Buscar

Microscópio Óptico e Microscópio Eletrônico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
 
 
Microscópio 
 
Já na antiguidade havia tentativas de reforçar a visão com auxílio de dispositivos 
óticos. Nas escavações de Nínive foram encontrados pedaços de vidro usados como lentes. 
Aristóteles refere-se claramente a uma lente, e Seneca descreveu o uso de globos de vidro 
para aumentar imagens. 
 
A partir do século XIV lentes começaram a ser usadas comumente para corrigir 
defeitos de visão e como dispositivos de aumento. 
 
Este uso atingiu seu apogeu com Leeuwenhoek, que provavelmente deve ser 
considerado o primeiro verdadeiro microscopista. Detentor de uma técnica extremamente 
desenvolvida, levou o uso do microscópio simples (uma lente ou lupa) ao seu nível mais alto. 
Seus microscópios eram individualmente feitos para cada amostra e alguns de seus 
"pequenos animais"são examinados com aumentos de 300 vezes, façanha considerável 
mesmo em comparação com alguns instrumentos modernos. 
 
O microscópio simples não é cômodo nas mãos do público em geral. Paralelamente 
ao desenvolvimento do telescópio no século XVII, surgiu o microscópio composto, 
constituido no mínimo de uma lente objetiva e de uma ocular. A invenção do microscópio 
compostoé controvertida. A maioria dos historiadores situa sua origem na Holanda, por volta 
de 1600 e mencionam Jansen ou Lippershey como inventores. Convencionemos que a 
verdadeira história do microscópio começa em 1625, ano em Giovanni Faber cunhou o 
termomicroscópio. 
 
Os cem anos entre 1650 e 1750 podem ser considerados como época do 
desenvolvimento mecânico do microscópio. Em 1665 surgiu o célebre microscópio de 
Hooke. Este é talvez o protótipo do microscópio moderno, não só pela sua construção, mas 
por sua íntima ligação com a Micrographia, sem dúvida a mais famosa publicação de 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
microscopia de sua época. Os microscópios de Cuff representam um patamar no 
desenvolvimento do microscópio, que só foi sensivelmente ultrapassado após um século. 
 
Acompanhando o desenvolvimento da mecânica fina em meados de século XVIII, Cuff 
passa do uso da madeira e couro para o metal, e reúne pela primeira vez em um instrumento 
focalização por parafuso, platina para amostras, espelho para luz transmitida e refletida, que 
permitem equivalência com a disposição moderna. E, inevitavelmente, o rococó do século XVIII 
não poderia ter deixado de influenciar o microscópio. 
 
O instrumento construído pelos Adams para o Rei George III, em prata e querubins, 
apesar de sua sofrível qualidade ótica, merece a atenção da crônica histórica. 
A qualidade ótica dos microscópios não acompanhou o seu desenvolvimento mecânico. O 
grande problema eram as aberrações, principalmente o cromatismo. 
 
Além de só fornecer uma pequena imagem central adequadamente focalizada, esta 
estava envolta por um halo colorido que inviabilizava o estudo de detalhes. 
 
Nos cem anos entre 1800 e 1900 o microscópio finalmente conheceu a maturação 
ótica correspondente ao seu desenvolvimento mecânico. Em 1747 Euler desenvolveu a teoria 
da correção cromática. No final do século XVIII surgiram as primeiras tentativas de lentes 
acromáticas, mas só em 1830 Amici e J.J.Lister avançaram substancialmente na sua 
realização. 
 
Coube a Abbe a contestação de que "aumentos cada vez maiores só dependeriam da 
perfeição de fabricação de lentes". Seus estudos mostraram que havia uma limitação básica 
para a resolução de um sistema ótico, relacionada ao diâmetro da lente e ao comprimento de 
onda da luz. 
 
Os trabalhos de Abbe resultaram na concepção das lentes apocromáticas em 1887. 
Estas lentes oferecem padrões de qualidade até então inexistentes, principalmente depois que 
Abbe, seguindo a sugestão de J.W.Stephenson, projetou a primeira lente de grande aumento 
de imersão a óleo, ou homogênea.. 
 
A qualidade ótica final atingiu assim o seu mais alto grau no início do século XX. A 
excelente correção das lentes apocromáticas foi extendida por Boegehold a partir de 1938 às 
lentes planoapocromáticas, cujo grande campo de visão corrigida as tornam especialmente 
importantes para a microfotografia e metalografia. 
 
Mencionando ainda a introdução das camadas anti-refletoras, para controle da luz 
difusa, vemos que em meados do século XX, o microscópio atingiu praticamente os aumentos 
máximos previstos pela teoria, não sendo esperados grandes desenvolvimentos nesta direção. 
Evoluções importantes ocorreram no entanto no projeto dos microscópios. 
 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
Principios da Microscopia 
 
A primeira pergunta que ouvimos do leigo ao ver um microscópio é: Qual é o 
aumento? 
 
Na verdade, o aumento que tanto impressiona o usuário ocasional de microscopia, não 
é o parâmetro mais importante a considerar. Parece-nos, à primeira vista, que se 
dispusessemos de instrumentos perfeitos poderíamos examinar uma amostra com aumentos 
cada vez maiores, e perceber detalhes cada vez menores, até distinguir os átomos, ou quem 
sabe, as partículas que os compõem. 
 
Não é isto o que ocorre: existe uma limitação física, relacionada com a radiação 
utilizada, para a menor distância entre dois pontos que permite distingui-los separadamente. A 
esta distância chama-se "limite de resolução", e um aumento maior não revelará nenhum 
detalhe adicional da estrutura. 
 
O elemento fundamental para a formação de uma imagem ampliada é a lente. Seu 
entendimento básico é pela chamada ótica geométrica, onde consideramos a luz como 
constituida de raios, que obedecem às leis da reflexão e da refração. As lentes comuns, 
baseadas em elementos esféricos, são no entanto sujeitas a defeitos que independem da 
qualidade de sua fabricação, denominados de aberrações. Dentre estas, as mais importantes 
são a aberração esférica e a aberração cromática. 
 
A aberração esférica determina que raios axiais que atravessam a lente próximos de 
seu eixo ótico são focalizadas em um ponto diferente daquele dos raios que passam pela 
periferia. Este defeito é inerente a uma lente esférica, e para uma lente isolada, só pode ser 
minimizado através da diminuição de seu diâmetro, ou seja, utilizando apenas raios paraxiais. 
 
A aberração cromática refere-se ao comportamento com luz branca, que, como 
sabemos, é constituida da soma de todas as cores do espectro luminoso. A distância focal de 
uma lente depende da cor da luz; e portanto raios de cores diferentes serão focalizados em 
pontos diferentes. 
 
Estes defeitos se agravam à medida que usamos uma lente mais "forte", ou seja, com 
maiores aumentos. Foi com o objetivo de minimizar esta dificuldade que surgiu o microscópio 
composto, onde, pelo aumento sucessivo de duas lentes, obtemos o mesmo aumento atingido 
por uma só lupa. 
 
A qualidade da imagem fornecida pelo conjunto, por exemplo, de 5 X x 10 X será muito 
melhor do que a obtida por uma lente de 50 X. Estas aberrações podem ser largamente 
controladas caso utilizemos, ao invés de lentes simples, combinações de lentes de diversos 
perfís e com vidros de diferentes índices de refração. Da mesma maneira que em fotografia, 
dispomos para microscopia de lentes com complexidade, preço e qualidade crescentes. Os 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
mais importantes avanços foram obtidos no século XIX, com as lentes acromáticas e 
apocromáticas. 
 
Existe outro comportamento da luz que não pode ser interpretado pelas leis da 
ótica geométrica: é a difração, que exige que consideremos a luz comoconstituida de ondas 
transversais que se propagam no espaço. 
 
Durante o século XIX , procurou-se aumentar o poder de resolução das lentes e 
dos microscópios pela construção de lentes cada vez mais perfeitas, na suposição de que isto 
levaria a aumentos crescentes, e supostamente, ilimitados. 
 
Em 1880, Abbe demonstrou que na verdade a resolução de uma lente era limitada 
por difração, dependendo de sua abertura e do comprimento de onda da luz, segundo: 
d = 0.61 l / n . sen a 
 
onde l é o comprimento de onda da luz, n o índice de refração do meio, e a o ângulo de 
abertura da lente. Este resultado pode ser considerado um dos mais importantes, senão a 
fórmula fundamental da microscopia. 
 
Para que haja formação de uma imagem, precisamos também de "contraste". 
Denominamos de contraste a capacidade de distinguir traços característicos da estrutura sobre 
o plano de fundo. Citando Veríssimo, não podemos ver com clareza um "gato branco em 
campo de neve". Além da simples absorção ou reflexão de energia pela amostra existem vários 
outros mecanismos de geração de contraste em microscopia. 
 
