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PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 08 (Correspondência oficial) Olá, pessoal! O material teórico desta aula engloba um extrato do Manual de Redação da Presidência da República e do Manual de Redação da Câmara dos Deputados. Achei por bem trabalhar o mais importante de cada texto, para que você tenha em mão um material claro, efetivo e que englobe o que realmente cai na prova, além do que algumas vezes os concursos cobram as expressões literais desses textos, por isso evitei colocar considerações minhas, mas um retrato fiel sobre o que esses manuais expõem. Inseri algumas questões que não são da banca CESPE, mas isso estará identificado. 1. O que é Redação Oficial???? Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: “A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão. Esses mesmos princípios (impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal) aplicam-se às comunicações oficiais: elas devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem. A identificação das características específicas da forma oficial de redigir não deve ensejar o entendimento de que se proponha a criação ou existência de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases. Português p/ Polícia Federal (teoria e questões comentadas) PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 2 A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com impessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular, etc. Apresentadas essas características fundamentais da redação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada uma delas. 1.1. A Impessoalidade A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: a) alguém que comunique; b) algo a ser comunicado; e c) alguém que receba essa comunicação. No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União. Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais decorre: a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padronização, que permite que comunicações elaboradas em diferentes setores da Administração guardem entre si certa uniformidade; b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal; c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom particular ou pessoal. 1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade. PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 3 As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada. Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma para comunicar. A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos. O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que a) observam-se as regras da gramática formal, e b) emprega-se um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos. Lembre-sede que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua literária. Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada. A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 4 acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos. 1.3. Formalidade e Padronização As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já mencionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível; mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação. A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a administração federal é una, é natural que as comunicações que expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento desse padrão exige que se atente para todas as características da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos. 1.4. Concisão e Clareza A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de ideias. O esforço de sermos concisos atende, basicamente, ao princípio de economia linguística, à mencionada fórmula de empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não se deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito. Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo texto de alguma complexidade: ideias fundamentais e ideias secundárias. Estas últimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las, exemplificá-las; mas existem também ideias secundárias que não acrescentam informação alguma ao texto, nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas. A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. No entanto a clareza não é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das demais características da redação oficial. Para ela concorrem: a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto; PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 5 b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão; c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos; d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos linguísticos que nada lhe acrescentam. É pela correta observação dessas características que se redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros e de erros gramaticais provém principalmente da falta da releitura que torna possível sua correção. Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele será de fácil compreensão por seu destinatário. O que nos parece óbvio pode ser desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos sobre certos assuntos em decorrência de nossa experiência profissional muitas vezes faz com que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é verdade. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técnicos, o significado das siglas e abreviações e os conceitos específicos que não possam ser dispensados. A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que são elaboradas certas comunicações quase sempre compromete sua clareza. Não se deve proceder à redação de um texto que não seja seguida por sua revisão. “Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir. Questão 1: TRE - MT / 2009 / Médio Algumas medidas de modernização judicial têm auferido bons resultados em diferentes regiões brasileiras. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o tribunal de justiça implantou um sistema de certificação eletrônica de atos processuais praticados por seus desembargadores. Por meio desse sistema, os trâmites dos processos digitais adquirem autenticidade com certificados ICP- Brasil, fornecidos por empresas do ramo da informática. Nesse sentido, os sistemas digitais de envio de documentos têm sido cada vez mais utilizados em âmbito brasileiro, mormente após a edição da Medida Provisória n.º 2.200/2001, que inseriu em nosso ordenamento jurídico o sistema de certificação digital de documentos eletrônicos. Juliana Silva Valis. Internet: <www recantodasletras.uol.com.br> (com adaptações). Devido à existência de impessoalidade, clareza, seleção lexical e estruturas sintáticas, o texto está apropriado para compor uma correspondência oficial. Comentário: Note que no texto não há expressões que denotem impressões pessoais do autor. Também não se encontram no texto palavras ou expressões com duplo sentido. Assim, a seleção das palavras privilegiou a clareza, a impessoalidade e a norma culta. Resposta: C Questão 2: PCES / 2010 / Superior A redação oficial deve caracterizar-se por impessoalidade, uso do padrão PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 6 culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição (...). Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. Manual de Redação da Presidência da República. 2.a ed. 2002, p. 4. Internet: <www.planalto.gov.br> (com adaptações). Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue o item seguinte, acerca das normas que regem a redação de correspondências oficiais. O uso do padrão culto da linguagemem um texto oficial reduz o tempo despendido com sua revisão, que passa a ser dispensável. Comentário: A revisão é vital para se manter a correção gramatical e a formalidade do texto oficial. Por isso, não é dispensável. Resposta: E Questão 3: DPU / 2010 / Médio As opções que se seguem apresentam propostas de trechos de parecer. Assinale a opção cujo texto corresponde ao que preceituam as normas de redação oficial. A Nossos estudos técnicos demonstram que a crônica do jogo no Brasil é repleta de exemplos que desaconselham a legalização, como a violência das gangues que controlam ele, lavagem de dinheiro e cooptação de autoridades para fazerem vista grossa diante das ilegalidades. B Acreditamos que o poder do dinheiro sujo e nojento do jogo não tem limites. Por sua vez, as instituições, seus órgãos e funcionários não são impermeáveis à corrupção que contamina o sistema administrativo. Isso é uma pena. C Observa-se que desde os anos 90, quando os caça-níqueis e os bingos invadiram as cidades, não faltam episódios para mostrar a vulnerabilidade dos agentes do poder público ao canto da sereia que ecoa dos cofres emporcalhados da jogatina. D É incontável o número de policiais canalhas, trapaceiros e vagabundos (inclusive de altos escalões) em todo o país, ligados à contravenção à bandidagem. E Os envolvidos no jogo não hesitam em apelar para a violência e a eliminação física. Além disso, o secretário nacional antidrogas da Presidência da República identifica nos equipamentos eletrônicos de jogos de azar uma forma de legalização do dinheiro do narcotráfico internacional. Comentário: A banca cobrou nossa atenção quanto à preservação da norma culta, o padrão formal e a impessoalidade. Na alternativa (A), perceba que o verbo transitivo direto “controlam” não admite o objeto direto representado pelo pronome “ele”. O objeto direto deve ser representado pelo pronome oblíquo átono “o”. Como o verbo termina em “m”, esse pronome recebe a consoante “n”: controlam-no. Além disso, a expressão “vista grossa” é própria da linguagem coloquial, por isso transmite subjetividade e informalidade, sendo contrário aos princípios da PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 7 correspondência oficial. Nas alternativas (B), (C) e (D), as expressões “dinheiro sujo e nojento” e “Isso é uma pena”; “canto da sereia” e “emporcalhados”; “canalhas, trapaceiros e vagabundos” e “bandidagem” são próprias da coloquialidade, informalidade e subjetividade. Por isso, não são admitidos em textos de correspondência oficial. Perceba que a alternativa (E) possui um texto claro, formal e correto gramaticalmente. Por tudo isso, pode fazer parte de um texto de correspondência oficial. Resposta: E SERPRO / 2010 / Médio As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, devem obedecer a determinadas regras de forma: além das exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Manual de Redação da Presidência da República. 2.ª ed., 2002, p. 10 (com adaptações). Julgue os itens seguintes com relação à redação de correspondências oficiais. Questão 4: A linguagem formal é requerida na redação oficial como forma de se denotar impessoalidade e transmitir informações com clareza. Comentário: Quando se usa a linguagem coloquial, informal, é normal a transmissão de uma proximidade própria de pessoas conhecidas, amigas. Justamente isso é condenável na correspondência oficial, pois a impessoalidade tem por base a formalidade e a preservação da norma culta. Vimos na questão anterior os usos de algumas gírias que comprometem a impessoalidade. Resposta: C Questão 5: Termos empregados em linguagem técnica bem como expressões da oralidade devem ser evitados em textos oficiais, uma vez que, nesses textos, a compreensão e a formalidade são requisitos primordiais. Comentário: Vimos na teoria expressa anteriormente que a linguagem técnica pode ser usada, desde que seja elemento fundamental para a compreensão da informação, para que se evite a falta de clareza e se preserve a impessoalidade. Resposta: C Questão 6: TCU / 2010 / Superior Respeita os quesitos de clareza, objetividade e uso do padrão culto da língua portuguesa o seguinte parágrafo em um documento oficial. Comentário: Veja que o verbo “Tratam” é transitivo indireto e o pronome Tratam-se de irregularidades referentes à execução do convênio 333- 44/08, tendo por objeto a construção de um ginásio de esportes na cidade de XXYYY, que vem sendo insistentemente denunciadas na mídia impressa e televisiva sem que os poderes municipais tomem providências. PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 8 “se” é o índice de indeterminação do sujeito. Assim, esse verbo obrigatoriamente se flexionará no singular (Trata-se). Além disso, o particípio “denunciadas” não possui referente no contexto, pois anteriormente a ele não há palavra no feminino e plural. Ele deve concordar no feminino e singular (denunciada), pois se refere ao substantivo “construção”. Como não há clareza e preservação da norma culta, a questão está errada. Resposta: E Questão 7: SERPRO / 2010 / Superior Os princípios que regem a redação de correspondências oficiais favorecem a existência de uma única interpretação para o texto do expediente, assim como asseguram a impessoalidade e uniformidade no trato dos assuntos concernentes aos órgãos governamentais. Comentário: A interpretação única pode ser resumida pela palavra clareza. Além disso, realmente o texto deve se pautar na objetividade, impessoalidade e uniformidade (padrão formal). Por isso, a questão está correta. Resposta: C Questão 8: O nível de linguagem utilizado em atos e expedientes oficiais encontra justificativa no seu caráter público e no fim a que eles se destinam, além da obrigatoriedade de que sejam inteligíveis para qualquer público. Comentário: Releia o primeiro e segundo parágrafo do item 1.2 (A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais). A questão cobrou literalmente o que ali está escrito: “A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade. As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro.”