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Resumo de Contabilidade Introdutória

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1 
 
CONTABILIDADE 
A Contabilidade é a ciência que estuda, interpreta e registra os fenômenos que afetam o patrimônio de uma entidade. Ela alcança 
sua finalidade através do registro e análise de todos os fatos relacionados com a formação, a movimentação e as variações do 
patrimônio administrativo, vinculado à entidade, com o fim de assegurar seu controle e fornecer a seus administradores as 
informações necessárias à ação administrativa, bem como a seus titulares (proprietários do patrimônio) e demais pessoas com ele 
relacionadas, as informações sobre o estado patrimonial e o resultado das atividades desenvolvidas pela entidade para alcançar 
os seus fins. 
Diversas técnicas são usadas pela contabilidade para que seus objetivos sejam atingidos: a escrituração é uma forma própria 
desta ciência de registrar as ocorrências patrimoniais; as demonstrações contábeis são demonstrações expositivas para reunir os 
fatos de maneira a obter maiores informações, e a análise de balanços é uma técnica que permite decompor, comparar e 
interpretar o conteúdo das demonstrações contábeis, fornecendo informações analíticas, cuja utilidade vai além do administrador. 
Existe ainda uma dificuldade em classificar a contabilidade. Apesar de no geral ser considerada uma ciência social, assim como 
economia e administração, algumas vezes ela é chamada técnica ou arte. 
No entanto, independente de sua classificação, é esta técnica, arte ou ciência que adquire cada vez maior importância, dado o 
crescimento das corporações, entidades e empresas, que exige grande eficácia dos profissionais da contabilidade, para que 
sejam capazes de trabalhar a infinita gama de informações que são necessárias ao estudo e controle do patrimônio. 
Patrimônio 
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma pessoa ou a uma entidade. É o objeto de estudo da 
contabilidade. 
Abrange tudo aquilo que a pessoa ou empresa tem (bens e direitos) e tudo aquilo que a pessoa deve (obrigações). Do ponto de 
vista contábil, são considerados apenas os bens, direitos e obrigações que podem ser avaliados em moeda. 
Os bens e direitos constituem a parte positiva do Patrimônio, chamada Ativo. 
As obrigações representam a parte negativa do Patrimônio, chamada Passivo. 
Bens 
São bens tudo o que possui valor econômico e que pode ser convertido em dinheiro, sendo utilizado na realização do objetivo 
principal de seu proprietário. São as coisas úteis, capazes de satisfazer as necessidades das pessoas e das empresas. Os bens 
classificam-se em: Bens Móveis, Bens Imóveis, Bens Tangíveis e Bens Intangíveis. Os bens fazem parte do ATIVO (patrimônio 
bruto). 
Bens Móveis 
São móveis os bens passíveis de remoção sem dano, seja por força própria ou por força alheia. Ou seja, objetos concretos, 
palpáveis, físicos, que não são fixos ao solo. Ex.: dinheiro, veículos, móveis, utensílios, máquinas, estoques, animais (que 
possuem movimentos próprios, semoventes), etc. 
Bens Imóveis 
São imóveis os bens que não podem ser retirados de seu lugar natural (solo e subsolo) sem destruição ou dano, ou seja, aqueles 
que, para serem deslocados, terão de ser total ou parcialmente destruídos (pois são fixos ao solo). Ex.: árvores, edifícios, terrenos, 
construções, etc. 
Bens Tangíveis 
Também chamados de bens corpóreos e bens materiais, são tangíveis os bens que constituem uma forma física, bens concretos, 
que podem ser tocados. Ex.: veículos, terrenos, dinheiro, móveis e utensílios, estoques, etc. 
Bens Intangíveis 
Também chamados de bens incorpóreos e bens imateriais, são intangíveis os bens que não constituem uma realidade física e que 
não podem ser tocados. Ex.: nome comercial (marca), patente de invenção, os direitos autorais, o domínio de internet, etc. 
Direitos 
São os recursos que a empresa tem a receber e que gerarão benefícios presentes ou futuros. É o poder de exigir alguma coisa. 
Pode ser, por exemplo, o valor que uma empresa receberá decorrente de uma venda a prazo. O comprador já levou a mercadoria, 
porém ainda não pagou, então a empresa tem o direito de receber o valor correspondente. Fazem parte do ATIVO (patrimônio 
bruto). 
Exemplos de direitos: duplicatas a receber, salários a receber, aluguéis a receber, contas a receber, títulos a receber, etc. 
Obrigações 
São dívidas, valores a serem pagos a terceiros (empresa ou pessoa física). Fazem parte do PASSIVO. 
Quando se compra um bem a prazo, ele integra-se ao patrimônio a partir do momento que o fornecedor o entrega. Como foi uma 
venda a prazo, a empresa passa a ter uma obrigação com o fornecedor, representada por uma conta a pagar equivalente ao 
preço do bem. Assim como aumenta de um lado o Ativo (bem) da empresa, de outro lado aumenta o Passivo (obrigação) da 
empresa. 
Exemplos de Obrigações: salários a pagar, aluguéis a pagar, contas a pagar, Fornecedores ou Duplicatas a pagar (referente a 
compra de mercadorias a prazo), impostos a pagar (ou impostos a recolher), etc. 
Patrimônio Líquido (PL) 
2 
 
