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Português para concurso - Aula 01

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PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) 
PROFESSOR TERROR 
Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 01 
(Sintaxe do período composto por subordinação adverbial, substantiva e 
adjetiva, com foco em pontuação, concordância, regência e crase) 
Olá! 
Seja bem-vindo (a) ao nosso curso de Português para a Polícia Federal. 
Nossa intenção neste curso é transmitir a você o conteúdo necessário 
para a prova e mostrar a necessidade do assunto com questões anteriores da 
banca CESPE, para que não haja nenhuma surpresa na hora da prova. Com 
isso, é natural o número de páginas ser grande, e isso favorece você; pois 
necessitamos aprofundar em alguns tópicos e praticar nas questões, para 
estarmos prontos para atingirmos o nível que o concurso exige. 
Como falei no início da aula demonstrativa, sua participação é muito 
importante para melhorar o material didático e o aprofundamento da matéria. 
Lembre-se de que, quando estudamos para concurso, ninguém quer ficar 
“expert” em Português, quer é PASSAR no concurso, e a ferramenta desse 
trabalho é nosso esforço conjunto; por isso SEMPRE estou disponível para tirar 
as dúvidas da aula. Fico LIGADO direto no fórum para prestar qualquer ajuda e 
não fique receoso (receosa) em perguntar, pois isso faz parte da aula e ajuda 
na sua dinâmica. 
Outra coisa importante é o local em que estudamos: se for escolhido um 
lugar que propicie interpelação de outras pessoas, tirando a sua atenção, 
mesmo que de vez em quando, isso não traz benefícios ao seu estudo. 
Então, pense o seguinte: local de estudo deve ser claro e SILENCIOSO. 
Ah! Cuidado com a postura ao sentar-se, pois isso pode derrubar seu 
entusiasmo. Ninguém consegue estudar se passar a ter uma dor na coluna, 
correto?!!!!!! 
Siga uma rotina, escolha dias certos para estudar nossa matéria, 
horários fixos ajudam a nossa disciplina intelectual. E concurseiro que não tem 
disciplina, organização e persistência não passa. 
O tema desta aula engloba uma parte pesada da matéria. Abordaremos 
os termos básicos da oração, sempre atentos à pontuação, à regência 
(exigência ou não de preposição) e à concordância (flexão de nome ou verbo). 
Depois veremos todas as orações subordinadas. 
A sintaxe é tema extenso e vamos aplicá-la quanto a seu emprego, 
NUNCA COMO DECOREBA, OK???!!!!! 
Mas o que é sintaxe? 
A sintaxe trabalha a relação das palavras dentro de uma oração. 
Basicamente uma oração deve ter um verbo e este verbo normalmente se 
Português p/ Polícia Federal 
(teoria e questões comentadas) 
PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) 
PROFESSOR TERROR 
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flexiona de acordo com o sujeito (de quem se fala) e relaciona-se com o 
predicado (o que se fala), de acordo com a transitividade. 
Veja as frases a seguir para que fique tudo bem claro. Pautemo-nos na 
estrutura SVO (sujeito→verbo→complemento), a qual não admite separação 
por vírgula: 
1. O candidato realizou a prova. 
2. duvidou do gabarito. 
3. enviou recursos à banca examinadora. 
4. tem certeza de sua aprovação. 
 5. viajou. 
6. estava tranquilo. 
Toda vez que fazemos uma análise sintática, devemos nos basear no 
verbo. A partir dele, reconhecemos os outros termos da oração. Não se quer 
aqui que você decore todos os termos da oração, basta entendê-los, pois a 
banca CESPE cobra a funcionalidade dos termos e veremos como cai a seguir. 
Veja os verbos elencados nos exemplos. Todos eles estão no singular. 
Isso ocorreu porque eles dizem respeito a um termo, que é o sujeito “O 
candidato”. Se ele está no singular, é natural que o verbo também esteja. Já 
que o verbo se flexiona de acordo com o sujeito, a gramática dá o nome a isso 
de “concordância verbal”. 
Mas há tanta regra de concordância, será que temos que decorar tudo? 
Definitivamente não! Você deve entender quem é o sujeito, qual é o tipo, 
para saber flexionar o verbo. Então nada daquela decoreba da concordância 
verbal, para esta banca. 
1. O candidato realizou a prova. 
2. duvidou do gabarito. 
3. enviou recursos à banca examinadora. 
4. tem certeza de sua aprovação. 
 5. viajou. 
6. estava tranquilo. 
Vimos, simplificadamente, a relação do sujeito com o verbo, chamada de 
concordância verbal. Na próxima aula, aprofundaremos nisso. 
Agora, vamos trabalhar a relação do verbo dentro do predicado. Nas 
frases de 1 a 4, os verbos “realizou”, “duvidou”, “enviou” e “tem” necessitam 
dos vocábulos posteriores para terem sentido na oração, por exemplo: realizou 
o quê?, duvidou de quê?, enviou o quê? a quem?, tem o quê? 
Assim, você vai notar que eles dependem dos termos subsequentes para 
terem sentido. Isso ocorre porque o sentido deve transitar do verbo para o 
complemento. Por isso falamos que o verbo é transitivo. Sozinho, não 
sujeito predicado
sujeito predicado 
Concordância verbal
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consegue transmitir todo o sentido, necessitando de um complemento. Dessa 
forma, os termos “a prova”, “do gabarito”, “recursos”, “à banca examinadora” 
e “certeza” completam o sentido destes verbos. 
Para facilitar o entendimento, podemos dizer que a preposição seria um 
obstáculo. Havendo uma preposição, o trânsito é indireto. Retirando-se a 
preposição, o trânsito é livre, direto. 
Então observe o verbo “realizou”. Ele não exige preposição. Assim, o 
termo que vem em seguida é seu complemento verbal direto. Já o 
complemento do verbo “duvidou” é indireto, pois o trânsito está dificultado 
(indireto) tendo em vista a preposição “de”. 
Já que, na frase 1, há complemento verbal direto, o verbo “realizou” é 
chamado de transitivo direto (VTD). Na frase 2, como há preposição exigida 
pelo verbo “duvidou”, diz-se que este verbo é transitivo indireto (VTI) e seu 
complemento é indireto. Na frase 3, há dois complementos exigidos pelo 
verbo: um(direto) e outro(indireto). 
A gramática dá o nome a todo complemento verbal de objeto, por isso o 
complemento verbal direto é o objeto direto (OD) e o complemento verbal 
indireto é o objeto indireto(OI). 
Já que entendemos que a transitividade é uma exigência do verbo, pois 
necessita de um complemento verbal, a gramática dá o nome a este processo 
de “Regência”, pois ele exige, rege o complemento. Se é um verbo que exige, 
é natural que a regência seja verbal, a qual veremos nas próximas aulas. Mas 
agora cabe apenas entender a estrutura abaixo. 
Veja: 
1. O candidato realizou a prova. 
 VTD + OD 
2. duvidou do gabarito. 
 VTI + OI 
3. enviou recursos à banca examinadora. 
 VTDI + OD + OI 
Mas não é só o verbo que pode ser transitivo. Nome também pode ter 
transitividade. Nomes como “certeza”, obediência, dúvida, longe, perto, fiel, 
etc são chamados de transitivos porque necessitam de um complemento para 
ter sentido. Alguém tem certeza de algo, dúvida de algo, obediência a alguém 
ou a algo. Alguém mora perto de outra pessoa ou longe dela. Alguém é fiel a 
algo ou a alguém. 
Estes nomes exigem transitividade, com isso há um complemento, o qual 
é chamado de complemento nominal (CN). 
Logicamente, há contextos em que o complemento não estará explícito 
na frase; por exemplo, se queremos dizer que alguém reside muito distante, 
podemos dizer que ele mora longe. Neste caso o nome “longe” deixou de ser 
transitivo, não exigiu o complemento nominal, pois este ficou implícito. Por 
isso não devemos decorar, mas entender o contexto, a funcionalidade. Se o 
RegênciaVerbal
sujeito predicado
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complemento não está explícito, não temos de identificá-lo. Falamos que o 
nome exige complemento, mas tudo depende do contexto. 
Vimos que a regência verbal trata basicamente do complemento do 
verbo. Se há um nome que exige complemento, então temos a Regência 
Nominal. Veja a frase 4: 
4. O candidato tem certeza de sua aprovação. 
 VTD + OD + CN 
Note que o verbo “tem” é transitivo direto e “certeza” é o objeto direto. A 
expressão “de sua aprovação” não complementa o verbo, ela complementa o 
nome “certeza”: certeza de sua aprovação. 
O estudo da Regência Nominal, na realidade, é realizado para 
descobrirmos quais preposições iniciam o complemento nominal. 
Então atente quanto à diferença da oração 3 (VTDI + OD + OI) para a 4 
(VTD + OD + CN). 
Agora, vamos à oração 5. Note que o verbo “viajou” não exige nenhum 
complemento verbal. Então não há transitividade. Se quisermos uma estrutura 
posterior, naturalmente inseriremos uma ou mais circunstâncias. A essas 
circunstâncias damos o nome de adjunto adverbial. Poderíamos dizer que o 
candidato viajou a algum lugar, em determinado momento, o modo como 
viajou, a causa da viagem. Tudo isso são circunstâncias, as quais possuem o 
valor de lugar, tempo, modo e causa. Essas são as circunstâncias básicas, mas 
há mais e veremos adiante. Então veja como ficaria: 
O candidato viajou para São Paulo ontem confortavelmente a trabalho. 
