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00.DireitoCivil4 Direito Reais Sobre Coisa Alheia Apresentacao

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CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO DISCIPLINA DE DIREITO CIVIL IV TURMA: 5DIN – 2016.1
CHARLES SANTOS SILVA
EDIMAR VAZ DA ROCHA
JOEL DE SOUZA CORDEIRO
JÉSSICA RAYANNE DA ROCHA RODRIGUES
LIDIANI DA SILVA SANTOS
KLEBER RIBEIRO OLIVEIRA
MARLANDIA TAVARES CHAGAS
RAIMUNDO ALVES DA COSTA
DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA
(De Gozo ou Fruição)
Professora: Elaine da Costa Pereira.
MACAPÁ – 2016
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INTRODUÇÃO
	
Os direitos reais na coisa alheia
A limitação ao uso, ao gozo e fruição da coisa
Limitação do direito do proprietário
Função social da propriedade
Conduta solidária do proprietário
A finalidade do usufruto é meramente assistencial 
O poder de usar e fruir das utilidades e dos frutos de uma coisa de forma temporária
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SERVIDÃO PREDIAL
1.1. CONCEITO 
Servidão predial é o desmembramento da propriedade imposto a certo imóvel (prédio serviente) em benefício de outro (prédio dominante), de tal forma que o proprietário do primeiro perde, em favor do proprietário do segundo, o uso, o gozo e a disponibilidade de uma parte dos seus direitos (Nader, 2015).
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1.1. CONCEITO 
Maria Helena Diniz (2015) as servidões prediais constituem “direitos reais de gozo sobre imóveis que, em virtude da lei ou vontade das partes, se impõem sobre o prédio serviente em benefício do dominante”. 
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1.2. ESPÉCIES
Quanto à natureza dos prédios envolvidos. 
a) servidão rústica: a servidão para tirar água, para condução de gado, de pastagem, para tirar areia ou pedras.
b) servidão urbana: a servidão para escoar água da chuva, para não impedir a entrada de luz, para a passagem de som, para usufruir de uma vista ou de janela. 
Quanto à conduta das partes 
a) servidões positivas: servidões de aqueduto e de passagem. 
b) servidões negativas: o dever de não construir ou não abrir janelas; de não levantar obra a partir de determinado andar, etc.
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Quanto ao modo de exercício 
a) servidões contínuas: a servidão de passagem de som, de imagem, de energia, de luz, etc. 
b) servidões descontínuas: a servidão de passagem ou transito de pessoas, servidão para tirar água de terreno alheio, servidão de pastagem, etc.
Quanto à forma de exteriorização
a) servidão aparente: uma servidão de passagem, servidão de aqueduto. 
b) servidão não aparente: as servidões que veiculam obrigações negativas de não construir.
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1.3. CONSTITUIÇÃO
Negócio Jurídico “causa mortis” ou “inter vivos”. 
Sentença proferida em ação de divisão. 
Usucapião.
Destinação do proprietário. 
Servidão constituída por fato humano. 
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1.4. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
A servidão é uma relação entre dois prédios distintos.
É necessário que os prédios pertençam a donos diversos. 
Nas servidões serve a coisa e não o seu dono. 
A servidão não se presume.
A servidão deve ser útil ao prédio dominante.
A servidão é direito real e acessório.
A servidão tem duração indefinida.
A servidão é indivisível.
A servidão é inalienável. 
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1.5. EXTINÇÃO - Artigos 1.388 Á 1.389
Renúncia
Resgate
Desuso
Reunião dos dois prédios
Supressão das respectivas obras
Frustração do objeto
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2 – USUFRUTO
2.1. CONCEITO
“O usufruto é o direito real de retirar da coisa alheia durante um certo período de tempo, mais ou menos longo, as utilidades e proveitos que ela encerra, sem alterar-lhe a substância ou mudar-lhe o destino” 
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 Quanto a Origem
 Quanto a Duração
 Quanto ao Objeto
 Quanto a Extensão
 Quanto aos Titulares 
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2.3. CONSTITUIÇÃO
Usufruto legal: Determinado por lei;
Usufruto indígena: As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, isto é, por eles habitadas em caráter permanente e as utilizadas para suas atividades produtivas;
Usufruto judicial: O juiz pode conceder ao exequente o usufruto de móvel, quando o reputar menos gravoso ao executado e eficiente para o recebimento do crédito (art. 716, CC);
Usufruto voluntário ou convencional: É constituído por negócio jurídico inter vivos ou mortis causa, unilateral ou bilateral, gratuito ou oneroso. O ato jurídico causa mortis é representado por testamento ou legado.