A Situação Patrimonial Líquida também faz parte do PASSIVO (obrigações), mas contém uma natureza especial, onde também 
fazem parte das obrigações os direitos dos acionistas, sócios ou titular da empresa individual em relação ao patrimônio da pessoa 
jurídica. 
Representa aquilo que, de fato, a pessoa tem. Isto é, sua riqueza efetiva, o que lhe sobra depois de pagar todas as suas dívidas. 
O Patrimônio Líquido é a diferença entre os valores do ativo (+) e do passivo (-) de uma entidade em determinado momento, ou 
seja, se a empresa tem um Ativo (bens + direitos) de R$100.000,00 e um Passivo (obrigações) de R$40.000,00, o Patrimônio 
Líquido dessa entidade será de R$60.000,00. 
O PL também figura no lado do Passivo em virtude de o capital, reservas, etc., pertencerem aos proprietários da empresa (sócios, 
acionistas) e não deixa de ser uma obrigação da empresa pessoa jurídica para com os proprietários pessoa física. 
Equações Patrimoniais 
O estado patrimonial de uma empresa pode apresentar-se de diferentes maneiras na equação patrimonial: 
a) Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido --> Indica uma situação de normalidade da empresa, pois o conjunto de bens e direitos 
supera as obrigações (há PL positivo). É uma situação favorável, positiva ousuperavitária. 
b) Ativo = Patrimônio Líquido (sendo Passivo = 0) --> Não existe obrigações para com terceiros, o que geralmente ocorre na 
abertura da empresa, sendo o passivo igual a zero. 
c) Ativo = Passivo (sendo PL = 0) --> Neste caso, não existe capital próprio, o que significa que o ativo da empresa foi totalmente 
financiado com recursos de terceiros. É um estado de alerta, pois a empresa está com dificuldades financeiras. É uma 
situação nula ou compensada. 
d) Ativo + Patrimônio Líquido = Passivo --> Nesta situação, a empresa se encontra em estado de insolvência, uma parcela das 
obrigações ficará sem ser paga, mesmo que a empresa venda todo o seu ativo. Ou seja, o ativo não é suficiente para liquidar 
todas as dívidas. Para eliminar o déficit, deve-se aumentar o PL com o acréscimo de capital por parte dos seus proprietários. Esta 
é uma situação denominada Passivo a Descoberto. É uma situação desfavorável, negativa ou deficitária. 
USUÁRIOS DA CONTABILIDADE 
 Os usuários são as pessoas que se utilizam da Contabilidade, que se interessam pela situação da empresa e buscam 
nos instrumentos contábeis as suas respostas. Podem ser divididos em: usuários internos e usuários externos. 
Usuários Internos: são todas as pessoas ou grupos de pessoas relacionadas com a empresa e que têm facilidade de acesso às 
informações contábeis, tais como: 
 Gerentes: para a tomada de decisões; 
 Funcionários: com interesse em pleitear melhorias; 
 Diretoria: para a execução de planejamentos organizacionais. 
O usuário interno principal da informação contábilna entidade moderna é a alta- administração que pela proximidade à 
Contabilidade, pode solicitar a elaboração de relatórios específicos para auxiliar-lhe na gestão do negócio. 
Os relatórios específicos podem, além de abranger quaisquer áreas de informação (fluxo financeiro, disponibilidades, contas a 
pagar, contas a receber, aplicações financeiras, compra e vendas no dia ou no período e os gastos gerais de funcionamento), ser 
elaborados diariamente ou em curtos períodos de tempo (semana, quinzena, mês, etc..), de acordo com as necessidades 
administrativas. 
Usuários Externos: são todas as pessoas ou grupos de pessoas sem facilidade de acesso direto às informações, mas que as 
recebem de publicações das demonstrações pela entidade, tais como: 
 Bancos: interessados nas demonstrações financeiras a fim de analisar a concessão de financiamentos e medir a 
capacidade de retorno do capital emprestado; 
 Concorrentes: interessados em conhecer a situação da empresa para poder atuar no mercado; 
 Governo: que necessita obter informações sobre as receitas e as despesas para poder atuar sobre o resultado 
operacional no que concerne a sua parcela de tributação; 
 Fornecedores: interessados em conhecer a situação da entidade para poder continuar ou não as transações comerciais 
com a entidade, além de medir a garantia de recebimento futuro; 
 Clientes: interessados em medir a integridade da entidade e a garantia de que seu pedido será atendido nas suas 
especificações e no tempo acordado. 
 
