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LEI DE INTRODUÇÃO A NORMA DO DIREITO BRASILEIRO

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LEI DE INTRODUÇÃO A NORMA DO DIREITO BRASILEIRO
¹ ARAUJO, Kleibe J.
RESUMO
O objetivo principal da Lei de Introdução a Norma do Direito Brasileiro foi servir de orientação na aplicação do Código Civil. São preceitos que regulam a vigência e validade de normas no direito brasileiro bem como a aplicação, interpretação e revogação das mesmas.
 
Palavras-chave: Código Civil. Lei brasileira. Lei de Introdução. Estrangeiros. Brasileiro..
ABSTRACT
The main purpose of the Introductory legislation of Brazilian law was to provide guidance in applying the Civil Code. The principles described in the Introductory Law to the standard Brazilian Law governing the duration and validity of standards in the Brazilian law and the application, interpretation and revocation rce of foreigners, enforcement of foreign judgments in Brazil.
Keywords: law. Civil code. Brazilian law. Introductory legislation. foreign.
INTRODUÇÃO
	O Direito Brasileiro deriva da família jurídica romano-germânica, segundo GAGLIANO (2011, P. 81) sendo esta ramificada em praticamente todo o mundo. Com a queda do Império Romano, tomada pelos bárbaros, estes absorveram grande parte do direito romano, misturando aos seus próprios usos e costumes. Com o passar do tempo essa mistura originou e derivou o Direito em uso em Portugal e por tabela, o direito Brasileiro. 
	Os romanos chamavam tudo de direito. Tudo que regia a vida em Roma, sem distinção, era chamado de Direito. No Brasil imperial, pós-colônia, não existiam códigos legais e sim leis portuguesas e leis régias em vigor desde o período colonial. Com o advento da Constituição Imperial, foi determinada a organização dos códigos civis e criminais para a implementação no Brasil. Foi somente em 1899 que o Presidente Campos Sales, na Presidência da República indicou o jurista Clóvis Bevilácqua para a elaboração do Código Civil. Entretanto o projeto ficou em debate por 16 anos sendo, por fim, promulgado em 01/01/1916 conforme GAGLIANO(2011, P.85).
	O atual código Civil foi promulgado em 10/01/2002 entrando em vigor em 11/01/2003 após um ano de vacatio legis. O Decreto-Lei n° 4.657/42, chamado de Lei de Introdução ao Código Civil é um conjunto de normas sobre normas, isto é, disciplina as próprias normas jurídicas ditando como devem ser aplicadas e aplicadas de forma correta, indicando a dimensão espacial e temporal. 
A Lei de introdução ao Código Civil é, na verdade, bastante posterior a ele. O Código data de 1916, e a Lei de introdução de 1942, revogando a Lei 3.071/16.Seu objetivo não é, meramente, lixar normas para a legislação civil. Ao tratar da eficácia, do conflito e da interpretação das leis, acaba por estender suas regras a toda e qualquer lei, seja ela de Direito Privado ou Público.(FIUZA,1999,P.23)
	Na verdade a Lei de Introdução ao Código Civil é um código de normas e considerada uma lei de introdução às Leis, pois contém princípios gerais sobre as normas sem discriminação alguma e indica como aplicá-las, sua vigência, eficácia, fontes, interpretação e integração.
	Também disciplina as regras de Direito Internacional conforme tratados e convenções assinados pelo Brasil. Assim, a Lei de Introdução ao Código Civil, agora chamada de Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro conforme nova redação dada pela Lei 12.376, é um repositório de normas, preliminar à totalidade do ordenamento jurídico nacional.
REGRAS BÁSICAS DA LEI
	A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, na sua função de norte das demais leis estabelece, em seu Art. 1° até o art. 6°, as atribuições básicas gerais sobre lei. Define a vigência das leis em território brasileiro, como sendo de quarenta e cinco dias após sua publicação, salvo disposição em contrário e que a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida nos Estados Estrangeiros, se inicia em três meses depois de oficialmente publicada. 	As correções do texto legal em vigor serão consideradas leis novas e se ocorrer nova publicação do texto legal com correções, os prazos citados começarão a correr após a nova publicação. A lei em vigor terá efeito imediato e geral sendo respeitado o ato já consumado segundo lei vigente à época, o direito adquirido e a coisa julgada. Ninguém pode alegar desconhecimento da lei para não cumpri-la. Para fins de entendimento da lei a
	Com exceção à vigência temporária, a lei vigorará até que outra a modifique ou revogue. A lei posterior revoga a anterior se declarada expressamente se incompatível ou regula a matéria tratada como um todo e se estabelecer disposições gerais ou especiais das já existentes, não modifica ou revoga lei anterior. Outro ponto que merece destaque é o fato que uma lei X que revogou uma lei Y, está não se restaura se a lei X for revogada.
O CASAMENTO E DOMICÍLIO À LUZ DA LINDB
	O Art. 7° Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro define normas gerais sobre a realização de casamento, impedimentos e formalidades para a celebração do mesmo. Essas normas gerais definem que o casamento de estrangeiros poderá ser celebrado perante autoridades consulares ou diplomáticas do país de ambos os noivos e no caso de domicílio diverso, vigorará a lei do primeiro domicílio dos cônjuges o mesmo valendo para o regime bens adotado.