. Por isso, a questão está correta. Resposta: C Questão 9: Um texto de redação oficial deve ser redigido com vistas a evitar a prolixidade. Comentário: A prolixidade é o contrário da concisão. Prolixo é a característica do falar demasiado, com número excessivo de palavras. Por isso deve ser evitado na correspondência oficial, que requer objetividade, clareza e concisão. Esta última é entendida como a exploração do máximo de informação com o mínimo de palavras. Por isso, a questão está correta. Resposta: C Questão 10: PM - DF / 2009 / Superior Todos os seres humanos necessitam de segurança. Todos os seres PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 9 humanos têm o direito de serem protegidos do medo, de todas as espécies de medo. O medo temraízes profundas na alma dos seres. Radica-se no inconsciente e é objeto constante da pesquisa científica, com destaque para a psicanálise. Temos medo do abandono, de passar necessidade e privações, medo das agressões, da doença, da morte. Uma sociedade que se funde no “espírito de solidariedade” procurará construir modelos de convivência que afastem o medo do horizonte permanente de expectativas. Em uma sociedade fraterna, o homem não será lobo do outro homem. Nossa Constituição determina que a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos. Será exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Internet: <www.dhnet.org.br> (com adaptações). A primeira pessoa do plural, expressa em “Temos” (linha 7) e “Nossa” (linha 13), confere ao texto um nível de subjetividade impróprio para o emprego em correspondências oficiais. Comentário: Não há subjetividade no texto, pois não há marcação de impressões pessoais. Na realidade, o uso da primeira pessoa do plural fez com que entendêssemos que o autor se inseriu no grupo. Resposta: E Questão 11: SEDUES / 2010 / Médio Fragmento do texto: O Brasil deve investir em pesquisa e desenvolvimento, para alcançar níveis mais altos de produtividade e de competitividade e desenvolver produtos inovadores que ampliem ou criem mercados com rapidez. O tema “inovação” vem ocupando espaço cada vez maior no planejamento das políticas públicas e na preocupação do empresariado, mas o Brasil ainda ocupa posição muito desfavorável nesse requisito quando comparado com outros países. Entre 48 países, o Brasil ficou na 42.ª posição em inovação, de acordo com um estudo da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Está na frente de México, África do Sul, Argentina, Índia, Letônia e Romênia. Pela clareza, objetividade e impessoalidade, esses dois parágrafos poderiam compor adequadamente uma correspondência oficial. Comentário: Perceba que esses dois parágrafos não possuem ambiguidade, nem marcas de impressão pessoal. Portanto, a linguagem é adequada à correspondência oficial. Resposta: C Questão 12: SEDUES / 2010 / Médio Fragmento do texto: O impacto da demanda chinesa nos preços das matérias-primas foi talvez o principal fator da notável transformação das contas externas brasileiras, o que, por sua vez, abriu caminho para o crescimento. Uma eventual mudança para pior no quadro da expansão chinesa seria danosa para a economia global e para o Brasil em particular. A PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 10 China foi o caso mais marcante de superação da crise de 2008, porque conseguiu crescer 8,7% no ano passado, enquanto o resto do mundo patinhava. A expressão “o resto do mundo patinhava” está adequada para ser utilizada em uma correspondência oficial. Comentário: A expressão “o resto do mundo patinhava” transmite uma imprecisão por meio das palavras em negrito. Assim, não há clareza, por isso é inadequada à correspondência oficial. Resposta: E Questão 13: PCES / 2010 / Médio Considerando o seguinte requisito: “A redação oficial deve caracterizar- se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, formalidade e uniformidade” (Manual de Redação da Presidência da República, 2002), o item a seguir apresenta um fragmento de texto que deve ser julgado certo se atender ao citado requisito, ou errado, em caso negativo. Vimos informar aos usuários do nosso sistema que, conforme a legislação em vigor sobre o tema, o plano de saúde XYZ sofrerá reajuste de 10% a partir do mês de dezembro de 2010. Comentário: Perceba que o texto não possui marcas de impressões pessoais, nem ambiguidade. Por isso utiliza linguagem adequada à correspondência oficial. Resposta: C Questão 14: TCE-AC / 2009 / Superior Respeita as normas gramaticais e o padrão estabelecido para documentos oficiais o seguinte parágrafo de um regimento: 1.º – Não serão admissíveis a reiteração de pedidos, salvo se fundados em novas provas. Comentário: O sujeito é a expressão “a reiteração de pedidos”, por isso o verbo deve ficar no singular (Não será admissível). Resposta: E Questão 15: MEC 2008 Superior (banca FGV) As questões a seguir referem-se ao Manual de Redação da Presidência da República. A respeito da redação oficial, analise as afirmativas a seguir: I. As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma: além das exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível; mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação. II. A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 11 acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos. III. Não há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma para comunicar. Assinale: (A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. (B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. (C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. (D) se nenhuma afirmativa estiver correta. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. Comentário: A frase I é uma cópia da introdução do Manual de Redação da Presidência da República. Perceba que as palavras mais importantes são: impessoalidade, formalidade, padrão culto. Veja isso no tópico 1.3 anteriormente referenciado. Na frase II, perceba uma afirmação realmente lógica. O termo técnico pode ser usado quando necessário. Porém, se o documento é enviado a quem possa não ter conhecimento, é natural que seja explicado no decorrer do texto. Isso está previsto no último parágrafo do tópico 1.2. O erro na frase III é o advérbio “Não”. Há, sim, um distanciamento entre língua falada e língua escrita, e todo o trecho acima confirmou isso. Veja no 3° parágrafo do tópico 1.2. Gabarito: A Questão 16: TJ - RR / 2006 / Superior Na época atual, embora a avareza ou o ócio devam continuar merecendo a nossa condenação, no seio dos detentores da riqueza (ou dos que se proponham a alcançá-la), há uma figura digna de ser exaltada: o empresário. Pela razão muito simples de que agora estamos diante de uma sociedade de abundância (ao contrário da sociedade primitiva, vitimada pela escassez) e a única maneira de a imensa maioria ter acesso à variada gama de bens e serviços disponíveis na sociedade é por intermédio do emprego. E ainda que a busca da riqueza pelo empresário não vise diretamente ao bem- estar geral, ao propiciar novos empregos, ele está desempenhando função primordial na economia. Antonio Paim. Op. cit., p.290 ( com adaptações). Oemprego de “nossa” (linha 2) e de “estamos” (linha 4) confere subjetividade ao texto, tornando a linguagem nele utilizada inadequada para documentos oficiais. PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 12 