É claro que tudo o que vimos até agora resulta da interação entre a luz, objetos e 
lentes, e portanto, com a matéria. No entanto, costuma-se estudar esta interação de maneira 
mais geral, analizando o efeito de todo o espectro eletromagnético sobre a matéria; e por 
razões que se tornarão aparentes mais adiante, incluimos nest análise o efeito de um feixe de 
elétrons. 
 
De um modo geral, uma excitação incidente desencadeará na matéria uma resposta, 
dita um sinal, que podemos adquirir por um sensor adequado. No caso especial de ocorrer a 
excitação por um feixe de elétrons acelerados, verifica-se a ocorrencia de múltiplos sinais. 
Dois exemplos são bem conhecidos de todos: a imagem luminosa de um tubo de televisão, 
e a radiação emanante de um tubo de raios-X. 
 
 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
Evolução da Microscopia Eletrônica de Transmissão 
 
A simples consideração da expressão de de Broglie indicaria a busca de microscópios 
de transmissão operando com tensão cada vez maior. Deste modo, o comprimento de onda 
associado à onda de elétrons diminuiria, melhorando a resolução. Infelizmente, este argumento 
não é tão simples; as crescentes dificuldades técnicas associadas ao aumento de tensão 
terminam por influir negativamente na resolução que pode ser obtida. Em alguns casos, no 
entanto, a alta tensão é desejável por outras razões. 
 
Isto determinou que o microscópio eletrônico de transmissão se desenvolvesse 
em duas direções distintas: alta tensão (High voltage electron microscopy - HVEM) e alta 
resolução (High resolution electron microscopy - HREM). 
 
A construção de microscópios de alta tensão, na faixa dos megavolts, que inicialmente 
buscava o objetivo discutido acima, encontrou sua aplicação no exame de amostras espessas, 
na indústria nuclear, e em determinadas aplicações biológicas. Considerações técnicas e de 
mercado fazem o HVEM um instrumento completamente diferente do TEM; enquanto este é 
um instrumento de produção seriada, o HVEM é, pelo seu vulto e complexidade, de construção 
especial. 
 
Operam no mundo algumas poucas dezenas destes microscópios. Na maioria dos 
casos constituem laboratórios nacionais , para fazer face, pela operação centralizada, aos altos 
custos e disponibilidade de especialistas. 
 
As principais características de operação destes instrumentos são: 
 
Amostras mais espessas podem ser examinadas; estas podem ser mais 
representativas da estrutura interna dos materiais do que lâminas delgadas; em alguns casos, 
dispositivos integrais podem ser examinados; 
A maior energia do feixe eletrônico resulta em maior interação com a estrutura da amostra, 
ocasionando danos semelhantes aos danos de irradiação, permitindo a geração e estudo de 
tais danos in situ; 
 
Paradoxalmente, este mesmo excesso de energia causa menor dano em amostras 
biológicas, permitindo seu exame por mais tempo. 
 
Por outro lado, o projeto de geradores de extra-alta-tensão, com características 
comparáveis de estabilidade de tensão, é problemática; os problemas de projeto de lentes, 
estabilidade mecânica e térmica, vulto do instrumento para a devida proteção de radiação, 
todos contribuem para que a resolução alcançada esteja comprometida acima de um 
determinado valor de tensão. Esta constatação deu origem a que se desenvolvessem 
microscópios destinados à resolução atômica ou da rede, operando em tensões intermediárias. 
 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
Estes instrumentos operam geralmente na faixa de 500/600 kV, e têm um vulto 
comparável com os TEM normais. 
Trata-se de microscópios onde todos os componentes são cuidadosamente otimizados para o 
resultado esperado, e também operados em laboratórios que fizeram dos problemas de alta 
resolução seu objetivo, em número bem delimitado no mundo. A interpretação de imagens de 
rede faz forte apelo ao uso de técnicas computacionais, e da desfocalização, para a 
computação e validação de hipóteses de estruturas. 
Advento da Microscopia Eletrônica 
Vimos que no começo do século XX, a microscopia ótica havia atingido o limite de resolução 
previsto pela teoria de Abbe. Uma vez que a qualidade das lentes não oferecia mais escôpo 
para progresso, o único caminho para conseguir maior resolução seria através da utilização de 
radiações com menor comprimento de onda. Em 1924 de Broglie formulou sua postulação da 
dualidade onda-partícula para elétrons, que lhes atribuia um comprimento de onda equivalente 
a 
l = h / 2 m v &nbspou l = ( 150 / V )-1/2 
 
onde l é o comprimento de onda, V a tensão de aceleração dos elétrons , h a constante de 
Planck e m, v a massa e velocidade dos elétrons. Portanto, a aceleração de elétrons a algumas 
dezenas de milhares de volts resulta em comprimento de onda da ordem de ångstroms, da 
ordem das dimensões atômicas. 
 
A carga dos elétrons determina que que sejam influenciados por campos magnéticos e 
eletrostáticos, o que possibilita a construção de lentes. Em 1926 Busch descreveu a teoria 
básica de lentes eletrostáticas, logo em seguida complementada pela descrição das lentes 
magnéticas. A possibilidade de construção de um microscópio eletrônico foi imediatamente 
percebida por diversos pesquisadores, principalmente de grupos em Berlin, empenhados na 
construção de osciloscópios de raios catódicos. Dentre estes, Knoll e Ruska tomaram a 
dianteira, e rapidamente desenvolveram o instrumento a ponto de superarem, pela primeira vez 
em 1931, a resolução do microscópio ótico. Durante a década de '30, o instrumento 
conheceu sucessivos aperfeiçoamentos, e à véspera da 2a. Grande Guerra, iniciava sua 
comercialização pela firma Siemens. 
 
A disposição do microscópio eletrônico de transmissão (MET) é semelhante ao 
do microscópio biológico, incluindo uma fonte de radiação, lentes condicionadoras do feixe, a 
amostra transparente aos elétrons, e aumento da imagem através de sucessivos estágios de 
lentes. As peculiaridades devidas ao uso de elétrons são a necessidade de estabelecer vácuo 
em todo o percurso dos elétrons, amostras muito finas, e aquisição da imagem por filmes ou 
telas fluorescentes. 
 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
A necessidade de dispor de amostras transparentes aos elétrons determinou o avanço 
da aplicação biológica em relação à metalurgia. Inicialmente o exame de materiais foi restrito 
ao uso de réplicas da superfície; foi só após 1955, quando Heidenreich obteve pela primeiravez lâminas finas da ordem de 100 nm, transparentes aos elétrons, que a estrutura interna de 
metais pode ser examinada. 
 
O MET possibilita a obtenção de dois tipos principais de informações: morfológicas, e no 
caso de amostras cristalinas, cristalográficas. 
 
Restringirmo-nos às primeiras, preservando o caráter de microscopia strictu sensu 
desta conferência. Analisemos brevemente as origens do contraste da imagem em microscopia 
eletrônica de transmissão. Estas incluem absorção, contraste de fase e contraste de difração. 
 
A absorção, de maior importância no caso de amostras biológicas ou amorfas, 
corresponde em princípio ao contraste de amplitude na microscopia ótica, e resulta da 
absorção diferenciada de elétrons por diversas regiões da amostra, seja por variação de 
espessura, seja por interação com átomos de maior ou menor número atômico. No caso da 
microscopia de materiais, este mecanismo surge como importante no caso do exame de 
réplicas. 
 
O contraste de fase resulta da interação entre feixes que percorrem regiões adjacentes 
da amostra, e entre as quais haja diferenças de fase provocadas por variações de espessura, 
estrutura cristalina, etc; notar no entanto que a origem clássica do contraste de fase em 
microscopia ótica, baseada na variação de índice de refração, não tem equivalente no MET. 
 
O estudo da interação entre a radiação e a matéria indica uma variação de intensidade 
periódica com a espessura da amostra, e com sua estrutura cristalina. Este contraste pode ser 
exemplificado pela observação de defeitos de empilhamento em cristais. Finalmente, uma vez 
que o comprimento de onda dos elétrons corresponde à distância interatômica nos sólidos, a 
difração se apresenta como fenômeno de importância. Aplica-se a mesma expressão de Bragg 
que vale para difração de raios-X, e que resulta em espalhamento elástico coerente para 
determinadas orientações da malha cristalina. A observação de discordâncias exemplifica este 
mecanismo. 
 
Qual é a resolução que podemos esperar do MET? A simples consideração do 
comprimento de onda nos indicaria grande facilidade em resolver os átomos individualmente, 
uma vez que às tensões usuais de trabalho, entre 100 e 200 kV, corresponde algo como 0.3 
nm. Tal resolução não é realizada na prática, devido à sérias deficiências na qualidade das 
lentes eletromagnéticas, principalmente em relação à aberração esférica. Esta só pode ser 
controlada através da redução radical da abertura numérica, mantendo os raios de elétrons 
praticamente paraxiais. 
 