O adjunto adverbial não ocorre só com verbo intransitivo, ele pode 
aparecer junto a qualquer verbo. Por exemplo, nas frases 1 a 3, poderíamos 
inserir o adjunto adverbial de tempo “ontem”. Na frase 4, poderíamos inserir o 
adjunto adverbial de causa: “devido a seu estudo”. 
Essas 5 frases possuem verbos com transitividade (VTD, VTI, VTDI) e 
sem transitividade (VI). Toda vez que, na oração, ocorrem esses tipos verbais, 
dizemos que eles são os núcleos (palavra mais importante) do predicado, 
assim teremos os Predicados Verbais, com a seguinte estrutura: 
Predicado verbal = VTD + OD 
 VTI + OI 
 VTDI + OD + OI 
 VI 
Esse é o esquema básico, e nada impede de haver adjunto adverbial e 
complemento nominal em todos eles. 
Falta apenas um tipo de verbo: o de ligação. 
Veja a frase 6: O candidato estava tranquilo. 
sujeito predicado
Regência Nominal
sujeito VI Adj Adv lugar Adj Adv 
tempo 
Adj Adv 
modo 
Adj Adv 
causa 
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O termo “tranquilo” caracteriza o sujeito “O candidato”, por isso se 
flexiona de acordo com ele. O verbo “estava” serve para ligar esta 
característica ao sujeito, por isso é chamado de verbo de ligação, e o termo 
que caracteriza o sujeito é chamado de predicativo. 
O predicativo serve normalmente para caracterizar o sujeito e por isso se 
flexiona com ele. Se o sujeito fosse “candidata”, naturalmente o predicativo 
seria “tranquila". A essa flexão de um predicativo em relação ao sujeito damos 
o nome de Concordância Nominal. Nas gramáticas, há um capítulo só para a 
concordância nominal, e a flexão do predicativo em relação ao sujeito é um 
dos pontos principais, mas isso veremos em outra aula. 
O predicativo sempre será núcleo do predicado, por causa disso seu 
predicado é chamado de Predicado Nominal, com a seguinte estrutura: 
Predicado Nominal = VL + predicativo 
O predicativo não ocorre somente no predicado nominal, ele também 
pode fazer parte do predicado verbo-nominal; mas isso é assunto para ser 
visto adiante. Por enquanto, é importante entender a seguinte estrutura: 
1. O candidato realizou a prova. 
 VTD + OD 
2. duvidou do gabarito. 
 VTI + OI 
3. enviou recursos à banca examinadora. 
 VTDI + OD + OI 
4. tem certeza de sua aprovação. 
VTD + OD + CN 
5. viajou. 
 VI 
6. estava tranquilo. 
 VL + predicativo 
Pronto, reconhecemos os tipos de verbos, agora fica mais fácil 
trabalharmos o sujeito. 
O sujeito é um termo da oração do qual se declara alguma coisa, ele 
possui um núcleo (palavra de valor substantivo) e geralmente algumas 
palavras de valor adjetivo que servem para caracterizá-lo. Veja a oração 
abaixo. 
As primeiras viagens de Joaquim foram excelentes. 
 
sujeito predicado 
Concordância verbal 
Concordância nominal 
Regência verbal
Regência nominal
sujeito Predicado nominal 
Predicado 
Nominal 
Predicado 
Verbal 
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O verbo de ligação “foram” e o predicativo “excelentes” flexionaram-se 
no plural porque o substantivo “viagens” está no plural. Esse substantivo, por 
ser a palavra principal dentro do sujeito e não ser antecedido de preposição, 
possui a função sintática de núcleo do sujeito. Ele leva o verbo “foram” a 
concordar com ele (concordância verbal) e o predicativo “excelentes” também 
(concordância nominal). Além disso, dentro do sujeito, há palavras que servem 
para caracterizá-lo: “As”, “primeiras” e “de Joaquim”. Essas palavras têm o 
nome de adjunto adnominal, cujo papel é caracterizar o núcleo e se flexionar 
de acordo com ele (concordância nominal). Note que, dentro do sujeito, 
apenas a expressão “de Joaquim” não sofreu flexão, isso porque é uma 
locução; assim a preposição (de) e o sentido impedem essa flexão. Veja as 
funções sintáticas: 
As primeiras viagens de Joaquim foram excelentes. 
 
Com base no que vimos até agora, percebemos a estrutura básica dos 
predicados verbal (VTD + OD; VTI + OI; VTDI + OD + OI; VI) e nominal (VL + 
predicativo). Portanto, podemos perceber que não pode haver vírgula 
entre sujeito, verbo e complementos. Observe as orações anteriores. Elas 
não possuem vírgula, justamente porque são constituídas de termos básicos 
da oração. 
Agora, vamos a algumas questões. Note que elas lançam uma 
afirmativa, e o candidato deve julgar se ela está certa ou errada. 
Questão 1: TRE - PA / 2007 / nível superior 
Fragmento do texto: A justiça eleitoral mineira mantém o projeto Justiça 
Eleitoral na Escola, voltado para crianças e adolescentes... 
O trecho “o projeto Justiça Eleitoral na Escola” completa o sentido do verbo 
mantém. 
Comentário: Note que o verbo “mantém” possui sujeito (“A justiça eleitoral 
mineira“). Esse verbo é transitivo direto (alguém mantém algo), então o 
termo “o projeto Justiça Eleitoral na Escola” é o objeto direto. Como 
sabemos que o objeto direto serve para completar o sentido do verbo (VTD), a 
afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
Questão 2: ABIN / 2010 / nível médio 
Fragmento do texto: Tais dilemas decorrem, por exemplo, da tensão entre a 
necessidade de segredo governamental e o princípio do acesso público à 
informação ou, ainda, do fato de não se poder reduzir a segurança estatal à 
segurança individual, e vice-versa. 
A retirada da preposição de em “do fato” (linha 3) — que passaria a o fato — 
implicaria prejuízo à estrutura sintática do texto. 
Comentário: O verbo “decorrem” é transitivo indireto e a expressão “da 
sujeito Predicado nominal 
Adj Adn Adj Adn Adj Adn núcleo verbo de 
ligação 
predicativo 
Concordância nominal 
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tensão entre a necessidade de segredo governamental e o princípio do acesso 
público à informação ou, ainda, do fato de não se poder reduzira segurança 
estatal à segurança individual” completa o sentido deste verbo. Veja que a 
expressão “do fato” está paralela à expressão “da tensão”, pois as duas são 
exigidas pelo verbo “decorrem”. Essas duas expressões são ligadas pela 
conjunção alternativa “ou” e formam o objeto indireto composto. 
Com a retirada da preposição “de”, o substantivo “fato” deixaria de ser o 
segundo núcleo desse objeto indireto e passaria a se ligar à preposição 
“entre”, o que tornaria a estrutura truncada. A conjunção “e” liga apenas os 
dois substantivos “necessidade” e “princípio”. 
Por tudo isso, a exclusão da preposição realmente implicaria prejuízo à 
sintaxe e, assim, a questão está correta 
Gabarito: C 
Questão 3: Médico Perito INSS / 2009 / nível superior 
Julgue a frase quanto à correção gramatical: 
O fato de haver vacinação compulsória, foi apenas mais um dos elementos 
para que a população do Rio, insatisfeita com o “bota-abaixo” e insuflada pela 
imprensa, se revoltasse. 
Comentário: Vimos que é importante reconhecer os termos básicos da 
oração para que se evite a separação deles por vírgula. Justamente isso foi 
cobrado nesta questão. 
Perceba que a vírgula antes do verbo “foi” separou o sujeito do seu 
predicado. Por isso há erro gramatical. 
Gabarito: E 
Questão 4: Médico Perito INSS / 2009 / nível superior 
Fragmento do texto: O episódio transformou, no período de 10 a 16 de 
novembro de 1904, a recém-reconstruída cidade do Rio de Janeiro em uma 
praça de guerra, onde foram erguidas barricadas e ocorreram confrontos 
generalizados. 
A expressão “confrontos generalizados” desempenha a função sintática de 
complemento de “ocorreram”. 
Comentário: A expressão “confrontos generalizados” não completa o sentido 
do verbo “ocorreram”, porque ela não é um complemento verbal. Na 
realidade, essa expressão é o sujeito deste verbo. 
Note que o verbo “ocorreram” está se flexionando no plural, justamente 
por concordar com o seu sujeito “confrontos generalizados”. 
Nesta questão, na realidade, a banca quis induzir o candidato a pensar 
que “confrontos generalizados” fosse o objeto direto (quando afirmou que este 
termo completa o sentido do verbo). 
Assim, não temos que decorar os termos da oração, mas entender o seu 
emprego. Um sujeito não completa o sentido do verbo. Esse papel é dos 
complementos verbais. Eles, sim, são usados na linguagem justamente para 
isso. 
Gabarito: E 
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Questão 5: Tribunal de Contas - TO / 2009 / nível superior 
No trecho “Meu pai era um homem bonito com muitas namoradas”, o 
sintagma “um homem bonito com muitas namoradas” complementa o sentido 
do verbo. 
Comentário: O sintagma “um homem bonito com muitas namoradas” não 
complementa o sentido do verbo por não ser complemento verbal (objeto 
direto ou indireto), na realidade ele caracteriza o sujeito “Meu pai”, por ser o 
predicativo do sujeito. 
