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PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá! Seja bem-vindo à aula 1. 
Aqui, resolveremos exercícios sobre o emprego de classes 
gramaticais (ou classes morfológicas). O Cespe não se detém, 
geralmente, nos questionamentos sobre a definição dessas classes. Antes, 
privilegia o emprego delas no contexto em que estão inseridas e, 
consequentemente, o nexo semântico que estabelecem com o restante do 
período. 
A tabela abaixo traz conceitos sobre as classes gramaticais. 
Classe Gramatical Definição 
Substantivo 
É a palavra que nomeia os seres (pessoas, lugares,
instituições, animais, entes de natureza espiritual
ou mitológica, etc.) 
Substantivo comum de
dois números 
Tem a mesma forma para o singular e o plural:
lápis, vírus, ônibus, mil-folhas. A diferença será
estabelecida por meio de outro elemento
linguístico: o lápis, os lápis, o vírus, os vírus
etc. 
Substantivo comum de
dois gêneros 
Apresenta uma só forma para ambos os gêneros.
Efetua-se a distinção por meio do artigo ou de
qualquer outro determinante. Exemplos: o/a
colega, o/a agente, o/a lojista. 
Substantivo 
sobrecomum 
Possui uma só forma e um só gênero a fim de
designar pessoas de ambos os sexos. Exemplos: a
pessoa, a vítima, a criança, o cônjuge, o
monstro. 
Substantivo epiceno 
Apresenta uma só forma e um só gênero a fim de
designar animais de ambos os sexos. Usam-se as
expressões “macho” e “fêmea” para fazer-se a
distinção. Exemplos: a águia macho ou fêmea, a
cobra macho ou fêmea, o crocodilo macho ou
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fêmea, o jacaré macho ou fêmea, etc. 
Artigo 
(definidos: o, a, os, 
as; indefinidos: um, 
uma, uns, umas) 
É a palavra que se antepõe ao substantivo,
servindo basicamente para generalizar ou
particularizar o sentido desse substantivo. Em
alguns casos, o artigo é essencial na identificação
do gênero e do número do substantivo. Exemplos:
Um aluno faltou à aula. / O aluno faltou à
aula. – O gerente foi demitido. / A gerente foi
demitida. – O pires quebrou. / Os pires
quebraram. 
Adjetivo 
Palavra que se relaciona com o substantivo para lhe
atribuir uma característica. Com ele concorda em
número e gênero. Exemplos: mulher alta, livros
bons, árvore alta, tapete novo etc. 
Adjetivo uniforme 
Mantém a mesma forma tanto quando se refere a
substantivos masculinos quanto a femininos.
Exemplos: Decisão favorável, parecer favorável,
obra incrível, livro incrível, rapaz adorável, moça
adorável. 
Numeral 
É a palavra que indica a quantidade ou a posição
dos seres. Exemplos: dois, quinze, cem
(cardinais); segundo, décimo quinto, centésimo
(ordinais); meio, um terço, um inteiro e treze
avos (fracionários); dobro, triplo, quádruplo
(multiplicativos). 
Advérbio 
É a palavra invariável que se refere a um verbo, um
advérbio ou a um adjetivo, indicando uma
circunstância (causa, tempo, modo etc.). Exemplos:
Ele chegou cedo. (refere-se à forma verbal
“chegou”, modificando-lhe o sentido). Você agiu
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bastante mal. (refere-se ao advérbio “mal”,
intensificando-lhe o sentido). Essa é a atitude
menos correta. (refere-se ao adjetivo “correta”,
intensificando-lhe o sentido). 
Interjeição 
É a palavra invariável que exprime emoções ou que
procura agir sobre o interlocutor, levando-o a
adotar certo comportamento sem que se faça uso
de estruturas linguísticas mais elaboradas.
Exemplos: Ah! – Psiu! – Opa! – Eia! 
Preposição 
É a palavra invariável que conecta (liga) palavras
ou orações. Exemplos: flor da boca da pele do
céu. – Vou à Roma de César. – O aluno pediu
para sair mais cedo. 
Conjunção 
É a palavra invariável que une orações ou termos
de uma oração. No desempenho desse papel, a
conjunção pode relacionar termos e orações
sintaticamente equivalentes (as chamadas orações
coordenadas) ou relacionar uma oração principal a
uma oração que lhe é subordinada. Exemplos:
Pedro e Paulo saíram. Pedro foi ao cinema, e
Paulo foi ao teatro. É preciso que estudemos. 
Verbo 
É a palavra que designa um processo (ação, desejo,
estado, mudança de estado, fenômeno). É a classe
gramatical mais rica em variação de formas. Pode
mudar para exprimir modo, tempo, pessoa, número
e voz. No dicionário, são encontrados no modo
infinitivo (entrar, comer, chover, comprar, ser,
amanhecer), que é, por assim dizer, o nome do
verbo. Exemplos: Ele estuda. (ação) /
Desejamos a classificação. (desejo) / Ele está
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doente. (estado) / A lagarta virou borboleta.
(mudança de estado) / Choveu forte.
(fenômeno) 
Pronome 
Palavra que substitui o nome (pronome
substantivo) ou que o acompanha (pronome
adjetivo) para tornar claro o seu significado.
Existem seis classes de pronomes: 
Pessoal 
Indica diretamente as pessoas do discurso (no
singular ou no plural): 1ª pessoa: quem fala; 2ª
pessoa: com quem se fala; 3ª pessoa: de quem se
fala. Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Me, te,
se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes, os, as. Mim,
comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco,
convosco. Também são pessoais os pronomes de
tratamento: você, o senhor, a senhora, vossa
senhoria, vossa excelência, etc. 
possessivo 
Refere-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a
posse de algo.: Meu, minha, meus, minhas,
nosso, nossa, nossos, nossas, teu, tua, teus,
tuas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua,
seus, suas. 
demonstrativo 
Indica a posição dos seres em relação às pessoas
do discurso, situando-os no tempo e no espaço.
1ª. Pessoa: Este, esta, estes, estas, isto.
2ª. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso.
3ª. Pessoa: Aquele, aquela, aqueles, aquelas,
aquilo. 
relativo 
É aquele que, em uma oração, se refere a um
termo constante em oração anterior, chamado
antecedente. Exemplo: O avião que chegou estava
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danificado. São pronomes relativos: que, quem,
quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual,
a qual, os quais, as quais. 
indefinido 
Refere-se à terceira pessoa do discurso num
sentido vago ou exprimido quantidade
indeterminada. Exemplos: Quem espera sempre
alcança. Alguns podem flexionar-se em gênero e
número. São pronomes indefinidos: algum,
alguns, nenhum, nenhuns, qualquer,
quaisquer, ninguém, tudo, nada, algo etc. 
interrogativo 
É aquele usado para formular uma pergunta direta
ou indireta: que, quem, qual, quanto. 
Vamos conferir como tudo isso é cobrado pela banca. 
[...] 
[...] 
1. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2011) A inserção 
do artigo definido plural os imediatamente antes da palavra “policiais” 
(L.6) não alteraria o sentido original do período. 
Comentário – Sem o artigo, o substantivo é entendido em sentido genérico, 
não especificado. Quais ou quantos “policiais”: todos, alguns, dois, três? Com o 
artigo definido os, o substantivo “policiais” tem seu alcance semântico 
delimitado. A referência agora é a todos os policiais da delegacia. 
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Resposta – Item errado. 
[...] 
[...] 
2. (Cespe/STM/Técnico Judiciário/ÁreaAdministrativa/2011) O elemento que
possui, em todas as suas ocorrências (L.7, 8, 13 e 14), a propriedade de 
retomar palavras ou expressões que o antecedem no texto. 
Comentário – Preste muita atenção no enunciado. O que o examinador 
procura, na verdade, é um pronome relativo, pois é ele que retoma palavras 
ou expressões antecedentes. Assim sendo, o item está errado. Vejamos: 
– “mostra que há setores” (l. 7) => conjunção integrante, 
pois introduz oração (substantiva) que funciona como objeto direto do verbo 
mostrar. 
– “como a construção civil, que tem uma” (l. 8) => 
pronome relativo, pois substitui a expressão “construção civil” na oração em 
que aparece. Repare: a construção civil tem uma. Observação: a oração 
introduzida por pronome relativo é chamada subordinada adjetiva. 
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– “que é um equívoco” (l 13) => outra conjunção 
integrante, pois introduz oração (substantiva) que funciona como objeto 
direto do verbo mostrar (l. 12). 
– “mostram que o mercado de trabalho já é bem” (l. 14) => 
outra vez temos uma conjunção integrante, que introduz oração 
substantiva. O “que” introduz o objeto direto do verbo mostrar. Repare o 
artifício: Os números mostram ISSO. O vocábulo ISSO equivale-se à oração 
(substantiva) “que o mercado de trabalho já é...” 
Resposta – Item errado. 
[...] 
[...] 
3. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) A supressão da preposição em “em 
que” desrespeitaria as regras gramaticais, pois, por meio dela, se 
indica que o pronome “que” retoma “subjetividade” . 
Comentário – Não é verdade que o pronome relativo “que” retoma 
“subjetividade”. Ele retoma o antecedente “êthos”. A oração adjetiva pode ser 
reescrita assim: A sociabilidade assume um tom caracteristicamente 
marcante na êthos. 
Resposta – Item errado. 
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4. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A ideia de continuidade no 
uso do transporte hidroviário é marcada, no texto, tanto pelo emprego da 
preposição "desde" (L.1) quanto pelo emprego da expressão verbal "tem 
sido usado" (L.1). 
Comentário – Celso Cunha e Lindley Cintra nos ensinam que a preposição 
desde serve para indicar afastamento de um limite (quer em relação ao 
espaço, quer em relação ao tempo) em direção a outro, com insistência 
naquele. No texto, o limite inicial ou de origem é indicado pelo vocábulo 
“antiguidade”. A expressão “tem sido usado” exprime a voz passiva analítica 
do verbo usar, que, no pretérito perfeito composto, indica ação durativa, não 
limitada no tempo. 
Resposta – Item certo. 
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5. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento do texto, a conquista dos 
"direitos invioláveis" (L.17) está associada a um processo gradativo e 
contínuo, como evidencia o emprego das preposições "desde" (L.17) e 
"até" (L.19). 
Comentário – Perceba como, no mesmo ano, o Cespe “brincou” com os 
valores semânticos da preposição essencial desde. As duas preposições 
mencionadas exprimem movimento em relação a dois limites. Enquanto a 
preposição desde enfatiza o afastamento (limite inicial, de origem), a 
preposição até sublinha a aproximação (limite final, de chegada). 
Importa perceber a diferença existente entre a preposição até, 
que indica movimento, da palavra de forma idêntica, denotadora de inclusão: 
Tudo na vida engana, até a glória. 
Frise-se ainda que, com a preposição até, usam-se as formas 
oblíquas mim, ti etc.: Um grito chegou até mim. Se, porém, até denota 
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inclusão – e equivale a mesmo, também, inclusive – constrói-se com a forma 
reta do pronome: ...E até eu já tive quem me oferecesse champanhe. 
Resposta – Item certo. 
6. (Cespe/TCU/AFCE/2009) A preposição "mediante" (L.1) estabelece relação 
de movimento entre "exercício do poder" (L.1) e "múltiplas dinâmicas" 
(L.1-2). 
Comentário – O vocábulo “mediante” é uma preposição acidental. Esclareça-
se ainda que a relação que se estabelece entre palavras por intermédio de 
preposição pode implicar movimento ou não movimento, melhor dizendo, pode 
exprimir um movimento ou uma situação daí resultante. No texto, essa 
preposição (que significa “por meio de”) afasta totalmente a noção de 
“movimento” e traduz a troco de que o “exercício do poder ocorre”. 
Resposta – Item errado. 
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7. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2008) O emprego das preposições em 
"da responsabilidade" (L.9) e "para a comunidade" (L.10) é exigido, 
respectivamente, por "preço" (L.8) e "dirigir" (L.9). 
Comentário – Uma questão semelhante caiu na prova da Antaq, em 2009, e 
foi resolvida anteriormente, lembra? Aqui, o termo “da responsabilidade” 
completa o sentido do nome “preço”, e o termo “para a comunidade” vincula-
se ao verbo “dirigir”. Ambas as relações são articuladas por meio das 
preposições “da” e “para”, respectivamente. 
Resposta – Item certo. 
1 A tecnologia passou a dominar não apenas o 
comércio, as cidades, a vida cotidiana e a intimidade do 
homem, mas foi além: transformou-se na linguagem do mundo 
4 contemporâneo, nossa mediação universal. Como sistema 
universal, a História — da mesma maneira que as ciências, as 
artes e a política — é vista da mesma perspectiva, isto é, por 
7 meio de um conjunto de regras de conhecimentos, geralmente 
quantificados, que valem de forma diferenciada para todas as 
dimensões do real. 
10 É impossível despojar o mundo das suas 
ambiguidades, paradoxos e enigmas, e dominá-lo plenamente 
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por meio da racionalidade técnica e de forma sistemática. Em 
13 vez de habitar o mundo, acolhê-lo, viver no meio dos 
acontecimentos, o homem moderno tem a pretensão de 
dominá-lo pela técnica. Mas ele não se dá conta de que essa 
16 pretensão é o que o transforma no escravo moderno: dominado 
por causas exteriores, o homem perde a prudência e age como 
qualquer ser passional, isto é, tudo o que ele faz só faz porque 
19 é levado pelos acontecimentos. 
Russell A. Mittermeyer. Um planeta febril. In: Istoé, 23/12/2009, p. 117 (com adaptações). 
8. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) Considerando o uso das estruturas 
linguísticas no texto, assinale a opção correta. 
(A) A expressão “da mesma maneira” (l.5) estabelece uma comparação entre 
o “sistema universal” (l.4-5) e o “conjunto de regras de conhecimentos” 
(l.7). 
(B) A expressão “por meio de” (l.6-7) e o vocábulo “pela” (l.15) atribuem a 
ideia de instrumento, respectivamente, a “um conjunto de regras” (l.7) e 
a “técnica” (l.15). 
(C) Os pronomes em “dominá-lo” (l.11) e em “o transforma” (l.16) referem-se 
a “mundo”, respectivamente, nas linhas 10 e 13. 
(D) Na linha 12, a repetição da preposição de, que precede “racionalidade 
técnica” e “forma sistemática”, indica que se trata de dois complementos 
para a expressão “por meio”. 
(E) A preposição de, em “dos acontecimentos” (l.13-14), corresponde à 
preposição a e por ela pode ser substituída, sem prejudicar a correção e a 
coerência do texto. 
Comentários – Alternativa A: Muito cuidado, pois apenas uma parte do que 
foi dito está correta.Embora a locução conjuntiva “da mesma maneira que” 
estabeleça uma comparação, esta ocorre entre “a História” e “as ciências, as 
artes e a política”. 
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Alternativa B: aqui não há problemas. A locução prepositiva 
“por meio de” confere ao termo “um conjunto de regras” circunstância de 
instrumento, o qual é utilizado para que “a História” seja vista “da mesma 
maneira que as ciências, as artes e a política”. Semelhantemente, a contração 
da preposição per com o artigo a (= “pela”) provoca o mesmo efeito no termo 
“técnica” – é por meio dela que o “homem moderno tem a pretensão de” 
dominar o mundo. 
Alternativa C: este item trata da função referencial dos 
pronomes, aspecto que as bancas gostam de explorar. O exercício não é difícil, 
mas requer atenção do candidato quanto à leitura do texto. Em “dominá-lo”, o 
pronome realmente se refere ao termo “mundo”. O problema surge agora: em 
“o transforma”, o pronome oblíquo se refere a “homem moderno” (l. 14). 
Alternativa D: em “da racionalidade técnica”, a preposição 
(que se contraiu com o artigo “a”) indica exatamente o que o examinador 
afirmou. Já em “de forma sistemática”, a preposição integra locução adverbial 
com valor semântico de modo/maneira (de dominar o mundo plenamente). 
Portanto a relação é estabelecida com o verbo dominar. 
Alternativa E: eu sugiro a reescritura da passagem como 
propões a banca, pois facilita a análise. 
“Em vez de habitar o mundo, acolhê-lo, viver no meio aos
acontecimentos...” 
É notória a falta de coesão entre os elementos textuais, a qual 
consequentemente prejudica a coerência argumentativa. Experimente manter 
a presente alteração e trocar o conectivo “no” por em: 
“Em vez de habitar o mundo, acolhê-lo, viver em meio aos
acontecimentos...” 
Ficou melhor assim? Como isso não foi proposto, o item 
também está errado. 
Resposta – B 
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1 Afirma-se que a inovação e, particularmente, seus 
 produtos tecnológicos estimulam a competitividade e, dessa 
forma, contribuem para o crescimento econômico do país. 
4 Consequentemente, a competitividade é erigida em valor 
supremo da vida social, como se fosse uma lei da natureza 
imanente à espécie humana. Omite-se, propositadamente, 
7 que o mais longo período da história da vida humana foi 
orientado pela cooperação e solidariedade, valores 
fundamentais para a sobrevivência da espécie. A ideologia 
10 da competição e produtividade faz parte de uma visão de 
mundo dominada pela corrida atrás da acumulação de 
capitais e do enriquecimento ilimitado, nem sempre por 
13 meios civilizados e legítimos. Para a sociedade, 
coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior 
produtividade quando seus resultados forem distribuídos 
16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. Isso pode ser 
atingido mediante a elevação proporcional dos salários, a 
redução dos preços de bens e serviços ou o aumento de 
19 investimentos dos lucros gerados, na expansão do sistema 
produtivo. Deixemos bem claro: não se discute aqui a 
necessidade de tecnologia nas sociedades contemporâneas, 
22 mas a condição de que esta seja ambientalmente segura, 
socialmente benéfica (para todos) e eticamente aceitável. 
Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: 
<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações) 
9. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010 – adaptada) A coerência e a correção 
gramatical do texto seriam mantidas ao se substituir 
(A) “erigida em valor supremo” (l.4-5) por erigida valor supremo. 
(B) “fundamentais para a sobrevivência” (l.9) por fundamentais a 
sobrevivência. 
(C) “atingido mediante a elevação” (l.17) por atingido pela elevação. 
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(D) “condição de que esta seja” (l.22) por condição que esta seja. 
Comentário – Alternativa A: a ausência da preposição constitui erro 
gramatical e prejudica a coerência do texto. A locução verbal “é erigida” (= é 
erguida, é construída) tem seu sentido modificado pela circunstância expressa 
pela locução adverbial “em valor supremo”. Uma locução adverbial é composta 
por preposição + substantivo (Eu caminho à noite.), adjetivo (Fiz o trabalho de 
novo.) ou advérbio (Eu vim de lá.). A preposição serve para conectar o termo 
anterior e o posterior; sem ela, a locução perde sua característica. 
Alternativa B: a coerência estaria preservada, mas a correção 
gramatical não. A troca da preposição “para” por a faz surgir a crase (fusão da 
preposição com o artigo “a”), que deve ser indicada por meio do acento grave: 
à. 
Alternativa C: são equivalentes a locução prepositiva por 
meio de, a preposição acidental “mediante” e o vocábulo pela (contração da 
preposição per com o artigo a), todos denotam circunstância de instrumento. 
A preposição mediante não se aglutina com artigo, 
diferentemente da preposição per. Por isso a forma é "mediante a elevação..., 
[mediante] a redução... [mediante] o aumento de investimentos...". Não há 
necessidade de repetir a preposição. 
Vamos trocar "mediante" por per, que se aglutina com 
artigo: "pela elevação..., a redução... o aumento de investimentos...". Assim 
como não houve necessidade de repetir a preposição "mediante", não há a 
obrigatoriedade de repetir o vocábulo per. 
Alternativa D: o caso aqui é semelhante ao da alternativa A. 
a preposição “de” conecta o substantivo “condição” ao seu complemento: “de 
que esta seja”. A ausência dela prejudica a correção gramatical e afeta o 
sentido original do texto. Note ainda que o vocábulo “que” é, primeiramente, 
conjunção integrante; depois, passa a ser pronome relativo. 
Resposta – C 
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 [...] O fato é que essa ininterrupta e 
incansável luta pelo saber tem sido uma das mais importantes 
10 atividades do homem. Ocorre que, ao dar vazão ao seu 
insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar 
em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem 
13 depara-se com seus limites. [...] 
Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.). 
Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações). 
10. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A repetição da preposição a 
em “ao tentar” (l.11) é fundamental para mostrar que a oração aí iniciada 
está em paralelo com a oração iniciada por “ao dar vazão” (l.10); e que 
não se trata de mais um termo da enumeração de verbos que 
complementam “afã de” (l.11). 
Comentário – Antes da oração reduzida “ao tentar realizar” há uma 
enumeração de orações (“de descobrir, criar, conquistar”) coordenadas entre si 
e ligadas ao substantivo “afã” por meio da preposição “de”. A preposição “a” 
introduz oração que indica quando o homem se depara com seus limites. 
Resposta – Item certo. 
1 A realidade atual vem exigindo dos pesquisadores 
envolvidos com a temática da saúde maiores esforços para 
compreender as mudanças recentes, pois o modo de as pessoas 
4 fazerem uso de suas capacidades físicas, cognitivas e afetivas 
para produzir foi transformado. [...] 
Ada Ávila Assunção. Uma contribuição ao debate sobre as relações saúde e trabalho. 
In: Ciênc. Saúde Coletiva, v. 8, n.º 4, p. 1.005-18, 2003 (com adaptações). 
11. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A organização dasideias no 
texto mostra que “realidade atual” (l.1) constitui a circunstância de tempo 
em que a “temática da saúde” (l.2) está sendo considerada; por isso, 
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mantêm-se as relações entre os argumentos e a correção gramatical ao se 
iniciar o texto com Na realidade atual. 
Comentário – Cuidado! “A realidade atual” (termo personificado, usado em 
sentido figurado), é o agente do processo verbal; sintaticamente, é o sujeito 
dele – por isso não deve ser aglutinado à preposição em como se fosse um 
adjunto adverbial. 
Resposta – Item errado. 
12. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Na linha 2, em razão da 
acepção de “envolvidos” usada no texto, é possível substituir “com a” por 
na, sem prejudicar sua correção gramatical, nem tornar incoerente a 
relação entre as ideias apresentadas. 
Comentário – o significado do vocábulo é o seguinte: que se envolveram ou 
deixaram envolver; implicados; comprometidos: Envolvidos em uma 
conspiração, os acusados precisam de um bom álibi para escapar da prisão.
Resposta – Item certo. 
13. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A preposição em “para 
compreender” (l.2-3) e “para produzir” (l.5) expressa o sentido de 
finalidade: a finalidade dos “esforços” (l.2) e das “capacidades” (l.4), 
respectivamente. 
Comentário – No texto, a preposição “para” também exprime finalidade. 
Resposta – Item certo. 
14. (Cespe/PC-ES/Cargos de Nível Superior/2011) No trecho "estão 
convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou 
históricas" (L.8-10), a omissão da preposição "de" prejudicaria a correção 
gramatical do período. 
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Comentário – Sim, pois ela promove o vínculo entre o adjetivo “convencidos” 
e a oração completiva nominal subsequente. A retirada dela afetaria a coesão 
do período e as regras de regência nominal. 
Resposta – Item certo. 
[...] 
[...] 
15. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) A substituição da 
locução “a fim de” (L.16) por para manteria a correção gramatical e o 
sentido original do texto. 
Comentário – Sim, são equivalentes quanto ao sentido a locução prepositiva 
“a fim de” e a preposição para, ambas exprimem circunstância de finalidade. 
Também não se verifica incorreção gramatical na substituição: ...ir agachar-se 
sob o túmulo para escapar dos golpes do destino... 
Resposta – Item certo. 
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16. (Cespe/Correios/Agente de Correios/Atendente Comercial/2011 – 
adaptada) A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue os itens 
abaixo. 
I. No pedido de desculpa pelos erros (v.3), o autor da carta comete o 
seguinte erro: emprego da forma verbal “desculpes”, em vez de desculpe. 
II. Os termos “Porque” (v.2) e “Porém” (v.7) estabelecem, nos respectivos 
trechos, semelhantes relações de sentido. 
III. No verso 5, os vocábulos “Talvez” e “até” expressam circunstâncias de 
tempo. 
Comentário – Item I: errado. O verbo desculpar corretamente flexionado na 
segunda pessoa do singular do presente do subjuntivo. Quanto ao número e à 
pessoa, a referência é o pronome TU, representante da pessoa com quem o 
enunciador fala. Quanto ao tempo e modo verbal, o subjuntivo traduz a ideia 
de possibilidade presente nas palavras do poema. 
Item II: errado. A conjunção “Porque” apresenta o motivo pelo 
qual o autor escreve a carta; a conjunção “Porém”, como conjunção 
adversativa que é, introduz ideia de ressalva, contraste. 
Item III: errado. “Talvez” exprime circunstância de dúvida; 
“até” denota ideia de inclusão. 
Resposta – Itens errados. 
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17. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A conjunção "e" (L.4) liga 
dois complementos para a expressão "É obvio" (L.3). 
Comentário – A conjunção “e” é aditiva e serve para ligar dois termos ou 
duas orações de idêntica função: Leonor e ele voltaram-se e desfaleceram. No 
texto, a conjunção em destaque conecta os verbos “otimizar e modernizar”, 
ambos complementos do substantivo transitivo “necessário”. 
Resposta – Item errado. 
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18. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O desenvolvimento da argumentação permite 
que se insira o conectivo Logo, seguido de vírgula, imediatamente antes 
de "A política" (L.9), escrevendo-se o artigo com letra minúscula, sem 
prejuízo para a coerência e a correção gramatical do texto. 
Comentário – A conjunção logo é conclusiva, como também o são pois, 
portanto, por conseguinte, por isso, assim. Ela serve para introduzir segmento 
de valor semântico conclusivo, consecutivo. Se foi dito anteriormente que “o 
exercício da política é coletivo”, é natural concluir-se que “A política é exercida 
sempre que as pessoas agem em conjunto”. 
É importante dizer que a inserção sugerida pelo Cespe 
realmente exige mudança na grafia inicial do artigo. Sempre que a banca 
propuser a você mudanças na estrutura de uma frase, observe se todas as 
adaptações estão sendo sugeridas. Caso contrário, o item estará errado. 
