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PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá! Seja bem-vindo à aula 1. Aqui, resolveremos exercícios sobre o emprego de classes gramaticais (ou classes morfológicas). O Cespe não se detém, geralmente, nos questionamentos sobre a definição dessas classes. Antes, privilegia o emprego delas no contexto em que estão inseridas e, consequentemente, o nexo semântico que estabelecem com o restante do período. A tabela abaixo traz conceitos sobre as classes gramaticais. Classe Gramatical Definição Substantivo É a palavra que nomeia os seres (pessoas, lugares, instituições, animais, entes de natureza espiritual ou mitológica, etc.) Substantivo comum de dois números Tem a mesma forma para o singular e o plural: lápis, vírus, ônibus, mil-folhas. A diferença será estabelecida por meio de outro elemento linguístico: o lápis, os lápis, o vírus, os vírus etc. Substantivo comum de dois gêneros Apresenta uma só forma para ambos os gêneros. Efetua-se a distinção por meio do artigo ou de qualquer outro determinante. Exemplos: o/a colega, o/a agente, o/a lojista. Substantivo sobrecomum Possui uma só forma e um só gênero a fim de designar pessoas de ambos os sexos. Exemplos: a pessoa, a vítima, a criança, o cônjuge, o monstro. Substantivo epiceno Apresenta uma só forma e um só gênero a fim de designar animais de ambos os sexos. Usam-se as expressões “macho” e “fêmea” para fazer-se a distinção. Exemplos: a águia macho ou fêmea, a cobra macho ou fêmea, o crocodilo macho ou PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 2 fêmea, o jacaré macho ou fêmea, etc. Artigo (definidos: o, a, os, as; indefinidos: um, uma, uns, umas) É a palavra que se antepõe ao substantivo, servindo basicamente para generalizar ou particularizar o sentido desse substantivo. Em alguns casos, o artigo é essencial na identificação do gênero e do número do substantivo. Exemplos: Um aluno faltou à aula. / O aluno faltou à aula. – O gerente foi demitido. / A gerente foi demitida. – O pires quebrou. / Os pires quebraram. Adjetivo Palavra que se relaciona com o substantivo para lhe atribuir uma característica. Com ele concorda em número e gênero. Exemplos: mulher alta, livros bons, árvore alta, tapete novo etc. Adjetivo uniforme Mantém a mesma forma tanto quando se refere a substantivos masculinos quanto a femininos. Exemplos: Decisão favorável, parecer favorável, obra incrível, livro incrível, rapaz adorável, moça adorável. Numeral É a palavra que indica a quantidade ou a posição dos seres. Exemplos: dois, quinze, cem (cardinais); segundo, décimo quinto, centésimo (ordinais); meio, um terço, um inteiro e treze avos (fracionários); dobro, triplo, quádruplo (multiplicativos). Advérbio É a palavra invariável que se refere a um verbo, um advérbio ou a um adjetivo, indicando uma circunstância (causa, tempo, modo etc.). Exemplos: Ele chegou cedo. (refere-se à forma verbal “chegou”, modificando-lhe o sentido). Você agiu PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 3 bastante mal. (refere-se ao advérbio “mal”, intensificando-lhe o sentido). Essa é a atitude menos correta. (refere-se ao adjetivo “correta”, intensificando-lhe o sentido). Interjeição É a palavra invariável que exprime emoções ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que se faça uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. Exemplos: Ah! – Psiu! – Opa! – Eia! Preposição É a palavra invariável que conecta (liga) palavras ou orações. Exemplos: flor da boca da pele do céu. – Vou à Roma de César. – O aluno pediu para sair mais cedo. Conjunção É a palavra invariável que une orações ou termos de uma oração. No desempenho desse papel, a conjunção pode relacionar termos e orações sintaticamente equivalentes (as chamadas orações coordenadas) ou relacionar uma oração principal a uma oração que lhe é subordinada. Exemplos: Pedro e Paulo saíram. Pedro foi ao cinema, e Paulo foi ao teatro. É preciso que estudemos. Verbo É a palavra que designa um processo (ação, desejo, estado, mudança de estado, fenômeno). É a classe gramatical mais rica em variação de formas. Pode mudar para exprimir modo, tempo, pessoa, número e voz. No dicionário, são encontrados no modo infinitivo (entrar, comer, chover, comprar, ser, amanhecer), que é, por assim dizer, o nome do verbo. Exemplos: Ele estuda. (ação) / Desejamos a classificação. (desejo) / Ele está PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 4 doente. (estado) / A lagarta virou borboleta. (mudança de estado) / Choveu forte. (fenômeno) Pronome Palavra que substitui o nome (pronome substantivo) ou que o acompanha (pronome adjetivo) para tornar claro o seu significado. Existem seis classes de pronomes: Pessoal Indica diretamente as pessoas do discurso (no singular ou no plural): 1ª pessoa: quem fala; 2ª pessoa: com quem se fala; 3ª pessoa: de quem se fala. Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes, os, as. Mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, convosco. Também são pessoais os pronomes de tratamento: você, o senhor, a senhora, vossa senhoria, vossa excelência, etc. possessivo Refere-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a posse de algo.: Meu, minha, meus, minhas, nosso, nossa, nossos, nossas, teu, tua, teus, tuas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, seus, suas. demonstrativo Indica a posição dos seres em relação às pessoas do discurso, situando-os no tempo e no espaço. 1ª. Pessoa: Este, esta, estes, estas, isto. 2ª. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso. 3ª. Pessoa: Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. relativo É aquele que, em uma oração, se refere a um termo constante em oração anterior, chamado antecedente. Exemplo: O avião que chegou estava PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 5 danificado. São pronomes relativos: que, quem, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual, a qual, os quais, as quais. indefinido Refere-se à terceira pessoa do discurso num sentido vago ou exprimido quantidade indeterminada. Exemplos: Quem espera sempre alcança. Alguns podem flexionar-se em gênero e número. São pronomes indefinidos: algum, alguns, nenhum, nenhuns, qualquer, quaisquer, ninguém, tudo, nada, algo etc. interrogativo É aquele usado para formular uma pergunta direta ou indireta: que, quem, qual, quanto. Vamos conferir como tudo isso é cobrado pela banca. [...] [...] 1. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2011) A inserção do artigo definido plural os imediatamente antes da palavra “policiais” (L.6) não alteraria o sentido original do período. Comentário – Sem o artigo, o substantivo é entendido em sentido genérico, não especificado. Quais ou quantos “policiais”: todos, alguns, dois, três? Com o artigo definido os, o substantivo “policiais” tem seu alcance semântico delimitado. A referência agora é a todos os policiais da delegacia. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 6 Resposta – Item errado. [...] [...] 2. (Cespe/STM/Técnico Judiciário/ÁreaAdministrativa/2011) O elemento que possui, em todas as suas ocorrências (L.7, 8, 13 e 14), a propriedade de retomar palavras ou expressões que o antecedem no texto. Comentário – Preste muita atenção no enunciado. O que o examinador procura, na verdade, é um pronome relativo, pois é ele que retoma palavras ou expressões antecedentes. Assim sendo, o item está errado. Vejamos: – “mostra que há setores” (l. 7) => conjunção integrante, pois introduz oração (substantiva) que funciona como objeto direto do verbo mostrar. – “como a construção civil, que tem uma” (l. 8) => pronome relativo, pois substitui a expressão “construção civil” na oração em que aparece. Repare: a construção civil tem uma. Observação: a oração introduzida por pronome relativo é chamada subordinada adjetiva. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 7 – “que é um equívoco” (l 13) => outra conjunção integrante, pois introduz oração (substantiva) que funciona como objeto direto do verbo mostrar (l. 12). – “mostram que o mercado de trabalho já é bem” (l. 14) => outra vez temos uma conjunção integrante, que introduz oração substantiva. O “que” introduz o objeto direto do verbo mostrar. Repare o artifício: Os números mostram ISSO. O vocábulo ISSO equivale-se à oração (substantiva) “que o mercado de trabalho já é...” Resposta – Item errado. [...] [...] 3. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) A supressão da preposição em “em que” desrespeitaria as regras gramaticais, pois, por meio dela, se indica que o pronome “que” retoma “subjetividade” . Comentário – Não é verdade que o pronome relativo “que” retoma “subjetividade”. Ele retoma o antecedente “êthos”. A oração adjetiva pode ser reescrita assim: A sociabilidade assume um tom caracteristicamente marcante na êthos. Resposta – Item errado. