Economia industrial: Teoria dos Custos de Transação Capítulo 13

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ECONOMIA INDUSTRIAL
Cap. 13 
Teoria dos Custos de Transação
 Stonny Wanderley
Ronaldo Fiani
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13.1 Introdução 
Economia Industrial - David Kupfer Lia Hasenclever Cap. 13 - Teoria dos custos de Transação
Até a publicação do artigo pioneiro de Ronaldo Coase, intitulado The Nature of The Firm, a teoria econômica tratava em detalhe apenas dos custos de produção.
Ronaldo Coase busca em seu artigo uma definição de empresa “que corresponda ao que ela é no mundo real”.
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13.1 Introdução 
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Isso porque a teoria Econômica até aquele momento não tinha estudado organizações, apenas mercados.
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13.1 Introdução 
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O artigo de Ronald Coase deu início ao estudo das condições sob as quais os custos de transação deixam de ser desprezíveis. 
Além desta introdução, o capítulo está dividido em quatro seções.
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13.2 Natureza e fatores determinantes dos custos
de transação 
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Custos de transação são os custos que resultam da divisão de trabalho, ou seja, da divisão de tarefas no processo produtivo.
Desta forma, os custos de transação são os custos de negócios, redigir e garantir o cumprimento de um contrato.
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13.2 Natureza e fatores determinantes dos custos
de transação 
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Oliver Williamson percebeu que essa abordagem dos custos de transação como custos de se recorrer ao mercado apresentava um grave problema.
Nesse sentido, há custo de transação quando uma empresa passa a internalizar sua produção? 
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Exemplo
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de transação 
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13.2 Natureza e fatores determinantes dos custos
de transação 
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Mas por que os custos de transação serão diferentes de acordo com a forma que se organize o processo produtivo?
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de transação 
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A TCT elabora um conjunto de hipóteses que caso se verifiquem, tornam os custos de transação significativos: 
Racionalidade limitada, complexidade e incerteza
Oportunismo e Especificidade de ativos
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1. Racionalidade limitada, complexidade e incerteza: ponto de partida da TCT, que segundo H. Simon, o comportamento humano, ainda que sendo intencionalmente racional, enfrenta limitações.
Mas se caso a racionalidade humana fosse ilimitada?
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de transação 
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Complexidade: Ambientes simples, mesmo com racionalidade limitada, não oferecem dificuldades, porque as restrições de racionalidade dos agentes não são exigidas.
Há incerteza quando eventos futuros não podem ser previstos com exatidão.
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de transação 
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Racionalidade limitada, complexidade e incerteza têm como consequência gerarem assimetria de informação.
2. Oportunismo “habilidade por parte de um agente de identificar e explorar as possibilidades de ganho oferecidas pelo ambiente”. 
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Afrânio fornece Cerveja para Hudys e Hudys solicita uma mudança na fórmula da cerveja. (Hudys tem racionalidade limitada)
É importante ressaltar que na TCT o oportunismo está essencialmente associado a manipulação de assimetrias de informação visando a apropriação dos fluxos de lucros.
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de transação 
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Contudo, mesmo racionalidade limitada, complexidade, incerteza e oportunismo não bastam ainda para gerar problemas de funcionamento no mercado. (small numbers e hold-up)
3. Especificidade de Ativos: A especificidade de Ativos é uma condição necessária para que o risco associado a atitudes oportunistas seja significativo.
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de transação 
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Racionalidade limitada, complexidade e incerta, oportunismo e ativos específicos acarretando pequeno número de transações, geram dificuldades significativas no momento de se contratar uma transação, isto é, adquirir um insumo ou serviço por meio do mercado.
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13.3 Natureza dos Contratos
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1. Há diferentes tipos de contratos, sendo preciso, então, analisar em que medida cada tipo de contrato se ajusta a uma dada configuração de custos de transação.
Contratos que especificam no presente uma determinada performance no futuro. (esse pode ser descartado)
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13.3 Natureza dos Contratos
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2. Contratos de cláusulas condicionais: Neste tipo de contrato as partes estabelecem um dado desempenho dependendo do que ocorra no futuro. 
Dificuldades enfrentadas nesse tipo de contrato.
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13.3 Natureza dos Contratos
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3. Contratos de curto prazo sequenciais: Nesse tipo de contrato, vendedor e comprador não possuem um vínculo contratual duradouro. 
Por outro lado, esse tipo de contrato também não está livre de atitudes oportunistas.
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13.3 Natureza dos Contratos
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Este tipo de problema é comumente observado nas licitações do setor público. 