Resposta – Item certo. 
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19. (Cespe/STJ/Técnico Judiciário/2008) A organização das idéias do texto 
permite subentender um conectivo como No entanto ligando o período 
iniciado por "Os prazeres" (L.12) ao seu anterior. 
Comentário – Esse conectivo integra o rol das conjunções adversativas, 
aquelas que principiam segmento de valor semântico adversativo, de 
contraste, de oposição. Repare que, no segundo parágrafo, o autor associa 
temor, preocupação e ansiedade das pessoas. A intenção dele é nos informar 
que, depois da crise do início da década de 30, elas passaram a se preocupar 
com a estabilidade dos mercados financeiros e da economia globalizada. Mas 
qual a razão para isso? O que poderia justificar esse sentimento de receio, de 
agonia, de inquietação mesmo em um período de estabilidade? A explicação 
encontra-se no quarto período do segundo parágrafo: “Os prazeres da 
prosperidade geram complacência e inspiram equívocos...”. Portanto uma 
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conjunção adversativa não é adequada para unir o quarto período ao terceiro. 
Melhor seria uma conjunção explicativa: “Essas ansiedades são legítimas, pois 
os prazeres da prosperidade geram complacência e inspiram equívocos...”. 
Resposta – Item errado. 
20. (Cespe/Prefeitura de Ipojuca – PE/2009) A partir da conjunção "mas" 
(l.11), subentende-se da organização das ideias no texto que um 
"processo de longo prazo" (l.10-11) pode não dispor de "sólidas 
fundações" (l.11) antes de ser definitivo. 
Comentário – Já caminhando para a conclusão do texto, o autor afirma que a 
globalização é um processo lento. Apesar disso, ele (o processo) “já dispõe de 
sólidas fundações”. Pela ideia de contraste causada pelo uso da conjunção 
adversativa “mas”, percebe-se que a regra ou a consequência normal é esse 
processo não dispor dessas fundações. Em outras palavras, a globalização, que 
ainda não assumiu seu formato definitivo pode não dispor de sólidas fundações(regra geral), mas essa dispõe (exceção à regra). 
Resposta – Item certo. 
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21. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O conectivo "Então" (L.6) estabelece 
uma relação de tempo entre as idéias expressas em duas orações. 
Comentário – Textualmente, esse conectivo introduz segmento de caráter 
conclusivo. 
Resposta – Item errado. 
22. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O emprego de "Em virtude disso" 
(L.9) mostra que, imediatamente antes do termo "o social" (L.10) está 
subtendida a preposição de, que, se fosse explicitada, teria de ser 
empregada sob a forma do. 
Comentário – A questão é fácil, mas é preciso ler atentamente a passagem. 
Nela, o termo “o social” complementa o sentido do nome “discussão”: 
“discussão sobre a filosofia e [discussão sobre] o social”. Nota-se, assim, o 
equívoco da alegação do Cespe. 
Resposta – Item errado. 
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23. (Cespe/ANTAQ/Analista Administrativo/2009) Na linha 12, caso se 
deslocasse a conjunção "pois" para o início da oração, a coerência da 
argumentação seria preservada, desde que fossem retiradas as duas 
vírgulas que isolam essa palavra e que se fizessem os necessários ajustes 
nas letras maiúsculas e minúsculas. 
Comentário – Primeiramente, faça as transformações propostas pela banca: 
Pois tempo, espaço e matéria são ideias... O que acha? Quase tudo certo, 
quase tudo! O problema está na perda da ideia original. A conjunção pois
utilizada entre vírgulas e após o verbo da oração que integra denota ideia 
conclusiva, tal como no texto original. O emprego dela no início da oração, 
como sugerido pela banca, reveste-a de valor semântico explicativo. 
Resposta – Item errado. 
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[...] A ideologia 
10 da competição e produtividade faz parte de uma visão de 
mundo dominada pela corrida atrás da acumulação de 
capitais e do enriquecimento ilimitado, nem sempre por 
13 meios civilizados e legítimos. Para a sociedade, 
coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior 
produtividade quando seus resultados forem distribuídos 
16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. Isso pode ser 
atingido mediante a elevação proporcional dos salários, a 
redução dos preços de bens e serviços ou o aumento de 
19 investimentos dos lucros gerados, na expansão do sistema 
 produtivo. [...] 
Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: 
<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações) 
24. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010 – adaptada) Julgue os itens abaixo, 
relativos ao emprego das estruturas linguísticas do texto. 
(A) Na linha 10, preserva-se a coerência textual ao se inserir da antes de 
“produtividade”; mas, para se preservar a correção gramatical, será 
necessário mudar “faz” para fazem. 
(B) Para a coerência dos argumentos no texto, é indiferente o uso de 
“quando” (l.15) ou de se, em seu lugar, pois o período sintático preserva 
a ideia de condição. 
(C) Seriam mantidas as relações entre os argumentos se, em lugar de “ou” 
(l.18), antes do último termo da enumeração, fosse usado e; mas a 
desvantagem seria a repetição do mesmo conectivo. 
Comentário – Alternativa A: as locuções adjetivas “da competição” e “[da] 
produtividade” estão subordinadas ao substantivo “ideologia” por meio da 
mesma preposição: “de” (que se contraiu com o artigo “a” = “da”). Por isso a 
repetição dela é desnecessária. Ainda que se queira empregá-la novamente, o 
núcleo do sintagma permanece “ideologia” (terceira pessoa do singular), o que 
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obriga o verbo também a permanecer flexionado no mesmo número e na 
mesma pessoa. 
Alternativa B: frequentemente, classificamos a conjunção 
quando como subordinativa adverbial temporal. Antes, porém, é preciso 
analisar o seu real valor semântico no período em que ocorre. É o caso, por 
exemplo, da passagem aludida pelo examinador. Nela, o valor semântico do 
conectivo assemelha-se ao da conjunção condicional “se”. Por isso o uso de um 
ou de outro é indiferente. 
Alternativa C: a conjunção alternativa “ou” serviu para nos 
comunicar que a concretização de um dos fatores (elevação proporcional dos 
salários; redução dos preços de bens e serviços e aumento de investimentos 
dos lucros gerados) é suficiente para elevar o nível de bem-estar coletivo. Já a 
conjunção aditiva e muda esse entendimento e passa a indicar que deve haver 
o somatório desses fatores (eles devem ocorrer solidariamente) para que o 
objetivo seja atingido. 
Resposta – Itens errado, certo e errado. 
[...] Pesquisas científicas 
recentes sobre a raiva reforçam essa linha de pensamento, e 
7 uma delas mostra que quem reprime sua frustração é pelo 
menos três vezes mais propenso a admitir que chegou a um 
ponto em sua carreira no qual não consegue mais progredir e 
10 que tem uma vida pessoal decepcionante. Já as pessoas que 
aprendem a explorar e canalizar sua raiva apresentam uma 
probabilidade muito maior de estar bem situadas 
13 profissionalmente, além de desfrutar de maior intimidade física 
e emocional com seus amigos e familiares. [...] 
Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações). 
25. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Por causa das duas 
ocorrências do pronome “que” (l.7-8) no mesmo período sintático, não é 
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recomendada a substituição de “no qual” (l.9) por que, apesar de a 
coerência e a correção do texto serem mantidas. 
Comentário – O “que” (l. 7-8) é conjunção integrante. Note que ele introduz 
orações que funcionam como objeto direto dos verbos mostrar e admitir. 
Isso nada tem a ver com a substituição proposta pelo examinador, que focaliza 
pronome relativo. A razão do problema causado pela troca é outra. 
O conjunto “no qual” (l. 9) é composto pela preposição em e 
pelo pronome relativo o qual. A preposição é obrigatória porque introduz o 
advérbio de lugar “um ponto em sua carreira”, expresso na oração anterior e 
representado pelo pronome no segmento subsequente: não consegue mais 
progredir em um ponto em sua carreira (= “no qual”). Substituir “no qual” por 
“que”, sem a presença da preposição “em”, prejudica a correção gramatical. 
Além disso, a coerência textual também sofre, observe: 
“...chegou a um ponto em sua carreira que não consegue 
mais progredir...” 
Percebeu que agora é a “carreira” que não progride mais? 
Essa mudança brusca de sentido afeta a coerência. 
Resposta – Item errado. 
[...] 
[...] 
[...] 
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26. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) Nos trechos “que de fato 
desprezava” (L.7) e “que ensinamentos tirei da leitura” (L.22), o elemento 
“que” recebe a mesma classificação morfossintática. 
Comentário – Na linha 7, o vocábulo classifica-se como pronome relativo, 
substitui o antecedente “mulheres” e introduz oração subordinada adjetiva 
restritiva. 
Na linha 22, o “que” é conjunção integrante, introduz oração 
subordinada substantiva objetiva direta. 
Resposta – Item errado. 
