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PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Dilma Rousseff 
 
MINISTRO DA EDUCAÇÃO 
Fernando Haddad 
 
GOVERNADOR DO ESTADO 
Wilson Martins 
 
REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
Luiz de Sousa Santos Júnior 
 
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ 
Átila Lira 
 
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA DO MEC 
Carlos Eduardo Bielschowsky 
 
DIRETOR DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA EaD 
Hélio Chaves 
 
COORDENADORIA GERAL DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL 
Celso Costa 
 
COORDENADOR GERAL DO CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA À DISTÂNCIA DA UFPI 
Gildásio Guedes Fernandes 
 
SUPERINTENDENTE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NO ESTADO 
Eliane Mendonça 
 
CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS E LETRAS DIRETOR 
Antonio Fonseca dos Santos Neto 
 
COORDENADOR DO CURSO NA MODALIDADE EAD 
José Iran Nobre de Sena 
 
COODENADORA DE MATERIAL DIDÁTICO DO CEAD/UFPI 
Cleidinalva Maria Barbosa Oliveira 
 
DIAGRAMADOR 
Joaquim Carvalho de Aguair Net 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este texto é destinado aos estudantes aprendizes que participam do 
programa de Educação à Distância da Universidade Aberta do Piauí 
(UAPI), vinculada ao consórcio formado pela Universidade Federal do 
Piauí (UFPI) Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Centro Federal 
de Ensino Tecnológico do Piauí (CEFET-PI), com apoio do Governo 
do estado do Piauí, através da Secretaria de Educação. 
 
O texto possui duas unidades que tratam de: Unidade 1- etapas do 
projeto monográfico. Unidade 2- Estrutura material do projeto 
monográfico. 
 
Na Unidade 1, apresentaremos ao leitor uma breve e concisa visão 
sobre os elementos constituintes do projeto monográfico. 
Na Unidade 2, apresentaremos ao leitor a visão geral da parte 
material do projeto monográficoo. 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
UNIDADE I: PROJETO DE PESQUISA: DEFINIÇÕES 
 
 
1. Monografia..............................................................................10 
2. O trabalho monográfico sob dois aspectos..........................10 
3. Exigências básicas no trabalho monográfico.......................10 
4. Projeto monográfico..............................................................11 
4.1. Delimitação do tema.............................................................11 
4.1.1. No momento da delimitação do tema ............................12 
4.1.2. Levantamento bibliográfico..............................................13 
4.1.2.1. Leitura...........................................................................13 
4.1.2.1.1. Fases da leitura............................................................13 
4.1.2.1.2. Análise de textos.........................................................14 
4.1.3. Documentação........................................................................14 
4.2.. Problematização e referencial teórico....................................14 
4.2,1. Definição de problematização.................................................15 
4.3. Referencial teórico.....................................................................15 
4.3.1. Exemplo de problematização e referencial teórico.........15 
4.4. Objetivos e Hipóteses.........................................................21 
4.4,.1. Definição de objetivo.......................................................21 
4.4.2. Os objetivos se dividem...................................................21 
4.4,2,1, Objetivos: relação dos verbos..........................................22 
4.4.2,2, Exemplo de objetivos.......................................................22 
4.4.3. Hipóteses..........................................................................23 
 
 
 4 
4.4.3.1 exemplo de Hipóteses.....................................................23 
4.5. Justificativa.........................................................................24 
4.5.1. Exemplo de justificativa...................24. 
4.6. Metodologia.........................................32 
 4.6.1. Exemplo de metodologia..................32 
 4.7. Cronograma.........................................34 
 .4.7,1. Exemplo de cronograma...............36 
 4.8. Referências bibliográficas.................38 
 4.8.1. Exemplo referências bibliográficas..38 
 
 
BIBLIOGRAFIA..............................................42 
 
WEBBIBLIOGRAFIA....................................43 
 
 ATIVIDADES E 
EXERCÍCIOS........44 
 
UNIDADE II: ESTRUTURA MATERIAL DO 
PROJETO MONOGRÁFICO 
 
2. Elementos pré-textuais..................................47 
 2.1. Capa...........................................................47. 
2.1.1 Deve conter................................................47 
 
 5 
 2..1.2 Exemplo de capa......................................48. 
 2..2. Folha de rosto.............................................48 
 
1.2.2.1. Deve conter...........................................................................48 
2.2.2, Exemplo folha de rosto.........................................................49 
1.3 2.3. Sumário..................................................................................49. 
 1. 2.3.1. Definição de sumário...........................................................49 
2.3.2. Exemplo de sumário...........................................................49 
2.4. Aspectos gráficos do projeto monográfico .........................50 
 3. Aspectos bibliográficos............................................................51 
3.1. Tipos de Citação....................................................................51 
3.1.1 Citação direta ou transcrição.............................................51 
3.1.2. Citação indireta ou conceitual.............................................52 
3.2. Regras de apresentação das referencias bibliográficas..........53 
3.2.1. Regras devem ser seguidas nas referências bibliográficas......53 
4. Exemplo da parte gráfica..........................................................53 
5. Elementos textuais............................................................6 
 5.1. .Redação provisória..............................................................76 
 5.2. Redação definitiva...............................................................76 
BIBLIOGRAFIA...............................................................................77 
WEBBIBLIOGRAFIA......................................................................79 
ATIVIDADES E EXERCÍCIOS......................................................80 
ANEXO I – NBR 10520........................................................110 
ANEXO II- NBR 6023:,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,124, 
 
 
 6 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE I 
 
PROJETO MONOGRÁFICO: DEFINIÇÕES 
 
RESUMO: o projeto monográfico tem sua organização com base 
nas normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), 
seguindo certa estrutura. Para tanto, tem-se que planejar: a 
delimitação do tema, o levantamento bibliográfico, a documentação da 
bibliografia, a filtragem da bibliografia, a problematização do tema, os 
objetivos, a justificação do tema, a metodologia, o referencial 
bibliográfico, o cronograma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
 
 
UNIDADE I: PROJETO MONOGRÁFICO:DEFINIÇÕES 
 
 
1. Monografia......................................................................................10 
2. O trabalho monográfico sob dois aspectos......................................10 
3. Exigências básicas no trabalho monográfico....................................10 
4. Projeto monográfico........................................................................11 
4.1. Delimitação do tema.....................................................................11 
4.1.1. No momento da delimitação do tema ........................................12 
4.1.2. Levantamento bibliográfico........................................................13 
4.1.2.1. Leitura.....................................................................................13 
4.1.2.1.1. Fases da leitura.....................................................................13 
4.1.2.1.2. Análise de textos...................................................................14 
4.1.3. Documentação............................................................................14 
4.2.. Problematização e referencial teórico...........................................14 
4.2,1. Definição de problematização....................................................15 
4.3. Referencial teórico.........................................................................15 
4.3.1. Exemplo de problematização e referencial teórico....................15 
4.4. Objetivos e Hipóteses....................................................................21 
4.4,.1. Definição de objetivo.................................................................21 
4.4.2. Os objetivos se dividem.............................................................21 
4.4,2,1, Objetivos: relação dos verbos..................................................22 
4.4.2,2, Exemplo de objetivos.............................................................22 
4.4.3. Hipóteses..........................................................................;;;;;;;;;23 
 
 8 
4.4.3.1 Exemplo de Hipóteses...........................................................................................23 
4.5. Justificativa................................................................................................................24 
4.5.1. Exemplo de justificativa........................................................................................24. 
4.6. Metodologia.........................................;.....................................................................32 
 4.6.1. Exemplo de metodologia.......................................................................................32 
 4.7. Cronograma...............................................................................................................34 
 .4.7,1. Exemplo de cronograma.......................................................................................36 
 4.8. Referências bibliográficas........................................................................................38 
 4.8.1. Exemplo referências bibliográficas......................................................................38 
 
BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................42 
WEBBIBLIOGRAFIA...................................................................................................43 
 
 ATIVIDADES E EXERCÍCIOS.................................................................................44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
PROJETO DE MONOGRAFIA 
 
