D. Constitucial Poder executivo

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DIREITO CONSTITUCIONAL
PODER EXECUTIVO
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PODER EXECUTIVO
Função típica – administrar
Funções atípicas – legislar e julgar
Função do Poder Executivo – sua função precípua é a prática de atos de Chefia do estado, de governo e de administração;
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Chefe de Estado – através desta função o Presidente representa o país em suas relações internacionais e corporifica a unidade interna do Estado;
Chefe de Governo – através desta função, compete ao Presidente a representação interna, na gerência dos negócios internos, tanto os de natureza política (participação no processo legislativo) como nos de natureza eminentemente administrativa.
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Chefia do Poder executivo – a chefia do Poder Executivo foi confiada ao Presidente da República a quem compete o seu exercício, auxiliado pelos Ministros de Estado;
Modo de investidura do Presidente da República – o Presidente e o Vice-Presidente da República serão eleitos pelo sistema eleitoral majoritário.
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Sistema eleitoral majoritário – é aquele em que será considerado vencedor o candidato que obtiver maior número de votos. Pode ser de duas espécies:
Sistema majoritário puro ou simples – será considerado eleito o candidato que obtiver maior número de votos (ex.: eleição de senador e para Prefeitos em Municípios com até 200 mil ELEITORES).
Sistema majoritário de dois turnos - será considerado eleito o candidato que obtiver maioria absoluta dos votos válidos (não computados os votos em branco e os nulos). Caso não obtenha na primeira votação será realizado novo escrutínio entre os dois candidatos mais bem votados (ex. eleição do Presidente e Vice-Presidente da República).
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Morte ou impedimento do candidato antes do segundo turno – se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á o de maior votação. 
Morte do candidato eleito à Presidente da República após a eleição, mas antes da diplomação – se o candidato eleito para o cargo de Presidente da República morre após a eleição, mas antes de sua diplomação, o Vice-Presidente será considerado eleito, com direito subjetivo ao exercício de todo o mandato de Chefe do Executivo, haja vista que no escrutínio ocorre, na realidade, a eleição simultânea dos dois candidatos.
Empate do segundo lugar no primeiro turno – se houver empate entre os candidatos que figurarem em segundo lugar na disputa, qualificar-se-á o mais idoso.
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Eleição do Presidente e Vice-Presidente da República - o Presidente e o Vice-Presidente da República serão eleitos simultaneamente.
Sufrágio universal e voto direto - o Presidente e o Vice-Presidente da República serão eleitos através de sufrágio universal e voto direto e secreto.
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Data da eleição – a eleição será realizada, em primeiro turno, no primeiro domingo de outubro, e, em segundo turno, se houver, no ultimo domingo de outubro, do ano anterior a término do mandato presidencial vigente.
Duração do mandato – o mandato presidencial tem duração de quatro anos;
Reeleição – é permitida a reeleição para um único período subsequente. Não há limites para que o mesmo cidadão seja eleito Presidente da República. O que a Constituição Federal veda é a possibilidade de mais de uma reeleição para períodos sequenciais.
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Requisitos para a candidatura ao cargo de Presidente e Vice-Presidente da República:
ser brasileiro nato;
estar no gozo dos direitos políticos;
ter mais de 35 anos;
não ser inelegível (inalistáveis, analfabetos, reeleição, cônjuge, parentes consanguíneos e afins até segundo grau ou por adoção do Presidente da República);
possuir filiação partidária.
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Posse do Presidente da República – a posse do Presidente da República ocorrerá no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da eleição.
Vacância – se o Presidente da República não tomar posse no cargo até 10 dias após o dia 1º de janeiro, salvo motivo de força maior, o cargo será declarado vago. Esta declaração é feita pelo Poder Legislativo, por se tratar de ato político.
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Ausência do Vice-Presidente - Se apenas o candidato à Vice-Presidente não comparecer, sem motivo de força maior, o candidato a presidente tomará posse e exercerá integralmente o mandato sem Vice-Presidente. 
Ausência do Presidente - Caso o candidato a Presidente não compareça, sem motivo de força maior, o candidato eleito como Vice assumirá a Presidência e exercerá integralmente o mandato também sem Vice-Presidente.
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Reeleição - é permitida a reeleição para um único período subseqüente.
Vacância (definitivo) ou impedimento (temporário) do Presidente da República – ao Vice-Presidente cabe substituir o Presidente, nos casos de impedimento (licença, doença, férias) e suceder-lhe no caso de vaga.
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Impedimento do Presidente e do Vice-Presidente – em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, serão chamados ao exercício da Presidência sucessivamente:
