição) 2. Conjunção Subordinativa Causal (quando dá a cau- sa da ação do sujeito da oração principal). Ex.: Ele não caiu, porque ouviu o meu conselho. A grama está molhada, visto que choveu on- tem à noite. Como está doente, o aluno ficou em casa. 3. Conjunção subordinativa final (quando apresenta a finalidade da ação da oração principal. Pode ser substituída por “a fim de que”, “para que”) Ex.: Implorava aos fiéis porque parassem de julgar. PALAVRA COMO Como conectivo pode ser: 1. Conjunção Subordinativa Causal: (equivalente a porque) Ex.: Como teve fome, foi à cozinha (Foi à cozinha, porque teve fome) 2. Conjunção Subordinativa Comparativa (equivalente a quanto) Ex.: Esforçou-se tanto como nós (Esforçou-se tanto quanto nós) 3. Conjunção Subordinativa Conformativa (equivalente a conforme) Ex.: Trabalhou como lhes ensinamos (Trabalhou conforme lhe ensinamos) 4. Pronome Relativo (substituível por qual e com ante- cedente) Ex.: Desconheço o jeito como ele alcançou a solu- ção. Pode ser ainda: 5. Substantivo (quando substantivado por um determi- nativo) Ex.: Quero saber o porque e o como de tudo. 6. Advérbio Interrogativo (em frases interrogativas dire- tas ou indiretas) Ex.: Como você fez? Queria saber como ele fez. 7. Advérbio de modo (em frases não-interrogativas e sem antecedente) Ex.: Desconheço como você virá. 8. Posição (geralmente equivalente à preposição por) Ex.: Eu o tenho como um gênio de matemática 9. Interjeição (em frase exclamativa) Ex.: Como te odeiam! PALAVRA SE Como conectivo pode ser: 1. Conjunção Subordinativa Condicional (equivalente a caso) Ex.: Só iremos se formos convidados. (= caso se- jamos convidados) 2. Conjunção Subordinativa Integrante (introduzindo oração subordinada substantiva) Ex.: Não sei se ele vem. (Não sei isto – objeto dire- to) = Oração Subord. Substantiva Objet. Direta.) Pode ser ainda: 3. Pronome apassivador (em oração em que haja obje- to direto, transformando-se assim em sujeito passi- vo). Ex.: Alugam-se casas. (= casas são alugadas) 4. Indeterminante do Sujeito (em oração e que não ha- ja objeto direto, indeterminando o sujeito). PORTUGUÊS 11 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. Ex.: Necessita-se de ajudantes. 5. Pronome pessoal reflexivo (equivalente a si mesmo) Ex.: Ele se olhava vaidosamente. (sintaticamente é objeto direto) 6. Pronome pessoal recíproco (equivalente a um ao outro) Ex.: Eles se abraçaram carinhosamente (obj. dire- to) 7. Parte integrante do verbo (em verbos essencialmen- te reflexivos e que não existem sem a partícula se) Ex.: Ele se esforçou muito 8. Partícula de realce ou expletiva (desnecessária, po- dendo ser retirada sem alterar o sentido ou função dos termos; geralmente com os verbos ir, sair e rir). Ex.: Eles já se foram. PALAVRA QUE Como conectivo pode ser: 1. Conjunção Subordinativa Comparativa (em frases comparativas de superioridade ou inferioridade; an- tecedida de mais ou menos.) Ex.: Ela sozinha sabia mais que todos nós juntos. Eles comeram menos sanduíches do que eu. 2. Conjunção Subordinativa Consecutiva (antecedida de tão, tal, tamanho, tanto ou qualquer outro intensi- ficador). Ex.: Ela sabe tanto que todos a respeitam. Possuía tamanho prestígio que ninguém dei- xava elogiá-la. 3. Conjunção Subordinativa Integrante: (Introduzindo orações subordinadas substantivas) Ex.: É preciso que ele estude mais. (Oração Subst. Subjetiva) (= é preciso isto / isto (suj.) é preci- so) 4. Conjunção Coordenativa Explicativa (equivalente a porque) Ex.: Feche a porta que está ventando. (= porque está ventando) 5. Pronome Relativo (com antecedente e substituível por qual). Ex.: Desconheço o livro que ele indicou. (= o qual ele indicou). Pode ser ainda: 6. Substantivo (quando substantivado por um determi- nativo). Ex.: Ela possuía um quê especial. 7. Pronome Substantivo Interrogativo (em frase inter- rogativa, substituindo um substantivo). Ex.: Que você deseja? Queria saber que você fez. 8. Pronome Adjetivo Interrogativo (em frase interroga- tiva, acompanhando um substantivo). Ex.: Que livro você deseja? Gostaria de saber que atitude ela tomou. 9. Pronome Adjetivo Indefinido (em frase não- interrogativa, acompanhando um substantivo) Ex.: Desconheço que livros ele indicou. 10. Pronome Substantivo Indefinido (em frase não- FLEXÕES FLEXÕES NOMINAIS É basicamente o estudo das variações do substantivo e do adjetivo quanto às categorias de gênero, número e grau. Flexão de Gênero Quanto ao gênero, substantivos e adjetivos dividem-se em masculinos e femininos. As desinências de feminino mais freqüentes são: 1. A (em substituição à terminação O): menino – menina 2. A (acrescida à consoante final) português – portuguesa autor – autora 3. TRIZ: imperador – imperatriz 4. INA: herói – heroína 5. ISA: poeta – poetiza 6. ESA: barão – baronesa 7. ESSA: conde – condessa 8. ÉIA: europeu – européia Observações: a) Os nomes terminados em –ão fazem feminino em –ã, ao ou ona: alemão – alemã; leão – leoa; valentão – valentona b) Os nomes terminados em –e mudam o e em a, entre- tanto a maioria é invariável: monge – monja; infante – infanta o dirigente – a dirigente; o estudante – a estudante c) Geralmente os adjetivos terminados em –a, –e, –l, –m, –r, –s e –z são uniformes: o homem artista – a mulher artista; o homem elegante – a mulher elegante; o homem fútil – a mulher fútil; o homem comum – a mulher comum; o homem exemplar – a mulher exemplar; o homem simples – a mulher simples; o homem capaz – a mulher capaz. PORTUGUÊS 12 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. d) Nos adjetivos compostos, apenas o segundo elemento admite flexão de gênero: questão anglo-americana; cultura grego-romana. e) Substantivo usado como adjetivo fica invariável: uma recepção monstro. f) Há substantivos que formam o feminino só alterando o timbre da vogal tônica ou com desinência e alteração de timbre: avô – avó; formoso – formosa g) Há substantivos masculinos cuja forma feminina cor- respondente apresenta radical diferente: Homem – mulher; cavalo – égua; h) Há substantivos uniformes (não variam a forma para distinguir os gêneros): I. Comum de dois: têm a mesma forma para os dois gêneros, distinguindo-se por meio do determinati- vo: o jornalista – a jornalista II. Sobrecomuns: têm um único gênero gramatical, mas podem designar o dois sexos: a criança; o indivíduo; a pessoa III. Epicenos: têm um único gênero gramatical para designar animais irracionais. A distinção de sexo é feita através das palavras