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BDQ Prova 3

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LITERATURA COMPARADA
Simulado: CEL0250_SM_201309015661 V.2 Fechar
Aluno(a): VALDIRENE NASCIMENTO PIMENTEL Matrícula: 201309015661 
Desempenho: 9,0 de 10,0 Data: 27/04/2016 09:50:25 (Finalizada)
1a Questão (Ref.: 201309124750) Pontos: 1,0 / 1,0
Conforme abordado na aula 1, que entre outros temas abordou o caráter múltiplo e transdisciplinar da Literatura Comparada, podemos afirmar 
que a Literatura Comparada, hoje em dia, é: 
Assinale a alternativa correta. 
História da literatura
Disciplina 
Método Comparativo
Campo de estudos
Método
2a Questão (Ref.: 201309249813) Pontos: 1,0 / 1,0
Marque, entre as alternativas, abaixo aquela que não corresponde à compreensão de Literatura Comparada.
Seu objeto de estudo é o texto, isolado de todos os outros saberes.
É um campo de estudo bem mais do que uma disciplina.
Dialoga com a Linguística, a Semiótica, a História, a Sociologia, a Psicanálise, a Filosofia etc.
Na Literatura Comparada, a comparação nunca é um fim em si, mas um meio que visa a uma melhor 
compreensão de nosso objeto de estudo.
O conceito de Literatura Comparada está exposto ao tempo, ou seja, muda com o tempo, seguindo os 
rumos da História.
3a Questão (Ref.: 201309124746) Pontos: 1,0 / 1,0
Os estudos comparados oitocentistas se revestiam de uma dimensão política na medida em que:
Colocavam em debate a necessidade de se revalorizar o modo de vida dos homens antigos, pela via da afirmação dos 
textos literários clássicos, que passavam a ser vistos como modelares.
Colocavam em debate a necessidade de se superar as contradições do capitalismo, rumo a novos modelos de organização 
social, capazes de livrar os homens das injustiças.
Colocavam em debate a necessidade de se aderir a uma visão transnacional, capaz de superar as barreiras 
impostas pela ótica dos nacionalismos extremados.
Colocavam em debate a necessidade de se lutar por um modo de vida mais adequado aos novos valores, oriundos da 
consolidação da mentalidade burguesa e do processo de industrialização.
Colocavam em debate a necessidade de se contrapor aos valores burgueses uma nova ótica, que libertasse os homens das 
injustiças sociais. 
Gabarito Comentado.
Pontos: 1,0 / 1,0
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4a Questão (Ref.: 201309124748)
Para atender ao que se pede nesta questão, leve em consideração a terceira estrofe do Canto I de Os Lusíadas, de Luís de Camões:
Cessem do sábio grego e do troiano.
As navegações grandes que fizeram;
 Em seu longo poema épico, o poeta português demonstra claramente ter recebido influência direta da épica grega (a Ilíada e a Odisseia, de Homero) e da 
romana (a Eneida, de Virgílio). Isto fica demarcado no texto pela citação dos sábios grego e troiano, que são respectivamente Ulisses, herói central da 
Odisseia e um dos personagens principais da Ilíada, e Enéias, protagonista da Eneida. Apesar de ser visível tal influência, podemos afirmar que...
seu texto apresenta características próprias, uma vez que a língua portuguesa de seu tempo já possuía suficientes recursos 
para se colocar no mesmo nível de qualidade, ou mesmo superar a epopeia antiga.
seu texto apresenta características próprias, uma vez que a língua portuguesa de seu tempo não possuía 
suficientes recursos para se colocar no mesmo nível de qualidade da epopeia antiga.
Seu texto se constrói exclusivamente em cima de fatos históricos, as grandes navegações, enquanto a epopeia antiga se construía sobre as 
tradições mitológicas dos povos grego e romano.
Seu texto destaca o heroísmo de todo um povo (¿o peito ilustre lusitano¿), ao passo que na epopeia antiga se 
destacam as façanhas de heróis individuais, como os já referidos sábios grego e troiano.
Seu texto se propõe a destacar o heroísmo de todo um povo (¿o peito ilustre lusitano¿), o que se revela uma estratégia mal 
sucedida, pois os navegadores portugueses não reuniam as características necessárias para se tornarem heróis épicos.