Assim, enquanto que lentes óticas são projetadas com aberturas da ordem de pi/2, as 
lentes eletromagnéticas apresentam aberturas de cerca de 0.03 rad. A consideração da 
fórmula de Abbe nos indica portanto que as resoluções são muito piores do que o esperado. Se 
levarmos em conta outras dificuldades de projeto, como estabilidade elétrica, mecânica e 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
térmica do conjunto, resulta modernamente uma resolução garantida, para um microscópio de 
rotina, de cerca de 0.2 nm para malhas periódicas, ou seja, o limiar da resolução atômica. 
Fonte: www.coppe.ufrj.brroscópio 
MICROSCOPIA 
INTRODUÇÃO 
 
A célula é um micromundo cujas as estruturas só podem ser observadas com o auxilio 
de instrumentos e técnicas especializadas que comporta alguns riscos dos quais é necessário 
estar consciente. 
 
Sendo assim ouve uma convergência de várias técnicas que ao longo dos tempos 
permitido estabelecer uma verdadeira « Anatomia das células ». Pelo geral o poder resolvente 
do olho humano é de 0.1mm, ou seja a menor distancia vista ou resolvida pelo olho humano é 
de duas linhas a 1mm de distancia, sendo evidente, isto prova as necessidades do 
aparecimento do microscópio, ex: duas linhas a 100 um de distancia, veremos uma só linha. 
 
A descoberta da célula, tal como todo o conhecimento humano, foi resultado de um 
longo percurso de investigação envolvendo interação de ideias e invenções de técnicas. 
 
HISTÓRIA DO MICROSCÓPIO 
 
Cronologicamente até o século XVII conhecia-se bastante sobre os órgãos que constituem os 
seres vivos, mas não sabiam como eram organizadas e constituídos(em unidades mais 
pequenas, as células)isto na época de Galileu que interessou para esse problema e fez quase 
um microscópio. 
 
Neste mesmo século um Holandês, vendedor de roupas e especialista em lentes Anthony Van 
Leeuwenhoeck (1650-1700) construído o 1º microscópio simples que consistia, apenas numa 
única lente montada numa moldura simples, com um sistema para segurar o objeto à distancia. 
Van o usava para examinar tudo desde da água,à sua própria saliva. 
 
Comunicou as descobertas, por carta á Royal Society de Londres onde na descrição dizia que 
descobriu pequenos animais(os protozoários ex: vorticela) e foi o primeiro homem a ver 
bactérias, e na época considerou-se a descoberta dum 3º mundo dos microrganismos(x270). 
Esses animais com fama(1676)foram designados animálculos onde havia uma péssima 
imagem com lentes deficientes e com uma imagem pouco nítidas e deformadas. 
 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
30 anos mais tarde «tecidos fibrosos» «rete mirabile = rede maravilhosa» « papa» «lodo» e 
sucos nobres são algumas das designações usadas pelos cientistas do sec. XVII para 
descrever matéria viva. Robert Hook(1636-1703)pública o livro Micrografia onde é o 1º a 
descrever células. 
 
Examinou uma lamina muito fina de cortiça e coloco-a num dos 1º microscópios 
simples construídos, que é constituído por uma única lente e mais tarde associaram-se duas ou 
mais lentes até o microscópio composto simples que permitiram observações mais precisas 
das estruturas animais e vegetais. O seu aperfeiçoamento ao longo do sec. XVII iria permitir 
um avanço no estudo dos seres vivos. Contribuiu também um zoológo, Malpighi(1628-1694). 
 
Da célula Hook vio apenas as paredes esqueléticas, sem intervir na natureza real e na 
sua individualidade. Os seus trabalhos no entanto encorajaram outros cientistas a utilizarem o 
microscópio na observação de material biológico. 
 
A hipótese Hooke admitiu que todos os seres vivos são constituídos por células(que 
eram porções de matéria que podiam ou não estar envolvidas por uma parede, citoplasma, 
núcleo. 
 
Foi preciso 150 anos para que a noção de célula adquirisse o significado que têm hoje. 
No sec. XVIII em 1838-39 entre uma conversa dos cientistas alemães, Schleiden o zoológo e 
Schwan o botânico, nasceu ou foi enunciada uma teoria geral da célula(Teoria Celular)que 
modificou as ideias no tempo e no espaço; « a célula é a unidade básica do metabolismo que 
contêm material hereditário e fisiológica, sob o ponto de vista estrutural e funcional, dos seres 
vivos e ou seja todos os organismos são constituídos por células, onde se desenrolam as 
reações da vida ». 
 
Robert Brown(1831-1839) descobriu o núcleo nas células vegetais,e um tempo depois 
o biologista alemão e médico Virchow(1855)acrescentou a teoria celular com « elas 
multiplicam-se por divisão dependente duma continuidade genética entre célula mãe e células 
filhas» 
A teoria celular constitui um grande marco da ciência em geral,e da microscopia em particular. 
Foi decisivo e essencial para tornar compreensível o desenvolvimento embrionário, e das leis 
da hereditariedade. 
 
Com o aperfeiçoamento do microscópio, acumularam as provas sobre essa teoria 
unificadora da biologia, porque se foram observando cada vez mais estruturas no interior da 
substancia gelatinosa da célula. Foi-se modificando e evoluindo a mecânica e a óptica do 
microscópioaté os nossos dias onde existe o Microscópio Composto(Óptico) 
Já na antiguidade se observaram, através de lascas de cristal transparente, com superfícies 
curvas, dão imagens ampliadas dos objetos. 
 
Desde então a biologia do sec.XVIII progrediu em passos lentos devido à insuficiência 
de meios matérias e ópticos para observação dos « infinitamente pequenos » ou fragmentos 
dos tecidos e de órgão de seres superiores. 
 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
A invenção do microscópio permitiu preencher uma grande lacuna da ciência onde hoje 
é possível decompomos e estuda-los em dois tipos: 
MICROSCÓPIO COMPOSTO OU ÓPTICO 
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO 
MICROSCÓPIO COMPOSTO OU ÓPTICO 
 
Este aparelho fornece imagens ampliadas dos objetos, permitindo portanto a 
observação de estruturas invisíveis à vista desarmada. Haviam vários defeitos nestes 
microscópio no principio do sec.XIX a nível do acromatismo e esfericidade que atualmente já 
foram corrigidos com uma associação de lentes fabricados com matérias especiais para esse 
fim, e as imagens têm vindo a ser mais nítidas e cada vez mais premenorizado. A ampliação é 
feita através de dois sistemas de lentes de ampliação(objetivas e oculares)suportados por uma 
série de pecas mecânicos que permitem uma utilização prática desse aparelho. 
A ESTRUTURA DO MICROSCÓPIO ÓPTICO 
Pé, Coluna 
Tubo 
Parafusos(micrométrico e macrométrico) 
PARTE MECANICA 
Platina ou Estativo 
Revolver 
Sistemas de objetivas x20,x40,x100 etc... 
Sistema oculares 
PARTE ÓPTICA 
Sistemas de iluminação 
Espelho 
Plano 
Côncavo 
Condensador 
Diafragma 
 
As OBJETIVAS são formadas por uma associação de lentes ingeridas num suporte 
metálico e têm uma escritura na parte externa com o seu poder resolvente e de ampliação. 
 
A ampliação proporcionada pelo microscópio óptico deve-se em geral a uma 
conjugação do poder de sistemas de objetivas e do sistema ocular a ser 
usado; ex: 40xocular,120x objetivas= 40x100= 400 vezes de ampliação. Normalmente a 
ampliação tem limites,e se usar ampliações muito grandes as imagens começam a perder 
qualidade. 
 
Falando do poder resolvente que tinhamos falado anteriormente(ex: duas linhas....), o 
poder resolvente é calculado com os parametros: 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
 
1) O comprimento de ondas eletromagnéticas de luz radiada que é limitado (luz visivel entre 
400nm a 700nm ou 0.01 um de comprimento)é limitádo para esse microscópio, e que é 
calculada através da velocidade da luz 300000 m\s sobre o tempo de uma onda. 
 
2) NA objetivas e NA condensador = que são aberturas numéricas da objetiva e do 
condensador,onde NA é uma característica especifica do sistemas de lentes ex: NA = n. sen #, 
n= indice de refração, # formado pelo eixo óptico. 
Poder Resolvente = comprimento de onda da luz visível 
NA objetivas + NA condensador 
Sendo assim o poder de resolução máxima é de 200 - 250 nm e o aumento máximo é de 
1500x. 
 