macho e fêmea: O jacaré; a cobra; o rouxinol i) Há substantivos que, conforme o gênero, apresentam significações diferentes: o grama (peso) – a grama (vegetal) o cabeça (líder) – a cabeça (membro) j) Há substantivos que freqüentemente são utilizados em gênero inadequado ou geram dúvidas quanto ao seu uso. Observar, por exemplo: O champanha; o pulôver; a dinamite Flexão de Número Regras gerais para a formação do plural: 1. Terminados em vogal ou ditongo, acrescenta-se a de- sinência s. tupi – tupis; troféu – troféus 2. Terminados em ÃO podem fazer plural em: a. ões (a maioria e os aumentativos) balão – balões; casarão – casarões b. ães (em pequeno número) pão – pães; capitão – capitães c. ãos (poucos oxítonos e todosparoxítonos) irmão – irmãos; órgão - órgãos 3. Terminados em R, Z e N, acrescenta-se a desinência ES. mar – mares; rapaz – rapazes 4. Terminados em M, mudam para NS. refém – reféns; álbum – álbuns 5. Terminados em AL, EL, OL, UL, trocam o L para IS canal – canais; pastel - pastéis 6. Terminados em IL podem formar plural: a. em EIS (quando paroxítonos) estêncil – estênceis; fóssil – fósseis b. trocando L em IS (quando oxítonos) funil – funis; barril - barris 7. Terminados em S a. acrescenta-se ES (quando oxítonos ou monossíla- bos) freguês – fregueses; rês – reses b. são invariáveis (quando paroxítonos ou proparoxí- tonos) o lápis – os lápis; o ônibus – os ônibus Plural dos diminutivos Coloca-se primeiro a palavra primitiva no plural, obser- vando que a desinência S só deve ser colocada depois do sufixo de diminutivo. Ex.: florzinha – flore(s) + zinha + s = florezinhas papelzinho – papei(s) + zinho + s = papeizinhos balãozinho – balõe(s) + Zinho + s = balõezinhos Plural das palavras compostas Compostos sem hífen fazem o plural normalmente: pontapé – pontapés; girassol – girassóis Compostos com hífen podem formar plural: 1. Variando os dois elementos: a. substantivo + substantivo couve-flor / couves-flores b. substantivo + adjetivo (ou vice-versa) amor-perfeito / amores-perfeitos c. numeral + substantivo (ou vice-versa) sexta-feira / sextas-feiras 2. Variando só o primeiro elemento a. compostos ligados por preposição pé-de-moleque / pés-de-moleque b. compostos de dois ,substantivos, sendo o se- gundo de valor adjetivo, pois especifica o pri- meiro relógio-pulseira / relógios-pulseira Obs.: não confundir este caso com o item 1.a.: reló- gio-pulseira é um relógio do tipo pulseira; couve-flor não é couve do tipo flor. 3. Variando só o segundo elemento a. verbo + substantivo beija-flor / beija-flores cuidado: guarda-chuva (verbo + substantivo) � guarda-chuvas; mas guarda-civil (substantivo + adjetivo) � guardas-civis. b. advérbio + adjetivo abaixo-assinado / abaixo-assinados cuidado: alto-falante (advérbio + adjetivo) � al- to-falantes; mas alto-relevo (adjetivo + substan- tivo) � altos relevos c. prefixos + substantivos grão-duque / grão-duques d. compostos de palavras repetidas (reduplica- PORTUGUÊS 13 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. ções) reco-reco / reco-recos e. adjetivo + adjetivo greco-latino / greco-latinos cuidado: azul-escuro (adjetivo + adjetivo) � azul-escuros; mas azul-céu (adjetivo + substan- tivo) � azul-céu (invariável) 4. Não variando elemento algum a. adjetivo + substantivo (cor) verde-garrafa / duas blusas verde-garrafa b. compostos com palavras invariáveis (verbos, advérbios, ...) cola-tudo; pisa-mansinho c. expressões substantivas chove-não-molha d. compostos com verbos antônimos leva-e-traz Grau Graus dos substantivos 1. Normal: casa 2. Diminutivo: casinha, casebre 3. Aumentativo: casarão Observações 1. O aumentativo e o diminutivo podem ser analítico ou sintético: a. Analítico: com um adjetivo que indica o aumento ou a diminuição. Ex.: navio pequeno, campo grande b. Sintético: com sufixos nominais I. De aumentativos: -aça (barcaça), -aço (balaço), -alhão (bobalhão), - anzil (corpanzil), -ão (garrafão), -aréu (fogaréu), - arra (naviarra), -arrão (canzarrão), -astro (poetas- tro), -azio (copázio), -orra (cabeçorra), -az (velha- caz), -uça (dentuça), ... II. De diminutivos: -acho (riacho), -cula (gotícula), -ebre (casebre), - eco (padreco), -ejo (vilarejo), -ela (ruela), -ete (fa- rolete), -eto (livreto), -ico (namorico), -im (espa- dim), -(z)inho (pezinho), -isco (chuvisco), -ito (cão- zito), -ola (bandeirola), -ote (saiote), -ucho (pape- lucho), -ulo (nódulo), -únculo (homúculo), -usco (velhusco), ... 2. Há aumentativos ou diminutivos com valor pejorativo. Ex.: jornaleco, livreco, dramalhão 3. Há sufixos diminutivos que adquirem valor efetivo. Ex.: doidinho, amorzinho 4. Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo não dá à palavra nenhum dos dois graus. Ex.: cartaz, papelão, cordão 5. Há casos em que existe dois diminutivos ou dois au- mentativos: um popular, outro erudito. Ex.: obra: obrinha e opúsculo. Graus dos adjetivos 1. Normal Ele é alto 2. Comparativo a. de superioridade Ele é mais alto do que você. b. de inferioridade Ele é menos alto do que você. c. de igualdade Ele é tão alto quanto você. 3. Superlativo a. relativo I. de superioridade Ele é o mais alto de todos. II. de inferioridade Ele é o menos alto de todos. b. absoluto I. sintético Ele é altíssimo. II. analítico Ele é muito alto. Observação: os adjetivos bom, mau, grande e pequeno possuem formas especiais para os graus comparativo e su- perlativo. Comparativo de super. Superlativo Normal analítico sintético absoluto relativo bom mau grande pequeno mais bom mais mau mais grande mais pequeno melhor pior maior menor ótimo péssimo máximo mínimo o melhor o pior o maior o menor Estes adjetivos, quando no grau comparativo de supe- rioridade, são usados na forma sintética. Ex.: Ele é maior do que você A forma analítica só deve ser usada na comparação entre duas qualidades, ou seja, entre dois adjetivos. Ex.: Esta sala é mais grande do que confortável. FLEXÕES VERBAIS Os verbos, basicamente, se flexionam em tempo, mo- do, pessoa, número e voz. Tempos e modos a) Presente do indicativo: indica um fato real situado no momento ou época em que se fala. Hoje eu falo, ... eu vendo, ... eu parto b) Presente do subjuntivo: indica um fato provável, duvi- doso ou hipotético situado no momento ou época em que se fala. Que eu fale, ... eu venda, ... eu parta c) Pretérito perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada e terminada no passado. Ontem eu falei, ... eu vendi PORTUGUÊS 14 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. d) Pretérito