5a Questão (Ref.: 201309124758) Pontos: 1,0 / 1,0
Para os pesquisadores da escola francesa, esta é uma das questões fundamentais do trabalho de um 
comparatista: verificar em que medida um autor de nacionalidade alemã, por exemplo, tem sua 
obra enriquecida no contato com a literatura inglesa, ou vice-versa.
De acordo com o que foi discutido na aula 3, este enriquecimento é chamado de: 
Escola
Influência
Método comparativo
Tendência
Comparativismo 
Gabarito Comentado.
6a Questão (Ref.: 201309124829) Pontos: 1,0 / 1,0
O binarismo, ou seja, a exigência de que os estudos de Literatura Comparada se 
concentrem em autores de apenas duas nacionalidades de cada vez, é um traço marcante 
da orientação teórica determinada...
Apenas da escola norte-americana.
Apenas da escola francesa.
Tanto pela escola francesa como pela norte-americana.
De nenhuma das escolas teóricas.
Tanto pela escola norte-americana como pela marxista, chamada de soviética por 
Tânia Carvalhal.
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Gabarito Comentado.
7a Questão (Ref.: 201309249840) Pontos: 1,0 / 1,0
A contribuição da Teoria Literária para as pesquisas comparatistas é de um enorme significado. Um dos conceitos 
centrais usados pela Literatura Comparada, hoje em dia, é o de intertextualidade. A respeito deste conceito, não 
podemos afirmar que:
Embora os textos literários estejam em constante diálogo, a Literatura Comparada considera a possibilidade 
da originalidade de um texto literário, pois nisso estaria a capacidade artística do autor.
Intimamente ligada a este processo da intertextualidade está a interferência das ideologias, os discursos 
hegemônicos de cada momento histórico.
Outro teórico que muito contribui para a elaboração do conceito de intertextualidade foi Bakhtin, afirmando 
que todo discurso é um campo que se abre ao debate, em que, muitas vozes diferentes se manifestam e se 
interpenetram.
O teórico russo, Tynianov, contribuiu para a formulação desse conceito, ao afirmar que o estudo isolado de 
uma obra literária não fornece elementos suficientes para a compreensão plena de sua construção, pois um 
mesmo elemento tem funções diferentes em sistemas diferentes. 
A contribuição de Bakhtin parte da própria experiência humana, à medida que afirma que não somos 
resultados dos conceitos que nós mesmos formulamos sobre nossa identidade, mas de um diálogo que 
mantemos com os que estão ao nosso redor. 
8a Questão (Ref.: 201309144375) Pontos: 0,0 / 1,0
Os críticos formalistas inauguram o século XX, em termos de estudos literários, afastando-se da perspectiva 
historicista que predominara no século XIX. Em vez disso, afirmam a necessidade de uma atenção maior no texto 
literário em si. Também buscaram afastar qualquer consideração centrada na vida pessoal dos autores. 
Influenciados pela linguística estrutural de Saussure, pregavam a criação de métodos que permitissem um esforço 
de análise centrado na sincronia do texto. Ainda que esta mudança de rumos tenha sido muito importante, logo 
alguns formalistas perceberam que não era possível deixar de lado por completo a consideração de outros fatos 
sociais para uma melhor compreensão do texto literário, dentre eles se encontrava: 
Roman Jakobson, com sua leitura centrada na presença de múltiplas vozes no texto, o que nos faz perceber 
que toda obra literária fala de várias épocas e lugares diferentes. 
Iuri Tinyanov, com sua percepção de que as funções da linguagem se fazem simultâneas em qualquer tipo 
de texto.
Antonio Candido, ao afirmar que a literatura se realiza plenamente como um sistema, que inclui o autor, a 
obra e o leitor.
Iuri Tinyanov, que destaca a importância do estudo a evoluçãoliterário, recolocando em destaque uma 
dimensão diacrônica.
Roman Jakobson, com sua percepção de que as funções da linguagem se fazem simultâneas em qualquer 
tipo de texto.
Gabarito Comentado.