4. A relação autoridade: A relação de autoridade de um agente sobre o outro é que ao primeiro é facultado definir o que o segundo deverá executar, dentre um conjunto de ações possíveis. 
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13.4 Tipos de transações e estruturas de 
governança
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Para Oliver Williamson, os problemas citados (racionalidade limitada , complexidade, incerteza, oportunismo e pequeno números de transações ganham maior ou menor destaque em relação ao tipo de transação na TCT, por isso iremos analisar os tipos de transações .
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13.4 Tipos de transações e estruturas de 
governança
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Governança pelo mercado: forma adotada em transações não específicas, especialmente eficaz no caso de transações recorrentes.
Governança trilateral: aqui é exigida a especificação ex-ante de uma terceira parte tanto na avaliação da execução da transação quanto para a solução de eventuais litígios.
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13.4 Tipos de transações e estruturas de 
governança
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3. Governança específica de transação: Neste caso, os fatos
de os ativos transacionados não envolverem padronização aumenta significativamente o risco da transação e a possibilidade do surgimento de conflitos de solução custosa e incerta.
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13.4 Tipos de transações e estruturas de 
governança
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Ao mesmo tempo que custos derivados de negociar, redigir, implementar e verificar a execução adequada da cláusulas contratuais crescem, e com isto os custos de transação. É Da comparação deste dois termos(economias de escala versus custos de transação) que caberá a decisão final quanto à forma institucional mais adequada a organização da transação. 
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13.4 Tipos de transações e estruturas de 
governança
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Trade-off: Devo produzir via mercado ou via estrutura hierárquica?
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13.4 Tipos de transações e estruturas de 
governança
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Deve estar clara a importância da especificidade dos ativos para a determinação da relevância dos custos de transação em um caso específico.
Especificidade de localização;(estoque e transporte)
Especificidade física; (design)
Especificidade de capital humano; (aprender fazendo)e
Especificidade de ativos dedicados. (cliente especial)
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13.5 Evidência empírica sobre custos de 
transação 
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Integrar verticalmente ou recorrer ao mercado das empresas?
Montadoras
Assim, aumentam as chances dos componentes serem produzidos internamente quando maiores forem os seus graus de complexidade e especificidade.
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13.6 Aplicações da teoria dos custos de 
transação
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As duas principais aplicações da TCT têm sido, afora análises de Economia Industrial, acerca das estruturas verticais, nas áreas de defesa da concorrência e regulação econômica.
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13.6 Aplicações da teoria dos custos de 
transação
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Política de defesa da concorrência: Por volta de 1960, qualquer movimento de integração vertical era avaliado negativamente do ponto de vista da defesa da concorrência. 
Eficiência na economia 
Ex. Samsung
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transação
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Um tipo bastante comum de problema de restrição de vertical é a franquia em que o agente fraqueado se compromete a adquirir seus produtos apenas de um dado fornecedor, ostentando a marca desse.
Consumidores de racionalidade ilimitada x limitada.
McDonald’s
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13.6.2 Regulação econômica 
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Em termos de regulação econômica, a contribuição mais importante da TCT se deu no sentido de reavaliar as vantagens de concessões de serviços públicos com relação à regulação direta de uma empresa por um órgão governamental.
Monopólio natural. 
Concorrência iria evitar a cobrança de preços abusivos
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13.6.2 Regulação econômica 
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A TCT sugere, então que concessões não devem ser pensadas como algo a substituir a regulação, uma vez que, embora a regulação tenha problemas, a concessão renovada periodicamente não seja isenta de dificuldades de natureza transacional.
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Bibliografia
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Coase, R.H.(1937) “The Nature of The Firma”. Economica, s/n p.386-405
Joskow,p.l.(1991) “Asset Specificity and Structure of Vertical Relationships: Empiracal Evidence”, in Williamson, o.; Winter, S. G(orgs.): The Nature of The Firm: Origins, Evolution, and Developed. Oxford University Press.
Milgrom P.; e Roberts, J.(1992)Economics, Organization and Management. New Jersey: Prentice Hall.
Williamson, O.E (1975)Markets and Hierarchies: Analisysis and Antitrust Implications. Nova York: The Free Press.
Williamson, O.E (1985) The Economic Institutions of Capitalism; Firms, Markets, Relational contracting. Nova York: The Free Press.
Williamson, O.E (1986) Economic Organization: Firms, Markets and Policy Control. Nova York: N.Y. University Press.
Williamson, O.E (1987) Antitrust Economics. Oxford: Basil Blackwell.
Williamson, O.E (1996) The Mechanism of Governance. Oxford University Press.
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