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Aula 2 Desenvolvimento Sustentável e Balanço Social

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Administração UNIP – Aula 2 
Disciplina: Responsabilidade Social Profa. Vanessa 
 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL E BALANÇO SOCIAL 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir a necessidade da geração 
atual sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o 
desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Tem como ideia central a associação 
entre o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental, considerando principalmente 
que os recursos naturais são finitos. 
 
A expressão “desenvolvimento sustentável” foi usado pela primeira vez em 1987, no Relatório 
Brundtland, um relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, criado em 1983 pela Assembleia das Nações Unidas. 
 
Ao longo das ultimas décadas, vários têm sido os acontecimentos que marcam a evolução do 
conceito de desenvolvimento sustentável, de acordo com os progressos tecnológicos, assim como 
do aumento da consciencialização das populações para o mesmo. Desde 1968 através da criação 
do Clube de Roma, que teve como integrantes alguns prêmios Nobel, economistas, políticos, 
chefes de estado e até mesmo associações internacionais já era preocupação promover um 
crescimento econômico estável e sustentável da humanidade . Desde então diversas conferencias 
mundiais já foram realizadas e a preocupação também tem sido muito frequentemente expressa 
através dos movimentos artísticos e culturais. 
 
 
 
 
 
O desenvolvimento sustentável é dito para definir limites para o mundo em desenvolvimento. 
Enquanto os atuais países de primeiro mundo, poluídos significativamente durante o seu 
desenvolvimento, os mesmos países incentivam os países do terceiro mundo a reduzir a poluição, 
o que, por vezes, impede o crescimento. Alguns consideram que a implementação do 
desenvolvimento sustentável implica um retorno à estilos de vida pré-modernos. 
 
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (segundo a ONU) 
1. Pobreza 
2. Perigos naturais 
3. O desenvolvimento econômico 
4. Governação 
5. Ambiente 
6. Estabelecer uma parceria global 
econômica 
7. Saúde 
8. Terra 
9. Padrões de consumo e produção 
10. Educação 
11. Os oceanos, mares e costas 
12. Demografia 
13. Água potável, Escassez de água e 
Recursos hídricos 
14. Biodiversidade 
Administração UNIP – Aula 2 
Disciplina: Responsabilidade Social Profa. Vanessa 
 
Cada um destes temas encontra-se dividido em diversos sub-temas. Além das Nações Unidas, 
outras entidades elaboram ainda outros modelos de indicadores, como no caso da Comissão 
Europeia, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e do 
Global Environment Outlook (GEO). 
 
Os três componentes do Desenvolvimento sustentável 
 
Sustentabilidade ambiental 
 
A sustentabilidade ambiental consiste na manutenção das funções e componentes do 
ecossistema, de modo sustentável, podendo igualmente designar-se como a capacidade que o 
ambiente natural tem de manter as condições de vida para as pessoas e para os outros seres 
vivos, preservando a habitabilidade, a beleza do ambiente e a sua função como fonte de energias 
renováveis. 
As Nações Unidas, através do sétimo ponto das Metas de Desenvolvimento do Milênio procura 
garantir ou melhorar a sustentabilidade ambiental, através de quatro objetivos principais: 
1. Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas 
nacionais e reverter a perda de recursos ambientais. 
2. Reduzir de forma significativa a perda da biodiversidade. 
3. Reduzir para metade a proporção de população sem acesso a água potável e saneamento 
básico. 
4. Alcançar, até 2020 uma melhoria significativa em pelo menos cem milhões de pessoas a 
viver abaixo do limiar da pobreza. 
 
Sustentabilidade econômica 
 
A sustentabilidade econômica é a capacidade de produção, distribuição e utilização equitativa 
das riquezas produzidas pelo homem, em outras palabras propõe o equilíbrio entre produção e 
consumo. Aos conceitos tradicionais de mais valias econômicas são adicionados como fatores a 
se ter em conta, os parâmetros ambientais e sócio-económicos, criando assim uma interligação 
entre os vários setores. Assim, o lucro não é somente medido na sua vertente financeira, mas 
igualmente na vertente ambiental e social, o que potencializa um uso mais correto tanto das 
matérias primas, quanto dos recursos humanos. 
Um grande problema enfrentado para a aplicação dos conceitos da sustentabilidade econômica 
no seio das produções comerciais e financeiras dos países em desenvolvimento são as suas 
cautelas com as mudanças dos usos energéticos e com investimentos, que no primeiro momento 
podem apresentar certo risco econômico. Entretanto é importante ressaltar que a sustentabilidade 
econômica é base de uma sociedade estável e mais justa, além disso, ela viabiliza o 
desenvolvimento sustentável. 
 
Sustentabilidade sócio-política 
 
Sustentabilidade sócio-política se refere a um conjunto de ações que visam melhorar a qualidade 
de vida da população. Estas ações devem diminuir as desigualdades sociais, ampliar os direitos e 
garantir acesso aos serviços (educação e saúde principalmente) que visam possibilitar as pessoas 
acesso pleno à cidadania. 
A sustentabilidade sócio-politica centra-se no equilíbrio social, quer na sua vertente de 
desenvolvimento social, como sócio-econômica, é um veiculo de humanização da economia, e 
ao mesmo tempo, pretende desenvolver o tecido social, nos seus componentes humanos e 
culturais. 
 