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 8 4. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A ideia de continuidade no uso do transporte hidroviário é marcada, no texto, tanto pelo emprego da preposição "desde" (L.1) quanto pelo emprego da expressão verbal "tem sido usado" (L.1). Comentário – Celso Cunha e Lindley Cintra nos ensinam que a preposição desde serve para indicar afastamento de um limite (quer em relação ao espaço, quer em relação ao tempo) em direção a outro, com insistência naquele. No texto, o limite inicial ou de origem é indicado pelo vocábulo “antiguidade”. A expressão “tem sido usado” exprime a voz passiva analítica do verbo usar, que, no pretérito perfeito composto, indica ação durativa, não limitada no tempo. Resposta – Item certo. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 9 5. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento do texto, a conquista dos "direitos invioláveis" (L.17) está associada a um processo gradativo e contínuo, como evidencia o emprego das preposições "desde" (L.17) e "até" (L.19). Comentário – Perceba como, no mesmo ano, o Cespe “brincou” com os valores semânticos da preposição essencial desde. As duas preposições mencionadas exprimem movimento em relação a dois limites. Enquanto a preposição desde enfatiza o afastamento (limite inicial, de origem), a preposição até sublinha a aproximação (limite final, de chegada). Importa perceber a diferença existente entre a preposição até, que indica movimento, da palavra de forma idêntica, denotadora de inclusão: Tudo na vida engana, até a glória. Frise-se ainda que, com a preposição até, usam-se as formas oblíquas mim, ti etc.: Um grito chegou até mim. Se, porém, até denota PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 10 inclusão – e equivale a mesmo, também, inclusive – constrói-se com a forma reta do pronome: ...E até eu já tive quem me oferecesse champanhe. Resposta – Item certo. 6. (Cespe/TCU/AFCE/2009) A preposição "mediante" (L.1) estabelece relação de movimento entre "exercício do poder" (L.1) e "múltiplas dinâmicas" (L.1-2). Comentário – O vocábulo “mediante” é uma preposição acidental. Esclareça- se ainda que a relação que se estabelece entre palavras por intermédio de preposição pode implicar movimento ou não movimento, melhor dizendo, pode exprimir um movimento ou uma situação daí resultante. No texto, essa preposição (que significa “por meio de”) afasta totalmente a noção de “movimento” e traduz a troco de que o “exercício do poder ocorre”. Resposta – Item errado. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 11 7. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2008) O emprego das preposições em "da responsabilidade" (L.9) e "para a comunidade" (L.10) é exigido, respectivamente, por "preço" (L.8) e "dirigir" (L.9). Comentário – Uma questão semelhante caiu na prova da Antaq, em 2009, e foi resolvida anteriormente, lembra? Aqui, o termo “da responsabilidade” completa o sentido do nome “preço”, e o termo “para a comunidade” vincula- se ao verbo “dirigir”. Ambas as relações são articuladas por meio das preposições “da” e “para”, respectivamente. Resposta – Item certo. 1 A tecnologia passou a dominar não apenas o comércio, as cidades, a vida cotidiana e a intimidade do homem, mas foi além: transformou-se na linguagem do mundo 4 contemporâneo, nossa mediação universal. Como sistema universal, a História — da mesma maneira que as ciências, as artes e a política — é vista da mesma perspectiva, isto é, por 7 meio de um conjunto de regras de conhecimentos, geralmente quantificados, que valem de forma diferenciada para todas as dimensões do real. 10 É impossível despojar o mundo das suas ambiguidades, paradoxos e enigmas, e dominá-lo plenamente PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 12 por meio da racionalidade técnica e de forma sistemática. Em 13 vez de habitar o mundo, acolhê-lo, viver no meio dos acontecimentos, o homem moderno tem a pretensão de dominá-lo pela técnica. Mas ele não se dá conta de que essa 16 pretensão é o que o transforma no escravo moderno: dominado por causas exteriores, o homem perde a prudência e age como qualquer ser passional, isto é, tudo o que ele faz só faz porque 19 é levado pelos acontecimentos. Russell A. Mittermeyer. Um planeta febril. In: Istoé, 23/12/2009, p. 117 (com adaptações). 8. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) Considerando o uso das estruturas linguísticas no texto, assinale a opção correta. (A) A expressão “da mesma maneira” (l.5) estabelece uma comparação entre o “sistema universal” (l.4-5) e o “conjunto de regras de conhecimentos” (l.7). (B) A expressão “por meio de” (l.6-7) e o vocábulo “pela” (l.15) atribuem a ideia de instrumento, respectivamente, a “um conjunto de regras” (l.7) e a “técnica” (l.15). (C) Os pronomes em “dominá-lo” (l.11) e em “o transforma” (l.16) referem-se a “mundo”, respectivamente, nas linhas 10 e 13. (D) Na linha 12, a repetição da preposição de, que precede “racionalidade técnica” e “forma sistemática”, indica que se trata de dois complementos para a expressão “por meio”. (E) A preposição de, em “dos acontecimentos” (l.13-14), corresponde à preposição a e por ela pode ser substituída, sem prejudicar a correção e a coerência do texto. Comentários – Alternativa A: Muito cuidado, pois apenas uma parte do que foi dito está correta.Embora a locução conjuntiva “da mesma maneira que” estabeleça uma comparação, esta ocorre entre “a História” e “as ciências, as artes e a política”. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 13 Alternativa B: aqui não há problemas. A locução prepositiva “por meio de” confere ao termo “um conjunto de regras” circunstância de instrumento, o qual é utilizado para que “a História” seja vista “da mesma maneira que as ciências, as artes e a política”. Semelhantemente, a contração da preposição per com o artigo a (= “pela”) provoca o mesmo efeito no termo “técnica” – é por meio dela que o “homem moderno tem a pretensão de” dominar o mundo. Alternativa C: este item trata da função referencial dos pronomes, aspecto que as bancas gostam de explorar. O exercício não é difícil, mas requer atenção do candidato quanto à leitura do texto. Em “dominá-lo”, o pronome realmente se refere ao termo “mundo”. O problema surge agora: em “o transforma”, o pronome oblíquo se refere a “homem moderno” (l. 14). Alternativa D: em “da racionalidade técnica”, a preposição (que se contraiu com o artigo “a”) indica exatamente o que o examinador afirmou. Já em “de forma sistemática”, a preposição integra locução adverbial com valor semântico de modo/maneira (de dominar o mundo plenamente). Portanto a relação é estabelecida com o verbo dominar. Alternativa E: eu sugiro a reescritura da passagem como propões a banca, pois facilita a análise. “Em vez de habitar o mundo, acolhê-lo, viver no meio aos acontecimentos...” É notória a falta de coesão entre os elementos textuais, a qual consequentemente prejudica a coerência argumentativa. Experimente manter a presente alteração e trocar o conectivo “no” por em: “Em vez de habitar o mundo, acolhê-lo, viver em meio aos acontecimentos...” Ficou melhor assim? Como isso não foi proposto, o item também está errado. Resposta – B PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 14 1 Afirma-se que a inovação e, particularmente, seus produtos tecnológicos estimulam a competitividade e, dessa forma, contribuem para o crescimento econômico do país. 4 Consequentemente, a competitividade é erigida em valor supremo da vida social, como se fosse uma lei da natureza imanente à espécie humana. Omite-se, propositadamente, 7 que o mais longo período da história da vida humana foi orientado pela cooperação e solidariedade, valores fundamentais para a sobrevivência da espécie. A ideologia 10 da competição e produtividade faz parte de uma visão de mundo dominada pela corrida atrás da acumulação de capitais e do enriquecimento ilimitado, nem sempre por 13 meios civilizados e legítimos. Para a sociedade, coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior produtividade quando seus resultados forem distribuídos 16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. Isso pode ser atingido mediante a elevação proporcional dos salários, a redução dos preços de bens e serviços ou o aumento de 19 investimentos dos lucros gerados, na expansão do sistema produtivo. Deixemos bem claro: não se discute aqui a necessidade de tecnologia nas sociedades contemporâneas, 22 mas a condição de que esta seja ambientalmente segura, socialmente benéfica (para todos) e eticamente aceitável. Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: <www.espacoacademico.com.br> (com adaptações) 9. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010 – adaptada) A coerência e a correção gramatical do texto seriam mantidas ao se substituir (A) “erigida em valor supremo” (l.4-5) por erigida valor supremo. (B) “fundamentais para a sobrevivência” (l.9) por fundamentais a sobrevivência. (C) “atingido mediante a elevação” (l.17) por atingido pela elevação. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 15 (D) “condição de que esta seja” (l.22) por condição que esta seja. Comentário – Alternativa A: a ausência da preposição constitui erro gramatical e prejudica a coerência do texto. A locução verbal “é erigida” (= é erguida, é construída) tem seu sentido modificado pela circunstância expressa pela locução adverbial “em valor supremo”. Uma locução adverbial é composta por preposição + substantivo (Eu caminho à noite.), adjetivo (Fiz o trabalho de novo.) ou advérbio (Eu vim de lá.). A preposição serve para conectar o termo anterior e o posterior; sem ela, a locução perde sua característica. Alternativa B: a coerência estaria preservada, mas a correção gramatical não. A troca da preposição “para” por a faz surgir a crase (fusão da preposição com o artigo “a”), que deve ser indicada por meio do acento grave: à. Alternativa C: são equivalentes a locução prepositiva por meio de, a preposição acidental “mediante” e o vocábulo pela (contração da preposição per com o artigo a), todos denotam circunstância de instrumento. A preposição mediante não se aglutina com artigo, diferentemente da preposição per. Por isso a forma é "mediante a elevação..., [mediante] a redução... [mediante] o aumento de investimentos...". Não há necessidade de repetir a preposição. Vamos trocar "mediante" por per, que se aglutina com artigo: "pela elevação..., a redução... o aumento de investimentos...". Assim como não houve necessidade de repetir a preposição "mediante", não há a obrigatoriedade de repetir o vocábulo per. Alternativa D: o caso aqui é semelhante ao da alternativa A. a preposição “de” conecta o substantivo “condição” ao seu complemento: “de que esta seja”. A ausência dela prejudica a correção gramatical e afeta o sentido original do texto. Note ainda que o vocábulo “que” é, primeiramente, conjunção integrante; depois, passa a ser pronome relativo. Resposta – C PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 16 [...] O fato é que essa ininterrupta e incansável luta pelo saber tem sido uma das mais importantes 10 atividades do homem. Ocorre que, ao dar vazão ao seu insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem 13 depara-se com seus limites. [...] Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.). Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações). 10. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A repetição da preposição a em “ao tentar” (l.11) é fundamental para mostrar que a oração aí iniciada está em paralelo com a oração iniciada por “ao dar vazão” (l.10); e que não se trata de mais um termo da enumeração de verbos que complementam “afã de” (l.11). Comentário – Antes da oração reduzida “ao tentar realizar” há uma enumeração de orações (“de descobrir, criar, conquistar”) coordenadas entre si e ligadas ao substantivo “afã” por meio da preposição “de”. A preposição “a” introduz oração que indica quando o homem se depara com seus limites. Resposta – Item certo. 1 A realidade atual vem exigindo dos pesquisadores envolvidos com a temática da saúde maiores esforços para compreender as mudanças recentes, pois o modo de as pessoas 4 fazerem uso de suas capacidades físicas, cognitivas e afetivas para produzir foi transformado. [...] Ada Ávila Assunção. Uma contribuição ao debate sobre as relações saúde e trabalho. In: Ciênc. Saúde Coletiva, v. 8, n.º 4, p. 1.005-18, 2003 (com adaptações). 11. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A organização dasideias no texto mostra que “realidade atual” (l.1) constitui a circunstância de tempo em que a “temática da saúde” (l.2) está sendo considerada; por isso, PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 17 mantêm-se as relações entre os argumentos e a correção gramatical ao se iniciar o texto com Na realidade atual. Comentário – Cuidado! “A realidade atual” (termo personificado, usado em sentido figurado), é o agente do processo verbal; sintaticamente, é o sujeito dele – por isso não deve ser aglutinado à preposição em como se fosse um adjunto adverbial. Resposta – Item errado. 12. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Na linha 2, em razão da acepção de “envolvidos” usada no texto, é possível substituir “com a” por na, sem prejudicar sua correção gramatical, nem tornar incoerente a relação entre as ideias apresentadas. Comentário – o significado do vocábulo é o seguinte: que se envolveram ou deixaram envolver; implicados; comprometidos: Envolvidos em uma conspiração, os acusados precisam de um bom álibi para escapar da prisão. Resposta – Item certo. 13. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A preposição em “para compreender” (l.2-3) e “para produzir” (l.5) expressa o sentido de finalidade: a finalidade dos “esforços” (l.2) e das “capacidades” (l.4), respectivamente. Comentário – No texto, a preposição “para” também exprime finalidade. Resposta – Item certo. 14. (Cespe/PC-ES/Cargos de Nível Superior/2011) No trecho "estão convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou históricas" (L.8-10), a omissão da preposição "de" prejudicaria a correção gramatical do período. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 18 Comentário – Sim, pois ela promove o vínculo entre o adjetivo “convencidos” e a oração completiva nominal subsequente. A retirada dela afetaria a coesão do período e as regras de regência nominal. Resposta – Item certo. [...] [...] 15. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) A substituição da locução “a fim de” (L.16) por para manteria a correção gramatical e o sentido original do texto. Comentário – Sim, são equivalentes quanto ao sentido a locução prepositiva “a fim de” e a preposição para, ambas exprimem circunstância de finalidade. Também não se verifica incorreção gramatical na substituição: ...ir agachar-se sob o túmulo para escapar dos golpes do destino... Resposta – Item certo. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 19 16. (Cespe/Correios/Agente de Correios/Atendente Comercial/2011 – adaptada) A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue os itens abaixo. I. No pedido de desculpa pelos erros (v.3), o autor da carta comete o seguinte erro: emprego da forma verbal “desculpes”, em vez de desculpe. II. Os termos “Porque” (v.2) e “Porém” (v.7) estabelecem, nos respectivos trechos, semelhantes relações de sentido. III. No verso 5, os vocábulos “Talvez” e “até” expressam circunstâncias de tempo. Comentário – Item I: errado. O verbo desculpar corretamente flexionado na segunda pessoa do singular do presente do subjuntivo. Quanto ao número e à pessoa, a referência é o pronome TU, representante da pessoa com quem o enunciador fala. Quanto ao tempo e modo verbal, o subjuntivo traduz a ideia de possibilidade presente nas palavras do poema. Item II: errado. A conjunção “Porque” apresenta o motivo pelo qual o autor escreve a carta; a conjunção “Porém”, como conjunção adversativa que é, introduz ideia de ressalva, contraste. Item III: errado. “Talvez” exprime circunstância de dúvida; “até” denota ideia de inclusão. Resposta – Itens errados. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 20 17. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A conjunção "e" (L.4) liga dois complementos para a expressão "É obvio" (L.3). Comentário – A conjunção “e” é aditiva e serve para ligar dois termos ou duas orações de idêntica função: Leonor e ele voltaram-se e desfaleceram. No texto, a conjunção em destaque conecta os verbos “otimizar e modernizar”, ambos complementos do substantivo transitivo “necessário”. Resposta – Item errado. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 21 18. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O desenvolvimento da argumentação permite que se insira o conectivo Logo, seguido de vírgula, imediatamente antes de "A política" (L.9), escrevendo-se o artigo com letra minúscula, sem prejuízo para a coerência e a correção gramatical do texto. Comentário – A conjunção logo é conclusiva, como também o são pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim. Ela serve para introduzir segmento de valor semântico conclusivo, consecutivo. Se foi dito anteriormente que “o exercício da política é coletivo”, é natural concluir-se que “A política é exercida sempre que as pessoas agem em conjunto”. É importante dizer que a inserção sugerida pelo Cespe realmente exige mudança na grafia inicial do artigo. Sempre que a banca propuser a você mudanças na estrutura de uma frase, observe se todas as adaptações estão sendo sugeridas. Caso contrário, o item estará errado. Resposta – Item certo. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 22 19. (Cespe/STJ/Técnico Judiciário/2008) A organização das idéias do texto permite subentender um conectivo como No entanto ligando o período iniciado por "Os prazeres" (L.12) ao seu anterior. Comentário – Esse conectivo integra o rol das conjunções adversativas, aquelas que principiam segmento de valor semântico adversativo, de contraste, de oposição. Repare que, no segundo parágrafo, o autor associa temor, preocupação e ansiedade das pessoas. A intenção dele é nos informar que, depois da crise do início da década de 30, elas passaram a se preocupar com a estabilidade dos mercados financeiros e da economia globalizada. Mas qual a razão para isso? O que poderia justificar esse sentimento de receio, de agonia, de inquietação mesmo em um período de estabilidade? A explicação encontra-se no quarto período do segundo parágrafo: “Os prazeres da prosperidade geram complacência e inspiram equívocos...”. Portanto uma PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 23 conjunção adversativa não é adequada para unir o quarto período ao terceiro. Melhor seria uma conjunção explicativa: “Essas ansiedades são legítimas, pois os prazeres da prosperidade geram complacência e inspiram equívocos...”. Resposta – Item errado. 20. (Cespe/Prefeitura de Ipojuca – PE/2009) A partir da conjunção "mas" (l.11), subentende-se da organização das ideias no texto que um "processo de longo prazo" (l.10-11) pode não dispor de "sólidas fundações" (l.11) antes de ser definitivo. Comentário – Já caminhando para a conclusão do texto, o autor afirma que a globalização é um processo lento. Apesar disso, ele (o processo) “já dispõe de sólidas fundações”. Pela ideia de contraste causada pelo uso da conjunção adversativa “mas”, percebe-se que a regra ou a consequência normal é esse processo não dispor dessas fundações. Em outras palavras, a globalização, que ainda não assumiu seu formato definitivo pode não dispor de sólidas fundações(regra geral), mas essa dispõe (exceção à regra). Resposta – Item certo. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 24 21. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O conectivo "Então" (L.6) estabelece uma relação de tempo entre as idéias expressas em duas orações. Comentário – Textualmente, esse conectivo introduz segmento de caráter conclusivo. Resposta – Item errado. 22. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O emprego de "Em virtude disso" (L.9) mostra que, imediatamente antes do termo "o social" (L.10) está subtendida a preposição de, que, se fosse explicitada, teria de ser empregada sob a forma do. Comentário – A questão é fácil, mas é preciso ler atentamente a passagem. Nela, o termo “o social” complementa o sentido do nome “discussão”: “discussão sobre a filosofia e [discussão sobre] o social”. Nota-se, assim, o equívoco da alegação do Cespe. Resposta – Item errado. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 25 23. (Cespe/ANTAQ/Analista Administrativo/2009) Na linha 12, caso se deslocasse a conjunção "pois" para o início da oração, a coerência da argumentação seria preservada, desde que fossem retiradas as duas vírgulas que isolam essa palavra e que se fizessem os necessários ajustes nas letras maiúsculas e minúsculas. Comentário – Primeiramente, faça as transformações propostas pela banca: Pois tempo, espaço e matéria são ideias... O que acha? Quase tudo certo, quase tudo! O problema está na perda da ideia original. A conjunção pois utilizada entre vírgulas e após o verbo da oração que integra denota ideia conclusiva, tal como no texto original. O emprego dela no início da oração, como sugerido pela banca, reveste-a de valor semântico explicativo. Resposta – Item errado. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 26 [...] A ideologia 10 da competição e produtividade faz parte de uma visão de mundo dominada pela corrida atrás da acumulação de capitais e do enriquecimento ilimitado, nem sempre por 13 meios civilizados e legítimos. Para a sociedade, coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior produtividade quando seus resultados forem distribuídos 16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. Isso pode ser atingido mediante a elevação proporcional dos salários, a redução dos preços de bens e serviços ou o aumento de 19 investimentos dos lucros gerados, na expansão do sistema produtivo. [...] Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: <www.espacoacademico.com.br> (com adaptações) 24. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010 – adaptada) Julgue os itens abaixo, relativos ao emprego das estruturas linguísticas do texto. (A) Na linha 10, preserva-se a coerência textual ao se inserir da antes de “produtividade”; mas, para se preservar a correção gramatical, será necessário mudar “faz” para fazem. (B) Para a coerência dos argumentos no texto, é indiferente o uso de “quando” (l.15) ou de se, em seu lugar, pois o período sintático preserva a ideia de condição. (C) Seriam mantidas as relações entre os argumentos se, em lugar de “ou” (l.18), antes do último termo da enumeração, fosse usado e; mas a desvantagem seria a repetição do mesmo conectivo. Comentário – Alternativa A: as locuções adjetivas “da competição” e “[da] produtividade” estão subordinadas ao substantivo “ideologia” por meio da mesma preposição: “de” (que se contraiu com o artigo “a” = “da”). Por isso a repetição dela é desnecessária. Ainda que se queira empregá-la novamente, o núcleo do sintagma permanece “ideologia” (terceira pessoa do singular), o que PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 27 obriga o verbo também a permanecer flexionado no mesmo número e na mesma pessoa. Alternativa B: frequentemente, classificamos a conjunção quando como subordinativa adverbial temporal. Antes, porém, é preciso analisar o seu real valor semântico no período em que ocorre. É o caso, por exemplo, da passagem aludida pelo examinador. Nela, o valor semântico do conectivo assemelha-se ao da conjunção condicional “se”. Por isso o uso de um ou de outro é indiferente. Alternativa C: a conjunção alternativa “ou” serviu para nos comunicar que a concretização de um dos fatores (elevação proporcional dos salários; redução dos preços de bens e serviços e aumento de investimentos dos lucros gerados) é suficiente para elevar o nível de bem-estar coletivo. Já a conjunção aditiva e muda esse entendimento e passa a indicar que deve haver o somatório desses fatores (eles devem ocorrer solidariamente) para que o objetivo seja atingido. Resposta – Itens errado, certo e errado. [...] Pesquisas científicas recentes sobre a raiva reforçam essa linha de pensamento, e 7 uma delas mostra que quem reprime sua frustração é pelo menos três vezes mais propenso a admitir que chegou a um ponto em sua carreira no qual não consegue mais progredir e 10 que tem uma vida pessoal decepcionante. Já as pessoas que aprendem a explorar e canalizar sua raiva apresentam uma probabilidade muito maior de estar bem situadas 13 profissionalmente, além de desfrutar de maior intimidade física e emocional com seus amigos e familiares. [...] Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações). 25. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Por causa das duas ocorrências do pronome “que” (l.7-8) no mesmo período sintático, não é PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 28 recomendada a substituição de “no qual” (l.9) por que, apesar de a coerência e a correção do texto serem mantidas. Comentário – O “que” (l. 7-8) é conjunção integrante. Note que ele introduz orações que funcionam como objeto direto dos verbos mostrar e admitir. Isso nada tem a ver com a substituição proposta pelo examinador, que focaliza pronome relativo. A razão do problema causado pela troca é outra. O conjunto “no qual” (l. 9) é composto pela preposição em e pelo pronome relativo o qual. A preposição é obrigatória porque introduz o advérbio de lugar “um ponto em sua carreira”, expresso na oração anterior e representado pelo pronome no segmento subsequente: não consegue mais progredir em um ponto em sua carreira (= “no qual”). Substituir “no qual” por “que”, sem a presença da preposição “em”, prejudica a correção gramatical. Além disso, a coerência textual também sofre, observe: “...chegou a um ponto em sua carreira que não consegue mais progredir...” Percebeu que agora é a “carreira” que não progride mais? Essa mudança brusca de sentido afeta a coerência. Resposta – Item errado. [...] [...] [...] PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 29 26. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) Nos trechos “que de fato desprezava” (L.7) e “que ensinamentos tirei da leitura” (L.22), o elemento “que” recebe a mesma classificação morfossintática. Comentário – Na linha 7, o vocábulo classifica-se como pronome relativo, substitui o antecedente “mulheres” e introduz oração subordinada adjetiva restritiva. Na linha 22, o “que” é conjunção integrante, introduz oração subordinada substantiva objetiva direta. Resposta – Item errado. 