Neste microscópio o tipo de radiação é a LUZ natural ou artificial, daqui que as 
amostras podem ter animais vivos ou mortos e de preferência fino e montado em material 
transparente, lâminas e lamelas de vidro, sobrepostas umas nas outras geralmente com 
amostras finissimas. LENTES em geral de vidros 
 
DIAFRAGMA é um dispositivo mecânico que serve para diminuir ou aumentar e 
evitar a incidência da luz que dificulta a observação de amostras muito finas e fica 
situado debaixo da plataforma e que serve de mediador entre a luz que vem do espelho 
ou lâmpada até ás amostras. 
 
A imagem transmitida é geralmente colorida. 
 
O campo do microscópio tem uma certa profundidade, dai a possibilidade de 
podermos focar vários planos, ou seja, quando focamos um plano o de baixo e de cima ficarão 
desfocados como se fessem pequenas alturas diferentes e assim sucessivamente para os 
outros planos. 
Para movimentar a imagem para outras posições deve-se deslocar a lamina sempre no sentido 
oposto a que queremos ir(mas atualmente à parafusos especiais na plataforma,e com precisão 
para esse fim ou seja para movimentar a amostra)(e ainda existem atualmentente parafusos 
micrometros para visualizar nitidamente no mesmo plano, e parafuso macromero para focar a 
imagem). 
TIPOS DE MICROSCÓPIO COMPOSTO 
 
MICROSCÓPIO DE CAMPO LUMINOSO as amostras podem ser coradas ou 
não, ex: bactérias coradas, serve para determinação de elementos morfológicos. Aumento 
1000-2000 vezes todos os m. compostos. 
 
MICROSCÓPIO DE CAMPO OBSCURO amostras não coradas e utilizam lentes que desviam 
raios luminosos onde aparece iluminado as amostras com fundo escuro e os microrganismos 
vão exibir alguns dados morfológicos característicos em estado vivo e em suspensão liquida. 
 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
MICROSCÓPIO DE LUZ ULTRAVIOLETA utiliza como fonte de luz as radiações 
ultravioletas onde é vantajoso nas radiações visíveis e de condições de visibilidade e podem 
ser em amostras coradas e não coradas e podem ser fotografadas e se diferencia os 
componentes e estruturas intracelulares com maior ou menor absorção das diferentes partes 
através da luz ultra violeta. 
 
MICROSCÓPIO DE CONTRASTE DE FASES se desviam raios luminosos com uma 
grande intencidade, com vários graus de brilho, e fazem-se exames de estruturas 
celulares em células vivas de microrganismos maiores: leveduras, algas, 
protozoários e bactérias. 
MICROSCÓPIO DE FLUORESCENÇIA brilhante a corado por cor fluorescente e usa-
se para técnicas diagnósticas com diferentes organismos e com diferentes 
fluorescência onde vai revelar a sua própria identidade como microrganismo. 
 
A PREPARAÇÃO DE MATERIAL BIOLÓGICO PARA M. OPTICO 
 
Deve ser feita temporariamente ou esporadicamente ou de preparação definitiva, e deve-se ser 
de pequena espessura e é colocada sobre a lamina, mergulhando sobre soluções aquosas à 
ocasião. Ou também « in vivo » meio normal de vida das células e com solução de Ringer. 
Há coloração especificada para ver diferentes e especificados orgânicos citoplasmática. 
 
Podem ser os processos: 
 
1) Colheita, 
2) Fixação, 
3) Desindiatação, 
4) Inclusão, 
5) Corte, 
6) Colagem, 
7) Desparafinação, 
8) Montagem. E etc.... 
 
Vantagens do Microscópio Composto Óptico 
 
Maior poder separador ou de resolução ou seja capacidade de distinguir X do Y aos 
permenores. 
 
Quanto á luz, menor for o comprimento de onda maior é o poder resolvente do microscópio e 
o de luz ultravioleta menhora extraordináriamente as qualidades da imagem quanto aos 
permenores. 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO 
 
O físico francês De Broglie em 1924 descobriu que os elétrons possuíam uma natureza 
ondulatória e que as radiações ultravioletas tinham menor comprimento de onda. Assim sendo 
na década de 30 o Prof. E. Ruska em 1933 constrói o 1º microscópio eletrônico que na sua 
natureza é bastante volumoso e complexa tendo uma mesa com todos os comandos incluindo 
um monitor e com um tubo metálico com vários metros de comprimento. 
 
Na sua natureza á um emissor de feixes de elétrons quanto á radiação, um conjunto 
de lentes eletromagnéticas, um sistema condensador, de objetivas, e de projétil. 
O comprimento de ondas usado é variável entre 0.005 nm. 
O poder de resolução máxima varia entre 0.5-0.2 nm = 500x m.óptico =10 Angst. 
 
E o poder de ampliação máxima de 250000X -500000X -1000000X de vezes. 
O seu funcionamento, no interiorexige uma pressão de vácuo exagerado de(0.0001 a 
0.0000001 mmHg), a uma voltagem de 4000 a 100000 volts, onde os seres vivos não 
conseguem suportar vivos(uma desvantagem)por serem muito delgados(uma prévia 
preparação), permitirão um nº suficiente de elétrons o atravesse e forme uma imagem 
observadas de ultraestruturas. 
 
Rui Freitas 
Bibliografia 
 
EDMA Enciclopédia do mundo actual, Biologia Molecular 1979 Charles Favrod 
Biologia(10º Ano de escolaridade)Mercês Roque e Adalmiro Castro 1º ed. 1986 
Microbiologia(Bibliotéca ISECMAR) 
Biologia ciençia da vida 10º Ano 1991 Amparo Dias da Silva / Fernanda Gramaxo / Jorge 
Mesquita / Maria Esmelinda Santos/ Otilia Cruz /Célula Viva de Oliver Gallier 
Fonte: www.geocities.com 
Microscópio 
 
 
 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
Invenção do Microscópio 
 
Microscópio 
 
A invenção do microscópio é atribuída aos holandeses Hans Janssen e Zacharias Janssen, 
fabricantes de óculos que viveram no final do século XVI. Com as suas observações eles 
descobriram que duas lentes montadas apropriadamente em um tubo, tenham capacidade de 
ampliar as imagens, permitindo a observação de objetos pequenos, invisíveis a olho nu. 
Contudo, não há registro de que os Janssen tenham utilizado este aparelho com finalidades 
científicas. 
A Evolução no estudo das células 
 
1 - Antonie van Leeuwenhoek (1632-1723), pesquisador holandês. 
 
O primeiro pesquisador a registrar suas observações foi o holandês Antonie van 
Leeuwenhoek1 (1632-1723). Usando microscópios de sua própria construção, dotados de lente 
única2 (microscópio simples), observou e relatou as formas e o comportamento dos micro-
organismos, sendo por isso considerado o pai da Microbiologia. 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
 
2 - Microscópios construídos por Leeuwenhoek, dotados de lente única – microscópio 
simples. 
 
 
Leeuwenhoek escreveu várias cartas a Royal Society de Londres, à qual 
pertenciam cientistas como Boyle, Newton e Hooke, descrevendo seus resultados. 
Suas detalhadas cartas, em holandês, eram traduzidas para o inglês ou para o latim, e depois 
publicadas pela própria sociedade. São de sua autoria as primeiras descrições de protozoários, 
bactérias, e de espermatozoides – chamados por ele de “homináculos”. Graças a sua mente 
inteligente, curiosa e livre de preconceitos, acabou sendo admitido como sócio da Royal 
Society de Londres, embora, durante toda a sua vida, nunca houvesse assistido a uma única 
sessão. 
 
O sucesso de Leeuwenhoek se deve em parte por ter utilizado um microscópio simples 
em lugar de um composto, pois devido a qualidade das lentes encontradas na época, ele evitou 
sofrer um efeito ótico conhecido como aberração cromática, que reduzia em muito o poder de 
ampliação da imagem nos microscópios. 
A descoberta da célula, no entanto é creditada ao inglês Robert Hooke3 (1635 – 1703). Entre 
as diversas observações que realizou, Hooke estudou finíssimas fatias de cortiça, tentando 
entender as propriedades de leveza e compressibilidade desse material. 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
 
3 – Microscópio composto utilizado por Robert Hooke (1635 – 1703). Em detalhe no 
circulo estão os desenho de cortiça vista ao microscópio ótico. 
 