Gabarito: E 
Questão 6: ABIN / 2010 / nível médio 
Fragmento do texto: Os sistemas de inteligência são uma realidade concreta 
na máquina governamental contemporânea, necessários para a manutenção 
do poder e da capacidade estatal. Entretanto, representam também uma fonte 
permanente de risco. Se, por um lado, são úteis para que o Estado 
compreenda seu ambiente e seja capaz de avaliar atuais ou potenciais 
adversários, podem, por outro, tornar-se ameaçadores e perigosos para os 
próprios cidadãos se forem pouco regulados e controlados. 
Os adjetivos “úteis” (linha 4), “atuais” (linha 5) e “perigosos” (linha 6) 
caracterizam os “sistemas de inteligência” (linha 1). 
Comentário: Os adjetivos “úteis” e “perigosos” são predicativos do sujeito e 
se referem a “Os sistemas de inteligência”. Portanto, qualificam esse sujeito. 
Já o adjetivo “atuais” é adjunto adnominal de “adversários”, qualificando-o. 
Portanto, a afirmativa da questão está errada, pois o referente não é o mesmo 
para todos os adjetivos. 
Gabarito: E 
Questão 7: INCA / 2010 / nível superior 
Fragmento do texto: No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) presta 
atendimento universal e gratuito a 160 milhões de brasileiros que não têm 
planos de saúde privados. 
No trecho “a 160 milhões de brasileiros”, a preposição “a” é exigida devido à 
regência de “atendimento”. 
Comentário: Perceba que realmente é o substantivo “atendimento” que exige 
o complemento nominal. Os adjetivos “universal” e “gratuito” são apenas 
características deste substantivo e não exigem preposição. 
Gabarito: C 
Questão 8: ABIN / 2008 / nível superior 
Fragmento do texto: Em uma visão fenomenológica, os chamados estados 
da mente perante a verdade podem ser descritos como o tipo de experiência 
vivida pelo analista de inteligência no contato com o fenômeno acompanhado. 
Assim sendo, os fatos analisados não podem ser dissociados daquele que 
produz o conhecimento. Quando a mente se posiciona perante a verdade, o 
que de fato ocorre é um processo ativo de auto-regulação entre uma pessoa, 
seus conhecimentos preexistentes (a priori) e um novo fato que se apresenta.
Subentende-se, pelas relações de sentido que se estabelecem no texto, que 
“daquele” (linha 4) retoma, por coesão, “fenômeno” (linha 3), precedido pela 
PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) 
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preposição de, exigida por “dissociados” (linha 4). 
Comentário: A preposição “de” realmente é exigida pelo particípio 
“dissociados”. Porém, o pronome demonstrativo “daquele” retoma, por 
recurso anafórico, “fatos”. Naturalmente haveria dúvida, pois “daquele” 
encontra-se no singular e “fatos”, no plural. Porém a preposição “de” marca a 
parte de algo, assim se entende que os fatos analisados não podem ser 
dissociados daquele (específico, restrito) que produz o conhecimento. Por isso, 
pode-se flexionar no singular. 
Gabarito: E 
Questão 9: ABIN / 2008 / nível superior 
Fragmento do texto: Assim, os campos mórficos podem representar um 
novo ponto de partida para compreendermos nossa herança cultural e a 
influência de nossos ancestrais. 
A flexão de primeira pessoa do plural em “compreendermos” indica que o 
sujeito da oração em que esse verbo ocorre é diferente do sujeito da oração 
anterior. 
Comentário: O sujeito “nós” está implícito em “compreendermos”, e o sujeito 
da oração anterior é “os campos mórficos” em relação à locução verbal 
“podem representar”. Por isso, a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
Vimos os termos básicos da oração. Entendemos a funcionalidade de 
cada um. Percebemos que, entre sujeito, verbo, complementos (verbais e 
nominais) e predicativo, não há vírgula. 
Atente ao fato de que os objetos direto e indireto servem para completar 
o sentido do verbo e o complemento nominal serve para completar o sentido 
do nome. Lembre-se também de que o predicativo existe para caracterizar o 
sujeito. 
Bom, agora, vamos trabalhar o aposto. Esse termo é muito importante 
no tocante à pontuação. 
Aposto 
É um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de 
outro termo. O termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer 
função sintática. Observe: 
Nossa terra, o Brasil, carece de políticas sociais sérias e consequentes. 
Nessa oração, “nossa terra” é o sujeito, e “o Brasil” é aposto desse 
sujeito, pois amplia e especifica o conteúdo do termo a que se refere. 
O aposto classifica-se em: 
I – explicativo, o qual é destacado por pausas, podendo ser 
representadas por vírgulas, dois-pontos, travessões e até por parênteses. Pode 
vir precedido de expressões explicativas do tipo: a saber, isto é, quer dizer etc. 
Raquel, contadora da firma, está viajando. 
Só queria algo: apoio. 
Um trabalho – tua monografia – foi premiado.A ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) foi criada em 1999. 
PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) 
PROFESSOR TERROR 
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II - enumerativo ou distributivo, o qual é uma sequência de elementos 
usada para desenvolver uma ideia anterior. É separado por dois-pontos, e cada 
um dos elementos enumerados é separado por vírgula, como visto na aula 
passada (nas enumerações). Se houver apenas dois elementos enumerados, 
eles podem ser separados também pela conjunção “e”. Veja: 
Ganhei dois presentes: uma joia especial e um livro raro. 
Suas reivindicações incluíam muitas coisas: melhor salário, 
melhores condições de trabalho, assistência médica extensiva a 
familiares. 
III - resumitivo ou recapitulativo, o qual é usado para resumir termos 
anteriores. É representado, geralmente, por um pronome indefinido. 
Glória, poder, dinheiro, tudo passa. 
O sujeito composto “glória, poder, dinheiro” é resumido pelo pronome 
indefinido tudo, por isso o verbo concorda com o aposto, portanto, verbo no 
singular. Note que este tipo de aposto é separado por vírgula do termo 
anterior. 
IV - especificativo ou apelativo, o qual não pede sinais de pontuação, 
indica o nome de alguém ou de algo dito anteriormente. 
O compositor Chico Buarque é também um excelente escritor. 
O estado é cortado pelo rio São Francisco. 
Observação: 
O aposto também pode se referir a uma oração: 
Esforcei-me bastante, o que causou muita alegria em todos. 
Palavras como o, coisa, fato etc. podem referir-se a toda uma oração. 
Nestes casos, obrigatoriamente haverá separação por vírgula, cabendo 
também o travessão. 
Questão 10: ABIN / 2008 / nível superior 
Fragmento do texto: Não se podendo repetir a relação sujeito-objeto, é 
forçoso afirmar que seria impossível a reprodução exata de qualquer situação 
de pesquisa, o que ressalta a importância da descrição do fenômeno e o 
caráter vivo dos postulados teóricos. 
Logo após “pesquisa” (linha 3), estaria gramaticalmente correto e coerente 
com o desenvolvimento das idéias do texto o emprego do travessão simples 
no lugar da vírgula. 
Comentário: Note que o pronome demonstrativo “o” é um aposto e retoma a 
informação dita anteriormente; por esse motivo, pode ser separado também 
por travessão. 
Gabarito: C 
Questão 11: Polícia Federal / 2004 / nível médio 
Fragmento do texto: O discurso pretende impor essa ideia como caminho 
único para o desenvolvimento das nações, sejam elas ricas ou pobres. Na 
prática — hoje mais do que ontem —, o mercado é uma via de mão única: 
livre para os países ricos e pleno de barreiras e restrições às nações 
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emergentes. 
O termo que sucede o sinal de dois-pontos tem a função de introduzir uma 
enumeração de elementos caracterizadores de “mercado”, que justificam 
porque este é considerado “via de mão única”. 
Comentário: O aposto enumerativo normalmente é usado para, além de 
enumerar, explicar termo anterior. O aposto “livre para os países ricos e pleno 
de barreiras e restrições às nações emergentes” textualmente tem a intenção 
de retomar “mercado”, enumerando características que justifiquem considerá-
lo “uma via de mão única”. Por isso, a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
Questão 12: Tribunal de Contas - TO / 2009 / nível superior 
Fragmento do texto: As ciências humanas e sociais contemporâneas 
exprimem essas necessidades da sociedade capitalista, ou seja, desse sujeito 
abstrato, mediante duas visões: a universalidade naturalista, deduzida de 
disciplinas como a neurociência ou a genética, e a diversidade do culturalismo 
empírico. 
No trecho “mediante duas visões: a universalidade naturalista, deduzida de 
disciplinas como a neurociência ou a genética, e a diversidade do culturalismo 
empírico”, o emprego dos dois-pontos introduz uma citação. 
Comentário: Não há uma citação (transcrição da fala de alguém), mas uma 
enumeração, pois “a universalidade naturalista e a diversidade do culturalismo 
empírico” é aposto enumerativo, por isso há o uso de dois-pontos. 
Gabarito: E 
Questão 13: ABIN / 2008 / nível médio 
Fragmento do texto: Em 2002, o Congresso Nacional, por meio da Comissão 
Mista de Controle das Atividades de Inteligência, promoveu o seminário 
“Atividades de Inteligência no Brasil: Contribuições para a Soberania e para a 
Democracia”, com a participação de autoridades governamentais, 
parlamentares, acadêmicos, pesquisadores e profissionais da área de 
inteligência. 
Se o sinal de dois-pontos (linha 3) fosse substituído por travessão, estaria 
mantida a correção gramatical do título do seminário (linhas 3 e 4). 
