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Cultura Camponesa_Resumo

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Resumo do texto 
CULTURA CAMPONESA 
José Maria Tardin 
O autor inicia o texto trazendo a significação vocabular da palavra cultura. Para 
isso utiliza o conceito de CHAUÍ (1997) que define cultura como “cultivar, criar, tomar 
conta”. Ele ressalta também que cultura é toda criação humana resultante das relações 
entre os seres humanos e deles com a natureza que leva ao estabelecimento de modos de 
vida. O ser humano vai deixando sua marca na natureza na medida em que vai 
imprimindo nela seus objetivos para alcance de suas necessidades. 
Após a definir o que é cultura, o autor adentra especificamente na cultura 
camponesa, considerando que o campesinato se forja em condições sociais, materiais e 
politicas adversas, sofrendo fortes influencias de alguns países europeus. Assim sendo, 
o campesinato brasileiro possui um conjunto de aspectos arraigados em sua cultura, 
como por exemplo a predominância patriarcal, a religiosidade, o amplo conhecimento 
empírico, relações de cooperação e etc. 
Tardin aponta para a importância do saber empírico do camponês, que se dá 
pela interação deste com a natureza, efetivando tentativas que levam a acertos e erros. 
Nesse tipo de conhecimento implica o fazer prático para alcançar um dado objetivo, 
constituindo assim, um desenvolvimento de suas capacidades e possibilidades humanas. 
O texto aponta que o conhecimento empírico do camponês se materializa em múltiplas 
práticas de ajuda mútua entre vizinhos, pois suas relações sociais são baseadas na 
solidariedade e na fraternidade. Esses princípios os leva a praticar vários trabalhos 
coletivos para a comunidade, muitas vezes por causa da ausência e/ou descaso do 
Estado. Verifica-se assim, muitas ações de formalização de sistemas organizativos 
voltados para alcance dos resultados como as associações comunitárias e cooperativas. 
A relação intima com a natureza caracteriza uma espiritualidade própria e o 
sentimento de pertencimento do camponês com a “mãe terra”. Essa relação é traduzida 
em expressões variadas, que se revela em músicas variadas, danças, contos, lendas, 
artesanatos, festividades religiosas, entre outros. 
Outra característica do camponês destacada no texto é o patriarcalismo, onde o 
homem exerce uma supremacia na hierarquia familiar e a mulher é oprimida, ficando 
sobrecarregada de afazeres como o cuidado com a casa, a família, além de ajuda ao 
marido na produção agropecuária, são. Porém, também é característica marcante do 
campesinato a importância da família, que se consolidou no Brasil sob a forma cultural 
europeia cristã capitalista. 
Apesar do camponês não possuir uma sociabilidade mais intensa com o 
“mundo externo”, o autor relata que muitos deles ergueram-se em rebeliões realizando 
combates, às vezes armado contra expropriadores e exploradores, como é o caso de 
Canudos no sertão baiano e a Guerra do Contestado em Santa Catarina. Com a 
influência do ideário comunista e com a teologia da libertação o campesinato foi levado 
a estabelecer novas formas de organização política, como as Ligas Camponesas, MST, 
MAB entre outros. 
Por fim, o texto relata sobre uma grande influência sofrida pelo campesinato, 
durante a ditadura militar, a Revolução Verde. Essa se configurou como uma poderosa 
ferramenta do sistema burguês, que invadiu amplos territórios camponeses impondo-
lhes a modernização, ampliando e aprofundando ainda mais a dominação e exploração 
principalmente com os cultivares transgênicos e os associados a determinados 
agrotóxicos. Além da imposição de um novo padrão de produção e consumo 
absolutamente distante da sua trajetória cultural, étnica, familiar e comunitária. Assim o 
movimente social camponês vem com o intuito de agregar o que há de mais avançado 
politicamente, direcionando sua formação estratégica e política de caráter socialista para 
o combate anticapitalista. Aprendendo a situar-se de forma consciente à sua condição de 
classe explorada e expropriada dos meios de produção e da renda do seu trabalho pelo 
capital, elaborando diretrizes e lutas unificadas e ampliando enormemente o seu 
referencial cultural. 
Nomes: Luiz Carlos do Carmo 66250 
Hugo Francisco Almeida 67022

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