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Validade e Precisão

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Validade e Precisão de testes psicológicos
 
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Validade e Precisão
Esses conceitos popularizaram-se no meio profissional com o movimento do CFP em 2001, que se preocupou com a melhora na qualidade dos testes.
Essa ação foi reflexo da crise do uso de testes, na década de 1960, quando estes deixaram de ser utilizados porque acreditavam que não cumpriam os objetivos a que se propunham.
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Validade
Diz respeito ao cumprimento da tarefa de medir o que ele se propõe.
O nível em que o teste mede a característica que quer medir. 
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Validade
Segundo Pasquali (2001), costuma-se definir a validade de um teste dizendo que ele é válido se de fato mede o que supostamente deve medir (p.112). 
A validade é a questão mais importante a ser proposta com relação a qualquer teste psicológico, uma vez que, apresenta uma verificação direta do teste satisfazer sua função.
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Validade
Passou-se a considerar “evidências de validade”, pois se buscam saber as suas qualidades diante de um propósito ou de uma utilização em particular. Portanto, uma mesmo teste pode servir a um objetivo de avaliação e não servir a outro diferente.
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Validade
A validade de um TP se refere ao que ele mede e até que ponto o faz. 
A validade de um teste precisa ser determinada através da referência ao uso específico para o qual é considerado. 
Ou seja, um mesmo teste pode ser utilizado para diferentes objetivos (ou não), se as interpretações feitas a partir dos resultados possuir evidências de validade. 
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Validade
O CFP apresenta três maneiras de se validar um instrumento (abordagem clássica):
validade de conteúdo, 
validade de critério e 
validade de construto.
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Validade
Validade de conteúdo: “os itens do teste representam adequadamente a característica que se quer avaliar?”
Validade de critério: “os itens do teste conseguem fazer uma previsão de uma variável externa ao teste no futuro ou no presente? EX: teste vocacional
Validade de constructo: “quanto os itens do teste realmente medem uma determinada característica?”
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Validade
Definição de validade de Anastasi e Urbina (2000), chamada de definição tripartite, foi questionada e aprimorada posteriormente.
Ainda é utilizada em manuais anteriores e em outras discussões sobre validade.
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Validade
Questionamento: tanto a validade de conteúdo quanto a de critério também apresentam informações sobre o constructo.
Então quase todas a informação sobre o teste contribuirá para sua validade de constructo.
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Validade
Na contemporaneidade são utilizadas outras nomenclaturas e distinguem-se, não em tipos, mas em fontes pelas quais se é possível encontrar evidências de validade.
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Nomenclaturas reformuladas
Evidências de validade baseadas no Conteúdo;
Evidências de validade baseadas nas relações com outras variáveis;
Evidências de validade baseadas na estrutura interna;
Evidências de validade baseadas no processo de resposta;
Evidências de validade baseadas nas consequências da testagem.
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Evidências de validade baseadas ao Conteúdo
Se os conteúdos avaliados estão de acordo com os objetivos que se pretende medir, ou seja, o conteúdo do teste representa bem a característica psicológica que se quer avaliar (Ex: teste para avaliar depressão contém conteúdo que avaliam os sintomas centrais do transtorno e outros sintomas transversais?)
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Evidências de validade baseadas ao Conteúdo
Esta não é definida estatisticamente, nem expressa por um coeficiente de correlação, mas é o resultado do julgamento de diferentes juízes ou pessoas de reconhecido saber na área da atitude ou traço que está sendo medido. Esses juízes analisam a representatividade dos itens em relação aos conceitos e à relevância dos objetivos a medir.
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Evidências de validade baseadas ao Conteúdo
Para Cunha (2000), um teste construído para o público infantil deve conter perguntas (no caso de questionários) pertinentes à idade em que o mesmo será aplicado, não dificultando, em demasia as respostas, nem tampouco as facilitando.
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Evidências de validade baseadas nas relações com outras variáveis (validade de Critério):
Relação entre os escores do teste e outras variáveis medindo a mesma característica, características relacionadas ou características diferentes.
Variáveis podem ser: sexo, idade, desempenho acadêmico, critério diagnóstico e outros testes.
Equivale à validade de critério 
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Evidências de validade baseadas nas relações com outras variáveis (validade de Critério):
Validade de Critério. Por exemplo, se quero criar um teste que meça a honestidade, o teste deve ser aplicado a dois grupos de pessoas, alguns com antecedentes de roubo, e outros sem esse tipo de referências. 