Comentário: Perceba que, no título do seminário, “Contribuições para a 
Soberania e para a Democracia” desempenha a função de aposto explicativo. 
Entende-se, portanto, que as “Atividades de Inteligência no Brasil” são uma 
forma de contribuir para a soberania e para a democracia. Por esse motivo, 
podem-se substituir os dois-pontos por travessão mantendo a 
gramaticalidade. 
Gabarito: C 
Questão 14: (ANS / 2005 / nível Superior) 
Fragmento do texto: Existe, por certo, um abismo muito largo e profundo 
entre a cosmovisão dos médicos em geral (fundada em sua leitura dos 
fenômenos biológicos) e as concepções de vida da vasta maioria da 
população. Salta à vista, na abordagem do assunto (a ética e a verdade do 
paciente), que se fica, mais uma vez, diante da pergunta feita por Pôncio 
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Pilatos a Jesus Cristo, encarando, como estava, um homem pleno de sua 
verdade, “O que é a verdade?” E é evidente que um e outro se cingiam a 
verdades díspares. 
Nas linhas 4 e 5, os sinais de parênteses são empregados para intercalar uma 
explicação do que seria o “assunto”. 
Comentário: A expressão “a ética e a verdade do paciente” identifica o 
assunto, explica-o; por isso é um aposto explicativo e ficou separado por 
parênteses. 
Gabarito: C 
Outro termo importante é o vocativo, pois implica diretamente o uso de 
vírgula. 
Vocativo 
O nome vocativo nos faz pensar em várias palavras ligadas à ideia de 
“chamar”, “atrair a atenção”: evocar, convocar, evocação, vocação. Vocativo é 
justamente o nome do termo sintático que serve para nomear um interlocutor 
a quem se dirige a palavra. É um termo independente: não faz parte do sujeito 
nem do predicado, possui valor exclamativo, muitas vezes confundido com o 
aposto, pois exige vírgulas. Pode aparecer em posições variadas na frase. 
Márcia, pegue o seu exemplar. 
Veja, menina, aquela árvore. 
Estamos aqui, papai. 
Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e 
nomeiam o interlocutor a quem se está dirigindo a palavra. Ele fica separado 
por vírgula justamente para evitar confundi-lo com o sujeito. 
Bom, vimos os termos básicos de uma oração, os quais não podem ser 
separados por vírgula, além do aposto e do vocativo, os quais são termos 
acessórios e, na prova, basicamente se cobra o uso da vírgula. 
Também vimos na aula anterior que, se no enunciado há apenas um 
verbo, naturalmente temos apenas uma oração; porém, se inserirmos mais um 
verbo, obviamente teremos duas orações. É justamente isso que veremos 
agora. 
Devemos perceber que sujeito, objeto direto, objeto indireto e 
complemento nominal são termos eminentemente substantivos. Isso quer 
dizer que seus núcleos devem ser substantivos ou palavras de valor 
substantivo. Os termos predicativo e aposto podem ter núcleos substantivos ou 
adjetivos, mas cabe agora falarmos apenas de seu valor substantivo. 
Por exemplo, “isso” é um pronome. Por possuir valor substantivo,pode 
ocupar as funções sintáticas faladas anteriormente. Veja: 
Isso é lindo. (Isso = sujeito) 
Vi isso. (isso = OD) 
Sei disso. (disso = OI) 
Sou obediente a isso. (a isso = CN) 
Ela é isso. (isso = predicativo) 
Só quero uma coisa: isso. (isso = aposto) 
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Um macete para sabermos se a palavra tem valor substantivo é trocá-la 
pelo pronome demonstrativo substantivo “ISSO”. Não é sempre que dá certo 
com o aposto, mas ele tem uma estrutura bem característica. 
E por que isso é importante? 
Quando os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento 
nominal, predicativo e aposto (de valor substantivo) recebem um verbo, 
transformam-se numa oração subordinada substantiva. 
Período composto por subordinação substantiva 
Com base nas frases abaixo, observe os termos em negrito e suas 
funções sintáticas. Quando o termo recebe um verbo, vira uma oração. Veja: 
Era indispensável teu regresso. 
 VL + predicativo (sujeito simples) 
período simples (oração absoluta) 
Era indispensável que tu regressasses. 
VL + predicativo Suj + VI 
oração principal oração subordinada substantiva subjetiva 
período composto 
Era indispensável tu regressares. 
VL + predicativo Suj + VI 
oração principal oração subordinada substantiva subjetiva (reduzida de infinitivo) 
período composto 
Na frase 1, temos apenas uma oração (período simples), pois há apenas 
um verbo: “Era”. Esse verbo é de ligação, seguido do predicativo 
“indispensável” e o sujeito “teu regresso”. 
Na frase 2, o então sujeito “teu regresso” recebeu um verbo e foi 
modificado para “que tu regressasses”. Assim, há duas orações (período 
composto). Note que esta oração recentemente formada não produz sentido 
sozinha; por isso a chamamos de subordinada. Ela é considerada substantiva 
por ter sido gerada de um termo substantivo. Para se reforçar isso, podemos 
trocá-la pelo pronome “isso”. Veja: Isso era indispensável. O pronome “isso” 
continua na função de sujeito, então a oração sublinhada terá a função de 
sujeito da oração principal. 
Note que a oração subordinada substantiva será sempre o termo que 
falta na oração principal. Confirme isso na frase 2: na oração principal só há 
(VL + predicativo), falta o sujeito, que é toda a oração posterior. Esta oração é 
chamada de desenvolvida, pois possui conjunção (integrante “que”) e o verbo 
está conjugado em tempo e modo verbal (regressasses). 
Na frase 3, a oração sublinhada perdeu a conjunção integrante “que” e 
isso fez com que reduzíssemos a quantidade de vocábulos da oração. Assim, o 
verbo que se encontrava conjugado passou a uma forma infinitiva. Por esse 
motivo, dizemos que a oração sublinhada na frase é reduzida de infinitivo. 
Essa denominação completa você não precisa decorar, basta entender o 
processo, a estrutura. A banca CESPE não pergunta o nome, mas quer saber o 
emprego disso. 
1 
2 
3 
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Seguem agora outras estruturas em que o termo, ao receber o verbo, 
passa a ser uma oração subordinada substantiva. 
Na ata da reunião constava a presença deles. (Isso constava na ata da reunião) 
adjunto adverbial de lugar + VI + sujeito 
Na ata da reunião constava que eles estivessem presentes. 
 oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva 
Na ata da reunião constava eles estarem presentes. 
 oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo 
Foi anunciado o aumento do preço dos combustíveis. (Isso foi anunciado) 
 locução verbal + sujeito 
Foi anunciado que o preço dos combustíveis aumentará. 
oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva 
Foi anunciado ontem aumentar o preço dos combustíveis. 
 oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo 
As orações subordinadas substantivas subjetivas são também 
denominadas de sujeito oracional. Vale lembrar que o verbo da oração 
principal que tem como sujeito a oração subordinada substantiva subjetiva 
deve ficar sempre na terceira pessoa do singular. Assim, mesmo que haja 
vocábulos no plural no sujeito oracional, a oração principal permanecerá com o 
verbo no singular. Veja que o verbo “constava” não se flexionou no plural, 
mesmo o sujeito oracional possuindo vocábulos no plural. 
Agora veremos os complementos verbais. Perceba que na oração 
principal, o verbo possui sujeito, é transitivo direto ou indireto e necessita de 
um complemento, o qual será toda a oração posterior. 
Economistas previram um aumento no desemprego. (Economistas previram isso.) 
 sujeito + VTD + objeto direto 
Economistas previram que o desemprego aumentaria. 
 oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta 
Economistas previram aumentar o desemprego. 
 oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo 
Note agora que, se o objeto indireto e o complemento nominal (os quais 
são termos iniciados por preposição) recebem o verbo, naturalmente vão 
continuar com a preposição antecedendo-os. 
Teus amigos confiam em tua vitória. (Teus amigos confiam nisso.) 
 sujeito + VTI + objeto indireto 
Teus amigos confiam em que tu vencerás. 
 oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta 
Teus amigos confiam em venceres. 
 oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo 
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Teus pais estavam certos de tua volta. (Teus pais estavam certos disso.) 
 sujeito + VL + predicativo + complemento nominal 
Teus pais estavam certos de que tu voltarias. 
 oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal 
Teus pais estavam certos de voltares. 
 oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo 
Note que a oração predicativa transmite a característica do sujeito. 
Nossa maior preocupação era a chuva. 
 sujeito + VL + predicativo 
Nossa maior preocupação era que chovesse. 
 oração principal + oração subordinada substantiva predicativa 
Nossa maior preocupação era chover. 
oração principal + oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo 
Todas as orações até aqui elencadas puderam ser substituídas pela 
palavra “ISSO”. Apenas a oração apositiva normalmente não transmite 
coerência com essa troca; porém, observe que a banca não cobra o nome, 
mas pergunta se os dois pontos marcam o início de um aposto ou se marcam o 
início de um esclarecimento, desenvolvimento de uma palavra anterior. 