imperfeito do indicativo: indica um fato real cu- ja ação foi iniciada no passado, mas não foi concluída, ou era uma ação costumeira no passado. Antigamente eu falava, ... eu vendia e) Pretérito imperfeito do subjuntivo: indica um fato prová- vel, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada mas não concluída no passado. Se eu falasse, ... eu vendesse f) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação é anterior a oura ação já passada. Eu já falara, ... eu vendera. g) Futuro do presente do indicativo: indica um fato real si- tuado em momento ou época vindoura. Amanhã eu falarei, ... eu venderei h) Futuro do pretérito do indicativo: indica um fato possí- vel, hipotético, situado num momento futuro, mas liga- do a um momento passado. Eu falaria, ... eu venderia i) Futuro do subjuntivo: incida um fato provável, duvido- so, hipotético, situado num momento ou época futura. Quando eu falar, ... eu vender Observação 1. O Modo Imperativo (exprime ordem, pedido, conselho, convite, súplica, ...) é derivado do tempos do presente Modo imperativo Observações: 1. Não há 1ª pessoa do singular no imperativo afirmativo e no imperativo negativo. 2. A 2ª pessoa do singular e a 2ª pessoa do plural do im- perativo afirmativo se derivam do presente do indicati- vo, perdendo o s final. (exceção: verbo ser � sê tu, sede vós) 3. a 3ª pessoa do singular, a 1ª pessoa do plural e a 3ª pessoa do plural do imperativo afirmativo e ainda todo o imperativo negativo se derivam do presente do sub- juntivo, sem sofrer alterações Cuidados: a) com o duplo tratamento Ex.: Sai daí que você cai. Sai (imperat. afirm. na 2ª pessoa do singular) e você (3ªpes. singular) b) com a colocação da frase no plural ou no negativo. Ex.: Põe no armário! Plural: Ponde no armário! Negativa: Não ponhas no armário. 2. As Formas Nominais são: a. Infinitivo: falar, vender, partir b. Gerúndio: falando, vendendo, partindo c. Particípio: falado, vendido, partido. Estas formas são denominadas nominais por poderem de- sempenhar funções de nomes: O olhar (substantivo) dela era insinuante. É considerado um caso perdido. (adjetivo) Recebeu o prêmio chorando. (oração adverbial) Verbos irregulares VERBOS EM –IAR E -EAR passear Presente Indicativo Subjuntivo Passeio Passeias Passeia Passeamos Passeais Passeiam Passeie Passeies Passeie Passeemos Passeeis Passeiem odiar Presente Indicativo Subjuntivo Odeio Odeias Odeia Odiamos Odiais Odeiam Odeie Odeies Odeie Odiemos Odieis Odeiem copiar Presente Indicativo Subjuntivo Copio Copias Copia Copiamos Copiais Copiam Copie Copies Copie Copiemos Copieis Copiem Observações: 1. Todos os verbos terminados em –ear são irregulares 2. Os verbos em –iar são regulares, exceto: mediar, ansi- ar, remediar, incendiar e odiar 3. Todos os verbos terminados em –ear e os cinco irregu- lares terminados em –iar apresentam uma ditongação (ei) nas formas rizotônicas (1ª, 2ª e 3ª p. do singular e 3ª p. do plural nos termos do presente.) PORTUGUÊS 15 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 4. Nos tempos do pretérito e do futuro, todos estes ver- bos, regulares e irregulares, suguem o paradigma dos verbos da 1ª conjunção. Emprego do infinitivo 1. Infinitivo impessoal: utiliza-se em locuções verbais (Não se flexiona). Ex.: Eles podem falar toda a verdade. 2. Infinitivo impessoal: utiliza-se em orações reduzidas. Ex.: Fez tudo para eu reclamar (para que reclamasse) Fez tudo para tu reclamares. Fez tudo para ele reclamar. Fez tudo para nós reclamarmos. Fez tudo para vós reclamardes. Fez tudo para eles reclamarem. Observações: 1. Em orações reduzidas introduzidas por uma preposi- ção, se o sujeito estiver oculto (sendo o mesmo da o- ração principal), a flexão do infinitivo é facultativa. Ex.: Eles vieram para estudarem ou para estudar. 2. Os verbos causativos (mandar, deixar, fazer, ver, ouvir, ...) não formam locução verbal na posição de verbo au- xiliar. Nestes casos pode acontecer o seguinte: a. O infinitivo se flexiona obrigatoriamente se o sujei- to estiver expresso antes do verbo. Ex.: Eu mandei os alunos estudarem. b. A flexão se torna facultativa se o sujeito estiver depois do infinitivo. Ex.: Eu mandei estudar ou estudarem os alunos. c. A flexão se torna proibida se o sujeito for um pro- nome pessoal oblíquo átono. Ex.: Eu mandei-os estudar. Atenção: use o gabarito apenas para conferir se acertou ou não as questões. Em caso de dúvida, entre em contato com o professor da disciplina: elgosil@yahoo.com.br ESTRUTURA DO PERÍODO SIMPLES. TERMOS DA ORAÇÃO Essenciais • Sujeito • Predicado Integrantes • Objeto Direto • Objeto Indireto • Complemento Nominal • Predicativo do Sujeito • Predicativo do Objeto • Agente da Passiva Acessórios • Adjunto Adnominal • Adjunto Adverbial • Aposto • (Vocativo) TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO Dois são os termos essenciais de uma oração: • O Sujeito: ser de quem se diz alguma coisa. • O Predicado: tudo aquilo que se diz do sujeito. (Tudo que não é sujeito). Exemplo: Todos os homens do mundo / precisam de paz. sujeito predicado R.: Todos os homens do mundo (= sujeito), logo, precisam de paz. (= predicado) Classificação do sujeito 1. Sujeito simples: com apenas um núcleo Ex.: Aqueles artistas não agradaram ao públicos Sujeito: Aqueles artistas Núcleo: artistas 2. Sujeito Composto: com dois ou mais núcleos Ex.: O anão e o palhaço não agradaram ao público Sujeito: O anão e o palhaço Núcleo: anão, palhaço Observação: podem ser núcleo do sujeito: • Substantivos: Ex.: Alguns alunos do colégio foram à festa. • Pronomes pessoais: Ex.: Eles já saíram • Pronomes substantivos: Ex.: Todos já saíram. (pron. subst. intef.) Ninguém veio. (pron. subst. indef.) Quem saiu? (pron. subst. inter.) Aquilo desapareceu. (pron. subst. demonst.) Eis o preso que fugiu. (pron. relativo) • Numerais: Ex.: Os dois foram a pé. • Palavras substantivadas: Ex.: O olhar da menina nos cativou. PORTUGUÊS 16 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 3. Sujeito indeterminado: é aquele que existe mas não se sabe qual é o sujeito. Isto só ocorre em duas situa- ções: a) Oração iniciada por verbo na 3ª pessoa do plural: Ex.: Roubaram o meu carro Andam falando mal de você. b) Oração com o verbo ligado à partícula SE, inde- terminante do sujeito: Ex.: Precisa-se de ajudantes. Vive-se bem no Rio. Obs1: Oração sem sujeito: é aquela que apresenta verbo impessoal. São verbos impessoais: • Verbos que expressam fenômenos da natureza: nevar, gear, trovejar, ... Ex.: Está chovendo no Paraná. • Acidentalmente, o verbo fazer (só quando se refere a tempo), o verbo haver (quando se refere a tempo, ou quando significa existir ou acontecer), o verbo ser (quando se refere a tempo ou lugar). Ex.: Faz muito tempo que não nos vemos. Não o vejo há meses. Era aqui que nos encontraríamos. Obs2: Sujeito oracional: é quando o sujeito de uma oração é toda uma outra oração. Ex.: É bom / que todos compareçam 1ª Oração: É bom 2ª Oração: que todos compareçam. (o sujeito é toda a 2ª oração) Predicado Predicado verbal Verbos nocionais: � intransitivos � transitivos � diretos, indiretos, diretos e indiretos Verbos de ligação São aqueles que ligam o sujeito ao seu predicativo, expressando uma idéia de estado ou qualidade. Sujeito + verbo de ligação + predicativo do sujeito Os verbos de ligação e seus vários aspectos: • Estado permanente: ser • Estado transitório: estar, andar, encontrar-se, achar- se, viver, ... • Estado aparente: continuar, permanecer • Mudança de estado: ficar, acabar, virar, tornar-se, cair, passar, ... Obs.: Não esquecer que estes verbos são de ligação somente quando há um predicativo do sujeito. Do con- trário, tornam-se verbos intransitivos. Ex.: O aluno está doente. (suj. + V. L. + Predicativo do sujeito) O aluno está em casa. (suj. + verbo intrans. + adj. adv. de lugar) Verbos intransitivos São aqueles que têm o sentido completo, isto é, não necessitam de complementos verbais. (= objetos) Ex.: O trem chegou atrasado. Enquanto alguns nascem, outros morrem. Ele não veio à escola. Verbos transitivos diretos São aqueles que tem o sentido incompleto, ou seja, necessitam de um complemento verbal sem preposição o- brigatória. (= objeto direto) Ex.: Ela escreveu uma carta (quem escreve, escreve alguma coisa) Eu o encontrei na praia.. (quem encontra, encontra alguém) Verbos transitivos indiretos: São aqueles que têm sentido incompleto, ou seja, ne- cessitam de um complemento verbal com preposição obri- gatória (= objeto indireto). Ex.: Eles não obedecem às leis. (quem obedece, obedece a alguma coisa ou a alguém) Ela necessita de compreensão. (quem necessita, necessita de alguma coisa ou de al- guém) Verbos transitivos diretos e indiretos São aqueles que têm o sentido incompleto, necessi- tando de um complemento verbal sem preposição (O. D.) e de outro complemento verbal com preposição (O. I.) Ex.: O aluno entregou a queixa ao diretor. (quem entrega, entrega alguma coisa (o.d.) a alguém (o.i.)) O diretor informou os alunos das datas dos exames.(quem informa, informa alguém (o.d.) de alguma coisa (o.i.)) Predicativos Predicativo do sujeito Termo que expressa um estado ou qualidade do sujeito. É obrigatório após um verbo de ligação e, eventualmente pode aparecer após verbos transitivos ou intransitivos. Ex.: a) com verbos de ligação: Os alunos são estudiosos. b) com verbo intransitivo: O trem chegou atrasado. c) com verbo transitivo direto: Meu primo foi nomeado diretor. PORTUGUÊS 17 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. d) com verbo transitivo indireto: Os torcedores assistiram nervosos à decisão. Predicativo do objeto Termo que expressa um estado ou uma qualidade do objeto atribuídos pelo sujeito. Ex.: Eles nomearam meu primo diretor. O povo elegeu-o senador. Coroaram-no imperador. Nós o chamamos sábio. (o verbo chamar é T.D. ou T.I.) Nós lhe chamamos de sábio. (o predicativo do objeto pode ser preposicionado). Classificação do predicado 1. Predicado nominal: expressa uma idéia de estado ou qualidade Estrutura: Sujeito + V.L. + Predicativo do sujeito Núcleo: Predicativo do sujeito (é o termo que expressa a idéia de estado ou qualidade) Ex.: Estes operários são trabalhadores. (V.L. + predicativo do sujeito) 2. Predicado verbal: expressa uma idéia de ação. Estrutura: Sujeito + VI VTD + OD VTI + OI VTDI + OD + OI núcleo: verbo (é o termo que expressa a idéia de ação) Ex.: As aves voavam no céu (VI + adj. adv. de lugar) Os animais comem plantas (VTD + ID) As plantas precisam de sol. (VTI + OI) O rapaz informou a hora ao transeunte (VTDI + OD + OI) 3. Predicado verbo-nominal: expressa uma idéia de ação e outra de estado ou qualidade. Estruturas: Sujeito + verbo intransitivo + predicativo do sujeito VTD + predicativo do sujeito + OD VTI + predicativo do sujeito + OI VTD + OD + predicativo do objeto VTI + OI + predicativo do objeto Núcleo: verbo e predicativo Ex.: O trem chegou atrasado (VI + predicativo do sujeito) Ela vendeu tranqüila suas jóias (VTD + predicativo do sujeito) Eles assistiram alegres ao jogo (VTI + predicativo do sujeito + OI) O professor julgou o aluno um sábio (VTD + OD + predicativo do objeto) O professor chamou ao aluno de sábio (VTI + OI + predicativo do objeto) Obs.: núcleos de predicado. • Núcleos verbais: todos os verbos, exceto os de ligação • Núcleos nominais: todos os predicativos (do sujeito e do objeto) Termos integrantes • Objeto direto: complemento verbal sem preposição o- brigatória. Ex.: Este rapaz comprou seu carro aqui. Quem compra, compra alguma coisa (= objeto direto). Ele comprou seu carro • Objeto indireto: complemento verbal com preposição obrigatória (exigida pelo verbo, que deverá ser transiti- vo indireto). Ex.: Este rapaz se referiu a seu pai Que se refere, se refere a alguém (= objeto indireto). Ele se referiu a seu pai. • Complemento nominal: termo preposicionado que completa o sentido de nomes (adjetivos, substantivos e advérbios) Ex.: Este teste foi útil aos candidatos. Tudo que é útil, é útil a alguém (= complemento nomi- nal). Isto foi útil aos candidatos. • Predicativo do sujeito: termo que expressa um esta- do ou qualidade do sujeito. Este termo liga-se ao sujei- to através do verbo. Ex.: A menina estava tristonha. Após o verbo de ligação, obrigatoriamente, haverá um predicativo do sujeito, entretanto é possível haver predicati- vo do sujeito com verbos que não sejam de ligação. Ex.: A menina saiu tristonha de casa • Predicativo do objeto: termo que expressa um estado ou uma qualidade do objeto, atribuídos pelo sujeito. Ex.: A crítica considerou este ator o melhor do ano. • Agente da passiva: termo preposicionado que pratica a ação do verbo, quando ele está na voz passiva. Ex.: Este trabalho foi feito por mim. O sujeito, na voz passiva, sofre a ação do verbo. (= Es- te trabalho sofre a ação de ser feito) PORTUGUÊS 18 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. Há, na voz passiva, uma locução verbal, onde o verbo auxiliar é o verbo ser. (Locução Verbal = foi feito; Verbo Auxiliar = ser mais verbo principal = fazer) O agente da passiva corresponde ao sujeito da voz ati- va. Eu fiz este trabalho. Termos acessórios 1. Adjunto adnominal: Termo de valor adjetivo que modifi- ca um substantivo. Pode ser expresso por: • Adjetivos Ele era um homem ajuizado. • Locuções adjetivas (Termo preposicionado de valor ad- jetivo ou possessivo) Ele era um homem de juízo. • Artigos Ele era um homem ajuizado. • Numerais É o primeiro aluno que compra dois livros. • Pronomes adjetivos (qualquer pronome que acompa- nhe um substantivo) Este homem comprou seus presentes aqui. • Orações adjetivas Eis o livro que estou lendo. 