EXERCÍCIO SOCIAL: É o espaço de tempo (12 meses), findo o qual as pessoas jurídicas apuram seus resultados; ele pode 
coincidir, ou não, com o ano-calendário, de acordo como que dispuser o estatuto ou o contrato social. Perante a legislação do 
imposto de renda, é chamado de período-base (mensal ou anual) de apuração da base de cálculo do imposto devido. 
 
CONTAS CONTÁBEIS 
Conta é o nome técnico dado aos componentes patrimoniais (bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido) e aos elementos de 
resultados (despesas e receitas). 
Quando nos referimos aos componentes patrimoniais, falamos em elementos. Por exemplo: elemento caixa, elemento veículos, 
elementos móveis, elementos duplicatas a pagar. Agora, não apresentaremos nada de novo; simplesmente, quando nos 
referirmos aos componentes patrimoniais, não mais diretamente elementos e sim Contas (conta caixa, conta veículos etc.). 
3 
 
É através das contas que a contabilidade consegue desempenhar o seu papel. Todos os acontecimentos que ocorrem na 
empresa, responsáveis pela gestão, como as compras, as vendas, os pagamentos, os recebimentos, são registrados em livros e 
relatórios próprios através das contas. 
Plano de Contas (ou Elenco de Contas) é o conjunto de contas, previamente estabelecido, que norteia os trabalhos contábeis de 
registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis. 
A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, por empresa, já que os usuários de informações podem necessitar 
detalhamentos específicos, que um modelo de Plano de Contas geral pode não compreender. 
Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para o registro das operações da organização e, na sua montagem, 
devem ser levados em conta três objetivos fundamentais: 
a) atender às necessidades de informação da administração da empresa; 
b) observar formato compatível com os princípios de contabilidade e com a norma legal de elaboração do balanço patrimonial e 
das demais demonstrações contábeis (Lei 6.404/76, a chamada "Lei das S/A”); 
c) adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos, principalmente às da legislação do Imposto de Renda. 
O Plano de Contas, genericamente tido como um simples elenco de contas, constituí na verdade um conjunto de normas do qual 
deve fazer parte, ainda, a descrição do funcionamento de cada conta - o chamado "Manual de Contas", que contém comentários e 
indicações gerais sobre a aplicação e o uso de cada uma das contas (para que serve, o que deve conter e outras informações 
sobre critérios gerais de contabilização). 
A empresa deve manter escrituração contábil com base na legislação comercial e com observância das Normas Brasileiras de 
Contabilidade. 
O balanço patrimonial é uma das demonstrações contábeis que visa a evidenciar, de forma sintética, a situação patrimonial da 
empresa e dos atos e fatos consignados na escrituração contábil. 
Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos da Lei 6.404/76 (chamada “Lei das S/A”) e segundo os 
Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
Tal estrutura de contas, dentro do conceito legal da própria Lei 6.404/76 (artigos 176 a 182 e artigo 187), em síntese, se compõe 
de: 
ATIVO PASSIVO 
CIRCULANTE 
NÃO CIRCULANTE 
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
INVESTIMENTOS 
IMOBILIZADO 
INTANGÍVEL 
CIRCULANTE 
NÃO CIRCULANTE 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Como exemplo, temos a conta "Caixa", que registrará o dinheiro em espécie (papel-moeda) disponível na tesouraria da empresa. 
Trata-se de uma conta do Ativo Circulante, subgrupo Disponibilidades. 
OS RELATORIOS CONTABEIS ou DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
Para fins de atendimento dos usuários da informação contábil, a entidade deverá apresentar suas demonstrações contábeis 
(também usualmente denominada "demonstrações financeiras") de acordo com as normas regulamentares dos órgãos normativos. 
As demonstrações contábeis são uma representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada 
data e das transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso 
geral é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são 
úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram os resultados 
do gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são confiados. 
Tais informações, juntamente com outras constantes das notas explicativas às demonstrações contábeis, auxiliam os usuários a 
estimar os resultados futuros e os fluxos financeiros futuros da entidade. 
Um conjunto completo de demonstrações contábeis inclui os seguintes componentes: 
1. balanço patrimonial; 
2. demonstração do resultado; 
3. demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, podendo ser substituído pela demonstração das mutações do patrimônio 
líquido; 
4. demonstração dos fluxos de caixa; 
5. demonstração do valor adicionado, se divulgada pela entidade; e 
6. notas explicativas, incluindo a descrição das práticas contábeis. 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a 
posição patrimonial e financeira da Entidade. 
No balanço patrimonial, as contas deverão ser classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de 
modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa. 
Conforme Lei 6.404/76 (artigos 176 a 182 e artigo 187) e NBC T.3, o Balanço Patrimonial é constituído pelo Ativo, pelo Passivo e 
pelo Patrimônio Líquido. 
4 
 