Veja: 
Todos defendiam esta ideia: a desapropriação do prédio. 
 sujeito + VTD + objeto direto + aposto 
Todos defendiam esta ideia: que o prédio fosse desapropriado. 
 oração principal + oração subordinada substantiva apositiva 
Todos defendiam esta ideia: o prédio ser desapropriado. 
 oração principal + oração subordinada substantiva apositiva reduzida de infinitivo 
Agora que já vimos todas as orações substantivas, vem a pergunta: Por 
que temos de identificar esse tipo de oração? Porque... 
a) excetuando o aposto, vimos que esses termos substantivos nãosão 
separados por sinal de pontuação, portanto não podemos separar a oração 
subordinada substantiva de sua oração principal por vírgula; 
b) quando esse tipo de oração tiver a função de sujeito, objeto direto 
e predicativo, normalmente não será precedido de preposição; 
c) a conjunção que as inicia é chamada integrante (que, se), a 
qual não possui valor semântico, nem função sintática; 
d) quando houver oração subordinada substantiva subjetiva (sujeito 
oracional), o verbo da oração principal sempre ficará na terceira pessoa do 
singular. 
Outra coisa importante!!! 
A conjunção integrante “que” geralmente expressa certeza: 
Diga que começou o trabalho. 
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A conjunção integrante “se” geralmente expressa dúvida: 
Diga se começou o trabalho. 
Questão 15: Tribunal de Contas - TO / 2009 / nível superior 
Fragmento do texto: É fácil, hoje em dia, confundir as limitações crescentes 
impostas ao Estado-nação com a construção de um espaço de livre circulação 
dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e 
capitais. 
O trecho “confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com a 
construção de um espaço de livre circulação dos indivíduos, promovido pelo 
movimento desembaraçado de mercadorias e capitais” exerce a função 
sintática de sujeito. 
Comentário: A oração principal “É fácil, hoje em dia,” é constituída de verbo 
de ligação “É”, predicativo “fácil” e adjunto adverbial de tempo “hoje em dia”. 
Na sequência, ocorreu a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de 
infinitivo. 
Gabarito: C 
Questão 16: Tribunal de Justiça - BA / 2005 / nível superior 
Fragmento do texto: Não há dúvida de que, no início do século XXI, os 
Estados Unidos da América chegaram mais perto do que nunca da 
possibilidade de constituição de um “império mundial”. 
O emprego da preposição “de” em “Não há dúvida de que” justifica-se pela 
regência da forma verbal “há”. 
Comentário: O verbo “há” é transitivo direto e seu objeto direto é o 
substantivo “dúvida”. Este substantivo possui transitividade e necessita do 
complemento nominal “de que, no início do século XXI, os Estados Unidos da 
América chegaram mais perto do que nunca da possibilidade de constituição 
de um ‘império mundial’. Assim, a preposição “de” liga-se ao substantivo 
“dúvida”, e não ao verbo. 
Gabarito: E 
Questão 17: Procurador Federal - AGU / 2002 / nível superior 
Fragmento do texto: A minha firme convicção é que, se não fizermos todos 
os dias novos e maiores esforços para tornar o nosso solo perfeitamente livre, 
se não tivermos sempre presente a ideia de que a escravidão é a causa 
principal de todos os nossos vícios, defeitos, perigos e fraquezas nacionais, o 
prazo que ainda tem de duração legal − calculadas todas as influências que 
lhe estão precipitando o desfecho − será assinalado por sintomas crescentes 
de dissolução social. 
A substituição do trecho “A minha firme convicção é que” por A minha firme 
convicção é a de que estaria em desacordo com as exigências de 
formalidade da norma culta escrita. 
Comentário: A substituição não provoca desacordo com a norma culta, pois 
haveria apenas a mudança sintática de uma oração predicativa para uma 
completiva nominal. Ao se inserir o artigo “a” após o verbo de ligação “é”, 
naturalmente se subentende o substantivo “convicção” no novo termo. O 
artigo “a” ocupa a função sintática de predicativo, o qual passa a exigir a 
preposição “de”, justamente por imposição desse substantivo subentendido. 
Veja a estrutura: 
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A minha firme convicção é que (...) o prazo (...) será assinalado por sintomas crescentes de dissolução social 
sujeito VL CI sujeito locução verbal agente da passiva 
oração principal oração subordinada substantiva predicativa 
período composto 
... 
A minha firme convicção é a de que (...) o prazo (...) será assinalado por sintomas crescentes de dissolução social
sujeito VL * CI sujeito locução verbal agente da passiva 
oração principal oração subordinada substantiva completiva nominal 
período composto
* predicativo (a = a convicção) 
Gabarito: E 
Questão 18: (TRE - ES / 2011 / nível médio) 
Fragmento de texto: No Brasil, a tradição política no tocante à 
representação gira em torno de três ideias fundamentais. A primeira é a do 
mandato livre e independente, isto é, os representantes, ao serem eleitos, não 
têm nenhuma obrigação, necessariamente, para com as reivindicações e os 
interesses de seus eleitores. O representante deve exercer seu papel com 
base no exercício autônomo de sua atividade, na medida em que é ele quem 
tem a capacidade de discernimento para deliberar sobre os verdadeiros 
interesses dos seus constituintes. A segunda ideia é a de que os 
representantes devem exprimir interesses gerais, e não interesses locais ou 
regionais. 
Em “A segunda ideia é a de que” (linha 8), o “a” que precede “de que” poderia 
ser retirado, sem acarretar prejuízo à correção gramatical, ao passo que, em 
“A primeira é a do” (linha 2), o “a” que precede “do” não poderia ser retirado, 
visto que substitui a palavra “ideias” (linha 2). 
Comentário: Nas duas ocorrências, o substantivo “ideia” está subentendido 
após o artigo “a”. O uso desses artigos é obrigatório para que realmente o 
substantivo fique subentendido nas duas orações e exija complemento 
nominal e oração subordinada substantiva completiva nominal, 
respectivamente. Por isso, a afirmativa está errada. 
A primeira é a (ideia) do mandato livre e independente... 
 sujeito + VL + predicativo + complemento nominal 
A segunda ideia é a (ideia) de que os representantes devem exprimir interesses gerais... 
 sujeito + VL + predicativo 
 
Gabarito: E 
Cabe aqui uma peculiaridade a respeito das orações subordinadas 
substantivas objetivas indiretas e completivas nominais. 
As gramáticas admitem a omissão da preposição em alguns casos; 
seguindo-se a que autores de renome têm utilizado. Assim: 
Eu duvido que você se comprometa. (oração subordinada objetiva indireta) 
Perceba que a oração continua sendo objetiva indireta; porém houve 
apenas a omissão da preposição. Isso ocorre por estilo, fuga da artificialidade 
(julgada por alguns autores); muitas vezes vistas na linguagem hodierna e 
literária. Portanto, a gramática aceita também como norma culta. 
Veja o que alguns gramáticos explicam sobre isso: 
oração principal
oração subordinada substantiva completiva nominal 
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1) Evanildo Bechara: 
“Assim, pode-se prescindir da preposição que inicia uma oração objetiva 
indireta ou completiva nominal, apesar da crítica injusta de alguns gramáticos: 
‘Em Coimbra recebeu o infante esta triste nova por uma carta da rainha 
sua filha, em que o avisava que em conselho se decidira que o fossem 
cercar...’ [Alexandre Herculano] 
Isto é: o avisava de que.” 
(...) 
Pode haver a omissão tanto da preposição quanto do transpositor 
(conjunção integrante): 
‘Quis defendê-la, mas Capitu não me deixou, continuou a chamar-lhe 
beata e carola, em voz tão alta que tive medo fosse ouvida dos pais’ [Machado 
de Assis] 
Isto é: tive medo de que fosse ouvida.’ 
Bechara, Evanildo. Gramática Escolar da 
Língua Portuguesa.1 ed. Lucerna. RJ 2002 
(página 355). 
2) Domingos Paschoal Cegalla: 
“As orações objetivas indiretas são regidas de preposição. 
É frequente a elipse (omissão)da preposição: 
‘Não me lembrei que estava diante de um cavalheiro...’ [Camilo Castelo 
Branco], isto é: Não me lembrei de que estava diante de um cavalheiro. 
‘Esqueceu-se que tenho cinquenta anos?’ [Camilo Castelo Branco], ou 
seja: Esqueceu-se de que tenho cinquenta anos? ” 
(...) 
As completivas nominais são regidas de preposição, a qual em certos 
casos pode ser omitida, como neste exemplo: ‘Zé Grande tinha a impressão 
que estava voltando a ser criança.’ [Haroldo Bruno].” 
Cegalla, Domingos Paschoal. Novíssima gramática 
 da Língua Portuguesa.48 ed. CEN. SP 2008 
(páginas 385 e 386). 
Portanto, vimos o que é a previsão gramatical. Mas devemos entender 
como a banca CESPE cobra. Veja: 
Questão 19: Tribunal de Justiça - BA / 2005 / nível superior 
Fragmento do texto: Não há dúvida de que, no início do século XXI, os 
Estados Unidos da América chegaram mais perto do que nunca da 
possibilidade de constituição de um “império mundial”. 
Como na sequência há um complemento oracional, a omissão da preposição 
“de” em “Não há dúvida de que” também estaria de acordo com as exigências 
da norma escrita culta. 
Comentário: Note a ambientação da banca a um assunto peculiar da 
gramática:“Sabendo-se que há um complemento oracional...”. Ela deixou a 
brecha para o candidato entender a particularidade, pois não ocorre a omissão 
dessa preposição se for apenas um termo da oração (objeto indireto ou 
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complemento nominal); somente com oração substantiva objetiva indireta ou 
completiva nominal isso é permitido. 