Se a prova faz uma diferenciação entre ambos, logo, terá validade de Critério. 
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Evidências de validade baseadas nas relações com outras variáveis (validade de Critério):
Dois tipos de validade de critério são definidos na literatura: validade preditiva e validade concorrente
Validade preditiva (teste de predição): Este tipo de validade aborda a qualidade do teste de funcionar como um preditor presente ou futuro de outra variável, operacionalmente independente, chamada critério. 
Um exemplo quanto a isso poderia ser o de um teste que meça a inteligência, o qual poderia funcionar como um preditor do desempenho acadêmico.
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Evidências de validade baseadas nas relações com outras variáveis (validade de Critério):
Validade de critério preditiva implica aplicar a medição a um grupo determinado e depois comparar os resultados com o comportamento futuro e real das pessoas avaliadas.
Todo sistema de medição utilizado em processos de seleção de pessoal deve contar com a validade preditiva para poder garantir um erro controlado com um nível de precisão necessário e demonstrável para realmente identificar os candidatos mais idôneos para os diferentes cargos.
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Evidências de validade baseadas nas relações com outras variáveis (validade de Critério):
Validade de critério preditiva:
Ex: escores nos testes de pessoas selecionadas para um emprego x sucesso futuro na empresa;
Vai predizer se ele se sairá bem no cargo
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Evidências de validade baseadas nas relações com outras variáveis (validade de Critério):
Validade concorrente (correlacionadas): os dados são aplicados a um grupo para o qual já existem os dados de critério (iguais, relacionadas ou diferentes). 
Esse tipo de validade é significativa para testes empregados para diagnósticos de condições existentes, e não para predição de resultados futuros.
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Evidências de validade baseadas nas relações com outras variáveis (validade de Critério):
Ex: Escores de empregados x sucesso atual no trabalho (teste de liderança)
EX: pessoas com boas notas se saem melhor no teste que pessoas com notas ruins.
EX: teste de inteligência X personalidade
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Evidências de validade baseadas nas relações com outras variáveis (validade de Critério):
Para Cunha (2000), a diferença entre esses tipos de validade consiste no fator tempo: enquanto a validade concorrente está relacionada ao desempenho do sujeito no tempo presente, ou seja, naquele em que o teste está sendo aplicado, a validade preditiva relaciona-se ao desempenho futuro sobre o critério que está sendo medido.
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Evidências de validade baseadas nas relações com outras variáveis (validade de Critério):
E em relação aos objetivos: 
Validação concorrente – testes para diagnóstico do status existente;
Validação preditiva – futuros resultados;
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Evidências de validade baseadas na estrutura interna (constructo)
Busca relação entre o teste e seus itens: com uso de análise estatística verifica a contribuição de cada item no resultado total do teste ou o seu agrupamento: um teste de inteligência pode ser composto por vários subtestes que, por sua vez, definirão os fatores
da inteligência medida. Este é o caso do WISC-III ou do WAIS-III, sendo que os fatores analisados (Compreensão Verbal, Organização Perceptual, etc.) definem o construto medido, qual seja a inteligência.
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Evidências de validade baseadas na estrutura interna (constructo)
Exemplo: a Bateria Fatorial de Personalidade (BFP) = é um instrumento psicológico construído para a avaliação da personalidade a partir do modelo dos Cinco Grandes Fatores (CGF), que foram confirmados pelo procedimento estatístico de análise fatorial, apresentando os fatores: Extroversão, Socialização, Realização, Neuroticismo e Abertura para novas experiências.
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Evidências de validade baseadas no processo de resposta (constructo)
Baseando-se sempre na teoria referência da característica avaliada pelo teste, são criados modelos explicativos do processamento mental que ocorre durante a execução das tarefas propostas nos itens do teste e previsões de comportamento de acerto, tempo de reação, etc. 
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Evidências de validade baseadas no processo de resposta (constructo)
As observações dos padrões de respostas são comparadas ao modelo teórico, e, quanto mais próximas, maior a confiança no modelo teórico de base para a interpretação do que o teste avalia (testes projetivos).