1. Monografia: Etimologicamente, a palavra monografia tem como 
significado dissertar sobre um único assunto. Em outras palavras, a 
sua origem significa: mónos (um só) e graphein (escrever). Portanto, 
ao se tratar do trabalho monográfico, tem que ter presente à mente 
que se vai dissertar sobre um único tema de forma bem delimitada, 
profunda e exaustiva. 
2. O trabalho monográfico sob dois aspectos: 
- estrito: quando ele é segundo a forma de uma tese, ou seja, quando 
o conteúdo apresenta uma contribuição ao saber científico que seja 
original e relevante. 
-. lato: quando, embora resulte de uma pesquisa científica, não é 
exigido um grau elevado de originalidade. 
3. Exigências básicas no trabalho monográfico. 
Pense, reflita e escolha um tema geral e um orientador que se 
encontre dentro da linha escolhida pertinente ao tema. 
 A escolha do tema geral do trabalho monográfico está diretamente 
relacionada com o aspecto da empatia e simpatia, porquanto de nada 
adianta escolher um tema complexo se não se tem afinidade com o 
mesmo. Portanto, tem-se que escolher um tema relacionado a aquilo 
que se identifica. 
 4. Projeto monográfico: 
VOCÊ 
SABIA: 
PROJETO É 
SINÔNIMO 
DE 
PLANEJAME
NTO 
MONO/GR
A 
FIA: 
ESCREVE
R 
EXAUSTI
VAMENT
E EM 
TORNO 
DE UM 
TEMA 
 
 10 
1. O projeto monográfico é um trabalho acadêmico que descreve as 
fases e os procedimentos de um processo de investigação científica a 
ser realizado. A elaboração de um projeto de pesquisa necessita, 
para que seus resultados sejam satisfatórios, basear-se em 
planejamento cuidadoso e reflexões conceituais sólidas alicerçadas 
em conhecimentos já existentes. O projeto de pesquisa representa a 
normatização do tema escolhido para o trabalho monográfico, 
porquanto prevê a profundidade e os rumos que a Monografia 
pretende alcançar. Todo projeto monográfico tem sua organização 
com base nas normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas 
Técnicas), seguindo certa estrutura. Para tanto, tem-se que se 
pensar: delimitação do tema, levantamento bibliográfico, 
documentação da bibliografia, filtragem da bibliografia, 
problematização do tema, objetivos, justificação do tema, 
metodologia, referencial bibliográfico, cronograma. 
4.1 Delimitação do tema 
 
A escolha do tema é de fundamental importância para o trabalho 
monográfico. Ela é o objeto da pesquisa, porquanto, nessa fase, é 
necessário, ao procurar o tema, proceder com afinco e dedicação. 
4.1.1. No momento da delimitação do tema tem-se como 
preocupação: 
A) detectar a área da Filosofia que mais se tem afinidade como, por 
exemplo, Ética. Cumpre salientar que a escolha do tema deverá ser 
decorrência de pesquisas bibliográficas. O orientador poderá indicar e 
auxiliar o orientando na busca pela bibliografia adequada (livros, 
artigos, teses, dissertações etc..). 
VOCÊ 
SABIA: 
DELIMIT
AR É 
SINÔNIM
O DE 
DEMARC
AR 
VOCÊ 
SABIA: NA 
MONOGR
AFIA É 
NECESSÁ
RIO 
CIRCUNS
CRE-VER 
O TEMA 
 
 11 
B) . o recorde do tema escolhido como, por exemplo, a Filosofia de 
John Rawls. 
Em um projeto monogrráfico torna-se necessária a limitação da 
amplitude do tema como, por exemplo, nota-se que na filosofia de 
Rawls há vários aspectos abordados como: razão pública, bens 
primários, equilíbrio reflexivo, posição original etc.... Portanto nesse 
universo teórico ainda cabe mais um recorde que poderá ser: JOHN 
RAWLS E A REVOLUÇÃO COPERNICANA KANTIANA 
C) o recorde do tema acima citado deverá ser levado em 
consideração se, por meio dele, há toda uma problematização. 
D) a clareza e a precisão daquilo que se pretende estudar, porquanto 
todo e qualquer tema encerra inúmeras possibilidades. Para tanto, 
tem-se que proceder com um recorde em se tratando do tema geral, 
pois, como é um trabalho monográfico (dissertar sobre um único 
tema), não é possível se trabalhar com um tema de demasiada 
amplitude. Portanto, torna-se necessário fazeruma monografia sobre 
um assunto cuidadosamente delimitado. 
.4.1.2. Levantamento bibliográfico 
 
Quando se define o tema tem-se que fazer o levantamento 
bibliográfico. Nele tem-se que fazer a leitura de artigos, livros, teses, 
dissertações etc. 
4.1.2.1. Leitura 
VOCÊ 
SABIA: 
DOCUMEN
TAÇÃO É 
SINÔNIMO 
DE 
FICHAME
NTO 
 
 12 
Embora o mundo se encontre em constante progresso tecnológico, é 
inegável a importância da leitura, porquanto ela ainda é fundamental, 
principalmente, para as pessoas que convivem em um ambiente 
acadêmico. Segundo Galliano: 
Não basta ser alfabetizado para realmente saber ler. Há 
leitores que deixam os olhos passarem pelas palavras, 
enquanto sua mente voa por esferas distantes. Esses lêem 
apenas com os olhos. Só percebem que não leram quando 
chegam ao fim de uma página, um capítulo ou um livro. 
Então devem recomeçar tudo de novo porque de fato não 
aprenderam a ler. É preciso ler, mas, também é preciso 
saber ler. Não adianta orgulhar-se que leu um livro 
rapidamente em algumas dezenas de minutos, se ao 
terminar a leitura é incapaz de dizer sobre o que acabou de 
ler. 
4.1.2.1.1. Fases da leitura 
Segundo Cervo e Bervian1, a leitura informativa tem as seguintes 
fases: 
A) Leitura de pré-reconhecimento ou pré-leitura – fornece 
visão global do assunto, faz com que o leitor tenha um 
“primeiro encontro” com o texto. Ela apenas significa uma 
aproximação do assunto o qual, nessa fase, encontra-se 
difuso. 
B) Leitura seletiva – objetiva selecionar as informações 
que interessam à elaboração do trabalho monográfico. 
C) Leitura crítica ou reflexiva – exige análise, comparação, 
diferenciação e julgamento das idéias contidas no texto. 
D) Leitura interpretativa – exige a correlação das teorias 
ou autores estudados com a procura de solução referente à 
problematização proposta no trabalho monográfico, porquanto 
é em tal leitura que se julga o material coletado. 
 4.1.2.1.2. Análise de textos: 
Analisar é decompor um texto completo em suas partes para melhor 
estudá-las. Tal ação consiste em: 
A) Sublinhar 
 
1
 CERVO; BERVIAN, Metodologia Científica: para uso dos estudantes 
universitários, p. 85. 
 
 13 
B) Esquematizar 
C) Resumir ou reconstituir o texto decomposto 
pela análise. 
4.1.3. Documentação 
Documentação e fichamento têm o mesmo significado. Ao 
documentar o pesquisador necessita fichar os textos sob forma de 
síntese como, também, as suas críticas pessoais. Os fichamentos, 
então, constituirão os dados que subsidiarão as várias etapas do 
projeto monográfico como, também a própria monografia em suas 
partes lógicas (Introdução, Desenvolvimento e Conclusão). 
4.2.. Problematização e referencial teórico 
 
 
4.2.1. Definição de problematização: 
Problematizar é especificar um ponto que se sente a necessidade de 
resolvê-lo. Em outras palavras, problematizar é aquilo que gera o 
propósito ou a discussão em relação à temática escolhida, portanto, é 
uma questão, um enunciado que interroga com o fito de se alcançar 
uma boa conclusão. Nesse sentido, a problematização encerra algo 
que necessita efetuar, de uma forma nítida, o problema em foco que 
se objetiva solucionar, resolvendo-o ou minorando-o, buscando no 
aparato acadêmico um aprofundamento teórico. Nessa perspectiva, a 
problematização não se constitui em um simples problema, mas é 
algo que decorre de determinados argumentos lógicos e com 
suficientes subsídios teóricos. Torna-se necessária, então, a clareza 
sobre o problema teórico que se tentará discutir e resolver. No 
entanto, não basta somente discutir o problema, é fundamental que 
se elenque as várias possibilidades de resolvê-lo. Portanto, em um 
VOCÊ 
SABIA: 
PROBLEM
ATIZAÇÃO 
NÃO 
SIGNIFICA
, 
SOMENTE, 
PROBLEM
A. 
 