Gabarito: C 
Perceba nesta última questão que a banca ambientou o candidato quanto 
à possibilidade da omissão da preposição, tendo em vista haver um 
complemento oracional. Isso é muito importante, pois não se pode dizer que a 
omissão é facultativa. Ela depende do estilo do autor, de se evitar a repetição 
da preposição “de” e muito mais. O CESPE naturalmente não vai querer que o 
candidato se obrigue a saber quando pode ou não omitir a preposição. Esta 
banca vai induzir a omissão, como ocorreu na questão comentada 
anteriormente, ou simplesmente vai entendê-la como obrigatória. 
Questão 20: (ANS / 2005 / nível Superior) 
Fragmento do texto: É corrente a afirmação de que muitos pacientes não 
querem saber a verdade de sua doença, quando grave, ou que procuram de 
toda maneira se enganar. 
A retirada da preposição em “a afirmação de que” desrespeita as regras de 
regência do padrão culto da língua e prejudica a coerência textual. 
Comentário: A questão mostra-nos que a preposição antes da oração 
subordinada substantiva completiva nominal pode ser omitida preservando-se 
a coerência e a gramaticalidade. Isso não ocorre com frequência. 
Normalmente as gramáticas adotam esse recurso da omissão, tendo em vista 
evitar a repetição da preposição. Neste fragmento, por exemplo, há três 
preposições “de”. Isso facilita entendermos a omissão desta preposição. 
Gabarito: E 
Agora, veja três questões que não induziram a omissão. 
Questão 21: (Detran - ES / 2011 / nível médio)
Fragmento de texto: 
 A Bik.e vem com tudo para agradar, a começar pelo nome esperto e um 
diploma automático na dura disciplina de “mobilidade sustentável”. Vem como 
um aviso concreto de que a era do automóvel está mesmo se despedindo. 
Em “de que”, o emprego da preposição é obrigatório, visto que introduz o 
complemento da palavra “aviso”; como ocorre, por exemplo, em aviso de 
férias. 
Comentário: Note que a banca CESPE foi direta na pergunta. Ela não 
ambientou o candidato sobre a peculiaridade de ser um complemento 
oracional, como ocorreu nas questões trabalhadas anteriormente. E mais, a 
questão fez um paralelo com os dois complementos. Isso nos faz desprezar a 
peculiaridade de ser um complemento oracional e entender simplesmente que 
a expressão “de que” iniciou uma oração subordinada substantiva completiva 
nominal, pois completa o sentido do substantivo “aviso”. No exemplo “aviso 
de férias”, há também um complemento nominal do substantivo “aviso”. Nos 
dois casos, portanto, o uso da preposição se fez obrigatório. 
Assim, a banca CESPE não desprezou a norma gramatical sobre a 
omissão da preposição. Você viu que as gramáticas mostram a possibilidade, 
mas isso vai depender muito do contexto. E vamos sempre ficar atento na 
forma como esta banca ambienta a questão. 
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Gabarito: C 
Questão 22: (PC - ES / 2011 / nível superior) 
Fragmento de texto: 
Por essa razão, aqueles que resistem às reivindicações de maior 
igualdade são levados a considerar que as desigualdades são, em sua maior 
parte, naturais e, como tais, invencíveis ou mais dificilmente superáveis. Ao 
contrário, aqueles que lutam por maior igualdade estão convencidos de que as 
desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou históricas. 
No trecho “estão convencidos de que as desigualdades são, em sua maior 
parte, sociais ou históricas”, a omissão da preposição “de” prejudicaria a 
correção gramatical do período. 
Comentário: Note que a banca CESPE também foi direta nesta pergunta. Ela 
não ambientou o candidato sobre a peculiaridade de ser um complemento 
oracional, como ocorreu na primeira questão trabalhada. Isso nos faz 
novamente desprezar a peculiaridade de ser um complemento oracional e 
entender simplesmente que a expressão “de que” iniciou uma oração 
subordinada substantiva completiva nominal, pois completa o sentido do 
adjetivo “convencidos”. 
Gabarito: C 
Questão 23: (TRE - ES / 2011 / nível médio) 
Fragmento de texto: A terceira ideia refere-se ao princípio de que o sistema 
democrático representativo deve basear-se no governo da maioria. 
Com correção gramatical, o trecho “ao princípio de que o sistema democrático 
representativo” poderia ser reescrito da seguinte forma: ao princípio que o 
sistema democrático representativo. 
Comentário: É o substantivo “princípio” que rege a preposição “de” e toda a 
oração posterior completa o sentido desse substantivo. Por isso, ele não 
dispensa o uso da preposição “de”, mesmo sendo uma oração subordinada 
substantiva completiva nominal. 
 (oração principal) 
A terceira ideia refere-se ao princípio de que o sistema democrático 
representativo deve basear-se... (oração subordinada substantiva 
 completiva nominal) 
Gabarito: E 
Vimos, no início da aula, os termos da oração e as orações subordinadas 
substantivas, que provêm da maioria destes termos. Agora veremos as 
orações subordinadas adjetivas. 
Período composto por subordinação adjetiva 
As orações subordinadas adjetivas têm esse nome porque equivalem a 
um adjetivo. Em termos sintáticos, essas orações exercem a função que 
normalmente cabe a um adjetivo (a de um adjunto adnominal ou aposto 
explicativo). O adjunto adnominal é termo do qual ainda não falamos, mas nos 
basta entender o seguinte: todo termo da oração possui no mínimo um 
vocábulo, o qual chamamos de núcleo. Por vezes, esse núcleo vem antecipado 
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ou seguido de outros vocábulos de valor adjetivo, os quais passam à função de 
adjunto adnominal. 
Perceba isso no exemplo abaixo. O objeto direto é o termo “gente 
mentirosa”. O núcleo é o substantivo “gente” e o adjunto adnominal é 
“mentirosa”, o qual serve para caracterizar o núcleo. 
Detesto gente mentirosa.
VTD núcleo do 
OD 
Adj Adn 
 objeto direto 
período simples 
Detesto gente que mente. 
oração principal Or Sub Adjetiva 
período composto 
Na primeira construção,o adjetivo “mentirosa” é adjunto adnominal, o 
qual caracteriza o núcleo do objeto direto “gente”. Ao se inserir um verbo 
nesta função adjetiva, naturalmente haverá uma oração de mesmo valor. Por 
isso passa a ser uma oração subordinada adjetiva. 
A conexão entre a oração subordinada adjetiva e a oração principal é 
feita pelo pronome relativo que. Esse vocábulo não pode ser confundido com a 
conjunção integrante “que”, vista anteriormente, a qual inicia uma oração 
subordinada substantiva. Portanto vamos às formas de se evitar o erro: 
1. Detesto mentiras. 2. Detesto gente mentirosa. 
1. Detesto que mintam. 2. Detesto gente que mente. 
a) O vocábulo “mentiras” é um 
substantivo. Quando é substituído por 
verbo, passa a fazer parte de uma 
oração subordinada substantiva. 
b) “mentiras” é núcleo do objeto direto 
do verbo “Detesto”, por isso “que 
mintam” é oração subordinada 
substantiva objetiva direta da oração 
principal “Detesto”. 
c) O vocábulo “que” é uma conjunção 
integrante e toda a oração a partir 
desse vocábulo pode ser substituída 
pelo vocábulo “isso”, para a 
confirmação de ser oração substantiva. 
(Detesto isso.) 
a) O vocábulo “mentirosa” é um 
adjetivo. Quando é substituído por um 
verbo, passa a fazer parte de uma 
oração adjetiva. 
b) “mentirosa” é adjunto adnominal e 
restringe o núcleo do objeto direto. 
c) Não há coesão em se substituir a 
oração “que mente” pelo vocábulo 
“isso”. Veja: Detesto gente isso. Por 
isso não é oração substantiva. O 
segundo passo é substituir o “que” por 
“o qual” e suas variações, para 
confirmar se é pronome relativo 
iniciando oração adjetiva. Veja: 
Detesto gente a qual mente. 
No período “Detesto gente que mente”, desenvolvem-se duas ideias, 
relacionadas à palavra “gente”: a primeira é a de que eu a detesto e a segunda 
a de que ela mente. Assim: 
Detesto gente. Gente mente. 
 VTD + OD Suj + VI 
Entendendo-se que o vocábulo “gente” está se repetindo 
desnecessariamente, pode-se inserir no lugar desse vocábulo repetido o 
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pronome relativo “que” ou “a qual”. “Gente” está na função de sujeito, então o 
pronome “que” ou “a qual” também ocupa a função de sujeito. Veja: 
Detesto gente.Gente mente. 
Detesto gente que mente. 
Detesto gente a qual mente. 
 sujeito 
Visando ao que pode ser exigido pela banca CESPE, muitas vezes se vê 
questão que pede para substituir um vocábulo por outro, permanecendo o 
sentido e a gramaticalidade. Neste caso, se a banca pedisse para substituirmos 
“gente” por “pessoas”, permaneceria a semântica, mesmo um estando no 
singular e o outro no plural. Mas essa substituição implicaria mudança na 
concordância do verbo “mente”, que deveria flexionar-se no plural, haja vista 
que o pronome relativo “que” é sujeito e retomaria “pessoas”. 
Assim: 
Detesto pessoas que mentem. 
 VTD + objeto direto Suj + V. intransitivo 
oração principal oração Sub Adjetiva 
Outras vezes a banca CESPE cobra simplesmente a atenção voltada ao 
contexto para identificar o referente. Por exemplo: 
1. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que demitiu duzentos funcionários. 
2. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que exportou para a Europa. 
3. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que embelezam as mulheres. 