1 Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem 
ao longo da história tem sido seu constante anseio debuscar novas perspectivas, abrir horizontes desconhecidos, 
4 investigar possibilidades ainda inexploradas, enfim, ampliar o 
conhecimento. Desde seus primórdios, os seres humanos 
dedicam-se a investigar e a pesquisar, sendo esta curiosidade, 
7 este desejo de conhecer, uma das mais significativas forças 
impulsoras da humanidade. O fato é que essa ininterrupta e 
incansável luta pelo saber tem sido uma das mais importantes 
10 atividades do homem. Ocorre que, ao dar vazão ao seu 
insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar 
em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem 
13 depara-se com seus limites. [...] 
Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.). 
Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações). 
27. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Seriam preservadas a 
correção gramatical do texto, bem como a coerência de sua 
argumentação, se, em lugar de “tem sido” (l.2), fosse usada a forma 
verbal é; no entanto, a opção empregada no texto ressalta o caráter 
contínuo e constante dos aspectos mencionados. 
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Comentário – Vamos reescrever a passagem utilizando a forma verbal 
sugerida: “Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem ao longo da 
história é seu constante anseio...”. Pronto, ficou claro que realmente não 
existe problema. Usado no presente, o verbo ser indica um fato atual, 
simultâneo ao ato da fala. Mas o pretérito perfeito composto, de fato, imprime 
à passagem um aspecto durativo, contínuo, não limitado no tempo. Nós já 
resolvemos uma questão parecida nesta aula (pág. 61, questão 10). Na 
ocasião, citei Cunha e Cintra para embasar a resposta. Agora é a vez de 
ouvirmos o que Cegalla tem a nos dizer: “O pretérito perfeito composto traduz 
um fato passado repetido, ou que se prolonga até o presente: 
Tenho-lhe dado sempre bons conselhos.” 
Resposta – Item certo. 
1 O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção 
à saúde do trabalhador, institui mecanismos de monitoração 
dos indivíduos, visando a evitar ou identificar precocemente os 
4 agravos à sua saúde, quando produzidos ou desencadeados 
pelo exercício do trabalho. [...] 
Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios 
éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações). 
28. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Para se realçar “mecanismos 
de monitoração” (l.2), em vez de “regime trabalhista” (l.1), poderia ser 
usada a voz passiva, escrevendo-se são instituídos em vez de “institui” 
(l.2), sem que a coerência entre os argumentos e a correção gramatical 
do texto fossem prejudicadas. 
Comentário – Faça a troca exatamente como sugere o examinador e constate 
o quanto é descabida a proposição: “O regime trabalhista [...] são instituídos
mecanismos de monitoração dos indivíduos...”. Notou a falta de concordância 
entre sujeito e verbo? Notou que não há agente da passiva corretamente 
indicado pelo vocábulo pelo (contração da preposição per com o artigo o). A 
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alteração adequada deveria ser assim: “Mecanismos de monitoração dos 
indivíduos são instituídos pelo regime trabalhista...”. 
Resposta – Item errado. 
 [...] 
10 A declaração não previu que o desenvolvimento 
capitalista chegasse à sua atual etapa de globalização e de 
capitais voláteis, especulativos, que, sem controle, entram e 
13 saem de diferentes países, gerando instabilidade permanente 
nas economias periféricas. Talvez fosse o caso de se afirmar, 
 [...] 
Francisco Alencar. Para humanizar o bicho homem. In: Francisco Alencar (Org.). 
Direitos mais humanos. Brasília: Garamond, 2006. p. 17-31 (com adaptações). 
29. (Cespe/TRT 21ª Região/Analista Judiciário/2011) A oração “A declaração 
não previu” (l. 10) poderia ser corretamente reescrita da seguinte forma: 
Na declaração, não se previu. 
Comentário – A banca resolveu explorar a mudança de voz verbal, que veio 
acompanhada por outras modificações. Em vez de transformar o sujeito (“A 
declaração”) em agente da passiva, a banca tornou-o adjunto adverbial 
(antecipado, o que justifica o uso da vírgula): Na declaração. Até aqui, tudo 
bem. Não podemos dizer que a nova redação está errada só por causa disso. 
Também não há incorreção na formação da voz passiva sintética (formada pela 
combinação de verbo transitivo direto com pronome apassivador): se previu, 
nem na posição proclítica do tal pronome, atraído pelo advérbio não. Com a 
nova redação, a forma verbal previu passou a concordar com o sujeito 
oracional que o desenvolvimento capitalista chegasse... 
Resposta – Item certo. 
 [...] 
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que fragiliza e subordina economias nacionais. Não é 
admissível que grupos privados transnacionais — não mais do 
19 que três centenas —, com negócios que vão do setor produtivo 
industrial ao setor financeiro, passando pela publicidade e pelas 
comunicações, sejam, na verdade, o verdadeiro governo do 
22 mundo, hegemonizando governos e nações, derrubando 
restrições alfandegárias, impondo seus interesses particulares. 
 [...] 
Francisco Alencar. Para humanizar o bicho homem. In: Francisco Alencar (Org.). 
Direitos mais humanos. Brasília: Garamond, 2006. p. 17-31 (com adaptações). 
30. (Cespe/TRT 21ª Região/Analista Judiciário/2011) A correção gramatical do 
texto seria mantida caso o trecho “Não é admissível” (l. 17-18) fosse 
substituído por Não se admitem. 
Comentário – Na redação original, o verbo ser está na voz ativa e concorda 
na terceira pessoa do singular com o sujeito oracional “que grupos privados 
transacionais... sejam... o verdadeiro governo do mundo”. Na redação 
proposta, o sujeito continua o mesmo, embora o verbo se flexione na voz 
passiva sintética. Portanto não há razão para que o verbo ser se flexione na 
terceira pessoa do plural. 
Resposta – Item errado. 
1 No século XIX, enfatizou-se, nos mais diversos 
domínios, a busca de explicações sobre as origens — dos 
homens, das sociedades, das nações. Foi dentro desse quadro 
 [...] 
Márcia Regina Capelar Naxara. Cientificismo e sensibilidade romântica. 
Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 2004, p. 24-35 (com adaptações). 
31. (Cespe/TRT 21ª Região/Analista Judiciário/2011) Atenderia à prescrição 
gramatical o emprego, na linha 1, da forma verbal foi enfatizada, em 
vez de “enfatizou-se”. 
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Comentário – Sim. O sujeito continuaria sendo a expressão “a busca de 
explicações sobre as origens”; o verbo continuaria na voz passiva (apenas 
passaria de passiva sintética para passiva analítica). O gênero feminino do 
vocábulo enfatizada justifica-se pela concordância do particípio com o 
substantivo “busca”. 
Resposta – Item certo. 
1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso 
da técnica, com transformações profundas das noções de espaço 
e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse 
4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no 
homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento 
de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. Nada 
7 vemos de semelhante ao que aconteceu, no plano das ideias, em 
outro momento de grandes transformações da técnicae também 
de grandes descobertas — o século XVI —, com o 
10 renascimento de um mundo esquecido e das doutrinas dos 
velhos filósofos da Grécia e do Oriente, e, com elas, a crítica e 
a dissolução de antigas crenças que davam ao homem 
13 “a certeza do saber e a segurança da ação”. Na época dos 
descobrimentos, dos Renascimentos, das incertezas, o espaço 
tornou-se uma pluralidade de espaços; o tempo, uma 
16 pluralidade de tempos. Hoje, quando predominam as 
estatísticas como definidoras e reguladoras da vida social e 
política, as verdades matemáticas são inquestionáveis, até 
19 mesmo nos sonhos. Espaço e tempo tornam-se unidades 
sistematizadas. Portanto, esta concepção engendra e é, ao 
mesmo tempo, engendrada pela ideia de sistema, que é a plena 
22 realização da racionalidade contemporânea. 
Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto 
Novaes (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia 
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das Letras, p. 14-5 (com adaptações). 
32. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010 – adaptada) Julgue os itens abaixo a 
respeito das alterações propostas para as estruturas linguísticas do texto. 
(A) A preposição na expressão “com o renascimento” (l.9-10) introduz uma 
ideia de causa para as “grandes transformações” (l.8); por isso, a 
reescrita como devido o renascimento preservaria a coerência e a 
correção gramatical do texto. 
(B) Em “o espaço tornou-se uma pluralidade de espaços” (l.14-15), o 
deslocamento do pronome para antes da forma verbal violaria as regras 
gramaticais. 
(C) No desenvolvimento do texto, a retirada da conjunção “quando” (l.16) 
provocaria erro na estrutura gramatical do período sintático, mas 
preservaria as relações significativas e a coerência entre os argumentos. 
Comentário – Alternativa A: há um problema na construção da locução 
prepositiva devido a: a ausência da preposição a. Isso acarreta erro 
gramatical e compromete a coesão do texto. Devido é a forma nominal do 
verbo dever conhecida como particípio. Acompanhada da preposição a, 
converte-se em locução prepositiva. O particípio flexiona-se em gênero e 
número para concordar com o substantivo: “A consagração dela é devida à (e 
não devido à) intensa dedicação”; “Os efeitos colaterais, devidos à (e não
devido à) má administração dos medicamentos, dificultam a recuperação do 
paciente. 