Comentário: O fato de se estar utilizando pronome e verbo em primeira pessoa do plural não quer dizer que haja subjetividade. Na realidade, o autor se insere no grupo. Portanto, é linguagem coerente com a correspondência oficial. Resposta: E ANNEL / 2010 / Médio Questão 17: Considerando a redação de correspondências oficiais, julgue os próximos itens. A impessoalidade que deve caracterizar a redação oficial é percebida, entre outros aspectos, no tratamento que é dado ao destinatário, o qual deve ser sempre concebido como homogêneo e impessoal, seja ele um cidadão ou um órgão público. Comentário: Veja que essa afirmação está implícita nas informações do parágrafo 1.1. Assim, entendemos que realmente a impessoalidade deve caracterizar a redação oficial, o tratamento dado ao destinatário não deve conter impressões individuais e deve ser sempre concebido como homogêneo e impessoal, seja ele um cidadão ou um servidor público, pois o destino das correspondências oficiais é o cidadão ou outro serviço público. Resposta: C Questão 18: Embora 227 milhões de pessoas tenham conseguido sair das favelas, desde 2000, elas abrigam ainda 827,6 milhões de habitantes em todo o mundo. No Brasil, o número de moradores de favelas diminuiu 16%, passando de 31,5% da população para 26,4%, enquanto a média, nos países latino-americanos, é de 19,5%. Comentário: O texto está corretamente construído em linguagem culta, não havendo ambiguidade ou imprecisão. Por isso, está correta a questão. Resposta: C 2. Pronomes de Tratamento Esses pronomes são empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou cerimoniosamente. Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”. Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa ... vosso...”). Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito”; se PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 13 for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”. Quando esses pronomes estão na função de objeto indireto ou complemento nominal, antecedidos da preposição “a”, não recebem crase, pois não admitem artigo. Refiro-me a Vossa Senhoria. Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. O senhor e a senhora são empregados num tratamento formal; você e vocês, no tratamento familiar e amigável. Dentre os pronomes de tratamento, somente senhora admite artigo “a”, por isso, se esse pronome for precedido de preposição “a”, haverá crase: Refiro-me à senhora Gioconda. Questão 19: PCES / 2010 / Médio Considerando o seguinte requisito: “A redação oficial deve caracterizar- se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, formalidade e uniformidade” (Manual de Redação da Presidência da República, 2002), o item a seguir apresenta um fragmento de texto que deve ser julgado certo se atender ao citado requisito, ou errado, em caso negativo. Venho comunicar à Vossa Senhoria que nossa empresa não necessita mais dos seus serviços profissionais, e que, consequentemente, vai desligar você dos seus quadros funcionais dentro de trinta dias úteis, a contar da data desta carta. Comentário: O pronome de tratamento não admite artigo; por isso, deve-se retirar a crase antes do pronome “Vossa Senhoria”. Além disso, o pronome “você” não é próprio da formalidade da correspondência oficial e o pronome “seus” transmite ambiguidade; pois não se sabe se há referência a “você” ou a “empresa”. Resposta: E Questão 20: PCES / 2010 / Superior A redação oficial deve caracterizar-se por impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição (...). Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. Manual de Redação da Presidência da República. 2.a ed. 2002, p. 4. Internet: <www.planalto.gov.br> (com adaptações). Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue o item seguinte, acerca das normas que regem a redação de correspondências oficiais. É fundamental observar o emprego correto dos pronomes de tratamento em um expediente oficial, o que, somado a outros cuidados, imprime formalidade no tratamento de assuntos públicos. Comentário: A formalidade expressa em um documento oficial é justamente o cuidado no uso da linguagem, formatação do texto, impessoalidade, PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 14 objetividade, clareza, concisão. Tudo isso é reforçado pelo correto emprego dos pronomes. Assim, a questão está correta. Resposta: C Questão 21: PCES / 2010 / Superior Os adjetivos referidos aos pronomes de tratamento concordam com o gênero do interlocutor. Comentário: Os adjetivos normalmente concordam com o núcleo do termo a que se refere. Assim, há construções como “Vossa Senhoria está cansada”; “Vossa Excelência está exausta”. Porém, quando o contexto nos informa se tratar de um gênero masculino, por motivo de clareza, deve o adjetivo concordar ideologicamente no masculino: “Senhor Delegado, Vossa Senhoria está cansado.”; “Vossa Excelência está exausto, Deputado”. Por isso, a afirmativa está correta. Resposta: C Questão 22: BB 2010 (banca FCC) A redação inteiramente apropriada e correta de um documento oficial é: (A) Estamos encaminhando à Vossa Senhoria algumas reivindicações, e esperamos poder estar sendo recebidos em vosso gabinete para discutir nossos problemas salariais. (B) O texto ora aprovado em sessão extraordinária prevê a redistribuição de pessoal especializado em serviços gerais para os departamentos que foram recentemente criados. (C) Estou encaminhando a presença de V. Sa. este jovem, muito inteligente e esperto, que lhe vai resolver os problemas do sistema de informatização de seu gabinete. (D) Quando se procurou resolver os problemas de pessoal aqui neste departamento, faltaram um número grande de servidores para os andamentos do serviço. (E) Do nosso ponto de vista pessoal, fica difícil vos informar de quais providências vão ser tomadas para resolver essa confusão que foi criado pelos manifestantes. Comentário: Sabendo-se que o documento oficial deve ser escrito de acordo com a norma culta e transmitir clareza, veja a reescrita já corrigida abaixo: Na (A), não há crase antes de pronome de tratamento. O gerundismo é vício de linguagem, por isso a expressão verbal foi reestruturada. Estamos encaminhandoa Vossa Senhoria algumas reivindicações, e esperamos ser recebidos em seu gabinete para discutirmos nossos problemas salariais. A alternativa (B) é a correta, porque o texto segue a norma culta, é claro, objetivo, impessoal e conciso. Na alternativa (C), foram inseridos vocábulos desnecessários (“presença”) e inadequados por transmitirem impressões pessoais: “este PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 15 jovem”, “muito inteligente e esperto”. Estou encaminhando a V. Sa. uma pessoa que lhe vai resolver os problemas do sistema de informatização de seu gabinete. Na alternativa (D), o verbo deve concordar com o núcleo do sujeito (faltou um número). Veja: Quando se procurou resolver os problemas de pessoal aqui neste departamento, faltou um número grande de servidores para os andamentos do serviço. Na