 14 
trabalho monográfico o tema que se fez a opção tem, 
necessariamente, que encerrar um problema. Tal procedimento se 
origina, fundamentalmente, de discussões teóricas por partes de 
autores consagrados em se tratando do tema que se propõe resolver. 
Em outras palavras, a elaboração da problematização não acontece 
por meio do vazio, ela é originada atráves de discussões mediante 
referenciais bibliográficos. 
4.3. Referencial teórico 
 
Quando se trata de referencial teórico, isso significa a relação que se 
faz entre as teoriaa de vários autores. Para tanto, aponta-se as visões 
de vários autores consagrados sobre o assunto em pauta. Em outras 
palavras, mostram-se as convergências e divergências de suas 
visões. 
4.3.1. Exemplo de problematização e referencial teórico 
DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA E REFERENCIAL 
TEÓRICO 
 
O problema básico da filosofia kantiana é o de fornecer 
uma unidade para a razão. Kant divide este problema 
em duas dimensões: uma dimensão teórica ou 
epistemológica e outra prática ou ética. A parte 
epistemológica do problema kantiano está presente na 
Crítica da Razão Pura. Esta parte teórica, por sua vez, 
está dividida em duas questões a saber: a primeira diz 
respeito à possibilidade da metafísica como ciência e 
a segunda sobre como são possíveis a física e a 
matemática como ciência. A questão que Kant 
pretende é saber sobre a possibilidade do 
conhecimento a priori, ou seja, fundar uma 
necessidade sintética para o conhecimento e que, ao 
O 
referencial 
teórico 
pode ser 
chamado 
de revisão 
de 
literatura, 
pressupost
os 
teóricos, 
marco 
teórico, 
etc 
 
 15 
mesmo tempo, seja universal e necessária. As 
palavras-chave para tal resposta são aquelas que Kant 
chamou de revolução copernicana kantiana, ou seja, a 
afirmação de que o sujeito é parte ativa na elaboração 
do objeto, efetuando, assim, a sua constituição. Desta 
maneira, o sujeito só pode conhecer aquilo que ele 
representa, ou seja, aquilo que ele percebe e sintetiza. 
Em outras palavras, isto significa que a razão só 
percebe aquilo que ela mesma produz segundo seu 
próprio projeto. Kant, desta maneira, detecta a 
existência de juízos sintéticos a priori , isto é, juízos 
universais e necessários que podem ampliar os nossos 
conhecimentos. 
A parte ética da filosofia kantiana é aquela em que 
Kant mostra que a razão pura é prática por si mesma e 
que ela nos fornece a lei em que toda a moralidade é 
alicerçada. Ela pode ser vista nos livros: 
Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Crítica 
da Razão Prática e Metafísica dos Costumes. Neles 
Kant passa a ter como preocupação a fundamentação 
da ética. Ele procura desvelar em que consiste a 
universalidade e a necessidade do dever. A 
consciência do dever é um Faktum da Razão. A Razão 
é autônoma e, por sua vez, dita a sua própria lei que 
vem na forma de um imperativo, tendo em vista que os 
seres não são somente racionais, mas que, também, 
são dotados de razão e sensibilidade (impulsos, 
paixões etc.), a lei tem que adquirir um caráter de 
imperativo. Neste sentido, nós podemos constatar que 
há uma tentativa por parte de Kant de fundamentar em 
uma única base tanto à moralidade quanto o 
conhecimento. Em ambos os casos, esta 
fundamentação não é metafísica, mas, sim, uma 
possibilidade de legitimidade da razão, colocando o 
sujeito como centro fundador de possibilidades, Kant 
 
 16 
operando, desta forma, uma espécie de revolução 
copernicana.2 
Dentro deste contexto, nós vimos que a referência a 
Kant ocupa um papel expressivo textual na obra de 
Rawls. Muitas críticas apareceram em virtude da 
analogia da teoria deRawls com a concepção kantiana 
relativa ao sujeito moral.3 Para rebater estas críticas e 
outras que surgiram em relação à sua teoria da justiça, 
Rawls publica outros escritos. Por este motivo, nós 
podemos falar em duas etapas não excludentes do 
pensamento rawlsiano:4 
1°- é aquela onde Rawls escreve Uma Teoria da 
Justiça; 
2°- é a fase seguinte a Uma Teoria da Justiça onde o 
filósofo de Harvard tenta responder às criticas feitas a 
sua obra acima citada. 
A segunda fase do pensamento de Rawls é constituída 
por vários escritos. Tendo em vista o nosso foco central 
de interesse, que é a discussão sobre uma possível 
revolução copernicana rawlsiana, nós vamos nos ater 
somente a alguns escritos de Rawls que são eles: 
1- O Construtivismo Kantiano na Teoria Moral, 
publicado em 1980; 
2 -Justiça como Eqüidade: Política e não Metafísica, 
publicado em 1985; 
3 - O Liberalismo político, publicado em 1993. 
 
No artigo O Construtivismo Kantiano5, a filosofia 
rawlsiana inicia um processo de aprofundamento dos 
conceitos originários apresentados em TJ, tais como: 
 
2
 PORTA, A Filosofia A Partir de Seus problemas, p. 107. 
3
 Como por ex. as de Michael Sandel e as de Charles Taylor dentre outras. 
4
 OLIVEIRA, Rawls, Procedimentalismo e Contratualismo, p.. 3. 
5
 RAWLS, Justiça e Democracia, p. 43. 
 
 17 
 1°- a racionalidade agora significa uma teoria 
da escolha racional e ela está subordinada ao conceito 
de razoabilidade.Logo, no escrito acima citado, o autor 
fala em ser humano razoável como elemento fundador 
de sua teoria e, não mais, como em TJ em ser humano 
racional; 
2°- os Bens Primários não são mais aquilo que satisfaz 
às necessidades vitais, como em TJ, mas são aquilo 
indispensável à realização pelo ser humano de sua 
personalidade moral no sentido kantiano. 
Vale a pena aqui ressaltar que, apesar das 
reformulações que a teoria rawlsiana sofreu, ainda é 
clara a influência do pensamento kantiano quanto à 
questão da elaboração do conceito de justiça de Rawls. 
Neste sentido, nós vimos um Rawls afirmando a 
questão da autonomia moral dos cidadãos em uma 
sociedade bem ordenada, mostrando a questão da 
natureza da pessoa no sentido kantiano que ele já 
esboçou em TJ, comparando a sua Posição Original, o 
desinteresse que lá ocorre e o Véu de Ignorância ao 
imperativo categórico kantiano, dentre outras 
influências. 
Contudo, no artigo O Construtivismo Kantiano, Rawls 
ainda permanece com algumas imprecisões vistas em 
TJ como àquelas sobre as crenças morais, defendendo 
que as concepções de pessoa e sociedade são 
construídas. Daí decorre a necessidade de Rawls em 
explicar a sua teoria como política e não metafísica. 
No escrito A Teoria da Justiça como Eqüidade: uma 
teoria política e não metafísica6, o autor abandona 
completamente o conceito de racionalidade visto em 
TJ, como também a sua ambição universalista. 
Com isto exclui uma referência à Verdade, limitando o 
campo de aplicação da sua teoria da justiça às 
 
6
 RAWLS, Justiça e Democracia, p. 199. 
 
 18 
sociedades democráticas, afirmando que o objetivo da 
mesma é aquele prático, baseado em uma razão 
pública e fazendo um diferencial entre a sua teoria da 
justiça como eqüidade em relação ao liberalismo 
kantiano. 
Neste sentido a teoria da justiça como eqüidade não 
pode ter a pretensão de ser a única base das 
instituições democráticas, nem a mais apropriada e 
nem a única correta. 
Em contrapartida, a justiça como eqüidade tenta 
mostrar uma concepção que está enraizada nas idéias 
intuitivas básicas da cultura pública de uma 
democracia, onde nela o valor da autonomia completa 
está concretizada em uma sociedade bem ordenada.7 
Em um escrito posterior, no livro intitulado O 
Liberalismo Político Rawls reformula, em partes, o seu 
pensamento filosófico político. 
Nele ele continua vendo a justiça como um problema 
de imparcialidade, tal como é apresentado em TJ, mas 
modifica alguns aspectos da sua teoria precedente 
quando constata que é pouco realista a concepção de 
uma sociedade bem ordenada, como, também, vê que 
as sociedades modernas são compostas por doutrinas 
abrangentes, muitas vezes incompatíveis entre si. 
Em linhas gerais, nós podemos constatar que, embora 
Rawls cite outros filósofos e ele mesmo faça 
modificações no conteúdo de suas obras, a teoria da 
justiça rawlsiana é kantiana em sua natureza como cita 
o autor da mesma, onde ele afirma a abdicação do 
caráter de originalidade da sua teoria , procurando 
características estruturais que já se encontram na 
teoria de Kant. 
 