9a Questão (Ref.: 201309124843) Pontos: 1,0 / 1,0
(ENADE-2008)
TEXTO 1
Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas 
uma infinidade de portas e janelas alinhadas. (...) Sentia-se naquela fermentação 
sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham o pé na lama 
preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante sensação de respirar sobre a terra. Da porta da 
venda que dava para o cortiço iam e vinham como formigas, fazendo compras.
Aluísio Azevedo. O cortiço. (São Paulo: Ática, 1989, p. 28-9).
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TEXTO 2
Aliás, o cortiço andava no ar, excitado pela festa, alvoroçado pelo jantar, que 
eles apressavam para se dirigirem a Montsou. Grupos de crianças corriam, homens
em mangas de camisa arrastavam chinelos com o gingar dos dias de repouso. As 
janelas e as portas escancaradas por causa do tempo quente deixavam ver a 
correnteza das salas, transbordando em gesticulações e em gritos o formigueiro das famílias.
Émile Zola. Germinal.( São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 136.)
TEXTO 3
Aluísio Azevedo certamente se inspirou em L¿Assommoir (A Taberna), de 
Émile Zola, para escrever O Cortiço (1890), e por muitos aspectos seu texto é um 
texto segundo, que tomou de empréstimo não apenas a idéia de descrever a vida do 
trabalhador pobre no quadro de um cortiço, mas um bom número de pormenores, 
mais ou menos importantes. Mas, ao mesmo tempo, Aluísio quis reproduzir e 
interpretar a realidade que o cercava e sob esse aspecto elaborou um texto primeiro. 
Texto primeiro na medida em que filtra o meio; texto segundo na medida em que vê 
o meio com lentes de empréstimo. Se pudermos marcar alguns aspectos dessa 
interação, talvez possamos esclarecer como, em um país subdesenvolvido, a 
elaboração de um mundo ficcional coerente sofre de maneira acentuada o impacto 
dos textos feitos nos países centrais e, ao mesmo tempo, a solicitação imperiosa da 
realidade natural e social imediata.
Antonio Candido. De cortiço a cortiço. In: O discurso e a cidade. São Paulo / Rio de
Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004, p.106-7/128-9 (com adaptações)
Assinale a opção em que a relação intertextual entre O Cortiço e Germinal é 
interpretada pelos parâmetros críticos apresentados no texto de Antonio Candido 
acerca da relação entre a obra de Aluísio Azevedo e a de Émile Zola.
A relação de proximidade entre o texto de Azevedo e o de Zola evidencia que o 
diálogo entre os textos desassocia-os da realidade social em que foram 
produzidos.
O texto de Aluísio Azevedo é um texto primeiro em relação ao de Zola porque 
foi escrito anteriormente e influenciou a produção naturalista do escritor 
francês. 
A presença de elementos do naturalismo francês em O Cortiço é indicativo da 
troca cultural que ocorre no espaço do intertexto, independentemente das 
realidades locais de produção.
O Cortiço é um texto segundo em relação ao texto de Zola porque é, 
sobretudo, a duplicação do modelo literário francês e da realidade social das 
classes operárias européias.
O texto de Aluísio Azevedo, por suas condições de produção, está submetido 
ao modelo naturalista europeu, ao mesmo tempo em que atende a demandas 
da realidade nacional.
Gabarito Comentado.
10a Questão (Ref.: 201309144378) Pontos: 1,0 / 1,0
A alusão e a citação direta se diferenciam pelo fato de que...
Tanto na alusão como na citação direta, temos o emprego de recursos sutis de retomada do texto anterior 
pelo mais recente. A diferença está no fato de que somente na citação direta dizemos de quem se trata.
Na citação direta, é indispensável que o novo texto retome o anterior, estabelecendo um diálogo explícito 
com a tradição; enquanto na alusão a retomada é indireta, vaga e imprecisa.
Nenhuma das respostas acima.
Na citação direta, o autor retomado fala diretamente, uma vez que ele se torna coautor da nova obra, 
enquanto que na alusão, a retomada de trechos do texto original é insignificante. 
Na alusão, o autor retomado se faz presente de modo mais claro, por se tratar de alguém de amplo 
conhecimento do público, enquanto na citação direta a presença do autor retomado é mais sutil.
Gabarito Comentado.
Página 4 de 5BDQ Prova
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Página 5 de 5BDQ Prova
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