alternativa (E), deve-se retirar o pleonasmo “nosso”/”pessoal”, além da necessidade de ajustar a regência e a concordância. Veja: Do nosso ponto de vista, fica difícil lhes informar quais providências vão ser tomadas para resolver essa confusão que foi criada pelos manifestantes. Gabarito: B Questão 23: TRF 1R 2001 Analista (banca FCC) A única frase corretamente construída é: (A) Espero que Vossa Excelência aprecieis o novo código. (B) Se o senhor preferir, aguardarei que termines a leitura integral do código. (C) Se passares os olhos pela nova redação, poderá ver que são pequenas as alterações. (D) Conserva contigo esse exemplar do novo código; não vá perdê-lo, por favor. (E) Se Vossa Senhoria não fizer objeção, levo-lhe ainda hoje a nova redação do código. Comentário: Pelo mesmo princípio apontado na questão anterior, veja que os verbos e pronomes que se referem aos pronomes de tratamento devem se flexionar em terceira pessoa. Assim: Na alternativa (A), o verbo deve ser trocado para aprecie. Na alternativa (B), o verbo deve ser trocado para termine. Na alternativa (C), o verbo “passares” deve ser flexionado na terceira pessoa do singular (passar), pois a locução verbal “poderá ver” está sendo empregada em terceira pessoa e os dois estão se referenciando ao mesmo termo. Na alternativa (D), o verbo “Conserva” está empregado na segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo, combinando com o pronome “contigo”. A locução verbal posterior está no imperativo negativo, mas na terceira pessoa do singular. Por isso, o correto é transpô-la para a segunda pessoa do singular do imperativo negativo: não vás perdê-lo. A alternativa (E) está correta, pois o verbo e o pronome estão corretamente empregados na terceira pessoa do singular. Gabarito: E 2.2. Emprego dos Pronomes de Tratamento Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular tradição. Assim, são de uso consagrado: PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 16 Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: a) do Poder Executivo; Presidente da República; Vice-Presidente da República; Ministros de Estado1; Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais. b) do Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. c) do Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; Auditores da Justiça Militar. O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Senador, Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador, 1 Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado, além dos titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Advogado-Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União. PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 17 Questão 24: TRF 4R 2001 Analista (banca FCC) Curitiba, 12 de novembro de 2000. Senhor Deputado: Vimos comunicar-lhe que é do inteiro interesse desta comunidade a aprovação do projeto que em tão boa hora V. Exa apresentaste à nossa Assembleia Legislativa. Seguem-se dez mil assinaturas em apoio ao referido projeto, com nossas esperanças de que ele obtenha imediata aprovação. Aceite os protestos de nossa elevada estima e consideração. Associações de Pais e Mestres de Curitiba É preciso corrigir a carta acima, substituindo-se (A) a forma de tratamento: V. Exa não se aplica a um deputado. (B) a forma verbal "apresentaste" por "apresentastes". (C) a forma verbal "vimos" por "viemos". (D) "protestos" por "votos", já que se trata de uma manifestação de apoio. (E) a forma verbal "apresentaste" por "apresentou". Comentário: A forma de tratamento “V. Exa” é aplicada a um deputado. A forma verbal "apresentaste" deve ser flexionada na terceira pessoa do singular: apresentou. A forma verbal "vimos" está corretamente empregada no presente do indicativo. Não há necessidade da substituição de "protestos" por "votos", há apenas possibilidade dessa troca, por serem sinônimos neste contexto. Gabarito: E Questão 25: SESA - ES / 2011 / Superior Excelentíssimo Senhor Ministro é o vocativo adequado a ser empregado em documento oficial dirigido a um ministro de Estado e Vossa Excelência, o pronome de tratamento apropriado, devendo a forma verbal que com ele concorda estar flexionada na segunda pessoa do plural, como sinal de respeito à autoridade — Vossa Excelência conheceis bem o assunto. Comentário: O erro foi informar que o verbo deveria ficar em segunda pessoa do plural. Na realidade, deve se flexionar em terceira pessoa do singular: Vossa Excelência conhece bem o assunto. Resposta: E Questão 26: PCES / 2010 / Superior Embaixadores, secretários de estado dos governos estaduais e auditores da justiça militar estão entre as autoridades que devem ser tratadas por Vossa Excelência. PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 18 Comentário: Releia a lista de autoridades. Todas elas estão previstas para cargos com tratamento de Vossa Excelência. Resposta: C Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação. Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado é: Senhor Fulano de Tal, (...) No envelope, deve constar do endereçamento: Ao Senhor Fulano de Tal Rua ABC, no 123 12345-000 – Curitiba. PR Fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoriae para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações. Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por força da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo: Magnífico Reitor, (...) Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, são: Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente é: Santíssimo Padre, (...) Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo: Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal, (...) PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 19 Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos. Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos. Questão 27: STM / 2011 / Superior No item a seguir, é apresentado um trecho de correspondência oficial. Julgue- o com relação à língua portuguesa padrão e à forma e ao estilo requeridos na redação oficial. Senhor Coronel José Silva, Vossa Senhoria está convidado a comparecer ao ato solene em 30 de janeiro de 2010. Comentário: O erro está na falta da formalidade. O vocativo, na correspondência oficial, deve ficar em linha superior ao texto e não na própria linha do texto. Perceba que não há erro na concordância em “está convidado”, mesmo com o pronome de tratamento no feminino. Essa concordância é possível, porque a locução se refere a alguém do sexo masculino. Resposta: E 2.2. Fechos para Comunicações O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria no 1 do Ministério da Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial: a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente, b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente, Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores. Questão 28: SEDAPB / 2009 / Superior (banca NCE) Pedro é fiscal agropecuário do estado da Paraíba e foi encarregado de redigir um