Outra forma, análise qualitativa dos erros: se está de acordo com o esperado = validade baseada na resposta. EX: TDE
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Evidências de validade baseadas nas consequências da testagem (constructo)
Os resultados do teste estão de acordo com as consequências sociais do seu uso.
Ex: teste de inteligência = retardo mental = atraso na aquisição de leitura e escrita
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Precisão ou Fidedignidade
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Precisão ou Fidedignidade
Refere-se à estabilidade do teste, consistência dos escores obtidos pelas mesmas pessoas quando elas são reexaminadas com o mesmo teste em diferentes ocasiões, ou com diferentes conjuntos de itens equivalentes, ou sob outras condições variáveis de exame. 
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Precisão ou Fidedignidade
Pasquali (2001) considera que o conceito de precisão ou fidedignidade se refere ao quanto o escore obtido no teste se aproxima do escore verdadeiro do sujeito num traço qualquer. 
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Precisão ou Fidedignidade
O termo precisão, quando usado em psicometria, sempre significa estabilidade ou consistência, ou mais livres de erros. 
Precisão do teste é a consistência dos resultados obtidos pelo mesmo indivíduo, quando retestado com o mesmo teste, ou com uma forma equivalente. Antes de um teste psicológico ser apresentado para o uso geral, é preciso realizar uma verificação completa e objetiva de sua precisão
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Precisão e Fidedignidade
Como toda a avaliação é vulnerável ao erro, uma questão de ordem prática é saber o tamanho do erro que geralmente ocorre nas avaliações. 
Os estudos de precisão criam uma nova oportunidade de avaliação e procuram garantir que, numa segunda oportunidade, o atributo avaliado não tenha sido modificado. 
Com isso, busca-se verificar as flutuações dos escores de um teste em condições nas quais deveriam permanecer constantes. 
A precisão (fidedignidade ou confiabilidade) refere-se ao quanto os escores de um teste são imunes às flutuações geradas por fatores indesejáveis que inevitavelmente interferem nos escores, mas que não possuem nenhuma relevância ao que é avaliado
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Precisão e Fidedignidade
Nenhuma medida está livre de erro.
Os erros podem vir de várias fontes: relacionadas ao contexto da testagem, ao testando e ao teste em si. (condições emocionais, acertos ao acaso, ambiente barulhento...)
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Precisão e Fidedignidade
Se os devidos cuidados forem tomados parte dos erros pode ser anulada ou minimizada.
Por isso é importante saber das práticas adequadas e dos procedimentos padronizados no uso dos testes, porque são formas de reduzir os erros na testagem.
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Precisão e Fidedignidade
Método das formas alternadas;
Método de teste-reteste;
Modelo das metades;
Método de coeficientes de Kuder-Richerdson e alfa de Cronbach;
Método de precisão entre avaliadores.
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Fidedignidade de forma-alternada
São aplicadas formas alternadas de um teste;
Se forem na mesma sessão só avalia consistência interna (conteúdo);
Dado um espaço de tempo – consistência interna e temporal;
Dificuldade de garantir formas alternadas verdadeiramente paralelas;
2+2=4 3+3=6
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Fidedignidade teste-reteste
A mesma forma do teste é aplicada duas vezes;
Consistência temporal;
O tempo de aplicação não pode ser longo;
Desvantagem – o efeito da prática no desempenho do teste;
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Fidedignidade – método das metades
Dividir o teste em metades equivalentes – por exemplo itens pares e ímpares – dois escores;
Medida de consistência interna;
Dificuldade em encontrar metades equivalentes no teste;
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Fidedignidade de Kuder-Richardson
Única aplicação de uma única forma;
Consistência interna e heterogeneidade do conteúdo;
Quanto mais homogêneo maior a consistência entre os itens;
Baseia-se em um exame do desempenho de cada item;
Aplicável em testes com itens certo ou errado ou outro sistema tudo-ou-nada;
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Fidedignidade do avaliador
Amostra dos protocolos dos testes pontuados independentemente por dois examinadores (juízes);
Variância do examinador;
Testes projetivos;
Os dois escores são correlacionados;
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Fidedignidade de forma-alternada: consistência interna e temporal
Fidedignidade teste-reteste: Consistência temporal
método das metades: consistência interna
Fidedignidade de Kuder-Richardson: consistência interna de cada item
Fidedignidade do avaliador: juízes (testes projetivos)

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