7
 Associação de pessoas organizada de maneira tal que favoreçam o interesse de seus 
membros, regulada por uma concepção de justiça que se aplica de uma maneira 
efetiva. 
 
 19 
Embora John Rawls em seu artigo O Construtivismo 
Kantiano afirme que a sua teoria da justiça é somente 
análoga à teoria kantiana8, nós procuraremos discutir 
se as suas raízes vão além do que o próprio Rawls 
possa admitir. 
Rawls em seu artigo A Teoria da Justiça como 
Eqüidade: uma teoria política e não metafísica afirma 
que a filosofia kantiana é uma doutrina moral 
abrangente e que a sua teoria da justiça não tem como 
objetivo algo metafísico e nem epistemológico9, mesmo 
ele argumentando desta forma, nós vamos analisar de 
onde vêm os procedimentos utilizados por sua filosofia 
para fundar os princípios de justiça alcançados através 
de uma razão pública10. 
Por este motivo, nós tentaremos discutir se a teoria 
rawlsiana parte da questão central da elaboração de 
uma unidade para a razão tendo como fundamento a 
filosofia kantiana, porém remodelando-a. 
Para tanto, nós veremos se o pensamento rawlsiano no 
livro Uma Teoria da Justiça toma como referência os 
aspectos abordados na teoria moral de Kant11 em sua 
mais legítima acepção,evidenciando o caráter abstrato 
do sujeito moral, operando, desta maneira, um 
individualismo relacionado à natureza humana, 
fornecendo, assim, margens, portanto, a uma 
interpretação metafísica de sua teoria.12 
Desta maneira, nós vamos questionar se o autor 
sugere que o seu sujeito moral implícito em sua 
Posição Original13 toma o fato em suas particularidades 
como contingentes ficando, assim, a impressão que 
 
8
 RAWLS, Justiça e Democracia, p.. 48 
9
 RAWLS, Justiça e Democracia, p..211. 
10
 AUDARD, La Stratégie Kantienne de Rawls, p.. 30. 
11
 O sujeito moral kantiano deve ser considerado livre de toda a influência da 
sensibilidade, embora os seus atos produzam efeitos no mundo empírico. 
12
 ARAUJO, Império da Lei e Subjetividade, p.. 4. 
13
 isto é, ele recorre a um procedimento hipotético onde neste os participantes são 
homens livres, iguais e racionais com a finalidade de alcançarem um conceito de 
justiça com eqüidade. 
 
 20 
este sujeito não depende destes fatos, mantendo desta 
forma, a visão de sujeito comum a ele e a Kant. 
No artigo Uma teoria da justiça como Eqüidade: uma 
teoria política e não metafísica a teoria rawlsiana sofre 
modificações no sentido de que aqui há uma mudança 
do conceito de racionalidade. Com isto, nós nos 
perguntamos se Rawls pretende evitar qualquer 
semelhança com o idealismo transcendental kantiano14 
quando ele afirma que a Posição Original é um artifício 
de representação,onde o conceito de pessoa moral é 
dividido em dois planos:1°- a razoabilidade do sujeito moral; 
2°- a racionalidade do sujeito moral. 
Porém, Rawls, neste artigo, só propõe o seu conceito 
de pessoa moral tomando como base o primeiro plano; 
quanto ao segundo plano ele se abstém de afirmar ou 
negar qualquer coisa.15 Se visto desta maneira, cabe a 
pergunta se a teoria rawlsiana continua kantiana. 
Logo, se a situação for como a acima citada,o que nós 
podemos questionar é: 
1°- se o liberalismo deontológico de Rawls pode ser 
sustentado sem uma referência às dificuldades 
associadas ao sujeito moral kantiano? 
2°- se o pensamento rawlsiano se apresenta eficaz 
para dissolver as lacunas entre os ideais normativos e 
a realidade social imperante, ou seja, será se o 
procedimento de Rawls terá os mesmos embaraços 
sentidos pela doutrina moral kantiana em relação à 
liberdade e o dever-ser? 
Para tanto, nós vamos abordar a correlação entre o 
dever e a liberdade na teoria da justiça de John Rawls 
à luz da sua apropriação da filosofia moral kantiana 
tentando questionar se o consenso justaposto, o 
equilíbrio reflexivo e a razão pública vistos no O 
 
14
 Transcendental não significa o que ultrapassa a experiência, mas aquilo que a 
antecede, através da razão pura, sem outra finalidade que não seja a de possibilitar o 
conhecimento da experiência. 
15
 KIRSCHBAUM, John Rawls: Justiça Imparcial e Seus Limites, p. 63. 
 
 21 
Liberalismo Político podem, de certa forma, solucionar 
para a filosofia rawlsiana as dificuldades enfrentadas 
pela teoria kantiana. 
Com isto, nós vamos nos perguntar se o construtivismo 
político na teoria de Rawls é uma reformulação 
procedimental tanto dos juízos sintéticos a priori quanto 
do modelo deontológico kantiano do imperativo 
categórico e se a decorrência da Posição Original pode 
ser vista como uma interpretação procedimental da 
concepção kantiana da autonomia e do imperativo 
categórico dentro de uma estrutura de uma teoria 
empírica. 
Logo,nós tentaremos discutir se agir tomando como 
referência os princípios de justiça é agir conforme um 
imperativo categórico, analisando de que forma o Véu 
de Ignorância suprime qualquer maneira de 
heteronomia, vendo se o desinteresse mútuo contido 
na Posição Original pode ser considerado semelhante 
à concepção de autonomia kantiana e averiguando se 
o recurso de construção procedimental rawlsiano do 
imperativo categórico é um objetivo que Rawls se 
fornece para superar o dualismo kantiano entre 
natureza e liberdade 
4.4. Objetivos e Hipóteses 
 
 
4.4.1.. Definição de objetivo 
Em ampla medida o termo objetivo significa um norte que se pretende 
seguir. O objetivo é iniciado com um verbo. Ele é referente às ações 
que se busca realizar. Para tanto, deve-se levar em consideração os 
limites daquilo que se pode alcançar, para que não se almeja algo 
que esteja fora do alcance, porquanto no trabalho monográfico os 
objetivos sempre devem ser alcançados. Portanto, a monografia 
 
 22 
tem, necessariamente, uma meta a ser atingida. Tal meta deve 
constar no projeto de pesquisa como, também, tem que ser 
perseguida no trabalho monográfico. 
4.4.2. Os objetivos se dividem em: 
A) gerais; manifesta o rumo do conhecimento acadêmico desejado, 
englobando pesquisa e monografia como uma proposta ampla. 
B) específicos; tem como função cumprir o objetivo geral. O projeto 
deve contemplar um objetivo para cada item do trabalho monográfico 
(capítulo, parte ou seção). 
4.4.2.1. Objetivos: relação dos verbos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivos Gerais Avaliar, analisar, aplicar, apreciar, comparar, 
compreender, conhecer, considerar, crer, 
demonstrar, desenvolver, reconhecer, saber, 
usar, aceitar, assumir, cooperar, gostar, 
interessar-se por, julgar, manifestar, prever, 
reforçar 
 
Objetivos Específicos 
 
 
 
Anotar, apontar, caracterizar, calcular, coletar, 
determinar, deduzir, definir, descrever, 
detectar, discriminar, distinguir, dizer, 
desdobrar, especificar, aumentar, explicar, 
estruturar, estabelecer, escolher, elaborar, 
exemplificar, formular, grupar, identificar, 
indicar, listar, planejar, preparar, relacionar, 
responder, representar, selecionar, transferir, 
aplicar, assimilar, classificar, contrastar, 
diferenciar, enunciar, escolher, exemplificar, 
listar, formular, localizar, responder, resolver, 
selecionar, sintetizar. 
 
