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Reabilitação Cardíaca Fases 2 e 3

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Reabilitação Cardíaca fase II 
e III
Isabel Lemos
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a reabilitação cardiovascular é: “o conjunto de atividades necessárias para assegurar às pessoas com doenças cardiovasculares condição física, mental e social, que lhes permita ocupar pelos seus próprios meios um lugar tão normal quanto seja possível na sociedade” .
Sociedade Brasileira de Cardiologia • Volume 103, Nº 2, Supl. 1, Agosto 2014
Fase 2
É a fase de transição entre a fase I e III que se inicia imediatamente após a alta hospitalar. Tem como principais objetivos a continuidade do programa de reabilitação com segurança, aumentar a capacidade física, avaliar as respostas cardiovasculares ao esforço, ensinar técnicas de auto monitoração e aumentar o conhecimento do paciente sobre sua doença. A duração pode variar entre três e seis meses.
Fase 3
É a fase crônica da reabilitação que tem duração de seis a 24 meses. Inicia-se imediatamente após a fase II, mas o paciente pode ser incluído em qualquer etapa da evolução da doença, não sendo obrigatoriamente sequência das fases anteriores. Os objetivos são alcançar ou manter os efeitos fisiológicos da reabilitação cardiovascular.
Indicações
A reabilitação cardiovascular está indicada em diversas doenças cardíacas, bem como quando há fatores de risco para doença arterial coronária.
Infarto do miocárdio
Angioplastia coronária
Portadores de marca-passo
Hipertensão arterial
Obesidade
Tabagismo, entre outros.
Contraindicações
As contraindicações absolutas ao exercício são:
Angina instável
Embolia recente
Infecção sistêmica aguda
Hipertensão arterial descontrolada
Diabetes mellitus descontrolada, entre outros.
Métodos de Avaliação
Antes de iniciar o programa de reabilitação cardiovascular, deve-se realizar uma avaliação completa para que o exercício seja prescrito corretamente e com segurança.
Programa de Reabilitação
Exercícios aeróbicos 
São aqueles que envolvem grandes grupos musculares com duração entre 20 e 40 minutos, visando o aperfeiçoamento das funções cardiorrespiratórias. No inicio do programa, é aconselhável que a duração do exercício aeróbico seja de 10 a 20 minutos e aumente gradualmente até atingir 30 a 40 minutos. Deve ser realizado de 3 a 5 vezes por semana.
Exercícios de fortalecimento muscular
São exercícios realizados contra resistência, que pode ser dada por halteres, caneleiras, faixas elásticas ou até mesmo maquinas de musculação com o objetivo de manter ou aumentar a força muscular. A intensidade deve ser de 40 a 70% de 1RM, de 2 a 3 séries com 6 a 12 repetições. Os pacientes mais limitados iniciam com carga mais baixa e menor número de séries e repetições.
Exercícios de Flexibilidade
Também conhecidos como alongamentos e tem como objetivo manter e/ou aumentar a mobilidade articular e a elasticidade muscular. Nestes exercícios o paciente alcança a posição de amplitude máxima, mantendo-a por 10 a 30 segundos. São realizadas de 2 a 3 séries para cada movimento articular escolhido,de 2 a 3 vezes por semana.
Habitualmente, inicia-se a sessão com os exercícios aeróbicos, seguidos pelos de fortalecimento muscular e finalizando com os de flexibilidade, mas esta sequência não precisa ser obrigatoriamente seguida e a ordem dos exercícios pode ser estabelecida de acordo com a rotina de cada serviço.
A sessão de treinamento dura aproximadamente de uma a duas horas e é dividida nas seguintes etapas:
Aquecimento: visa preparar o sistema cardiorrespiratório e musculoesquelético para a fase de condicionamento. Tem duração de 5 a 10 minutos e podem ser utilizados exercícios dinâmicos, de alongamento e de coordenação associados a exercícios respiratórios.
Obs: Pacientes mais limitados precisam de um tempo maior de aquecimento.
Condicionamento: Objetiva alcançar e/ou manter a capacidade física. Nesta fase são realizados os exercícios aeróbicos e os de fortalecimento muscular. A duração total varia de 20 a 50 minutos.
Desaquecimento: Permite a diminuição gradativa do exercício com o objetivo de retornar ás condições hemodinâmicas e respiratórias de repouso. Tem duração de 5 a 10 minutos r podem ser realizados exercícios de alongamento e/ou relaxamento.
Referências 
BURDIAT.G.; GONZÁLEZ.K., et al.Diretriz sul-americana de prevenção e reabilitação cardiovascular.Arq Bras Cardiol 2014; 103(2Supl.1):1-31
DETURK.W.E, CAHALIN.L.P, Fisioterapia cardiorrespiratória baseada em evidências. São Paulo: Artmed; 2007
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretriz de reabilitação cardíaca. Arq Bras Cardiol 2005; 84(5):448-52
SARMENTO.G.J.V, O ABC da fisioterapia respiratória. – Barueri,SP: Manole,2009.

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