Alternativa B: Não há violação às regras gramaticais, repare: 
“o espaço se tornou uma pluralidade de espaços”. O que a norma culta não
admite é que o pronome oblíquo átono (me, te, se...) principie a oração: “Me 
dê motivo pra ir embora...” (Tim Maia). Construções desse tipo caracterizam 
linguagem informal. 
Alternativa C: originalmente, a conjunção quando acentua a 
relação de temporalidade entre as duas orações (“...predominam as 
estatísticas...” e “...as veredas matemáticas são inquestionáveis...”). Seu valor 
semântico indica que um fato ocorre concomitantemente ao outro. 
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Sintaticamente, o conectivo marca a subordinação da primeira oração à 
segunda. Vamos reescrever a passagem conforme a proposta do examinador 
(permita-me o negrito) “Hoje, predominam as estatísticas como 
definidoras e reguladoras da vida social e política, as veredas 
matemáticas são inquestionáveis até mesmo nos sonhos.” As relações 
sintáticas foram modificadas: sumiu a mencionada subordinação; agora as 
orações são coordenadas, equivalem-se sintaticamente. Perdeu-se também a 
noção de concomitância entre os fatos, ainda que eles ocorram atualmente (= 
”Hoje”). 
Resposta – Itens errados. 
[...] Para crescer mais e de maneira 
13 socialmente mais includente, do que o Brasil realmente precisa é 
que se desconstrua o mito do gigante adormecido. E, para isso, 
carecemos de um discurso que apresente à sociedade os custos 
16 reais que precisam ser pagos para promover a prosperidade de 
cada indivíduo e do conjunto da nossa sociedade. 
Carlos Pio. Gigante adormecido. In: Correio 
Braziliense, 15/4/2010 (com adaptações). 
33. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010 – adaptada) Assinale a opção correta a 
respeito do uso das formas verbais no texto. 
(A) O uso do modo subjuntivo em “desconstrua” (l.14) indica haver apenas 
uma possibilidade, uma hipótese de se desconstruir o mito; para afirmar 
uma certeza, seria escrito desconstrói. 
(B) Ressalta-se a importância dos “custos reais” (l.15-16), sem prejudicar a 
correção gramatical do texto, se for usada a forma flexionada no verbo 
ser, escrevendo-se serem pagos. 
(C) Seriam preservadas a coerência entre os argumentos e a correção 
gramatical do texto, com a forma flexionada da forma verbal “promover” 
(l.16), escrevendo-se promovermos. 
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Comentário – Alternativa A: é comum os verbos conjugados no modo 
subjuntivo virem antecedidos pelas conjunções que, caso e embora e por 
advérbios que exprimem dúvida (talvez, possivelmente etc.) Às vezes, é de 
fato a conjunção que obriga o uso do verbo no modo subjuntivo, mesmo sem a 
aparente ideia de possibilidade, incerteza. Note, por exemplo, a conjunção 
“que” no início da linha 14. Ela impede que seja utilizada uma forma verbal do 
indicativo. 
Alternativa B: estamos diante de uma locução verbal: 
“precisam ser pagos”. Nela, o último verbo (“pagos”) é o principal, que se 
apresenta em uma forma nominal (particípio); os demais verbos são 
auxiliares; a flexão de número e pessoa recai sobre o primeiro. Portanto 
constitui erro a forma precisam serem pagos. 
Alternativa C: o verbo está no infinitivo impessoal quando, 
não flexionado, não se refere a nenhuma pessoa gramatical e desempenha a 
função de substantivo (serve para nomear uma ação: Nadar é bom para a 
saúde.). Por outro lado, será pessoal quando, flexionado, referir-se a uma 
pessoa gramatical. Este é o caso da forma verbal promovermos, que aponta 
para o sujeito desinencial nós, o mesmo da forma verbal “carecemos”. 
Resposta – C 
[...] Pesquisas científicas 
recentes sobre a raiva reforçam essa linha de pensamento, e 
7 uma delas mostra que quem reprime sua frustração é pelo 
menos três vezes mais propenso a admitir que chegou a um 
ponto em sua carreira no qual não consegue mais progredir e 
10 que tem uma vida pessoal decepcionante. Já as pessoas que 
aprendem a explorar e canalizar sua raiva apresentam uma 
probabilidade muito maior de estar bem situadas 
13 profissionalmente, além de desfrutar de maior intimidade física 
e emocional com seus amigos e familiares. [...] 
Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações). 
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34. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Por ter como agente 
“pessoas” (l.10), o infinitivo empregado em “explorar” (l.11) poderia ser 
flexionado no plural, explorarem, sem prejudicar a coerência e a correção 
gramatical do texto. 
Comentário – O infinitivo “explorar” é o verbo principal da locução “aprendem 
a explorar”. Nela, o primeiro verbo é o auxiliar. É dele a atribuição de se 
flexionar em número e pessoa. 
Resposta – Item errado. 
35. (Cespe/CEF/Advogado/2010) “A população carcerária no Brasil é 
composta fundamentalmente por jovens”. O vocábulo “jovens” classifica-
se como adjetivo. 
Comentário – Adjetivo é palavra que se relaciona com o substantivo para lhe 
atribuir uma característica. Com ele concordaem número e gênero. Exemplos: 
mulher alta, livros bons, árvore alta, tapete novo etc. Na frase em que 
surge, o vocábulo “jovens” nomeia (e não caracteriza) pessoas que estão nos 
primeiros tempos de existência, que são juvenis,novas. É, pois, substantivo. 
Resposta – Item errado. 
36. (Cespe/Pró-Saúde/Fisioterapeuta/2010) “De tão recorrente, virou alvo de 
um projeto internacional para preveni-lo [...] afirma o psicoterapeuta João 
Figueiró, presidente do Instituto Zero a Seis”. Os vocábulos “recorrente” e 
“presidente” pertencem à mesma classe de palavras. 
Comentário – A palavra “recorrente” atribui ao pronome substantivo “-lo” a 
característica de tornar a aparecer ou de aparece depois de haver 
desaparecido. É , portanto, adjetivo. Já o vocábulo “presidente” é substantivo 
que designa pessoa (“João Figueiró”) que chefia conselho, tribunal, assembleia 
etc. 
Resposta – Item errado. 
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37. (Cespe/DPU/Analista Técnico-Administrativo/2010) “O direito que se 
realiza pacificamente é o ideal — praticamente inatingível — de uma 
sociedade que se queira justa. A palavra “ideal” é um adjetivo que 
caracteriza “direito”. 
Comentário – A presença do artigo “o” antes do vocábulo “ideal” torna-o um 
substantivo. Os artigos têm o “poder” de substantivar qualquer palavra, até 
mesmo verbo: O cantar dos pássaros é belo. 
Resposta – Item errado. 
38. (Cespe/SAD-PE/Contador/2010) “A capacidade de associação, ou o poder
de conectar perguntas [...]. Quanto maior a variedade de experiências e 
de conhecimento, mais conexões o cérebro pode fazer”. Os vocábulos 
“poder” e “pode” pertencem à mesma classe de palavras. 
Comentário – Notou o artigo “o” antes do vocábulo “poder”? Sim, ele é um 
substantivo que designa a capacidade, a virtude, a habilidade de fazer algo. A 
palavra “pode” é verbo auxiliar que integra a locução verbal “pode fazer”. 
Resposta – Item errado. 
Muito bem, por hoje é só. 
Ficarei aguardando as dúvidas, as sugestões e os comentários. Não 
deixe de interagir. O êxito deste curso também depende da sua participação. 
Na próxima aula, resolveremos exercícios sobre regência e crase. 
Até lá! 
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Pontos Importantes da Matéria 
¾ Considerações sobre os modos verbais
INDICATIVO Î associado a ações que consideramos de
ocorrência certa, real: Vou hoje. / Saíram cedo.
SUBJUNTIVO Î associado a acontecimentos prováveis,
hipotéticos, duvidosos: É possível que chova.
IMPERATIVO Î associado a ordens, sugestões, pedidos,
súplicas: Sejam prudentes. / Volte logo.
¾ Considerações sobre voz passiva
O aluno aprendeu a lição. (ativa)
A lição foi aprendida pelo aluno . (passiva verbal)
Sujeito
Agente
OD
Sujeito
Paciente
Ag. da
Passiva
Aprenderam a lição. (ativa)
VA + VP
VTD
A lição foi aprendida. (verbal)
Sujeito
Paciente
Aprendeu-se a lição. (pronom.)
Sujeito
Paciente
VA + VP VTD + SE
Pron. 
Apassivador
¾ Considerações sobre voz ativa
Ficou-se feliz com o resultado.
Vive-se bem neste lugar.
Precisa-se de professores.
