Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE FI´SICA LICENCIATURA E BACHARELADO EM FI´SICA DISPERSA˜O DA LUZ POR UM PRISMA FIDELIS SOUZA PASSOS ISRAEL IVO VALDINEY RODRIGUES ALMEIDA HELENA BORDINI MANOEL SALVINO LIMA NETO RAYANNA OLIVEIRA COSTA PROFESSOR: EDUARDO CAMPOS CURVO 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE FI´SICA LICENCIATURA E BACHARELADO EM FI´SICA DISPERSA˜O DA LUZ POR UM PRISMA FIDELIS SOUZA PASSOS ISRAEL IVO VALDINEY RODRIGUES ALMEIDA HELENA BORDINI MANOEL SALVINO LIMA NETO RAYANNA OLIVEIRA COSTA Relato´rio apresentado ao curso de Bacharelado e Licenciatura em F´ısica, em cumprimento as exigeˆncias legais, sob a orientac¸a˜o do professor Eduardo Campos Curvo para obtenc¸a˜o de nota da disciplina Laborato´rio de F´ısica Moderna do semestre 2015/2. Cuiaba´, 9 de marc¸o de 2016 Suma´rio 1 Introduc¸a˜o 2 2 Fundamentac¸a˜o Teo´rica 3 3 Procedimentos Experimentais 5 3.1 Instrumentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 3.2 Procedimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 4 Resultados e Discusso˜es 7 4.1 Perguntas Propostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 5 Conclusa˜o 12 6 Bibliografia 13 1 1 Introduc¸a˜o O prisma triangular e´ uma ferramenta bastante utilizada na o´tica e em diversos ramos da f´ısica, vinculados aos estudos dos espectros luminosos. Devido as suas propriedades geome´tricas. Por se tratar de um meio de densidade diferente da densidade do ar, toda radiac¸a˜o que penetra o vidro do prisma sofre um fenoˆmeno chamado de refrac¸a˜o, onde cada comprimento de onda presente no feixe e´ refratado em aˆngulos diferentes. O aˆngulo de refrac¸a˜o para cada comprimento de onda e´ determinado por meio do ı´ndice de refrac¸a˜o, o ı´ndice de refrac¸a˜o e´ uma propriedade do meio (vidro). No entanto, por me´todos experimentais, e´ mais pra´tico se obter o aˆngulo de refrac¸a˜o do que o ı´ndice de refrac¸a˜o. A fo´rmula de Cauchy e´ um me´todo que permite obter o ı´ndice de refrac¸a˜o em func¸a˜o do aˆngulo do feixe espalhado. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi obter o ı´ndice de refrac¸a˜o de um prisma de vidro para diversos comprimentos de onda utilizando a fo´rmula de Cauchy e analisar o uso do prisma como espectroˆmetro. 2 2 Fundamentac¸a˜o Teo´rica A refrac¸a˜o e´ um fenoˆmeno interessante que acontece com a luz e com qualquer onda eletro- magne´tica. Refratar vem da palavra latina que significa ”quebrar”. A palavra ”fratura”tambe´m tem a mesma raiz. De fato, ao se mergulhar um la´pis inclinado dentro de um copo cheio de a´gua, o la´pis parecera´ ”quebrado”. O fenoˆmeno da refrac¸a˜o ocorre quando a luz ou onda ele- tromagne´tica passa de um meio com um determinado coeficiente de refrac¸a˜o para outro de coeficiente diferente. Figura 1: A dispersa˜o por um prisma e o arco ı´ris sa˜o manifestac¸o˜es de que a luz branca e´ composta de cores e que o ı´ndice de refrac¸a˜o depende do comprimento de onda. (Imagens reproduzidas do roteiro do experimento). A dispersa˜o da luz se manifesta em fenoˆmenos naturais, como o arco ı´ris (Fig. 1), e em va´rios campos da cieˆncia e tecnologia. Por exemplo, em lentes da´ lugar a` aberrac¸a˜o croma´tica