 
 23 
 
 4.4,2,2. Exemplo de objetivos 
I – OBJETIVO 
 
 
1- Dimensionar em que medida há influência da 
doutrina kantiana no pensamento rawlsiano; 
2- analisar se o construtivismo político é uma 
reformulação dos juízos sintéticos a priori e do 
imperativo categórico kantiano, 
3- averiguar se o pensamento rawlsiano de O 
Liberalismo Político é tão kantiano quanto o do Uma 
Teoria da Justiça; 
4.4.3. Hipóteses; 
 
 
 
A hipótese é considerada uma proposição testável que contém, em 
suposição, a solução do problema. Ela é de natureza criativa. A 
Hipótese 
pode ser 
sinônimo 
de 
suposição 
 
 24 
função da hipótese, no projeto monográfico, é propor uma provável 
resposta para o problema que se pretende abordar. Ela necessita de 
todo um embasamento teórico e deve ser formulada de tal forma que 
possa servir de orientação durante a condução do trabalho 
monográfico. Para isso, ela deve ser formulada de modo claro e 
conciso, sem ambigüidade gramatical. 
4.4.3.1. Exemplo de hipóteses: 
• HIPÓTESE 1 
• A teoria rawlsiana é kantiana desde Uma Teoria da Justiça até O 
liberalismo Político. 
 •HIPÓTESE 2 
•Rawls se propõe a efetuar uma unidade para a razão seguindo o 
modelo kantiano, porém remodelando-o. 
 •HIPÓTESE 3 
 •A tentativa da teoria rawlsiana é operar uma nova revolução 
copernicana kantiana. 
 
4.5. Justificativa 
JUSTIFIC
AR É 
FORNEC
ER 
RAZÕES 
 
 25 
 
No projeto monográfico, a justificativa é constituída pela 
argumentação sobre a relevância do estudo. Na justificativa retomam-
se a problematização e o objetivo, evidenciando a importância da 
abordagem. Em ampla medida, justificativa pode-se definir como as 
causas da escolha do tema do trabalho monográfico. Tal parte do 
projeto consiste em justificar a causa da escolha do problema em 
foco. 
 
4.5.1. Exemplo de justificativa; 
 
O AUTOR 
John Rawls surgiu no cenário filosófico como um 
reabilitador da filosofia política no século XX. A teoria 
rawlsiana mostrou uma ruptura na história mais recente 
da filosofia prática. Ela reabilitou as questões morais 
reprimidas durante muito tempo e apresentou-as como 
objeto de pesquisas científicas sérias.16 
Rawls enfrentou explicitamente as correntes da 
filosofia prática, mais precisamente, o utilitarismo, o 
 
16
 HABERMAS, A Inclusão do Outro: estudos de teoria política, p.. 66. 
 
 26 
intuicionismo racional , o perfeccionismo e o 
comunitarismo. 
O utilitarismo é , para Rawls, uma teoria frágil, pois ele 
como ética do fim dominante, termina por encontrar-se 
em embaraços ao procurar um único fim para as 
atividades humanas. Desde modo, ou ele define o 
prazer de modo tão amplo que assim não pode vir a ser 
o critério para a decisão racional ou o define de modo 
tão restrito que este não se constitui o único fim. O 
utilitarismo falha, também, na medida em que não 
explicita os termos liberdade e igualdadee suas 
relações. 
O intuicionismo racional, por sua vez, Rawls o critica 
por justificar as normas de uma forma epistemológica, 
assegurando que existem princípios materiais a priori 
que conhecemos por intuição. Neste sentido, as 
normas morais são consideradas como verdadeiras e 
elas devem ser aceitas universalmente por sua 
evidência sem fazer referência ao sujeito. Desta forma, 
o intuicionismo acaba por retroceder a um estágio 
antes do kantiano, incorrendo, assim, em uma 
heteronomia, onde os homens não elegem os 
princípios de sua convivência, mas que, pelo contrário, 
são regidos por princípios já dados. 
Em relação ao perfeccionismo, o professor de Harvard 
afirma que ele é heterônomo na medida em que 
determina o bem antes do justo , considerando o bem 
moral como a elevação ao máximo da capacidade mais 
própria do homem. Desta maneira, o perfeccionismo se 
caracteriza como uma doutrina metafísica ou 
ontológica.17 
Por fim, a reação rawlsiana ao comunitarismo ocorre 
pelo fato deste negar o pressuposto de uma razão 
comum a todos os homens. 
 
17
 ORTS, La Justificacion Ética Del Derecho como Tarea Prioritária de La Filosofia 
Política, p. 132. 
 
 27 
Dentro deste contexto, Rawls vai adotar uma postura 
na qual ele vai prescindir das teorias acima citadas e 
das justificações metafísicas, fato que nós vamos notar 
cada vez mais transparente no desenvolvimento do seu 
pensamento e que vai culminar com duas etapas na 
filosofia de Rawls e diferentes enfoques em seus 
trabalhos em relação à sua teoria da justiça que é visto 
desde que os seus primeiros trabalhos apareceram no 
começo da década de cinqüenta até as suas últimas 
publicações nos anos noventa . 
O professor de Harvard efetuou um largo processo de 
ampliação e revisão de sua teoria da justiça que 
demorou décadas. Deste processo, segundo 
Habermas, decorrem resultados corretos essenciais e 
que, Rawls, mesmo sem recorrer aos pressupostos 
fundamentais da filosofia transcendental kantiana, ele 
propõe uma leitura própria e intersubjetivista do 
conceito de autonomia visto em Kant.18 
Logo, com base em tudo o que foi citado anteriormente, 
nós podemos constatar que Rawls é um dos grandes 
teóricos do século XX e XXI e dele ainda temos muito o 
que comentar e refletir. 
O TEMA 
 
Em linhas gerais,o que vai nos interessar aqui nesta 
pesquisa é a apropriação feita por Rawls em relação 
aos conceitos kantianos e a sua tentativa de, também, 
conseguir uma unidade para a razão tal qual aquela 
vista na filosofia de Kant. Para isto, cumpre aqui 
salientar que Rawls lê Kant não com uma atitude 
dissidente como Schopenhauer, mas com originalidade 
fiel e criativa.19 
Mais especificamente, neste sentido, nós vamos tentar 
mostrar como a teoria rawlsiana será uma tentativa de 
 
18
 HABERMAS, A Inclusão do Outro: estudos de teoria política, p.. 65. 
19
 BELLO, Kant Ante El espejo de La Teoria de John Rawls, p.. 177. 
 
 28 
inserir a doutrina kantiana, propriamente dita, na 
sociedade, mantendo, assim, o núcleo de alguns 
conceitos kantianos remodelando-os.Dentro deste 
contexto, nós acreditamos que vamos ampliar as 
descobertas sobre o pensamento rawlsiano na medida 
em que nós vamos averiguar se John Rawls, à sua 
maneira, desejou assim elaborar uma revolução 
copernicana segundo o modelo kantiano, utilizando, 
para isto, de subsídios conceituais pertencentes à 
filosofia de Kant tais como os juízos sintéticos a priori, 
imperativo categórico e razão prática. 
O primeiro trabalho de Rawls foi Uma Teoria da 
Justiça publicada em 1971. Neste escrito John Rawls 
tinha como objetivo generalizar e elevar em um 
relevante grau de abstração a teoria do contrato social 
baseada em Locke, Rousseau e Kant,tentando elaborar 
uma teoria moral sistemática que conta com elementos 
éticos, jurídicos, políticos, econômicos, psicológicos, 
metodológicos e lógicos com a finalidade de construir 
uma filosofia moral dando ênfase aos conceitos de 
liberdade e igualdade. Neste sentido, ele tenta elucidar 
quais são os princípios resultantes de um procedimento 
construtivo.20 
Por este motivo, convém mencionar que a teoria 
rawlsiana tem como fundamento geral buscar os 
princípios primeiros das sociedades democráticas. Para 
tanto, em linhas gerais, nós podemos constatar que, 
embora ele cite outros filósofos, a teoria da justiça 
rawlsiana é kantiana em sua natureza como cita o autor 
da mesma, onde ele afirma a abdicação do caráter de 
originalidade da sua teoria, procurando características 
estruturais que já se encontram na teoria de Kant. 
 