Presidente da Câmara dos Deputados;
Presidente do Senado Federal;
Presidente do STF.
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Substituição temporária - o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do STF, em caso de vacância do Presidente e Vice-Presidente, apenas assumirá o cargo em caráter temporário. 
Dois primeiros anos - se a vacância ocorrer nos dois primeiro anos do mandato presidencial será realizada nova eleição 90 dias após a abertura da última vaga (eleições diretas);
Dois últimos anos - se a vacância ocorrer nos dois últimos anos do mandato presidencial, será realizada eleição para ambos os cargos em 30 dias após a última vaga, pelo Congresso Nacional (caso excepcional de eleição indireta).
Mandato tampão – em qualquer das hipóteses o Vice-Presidente ou os novos eleitos somente completarão o período de seus antecessores, cumprindo o chamado mandato tampão.
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ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Competência privativa do Presidente da República – a competência privativa do Presidente da República são, em regra, INDELEGÁVEIS, só podendo ser exercida pelo próprio Presidente da República.
Exceção – as competências previstas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, do art. 84, podem ser delegadas aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
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COMPETÊNCIAS DELEGÁVEIS:
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
XII – conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XXV – prover os cargos públicos federais, na forma da lei; 
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RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Crimes de responsabilidade – são infrações político-administrativas definidas na legislação federal, cometidas no desempenho da função, que atentem contra a CF e contra:
a existência da União;
o livre exercício dos poderes do Estado;
a segurança interna do país;
a probidade administrativa;
a lei orçamentária;
o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais e o cumprimento da lei e das decisões judiciais.
Rol exemplificativo
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PROCEDIMENTO – CRIME DE RESPONSABILIDADE
Juízo de admissibilidade – 2/3 pela Câmara dos Deputados;
Julgamento pelo Senado Federal – o julgamento do Presidente por crime de responsabilidade é feito pelo Senado Federal como um tribunal híbrido composto de membros do legislativo, mas presidido por membro do Judiciário;
Penas – inabilitação por 8 anos para o exercício da vida pública e perda do cargo;
Suspensão do Presidente – o Presidente da República ficará suspenso de suas atividades por até 180 dias.
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Sentença – a decisão do Senado Federal será expedida por meio de resolução do Senado Federal.
Renúncia – a renúncia do cargo quando iniciado o processo no Senado Federal não obsta o prosseguimento do processo de impeachment.
Cumulação com as sanções penais – se o Presidente da República praticou crimes de responsabilidade que coincidem com crimes comuns, esses deverão ser apurados pelos órgãos competentes do Poder Judiciário, em ações próprias.
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CRIME COMUM
Prerrogativa de foro – por crime comum, o Presidente da República só pode ser julgado pelo STF.
Inexistência de imunidade material – o Presidente não goza de imunidades materiais (inviolabilidade por palavras, votos e opiniões). Essa imunidade pertence apenas aos parlamentares (deputados e senadores).
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IMUNIDADES
- Juizo de admissibilidade – para o Presidente ser julgado por crime comum tem que antes ser aprovado o processo por 2/3 da Câmara dos Deputados;
- Impossibilidade de prisão – o Presidente não pode ser preso em flagrante delito, nem mesmo por crime inafiançável. Apenas pode ser preso por sentença penal condenatória.
- Imunidade relativa – o Presidente apenas pode ser processado por crime comum, durante o seu mandato, por crimes cometidos no exercício ou em razão do seu mandato (crime relacionado ao exercício do mandato).
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Suspensão de suas atividades – também em caso de crime comum, o Presidente da República ficará suspenso de suas atividades por até 180 dias.
Prerrogativa de foro – o Presidente só poderá ser processado e julgado por crimes comuns perante o STF e por crimes de responsabilidade, pelo Senado Federal.
 
Inexistência de prerrogativa de foro para ações civis – a prerrogativa de foro do Presidente da República diz respeito apenas às ações penais, não alcançando o julgamento das ações de natureza civil, tais como ações populares, ações civis públicas, ações possessórias etc.
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Limite temporal da prerrogativa de foro – a prerrogativa de foro só permanece durante o exercício do mandato, não subsistindo após a inspiração deste. Assim, encerrando o exercício do mandato, qualquer que seja o motivo, os processos criminais em trâmite no STF serão remetidos à Justiça Comum, para regular prosseguimento.
 
Perda do cargo de Presidente da República pela condenação criminal – caso o Presidente da República seja condenado pelo STF pela prática de crime comum, a decisão condenatória com trânsito em julgado acarretará a suspensão de seus direitos políticos e, em conseqüência, a cessação imediata de seu mandato.