e, em comunicac¸o˜es por fibra o´ptica, produz um alargamento dos pulsos de luz que se propagam nas fibras, limitando a taxa de transmissa˜o. Assim, conhecer a relac¸a˜o de dispersa˜o e´ importante para projetar lentes de caˆmeras, telesco´pios, microsco´pios e sistemas de comunicac¸a˜o o´ptica. O coeficiente de refrac¸a˜o, n, e´ a raza˜o entre a velocidade da luz no va´cuo e a velocidade da luz no meio em questa˜o: η = c v (1) O que acontece, de fato, e´ que a velocidade da luz muda ao passar de um meio, como o ar, para outro, como a a´gua ou vidro. O efeito disso e´ o desvio do facho de luz sob um determinado aˆngulo. O coeficiente de refrac¸a˜o depende da densidade do meio: aquele e´ maior, quanto mais denso foi o meio, ou seja, menor a velocidade da luz no meio mais denso. A frequeˆncia da luz na˜o muda quando esta passa de um meio para outro. De acordo com a equac¸a˜o: v = λf (2) A mudanc¸a de velocidade e comprimento de onda na borda de dois materiais causa a mudanc¸a de direc¸a˜o da luz. Uma analogia rudimentar para isso seria um carro, inicialmente no asfalto, aproximando-se de uma estrada de lama sob um determinado aˆngulo agudo. O primeiro pneu a atingir a lama diminuira´ de velocidade, enquanto que o pneu do mesmo eixo ainda roda a` maior velocidade no asfalto. Isso obrigara´ o carro a virar, ate´ que ambos pneus estejam na lama e girando a` mesma velocidade. Se θ1 e´ o aˆngulo do raio relativo a` normal do plano de incideˆncia no meio 1 (figura 2), e θ2 e´ o aˆngulo relativo a` normal no meio 2, enta˜o a lei de Snell nos da´ senθ1 senθ2 = v1 v2 = η1 η2 (3) A Lei de Snell pode ser deduzida segundo va´rias maneiras diferentes. Duas deduc¸o˜es famosas sa˜o creditadas ao Princ´ıpio de Huygens e ao Princ´ıpio de Fermat. O Princ´ıpio de Huygens postula que: todos os pontos numa frente de onda podem ser considerados como fontes pontuais para a produc¸a˜o de ondas elementares esfe´ricas secunda´rias. 3 Figura 2: Um raio de luz que passa de um meio para outro com η1 < η2 Apo´s um tempo t a nova posic¸a˜o de uma frente de onda e´ a superf´ıcie tangente a estas ondas elementares secunda´rias. O Princ´ıpio de Fermat, descoberto em 1650, expressa que: Um raio de luz que se propaga de um ponto fixo para outro ponto fixo segue um trajeto tal que, comparado aos trajetos pro´ximos, o tempo necessa´rio e´ um mı´nimo, um ma´ximo ou permanece inalterado (isto e´, estaciona´rio). Figura 3: (Esquerda) Curva de dispersa˜o de va´rios vidros e (direita) curva de dispersa˜o de Cauchy para o caso do vidro BK7. (Retirado do roteiro do laborato´rio) A figura 3 ilustra a variac¸a˜o do ı´ndice de refrac¸a˜o com o comprimento de onda para diversos vidros utilizados em o´tica. Na regia˜o do espectro vis´ıvel, na maioria dos materiais o ı´ndice de refrac¸a˜o diminui com o comprimento de onda (este comportamento se diz dispersa˜o normal. O gra´fico da direita na fig. 3 mostra a dispersa˜o do vidro BK7, muito utilizado na confecc¸a˜o de lentes, e curvas de ajuste utilizando a fo´rmula de Cauchy 1, η = A+ B λ2 + C λ4 + · · · (4) Na regia˜o do espectro vis´ıvel, geralmente a fo´rmula de Cauchy com os dois primeiros termos e´ simples e descreve bem a dispersa˜o no