20
 ORTS, La Justificación Ética Del Derecho como Tarea Prioritária de La Filosofia 
Política, p.. 129. 
 
 29 
O § 4021 de Uma Teoria da Justiça fornece uma visão 
panorâmica da influência que Kant teve neste livro. 
Neste parágrafo John Rawls afirma que o princípio da 
liberdade22 e a prioridade deste princípio decorrem da 
noção de autonomia kantiana. Com isto ele admite que 
a verdadeira força da doutrina kantiana reside no fato 
de que os princípios morais, além de serem objetos de 
uma escolha racional, devem ser acatados em 
condições que caracterizem os homens como tais, ou 
seja, seres humanos racionais, livres e iguais. 
Dentro deste quadro, Rawls acredita fazer uma 
comparação da Posição Original23 com a doutrina 
kantiana. 
Para isto outro recurso utilizado é aquele que Rawls 
denomina de Véu de Ignorância24. Este procedimento 
é o que vai garantir a manutenção da imparcialidade 
no momento da escolha dos resultados objetivados 
pela teoria. 
Logo, o Véu de Ignorância vai suprimir a heteronomia e 
vai ajudar a ampliar a concepção moral kantiana, pois 
os princípios escolhidos serão aplicados na Estrutura 
Básica da Sociedade25 na distribuição de Bens 
Primários. Desta maneira, os princípios de justiça são 
análogos ao imperativo categórico. 
 
21
 RAWLS, Uma Teoria da Justiça, p. 275. 
22
 isto é, aquele que diz que cada pessoa deve ter igual liberdade máxima e que cada 
pessoa deve ter igual direito de acesso ao sistema total mais extenso de liberdades 
básicas compatível com um sistema de liberdade similar para todos, 
23
 é um procedimento figurativo que permite representar os interessados de cada um 
de maneira tão eqüitativa que as decisões daí decorrentes serão elas próprias 
eqüitativas. 
24
 é aquele que ele pede que imaginemos um grupo formado por pessoas que embora 
tenham uma sabedoria geral são ignorantes em relação as suas individualidades e este 
grupo não tem nem conhecimento dos seus fatos particulares nem dos outros. Eles 
sabem que têm metas, mas ignoram a utilidade delas. 
25
 ou seja, aquela que regula a distribuição dos Bens Primários e são passíveis de 
escrutínio por estes mesmos princípios de justiça, justamente porque a forma como 
são distribuídos influencia fortemente a possibilidade dos indivíduos desenvolverem 
seus planos de vida. 
 
 30 
Contudo, Rawls afirma que a parte que falta na 
doutrina kantiana é aquela do conceito de expressão, 
pois embora as pessoas na Posição Original possam 
ser consideradas como o nôumeno perante o mundo, 
elas desejam expressar a escolha dos princípios de 
justiça em sua vida como seres inseridos na 
sociedade 
Desta forma, a Posição Original pode ser considerada 
como uma interpretação procedimental dos juízos 
sintéticos a priori,da concepção kantiana de autonomia 
e do imperativo categórico dentro da estrutura de uma 
teoria empírica. 
Em suma, no § 40 de Uma Teoria da Justiça26, Rawls 
afirma que: 
1°- Entre sua teoria e a doutrina kantiana há um 
afastamento em vários aspectos, porém em TJ27 ele só 
vai destacar dois que são os seguintes: 
1.1 - o nôumeno é escolha coletiva, onde isto não 
anula os interesses da pessoa; 
1.2 - os indivíduos estão sujeitos às condições da vida 
humana, logo há restrições naturais que devem ser 
levadas em consideração quando se trata da questão 
da liberdade. 
1.3 - e conclui afirmando que o seu objetivo em TJ é 
remodelar os dualismos kantianos aplicando-os a uma 
teoria empírica, onde o que ele chama de interpretação 
da doutrina de Kant é uma interpretação da justiça 
como eqüidade, daí o por quê que ele afirma ser sua 
teoria análoga mas não idêntica à doutrina kantiana. 
Desta maneira, Rawls acredita que os indivíduos, de 
maneira deliberada e não coercitiva, possam agir 
conforme os princípios de justiça aplicados às 
instituições. Neste sentido, ele distingue claramente 
 
26
 RAWLS, Uma Teoria da Justiça, p. 275. 
27
 A partir daqui nós chamaremos o livro de John Rawls Uma Teoria da Justiça de TJ. 
 
 31 
princípios adotados pelas instituições daqueles 
adotados pelos indivíduos. 
Os princípios adotados pelas instituições devem ser 
passíveis de consentimento, isto é, os indivíduos de 
uma sociedade têm que ter a possibilidade de 
conciliarem os mesmos com seus planos de vida em 
conformidade com princípios individuais. 
Logo, em TJ, Rawls acreditou ter dado conta da 
universalidade da justiça como paradigma fundamental 
de uma sociedade.28 Desta maneira, a teoria da justiça 
como eqüidade exposta em TJ pode ser vista como 
uma doutrina abrangente em oposição a uma 
concepção política da justiça, porque ela objetiva ser 
aplicada a todos os sujeitos e a todas as formas de 
vida. Nela Rawls procura desvelar as idéias 
fundamentais que estão presentes no senso comum 
como: as de Liberdade, as de igualdade, a de 
cooperação social e a de pessoa. 
Esta obra rawlsiana suscitou inúmeras críticas , porém 
na presente pesquisa este não será nosso foco central 
de interesse. 
Contudo, nós vamos discutir as decorrências das 
autocríticas de Rawls pertinentes à sua teoria e afirmar 
que mesmo quando ele aceita as suas próprias críticas, 
isto não faz com que ocorra uma ruptura em sua teoria 
e que seria um equívoco imaginar a existência de duas 
fases distintas no pensamento do citado filósofo. 
O que ocorre é que Rawls revê alguns conceitos 
originários de sua teoria da justiça com o intento de 
aprofundar as teses centrais da mesma. Entretanto, 
cumpre aqui notar que a publicação de TJ em 1971 
levou ao renascimento da filosofia moral e política 
norte-americana, pois com ela foram suscitados temas 
que geraram inúmeras indagações, inaugurando um 
 
28
 RIBEIRO, John Rawls: A Virtude nas Instituições, p.. 154. 
 
 32 
processo daquilo que podemos chamar de 
desenvolvimento do pensamento rawlsiano, levando 
Rawls a optar como fundamento de sua teoria o fato 
de que a característica básica das sociedades 
modernas é o pluralismo, constatação vista em O 
Liberalismo Político e que o conduz à seguinte 
questão: como uma sociedade estável e justa de 
cidadãos livres e iguais pode viver em harmonia 
quando está profundamente dividida por doutrinas 
abrangentes? Rawls responde a isto com uma 
redefinição de contrato e de sociedade bem ordenada. 
Portanto, ele explica que uma sociedade bem ordenada 
tem uma concepção de justiça advinda de um 
consenso justaposto de doutrinas razoáveis e gerais 
onde os cidadãos se unem para afirmar uma mesma 
concepção política, baseada em suas próprias 
doutrinas que, embora distintas, convergem para um 
mesmo ponto. 
Desta maneira, Rawls no O Liberalismo Político tem 
como procedimento um tipo diferente de construtivismo 
onde as faculdades da reflexão e do julgamento se 
desenvolvem no quadro de uma cultura comum que as 
forma. Dentro deste contexto, ele afirma que os 
princípios de justiça além de serem políticos, são, 
também, o resultado de um procedimento de 
construção. Os princípios de justiça, neste caso, 
utilizam certas concepções puramente políticas da 
pessoa e da sociedade para elaborarem uma 
concepção de um regime constitucional justo que 
possa ser admitido por quem detém diferentes 
concepções abrangentes. 
Sendo assim, a idéia de sociedade consiste em um 
sistema eqüitativo de cooperação que se estende ao 
longo do tempo de geração a geração. 
 