1 Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem ao longo da história tem sido seu constante anseio debuscar novas perspectivas, abrir horizontes desconhecidos, 4 investigar possibilidades ainda inexploradas, enfim, ampliar o conhecimento. Desde seus primórdios, os seres humanos dedicam-se a investigar e a pesquisar, sendo esta curiosidade, 7 este desejo de conhecer, uma das mais significativas forças impulsoras da humanidade. O fato é que essa ininterrupta e incansável luta pelo saber tem sido uma das mais importantes 10 atividades do homem. Ocorre que, ao dar vazão ao seu insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem 13 depara-se com seus limites. [...] Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.). Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações). 27. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Seriam preservadas a correção gramatical do texto, bem como a coerência de sua argumentação, se, em lugar de “tem sido” (l.2), fosse usada a forma verbal é; no entanto, a opção empregada no texto ressalta o caráter contínuo e constante dos aspectos mencionados. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 30 Comentário – Vamos reescrever a passagem utilizando a forma verbal sugerida: “Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem ao longo da história é seu constante anseio...”. Pronto, ficou claro que realmente não existe problema. Usado no presente, o verbo ser indica um fato atual, simultâneo ao ato da fala. Mas o pretérito perfeito composto, de fato, imprime à passagem um aspecto durativo, contínuo, não limitado no tempo. Nós já resolvemos uma questão parecida nesta aula (pág. 61, questão 10). Na ocasião, citei Cunha e Cintra para embasar a resposta. Agora é a vez de ouvirmos o que Cegalla tem a nos dizer: “O pretérito perfeito composto traduz um fato passado repetido, ou que se prolonga até o presente: Tenho-lhe dado sempre bons conselhos.” Resposta – Item certo. 1 O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção à saúde do trabalhador, institui mecanismos de monitoração dos indivíduos, visando a evitar ou identificar precocemente os 4 agravos à sua saúde, quando produzidos ou desencadeados pelo exercício do trabalho. [...] Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações). 28. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Para se realçar “mecanismos de monitoração” (l.2), em vez de “regime trabalhista” (l.1), poderia ser usada a voz passiva, escrevendo-se são instituídos em vez de “institui” (l.2), sem que a coerência entre os argumentos e a correção gramatical do texto fossem prejudicadas. Comentário – Faça a troca exatamente como sugere o examinador e constate o quanto é descabida a proposição: “O regime trabalhista [...] são instituídos mecanismos de monitoração dos indivíduos...”. Notou a falta de concordância entre sujeito e verbo? Notou que não há agente da passiva corretamente indicado pelo vocábulo pelo (contração da preposição per com o artigo o). A PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 31 alteração adequada deveria ser assim: “Mecanismos de monitoração dos indivíduos são instituídos pelo regime trabalhista...”. Resposta – Item errado. [...] 10 A declaração não previu que o desenvolvimento capitalista chegasse à sua atual etapa de globalização e de capitais voláteis, especulativos, que, sem controle, entram e 13 saem de diferentes países, gerando instabilidade permanente nas economias periféricas. Talvez fosse o caso de se afirmar, [...] Francisco Alencar. Para humanizar o bicho homem. In: Francisco Alencar (Org.). Direitos mais humanos. Brasília: Garamond, 2006. p. 17-31 (com adaptações). 29. (Cespe/TRT 21ª Região/Analista Judiciário/2011) A oração “A declaração não previu” (l. 10) poderia ser corretamente reescrita da seguinte forma: Na declaração, não se previu. Comentário – A banca resolveu explorar a mudança de voz verbal, que veio acompanhada por outras modificações. Em vez de transformar o sujeito (“A declaração”) em agente da passiva, a banca tornou-o adjunto adverbial (antecipado, o que justifica o uso da vírgula): Na declaração. Até aqui, tudo bem. Não podemos dizer que a nova redação está errada só por causa disso. Também não há incorreção na formação da voz passiva sintética (formada pela combinação de verbo transitivo direto com pronome apassivador): se previu, nem na posição proclítica do tal pronome, atraído pelo advérbio não. Com a nova redação, a forma verbal previu passou a concordar com o sujeito oracional que o desenvolvimento capitalista chegasse... Resposta – Item certo. [...] PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 32 que fragiliza e subordina economias nacionais. Não é admissível que grupos privados transnacionais — não mais do 19 que três centenas —, com negócios que vão do setor produtivo industrial ao setor financeiro, passando pela publicidade e pelas comunicações, sejam, na verdade, o verdadeiro governo do 22 mundo, hegemonizando governos e nações, derrubando restrições alfandegárias, impondo seus interesses particulares. [...] Francisco Alencar. Para humanizar o bicho homem. In: Francisco Alencar (Org.). Direitos mais humanos. Brasília: Garamond, 2006. p. 17-31 (com adaptações). 30. (Cespe/TRT 21ª Região/Analista Judiciário/2011) A correção gramatical do texto seria mantida caso o trecho “Não é admissível” (l. 17-18) fosse substituído por Não se admitem. Comentário – Na redação original, o verbo ser está na voz ativa e concorda na terceira pessoa do singular com o sujeito oracional “que grupos privados transacionais... sejam... o verdadeiro governo do mundo”. Na redação proposta, o sujeito continua o mesmo, embora o verbo se flexione na voz passiva sintética. Portanto não há razão para que o verbo ser se flexione na terceira pessoa do plural. Resposta – Item errado. 1 No século XIX, enfatizou-se, nos mais diversos domínios, a busca de explicações sobre as origens — dos homens, das sociedades, das nações. Foi dentro desse quadro [...] Márcia Regina Capelar Naxara. Cientificismo e sensibilidade romântica. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 2004, p. 24-35 (com adaptações). 31. (Cespe/TRT 21ª Região/Analista Judiciário/2011) Atenderia à prescrição gramatical o emprego, na linha 1, da forma verbal foi enfatizada, em vez de “enfatizou-se”. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 33 Comentário – Sim. O sujeito continuaria sendo a expressão “a busca de explicações sobre as origens”; o verbo continuaria na voz passiva (apenas passaria de passiva sintética para passiva analítica). O gênero feminino do vocábulo enfatizada justifica-se pela concordância do particípio com o substantivo “busca”. Resposta – Item certo. 1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso da técnica, com transformações profundas das noções de espaço e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse 4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. Nada 7 vemos de semelhante ao que aconteceu, no plano das ideias, em outro momento de grandes transformações da técnicae também de grandes descobertas — o século XVI —, com o 10 renascimento de um mundo esquecido e das doutrinas dos velhos filósofos da Grécia e do Oriente, e, com elas, a crítica e a dissolução de antigas crenças que davam ao homem 13 “a certeza do saber e a segurança da ação”. Na época dos descobrimentos, dos Renascimentos, das incertezas, o espaço tornou-se uma pluralidade de espaços; o tempo, uma 16 pluralidade de tempos. Hoje, quando predominam as estatísticas como definidoras e reguladoras da vida social e política, as verdades matemáticas são inquestionáveis, até 19 mesmo nos sonhos. Espaço e tempo tornam-se unidades sistematizadas. Portanto, esta concepção engendra e é, ao mesmo tempo, engendrada pela ideia de sistema, que é a plena 22 realização da racionalidade contemporânea. Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 34 das Letras, p. 14-5 (com adaptações). 32. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010 – adaptada) Julgue os itens abaixo a respeito das alterações propostas para as estruturas linguísticas do texto. (A) A preposição na expressão “com o renascimento” (l.9-10) introduz uma ideia de causa para as “grandes transformações” (l.8); por isso, a reescrita como devido o renascimento preservaria a coerência e a correção gramatical do texto. (B) Em “o espaço tornou-se uma pluralidade de espaços” (l.14-15), o deslocamento do pronome para antes da forma verbal violaria as regras gramaticais. (C) No desenvolvimento do texto, a retirada da conjunção “quando” (l.16) provocaria erro na estrutura gramatical do período sintático, mas preservaria as relações significativas e a coerência entre os argumentos. Comentário – Alternativa A: há um problema na construção da locução prepositiva devido a: a ausência da preposição a. Isso acarreta erro gramatical e compromete a coesão do texto. Devido é a forma nominal do verbo dever conhecida como particípio. Acompanhada da preposição a, converte-se em locução prepositiva. O particípio flexiona-se em gênero e número para concordar com o substantivo: “A consagração dela é devida à (e não devido à) intensa dedicação”; “Os efeitos colaterais, devidos à (e não devido à) má administração dos medicamentos, dificultam a recuperação do paciente. Alternativa B: Não há violação às regras gramaticais, repare: “o espaço se tornou uma pluralidade de espaços”. O que a norma culta não admite é que o pronome oblíquo átono (me, te, se...) principie a oração: “Me dê motivo pra ir embora...” (Tim Maia). Construções desse tipo caracterizam linguagem informal. Alternativa C: originalmente, a conjunção quando acentua a relação de temporalidade entre as duas orações (“...predominam as estatísticas...” e “...as veredas matemáticas são inquestionáveis...”). Seu valor semântico indica que um fato ocorre concomitantemente ao outro. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 35 Sintaticamente, o conectivo marca a subordinação da primeira oração à segunda. Vamos reescrever a passagem conforme a proposta do examinador (permita-me o negrito) “Hoje, predominam as estatísticas como definidoras e reguladoras da vida social e política, as veredas matemáticas são inquestionáveis até mesmo nos sonhos.” As relações sintáticas foram modificadas: sumiu a mencionada subordinação; agora as orações são coordenadas, equivalem-se sintaticamente. Perdeu-se também a noção de concomitância entre os fatos, ainda que eles ocorram atualmente (= ”Hoje”). Resposta – Itens errados. [...] Para crescer mais e de maneira 13 socialmente mais includente, do que o Brasil realmente precisa é que se desconstrua o mito do gigante adormecido. E, para isso, carecemos de um discurso que apresente à sociedade os custos 16 reais que precisam ser pagos para promover a prosperidade de cada indivíduo e do conjunto da nossa sociedade. Carlos Pio. Gigante adormecido. In: Correio Braziliense, 15/4/2010 (com adaptações). 33. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010 – adaptada) Assinale a opção correta a respeito do uso das formas verbais no texto. (A) O uso do modo subjuntivo em “desconstrua” (l.14) indica haver apenas uma possibilidade, uma hipótese de se desconstruir o mito; para afirmar uma certeza, seria escrito desconstrói. (B) Ressalta-se a importância dos “custos reais” (l.15-16), sem prejudicar a correção gramatical do texto, se for usada a forma flexionada no verbo ser, escrevendo-se serem pagos. (C) Seriam preservadas a coerência entre os argumentos e a correção gramatical do texto, com a forma flexionada da forma verbal “promover” (l.16), escrevendo-se promovermos. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 36 Comentário – Alternativa A: é comum os verbos conjugados no modo subjuntivo virem antecedidos pelas conjunções que, caso e embora e por advérbios que exprimem dúvida (talvez, possivelmente etc.) Às vezes, é de fato a conjunção que obriga o uso do verbo no modo subjuntivo, mesmo sem a aparente ideia de possibilidade, incerteza. Note, por exemplo, a conjunção “que” no início da linha 14. Ela impede que seja utilizada uma forma verbal do indicativo. Alternativa B: estamos diante de uma locução verbal: “precisam ser pagos”. Nela, o último verbo (“pagos”) é o principal, que se apresenta em uma forma nominal (particípio); os demais verbos são auxiliares; a flexão de número e pessoa recai sobre o primeiro. Portanto constitui erro a forma precisam serem pagos. Alternativa C: o verbo está no infinitivo impessoal quando, não flexionado, não se refere a nenhuma pessoa gramatical e desempenha a função de substantivo (serve para nomear uma ação: Nadar é bom para a saúde.). Por outro lado, será pessoal quando, flexionado, referir-se a uma pessoa gramatical. Este é o caso da forma verbal promovermos, que aponta para o sujeito desinencial nós, o mesmo da forma verbal “carecemos”. Resposta – C [...] Pesquisas científicas recentes sobre a raiva reforçam essa linha de pensamento, e 7 uma delas mostra que quem reprime sua frustração é pelo menos três vezes mais propenso a admitir que chegou a um ponto em sua carreira no qual não consegue mais progredir e 10 que tem uma vida pessoal decepcionante. Já as pessoas que aprendem a explorar e canalizar sua raiva apresentam uma probabilidade muito maior de estar bem situadas 13 profissionalmente, além de desfrutar de maior intimidade física e emocional com seus amigos e familiares. [...] Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações). PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 37 34. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Por ter como agente “pessoas” (l.10), o infinitivo empregado em “explorar” (l.11) poderia ser flexionado no plural, explorarem, sem prejudicar a coerência e a correção gramatical do texto. Comentário – O infinitivo “explorar” é o verbo principal da locução “aprendem a explorar”. Nela, o primeiro verbo é o auxiliar. É dele a atribuição de se flexionar em número e pessoa. Resposta – Item errado. 35. (Cespe/CEF/Advogado/2010) “A população carcerária no Brasil é composta fundamentalmente por jovens”. O vocábulo “jovens” classifica- se como adjetivo. Comentário – Adjetivo é palavra que se relaciona com o substantivo para lhe atribuir uma característica. Com ele concordaem número e gênero. Exemplos: mulher alta, livros bons, árvore alta, tapete novo etc. Na frase em que surge, o vocábulo “jovens” nomeia (e não caracteriza) pessoas que estão nos primeiros tempos de existência, que são juvenis,novas. É, pois, substantivo. Resposta – Item errado. 36. (Cespe/Pró-Saúde/Fisioterapeuta/2010) “De tão recorrente, virou alvo de um projeto internacional para preveni-lo [...] afirma o psicoterapeuta João Figueiró, presidente do Instituto Zero a Seis”. Os vocábulos “recorrente” e “presidente” pertencem à mesma classe de palavras. Comentário – A palavra “recorrente” atribui ao pronome substantivo “-lo” a característica de tornar a aparecer ou de aparece depois de haver desaparecido. É , portanto, adjetivo. Já o vocábulo “presidente” é substantivo que designa pessoa (“João Figueiró”) que chefia conselho, tribunal, assembleia etc. Resposta – Item errado. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 38 37. (Cespe/DPU/Analista Técnico-Administrativo/2010) “O direito que se realiza pacificamente é o ideal — praticamente inatingível — de uma sociedade que se queira justa. A palavra “ideal” é um adjetivo que caracteriza “direito”. Comentário – A presença do artigo “o” antes do vocábulo “ideal” torna-o um substantivo. Os artigos têm o “poder” de substantivar qualquer palavra, até mesmo verbo: O cantar dos pássaros é belo. Resposta – Item errado. 38. (Cespe/SAD-PE/Contador/2010) “A capacidade de associação, ou o poder de conectar perguntas [...]. Quanto maior a variedade de experiências e de conhecimento, mais conexões o cérebro pode fazer”. Os vocábulos “poder” e “pode” pertencem à mesma classe de palavras. Comentário – Notou o artigo “o” antes do vocábulo “poder”? Sim, ele é um substantivo que designa a capacidade, a virtude, a habilidade de fazer algo. A palavra “pode” é verbo auxiliar que integra a locução verbal “pode fazer”. Resposta – Item errado. Muito bem, por hoje é só. Ficarei aguardando as dúvidas, as sugestões e os comentários. Não deixe de interagir. O êxito deste curso também depende da sua participação. Na próxima aula, resolveremos exercícios sobre regência e crase. Até lá! Professor Albert Iglésia PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 39 Pontos Importantes da Matéria ¾ Considerações sobre os modos verbais INDICATIVO Î associado a ações que consideramos de ocorrência certa, real: Vou hoje. / Saíram cedo. SUBJUNTIVO Î associado a acontecimentos prováveis, hipotéticos, duvidosos: É possível que chova. IMPERATIVO Î associado a ordens, sugestões, pedidos, súplicas: Sejam prudentes. / Volte logo. ¾ Considerações sobre voz passiva O aluno aprendeu a lição. (ativa) A lição foi aprendida pelo aluno . (passiva verbal) Sujeito Agente OD Sujeito Paciente Ag. da Passiva Aprenderam a lição. (ativa) VA + VP VTD A lição foi aprendida. (verbal) Sujeito Paciente Aprendeu-se a lição. (pronom.) Sujeito Paciente VA + VP VTD + SE Pron. Apassivador ¾ Considerações sobre voz ativa Ficou-se feliz com o resultado. Vive-se bem neste lugar. Precisa-se de professores. Ama-se a Deus. VL + SE VI + SE VTI + SE VTD + SE + Prep. • Voz ativa • Sujeito indeterminado • “Se” = índ. de indet. do sujeito PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 40 ¾ Flexões Verbais MODOS TEMPOS COMPOSTOS Indicativo pretérito perfeito (tenho/hei cantado) mais-que-perf. (tinha/havia cantado) futuro do presente (terei/haverei cantado) do pretérito (teria/haveria cantado) Subjuntivo pretérito perfeito (tenha/haja cantado) mais-que-perf. (tivesse/houvesse cantado) futuro (tiver/houver cantado) ¾ Considerações sobre os tempos compostos Temos estudado muito. Havíamos chegado tarde. TEMPO SIMPLES TEMPO COMPOSTO P (presente) Î PP (pretérito perfeito) PI (pretérito imperfeito) Î PMP (pret. mais-que-perf.) Não há tempos compostos relativos ao presente e ao pretérito imperfeito. Não há tempo composto relativo ao modo imperativo. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 41 ¾ Formas nominais do verbo e os tempos compostos FORMAS NOMINAIS TEMPOS COMPOSTOS infinitivo impessoal cantar ter/haver cantado infinitivo pessoal cantar ter/haver cantado cantares teres/haveres cantado cantar ter/haver cantado cantarmos termos/havermos cantado cantardes terdes/haverdes cantado cantarem terem/haverem cantado gerúndio cantando tendo/havendo cantado particípio cantado ¾ Formação do Imperativo Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo eu canto eu cante tu cantas (- s) canta tu tu cantes não cantes tu ele canta cante ele/você ele cante não cante ele/você nós cantamos cantemos nós nós cantemos não cantemos nós vós cantais (- s) cantai vós vós canteis não canteis vós eles cantam cantem eles/vocês eles cantem não cantem eles/vocês PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 42 CUIDADO! Não vá sem eu saber. Î pronome pessoal do caso reto é sujeito de verbo Todos saíram, exceto eu (saí). Î o verbo pode estar subentendido pessoa = OI Maria fez aniversário. Pedro deu-lhe um presente. Maria fez aniversário. Pedro a presenteou. pessoa ou coisa = OD Mandei-o sair da sala. OD posse = adj. adn. sujeito Pediu-lhe os brinquedos emprestados. Pediu os seus brinquedos emprestados. • Mandar • Deixar • Fazer • Ver • Ouvir • Sentir causativos sensitivos Ofereceu-me ajuda durante o trabalho. Olhou-me pelo retrovisor do carro. Cortou-me os cabelos. OI OD Adj. Adn. ¾ Emprego dos Pronomes Pessoais Caso Reto X Caso Oblíquo: Ele virou ela. – sujeito ou predicativoÎ caso reto. Quero falar com ele. Vi-o na rua. Sou útil a ele. complemento verbal e complemento nominalÎ caso oblíquo Eu contei a ti o que acontecera. Você terá de viajar com nós dois. Você terá de viajar conosco. (= com + nós) oblíquos tônicos Î precedidos de preposição realce, numeral, pronome ou oração adjetiva PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 43 Vossa Eminência fez um belo discurso. falar com a pessoa Sua Excelência fez um belo discurso. falar da pessoa Vossa Excelência apresentará seus projetos hoje? terceira pessoa (plural ou singular) Se você chegar cedo, eu vou te ajudar. (errada) Se você chegar cedo, eu vou ajudá-lo. (certa) ¾ Emprego dos Demonstrativos Casos Especiais (empregados como elementos de coesão) Meu argumento é este: não há democracia sem justiça. catáfora = referência ao que se segue. Não há democracia sem justiça. Esse é meu argumento anáfora = referência ao que foi dito Comprei uma moto e uma casa. Esta eu dei para meu pai; aquela, para meu irmão. ¾ Emprego dos Relativos É uma pessoa com cujas opiniões não podemos concordar. O professor cujo o filho nasceu está feliz. (errada) o artigo é inadmissível Esta é a pessoa à cuja obra fiz referência. (errada) somente a preposição é admitida A sala onde trabalho está fechada. em: desaparece antes de onde O teatro aonde vou é muito longe. A escola donde venho é muito longe. a de PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSORALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 44 Casos de Mesóclise Verbo no futuro do presente ou futuro do pretérito, sem palavra atrativa Amar-te-ei a vida inteira. (Não te amarei a vida inteira.) Dar-lhe-ia o livro. (Tudo lhe daria.) Casos de Ênclise Se não ocorrer um dos casos mencionados anteriormente, usaremos a ênclise. Levante-se e lute. Tratando-se desse assunto... Vendê-lo era o que mais importava. Aqui, fazem-se chaves. ¾ Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos Casos de Próclise Palav. de sentido negativo Nada me fará desistir. Ninguém me fará desistir. Advérbios sem pausa Aqui se fazem chaves. Conj. subord. e pronomes relativos Quando lhe dissemos a verdade... O livro que me deste é... Conj. coord. alternat. Ora se atribulava, ora se aquietava. Pron. e advérb. interrog. Quem lhe contou a verdade? Por que te afliges tanto? Pronomes indefinidos Tudo me foi dado. Frases exclamativas e optativas Como te atreves! Deus o abençoe, meu filho! em + gerúndio Em se tratando desse assunto... PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 45 Lista das Questões Comentadas [...] [...] 1. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2011) A inserção do artigo definido plural os imediatamente antes da palavra “policiais” (L.6) não alteraria o sentido original do período. [...] [...] 2. (Cespe/STM/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2011) O elemento que possui, em todas as suas ocorrências (L.7, 8, 13 e 14), a propriedade de retomar palavras ou expressões que o antecedem no texto. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 46 [...] [...] 3. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) A supressão da preposição em “em que” desrespeitaria as regras gramaticais, pois, por meio dela, se indica que o pronome “que” retoma “subjetividade” . 4. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A ideia de continuidade no uso do transporte hidroviário é marcada, no texto, tanto pelo emprego da preposição "desde" (L.1) quanto pelo emprego da expressão verbal "tem sido usado" (L.1). PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 47 5. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento do texto, a conquista dos "direitos invioláveis" (L.17) está associada a um processo gradativo e contínuo, como evidencia o emprego das preposições "desde" (L.17) e "até" (L.19). PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 48 6. (Cespe/TCU/AFCE/2009) A preposição "mediante" (L.1) estabelece relação de movimento entre "exercício do poder" (L.1) e "múltiplas dinâmicas" (L.1-2). 7. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2008) O emprego das preposições em "da responsabilidade" (L.9) e "para a comunidade" (L.10) é exigido, respectivamente, por "preço" (L.8) e "dirigir" (L.9). 1 A tecnologia passou a dominar não apenas o comércio, as cidades, a vida cotidiana e a intimidade do homem, mas foi além: transformou-se na linguagem do mundo 4 contemporâneo, nossa mediação universal. Como sistema universal, a História — da mesma maneira que as ciências, as artes e a política — é vista da mesma perspectiva, isto é, por 7 meio de um conjunto de regras de conhecimentos, geralmente PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 49 quantificados, que valem de forma diferenciada para todas as dimensões do real. 10 É impossível despojar o mundo das suas ambiguidades, paradoxos e enigmas, e dominá-lo plenamente por meio da racionalidade técnica e de forma sistemática. Em 13 vez de habitar o mundo, acolhê-lo, viver no meio dos acontecimentos, o homem moderno tem a pretensão de dominá-lo pela técnica. Mas ele não se dá conta de que essa 16 pretensão é o que o transforma no escravo moderno: dominado por causas exteriores, o homem perde a prudência e age como qualquer ser passional, isto é, tudo o que ele faz só faz porque 19 é levado pelos acontecimentos. Russell A. Mittermeyer. Um planeta febril. In: Istoé, 23/12/2009, p. 117 (com adaptações). 8. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) Considerando o uso das estruturas linguísticas no texto, assinale a opção correta. (A) A expressão “da mesma maneira” (l.5) estabelece uma comparação entre o “sistema universal” (l.4-5) e o “conjunto de regras de conhecimentos” (l.7). (B) A expressão “por meio de” (l.6-7) e o vocábulo “pela” (l.15) atribuem a ideia de instrumento, respectivamente, a “um conjunto de regras” (l.7) e a “técnica” (l.15). (C) Os pronomes em “dominá-lo” (l.11) e em “o transforma” (l.16) referem-se a “mundo”, respectivamente, nas linhas 10 e 13. (D) Na linha 12, a repetição da preposição de, que precede “racionalidade técnica” e “forma sistemática”, indica que se trata de dois complementos para a expressão “por meio”. (E) A preposição de, em “dos acontecimentos” (l.13-14), corresponde à preposição a e por ela pode ser substituída, sem prejudicar a correção e a coerência do texto. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 50 1 Afirma-se que a inovação e, particularmente, seus produtos tecnológicos estimulam a competitividade e, dessa forma, contribuem para o crescimento econômico do país. 4 Consequentemente, a competitividade é erigida em valor supremo da vida social, como se fosse uma lei da natureza imanente à espécie humana. Omite-se, propositadamente, 7 que o mais longo período da história da vida humana foi orientado pela cooperação e solidariedade, valores fundamentais para a sobrevivência da espécie. A ideologia 10 da competição e produtividade faz parte de uma visão de mundo dominada pela corrida atrás da acumulação de capitais e do enriquecimento ilimitado, nem sempre por 13 meios civilizados e legítimos. Para a sociedade, coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior produtividade quando seus resultados forem distribuídos 16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. Isso pode ser atingido mediante a elevação proporcional dos salários, a redução dos preços de bens e serviços ou o aumento de 19 investimentos dos lucros gerados, na expansão do sistema produtivo. Deixemos bem claro: não se discute aqui a necessidade de tecnologia nas sociedades contemporâneas, 22 mas a condição de que esta seja ambientalmente segura, socialmente benéfica (para todos) e eticamente aceitável. Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: <www.espacoacademico.com.br> (com adaptações) 9. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010 – adaptada) A coerência e a correção gramatical do texto seriam mantidas ao se substituir (A) “erigida em valor supremo” (l.4-5) por erigida valor supremo. (B) “fundamentais para a sobrevivência” (l.9) por fundamentais a sobrevivência. (C) “atingido mediante a elevação” (l.17) por atingido pela elevação. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 51 (D) “condição de que esta seja” (l.22) por condição que esta seja. [...] O fato é que essa ininterrupta e incansável luta pelo saber tem sido uma das mais importantes 10 atividades do homem. Ocorre que, ao dar vazão ao seu insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar em toda sua plenitude a livre aventurado espírito, o homem 13 depara-se com seus limites. [...] Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.). Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações). 10. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A repetição da preposição a em “ao tentar” (l.11) é fundamental para mostrar que a oração aí iniciada está em paralelo com a oração iniciada por “ao dar vazão” (l.10); e que não se trata de mais um termo da enumeração de verbos que complementam “afã de” (l.11). 1 A realidade atual vem exigindo dos pesquisadores envolvidos com a temática da saúde maiores esforços para compreender as mudanças recentes, pois o modo de as pessoas 4 fazerem uso de suas capacidades físicas, cognitivas e afetivas para produzir foi transformado. [...] Ada Ávila Assunção. Uma contribuição ao debate sobre as relações saúde e trabalho. In: Ciênc. Saúde Coletiva, v. 8, n.º 4, p. 1.005-18, 2003 (com adaptações). 11. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A organização das ideias no texto mostra que “realidade atual” (l.1) constitui a circunstância de tempo em que a “temática da saúde” (l.2) está sendo considerada; por isso, mantêm-se as relações entre os argumentos e a correção gramatical ao se iniciar o texto com Na realidade atual. 12. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Na linha 2, em razão da acepção de “envolvidos” usada no texto, é possível substituir “com a” por PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 52 na, sem prejudicar sua correção gramatical, nem tornar incoerente a relação entre as ideias apresentadas. 13. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A preposição em “para compreender” (l.2-3) e “para produzir” (l.5) expressa o sentido de finalidade: a finalidade dos “esforços” (l.2) e das “capacidades” (l.4), respectivamente. 14. (Cespe/PC-ES/Cargos de Nível Superior/2011) No trecho "estão convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou históricas" (L.8-10), a omissão da preposição "de" prejudicaria a correção gramatical do período. [...] [...] 15. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) A substituição da locução “a fim de” (L.16) por para manteria a correção gramatical e o sentido original do texto. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 53 16. (Cespe/Correios/Agente de Correios/Atendente Comercial/2011 – adaptada) A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue os itens abaixo. I. No pedido de desculpa pelos erros (v.3), o autor da carta comete o seguinte erro: emprego da forma verbal “desculpes”, em vez de desculpe. II. Os termos “Porque” (v.2) e “Porém” (v.7) estabelecem, nos respectivos trechos, semelhantes relações de sentido. III. No verso 5, os vocábulos “Talvez” e “até” expressam circunstâncias de tempo. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 54 17. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A conjunção "e" (L.4) liga dois complementos para a expressão "É obvio" (L.3). 18. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O desenvolvimento da argumentação permite que se insira o conectivo Logo, seguido de vírgula, imediatamente antes de "A política" (L.9), escrevendo-se o artigo com letra minúscula, sem prejuízo para a coerência e a correção gramatical do texto. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 55 19. (Cespe/STJ/Técnico Judiciário/2008) A organização das idéias do texto permite subentender um conectivo como No entanto ligando o período iniciado por "Os prazeres" (L.12) ao seu anterior. 20. (Cespe/Prefeitura de Ipojuca – PE/2009) A partir da conjunção "mas" (l.11), subentende-se da organização das ideias no texto que um "processo de longo prazo" (l.10-11) pode não dispor de "sólidas fundações" (l.11) antes de ser definitivo. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 56 21. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O conectivo "Então" (L.6) estabelece uma relação de tempo entre as idéias expressas em duas orações. 22. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O emprego de "Em virtude disso" (L.9) mostra que, imediatamente antes do termo "o social" (L.10) está subtendida a preposição de, que, se fosse explicitada, teria de ser empregada sob a forma do. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 57 23. (Cespe/ANTAQ/Analista Administrativo/2009) Na linha 12, caso se deslocasse a conjunção "pois" para o início da oração, a coerência da argumentação seria preservada, desde que fossem retiradas as duas vírgulas que isolam essa palavra e que se fizessem os necessários ajustes nas letras maiúsculas e minúsculas. [...] A ideologia 10 da competição e produtividade faz parte de uma visão de mundo dominada pela corrida atrás da acumulação de capitais e do enriquecimento ilimitado, nem sempre por 13 meios civilizados e legítimos. Para a sociedade, coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior produtividade quando seus resultados forem distribuídos 16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. Isso pode ser atingido mediante a elevação proporcional dos salários, a redução dos preços de bens e serviços ou o aumento de 19 investimentos dos lucros gerados, na expansão do sistema produtivo. [...] Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 58 <www.espacoacademico.com.br> (com adaptações) 24. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010 – adaptada) Julgue os itens abaixo, relativos ao emprego das estruturas linguísticas do texto. (A) Na linha 10, preserva-se a coerência textual ao se inserir da antes de “produtividade”; mas, para se preservar a correção gramatical, será necessário mudar “faz” para fazem. (B) Para a coerência dos argumentos no texto, é indiferente o uso de “quando” (l.15) ou de se, em seu lugar, pois o período sintático preserva a ideia de condição. (C) Seriam mantidas as relações entre os argumentos se, em lugar de “ou” (l.18), antes do último termo da enumeração, fosse usado e; mas a desvantagem seria a repetição do mesmo conectivo. [...] Pesquisas científicas recentes sobre a raiva reforçam essa linha de pensamento, e 7 uma delas mostra que quem reprime sua frustração é pelo menos três vezes mais propenso a admitir que chegou a um ponto em sua carreira no qual não consegue mais progredir e 10 que tem uma vida pessoal decepcionante. Já as pessoas que aprendem a explorar e canalizar sua raiva apresentam uma probabilidade muito maior de estar bem situadas 13 profissionalmente, além de desfrutar de maior intimidade física e emocional com seus amigos e familiares. [...] Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações). 25. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Por causa das duas ocorrências do pronome “que” (l.7-8) no mesmo período sintático, não é recomendada a substituição de “no qual” (l.9) por que, apesar de a coerência e a correção do texto serem mantidas. [...] PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 59 [...] [...] 26. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) Nos trechos “que
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