Ao observar a cortiça com o seu microscópio composto, Hooke constatou a sua 
estrutura porosa assemelhando-se a favos de mel, usando então o termo cella (do latim cellula 
diminutivo de cella, pequeno compartimento) para designar cada uma das cavidades existentes 
na cortiça. 
As observações de Hooke foram confirmadas por outros microscopistas da época, dentre os 
quais se destacou o botânico inglês Nehemiah Grew (1641 – 1712), que fez importantes 
trabalhos sobre a estrutura microscópica das plantas, comprovando a sua constituição celular. 
Com relação á ciência biológica, Hooke foi um microscopista de grandes méritos. Usava, e 
suas observações, um dos melhores microscópios compostos da época e publicou os seus 
resultados no livro Micrographia4, de 1665. Com belos desenhos de micro estruturas diversas, 
como esponjas, insetos, briozoários e até penas de aves. 
 
 
4- Micrographia, 1665, livro no qual Hooke publicou os seus resultados. 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
Os trabalhos desses primeiros citologistas permaneceram muito tempo como simples 
observações isoladas. Somente 150 anos mais tarde, quando a biologia já estava mais 
desenvolvida, é que se chegou a conclusão de que as células são as unidades que constituem 
praticamente todos os seres vivos. 
Teoria Celular 
Os inúmeros estudos microscópicos realizados após a descoberta das células 
permitiram que no final da década de 1830, dois cientistas alemães, Mathias Schleiden e 
Theodor Schwann, formulassem a Teoria Celular. 
 
Em outubro de 1838, os dois cientistas se reuniram e discutiram suas idéias a respeito da 
organização dos seres vivos. Schleiden tinha a idéia que todas as plantas eram composta por 
células, Schwann tinha a mesma opinião a respeito dos animais. 
 
As idéias básicas deste novo pensamento foram então resumidas a seguinte forma: “As 
partes elementares dos tecidos são as células, semelhantes no geral, mas diferentes na forma 
e função. Pode ser considerado certo que a célula é a mola-mestra universal do 
desenvolvimento e está presente em cada tipo de organismo. 
Tipos de Microscópios 
Com o avanço nas técnicas de microscopia, o mundo microscópico começou a ser 
desvendado. A utilização da luz como única fonte de energia luminosa para as observações já 
se tornou ultrapassada, com o advento da microscopia eletrônica o estudo detalhado das 
estruturas celulares. A ampliação dos microscópios eletrônicos supera 100000 vezes o objeto e 
isso só é possível devido à utilização de um feixe de elétrons acelerado para iluminar o objeto 
ao invés de um feixe de luz. 
 
 
Para medir as células e suas pequenas estruturas internas é necessário empregar 
unidades de medidas especiais, menores do que as que usamos no mundo macroscópico. A 
unidade mais utilizada no mundo é o metro. Sua comodidade resulta do fato de ser próxima do 
tamanho de objetos com os quais lidamos cotidianamente. Entretanto temos grandezas 
maiores ou menores, o primeiro múltiplo é o quilometro (103m) e a primeira subdivisão é o 
milímetro (103m). 
 
Algumas subdivisões também muito empregadas são o centímetro (10-2m) e o angstrom 
(Å=10-10m): 
Milímetro -> 10-3m (mm) Micrometro -> 10-6m(mm) Nanômetro -> 10-9m (nm) Angstrom -
> 10-10m (Å) Picometro -> 10-12m (pm) 
Fonte: ctc.fmrp.usp.br 
Microscópio 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
 
Microscópio 
 
Instrumento de óptica destinado à ampliação e observação de pequenos objetos. 
 
 
A ampliação consiste no aumento em grande proporção dos diâmetros aparentes dos 
objetos a observar. A dois tipos básicos de microscópios: os simples e os compostos. 
Microscópio simples, também conhecidos como lupas, ampliadores ou lentes de ampliação, 
contam de lentes que eqüivalha a esse tipo. 
 
Algumas são montadas em suportes para maior facilidade de manuseio e melhor 
observação; tais suportes podem ser fixos ou portáveis, como os usados nas lentes 
destinados à leitura, sendo classificadas, por alguns autores, em quatro grupos: lentes 
para leitura, ampliadores de bolso, lupas de relojoeiro e lupas de suportes especiais. 
 
O microscópio composto consta, em essência, de um sistema óptico formado pordois 
conjuntos de lentes. Esses conjuntos são os da objetiva, voltada para o objeto e que forma no 
interior do aparelho a imagem do mesmo, e a ocular, que permite ao observador ver essa 
mesma imagem. A objetiva é fortemente convergente e tem pequena distância focal; já a ocular 
é menos convergente que a objetiva. 
 
A objetiva e a ocular são colocadas nas extremidades diametralmente opostas de um 
tubo, o canhão, constituído de duas partes encaixadas, concêntricas, de maneira que se pode 
alongá-lo e encurtá-lo à vontade, como os tubos telescópios. Essa variação do comprimento do 
canhão resulta na aproximação ou afastamento conjunto objetiva-ocular do objeto a ser 
observado. 
Tal movimento é possibilitado por dois parafusos, o macromético e o micromético, 
conforme seja rápido ou lento. A distância entre os dois sistemas de lentes é constante, a fim 
de que a imagem se forme sempre a distância mínima de visão distinta. 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
O canhão é montado numa armação articulada que sustenta também a platina, chapa sobre o 
qual é colocada a lâmina de vidro com o objeto a ser observado. O objeto é iluminado pelos 
raios luminosos provenientes de uma fonte qualquer, natural ou artificial, e concentrados no 
mesmo por meio de um espelho chamado refletor, que é móvel, e por uma pequena lente, que 
constitui o condensador. 
 
Para ser ampliado, é necessário que o objeto em observação seja colocado a uma 
distância do instrumento, pouco maior que a distância focal da objetiva. A ampliação obtida é 
função das distâncias focais dos dois sistemas de lentes e das distâncias que os separa. 
Os microscópios mais antigos eram dotados de uma objetiva simples e, muitas vezes, sistemas 
de prismas eram usados para fornecer ao instrumento visão binocular. Ainda hoje esse tipo de 
microscópio é usado, mas seu emprego tem cedido terreno ao microscópio de dupla objetiva, 
dotado de visão binocular, inventado por Greenough em 1897. Tal aparelho é constituído de 
dois microscópios, um para cada olho do observador e montado de tal maneira que os raios 
luminosos que os atravessam se vão concentrar todos no foco comum aos dois sistemas 
ópticos. O microscópio de objetiva pode ser dotado de visão esterioscópia, para o que são 
empregados prismas especiais. 
 
Os microscópios fazem uso de grande número de acessórios, que tornam possível o 
emprego do aparelho em serviços especializados e onde se exige grande precisão. 
Entre eles contam-se: filtros, discos micrométricos, oculares micrométricas, polarizadores, 
analizadores e muitos outros. São intensivamente usados nos mais diversos ramos da ciência, 
tais como biologia, metalurgia, espectroscopia, medicina, geologia e pesquisa científica em 
geral. 
Microscópio eletrônico 
 
O microscópio eletrônico pode ser definido como um aparelho de natureza 
eletrônica, cuja a finalidade é a obtenção de imagens enormemente ampliadas de 
pequeníssimos objetos. 
 
O primeiro aparelho desse tipo apareceu em 1940, tendo sido consideravelmente 
desenvolvido a seguir. São muitíssimos mais potentes que os microscópios ópticos e a 
dinamia, que possibilita o uso das ações de campos magnéticos e elétricos sobre os elétrons. 
 
Fonte: aebdesign.kit.net 
Micro 
scópio 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
Aparecimento do Microscópio 
No estudo das ciências biológicas tem sido particularmente importante o microscópio óptico, 
uma vez que permite observações que estão fora do alcance da visibilidade direta do olho 
humano. 
 
Microscópios 
 
A estrutura pormenorizada dos seres vivos e essa infinidade de coisas tão pequenas 
que já se conhecem, estariam ainda no vasto campo da ignorância humana se não existisse o 
microscópio. No entanto, a sua missão está ainda muito longe de se julgar cumprida e dele 
muito ainda se deve esperar. 
 
Nos finais do século XVI, depois de quatro séculos a aperfeiçoar e dar novas 
utilizações às lentes, foi criada a lupa por Galileu e, usando-a, efetuou as primeiras 
observações de objetos e seres. Com ele os cientistas da época foram capazes de encontrar 
nos seres que já conheciam novos pormenores e características. 
 
No século XVI, a construção de aperfeiçoamento do microscópio, particularmente do 
sistema de lentes, expandiu-se. Antonie Van Leeuwenhoek e Zacharias Jansen, fabricantes de 
óculos, desenvolveram os primeiros microscópios simples e compostos, respectivamente. 
Estes aparelhos utilizavam a luz refletida pelo objeto fortemente iluminado. Vários modelos 
foram a seguir construídos, entre os quais alguns de valor histórico, como por exemplo, o de 
Robert Hooke. 
 