 33 
A concepção de pessoa é a do cidadão livre e igual que 
tenha a capacidade de elaborar, revisar e perseguir 
racionalmente concepções do Bem. 
Para Rawls as concepções de pessoa e sociedade são 
idéias fundamentais que os cidadãos compartilham na 
cultura política, ainda quando eles têm doutrinas 
abrangentes diferentes. O Rawls do LP29 é mais restrito 
quanto à aplicação de sua teoria da justiça, isto é, ele 
delimita o seu campo às sociedades democráticas 
modernas. Nelas ele enfatiza a sua legislação e 
evidencia a característica que elas devem ter como um 
padrão de correção que é a razoabilidade conforme 
situações concretas onde a justiça é exigida.30 
Em TJ, Rawls tem um projeto muito ambicioso em 
relação à sociedade, isto é, nós notamos que ele se 
propõe como tarefa a função de encontrar, dentro da 
multiplicidade da sociedade, um princípio único de 
justificação. Nós vimos que, nesta etapa de seu 
pensamento, o autor de TJ parece buscar uma 
verdade absoluta sobre a definição das normas que 
norteiam a sociedade democrática como tal. Em TJ há 
uma ênfase muito grande em relação ao descobrimento 
dos dois princípios fundamentais de sua teoria que são 
eles: princípio da liberdade e princípio da igualdade e 
da diferença, os quais seriam aplicados a todos os 
sujeitos e a todas as formas de vida. Diferentemente da 
sua teoria em TJ, em LP, Rawls afirma que a 
razoabilidade é mais aceitável do que a verdade 
moral.31 
Apesar de tudo o que foi visto acima, o Rawls de TJ 
não é mais kantiano do que em LP, embora nós 
pudéssemos pensar o contrário, porque em TJ ele 
busca um elevado grau de abstração em sua teoria 
 
29
 A partir daqui o livro de John Rawls intitulado O liberalismo Político passa a ser 
chamado de LP. 
30
 OLIVEIRA, Rawls, Procedimentalismo e Contratualismo, p. 4. 
31
 RAWLS, O Liberalismo Político, p. 174. 
 
 34 
política e, em contrapartida, em LP ele é mais 
delimitado no sentido de que os axiomas do pluralismo 
e das tolerâncias intentam derivar os interesses em 
comuns da participação e da constituição da unidade 
comum dos cidadãos32, apesar disto, nós vimos que em 
LP, dentre outros fatores, Rawls quando faz uma 
alusão à questão da razão pública ele é fortemente 
influenciado pela distinção que Kant faz da razão 
pública e privada no seu artigo O Que é O Iluminismo.33 
Apesar da reformulação da teoria da justiça vista em 
LP, isto é, mesmo ele partindo de um sistema e de uma 
prática de argumentação que tem como subsídio a 
diversidade e se dirige a ela desde a perspectiva da 
imparcialidade,34 isto ainda não garante a superação 
de Rawls em relação ao sistema kantiano, pois, neste 
escrito, o próprio Rawls afirma que no argumento sobre 
a objetividade das concepções políticas, eleé 
essencialmente kantiano.35 
Com todo o exposto, nós acreditamos que em LP há 
uma possibilidade de revolução rawlsiana no sentido 
kantiano, pois Rawls neste escrito fornece a real 
aplicabilidade na sociedade da teoria kantiana, isto é, 
fornece uma teoria que nela contem as condições para 
propor uma realização possível,36 dentro de um 
procedimento que tem como unidade a razão pública 
esta fundamentando a ação e o conhecimento, ou seja, 
fundando tanto os juízos sintéticos a priori quanto o 
imperativo categórico. Neste sentido, a teoria rawlsiana 
toma os conceitos com características análogas, mas 
não idênticas. Desta forma, nós vimos que Rawls 
coloca a razão pública como referência de unidade 
para a superação dos dualismos kantianos entre 
 
32
 SCHIAVELLO, Due Concezioni della Ragione Pubblica a Confronto, p. 2. 
33
 THIEBAUT, Sujeto Liberal y Comunidad: Rawls y la Unión Social, p. 25. 
34
 FLORES, Teoria da Justiça de John Rawls, p.. 7. 
35
 RAWLS, O Liberalismo Político, p. 166. 
36
 ROUANET, Justiça como Eqüidade: Uma Proposta Brasileira, p.. 2. 
 
 35 
fenômeno e liberdade,tudo isto decorrendo de uma 
concepção de pessoa, de sociedade e de uma 
representação satisfatória destas concepções, isto é, a 
razão teórica, neste caso, formando as crenças e os 
juízos requeridos na formulação dos primeiros 
princípios de justiça e a aplicabilidade dos mesmos, 
ocorrendo através de uma forma similar ao imperativo 
categórico. 
 
4.6. Metodologia 
 
A metodologia tem como proposta facilitar o cumprimento dos 
objetivos. É necessário descrevê-la, apontando quais os meios 
escolhidos que serão utilizados no desenvolvimento do trabalho 
monográfico e sua sistematização. Na pesquisa documental deve 
prever as diversas fontes e os seus respectivos autores. 
4.6.1. Exemplo de metodologia 
 
A filosofia rawlsiana provocou diferentes críticas e comentários.37 
Expor isto não é o que estamos nos propondo nesta presente 
investigação. 
Aqui vamos nos limitar a discutir sobre a apropriação de Rawls em 
relação à doutrina kantiana e as suas autocríticas. Para tanto, a 
presente pesquisa tomará como fontes primárias às obras de Rawls 
intituladas Uma Teoria Da Justiça, Justiça e Democracia e O 
Liberalismo Político. Nestes livros nós temos uma amostragem 
significativa da influência de Kant em relação a Rawls, bem como , 
também, do desenvolvimento do pensamento rawlsiano, da 
 
37
 Em relação a esse tema, um livro interessante é Chandran KUKATHAS & Philip 
PETTIT. La Teoria de La Justicia de John Rawls y sus críticos.Madrid, Tecnos, 
2004.231p. 
A 
METODO
LOGIA É 
A 
EXPLICA
ÇÃO 
MINUCIO
SA, DE 
TODA 
AÇÃO 
QUE 
SERÁ 
DESENV
OLVIDA 
NO 
TRABAL
HO DE 
PESQUIS
A 
 
 36 
elucidação de suas teses centrais e das retificações ocorridas no 
âmbito de sua teoria. 
A filosofia kantiana, a nosso ver, é precisamente a maior influência 
que teve a filosofia de Rawls.Estas afinidades conceituais do 
pensamento de John Rawls com o de Kant já foram apontadas por 
alguns autores, mas limitando-se somente a estas questões, sem 
atingir a compreensão dos objetivos subjacentes à teoria rawlsiana e 
sem dimensionar a forma maior que esta propõe; àquela intenção 
kantiana de fornecer uma unidade para a razão através das 
dimensões teóricas e práticas. Neste sentido, nossa preocupação 
aqui será a de investigar a apropriação por parte de Rawls dos 
fundamentos conceituais mais relevantes da filosofia kantiana como 
um todo para desenvolver a sua teoria moral. Para tanto, 
metodologicamente, nós tomaremos como centro de análise da nossa 
pesquisa o conceito rawlsiano de razão pública, na medida em que 
este é o alicerce fundamental de sua teoria . É na formulação deste 
conceito onde mais é evidenciado seu débito para com o sistema 
kantiano. 
O desenvolvimento da nossa pesquisa vai exigir que façamos uma 
contextualização histórica da teoria de Rawls no sentido de expor as 
suas críticas às correntes de filosofia prática da sua época. Essa 
contextualização não será exaustiva, porque este não é o centro do 
nosso interesse. Só vamos fornecer elementos pontuais em relação 
às linhas de pensamento que Rawls criticou e que são importantes na 
sua trajetória filosófica. 
Quanto a Kant não temos a pretensão de apresentar uma 
interpretação original da sua filosofia e nem de expor a totalidade de 
suas obras nós vamos nos preocupar em trazer á tona os elementos 
necessários e mais importantes para a filosofia moral rawlsiana. Em 
termos conceituais, nós vamos nos ater aos conceitos kantianos de 
razão, de imperativo categórico e de juízos sintéticos a priori 
presentes em seus livros como Crítica da Razão Pura, 
Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Crítica da Razão 
Prática e Metafísica dos Costumes. 
Conforme as obras acima citadas, nós vamos evidenciar um 
desenvolvimento do pensamento rawlsiano tomando como referência 
a influência kantiana em dois aspectos: 
 