ofício para o Secretário de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca do estado. Com base nessas informações e nas normas que regem as correspondências oficiais, assinale a opção que indica, respectivamente, o vocativo, a forma de tratamento e o fecho que Pedro, corretamente, deve utilizar na mencionada correspondência. (A) Excelentíssimo Senhor Secretário; Vossa Excelência; Atenciosamente (B) Senhor Secretário; Vossa Senhoria; Atenciosamente (C) Excelentíssimo Senhor Secretário; Vossa Excelência; Respeitosamente (D) Senhor Secretário; Vossa Excelência; Respeitosamente Comentário: Veja que o Secretário de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca do estado tem tratamento de Vossa Excelência, pois, anteriormente em PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 20 nossa teoria, percebemos o cargo “Secretários de Estado dos Governos Estaduais” como possuidor do referido nível de tratamento. Como é um cargo de nível superior ao de fiscal, o fecho deve ser Respeitosamente. Portanto, a alternativa (D) e a correta. Resposta: D Questão 29: ANTAQ / 2009 / Superior O fecho das comunicações é obrigatório em qualquer tipo de documento oficial e restringe-se a apenas dois: Respeitosamente e Atenciosamente, a depender da relação hierárquica existente entre o remetente e o destinatário. Comentário: O problema nesta questão é o uso da palavra categórica “qualquer”. Veremos adiante que alguns documentos não possuem fecho. Resposta: E Questão 30: PCES / 2010 / Superior O fecho “Atenciosamente” deve ser empregado para saudar autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. Comentário: Veja que a questão cobra literalmente o que está previsto na letra b do item 2.2 Fechos para as comunicações. Resposta: C Questão 31: Previc / 2010 / Médio O seguinte fecho seria adequado a ofício destinado a servidor que ocupasse cargo de grau hierárquico equivalente ao ocupado pelo autor do documento, mas em órgão diverso. Com cordiais saudações, Fulano de Tal Comentário: Primeiro, o fecho de um documento padrão-ofício é “Respeitosamente” ou “Atenciosamente”. Além disso, a expressão “Com cordiais saudações” marca aspectos pessoais, subjetivos. Por isso, a questão está errada. Resposta: E 2.3. Identificação do Signatário Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte: (espaço para assinatura) NOME Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República (espaço para assinatura) NOME Ministro de Estado da Justiça PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 21 Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho. 3. O Padrão Ofício Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de padrão ofício. As peculiaridades de cada um serão tratadas adiante; por ora busquemos as suas semelhanças. 3.1. Partes do documento no Padrão Ofício O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes: a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede: Exemplos: Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita: Exemplo: Brasília, 15 de março de 1991. c) assunto: resumo do teor do documento Exemplos: Assunto: Produtividade do órgão em 2002. Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores. d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No caso do ofício deve ser incluído também o endereço. e) texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura: – introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva a comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”, empregue a forma direta; – desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elasdevem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à exposição; – conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a posição recomendada sobre o assunto. Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos. Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos a estrutura é a seguinte: PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 22 – introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo da comunicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário, e assunto de que trata), e a razão pela qual está sendo encaminhado, segundo a seguinte fórmula: “Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 1991, encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 1990, do Departamento Geral de Administração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal.” ou “Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia do telegrama no 12, de 1o de fevereiro de 1991, do Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste.” – desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum comentário a respeito do documento que encaminha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento; em caso contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou ofício de mero encaminhamento. f) fecho; g) assinatura do autor da comunicação; e h) identificação do signatário. Questão 32: Previc / 2010 / Médio Dispensa-se a introdução, em um ofício, se o tema tratado já for de conhecimento do destinatário ou for de conhecimento do público em geral. Comentário: Veja na letra “e” (texto), do tópico 3.1 (Partes do documento no Padrão Ofício), que o expediente deve conter a introdução. Por isso não é dispensável. Perceba que, mesmo sendo ofício de mero encaminhamento, a introdução deve ser inserida neste tipo de documento. Resposta: E 3.2. Forma de diagramação Os documentos do Padrão Ofício2 devem obedecer à seguinte forma de apresentação: a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé; b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings; c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página; d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”); 2 O constante neste item aplica-se também à exposição de motivos e à mensagem (v. 4. Exposição de Motivos e 5. Mensagem). PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 23 e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda; f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura; g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm; h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em branco; i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância e a sobriedade do documento; j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações; l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm; m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text nos documentos de texto; n) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos; o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento + número do documento + palavras-chaves do conteúdo Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002” Questão 33: PCES / 2010 / Superior A redação oficial deve caracterizar-se por impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição (...). Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. Manual de Redação da Presidência da República. 2.a ed. 2002, p. 4. Internet: <www.planalto.gov.br> (com adaptações). Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue o item seguinte, acerca das normas que regem a redação de correspondências oficiais. O aviso, o ofício e o memorando apresentam a mesma função; o que os distingue é fundamentalmente a diagramação adotada em sua forma. Comentário: Veja o que é informado no item 3- O Padrão Ofício: “Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 24 padrão ofício.” Assim, podemos perceber que esses três documentos são diferenciados pela função (finalidade), mas possuem diagramação única. Portanto, a questão está errada. Resposta: E Questão 34: TRE - ES / 2010 / Superior O aviso, o memorando e o ofício são expedientes que podem apresentar uma diagramação comum, denominada padrão ofício. Comentário: Veja o que é informado no item 3- O Padrão Ofício: “Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de padrão ofício.” Portanto, a questão está correta. Resposta: C 3.3. Aviso e Ofício 3.3.1. Definição e Finalidade Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares. 3.3.2. Forma e Estrutura Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário, seguido de vírgula. Exemplos: Excelentíssimo Senhor Presidente da República Senhora Ministra Senhor Chefe de Gabinete Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente: – nome do órgão ou setor; – endereço postal; – telefone e endereço de correio eletrônico. Questão 35: IBRAM / 2009 / Superior O ofício e o aviso, tipos de correspondência oficial muito semelhantes, diferenciam-se quanto ao destinatário: o aviso é expedido exclusivamente por ministros de Estado para seus subordinados, e o ofício é expedido para autoridades de mesma posição hierárquicado remetente. Comentário: Veja que esta questão fez uma interpretação equivocada do parágrafo que inicia os modelos de Aviso e Ofício. A diferença é quem emite. Note que o aviso é emitido por Ministro de Estado para autoridades de mesma hierarquia (e não para seus subordinados). Já o ofício é emitido pelas demais autoridades e o destinatário pode ser o órgão público ou o cidadão. PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 25 Resposta: E Exemplo de Ofício (297 x 210mm) [Ministério] [Secretaria/Departamento/Setor/Entidade] 5 cm [Endereço para correspondência]. [Endereço - continuação] [Telefone e Endereço de Correio Eletrônico] Ofício no 524/1991/SG-PR Brasília, 27 de maio de 1991. A Sua Excelência o Senhor Deputado [Nome] Câmara dos Deputados 70.160-900 – Brasília – DF Assunto: Demarcação de terras indígenas Senhor Deputado, 2,5 cm 1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama no 154, de 24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas em sua carta no 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto no 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa). 2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que – na definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração as características sócio-econômicas regionais. 3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcação de terras indígenas deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto no art. 231, § 1o, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual competente. 4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão encaminhar as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da sociedade civil. 1, 5 cm 3 PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 26 Questão 36: TRE - ES / 2010 / Médio O trecho apresentado no item seguinte é parte de um texto adaptado do jornal Zero Hora (RS) de 28/11/2010. Julgue-o com referência à correção gramatical e à sua adequação à redação do tipo de correspondência oficial indicado entre parênteses. É necessário modernizar a estrutura do serviço público e recolocar na pauta das discussões a alternativa da avaliação de desempenho do servidor, como forma de estimular o comprometimento, a produtividade e a qualidade do trabalho. (ofício) Comentário: Sabendo-se que o ofício é um documento que informa, esclarece, solicita algo, é originado no serviço público e direcionado a outro órgão público ou ao cidadão; percebemos que o texto é adequado a este tipo de documento. Além disso, percebemos que não há desvio gramatical. Portanto, a questão está correta. Resposta: C Questão 37: BB 2010 (banca FCC) A respeito dos padrões de redação de um ofício, é INCORRETO afirmar que: (A) Deve conter o número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede. (B) Deve conter, no início, com alinhamento à direita, o local de onde é expedido e a data em que foi assinado. (C) Deverá constar, resumidamente, o teor do assunto do documento. (D) O texto deve ser redigido em linguagem clara e direta, respeitando-se a formalidade que deve haver nos expedientes oficiais. (E) O fecho deverá caracterizar-se pela polidez, como por exemplo: Agradeço a V. Sa. a atenção dispensada. Comentário: A expressão empregada na alternativa (E) é de cunho pessoal, deixando a linguagem subjetiva, o que não cabe a uma correspondência 3,5 cm 6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessária transparência e agilidade. Atenciosamente, [Nome] [cargo] PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 27 oficial. Veja o que diz o Manual de Redação da Presidência da República: “Desta forma, não há lugar na redação oficial para impressões pessoais, como as que, por exemplo, constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser isenta da interferência da individualidade de quem a elabora.” Assim, devemos empregar uma linguagem objetiva. As demais alternativas constam exatamente da estrutura do padrão- ofício, vista anteriormente. Gabarito: E Questão 38: DPE SP 2010 Superior (banca FCC) A afirmativa INCORRETA, considerando-se a redação de um ofício, é: (A) O local e a data devem aparecer por extenso, com alinhamento à direita da página. (B) Devem constar o tipo e o número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede. (C) Deve haver identificação do signatário, constando nome e cargo abaixo da assinatura, exceto se for o Presidente da República. (D) O fecho deve conter as expressões Respeitosamente ou Atenciosamente, de acordo com a autoridade a que se destina o documento. (E) É facultativa a indicação do teor do documento, ou seja, o assunto, pois ele vem expresso no corpo do ofício. Comentário: Veja que as alternativas (A), (B), (C) e (D) estão de acordo com o tópico 3.1 acima referenciado. A alternativa (E) está errada, pois não é facultativo o assunto do texto, conforme a letra “c” do tópico 3.1. Gabarito: E Questão 39: TCE-AC / 2009 / Superior Respeita a formalidade exigida em documentos do padrão ofício o seguinte início de documento: DJ/TCE-AC/2008/38 Rio Branco, 31 de março de 2009 Ilmo. Senhor Diretor Pedro José da Silva, Comentário: Perceba que a sequência correta de identificação do documento é: tipo (ofício), número do documento e sigla do órgão. Além disso, o local e data devem estar à direita e não se usa o tratamento “ilustríssimo” a autoridades que não possuam o tratamento de “Vossa