Mas teria de decorrer quase um século até que o microscópio óptico composto, 
sucessivamente aperfeiçoado, fosse capaz de permitir imagens de grande qualidade. 
CONSTITUIÇÃO DO M.O.C. 
Atualmente, o microscópio óptico composto (M.O.C.) é constituído por duas partes – 
uma parte mecânica e uma parte óptica. Cada parte engloba uma série de componentes 
constituintes do microscópio. 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
 
Microscópio 
 
A parte mecânica serve para dar estabilidade e suportar a parte óptica. 
 
Esta parte é constituída por: 
 
Pé ou Base – suporta o microscópio, assegurando a sua estabilidade. 
 
Braço ou Coluna – peça fixa à base, na qual estão aplicadas todas as outras partes 
constituintes do microscópio. 
 
Tubo ou Canhão – cilindro que suporta os sistemas de lentes, localizando-se na extremidade 
superior a ocular e na inferior o revólver com objetivas. 
 
Platina – peça circular, quadrada ou retangular, paralela à base, onde se coloca a preparação 
a observar, possuindo no centro um orifício circular ou alongado que possibilita a passagem 
dos raios luminosos concentrados pelo condensador. 
 
Parafuso Macrométrico – engrenagem que suporta o tubo e permite a sua deslocação a da 
platina. É indispensável para fazer a focagem. 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
 
Parafuso Micrométrico – imprime ao tubo ou à platina movimentos de amplitude muito 
reduzida, completando a focagem. Permite explorara a profundidade de campo do 
microscópio. 
 
Revólver – disco adaptado à zona inferior do tubo, que suporta duas a quatro objetivas 
de diferentes ampliações: por rotação é possível trocar rápida e comodamente de objetiva. 
 
A parte óptica é constituída por: 
 
Sistema de Oculares e Sistema de Objetivas – o conjunto de lentes que permitem a 
ampliação do objeto. A ampliação dada ao microscópio é igual ao produto da ampliação da 
objetiva pela ampliação da ocular. 
 
Fonte Luminosa – existem vários tipos de fontes luminosas, podendo ser uma lâmpada 
(iluminação artificial), ou um espelho que reflicta a luz solar (iluminação natural). Os dois tipos 
de iluminação tem virtudes e defeitos, mas destinam-se os dois à iluminação da preparação, 
possibilitando assim a sua visualização. 
 
Condensador – distribui regularmente, no campo visual do microscópio, a luz refletida pelo 
espelho. 
 
Diafragma – regula a intensidade luminosa no campo visual do microscópio. 
 
 
Fonte Luminosa 
 
Devido a estes componentes serem de alta precisão e porque o microscópio é um instrumento 
caro, requer cuidados especiais de transporte, utilização e manutenção. 
CARACTERÍSTICAS DA IMAGEM DO M.O.C. 
O objeto a ser observado deve ser colocado muito perto do foco objeto do sistema da objetiva, 
para que se forme uma imagem real, invertida, de maiores dimensões, que vai servirde objeto 
em relação à ocular. Esta, dá uma imagem virtual, invertida (nos dois sentidos) em relação ao 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
objeto a ser observado, que deve formar-se entre o ponto próximo e o ponto remoto do olho do 
observador, ou seja, virtual. 
 
A partir da observação de uma qualquer imagem ao microscópio, pode-se reparar que 
como em sequência desta ser invertida, a imagem para se deslocar num determinado sentido, 
a preparação tem que se deslocar em sentido oposto. 
 
 
Se a objetiva fornecer uma imagem defeituosa – com aberrações cromáticas, esféricas 
eu com cortadura do campo – a ocular vai ampliar as imperfeições dessa imagem. Estes 
defeitos do sistema óptico combatem-se com sistemas de lentes, algumas das quais com papel 
corretor, de modo que, as imagens sejam nítidas, planas e com pormenores bem separados. 
No M.O.C., a ampliação e o campo de visualização são inversamente proporcionais, ou seja, 
quanto maior for a ampliação, menos a área da preparação observada. O contrário também se 
verifica. 
PROFUNDIDADE DE CAMPO DO M.O.C. 
Quando se utiliza o microscópio, pode-se observar preparações com três dimensões, 
ou seja, com largura, comprimento e profundidade. 
 
A preparação observada continha dois cabelos cruzados, de modo que não se 
encontravam num plano comum: um encontrava-se num plano mais abaixo que o outro. Esta 
diferença de planos não se conseguiria detectar a olho nu, mas quando a preparação é 
observada ao microscópio, são constatáveis algumas consequências dessa diferença de 
planos. 
 
Quando se observa nitidamente um certo plano, aqueles que se encontrarem acima ou 
abaixo plano focado ficam desfocados, apenas se conseguindo ver de modo pouco nítido. Isto 
significa que o campo do microscópio tem, também, uma certa profundidade, não sendo 
possível focar simultaneamente dois planos diferentes. 
 
Como se sabe, a profundidade de campo do microscópio é muito pequena, o que 
implica que os objetos examinados ao microscópio devem ser de muito pequena espessura. 
 
A operação de focagem é tanto mais delicada quanto menor for a distância focal do 
sistema, ou seja, quanto maior for a ampliação, mais delicada será a focagem e menos nítido 
ficará o plano que não estiver focado. Devido a isto, é importante que, durante a observação, 
se proceda a uma manobra constante do parafuso micrométrico de modo a poder-se visualizar 
nitidamente pormenores nos diferentes planos, visualizando todos os campos existentes, um 
de cada vez. 
 
 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
RELAÇÃO ENTRE A ÁREA OBSERVADA E A AMPLIAÇÃO UTILIZADA 
A medida do campo do microscópio pode ser feita com a ajuda de micrometros de objetiva ou 
de ocular. Na sua falta, o papel milimétrico permite medir, aproximadamente, o campo do 
microscópio nas diferentes ampliações realizadas pelas lentes incorporadas em alguns 
componentes. 
 
A área da superfície observada através do microscópio composto é sempre 
relativamente restrita e depende da ampliação utilizada. A área do material observado varia na 
razão inversa da ampliação que se utiliza. 
 
Deste modo, pode-se relacionar a área da superfície com as ampliações através da 
relação: 
 
A 1 – ampliação mínima A 2 – ampliação média 
 
Para ampliações maiores, a área observada é apenas de uma fração do milímetro. A 
redução progressiva da área observada é, no entanto, acompanhada de um aumento de 
detalhes. As maiores ampliações permitem a observação de áreas restritas, mas revelam 
pormenores não detectados com pequenas ampliações. 
 
Torna-se portanto desnecessária a montagem de grandes fragmentos para observação 
microscópica. Também objetos de dimensões superiores às da área do campo não podem ser 
completamente abrangidos. 
 
Pode-se então concluir que se deve iniciar a observação microscópica utilizando 
pequenas ampliações, que permitam captar uma ideia de conjunto. 
 
A preparação deve ser percorrida nos vários sentidos a fim de se localizar a zona de 
maior interesse. Dessa zona selecciona-se os elementos de maior importância, centrando-os, e 
só depois se deve passar a objetivas de poder ampliador maior. Estas permitirão observar 
detalhadamente os pormenores desejados da preparação em causa. 
 
Fonte: members.fortunecity.com 
scópio 
O olho humano tem poder de resolução de aproximadamente 0,1 mm ou 100 µm. Isto 
significa que se você olhar dois pontos separados por uma distância menor que 100 µm, esses 
pontos aparecerão como um ponto único. 
 
Para distinguir estruturas separadas uma das outras por menos de 100 µm, há 
necessidade de instrumentos ópticos que tenham poder de resolução aumentada. 
É importante salientar a diferença entre poder de resolução e poder de aumento. 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
Se você ampliar várias vezes uma mesma fotografia comum, a imagem aumenta, mas 
os pontos separados por menos de 100 µm continuarão a aparecer como um ponto só,borrado. 
É possível, portanto, aumentar a ampliação, sem contudo melhorar a resolução. 
Os microscópios permitiram ao homem observar estruturas com ampliação maior e maior 
resolução. 
 
O limite de resolução dos microscópios ópticos, que são aqueles que utilizam a luz 
para iluminar o objeto que está sendo analisado, é de cerca de 0,2 µm (ou 200 nm ou 2 000 Aº 
); é melhor que o olho humano cerca de 500 vezes. Não se consegue construir microscópios 
ópticos com desempenho melhor que este, pois o fator limitante é o comprimento de onda da 
luz. 
 