caso de vidros transparentes: η = A+ B λ2 (5) O erro no ı´ndice de refrac¸a˜o pode ser estimado aplicando a fo´rmula de propagac¸a˜o de erros: ∆η = √ [1− η2sen2(α/2)]∆δ2 + [sen(δ/2)/sen(α/2)]2∆α2 2sen(α/2) (6) E para aˆngulos alpha muito pro´ximos de 60◦ podemos utilizar a equac¸a˜o: ∆η ≈ 3× 10−4 √ 2 + η2/4− η √ 3(1− η2/4) (7) 4 3 Procedimentos Experimentais 3.1 Instrumentos Figura 4: Gonioˆmetro composto por duas lunetas 1. Gonioˆmetro composto por duas lunetas ou telesco´pio, uma fixa e outra presa a uma mesa girato´ria (figura 4). (1) Fenda (2) Ajuste de foco do telesco´pio fixo ou colimador (3) Ocular do telesco´pio girato´rio (4) Ajuste de foco (5) Parafuso de trava da mesa girato´ria (6) Parafuso de avanc¸o fino da mesa girato´ria (7) Parafuso de trava do disco graduado (8) Avanc¸o fino do disco graduado para zerar o instrumento (9) Parafuso de trava da platina (platina e´ a superf´ıcie horizontal onde o prisma foi colocado) (10) Um dos treˆs parafusos para nivelar a platina; (Direita) Detalhe do Vernier, indicando um aˆngulo me´dio de 103o + 30′ + 15′ = 103o45′ 2. Prisma 3. Laˆmpadas de cadmio, mercu´rio e zinco. 3.2 Procedimento 1. Alinhamento inicial: utilizou-se luz branda de so´dio (Na). 1.1 Destravou-se a luneta mo´vel(parafuso 5 da figura 4) e alinhou-se a fenda de entrada de luz com a luneta de leitura. 1.2 Travou-se a luneta e fez o ajuste fino com o parafuso 6 ate´ a linha vertical da cruz coincidir com o lado da fenda que na˜o se move. 1.3 Soltou-se a trava do disco do gonioˆmetro (parafuso 7) e ajustou-se o “zero”do Vernier. Travou-se o gonioˆmetro e utilizando uma lupa para ver bem os riscos do Vernier, ajustou-se o “zero”movendo o gonioˆmetro com o seu ajuste fino (parafuso 8). 5 2. Mediu-se o a´pice α, para medi-lo usou-se o fato que o aˆngulo entre os dois raios refletidos nas duas faces do prisma e´ igual a 2α. 2.1 Destravou-se a luneta mo´vel (parafuso 5, figura 4). 2.2 Colocou-se o prisma apontado para a fenda e encontrou-se a imagem refletida em uma das faces do prisma. 2.3 Girou-se levemente a fenda ate´ alinhar paralelamente a linha vertical da cruz. 2.4 Encontrou-se a imagem refletida em outra face do prisma. 2.5 Nivelou-se a platina utilizando o parafuso 9 ate´ que as imagens vistas por reflexa˜o nas duas faces do prisma estivessem a mesma altura do campo visual 2.6 Alinhou-se com as duas reflexo˜es e verificou-se em cada imagem refletida qual e´ o lado da fenda que na˜o se move. 2.7 Travou-se a luneta e alinhou-se finamente (parafuso 6) a cruz com o lado da fenda que na˜o se move. Fez-se a leitura dos aˆngulos (L1 e L2) no Vernier correspondentes a`s duas reflexo˜es, notou-se que a leitura de L1 coincide com o aˆngulo defletido na reflexa˜o, entretanto, L2 deve ser subtra´ıdo de 360 o, tal que, α = (L1 + 360 o − L2)/2. 3. Achou-se o aˆngulo de desvio mı´nimo: Utilizou-se a laˆmpada de so´dio (Na). 3.1 Posicionou o prima de modo que os raios refratados se dirigissem para o lado dos aˆngulos “positivos”do gonioˆmetro (para na˜o precisar subtrair 360o em toda medida). 