Ama-se a Deus.
VL + SE
VI + SE
VTI + SE
VTD + SE + Prep.
• Voz ativa
• Sujeito indeterminado
• “Se” = índ. de indet.
do sujeito
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¾ Flexões Verbais
MODOS TEMPOS COMPOSTOS
Indicativo
pretérito
perfeito (tenho/hei cantado)
mais-que-perf. (tinha/havia cantado)
futuro
do presente (terei/haverei cantado)
do pretérito (teria/haveria cantado)
Subjuntivo
pretérito
perfeito (tenha/haja cantado)
mais-que-perf. (tivesse/houvesse cantado)
futuro (tiver/houver cantado)
¾ Considerações sobre os tempos compostos
Temos estudado muito. Havíamos chegado tarde.
TEMPO SIMPLES TEMPO COMPOSTO
P (presente) Î PP (pretérito perfeito)
PI (pretérito imperfeito) Î PMP (pret. mais-que-perf.)
Não há tempos compostos relativos ao presente e ao
pretérito imperfeito.
Não há tempo composto relativo ao modo imperativo.
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¾ Formas nominais do verbo e os tempos compostos
FORMAS NOMINAIS TEMPOS COMPOSTOS
infinitivo impessoal cantar ter/haver cantado
infinitivo pessoal
cantar ter/haver cantado
cantares teres/haveres cantado
cantar ter/haver cantado
cantarmos termos/havermos cantado
cantardes terdes/haverdes cantado
cantarem terem/haverem cantado
gerúndio cantando tendo/havendo cantado
particípio cantado
¾ Formação do Imperativo
Presente do 
Indicativo
Imperativo 
Afirmativo
Presente do 
Subjuntivo
Imperativo 
Negativo
eu canto eu cante
tu cantas
(- s)
canta tu tu cantes não cantes
tu
ele canta cante
ele/você
ele cante não cante
ele/você
nós
cantamos
cantemos
nós
nós
cantemos
não
cantemos
nós
vós cantais
(- s)
cantai vós vós canteis não canteis
vós
eles cantam cantem
eles/vocês
eles cantem não cantem
eles/vocês
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CUIDADO! Não vá sem eu saber. Î pronome pessoal do caso
reto é sujeito de verbo
Todos saíram, exceto eu (saí). Î o verbo pode estar
subentendido
pessoa = OI
Maria fez aniversário. Pedro deu-lhe um presente.
Maria fez aniversário. Pedro a presenteou.
pessoa ou coisa = OD
Mandei-o sair da sala.
OD
posse =
adj. adn.
sujeito
Pediu-lhe os brinquedos emprestados.
Pediu os seus brinquedos emprestados.
• Mandar
• Deixar
• Fazer
• Ver
• Ouvir
• Sentir
causativos sensitivos
Ofereceu-me ajuda durante o trabalho.
Olhou-me pelo retrovisor do carro.
Cortou-me os cabelos.
OI
OD
Adj. Adn.
¾ Emprego dos Pronomes Pessoais
Caso Reto X Caso Oblíquo:
Ele virou ela. – sujeito ou predicativoÎ caso reto.
Quero falar com ele.
Vi-o na rua.
Sou útil a ele.
complemento verbal e complemento
nominalÎ caso oblíquo
Eu contei a ti o que acontecera.
Você terá de viajar com nós dois.
Você terá de viajar conosco. (= com + nós)
oblíquos tônicos Î
precedidos de
preposição
realce, numeral, pronome ou oração adjetiva
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Vossa Eminência fez um belo discurso.
falar com a pessoa
Sua Excelência fez um belo discurso.
falar da pessoa
Vossa Excelência apresentará seus projetos hoje? 
terceira pessoa (plural ou singular)
Se você chegar cedo, eu vou te ajudar. (errada)
Se você chegar cedo, eu vou ajudá-lo. (certa)
¾ Emprego dos Demonstrativos
Casos Especiais (empregados como elementos de coesão)
Meu argumento é este: não há democracia sem justiça.
catáfora = referência ao que se segue.
Não há democracia sem justiça. Esse é meu argumento
anáfora = referência ao que foi dito
Comprei uma moto e uma casa. Esta eu dei para meu pai;
aquela, para meu irmão.
¾ Emprego dos Relativos
É uma pessoa com cujas opiniões não podemos concordar.
O professor cujo o filho nasceu está feliz. (errada)
o artigo é inadmissível
Esta é a pessoa à cuja obra fiz referência. (errada)
somente a preposição é admitida
A sala onde trabalho está fechada.
em: desaparece antes de onde
O teatro aonde vou é muito longe.
A escola donde venho é muito longe.
a
de
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Casos de Mesóclise
Verbo no futuro do
presente ou futuro do
pretérito, sem palavra
atrativa
Amar-te-ei a vida inteira. (Não te amarei
a vida inteira.)
Dar-lhe-ia o livro. (Tudo lhe daria.)
Casos de Ênclise
Se não ocorrer um dos
casos mencionados
anteriormente,
usaremos a ênclise.
Levante-se e lute.
Tratando-se desse assunto...
Vendê-lo era o que mais importava.
Aqui, fazem-se chaves.
¾ Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos
Casos de Próclise
Palav. de sentido
negativo
Nada me fará desistir.
Ninguém me fará desistir.
Advérbios sem pausa Aqui se fazem chaves.
Conj. subord. e
pronomes relativos
Quando lhe dissemos a verdade...
O livro que me deste é...
Conj. coord. alternat. Ora se atribulava, ora se aquietava.
Pron. e advérb.
interrog.
Quem lhe contou a verdade?
Por que te afliges tanto?
Pronomes indefinidos Tudo me foi dado.
Frases exclamativas e
optativas
Como te atreves!
Deus o abençoe, meu filho!
em + gerúndio Em se tratando desse assunto...
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Lista das Questões Comentadas 
[...] 
[...] 
1. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2011) A inserção 
do artigo definido plural os imediatamente antes da palavra “policiais” 
(L.6) não alteraria o sentido original do período. 
[...] 
[...] 
2. (Cespe/STM/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2011) O elemento que
possui, em todas as suas ocorrências (L.7, 8, 13 e 14), a propriedade de 
retomar palavras ou expressões que o antecedem no texto. 
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[...] 
[...] 
3. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) A supressão da preposição em “em 
que” desrespeitaria as regras gramaticais, pois, por meio dela, se 
indica que o pronome “que” retoma “subjetividade” . 
4. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A ideia de continuidade no 
uso do transporte hidroviário é marcada, no texto, tanto pelo emprego da 
preposição "desde" (L.1) quanto pelo emprego da expressão verbal "tem 
sido usado" (L.1). 
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5. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento do texto, a conquista dos 
"direitos invioláveis" (L.17) está associada a um processo gradativo e 
contínuo, como evidencia o emprego das preposições "desde" (L.17) e 
"até" (L.19). 
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6. (Cespe/TCU/AFCE/2009) A preposição "mediante" (L.1) estabelece relação 
de movimento entre "exercício do poder" (L.1) e "múltiplas dinâmicas" 
(L.1-2). 
7. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2008) O emprego das preposições em 
"da responsabilidade" (L.9) e "para a comunidade" (L.10) é exigido, 
respectivamente, por "preço" (L.8) e "dirigir" (L.9). 
1 A tecnologia passou a dominar não apenas o 
comércio, as cidades, a vida cotidiana e a intimidade do 
homem, mas foi além: transformou-se na linguagem do mundo 
4 contemporâneo, nossa mediação universal. Como sistema 
universal, a História — da mesma maneira que as ciências, as 
artes e a política — é vista da mesma perspectiva, isto é, por 
7 meio de um conjunto de regras de conhecimentos, geralmente 
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quantificados, que valem de forma diferenciada para todas as 
dimensões do real. 
10 É impossível despojar o mundo das suas 
ambiguidades, paradoxos e enigmas, e dominá-lo plenamente 
por meio da racionalidade técnica e de forma sistemática. Em 
13 vez de habitar o mundo, acolhê-lo, viver no meio dos 
acontecimentos, o homem moderno tem a pretensão de 
dominá-lo pela técnica. Mas ele não se dá conta de que essa 
16 pretensão é o que o transforma no escravo moderno: dominado 
por causas exteriores, o homem perde a prudência e age como 
qualquer ser passional, isto é, tudo o que ele faz só faz porque 
19 é levado pelos acontecimentos. 
Russell A. Mittermeyer. Um planeta febril. In: Istoé, 23/12/2009, p. 117 (com adaptações). 
8. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) Considerando o uso das estruturas 
linguísticas no texto, assinale a opção correta. 
(A) A expressão “da mesma maneira” (l.5) estabelece uma comparação entre 
o “sistema universal” (l.4-5) e o “conjunto de regras de conhecimentos” 
(l.7). 
(B) A expressão “por meio de” (l.6-7) e o vocábulo “pela” (l.15) atribuem a 
ideia de instrumento, respectivamente, a “um conjunto de regras” (l.7) e 
a “técnica” (l.15). 