Administração UNIP – Aula 2 
Disciplina: Responsabilidade Social Profa. Vanessa 
 
AGENDA 21 E METAS DE DESENVOLVIMETO DO MILÊNIO 
 
A Agenda 21 trata-se de um documento que estabelece a importância de que cada país reflita – 
global e localmente – sobre como os diversos ramos da sociedade (notadamente as organizações 
de todas as esferas governamentais) podem contribuir para encontrar soluções voltadas aos 
problemas sócio-ambientais. Cabe a cada nação fazer a sua própria Agenda 21. 
Em termos práticos, é a mais ambiciosa e abrangente tentativa de criação de um novo padrão 
para o desenvolvimento do século XXI, tendo por base os conceitos de desenvolvimento 
sustentável. A agenda 21 nasceu na Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o 
Desenvolvimeto em Junho de 1992 realizada no Rio de Janeiro, através do evento conhecido 
como ECO-92 ou RIO-92. 
A Agenda 21 prega uma reformulação do conceito de “progresso”, atualmente baseado na 
capacidade de produção e consumo de um país – levando em conta, inclusive, o valor do que é 
produzido e consumido. 
No Brasil, a Agenda21 prioriza programas de inclusão social, sustentabilidade urbana e rural, 
ética política para o planejamento de um desenvolvimento sustentável, dentro outras. Mas um 
dos grandes problemas, como o combate ao desperdício – de dinheiro público, inclusive – parece 
não ocupar grandes espaços nas agendas dos legisladores e executores do nosso país. 
 
Já as Metas de Desenvolvimento do Milênio (MDM) surgem da Declaração do Milênio das 
Nações Unidas, adotada pelos 191 estados membros no dia 8 de Setembro de 2000. A 
Declaração traz uma série de compromissos concretos que, se cumpridos nos prazos fixados, 
segundo os indicadores quantitativos que os acompanham, deverão melhorar o destino da 
humanidade neste século. A maioria das metas deveria ter sido alcançada em 2015. 
Esta declaração menciona que os governos "não economizariam esforços para libertar nossos 
homens, mulheres e crianças das condições abjectas e desumanas da pobreza extrema", tentando 
reduzir os níveis de pobreza e promovendo o bem estar social. Estes projetos são monitorados 
com o recurso Índice de Desenvolvimento Humano, que é uma medida comparativa que engloba 
três dimensões: riqueza, educação e esperança média de vida. 
A tão sonhada “parceria mundial para o desenvolvimento” esbarra em lobbys e pressões das 
indústrias bélica, tabagista e farmacêutica, sem falar das diversas posturas dogmáticas de 
religiões como a católica – que insiste em combater o uso de preservativos, fundamental para a 
erradicação de doenças como a AIDS (6ª Meta) e que já beira a endemia. 
 
As oito Metas de Desenvolvimento do Milênio: 
1- reduzir a probreza; 
2- Atingir o ensino básico universal; 
3- Igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; 
4- Reduzir a mortalidade na infância; 
5- Melhorar a saúde materna; 
6- Combater HIV, Malário e outras doenças; 
7- garantir a sustentabilidade ambiental; 
8- Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento. 
 
 
BALANÇO SOCIAL 
 
 A elaboração do balanço social nos moldes atuais evidencia uma evolução dos relatórios 
contábeis, que apresentam informações e dados sobre funcionários e atividades sociais praticadas 
pelas empresas. 
Administração UNIP – Aula 2 
Disciplina: Responsabilidade Social Profa. Vanessa 
 
O Social Audit, como denominado nos EUA, tem conotação ampla voltada para o ambiente 
externo, isto é, a satisfação de consumidores, clientes e da sociedade em geral, qualidade dos 
produtos, controle da poluição, preservação do meio ambiente, contribuição da empresa a obras 
culturais, transporte coletivo e outros benefícios à coletividade, ou seja, são evidenciadas ações 
no ambiente externo com ênfase nas abordagens de caráter ambiental e à coletividade em geral. 
No Brasil as informações divulgadas no Balanço Social referem-se a dados relacionados 
principalmente a emprego e educação e outros aspectos que as organizações apresentam direta 
ou indiretamente, responsabilidade no que tange a questões sociais, sendo portanto, um balanço 
social interno às organizações, medindo nível de remuneração, condições físicas e ambientais de 
trabalho, bem-estar social e seguridade social, e em segundo plano questões ambientais. O 
primeiro Balanço Social realizado o Brasil foi o da Nitrofértil, empresa estatal em 1984, a qual o 
publicou voluntariamente. 
Foi na década de 90 que as empresas brasileiras começaram a divulgar as ações realizadas em 
relação a comunidade, ao meio ambiente e aos próprios funcionários, pois estas preocupações e 
atuações no âmbito social tornaram-se uma questão econômio-financeira diretamente relacionada 
com a sobrevivência empresarial. 
 
Características da contabilidade social (Balanço Social) no mundo: 
EUA e Europa – balanço social externo 
Brasil – balanço social interno 
 
Aspectos analisados: 
a) Empresa e empregados – salários, treinamentos, assistências; 
b) Empresa e meio ambiente – despesas que beneficiam o meio ambiente; 
c) Empresa e sociedade – empresa como elemento de criação e distribuição de valor e riqueza; 
 – empresa como elemento gerador de benefícios sociais e realizadora de 
ações filantrópicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia recomendada: 
REIS, Carlos Nelson dos; MEDEIROS, Luiz Edgar. Responsabilidade Social das Empresas e 
Balanço Social: meios propulsores do desenvolvimento econômico e social. 1. Ed. São Paulo: 
Atlas, 2009. 
MAIMON, Dália. Ensaios Sobre Economia do Meio Ambiente. Editora APED, 1992. 
RATTNER, Henrique. Tecnologia e Desenvolvimento Sustentável: uma Avaliação Crítica. Rev. 
de Administração de Empresas, V.26, n.1, jan./mar., 1991.

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