2. Adjunto adverbial: Termo de valor adverbial que, deno- tando uma circunstância, modifica um verbo ou intensi- fica o sentido deste, de um adjetivo ou de um outro ad- vérbio. Ex.: Ele caminha rapidamente. (= circunstância de modo) Ele trabalha muito. (= circunstância de intensidade) • Advérbios Hoje, não veio ninguém aqui. (de tempo, de negação e de lugar) • Locuções adverbiais Tudo foi feito às escondidas. (de modo) • Expressões adverbiais Morrem de fome. (de causa) • Orações adverbiais Iremos quando houver dinheiro. (de tempo) Circunstâncias: a) Modo: Caminhava devagar b) Tempo: Fez a prova agora. c) Lugar: Está longe d) Intensidade: Ele é tão estudioso. e) Dúvida: Talvez ele venha. f) Negação: Ele não vem g) Afirmação: Sim, ele virá. h) Causa: Por que ele faltou? i) Concessão: Ele virá apesar do escuro. j) Condição: Nada lê sem óculos. k) Finalidade: Ele vive para o estudo. l) Instrumento: Desenhava com o lápis. m) Companhia: Saiu com os pais. n) Matéria: Crucifixos feitos de madeira. o) Assunto: Ele falava de você. e outras. 3. Aposto: Termo de caráter nominal que se junta a um substantivo (ou equivalente) para explicá-lo, ou para servi-lhe de equivalente, resumo, ou identificação. Ex.: Mário de Andrade, o líder do nosso movimento modernista, morreu em 1945. (= aposto explicati- vo) A cidade de Petrópolis apresenta um clima agra- dabilíssimo. (= aposto especificativo) 4. Vocativo: Termo através do qual chamamos o ser a que nos dirigimos. Ex.: Meus senhores, esta é a nossa situação. Você, venha até aqui por favor! Esquema I: Obj. indireto x obj. direto preposicionado a) OI = Ele gosta dos pais. ODP = Ele estima a(os) pais. b) OI = Ele obedece a mim. ODP = Ele entendeu a mim c) OI = Este é o aluno a quem ele se referiu. ODP = Este é o aluno a quem ele admira. d) OI = Ele aludiu a Vossa Excelência. ODP = Ele cumprimentou a Vossa Excelência. Obs.: ODP = Puxar d(a) espada. Pegar (d)a caneta. Saber (de) tudo. Cumprir (com) o dever. Esquema II: Objeto indireto x complemento nominal a) OI = Eu aludi ao poeta. CN = Eu fiz alusão ao poeta. b) OI = Eu lhe obedeço. CN = Eu lhe sou obediente. c) OI = Este é o aluno a quem me referi. CN = Este é o aluno a quem fiz referência. d) OI = Eu necessito de que me ajude. CN = Tenho necessidade de que me ajude. Obs: OI = Eu entreguei o livro ao aluno. CN = Eu fiz referência ao aluno. Esquema III: Complemento nominal x adj. adnominal a) A.A. = Os meus dois melhores amigos de São Paulo chegaram de Brasília. b) A.A. = Locuções adjetivas: Homem de juízo (= ajuizado) Fio de chumbo. (= idéia de matéria) c) A.A. = O descobrimento de Cabral (= agente) C.N. = O descobrimento do Brasil. (= paciente) d) A.A. = Roubaram-lhe a caneta (= idéia de posse) C.N. = Isto lhe é favorável. (completa o nome) PORTUGUÊS19 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. e) A.A. = Este é o aluno cujo livro foi roubado. (= posse) C.N. = Este é o aluno a quem fiz alusão. (= complemento nominal) f) A.A. = Este é o aluno a quem fiz alusão. (= oração adjetiva) C.N. = Sou favorável a que o prendam (= complemento nominal) Esquema IV: Termo integrante e acessório da oração A. Predicativo do sujeito x adjunto adverbial PS: Ela vendeu tranqüila as suas jóias. A.Adv.: Ela vendeu tranqüilo as suas jóias. B. Adjunto adnominal x adjunto adverbial ���� A. Adn. = Fiz o trabalho de casa. (= caseiro) A. Adv. = Fiz o trabalho em casa. ���� A. Adn. = Tenho muito dinheiro. A. Adv. = Eu trabalho muito. C. Adjunto adnominal x predicativo do sujeito A. Adn. = Eu ajudei aquele homem gordo. (qualida- de própria) P. Obj. = Eu considero este homem gordo. (qualida- de atribuída) Obs.: O juiz julgou o réu inocente (A. Adn.) culpado (P. Obj.). D. Adjunto adnominal x aposto A. Adn. = Gosto do clima de Petrópolis. (= petropoli- tano) Aposto = Gosto da cidade de Petrópolis. (Petrópolis é nome de cidade) ESTRUTURA DO PERÍODO COMPOSTO Classificação do período � Simples: uma única oração – oração absoluta. � Composto: duas ou mais orações • Por coordenação – só orações coordenadas • Por subordinação – só orações subordinadas • Por coordenação e subordinação – orações coor- denadas e subordinadas. ORAÇÕES COORDENADAS A) Sindéticas (iniciadas por conjunções coordenativas) I. Aditivas: (iniciadas por: E, nem, tampouco, mas tam- bém) II. Adversativas: (iniciadas por: MAS, porém, contudo, en- tretanto, ...) III. Alternativas: (iniciadas por: OU, ora ... ora, quer ... quer) IV. Conclusivas: (iniciadas por: LOGO, portanto, por isso, então, ...) V. Explicativas: (iniciadas por: PORQUE, pois, já que, vis- to que, ...) B) Assindéticas (sem conjunção coordenativa) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS I. Subjetivas (= sujeito oracional) Ex.: É bom que ninguém viaje. II. Objetivas diretas (= objeto direto oracional) Ex.: Não sei se eles entenderam tudo. III. Objetivas indiretas (= objeto indireto oracional) Ex.: Precisamos de que nos ajudem. IV. Completivas nominais (= complemento nominal oracio- nal) Ex.: Sou favorável a que eles venham cedo. V. Predicativas (= predicado do sujeito oracional) Ex.: O ideal é que ninguém falte. VI. Apositivas (= aposto oracional) Ex.: A idéia – que todos viajassem – foi bem aceita. VII. Agentes da passiva (= agente da passiva oracional) Ex.: O carro foi destruído por quem o comprara. Obs.: As orações subordinadas substantivas são introduzi- das pelas conjunções subordinadas integrantes (QUE e SE) ou são justapostas (com pronomes e advérbios interrogati- vos ou ainda indefinidos). ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS • Iniciadas por um Pronome Relativo • Exercem a função sintática de Adjuntos Adnominais • Referem-se a um Substantivo ou Pronome Substantivo (antecedente). I. Restritivas (não necessita de vírcgula no início). Res- tringem, diminuem, limitam a significação do antece- dente. Ex.: Aqui, estão os alunos / que serão aprovados. (Nem todos os alunos serão aprovados) II. Explicativas (obrigatoriamente iniciada por vírgula). Não restringem, apenas acrescenta algo próprio do antece- dente. Ex.: As crianças, / que são os homens de amanhã, / merecem nossa atenção. (todas as crianças são os homens de manhã) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS • Iniciadas pelas Conjunções Subordinativas • Exercem a função sintática de Adjuntos Adverbiais. I. Causais (iniciadas por porque, como, já que, visto que, uma vez que, ...) Ex.: Retirou-se porque sentiu-se mal. II. Comparativas (iniciadas por (do) que, como, quanto, assim ,como, ...) Ex.: Ela é bastante mais responsável que você. Obs.: O verbo normalmente fica oculto. III. Concessivas (iniciadas por embora, ainda que, mesmo que, ...) Ex.: Teria sido melhor, embora não parecesse. PORTUGUÊS 20 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. IV. Condicionais (iniciadas por se, caso, desde que, con- tanto que, ...) V. Conformativas (iniciadas por conforme, como, segun- do, consoante ...) Ex.: Conforme ficou determinado, eles se retiraram. VI. Consecutivas (iniciadas por: que, de forma que, de modo que...) Ex.: Tanto era seu esforço que a recompensa veio bre- ve. VII. Finais (iniciadas por: a fim de que, para que, porque,...) Ex.: Explique tudo para que ninguém reclamasse de- pois. VII. Proporcionais (iniciadas por: à proporção que, à medi- da que, ...) Ex.: Estudávamos mais ao passo que nos distraíamos menos. XIX. Temporais (iniciadas por: quando, enquanto, mal, logo que, sempre que, ...) Ex.: Enquanto estiver ali, estará seguro. ORAÇÕES REDUZIDAS • Verbos nas formas nominais: infinitivo, gerúndio, parti- cípio • Não apresentam conectivos. Ex.: Recebeu o dinheiro, gastando-o logo após. ( = e gas- tou logo após) Oração coord. aditiva, reduzida de gerúndio. É importante lutar sempre. (= que se lute sempre) Oração subord. subjetiva, reduzida de infinitivo Encerrada a reunião, muitos se retiraram. (= quando a reunião se encerrou, ...) Oração subord. adv. temporal, reduzida de particípio. A sintaxe de concordância nos ensina que existem termos que se flexionam (gênero e número ou pessoa e número) para concordarem com outros. Ex.: Compre flores lindas Aqui o adjetivo lindo flexionou-se em feminino e plural para concordar com o substantivo flores, que é feminino e está no plural. Esta concordância chama-se nominal, e sua regra bá- sica é: O ADJETIVO concorda com o SUBSTANTIVO em GÊ- NERO e NÚMERO. Eu e minha irmã compramos flores. Neste caso o verbo comprar apresenta-se na 1ª pes- soa do plural pois está concordando com o seu sujeito eu e minha irmã, que é igual a nós, ou seja, 1ª pessoa do plural. Esta concordância chama-se verbal, e sua regra básica é: O VERBO concorda com o SUJEITO em PESSOA e NÚMERO. TIPOS DE CONCORDÂNCIA Tanto a Concordância Nominal quanto a Concordância Verbal podem, além da concordância rigidamente gramati- cal, ser feitas também atrativa ou ideologicamente. CONCORDÂNCIA RÍGIDA, GRAMATICAL OU LÓGICA É feita de acordo com as normas gramaticais. Exemplos: 1. Vossa Senhoria foi justa. (O adjetivo justo está no feminino, singular, porque deve concordar com Vossa Senhoria, que é uma expressão fe- minina e está no singular) 2. Saíram minha irmã e o namorado. (O verbo sair está na 3ª pessoa do plural, porque concorda com o sujeito ,composto minha irmã e o namorado, que é igual a eles, ou seja, 3ª pessoa do plural) 3. Todos voltaram cedo. (O verbo voltar está na 3ª pessoa do plural simplesmente porque seu sujeito todos é pronome de 3ª pessoa e está no plural) CONCORDÂNCIA ATRATIVA É feita por uma questão de proximidade, abandonando as regras gramaticais. Exemplos 1. Saiu minha irmã e o namorado. (O verbo está concordando unicamente com o núcleo do sujeito mais próximo) 2. Muitos de nós descobrimos a solução. (O verbo está concordando unicamente com nós. O sujeito, entretanto, é muitos de nós, e rigidamente pela gramática seria muitos de nós descobriram) CONCORDÂNCIA IDEOLÓGICA É feita de acordo com a idéia transmitida pelas pala- vras, e não por sua forma gramatical. Exemplos: 1. Vossa Senhoria foi justo. (O adjetivo justo está concordando, não com a forma femi- nina de Vossa Senhoria, mas com a sua idéia: trata-se de um homem) PORTUGUÊS 21 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 2. Todos voltamos cedo. (O verbo voltar não está concordando com a forma de to- dos – 3ª pessoa do plural – mas sim com a sua idéia – nós –, uma vez que o EU se inclui ao grupo,ou seja, está sub- entendido) CONCORDÂNCIA NOMINAL E PRONOMINAL Regras básicas 1. O Adjetivo concorda com o substantivo em gênero e número; 2. O pronome adjetivo, o numeral e o artigo também con- cordam; Ex.: As duas meninas compraram estes livros. 3. O advérbio não se flexiona em gênero e número. Ex.: Elas são muito estudiosas. Casos gerais: Um adjetivo para concordar com dois substantivos 1. Cheios estão o lago e o tanque 2. Cheias estão a lagoa e a piscina 3. Cheios estão o tanque e a piscina. Rigidamente pela gramática temos: a) dois substantivos masculinos � adjetivo masculino plural b) dois substantivos femininos � adjetivo feminino plural c) um substantivo masculino e um feminino � adjetivo masculino plural. Atrativamente, o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo: •••• Cheio está o lago e o tanque •••• Cheia está a lagoa e a piscina •••• Cheio está o tanque e a piscina •••• Cheia está a piscina e o tanque. Casos especiais: 1. a) MESMO = próprio (adjetivo) Elas mesmas ficaram chateadas. Ela feriu a sim mesma. b) MESMO = até, inclusive (não flexiona) Mesmo eles ficaram chateados. Mesmo ele se feriu. 2. a) SÓ = sozinho (adjetivo) Elas vivem sós. b) SÓ (somente, apenas (não flexiona Só elas não vieram. Faltaram só os padrinhos. 3. a) CONFORME = conformado (adjetivos) Eles ficaram conforme com a resposta. b) CONFORME = como (não flexiona) Jogaram conforme foram orientados. 4. a) JUNTO (adjetivo) Elas vivem juntas. b) JUNTO A, JUNTO DE (não flexiona) Elas moram junto à ponte. Eles ficaram junto de mim. 5. a) ANEXO, INCLUSO (adjetivo) Anexas seguem as fichas. Inclusas está uma observação. b) EM ANEXO (não flexiona) Em anexo seguem as fichas. Uma observação vai em anexo. 6. a) O MAIS POSSÍVEL (forma rigidamente gramati- cal) É uma flor o mais bela possível. b) A MAIS POSSÍVEL, OS/AS MAIS POSSÍVEL (Concordância atrativa) É uma flor a mais bela possível. São flores as mais belas possíveis. São lagos os mais lindos possíveis. 