Na frase 1, o pronome relativo “que” retomou o substantivo “dono”, pois 
se entende que quem demite é o “dono”; na frase 2, foi retomado o 
substantivo “empresa”, pois é mais adequado dizer que a exportação é feita 
pela “empresa” e não pelo “dono”. Na frase 3, a concordância é feita no plural, 
porque o pronome relativo retomou “cosméticos”, que também está no plural. 
Isso é muito cobrado na prova. Muita atenção. 
Uma forma de isso ficar mais claro é substituir o pronome “que” pelo 
pronome relativo “o qual” e suas variações, típica questão do CESPE. Assim, 
na frase 1 seria “o qual”, na 2 “a qual” e na 3 “os quais”. 
Questão 24: Tribunal Regional Eleitoral - RS / 2006 / nível médio 
Fragmento do texto: O primeiro código eleitoral a viger no Brasil chamava-
se Ordenações do Reino, as quais foram elaboradas em Portugal no fim da 
Idade Média e utilizadas até 1828. 
A substituição da estrutura “as quais foram elaboradas (...) e utilizadas” por o 
qual foi elaborado (...) e utilizado altera as relações de concordância sem 
provocar prejuízo para a coerência e a correção gramatical do período. 
Comentário As expressões “O primeiro código eleitoral a viger no Brasil” e 
“Ordenações do Reino” são sinônimas contextuais por causa do vocábulo 
“chamava-se”, o qual mostra que o nome desse primeiro código é Ordenações 
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do Reino. Logo, “as quais foram elaboradas (...) e utilizadas...” concordam 
com “Ordenações do Reino”, mas poderiam se flexionar no singular e 
masculino para concordar com “O primeiro código eleitoral a viger no Brasil”. 
Por isso há a possibilidade da substituição: 
O primeiro código eleitoral a viger no Brasil chamava-se Ordenações 
do Reino, as quais foram elaboradas em Portugal no fim da Idade Média e 
utilizadas até 1828. 
O primeiro código eleitoral a viger no Brasil chamava-se 
Ordenações do Reino, o qual foi elaborado em Portugal no fim da Idade 
Média e utilizado até 1828. 
Gabarito: C 
Não veremos nesta aula quais são os pronomes relativos e suas funções 
sintáticas. Isso será visto na aula 3, quando aprofundarmos na regência verbal 
e nominal. Vamos trabalhar agora a pontuação nestas orações. 
A pontuação e a classificação das orações adjetivas 
Para entendermos a pontuação referente a termos adjetivos, é 
necessário sabermos a diferença entre dois tipos de adjetivo. 
 Adjetivo explicativo: é aquele que denota qualidade essencial do ser, 
característica inerente, ou seja, qualidade que não pode ser retirada do 
substantivo. Por exemplo, todo homem é mortal, todo fogo é quente, todo 
leite é branco, então mortal, quente e branco são adjetivos explicativos, em 
relação a homem, fogo e leite. 
Adjetivo restritivo: é o adjetivo que denota qualidade adicionada ao 
ser, ou seja, qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, 
nem todo homem é inteligente, nem todo fogo é alto, nem todo leite é 
enriquecido, então inteligente, alto e enriquecido são adjetivos restritivos, em 
relação a homem, fogo e leite. 
 mortal quente branco explicativo 
homem fogo leite 
 inteligente alto enriquecido restritivo 
 
Quando o adjetivo estiver imediatamente após o substantivo qualificado 
por ele, teremos o seguinte: se ele for adjetivo explicativo, deverá estar entre 
vírgulas e funcionará sintaticamente como aposto explicativo; se for adjetivo 
restritivo, não poderá estar entre vírgulas e funcionará como adjunto 
adnominal. Por exemplo: “O homem, mortal, age como um ser imortal.” Nessa 
frase, mortal é adjetivo explicativo, pois indica uma qualidade essencial do 
substantivo, por isso está entre vírgulas e sua função sintática é a de aposto 
explicativo. Já na frase “O homem inteligente lê mais.”, inteligente é adjetivo 
restritivo, pois se entende que nem todo homem lê muito, por isso não está 
entre vírgulas e sua função sintática é a de adjunto adnominal. 
Assim, o adjetivo pode ter o valor restritivo (especifica o sentido do 
termo antecedente, individualizando-o) e explicativo (realça um detalhe ou 
amplifica características básicas sobre o antecedente, que já se encontra 
suficientemente definido). Como aprofundamento disso, vejamos o adjetivo 
“inteligente”. 
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1. O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos. 
2. O homem inteligente não joga lixo no chão. 
Na frase 1, esse adjetivo possui valor básico do homem: ser pensante, 
que raciocina. Essa é a condição básica para que ele possa ter a capacidade 
cognitiva e então através dos séculos ter a possibilidade de isso ser ampliado. 
Esse adjetivo está entre vírgulas para marcar o valor explicativo e com isso há 
a função sintática de aposto explicativo. 
Na frase 2, esse mesmo adjetivo possui valor semântico diferente, pois 
se sabe que nem todos os homens deixam de jogar o lixo no chão. Então esse 
não é um princípio só do poder de raciocínio, mas da virtude, da educação. 
Assim, inteligente, neste caso, é o homem educado. Como sabemos que nem 
todos são educados, há certamente um valor restritivo. Por isso esse vocábulo 
não está separado por vírgulas e cumpre a função sintática de adjunto 
adnominal. 
Portanto, se o aposto explicativo recebe um verbo, tornar-se-á uma 
oração subordinada adjetiva explicativa. Se o adjunto adnominal recebe 
um verbo, tornar-se-á oração subordinada adjetiva restritiva. O uso de 
vírgula continua da mesma forma que nos termos da oração ditos 
anteriormente. Veja: 
O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos.
sujeito aposto explicativo VTD + objeto direto + adjunto adverbial de tempo 
período simples 
O homem, que é inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos.
oração subordinada 
adjetiva explicativa 
oração principal 
período composto 
O homem inteligente não joga lixo no chão. 
 Adj Adn + núcleo adjunto adnominal Adj Adv VTD OD Adj Adv lugar negação 
sujeito simples 
período simples 
O homem que é inteligente não joga lixo no chão.
oração subordinada 
adjetiva restritiva 
oração principal 
período composto 
Portanto, dependendo do uso da vírgula numa oração adjetiva, haverá 
mudança de sentido. Em determinados momentos, a vírgula poderá ser 
inserida ou retirada, isso fará com que a oração mude o sentido, mas não quer 
dizer que haverá incoerência com os argumentos do texto. Exemplo: 
Angélica, encontrei seu irmão que mora em Paris. 
Angélica, encontrei seu irmão, que mora em Paris. 
Uma forma prática de se enxergar melhor a restrição é subentendendo a 
expressão somente aquele que. 
Assim, no primeiro período, observa-se que somente o irmão de 
Angélica o qual mora em Paris foi encontrado por mim, os outros irmãos dela 
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não foram citados no contexto. Portanto, sem vírgulas, entende-se que ela tem 
mais de um irmão. 
Já no segundo período, entende-se que a característica básica de irmão 
de Angélica é ser morador de Paris, pois ele é o único irmão. 
Veja outros: 
O curso possui oitocentos alunos que farão a prova da OAB. 
O curso possui oitocentos alunos, que farão a prova da OAB. 
No primeiro período, entende-se que somente oitocentos alunos do 
curso farão a prova da OAB, os outros não. Então o curso possui mais de 
oitocentos alunos. No segundo período, percebe-se que todo o efetivo discente 
do curso fará a prova da OAB. E sua totalidade é de oitocentos alunos. 
Escolha a joia de que goste. Escolha a joia, de que gosta. 
No primeiro período, alguém foi convidado a escolher uma joia ainda não 
apreciada, conhecida pela felizarda. A joia da qual gostar poderá ser escolhida. 
Ao passo que, no segundo período, a pessoa presenteada já conhecia a joia e 
já gostava dela, por isso passou a haver a característica explicativa. 
Outro ponto importante. Se o aposto explicativo pode ser separado por 
vírgulas, travessões e parênteses; o mesmo vai ocorrer com a oração 
subordinada adjetiva explicativa. 
Questão 25: ABIN / 2010 / nível Superior 
Fragmento do texto: No projeto Segurança Pública para o Brasil, da 
Secretaria Nacional de Segurança Pública, aponta-se como principal causa do 
aumento da criminalidade o tráfico de drogas e de armas. 
A supressão das vírgulas que isolam a expressão “da Secretaria Nacional de 
Segurança Pública” alteraria o sentido do texto, visto que estaria 
subentendida a existência de, pelo menos, mais um projeto denominado 
Segurança Pública para o Brasil. 
Comentário: A banca quis que o candidato notasse a diferença entre termo 
explicativo e restritivo. O primeiro é a característica básica do substantivo, por 
isso é isolado por vírgula(s). Já o segundo especifica, restringe, afunila o 
sentido do substantivo, por isso não se pode separar por vírgula. O termo 
restritivo cumpre a função sintática de adjunto adnominal, por isso não se 
pode separar por vírgula o adjunto adnominal de seu núcleo. 
No texto, perceba que o termo “da Secretaria Nacional de Segurança 
Pública” encontra-se isolado por vírgulas para marcar o sentido explicativo 
(aposto explicativo). Isso nos dá a noção de que só há um projeto 
denominado “Segurança Pública para o Brasil”, e este projeto é exclusivo da 
“da Secretaria Nacional de Segurança Pública”. Não há outro. 
Ao retirarmos as vírgulas, o sentido muda para restrição, isto é, passa-
se a subentender a existência de, pelo menos, mais um projeto denominado 
Segurança Pública para o Brasil. 