3.2 Destravou-se a luneta e achou-se a raia amarela. Ajustou-se o foco e fechou-se a fenda ate´ obter uma imagem n´ıtida e mais fina poss´ıvel. 3.3 Destravou-se a platina ligeiramente (parafuso 9) de modo que ela pudesse girar sem cair. Girou-se a platina com uma ma˜o e acompanhou-se a raia amarela movendo a luneta com a outra ma˜o ate´ que achasse a posic¸a˜o na qual o aˆngulo de desvio fosse mı´nimo. 3.4 Travou-se a luneta (parafuso 5) e a platina (parafuso 9). 3.5 Utilizou-se o avanc¸o fino da luneta (parafuso 9), e alinhou-se a linha vertical da cruz com o lado da imagem da fenda que na˜o se move e leu-se o aˆngulo no Vernier. 3.6 Mediu-se outras linhas utilizando o mesmo procedimento anterior (3.5). 4. Medida da dispersa˜o: utilizou-se todas as laˆmpadas dispon´ıveis. 4.1 Desconsiderou-se as raias na qual na˜o se obteve certeza sobre seus comprimentos de ondas. 4.2 Para linhas mais fracas abriu-se a fenda e ajustou-se o foco ate´ que conseguisse uma n´ıtida e inconfund´ıvel. O aˆngulo correto e´ sempre aquele no qual a linha vertical da cruz coincide com o lado da fenda que na˜o se move. 4.3 Para raias pro´ximas entre si na˜o precisou girar o prisma (ja´ que a condic¸a˜o de desvio mı´nimo depende pouco do comprimento de onda). 4.4 Organizou-se os dados na tabela do roteiro dado em aula pelo professor. 4.5 Colocou-se os dados num gra´fico η por λ−2 durante o experimento, para des- considerar as medidas que se afastaram muito da reta feita pelo me´todo dos mı´nimos quadrados e remedi-las obtendo um resultado melhor. 6 4 Resultados e Discusso˜es O gra´fico da figura 5 abaixo foi obtido a partir dos dados coletados experimentalmente a` partir do procedimento 4, foi plotado primeiramente pelo programa Origin em sala de aula, e definitivamente pelo Matlab. Os coeficientes A e B foram obtidos pelo me´todo dos mı´nimos quadrados. Figura 5: A` partir dos resultados obtidos em laborato´rio, aproximou-se uma reta pelo me´todo dos mı´nimos quadrados para este gra´fico. O gra´fico abaixo da figura 6 foi obtido resolvendo a equac¸a˜o 5 para λ. Figura 6: Dados experimentais e curva usando a fo´rmula de Cauchy. Repare que esses gra´ficos so´ foram poss´ıveis a partir dos resultados dos δmin medidos ex- perimentalmente, obtendo os ı´ndices de refrac¸a˜o a partir destes, usando laˆmpadas de cadmio, mercu´rio e zinco. Todos os valores dados e medidos esta˜o contidos na tabela 1 abaixo: Apo´s observarmos os espectros das laˆmpadas citadas acima, outros diferentes tipos de laˆmpadas foram usados. Essas, sa˜o laˆmpadas mais usadas no nosso dia a` dia. Afim de poder visualizar as raias espectrais das laˆmpadas que sera˜o citadas logo a seguir, utilizamos os mes- mos procedimento de calibrac¸a˜o que foram usados antes, que consiste em zerar o gonioˆmetro, posicionar o alvo da luneta sobre a raia central da laˆmpada e procurar a imagem refletida no prisma que forma cada raia espectral. 