7. a) MELHOR = mais bom (advérbio) Estes são os melhores alunos Estes atletas são os melhores. b) MELHOR = mais bem (advérbio) Eles fizeram melhor os maus trabalhos. Estes casos foram melhor explicados que os outros. 8. a) HAJA VISTA (rigidamente não flexiona) Haja vista as anotações do chefe. Haja vista das notas avançadas b) HAJAM VISTA (atrativamente antes de um substanti- vo plural em preposição) Hajam vista as anotações do chefe. 9. a) BARATO, CARO (quando separados por verbo, po- dem ser adjetivos ou advérbios) Os livros custam caros. (adjetivo) Os livros custam caro. (advérbio) b) SÉRIO (adjetivo ou advérbio) Vamos falar sérios. (adjetivo) Vamos falar sério. (= seriamente, advérbio) 10 a) UM E OUTRO + SUBST. SING. + VERBO sing. ou plural Um e outro aluno saiu (ou saíram) Uma e outra aluna foi aprovada b) NEM UM NEM OUTRO + SUBST. SING. + VERBO SING. Nem uma nem outra aluna foi aprovada. Nem um nem outro aluno saiu. 11 a) SUBST. FEM. DETERMINADO + VERBO SER + ADJ. FEM. Esta cerjeva é boa. É proibida a entrada. PORTUGUÊS 22 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. b) SUBST. FEM. INDETERMINADO + VERBO SER + ADJ. MASC. Cerveja é bom. É proibido entrada de estranhos. 12 a) PRONOME ADJ. INDEFINIDO (Concorda com o substantivo) Vi bastantes jogos. (= muitos) b) ADVÉRBIO (não flexiona) Ficaram bastante alegres. (= muito) 13 a) POUCO (Pronome adj. indef. ou advérbio) Ela tem pouca paciência. (pron. adj. indef.) Ela é pouco paciente. (advérbio) b) UM POUCO DE (não flexiona) Ele tem um pouco de paciência. 14 a) MEIO = metade (numeral) Comi meia laranja. b) MEIO = mais ou menos (advérbio) TODO = totalmente (advérbio) Janela meio aberta. Porta todo fechada. Obs.: Todo, atrativamente, pode se flexionar: Porta toda fechada 15. MENOS (nunca flexiona) Isto tem menos importância. 16. ALERTA (advérbio) Eles ficaram alerta. 17. SALVO = exceto (não flexiona) Salvo nós dois, os demais fugiram. 18. PSEUDO (não flexiona) Eles eram uns pseudo-sábios. CONCORDÂNCIA VERBAL REGRAS BÁSICAS 1. O verbo concorda em pessoa e ;número com o sujeito simples (antes ou depois do verbo). Ex.: O aluno sabe tudo. Nada sabe o aluno. 2. O verbo concorda gramaticalmente com o sujeito com- posto (anteposto ao verbo). Ex.: Eu e o aluno sabemos tudo. O aluno e eu sabemos tudo. 3. O verbo concorda gramatical e atrativamente com o su- jeito composto (posposto ao verbo) Ex.: Nada sabemos eu e o aluno. (gramatical) Nada sabemos o aluno e eu. (gramatical) Nada sei eu e o aluno. (atrativa) Nada sabe o aluno e eu. (atrativa) CASOS ESPECIAIS Sujeito composto 1. Sujeito composto por pronomes pessoais a) Eu, tu e ele = (1ª pessoa predomina sobre as de- mais) Ex.: Voltávamos da praia ela, a mãe e eu. b) Tu e ele = vós (2ª pessoa predomina sobre a 3ª pessoa) Ex.: Tereis tu e ela um futuro brilhante. c) Ele e ele = eles 2. Sujeito composto ligado por série aditiva enfática Verbo no plural (conc. Gramatical) ou com o mais pró- ximo (com. Atrativa) Ex.: Não só o jogador mas também o juiz caíram (gra- matical) Caiu não só o jogador como também o juiz. (atra- tiva) 3. Sujeito ligado por com. Verbo no singular ou plural. Ex.: O rei, com toda a corte, partiu de viagem. Com toda a corte – adj. adv. de companhia O rei com toda a corte partiram de viagem. Núcleos do sujeito – rei e corte. 4. Sujeito ligado por nem ... nem. Verbo no plural (conc. Gramatical) ou singular (conc. Ideológica) Ex.: Nem a inveja nem o egoísmo puderam destruir- me. Nem ela nem a família lhe deu atenção. 5. Sujeito ligado por ou a) Verbo concorda com o mais próximo, quando hou- ver a idéia de: � Exclusão: Carlos ou Celso se casou com ela. � Retificação: O autor ou autores engrandece- ram a peça. � Equivalência: A Lua ou o satélite da Terra embeleza a noite. b) Verbo no singular ou plural, quando houver a idéia de: � Alternância (sem excluir): Esperávamos que um homem ou uma mulher o ajudasse (ou a- judassem). c) Verbo no plural, quando houver a idéia de: � Adição: O calor forte ou o frio excessivo me desagradam muito. 6. Sujeito composto formando uma unidade de idéia. Verbo no singular Ex.: A dor e o sofrimento matou-o aos poucos. PORTUGUÊS 23 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 7. Sujeito composto formando uma gradação. Verbo concorda com o mais próximo. Ex.: Um gesto, um olhar, um sorriso já o fazia feliz. Gestos, olhares, sorrisos faziam-no feliz. 8. Sujeito composto + aposto resumitivo (tudo, nada, nin- guém, todos...) Verbo concorda com o aposto. Ex.: Pais, irmãos, primos, ninguém veio ajudá-lo. Sujeito simples 1. Formado pela expressão um e outro. Verbo no singular (conc. gramatical) ou no plural (conc. ideológica) Ex.: Um e outro aluno saiu de sala. (gramatical) Um e outro aluno saíram de sala. (ideológica) 2. Formado pela expressão nem um nem outro Verbo no singular Ex.: Nem um nem outro aluno saiu de sala. (gramati- cal) 3. Formado pelas expressões: parte de, a maior parte de, a maioria de... Verbo no singular (conc. gramatical) ou no plural (conc. atrativa ou ideológica) Ex.: Grande parte dos alunos foi aprovada. (gramati- cal) Grande parte dos alunos foram aprovados. (atrati- va ou ideológica) 4. Formado pelas expressões: mais de, menos de, cerca de, perto de ... Verbo concorda com o substantivo (conc. gramatical apenas) Ex.: Mais de um aluno saiu de sala.5. Formado por pronome substantivo (= núcleo) + de + pronome pessoal Verbo concorda com o pronome substantivo. (conc. gramatical) Ex.: Muitos de nós saíram de sala. 6. Quando o núcleo é um coletivo. Verbo no singular (conc. Gramatical) ou no plural (conc. atrativa ou ideológica) Ex.: A manada de bois foi afastada da estrada. (grama- tical) Um bando de aves pousaram sobre a estátua (a- trativa ou ideológica) 7. Sujeito iniciado por senão. Verbo concorda gramaticalmente com o substantivo (núcleo) Ex.: Não se viam senão os pássaros. 