Assim, a afirmativa da questão está correta. Muda-se o sentido com a 
supressão das vírgulas. 
Gabarito: C 
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Questão 26: Polícia Federal / 2004 / administrativo 
Fragmento do texto: Do final de setembro aos primeiros dias de outubro, 
ficou muito claro que estamos assistindo a algo absolutamente novo e 
fantástico: o surgimento de uma entidade governante anglo-saxã. 
Preservam-se as relações semânticas do texto e sua correção gramatical ao se 
substituir o sinal de dois-pontos por vírgula seguida do termo que é.
Comentário: Os dois-pontos iniciam um aposto explicativo, o qual pode ser 
também iniciado por vírgula. Ao se inserir a expressão “que é”, a banca 
queria a percepção do candidato quanto à possibilidade de transformação de 
aposto explicativo em oração subordinada adjetiva explicativa. Por isso a 
afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
Questão 27: Tribunal de Justiça - BA / 2005 / nível superior 
Fragmento do texto: Nesse contexto, as previsões, liberais ou marxistas, do 
fim dos estados ou das economias nacionais, ou mesmo da formação de 
algum tipo de federação cosmopolita e pacífica, são utopias, com toda a 
dignidade das utopias que partem de argumentos éticos e expectativas 
generosas, mas são ideias ou projetos que não têm nenhum apoio objetivo na 
análise da lógica e da história passada do sistema mundial. 
A inserção de uma vírgula logo após a expressão “dignidade das utopias” 
mantém as mesmas relações sintáticas e a informação original do período. 
Comentário: Primeiro se deve ter certeza de que há oração adjetiva. Para 
isso, basta substituir o “que” por “as quais” e se verifica que permanece a 
coerência. Assim, a inserção ou retirada de vírgula obrigatoriamente muda o 
sentido da oração subordinada adjetiva, então isso mudaria a informação 
original do período no texto, além de mudar também a relação sintática, pois, 
com a vírgula, deixaria de ser oração subordinada adjetiva restritiva para ser 
oração subordinada adjetiva explicativa. 
Gabarito: E 
Questão 28: Cia de Saneamento Básico - ES / 2006 / nível superior 
Fragmento do texto: Considerando as recentes técnicas, os meios e os 
problemas que envolvem os crimes de informática e a ação de perícia criminal 
sobre evidências de delitos dessanatureza, vimos sugerir a adoção de 
protocolos para coleta, manipulação, exame e preparação do laudo pericial, 
visando à integridade da prova e sua aceitação perante a justiça. 
A oração “que envolvem os crimes de informática (...) natureza” atribui 
sentido restritivo aos substantivos “técnicas”, “meios” e “problemas”. 
Comentário: Esta afirmativa engloba pelo menos dois conhecimentos: que 
palavra(s) é(são) retomada(s) pelo pronome relativo e como diferenciar 
restrição de explicação. 
Primeiro, há de se observar a função sintática do pronome relativo 
“que”. Ele está na função de sujeito e, por retomar nomes no plural, leva o 
verbo “envolvem” para o plural. 
Como recurso de coesão, deve-se agora saber se esse vocábulo 
realmente retoma os substantivos “técnicas”, “meios” e “problemas”, os quais 
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estariam implícitos no sujeito “que”. Assim, poderíamos entender: “as 
recentes técnicas, os meios e os problemas (...) envolvem os crimes de 
informática e a ação de perícia criminal sobre evidências de delitos dessa 
natureza”. Há de se observar, então, que não é apenas o último substantivo 
que está sendo caracterizado pela oração adjetiva (como muitos candidatos 
entenderam, à época desta prova, e entraram com recursos, os quais foram 
indeferidos). 
Por fim, esta caracterização é restritiva, porque a oração adjetiva não 
está separada por vírgula. Por tudo isso, a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
Questão 29: Tribunal Regional Eleitoral - MA / 2006 / nível superior 
Texto: 
Para que a democracia seja efetiva, é necessário que as pessoas se 
sintam ligadas aos seus concidadãos e que essa ligação se manifeste por meio 
de um conjunto de organizações e instituições extramercado. Uma cultura 
política atuante precisa de grupos comunitários, bibliotecas, escolas públicas, 
associações de moradores, cooperativas, locais para reuniões públicas, 
associações voluntárias e sindicatos que propiciem formas de comunicação, 
encontro e interação entre os concidadãos. 
A democracia neoliberal, com sua ideia de mercado “über alles”, nunca 
leva em conta essa atuação. Em vez de cidadãos, ela produz consumidores. 
Em vez de comunidades, produz shopping centers. O que sobra é uma 
sociedade atomizada, de pessoas sem compromisso, desmoralizadas e 
socialmente impotentes. 
Em suma, o neoliberalismo é o inimigo primeiro e imediato da 
verdadeira democracia participativa, não apenas nos Estados Unidos, mas em 
todo o planeta, e assim continuará no futuro previsível. 
A forma verbal subjuntiva “propiciem” poderia ser substituída, sem prejuízo 
da coerência do texto e da correção gramatical, pela forma indicativa 
propiciam, desde que fosse empregada a vírgula antes do conector “que”. 
Comentário: A oração adjetiva “que propiciem formas de comunicação” não 
vem antecipada de vírgula por ser uma característica restritiva do substantivo 
“sindicatos” (somente aqueles sindicatos que propiciem formas de 
comunicação). Porém, ao lermos o conjunto do texto, percebemos que o autor 
tem uma visão categórica contra o neoliberalismo; assim não seria de se 
estranhar que ele considerasse que todas as organizações citadas no texto 
propiciam “formas de comunicação”. Portanto, a troca dos tempos verbais 
faria permanecer a coerência. Mas isso implicaria erro gramatical, se não 
houvesse a inserção da vírgula; pois no texto original a oração é adjetiva 
restritiva (deixa-se subentendido que nem todas as organizações citadas no 
texto propiciam formas de comunicação). Com a substituição do tempo e 
modo verbais, a característica de propiciar formas de comunicação passa a ser 
básica destas organizações, isto é, na visão do autor todas elas transmitem 
formas de comunicação, encontro e interação entre os concidadãos. Isso exige 
a inserção da vírgula para tornar essa oração adjetiva explicativa. Perceba que 
o verbo deixa de transmitir uma hipótese (presente do subjuntivo) para 
transmitir uma certeza (presente do indicativo). Observe, também, que na 
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questão afirma-se que a troca e a inserção da vírgula preservariam a 
coerência e a correção gramatical. Isso está correto. Ficaria errado se 
fosse afirmado que preservaria o sentido, pois a semântica mudou (de valor 
restritivo para explicativo). 
Gabarito: C 
Questão 30: ABIN / 2008 / nível superior 
Fragmento do texto: Tornar-se um ser humano consiste em participar de 
processos sociais compartilhados, nos quais emergem significados, sentidos, 
coordenações e conflitos. 
O uso da preposição em, no termo “nos quais” (linha 2), indica que a 
expressão nominal “processos sociais compartilhados” está empregada como a 
circunstância de lugar da emergência dos “significados” (linha 2), não como o 
agente de sua origem. 
Comentário: A preposição “em” transmite valor de lugar estático. Ela se 
juntou a “os quais” para os dois serem o adjunto adverbial de lugar da oração 
subordinada adjetiva que iniciou. Veja: 
Tornar-se um ser humano consiste em participar de processos sociais compartilhados, 
nos quais emergem significados, sentidos, coordenações e conflitos. 
Podemos, então, entender que “significados, sentidos, coordenações e 
conflitos” emergem nos processos sociais compartilhados. 
Na afirmativa da questão, foi utilizado o substantivo abstrato 
“emergência”. Isso poderia causar dúvida, mas veja que ele não está no 
sentido de “urgência”, mas como derivação daquilo que ocorre, resulta, 
emerge. Portanto, está correta a afirmação da questão: “processos sociais 
compartilhados” é a circunstância de lugar (adjunto adverbial de lugar) da 
emergência dos significados (os significados emergem). 
Veja ainda que, na afirmativa da questão, foi dito que “processos sociais 
compartilhados” não foram usados como agentes de sua origem. Elas apenas 
foram empregadas como circunstância de lugar. Isso tem relação direta com o 
termo “nos quais”. Ele é a circunstância de lugar. Para que ele fosse o agente, 
deveria passar a sujeito dessa oração, retirando-se a preposição “em”. Isso 
ratifica que a questão está corretíssima. 
Gabarito: C 
As orações reduzidas e desenvolvidas 
Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo 
conjugado em modo e tempo verbal, as orações subordinadas adjetivas são 
chamadas desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas 
adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser 
introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais 
(infinitivo, gerúndio ou particípio). 
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. 
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. 
adjunto adverbial 
de lugar 
verbo 
intransitivo 
sujeito composto
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No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, 
já que é introduzida pelo pronome relativo “que” e apresenta verbo conjugado 
no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada 
adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no 
infinitivo. 
Questão 31: Tribunal Regional Eleitoral - RS / 2006 / nível médio 
Fragmento do texto: O primeiro código eleitoral a viger no Brasil chamava-
se Ordenações do Reino, as quais foram elaboradas em Portugal no fim da 
Idade Média e utilizadas até 1828. 
Para que o período mantenha-se gramaticalmente correto; ao se substituir a 
forma verbal “viger” por vigorar, é necessário substituir também a preposição 
que a antecede. 
Comentário: A oração

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