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Usufruto por usucapião: Pode ocorrer se um possuidor obteve o uso e gozo da coisa em relação entabulada com o proprietário, mas depois fica ciente de que aquele que lhe transferiu a posse direta não era o verdadeiro proprietário, caracterizando a posse a non domino.
Usufruto por sub-rogação real: Quando o bem sobre o qual incide o usufruto é substituído por outro. 
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2.4. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
É DIREITO REAL SOBRE COISA ALHEIA
Exerce poderes sobre coisa de outrem
Direito do nu-proprietário
Direito do usufrutuário
Direito de seqüela
Erga omnes
TEM CARÁTER TEMPORÁRIO
Limita o tempo de duração
Pela renuncia ou morte do usufrutuário (art.1.410, I, CC/02)
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É DIVISIVEL
Art.1.411 do CC/02. Constituído o usufruto em favor de duas ou mais pessoas.
É INALIENÁVEL
Art.1.393 do CC/02. Não se pode transferir o usufruto por alienação; mais o seu exercício pode ceder-se por titulo gratuito ou oneroso.
É INSUSCETIVEL DE PENHORA
O direito em si não pode ser penhorado, em execução movida por divida do usufrutuário, porque a penhora destina-se a promover a venda forçada do bem em hasta pública.
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2.5. EXTINÇÃO
“Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de Registro de Imóveis:
I - pela renúncia ou morte do usufrutuário;
II - pelo termo de sua duração;
III - pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se começou a exercer;
IV - pela cessação do motivo de que se origina;
V - pela destruição da coisa, guardadas as disposições dos arts. 1.407, 1.408, 2ª parte, e 1.409;
VI - pela consolidação;
VII - por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens, não lhes acudindo com os reparos de conservação, ou quando, no usufruto de títulos de crédito, não dá às importâncias recebidas a aplicação prevista no parágrafo único do art. 1.395;
VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai (arts. 1.390 e 1.399)”.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
 O usufruto e a servidão predial, caracterizam-se como um direito real, porém, cada um tem características individuais que os distingue, como, por exemplo, a incidência do bem. O usufruto incide sobre bens móveis e imóveis, enquanto que a servidão predial incorre sobre bens imóveis, sendo caracterizado como imobiliário.
 A servidão predial está bem presente em nosso meio, como por exemplo, a forma mais comum, tem-se as servidões de passagem, autorizando um proprietário de imóvel transitar sobre o imóvel de outra pessoa.
 O usufruto não é tão comum no nosso meio, porém, gera várias controvérsias relacionadas à sua natureza jurídica, das formas de consolidação e extinção. Porém, é um instrumento dos mais eficazes quando a questão é buscar equanimidade e justiça na utilização dos bens.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito das coisas. 30ª ed. São Paulo: Saraiva, 2015, vol. 4.
FARIAS, Cristiano Chaves de & ROSENVALD, Nelson. Direitos reais. 5. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008.
FIORANELLI, Ademar. O Usufruto e o Novo Código Civil a Proibição de Alienar o Direito. Disponível em: <http://www.irib.org.br/obras/o-usufruto-e-o-novo-codigo-civil-a-proibicao-de-alienar-o-direito>. Acesso em 22/03/2016.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: direito das coisas. 11ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, vol. 5.
GUIMARÃES, Deocleciano Torrieri. Dicionário Técnico Jurídico. 18ª Ed. São Paulo: Rideel, 2015.
JURÍDICA, Central. Servidões Prediais. Disponível em: <http://www.centraljuridica.com/doutrina/111/direito_civil/servidoes_prediais.html>. Acesso em 20/03/2016.
MACHADO, Antônio Cláudio da Costa (Org.) & CHINELLATO, Silmara Juny (Coord.). Código Civil Interpretado:
artigo por artigo, parágrafo por parágrafo. 9ª Ed. Barueri, SP: Manole, 2016.
NADER, Paulo. Curso de Direito Civil: direito das coisas. 7ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016, vol. 4.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil: direitos reais. 24ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016, vol. 4.
SOUZA, Márcia Azevedo Prado de. Direitos Reais. Disponível em: <http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=3858&idAreaSel=2&seeArt=yes>. Acesso em 25/03/2016.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Direitos Reais. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2015, vol. 5.

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