8. Quando o sujeito é pronome relativo a) Com o pronome relativo que, o verbo concorda com o antecedente. Ex.: Sou eu quem falo. b) Caso o antecedente seja predicativo, o verbo con- corda com o antecedente ou com o sujeito da ora- ção principal. Ex.: Eu fui o primeiro que falou Eu fui o primeiro que falei. c) Com o pronome relativo quem, o verbo concorda com o antecedente ou fica na 3ª pessoa do singu- lar. d) Com a expressão um dos ... que. Verbo no singular (conc. gramatical) ou no plural (conc. atrativa ou ideológica). Ex.: Ele foi um dos que mais estudou. (gramatical) Ele foi um dos que mais estudaram. Obs.: Ele é um dos professores que dá ou dão aula aqui hoje. Ele é um dos professores que dá aula a qui a,gora. (só gramatical) 9. Formado por títulos no plural. Verbo no plural. Ex.: Os Estados Unidos não aceitaram certas condi- ções. Obs.: Com o verbo ser e o predicativo no singular, verbo no singular ou no plural. Ex.: Os Lusíadas é uma obra imortal. Concordância de certos verbos 1. Com o verbo ser a) Sujeito (= isto, isso, aquilo, tudo) + predicativo (no plural Verbo no singular ou no plural. Ex.: Tudo é flores ou tudo são flores. b) Sujeito (denota pessoa) + predicativo Verbo concorda com o pronome pessoal. Ex.: Ele era as preocupações do pai. c) Sujeito (= substantivo) + pronome pessoal Verbo concorda com o pronome pessoa. Ex.: Os reprovados fomos nós. d) Pronome interrogativo (= que, que, o quê) + subs- tantivo Ex.: Quem foram os reprovados? e) Expressões: é muito, é pouco, é bastante, é tanto. Verbo no singular Ex.: Cinco cruzados é pouco. f) Nas orações que indicam horas, datas, distâncias. Verbo concorda com a expressão numérica Ex.: São quatro horas. São quatorze de maio Da capital à cidade eram dez quilômetros. Obs.: É dia quatorze de maio. Hoje é dia quatorze de maio. PORTUGUÊS 24 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. g) Na expressão era uma vez Verbo no singular: Ex.: Era uma vez um rei e uma rainha... 2. Com os verbos dar, bater e soar (aplicados a hora) Verbo concorda com a expressão numérica, a menos que haja um sujeito. Ex.: Deram dez horas. (O relógio deu dez horas) Batiam cinco horas 3. Com o verbo custar (no sentido de se difícil) É unipessoal (só possui 3ª pessoa do singular). Seu sujeito sempre é oracional. Ex.: Custa-nos entender isso. 4. Com os verbos parecer e costumar Podem ou não formar locução verbal. a) Em locuções verbais, são verbos auxiliares, logo, concordam com o sujeito: Ex.: As estrelas parecem brilhar. b) Em não-locuções verbais, são verbos principais, concordam com o sujeito oracional (= infinitivo) Ex.: As estrelas parece brilharem. Parecem brilharem as estrelas. 5. Os verbos haver e fazer (oração sem sujeito) A oração sem sujeito caracteriza-se por apresentar um verbo impessoal, isto é, verbo que não tem pessoa (= sujeito). E, por esta razão, fica na 3ª pessoa do singu- lar. Os verbos haver e fazer somente são impessoais nos seguintes casos. a) Haver: quando empregado no sentido de existir, ocorrer (= acontecer) ou de tempo decorrido. Ex.: Havia poucos alunos em sala. (= existiam) Isto tudo ocorreu há dias. (= tempo decorrido) b) Fazer: somente quando empregado no sentido de tempo decorrido. Ex.: Faz dias que isto tudo ocorreu. Obs1: O verbo haver pessoal pode ter vários sentidos. Ex.: Os professores houveram por bem adiar as pro- vas. (= decidiram) Obs2: Os verbos existir, ocorrer, acontecer, decorrer, são pessoais. Ex.: Existiram poucos alunos em sala. (sujeito = poucos alunos) Obs3: Verbo auxiliar de verbo impessoal fica na 3ª pessoa do singular. Ex.: Deve haver muitos aprovados este ano. Concordância com a palavra SE. A palavra se admite várias classificações, tais como: 1. Pronome apassivador: é responsável pela transforma- ção em voz passiva de uma frase ativa. Ex.: Alugam apartamentos. (= voz ativa) Apartamentos são alugados. (= voz passiva), ou Alugam-se apartamentos. (= voz passiva) O se é pronome apassivador, quando o verbo é transi- tivo direto apresenta um “objeto direto”, que na realida- de é o sujeito (paciente). Esta voz passiva chama-se pronominal e o agente da passiva não aparece expres- so. A transformação passiva • Voz ativa: Os alunos lêem os livros • Voz passiva: Verbal ou analítica: Os livros são lidos por alunos. (verbo auxiliar ser + particípio Pronominal ou sintética: Lêem-se livros � É voz passiva pronominal ou sintética � O verbo é transitivo direto � O sujeito é paciente (é o objeto direto da voz ativa). � O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito � O agente da passiva não aparece expresso. 2. Indeterminante do sujeito: é responsável pela transfor- mação de um sujeito determinado em um indetermina- do. Ex.: Precisa de operários. (= sujeito simples, oculto ele) Precisa-se de operários. (= sujeito indeterminado) Para que o se seja indeterminante do sujeito, não pode ha- ver nenhum “objeto direto” na oração. Caso haja, ele se transforma em sujeito e o se classifica-se como pronome apassivador. Portanto, é necessário que o verbo seja transi- tivo indireto, intransitivo ou de ligação. A voz continua ativa, o sujeito passa a ser indeterminado e o verbo é obrigado a permanecer na 3ª pessoa do singular. Ex.: Vive-se muito bem no Rio. • É voz ativa • O verbo é intransitivo (ou transitivo ind. ou de ligação) • O sujeito é indeterminado • O verbo fica na 3ª pessoa do singular. REGÊNCIA NOMINAL Nomes (substantivos, adjetivos) que exigem um termo regido de preposição (complemento nominal). Ex.: 1. Ele fez referência a este assunto. 2. O fumo é nocivo à saúde. 3. Não tenho lembrança do passado. PORTUGUÊS 25 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 4. Não pode haver medo de fantasmas ou a fantas- mas. 5. Ele é hábil em seu trabalho. 6. Isto na é compatível com seus interesses. 7. Ela tinha avidez por dinheiro. 8. Era um filme impróprio para menores REGÊNCIA VERBAL Verbos que exigem um termo regido ou não de prepo- sição. Ex.: 1. Ele vendeu o seu carro 2. Ele precisava de dinheiro 3. Ele entregou a encomenda ao rapaz. Regência de alguns verbos • Aspirar (T. D.) = respirar • Aspirar (T. I.) = almejar Ex.: A moça aspirava o perfume das flores. O empresário aspirava a altos lucros. • Visar (T. D.) = assinar, apontar • Visar (T. I.) = almejar Ex.: O gerente visou os talões de cheque. O arquivo visou o alvo. O empresário visava a altos lucros. • Querer (T. D.) = desejar • Querer (T. I.) = estimar Ex.: O empresário queria altos lucros. Ela queria a seus pais como a Deus. • Almejar (T. D.) = Desejar (T. I.) Ex.: O empresário almejava altos lucros. O empresário desejava altos lucros. • Assistir (T. D.) = socorrer • Assistir (T. I.) = ver ou caber • Assistir em (I) = morar Ex.: O médico assistia o doente com muita paciência. O médico assistia ao jogo com muita atenção. Assiste ao médico tal responsabilidade. Assiste em Manaus desde pequena. • Agradar (T. D.) = fazer agrado • Agradar a (T. I.) = ter agrado
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