Com o advento do microscópio eletrônico, o poder de resolução foi aumentado cerca 
de 1000 vezes em relação ao microscópio óptico. Para isso, em vez de feixes de luz, 
empregam-se feixes de elétrons para "iluminar" o,objeto a ser analisado. As áreas do material 
que permitem melhor transmissão de elétrons (regiões transparentes aos elétrons) aparecem 
como áreas claras; as áreas que absorvem ou defletem os elétrons (regiões densas aos 
elétrons) aparecem como áreas escuras. Os microscópios eletrônicos têm limite de resolução 
próximo de 2 Aº, cerca de 500 000 vezes maior que o do olho humano. 
O microscópio óptico (MO) 
Os primeiros microscópios de luz ou microscópios ópticos (MO) surgiram no século 
XVII, principalmente com o holandês Anton van Leeuwenhoek (1632-1723) e o inglês Robert 
Hooke (1635-1703). Leeuwenhoek construia microscópios com uma única lente, que chegavam 
a aumentos de mais de 200 vezes. Esses microscópios com uma lente só são chama os 
microscópios simples, e a imagem fornecida não é boa. 
 
Hooke construiu seu microscópio com duas lentes: uma delas era a ocular e a 
outra, a objetiva. Esses microscópios são chamados microscópios compostos, e a imagem 
fornecida é melhor que a do microscópio composto. 
 
Coloração 
 
A maioria dos tecidos é incolor, o que torna difícil sua observação ao microscópio 
óptico. Devido a isso foram introduzidos métodos para a coloração dos tecidos, de modo a 
tornar seus componentes visíveis e destacados uns dos outros. 
 
A coloração é feita usando-se geralmente misturas de substâncias químicas 
denominadas corantes. A maioria dos corantes usados em histologia comportam-se como 
ácidos ou bases e tendem a formar ligações salinas com radicais ionizáveis presentes nos 
tecidos.Os componentes dos tecidos que se coram facilmente com corantes básicos são 
chamados basófilos, sendo chamados de acidófilos os que se ligam a corantes ácidos. 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
O microscópio eletrônico(ME) 
''... No inicio do século XIX estala definido o limite de resolução do microscópio óptico. Segundo 
o físico alemão Ernst Abbe (1840-1905), esse limite dependia principalmente do comprimento 
de onda (?) da luz com que se observa o objeto. O MO não pode ver pontos do objeto mais 
próximos do que 0,2 micrometros (1 µm = 10-3 mm), ou seja, seu aumento máximo está em 
torno de mil vezes. (Não muito mais do que Leeuwenhoek conseguia! ) 
O conhecimento dos fenômenos ondulatórios permite-nos saber que a imagem de um ponto 
luminoso obtida atrevés de uma lente é formada por um circulo central luminoso cercado de 
anéis claros, com intensidades decrescentes (difração). Quando buscamos aumentos baixos, 
não observamos essa figura, mas è ela que determina o limite de aumento para cada diâmetro 
da limite e para cada cor da luz de iluminação. Quanto maior ? mais critica é a situação. Dai 
concluirmos que já atingimos o aumento máximo permitido pelo MO, pois as aberrações 
(distorções) das lentes já foram suficientemente bem corrigidas, mas o nosso olho infelizmente 
não vê a luz com ? menor que o violeta. É então que entramos com um novo universo que o 
ME pôde proporcionar. 
No inicio do século XX, o físico francês Louis De Broglie (1892-1987) propôs que partículas 
quânticas, como o elétron, têm associadas a si ondas cujos comprimentos variam com o 
inverso da velocidade. Para elétrons acelerados, por exemplo, por um potencial de 50 
quilovolts (um kV = mil volts), ? é aproximadamente dez mil vezes menor do que o da luz 
verde. Portanto, o efeito da difração para elétrons seria extremamente menor do que para a 
luz. Esta è a razão teórica da capacidade de aumento do ME. 
(...) Na década de 1930, Ernst Ruska (1906-1988), na Alemanha, construiu o que foi 
considerado como o primeiro ME. Hoje em dia o ME pode chegar a aumentos acima de um 
milhão de vezes (mil vezes mais que o MO), mas nas primeiras tentativas as imagens eram 
muito inferiores às do MO, em qualidade e aumento. 
O ME consiste basicamente em: 
Canhão eletrônico com R fonte de elétrons (fio aquecido), que podem ser acelerados em 
potenciais em geral de 20 até 100 KV. sistema elétrico para suprir as tensões e correntes do 
aparelho. 
Lentes magnéticas, que são bobinas (fios enrolados) para produzir um campo magnético 
atuante sobre os elétrons, tendo um efeito semelhante ao de uma lente comum para a luz. 
Sistema de bombas para produzir alto vácuo (pressão de cerca de 10-6 atm) e permitir que os 
elétrons migrem pelo tubo do aparelho, além de evitar a combustão do filamento pelo oxigênio 
do ar. 
Tela fluorescente para produzir uma imagem final visível, quando atingida pelos elétrons. 
O microscópio acima descrito è chamado microscópio eletrônico de transmissão (MET), pois o 
que se observa é a projeção de uma fatia muito fina do material (como no MO, embora muito 
mais fina). Mais recentemente, na década de 1960, surgiu o chamado microscópio eletrônico 
de varredura (MEV), cuja aplicação está na observação da superfície dos materiais. Nesse 
aparelho, a superfície do material é varrida ponto a ponto por um feixe de elétrons (...) 
O preparo de amostras, particularmente as biológicas, é fundamental para obtenção de boas 
imagens. Para o MET, a amostra deve ser fixada com reagente especifico, lavada, desidratada 
(a água é substituida por acetona) e imersa numa resina epóxi que endurece após ficar 48 
horas numa estufa a 60°C. Aí então ela é cortada em fatias finíssimas (espessura de 0,05 pm), 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
corada com sais de metais pesados, como urânio e chumbo, e só depois disso observada no 
MET. 
No caso do MEU, como desejamos uma superfície bem preservada e que produza uma boa 
correntede elétrons secundários para obtenção de uma boa imagem, o material é fixado como 
na forma anterior, mas a desidratação é feita por um método (ponto critico do CO2 - dióxido de 
carbono) que praticamente não deforma o material. Após essa desidratação, a amostra é 
coberta com fina camada de ouro, por método especial (sputtering). Depois disso ela está 
pronta para observação no MEV. 
No Brasil temos algumas dezenas de MEs, muitos dedicados à pesquisa biológica. Uma área 
que tem sido bastante auxiliada pelos MEs é a protozoologia, especialmente no estudo de 
protozoários patogênicos tanto para os animais quanto para as plantas (...) 
A microscopia eletrônica tem se desenvolvido muito nos últimos anos, culminando com a 
criação do chamado microscópio de tunelamento quântico, cujos autores, Gerd Binning e 
Heinrich Roher, do Zurich Research Laboratory (IBM), dividiram com Ruska o Prêmio Nobel de 
Física de 1986". 
PRINCIPAIS CORANTES DA MICROSCOPIA ÓPTICA 
Quanto à natureza química: 
 
ÁCIDOS - Coram elementos acidófilos. Eosina, ácido ósmico e P-A-S- (Periodic Acid Schifft) 
 
BÁSICOS - Tingem as estruturas basófilas. Hematoxilina, orceína, azul de metileno, lugol, 
Verde-janus B, violeta de genciana. 
 
NEUTROS - Efeito tintorial sobre as estruturas que não revelam acidofilia nem basofilia. 
Vermelho neutro. 
Quanto ao papel fisiológico: 
VITAIS - Coram a célula sem determinar sua morte. Verde-janus B, azul de metileno, azul 
brilhante de cresil, vermelho neutro, Sudan III. 
 
NÃO-VITAIS - Determinam a morte celular. Hematoxillna, eosina, ácido òsmico, lugol, 
vermelho escarlate, violeta de genciana. 
 
Quanto às propriedades tintoriais: 
 
ORTOCROMÁTICOS - Conferem á célula a mesma cor que apresentam in vítro. Azul de 
metileno, verde-janus B, vermelho neutro. 
 
METACROMÁTICOS - Dão á célula coloração diferente da que apresentam in vítro. Laranja de 
acridina, tionina, azul de toluidina. 
 
Cromatofilia celular: 
Membrana plasmática - Tetróxido de ósmio (OsO4). 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
 
Reticulo endoplasmático - Tetróxido de ósmio. 
 
Ribossomos - Difenilamina, azul de toluidina. 
 
Matriz do hialoplasma - Reativo de Millon (reativo nitroso-mercúrico). 
Ergastoplasma - Hematoxilina. (Ele é considerado como a substância basófila do citoplasma). 
Mitocôndrias – Verde-janus B, ácido ósmico, hematoxilina férrica. 
Complexo de Golgi - Sais de prata. 
 
Centrossomo - Hematoxilina férrica. 
 
Vacúolos - Vermelho neutro 
Nucléolos: 
 
Plasmossomos (nucléolos verdadeiros) - Verde de metil-pironina. (São Feulgen negativo). 
 
Cariossomos (falsos nucléolos) - Hematoxilina, fucsina básica. (São Feulgen positivo). 
 
Cromossomos - Feulgen positivo, P-A-S- negativo, hematoxilina, orceína e demais corantes 
básicos. 
 