7 λ(nm) Cauchy (nm) ∆λ(nm) Elemto Cor λ−2µm−2 δmin (graus) η ∆η 643,85 652,79 2,6719 Cd 2,4123 38,433 1,5158 0,00027847 508,58 515,93 2,1105 Cd 3,8662 38,967 1,5219 0,00027962 479,99 480,85 1,9919 Cd 4,3404 39,183 1,5243 0,00028008 467,81 464,62 1,9413 Cd 4,5694 39,3 1,5256 0,00028034 578,01 564,35 2,3986 Hg 2,9932 38,733 1,5192 0,00027911 546,07 538,5 2,2661 Hg 3,3535 38,85 1,5205 0,00027936 435,83 434,88 1,8086 Hg 5,2645 39,55 1,5284 0,00028088 404,66 404,36 1,6793 Hg 6,107 39,867 1,532 0,00028158 636,23 640,62 2,6403 Zn 2,4704 38,467 1,5162 0,00027855 491,16 483,2 2,0382 Zn 4,1452 39,167 1,5241 0,00028005 481,05 473,71 1,9963 Zn 4,3214 39,233 1,5249 0,00028019 472,21 466,88 1,9593 Zn 4,4847 39,283 1,5254 0,0002803 Tabela 1: Valores dados: λ, λ−2. O restante foi obtido no experimento ou com a fo´rmula de Cauchy (equac¸a˜o 5). A primeira laˆmpada observada, foi a laˆmpada de luz negra, a fotografia que se tirou ficou de ma´ qualidade, e na˜o se achou nenhuma no google que desse ao mı´nimo para enganar, mas pode-se descrever que observamos as seguintes cores: violeta, violeta claro, verde, azul e laranja. As laˆmpadas de luz negra possuem um invo´lucro negro que absorve a radiac¸a˜o vis´ıvel, liberando somente radiac¸a˜o ultravioleta (UV) de longo comprimento de onda, invis´ıvel para o olho humano. Certas substaˆncias, quando sujeitas a` irradiac¸a˜o com raios UV, absorvem essa radiac¸a˜o, reemitindo-a em outro comprimento de onda. Esse processo e´ chamado de fluoresceˆncia e acontece com superf´ıcies brancas e de certas cores especiais. Em seguida observamos o espectro da luz fluorescente (figura 7) e observamos as seguintes cores: violeta, azul, ciano, verde, laranja e vermelha. O processo de emissa˜o de luz de uma laˆmpada fluorescente e´ parecido com o da laˆmpada incandescente. Um eletrodo e´ coloca dentro de um tubo de vidro selado que conte´m uma certa quantidade de mercu´rio e um ga´s inerte (normalmente argoˆnio). O tubo tambe´m e´ revestido com po´ de fo´sforo. Quando uma corrente ele´trica alimentada por uma CA passa pelo tudo, ela excita os ele´trons do mercu´rio. Figura 7: Espectro da Luz Fluorescente 8 Observou-se tambe´m o espectro da laˆmpada de luz incandescente, que consiste nas cores do espectro vis´ıvel de forma continua (figura 8). A laˆmpada incandescente e´ uma laˆmpada composta de uma ampola de vidro bastante fino preenchido com um ga´s inerte, em geral o argoˆnio, e um fino filamento constitu´ıdo de tungsteˆnio, que ao ser percorrido por uma corrente ele´trica, se aquece ate´ a incandesceˆncia, emitindo uma luz branca de tom levemente amarelado. Figura 8: Espectro da Luz incandescente Logo em seguida usamos uma laˆmpada incandescente com camada de fosforo, onde obtemos um espectro continuo, ideˆntico ao de cima, pore´m mais n´ıtido como vemos na figura 4. Figura 9: Espectro da Luz incandescente com camada de fo´sforo Outra laˆmpada incandescente que tambe´m foi utilizada, sa˜o as laˆmpadas verde e laˆmpada vermelha, e os espectros observados tambe´m sa˜o continuo so´ que no caso da primeira, a raia verde ficou mais n´ıtido que osoutros e no caso da segunda a raia vermelha foi a mais n´ıtida. Essas duas u´ltimas laˆmpadas na˜o foram tiradas foto pois eram muito semelhantes ao espectro da figura 9. 