O Ativo compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela entidade, capazes de gerar 
benefícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos. 
O Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos 
ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação. 
O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade, e seu valor é a diferença positiva entre o valor do Ativo e o 
valor do Passivo. Quando o valor do Passivo for maior que o valor do Ativo, o resultado é denominado Passivo a Descoberto. 
Portanto,a expressão Patrimônio Líquido deve ser substituída por Passivo a Descoberto. 
ATIVO CIRCULANTE 
O ativo circulante abrange valores realizáveis no exercício social subsequente. Assim, por exemplo, uma empresa cujo exercício 
social encerre em 31 de dezembro, ao realizar o encerramento do exercício de 31 de dezembro de 2013, deverá classificar no 
Ativo Circulante todos os valores realizáveis até 31 de dezembro de 2014. 
Na empresa cujo ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por 
base o prazo deste ciclo. Raramente, porém, é usado esta classificação mais extensa, de forma que, como padrão, pode-se 
adotar a classificação das contas como circulante se forem realizáveis ou exigíveis no prazo de 1 (um) ano. 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
São incluídos neste grupo todos os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu 
empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. 
O Ativo Não Circulante será composto dos seguintes subgrupos: 
Ativo Realizável a Longo Prazo 
Investimentos 
Imobilizado 
Intangível 
 
Ativo Realizável a Longo Prazo: De uma forma geral, são classificáveis no Realizável a Longo Prazo contas da mesma natureza 
das do Ativo Circulante, que, todavia, tenham sua realização certa ou provável após o término do exercício seguinte, o que, 
normalmente, significa realização num prazo superior a um ano a partir do próprio balanço. 
Investimentos: No subgrupo Investimentos do Ativo Não Circulante devem ser classificadas as participações societárias 
permanentes, assim entendidas as importâncias aplicadas na aquisição de ações e outros títulos de participação societária, com a 
intenção de mantê-las em caráter permanente, seja para se obter o controle societário, seja por interesses econômicos, entre eles, 
como fonte permanente de renda. 
Imobilizado: O Ativo Imobilizado é formado pelo conjunto de bens e direitos necessários à manutenção das atividades da empresa, 
caracterizados por apresentar-se na forma tangível (edifícios, máquinas, etc.). O imobilizado abrange, também, os custos das 
benfeitorias realizadas em bens locados ou arrendados. 
Intangível: Os ativos intangíveis compreendem o leque de bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos 
com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Como exemplos de intangíveis, os direitos de exploração de 
serviços públicos mediante concessão ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, softwares e o fundo de comércio 
adquirido. 
PASSIVO CIRCULANTE 
Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não-
circulante, quando se vencerem no exercício seguinte. 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não-
circulante, quando se vencerem após o exercício seguinte. 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
É a diferença entre o valor dos ativos e dos passivos. É constituído por Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação 
Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados. 
O capital social é o total de investimentos feitos pelos sócios de uma empresa para constituí-la e fazer com que suas primeiras 
movimentações possam se realizar. Estes investimentos podem ser realizados com a utilização de dinheiro, veículos, imóveis, 
móveis, etc.. 
A integralização do capital social é o primeiro lançamento contábil a se realizar quando da constituição de qualquer empresa, 
observando a data de registro nas juntas comerciais espalhadas pelo país. 
 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO 
A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado 
em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente, de doze meses. 
De acordo com a legislação mencionada, as empresas deverão na Demonstração do Resultado do Exercício discriminar: 
- a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; 
5 
 
- a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; 
- as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e 
outras despesas operacionais; 
- o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; 
- o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; 
- as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos 
financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; 
- o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. 
Na determinação da apuração do resultado do exercício serão computados em obediência ao princípio da competência: 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda; e 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. 
 
MODELO DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
Vendas de Produtos 
Vendas de Mercadorias 
Prestação de Serviços 
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 
Devoluções de Vendas 
Abatimentos 
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas 
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 
(-) CUSTOS DAS VENDAS 
Custo dos Produtos Vendidos 
Custo das Mercadorias 
Custo dos Serviços Prestados 
= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 
Despesas Com Vendas 
Despesas Administrativas 
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS 
Despesas Financeiras 
(-) Receitas Financeiras 
Variações Monetárias e Cambiais Passivas 
(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas 
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS 
Resultado da Equivalência Patrimonial 
Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante 
(-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante 
= RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO 
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro 
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 
(-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para 
Empregados 
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

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