	No caso do estrangeiro naturalizado, poderá apostilar ao decreto de naturalização o regime de comunhão parcial de bens, desde que haja expressa anuência do cônjuge e o correspondente registro. Já o divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, somente será reconhecido no Brasil depois de um ano da data da sentença ou se precedida de separação judicial de igual prazo. O Superior Tribunal de Justiça poderá reexaminar decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros para que tal decisão vinculada aos divorciandos produza os efeitos legais.
	Os §§ 7 e 8 do Art. 7º da referida lei definem o domicílio do chefe de família e das pessoas em gerais, sendo que no primeiro caso, o domicílio se estende ao outro cônjuge e filhos não emancipados, do tutor e curador. No segundo caso, o domicílio será a residência da pessoa ou no local em que se encontre.
BENS
	Na relação de qualificação de bens e relações decorrentes deles, serão aplicadas as leis do país onde estiverem situados, aplicando-se a lei do domicílio do proprietário em relação aos bens móveis que esta pessoa trouxer ou se destinarem ao transporte para outros lugares.
PENHOR
	Também se aplica a lei do domicílio da pessoa, cujo bem apenhado ele tenha a posse.
OBRIGAÇÕES
	Aplica-se a lei do país onde as obrigações foram constituídas, e no caso de serem executadas no Brasil, será observada a forma e as peculiaridades da lei estrangeira quantos ao requisitos extrínsecos dos atos. A obrigação resultante se constitui no lugar em que residir o proponente.
SUCESSÃO
	A sucessão por morte ou ausência obedece à lei do pais de domicílio do falecido ou desaparecido, qualquer que seja a situação ou natureza dos bens. No caso de bens de estrangeiros domiciliados no Brasil será regulada por lei brasileira e será benéfica ao cônjuge ou dos filhos brasileiros ou de seus representantes, quando em especial, a lei pessoal do falecido não lhes seja favorável.
ORGANIZAÇÕES ESTRANGEIRAS
	As sociedades ou fundações estrangeiras obedecem à lei do país onde foram constituídas mas necessitam que os atos constitutivos de filiais, agências ou estabelecimentos sejam aprovados pelo Governo Brasileiro quando instaladas no Brasil. Ademais, nenhuma organização ou governo estrangeiro poderá adquirir no Brasil, imóveis ou bens sujeitos à desapropriação salvo no caso de Governos estrangeiros que poderão adquirir a propriedade dos prédios necessários à implantação da representação diplomática ou consular.
EXECUÇÃO DE SENTEÇAS ESTRANGEIRAS
	É competente a autoridade judiciária brasileira quando o réu for domiciliado no Brasil ou for aqui que deva ser cumprida aobrigação, e somente a Justiça brasileira pode conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil.
	Após a concessão do exequatur, serão cumpridas pela Justiça brasileira, as diligências deprecadas pela autoridade estrangeira, observando o objeto da diligência.
	Não se admite nos tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça sendo que a prova dos fatos e o ônus para sua produção reger-se-ão pela lei que vigorar no país estrangeiro podendo o juiz exigir prova do texto e da vigência da lei estrangeira de quem a invoca.
	Somente será executada no Brasil a sentença estrangeira que reúna os seguintes requisitos: i) haver sido proferida por autoridade competente; ii) citação das partes e verificação quanto à revelia; iii) transitado em julgado e revestido das formalidade legais para pronta execução; iv) traduzida por interprete autorizado e v)Homologada pelo Supremo Tribunal Federal.
As Leis, atos, sentenças ou quaisquer outras declarações não terão eficácia no Brasil quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
COMPETÊNCIAS DIPLOMÁTICAS E CONSULARES
	São competentes as autoridades consulares brasileiras para celebração de casamentos, nascimento, óbito e demais atos de registro civil e tabelionato de brasileiros no país da sede do consulado.
	
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer desse trabalho, procuramos demonstrar o impacto da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro no cotidiano da população bem como demonstrar as relações jurídicas entre estrangeiros, pessoas físicas ou jurídicas nas suas relações com o governo brasileiro. 
É de suma importância para o entendimento de praticamente todo o Direito Brasileiro a assimilação da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro visando criar subsídios para o futuro operador do direito visando o entendimento concreto das situações que são do cotidiano social da população.
REFERÊNCIAS
GAGLIANO, Pablo Stolze et all. Novo Curso de Direito Civil. 13º ed. São Paulo: Saraiva. 2011.
FIUZA, César. Direito Civil:Curso Completo. 11º ed. Belo Horizonte: Del-Rey. 1999.
_________. Decreto-Lei nº 4657 de 04 de setembro de 1942. Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del4657.htm>. Acesso em: 10 junho. 2012, 12:30:00.
_________. Lei nº 12.376 de 30 de dezembro de 2010. Altera a ementa do Decreto-Lei no 4.657, de 4 de setembro de 1942. Disponível em: < tttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12376.htm>. Acesso em: 10 junho. 2012, 12:30:00.
¹ Acadêmico do curso de Direito da Faculdade ESUP.

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