9 4.1 Perguntas Propostas Algumas das respostas das perguntas esta˜o dadas indiretamente nos resultados, essa sec¸a˜o e´ para as que precisa˜o ser evidenciada, segue enta˜o o desenvolvimento 1. Segundo o postulado de Bohr ”um ele´tron orbitando um a´tomo se move em uma o´rbita circular em torno do nu´cleo sob influeˆncia da atrac¸a˜o columbiana entre o e´letron e o nu´cleo, obedecendo as leis da mecaˆnica cla´ssica (Fc = ma)”onde Fc = 1 4pi�0 Ze2 r2 (8) e Fc e´ a forc¸a centr´ıpeta, enta˜o (8) se torna mv2 = 1 4pi�0 Ze2 r (9) onde v e´ a velocidade do ele´tron e r e´ o raio da o´rbita. Se baseando em outro postulado de Bohr ”um ele´tron so´ pode se mover em uma o´rbita na qual seu momento angular orbital L e´ um mu´ltiplo inteiro de h¯ (constante de Plank dividido por 2) enta˜o v = nh¯ mr (10) Com n = 1, 2, 3, ... Substituindo (10) em (9) v = 4pi�0 n2h¯2 mZe2 (11) Substituindo (11) em (10) temos v = 1 4pi�0 Ze2 nh¯ (12) Seguindo o postulado de Bohr, um ele´tron apesar de estar acelerado na˜o emite radiac¸a˜o eletromagne´tica, portanto sua energia total E permanece constante Substituindo (11) em (10) temos E = K + V (13) onde K = 1 2 mv2 (14) Substituindo (12) em (14) temos K = 1 16pi2�20 mZ2e4 2n2h¯2 (15) A energia potencia V pode ser obtida integrando de r ate´ ∞ que e´ V = − Ze 2 4pi�0r (16) Substituindo 12 em 16 V = − mZ 2e4 16pi2�20n 2h¯2 (17) 10 Substituindo 17 e 15 em 13 temos E = mZ2e4 (4pi�0)22h¯ 2 1 n2 (18) Para o a´tomo de hidrogeˆnio os n´ıveis de energia sa˜o; n = 1: E1 = −13, 6 eV = −21, 7× 10−19 J n = 2: E2 = −3, 39 eV = −5, 42× 10−19 J n = 3: E3 = −1, 52 eV = −2, 41× 10−19 J n = 4: E1 = −0, 85 eV = −1, 36× 10−19 J n =∞: E1 = 0 eV Ha´ uma conexa˜o dos n´ıveis de energia com o espectro observado para o hidrogeˆnio rela- cionando a energia E com o comprimento de onda do modelo de Bohr. ν = ∆E h = Ef − Ei h = c λ (19) Enta˜o para n=2 e n=3 e com h = 6, 63× 10−34 temos: λ = 661 nm que e´ o comprimento de onda da cor vermelha. Para n=2 e n=4 temos: λ = 490 nm que e´ o comprimento de onda na cor azul. Portanto atrave´s dos n´ıveis de energia podemos calcular o comprimento de onda e cons- truir o espectro do hidrogeˆnio observado. 2. (Resposda da pergunta nu´mero 6) Sa˜o esperados raias espectrais na regia˜o do vis´ıvel que sa˜o as raias espectrais do elemento qu´ımico mercu´rio e fo´sforo. Foram observadas raias espectrais discretas nas cores: vermelho, laranja, verde, azul claro, azul escuro e violeta. 11 5 Conclusa˜o Conclu´ımos, por fim, que os objetivos iniciais foram alcanc¸ados com eˆxito significa´vel. Os resultados obtidos foram de forma geral, muito pro´ximo dos valores teo´ricos que se esperavam obter. Valores estes que so´ foram capazes de ser conhecidos atrave´s das equac¸o˜es devidamente desenvolvidas na “fundamentac¸a˜o teo´rica”. (ou o titulo que la estiver). Notemos uma discrepaˆncia, apenas por pequenos “erros humanos” na hora em que as medidas foram tomadas, no entanto, foi poss´ıvel determinar a relac¸a˜o de dispersa˜o do vidro com exatida˜o considera´vel em relac¸a˜o ao valor teo´rico que se esperava. 12 6 Bibliografia @articleresnick1979fisica, title=F´ısica quaˆntica: a´tomos, mole´culas, so´lidos, nu´cleos e part´ıculas, author=Resnick, Robert and Eisberg, Robert, journal=Editora Campus, year=1979 http://sites.ifi.unicamp.br/laboptica/files/2013/01/prisma2013.pdf 13 Introdução Fundamentação Teórica Procedimentos Experimentais Instrumentos Procedimento Resultados e Discussões Perguntas Propostas Conclusão Bibliografia
Compartilhar