(C) Os pronomes em “dominá-lo” (l.11) e em “o transforma” (l.16) referem-se 
a “mundo”, respectivamente, nas linhas 10 e 13. 
(D) Na linha 12, a repetição da preposição de, que precede “racionalidade 
técnica” e “forma sistemática”, indica que se trata de dois complementos 
para a expressão “por meio”. 
(E) A preposição de, em “dos acontecimentos” (l.13-14), corresponde à 
preposição a e por ela pode ser substituída, sem prejudicar a correção e a 
coerência do texto. 
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1 Afirma-se que a inovação e, particularmente, seus 
 produtos tecnológicos estimulam a competitividade e, dessa 
forma, contribuem para o crescimento econômico do país. 
4 Consequentemente, a competitividade é erigida em valor 
supremo da vida social, como se fosse uma lei da natureza 
imanente à espécie humana. Omite-se, propositadamente, 
7 que o mais longo período da história da vida humana foi 
orientado pela cooperação e solidariedade, valores 
fundamentais para a sobrevivência da espécie. A ideologia 
10 da competição e produtividade faz parte de uma visão de 
mundo dominada pela corrida atrás da acumulação de 
capitais e do enriquecimento ilimitado, nem sempre por 
13 meios civilizados e legítimos. Para a sociedade, 
coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior 
produtividade quando seus resultados forem distribuídos 
16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. Isso pode ser 
atingido mediante a elevação proporcional dos salários, a 
redução dos preços de bens e serviços ou o aumento de 
19 investimentos dos lucros gerados, na expansão do sistema 
produtivo. Deixemos bem claro: não se discute aqui a 
necessidade de tecnologia nas sociedades contemporâneas, 
22 mas a condição de que esta seja ambientalmente segura, 
socialmente benéfica (para todos) e eticamente aceitável. 
Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: 
<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações) 
9. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010 – adaptada) A coerência e a correção 
gramatical do texto seriam mantidas ao se substituir 
(A) “erigida em valor supremo” (l.4-5) por erigida valor supremo. 
(B) “fundamentais para a sobrevivência” (l.9) por fundamentais a 
sobrevivência. 
(C) “atingido mediante a elevação” (l.17) por atingido pela elevação. 
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(D) “condição de que esta seja” (l.22) por condição que esta seja. 
 [...] O fato é que essa ininterrupta e 
incansável luta pelo saber tem sido uma das mais importantes 
10 atividades do homem. Ocorre que, ao dar vazão ao seu 
insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar 
em toda sua plenitude a livre aventurado espírito, o homem 
13 depara-se com seus limites. [...] 
Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.). 
Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações). 
10. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A repetição da preposição a 
em “ao tentar” (l.11) é fundamental para mostrar que a oração aí iniciada 
está em paralelo com a oração iniciada por “ao dar vazão” (l.10); e que 
não se trata de mais um termo da enumeração de verbos que 
complementam “afã de” (l.11). 
1 A realidade atual vem exigindo dos pesquisadores 
envolvidos com a temática da saúde maiores esforços para 
compreender as mudanças recentes, pois o modo de as pessoas 
4 fazerem uso de suas capacidades físicas, cognitivas e afetivas 
para produzir foi transformado. [...] 
Ada Ávila Assunção. Uma contribuição ao debate sobre as relações saúde e trabalho. 
In: Ciênc. Saúde Coletiva, v. 8, n.º 4, p. 1.005-18, 2003 (com adaptações). 
11. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A organização das ideias no 
texto mostra que “realidade atual” (l.1) constitui a circunstância de tempo 
em que a “temática da saúde” (l.2) está sendo considerada; por isso, 
mantêm-se as relações entre os argumentos e a correção gramatical ao se 
iniciar o texto com Na realidade atual. 
12. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Na linha 2, em razão da 
acepção de “envolvidos” usada no texto, é possível substituir “com a” por 
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na, sem prejudicar sua correção gramatical, nem tornar incoerente a 
relação entre as ideias apresentadas. 
13. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A preposição em “para 
compreender” (l.2-3) e “para produzir” (l.5) expressa o sentido de 
finalidade: a finalidade dos “esforços” (l.2) e das “capacidades” (l.4), 
respectivamente. 
14. (Cespe/PC-ES/Cargos de Nível Superior/2011) No trecho "estão 
convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou 
históricas" (L.8-10), a omissão da preposição "de" prejudicaria a correção 
gramatical do período. 
[...] 
[...] 
15. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) A substituição da 
locução “a fim de” (L.16) por para manteria a correção gramatical e o 
sentido original do texto. 
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16. (Cespe/Correios/Agente de Correios/Atendente Comercial/2011 – 
adaptada) A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue os itens 
abaixo. 
I. No pedido de desculpa pelos erros (v.3), o autor da carta comete o 
seguinte erro: emprego da forma verbal “desculpes”, em vez de desculpe. 
II. Os termos “Porque” (v.2) e “Porém” (v.7) estabelecem, nos respectivos 
trechos, semelhantes relações de sentido. 
III. No verso 5, os vocábulos “Talvez” e “até” expressam circunstâncias de 
tempo. 
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17. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A conjunção "e" (L.4) liga 
dois complementos para a expressão "É obvio" (L.3). 
18. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O desenvolvimento da argumentação permite 
que se insira o conectivo Logo, seguido de vírgula, imediatamente antes 
de "A política" (L.9), escrevendo-se o artigo com letra minúscula, sem 
prejuízo para a coerência e a correção gramatical do texto. 
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19. (Cespe/STJ/Técnico Judiciário/2008) A organização das idéias do texto 
permite subentender um conectivo como No entanto ligando o período 
iniciado por "Os prazeres" (L.12) ao seu anterior. 
20. (Cespe/Prefeitura de Ipojuca – PE/2009) A partir da conjunção "mas" 
(l.11), subentende-se da organização das ideias no texto que um 
"processo de longo prazo" (l.10-11) pode não dispor de "sólidas 
fundações" (l.11) antes de ser definitivo. 
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21. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O conectivo "Então" (L.6) estabelece 
uma relação de tempo entre as idéias expressas em duas orações. 
22. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O emprego de "Em virtude disso" 
(L.9) mostra que, imediatamente antes do termo "o social" (L.10) está 
subtendida a preposição de, que, se fosse explicitada, teria de ser 
empregada sob a forma do. 
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23. (Cespe/ANTAQ/Analista Administrativo/2009) Na linha 12, caso se 
deslocasse a conjunção "pois" para o início da oração, a coerência da 
argumentação seria preservada, desde que fossem retiradas as duas 
vírgulas que isolam essa palavra e que se fizessem os necessários ajustes 
nas letras maiúsculas e minúsculas. 
[...] A ideologia 
10 da competição e produtividade faz parte de uma visão de 
mundo dominada pela corrida atrás da acumulação de 
capitais e do enriquecimento ilimitado, nem sempre por 
13 meios civilizados e legítimos. Para a sociedade, 
coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior 
produtividade quando seus resultados forem distribuídos 
16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. Isso pode ser 
atingido mediante a elevação proporcional dos salários, a 
redução dos preços de bens e serviços ou o aumento de 
19 investimentos dos lucros gerados, na expansão do sistema 
 produtivo. [...] 
Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: 
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<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações) 
24. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010 – adaptada) Julgue os itens abaixo, 
relativos ao emprego das estruturas linguísticas do texto. 
(A) Na linha 10, preserva-se a coerência textual ao se inserir da antes de 
“produtividade”; mas, para se preservar a correção gramatical, será 
necessário mudar “faz” para fazem. 
(B) Para a coerência dos argumentos no texto, é indiferente o uso de 
“quando” (l.15) ou de se, em seu lugar, pois o período sintático preserva 
a ideia de condição. 
(C) Seriam mantidas as relações entre os argumentos se, em lugar de “ou” 
(l.18), antes do último termo da enumeração, fosse usado e; mas a 
desvantagem seria a repetição do mesmo conectivo. 
[...] Pesquisas científicas 
recentes sobre a raiva reforçam essa linha de pensamento, e 
7 uma delas mostra que quem reprime sua frustração é pelo 
menos três vezes mais propenso a admitir que chegou a um 
ponto em sua carreira no qual não consegue mais progredir e 
10 que tem uma vida pessoal decepcionante. Já as pessoas que 
aprendem a explorar e canalizar sua raiva apresentam uma 
probabilidade muito maior de estar bem situadas 
13 profissionalmente, além de desfrutar de maior intimidade física 
e emocional com seus amigos e familiares. [...] 
Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações). 
25. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Por causa das duas 
ocorrências do pronome “que” (l.7-8) no mesmo período sintático, não é 
recomendada a substituição de “no qual” (l.9) por que, apesar de a 
coerência e a correção do texto serem mantidas. 
[...] 
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[...] 
[...] 
26. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) Nos trechos “que

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