PRINCIPAIS CORANTES 
 
Componente Celular Corante 
DNA Reação de Feulgen 
RNA Reação de Galocianina 
Proteínas Totais Fast Geen / pH = 2,7 
Proteínas Histônicas Fast Geen / pH = 8,1 
Lipidios Suudan III ou Sudan IV 
Polissacarídeos Reação de PAS 
Amido Logol / Iodo 
Núcleo Hematoxina 
Citoplasma Eosina 
Golgissomo Nitrato de Prata 
Mitocôndrias Hematoxina Férrica 
Fonte: br.geocities.com 
Microscópio 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
Uma Nova Forma de Ver a Vida 
A invenção do microscópio é atribuída aos holandeses Hans Janssen e Zacharias 
Janssen, fabricantes de óculos que viveram no final do século XVI. 
Seus experimentos mostraram que duas lentes montadas apropriadamente em um tubo, 
tinham capacidade de ampliar as imagens, permitindo a observação de corpos minúsculos, 
invisíveis a olho nu. Mas não há registro de que os Janssen tenham utilizado este aparelho 
com finalidades científicas. 
 
Microscópio 
 
Tempos depois, Galileu Galilei (1564-1642) construiuo primeiro aparelho 
razoavelmente prático para a ampliação de imagens, batizando-o de microscópio. 
Aperfeiçoou o modelo dos holandeses, dispondo as lentes de maneira parecida à adotada em 
sua luneta astronômica. 
 
Em 1665, o cientista inglês Robert Hooke (1635-1703) passou a moldar vidro líquido e 
com os glóbulos de vidro moldados obteve lentes muito melhores do que as produzidas com 
vidros de aumento. Essa inovação permitiu-lhe montar um microscópio bastante eficiente e 
realizar importantes descobertas, uma das quais foi observar – pela primeira vez na história – 
as células de uma lâmina de cortiça. 
 
O primeiro pesquisador a registrar e sistematizar suas observações científicas foi o 
holandês Antonie van Leeuwenhoek (1632-1723). Usando microscópios de sua própria 
construção, com lente única (microscópio simples), observou e relatou as formas e o 
comportamento dos microorganismos, sendo por isso considerado o pai da Microbiologia. São 
de sua autoria as primeiras descrições de protozoários, bactérias, e de espermatozóides. 
 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
Hoje, os microscópios eletrônicos produzem um feixe de elétrons capaz de melhorar a 
nitidez da imagem formada, chegando a dimensões tão pequenas quanto o raio de um átomo. 
Este avanço tecnológico permite consertar estruturas eletrônicas tão minúsculas quanto o chip 
de computador. As dimensões do microscópio eletrônico são da ordem de 1 nanômetro — ou 
1metro dividido por 1 bilhão. 
O que é 
O microscópio é um aparelho utilizado para visualizar estruturas minúsculas como as 
células. Acredita-se que o microscópio tenha sido inventado em 1590 por Hans Janssen e seu 
pai Zacharias], dois holandeses fabricantes de óculos. Tudo indica, porém, que o primeiro a 
fazer observações microscópicas de materiais biológicos foi o neerlandês Antonie van 
Leeuwenhoek (1632 - 1723). 
 
Os microscópios de Leeuwenhoek eram dotados de uma única lente, pequena e quase 
esférica. Nesses aparelhos ele observou detalhadamente diversos tipos de material biológico, 
como embriões de plantas, os glóbulos vermelhos do sangue e os espermatozoides presentes 
no sêmen dos animais. Foi também Leeuwenhoek quem descobriu a existência dos micróbios, 
como eram antigamente chamados os seres microscópicos, hoje conhecidos como micro-
organismos. 
 
Os microscópios dividem-se basicamente em duas categorias: 
 
Microscópio óptico: funciona com um conjunto de lentes (ocular e objetiva) que 
ampliam a imagem transpassada por um feixe de luz que pode ser: Microscópio de campo 
claro Microscópio de fundo escuro Microscópio de contraste de fase Microscópio de 
interferência. 
 
Microscópio eletrônico: amplia a imagem por meio de feixes de elétrons, estes dividem-
se em duas categorias: Microscópio de Varredura e de Transmissão. 
 
Há ainda os microscópios de varredura de ponta que trabalham com um larga 
variedades de efeitos físicos (mecânicos, ópticos, magnéticos, elétricos). Um tipo especial de 
microscópio eletrônico de varredura é por tunelamento, capaz de oferecer aumentos de até 
cem milhões de vezes, possibilitando até mesmo a observação da superfície de algumas 
macromoléculas, como é o caso do DNA. 
Importância 
A citologia é dependente de equipamentos que permitem toda a visualização das 
células humanas, pois a maioria delas são tão pequenas que não podem ser observadas sem 
o auxílio de instrumentos ópticos de ampliação. O olho humano tem um limite de resolução de 
0,2 mm. Abaixo desse valor, não é possível enxergar os objetos sem o auxilio de instrumentos, 
como lupas e, principalmente, o microscópio. O crédito da invenção do microscópio é 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
discutível, mas sabe-se que em 1590 os irmãos neerlandeses Franz, Johan e Zacarias 
Janssen compuseram um artefato rudimentar munido de um sistema de lentes, que permitia a 
ampliação e a observação de pequenas estruturas e objetos com razoável nitidez. O aparelho 
foi denominado de microscópio e se constituiu na principal janela da ciência para o mundo 
além da capacidade de resolução do olho humano. 
 
Em 1665, o inglês Robert Hooke usou um microscópio para observar uma grande 
variedade de pequenos objetos, além de animais e plantas que ele mesmo representava em 
fiéis ilustrações. Hooke percebeu alem que a casca do carvalho era formada por uma grande 
quantidade de alvéolos vazios, semelhantes à estrutura dos favos de uma colméia. Naquela 
época, Hooke não tinha noção de que estava observando apenas contornos de células 
vegetais mortas. 
 
Publicou as suas descrições e ilustrações em uma obra denominada Micrographia, em 
que usa a designação "little boxes or cells" (pequenas caixas ou celas) para denominar os 
alvéolos observados, dando origem assim ao termo célula. O termo acabou tornando-se 
definitivo e oficial. O aperfeiçoamento do microscópio determinou que teria um aumento no 
volume de obras sobre investigações, usando os recursos da microscopia e, gradativamente, o 
homem foi desvendando os mistérios das células. 
Microscópio eletrônico 
O microscópio eletrônico é um microscópio com potencial de aumento muito superior 
ao seu congénere óptico. Foi inventado em 1932 e vem sendo aperfeiçoado desde então. 
A diferença básica entre o microscópio óptico e o eletrônico é que neste último não é utilizada a 
luz, mas sim feixes de elétrons. No microscópio eletrônico não há lentes de cristal e sim 
bobinas, chamadas de lentes eletromagnéticas. O objetivo do sistema de lentes do MEV, 
situado logo abaixo do canhão de elétrons, é o de demagnificar a fonte de elétrons (do~10-50 
µm no caso das fontes termoiônicas) para um tamanho final de 1 nm - 1 µm ao atingir a 
amostra. Isto representa uma demagnificação da ordem de 10 000 vezes e possibilita que a 
amostra seja varrida por um feixe muito fino de elétrons. Os elétrons podem ser focados pela 
ação de um campo eletrostático ou de um campo magnético. As lentes presentes dentro da 
coluna, na grande maioria dos microscópios, são lentes eletromagnéticas. 
 
Essas lentes são as mais usadas pois apresentam menor coeficiente de aberração. 
Após o feixe de elétrons incidir na amostra isso acarreta a emissão de elétrons com grande 
espalhamento de energia, que são coletados e amplificados para fornecer um sinal elétrico que 
é utilizado para modular a intensidade de um feixe de eletrons num tubo de raios catódicos, 
assim em uma tela é formada uma imagem de pontos mais ou menos brilhantes 
(eletromicrografia ou micrografia eletrônica), semelhante à de um televisor em branco e preto. 
Não é possível observar material vivo neste tipo de microscópio. O material a ser estudado 
passa por um complexo processo de desidratação, fixação e inclusão em resinas especiais, 
muito duras, que permitem cortes ultrafinos obtidos através das navalhas de vidro do 
instrumento conhecido como ultramicrótomo. 
 
 ONG CPMA – Organização Não Governamental Centro Profissionalizante Mão Amiga 
Existem três tipos de microscópio eletrônico básico: 
 
De transmissão - usado para a observação de cortes ultrafinos. 
 
De varredura (ou M.E.V.) - capaz de produzir imagens de alta ampliação para a observação 
de superfícies 
 
De tunelamento (ou M.E.V.T.) - para visualização de átomos. 
Fonte: ctjovem.mct.gov.br

Outros materiais