Excelência”. Portanto, o ideal seria: Ofício n° 38/2008/DJ-TCE-AC Rio Branco, 31 de março de 2009 Senhor Diretor Pedro José da Silva, Resposta: E PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 28 Exemplo de Aviso 5 cm Aviso no 45/SCT-PR Brasília, 27 de fevereiro de 1991. A Sua Excelência o Senhor [Nome e cargo] Assunto: Seminário sobre uso de energia no setor público. Senhor Ministro, 2,5 cm Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do Primeiro Seminário Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Público, a ser realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no auditório da Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de Áreas Isoladas Sul, nesta capital. O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do Programa Nacional das Comissões Internas de Conservação de Energia em Órgão Públicos, instituído pelo Decreto no 99.656, de 26 de outubro de 1990. Atenciosamente, [nome do signatário] [cargo do signatário] 3,0 cm 1, 5 cm PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 293.4. Memorando 3.4.1. Definição e Finalidade O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna. Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do serviço público. Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões, e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada no memorando. 3.4.2. Forma e Estrutura Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplos: Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos Questão 40: Previc / 2010 / Médio O memorando, destinado a veicular notas e informações de pequena importância relativas ao andamento do trabalho de uma repartição ou departamento, é utilizado no lugar dos denominados avisos, os quais estão reservados ao registro de assuntos internos mais sérios da repartição. Comentário: É explícita a informação errada sobre a finalidade do aviso. Além disso, o memorando tem a finalidade de agilizar a correspondência, pois veicula informações internas. Isso não implica menor grau de importância do documento. Resposta: E PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 30 Exemplo de Memorando (297 x 210mm) 5 cm Mem. 118/DJ Em 12 de abril de 1991 Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Assunto: Administração. Instalação de microcomputadores 1. Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores neste Departamento. 2 Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA. Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos, e outro gerenciador de banco de dados. 3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito. 4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste Departamento ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados. Atenciosamente, [nome do signatário] [cargo do signatário] 3 cm 1, 5 cm PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 31 Questão 41: STM / 2011 / Superior Brasília, 28 de janeiro de 2011. Ao Sr. Chefe de Recursos Logísticos Assunto: Serviço completo de copa 1 Solicito a Vossa Senhoria providenciar serviço completo de copa para servir doze pessoas em uma reunião de coordenação deste Departamento, a ser realizada no dia 2/2, terça-feira, das 16 h às 18 h 30 min, no Supremo Tribunal Militar, 7.º andar, sala 54. 2 Para obter informações adicionais, por favor, entrar em contato com Fernanda, no ramal 8662. Atenciosamente, [assinatura] Renato Peixoto Magalhães Chefe do Departamento de Psicologia Considerando o documento hipotético acima e o estabelecido no Manual de Redação da Presidência da República acerca das comunicações oficiais, julgue o item seguinte. O conteúdo tratado no documento acima é adequado a um memorando, uma vez que veicula informações de caráter meramente administrativo e interno ao departamento. Comentário: Primeiro, devemos ler e observar que o documento acima referenciado realmente veicula informação de assunto interno. Além disso, devemos perceber que a afirmativa da questão é um resumo dos dois primeiros parágrafos do tópico 3.4.1 (Definição e Finalidade do Memorando). Veja: “Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna. Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do serviço público.” Portanto, a questão está correta. Resposta: C DETRAN ES / 2010 / Médio Vitória, 10 de Fevereiro de 2010 MEMO 564312/DFREx Ao senhor chefe do Departamento de Administração do Patrimônio, Assunto: troca de mesas para computadores 1. Consulto vossa senhoria sobre a possibilidade de serem instaladas três novas mesas para computadores neste departamento, nos termos do art. 32 do Plano Geral desta casa. PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 32 2. A solicitação deve-se ao fato que, as mesas ora em uso, adaptadas desde a instalação dos computadores, apresentam maiores dimensões do que o necessário, o que estão impossibilitando a livre movimentação dos funcionários do setor. 3. Calcula-se que, com a troca de mesas, o serviço ganhará em agilidade no atendimento e conforto para os funcionários. Atenciosamente, Fulano deTal Fulano de Tal Chefe do DFREx Questão 42: Considerando o exemplo de memorando hipotético acima apresentado, julgue os itens que se seguem, relativos à elaboração de documentos oficiais. O segundo parágrafo do texto do documento respeita os requisitos de clareza e uso do padrão culto da língua portuguesa, exigidos na redação de documentos oficiais. Comentário: O problema no segundo parágrafo é a transgressão à norma culta. Veja que o substantivo “fato” exige a preposição “de”, fazendo iniciar uma oração subordinada substantiva completiva nominal “de que (...)apresentam maiores dimensões...”. Além disso, na expressão “o que”, o pronome relativo “que” está na função de sujeito e retoma o pronome demonstrativo “o”, fazendo com que o verbo “estão” se flexione no singular (está). A expressão “o necessário” se refere de forma generalizante a “dimensões”. Pode-se concordar, portanto, no feminino e singular, subentendendo esse vocábulo no singular: a (dimensão) necessária. Mas perceba que isso não é obrigatório. Assim: A solicitação deve-se ao fato de que, as mesas ora em uso, adaptadas desde a instalação dos computadores, apresentam maiores dimensões do que o necessário, o que está impossibilitando a livre movimentação dos funcionários do setor. Resposta: E Questão 43: A fim de atender às normas de elaboração de memorandos, referentes à disposição de tipo e número do expediente, bem como de sigla de órgão expedidor, deve-se deslocar esses dados para o início do documento, apresentando-os antes de qualquer outra informação. Comentário: Confronte com o modelo de memorando visto anteriormente. Perceba que o tipo, o número e a sigla, referentes ao documento, devem se posicionar antes da identificação da data. Resposta: C PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 33 Questão 44: TCU / 2010 / Superior Um documento como ofício ou memorando, enviado de um auditor para seu chefe, deve receber o fecho a seguir. Comentário:
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