 37 
1°- aqueles que Rawls, em todo o seu percurso, continuou 
preservando, embora os modificando, 
2°- como, também, os distanciamentos da teoria rawlsiana em relação 
à kantiana; 
Em relação aos comentadores e intérpretes, nós utilizaremos aqueles 
que estão inseridos no debate filosófico Rawls- Kant.38 
Por fim, nós gostaríamos de salientar que nossa pesquisa sobre a 
influência do pensamento kantiano na teoria de Rawls não está 
fechada sobre si mesma, mas é um estudo a mais sobre o problema 
das éticas deontológicas de cunho kantiano que vai tentar ter um 
posicionamento crítico feito por nossa parte sobre a originalidade, 
profundidade e fragilidade da filosofia moral de Rawls com a intenção 
de ampliar as análises já existentes sobre a teoria rawlsiana. 
 
4.7. Cronograma 
 
38
 Ver Adela Cortina,1985; Habermas, 2004; Catherine Audard, 1993; Carlos 
Thiebaut, 1997; Nythamar Oliveira, 1999. 
 
 38 
 
 
O cronograma pode aparecer no projeto sob a forma de texto ou 
tabela. Ele é caracterizado como o planejamento das etapas que se 
deve seguir no trabalho monográfico, as quais são distribuídas no 
tempo previsto para a realização da monografia. Assim, ele prevê a 
consecução das tarefas que permitirão alcançar os objetivos 
propostos, desde a escolha do tema até a redação final. 
4.7.1. Exemplo de cronograma 
 
 39 
 
 
 
ANO MÊS 
ATIVIDADE 
 
2006 
 
MAR/DEZ 
 
 
 
- Créditos em disciplinas 
 
2006 JAN/JUN 
JUL/DEZ 
- Redação Final do Projeto de Tese 
- Redação de Tese 
 
 
2007 
 
MAR/DEZ 
 
- Redação de Tese 
 
2007 JAN/JUN 
 
JUL/DEZ 
- Redação de Tese 
- Exame de Qualificação 
- Redação Final da Tese 
 
2008 
 
JAN/JUL 
 
- Redação Final da Tese 
 
 
 
 
 
 
3.2.4.8. Referências bibliográficas 
 
REFERÊNCIA 
BIBLIOGRÁFI
CA È 
SINÔNIMO 
DE RELAÇÂO 
DOS NOMES 
DOS 
AUTORES 
UTILIZADOS 
NO TEXTO 
 
 40 
 
Quando se fala em referências bibliográficas isso significa que todos 
os autores que estão listados no projeto de pesquisa devem ter sido 
utilizados no momento da elaboração do trabalho científico. Da 
mesma forma, todos os autores citados na monografia ou no projeto 
devem, nesse item, ser referenciados. 
4.8.1. Exemplo de referências bibliográficas 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
ARAUJO, Cícero. Império da Lei e Subjetividade. IN: NovosEstudos Cebrap. N. 54, 1999. P. 157- 168. 
 
AUDARD, Catherine. La Stratégie Kantienne de Rawls. IN: 
Magazine Littérarie. N. 20, Paris, 1993. 
 
BELLO, Eduardo. Kant Ante El espejo De la teoria de John Rawls. 
IN: Revista Daimon. N. 33, Espana, 2004. 
 
CASSIRER, Ernst. La Philosophie das Lumières. Paris: Fayard, 
1966. 
 
CITTADINO, Gisele. Pluralismo, Direito e Justiça Distributiva. Rio 
de Janeiro: editora Lúmen Juris, 1999. 
 
 
 41 
COMTE-SPONVILLE. Pequeno Tratado das Grandes Virtudes. São 
Paulo: Martins fontes, 1999. 
 
DE VLEESCHAUVER, H.J. La Deduction Transcendentale Dans 
L’Oeuvre de Kant. Paris; Libraire Ancienne Honoré Champion, 1934. 
 
DE VLEESCHAUVER. La Evolucion Del Pensamiento Kantiano: 
história de la uma doctrina. México: Universidad Autônoma de 
México, 1962. 
 
ESTEVES, Júlio. As Críticas ao Utilitarismo por Rawls. IN: Ética. 
Vol. 1, Florianópolis, 2002. 
 
FLORES, Imer. El Liberalismo Igualitário de John Rawls. IN: 
Revista Doxa. Vol. 4, Espana,1985. 
 
GONZÁLEZ, Carlos Pena. La Tesis Del Consenso Superposto y El 
Debate Liberal-Comunitario. IN: Revista de Estúdios Públicos. N. 
82, Chile, 2005. 
 
GUERRA, Augusto. Introduzione a Kant. Roma: Editori Laterza, 
1985. 
 
HABERMAS, Jürgen. A Inclusão do Outro: estudos de teoria 
política. São Paulo: Loyola, 2004, 
 
JIMÉNES, Paulina Gutierrez. Rawls y O Liberalismo Político. IN: 
Política y Gobierno. Vol. 4, México, 1997. 
 
LOMBARDI, Franco. La Filosofia Crítica: la formazione Del 
problema kantiano. Roma: Dispense Universitaries. A, 1943. 
 
 42 
 
KANT, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. IN: Coleção 
“ Os Pensadores”. São Paulo: abril cultural, 1974. 
 
KANT, I. Crítica da Razão Pura. Lisboa: Fundação Calouste, 1989. 
 
KANT, I. Crítica da Razão Prática. Lisboa. Edições 70, 1986. 
 
KIRSCHBAUM, Carlos. RAWLS, John. Justiça Imparcial e Seus 
Limites. Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ciência Política da USP. São Paulo, 2005. 
 
KRISCHE, Paulo J. A Cultura Política em John Rawls: 
contribuições e desafios à democracia. IN: Revista de filosofia 
Política- Nova Série. N. 2, Porto Alegre, 1998. 
 
KRISCHE, Paulo J. A. O Contrato Social , Ontem e Hoje. São 
Paulo: Cortez, 1993. 
 
KUKATHAS, Chandal & PETTIT, Philip. La Teoria da Justiça de 
John Rawls y sus críticos. Madrid: Tecnos, 2004. 
 
LINDBLOM, C. O Processo de Decisão. Brasília ed. UnB, 1987. 
 
MARQUES, Antonio. A Autonomia Kantiana Revisitada: Notas 
Sobre O Conceito de Construtivismo. IN: revista de Comunicação e 
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MERQUIOR, José Guilherme. Liberalismo Viejo y Nuevo. México: 
Fundo de Cultura, 1993. 
 
NINO, Carlos Santiago. Ética y Derechos Humanos. Buenos Aires: 
ed. Astrea, 1989. 
 
 
 43 
NOGUERA, José Antonio. John Rawls. IN: Papers. N. 68, Barcelona, 
2002. 
 
OLIVEIRA, Nythamar. Rawls e a Fundamentação de Uma Teoria da 
Justiça. IN: Simpósio Internacional sobre a Justiça. Florianópolis, 
1997. 
 
OLIVEIRA, Nythamar. Hobbes, Liberalismoe Contratualismo. IN: 
Tractatus Ético-Politicus. Porto Alegre: Edipicrs, 1999. 
 
ORTS, Adela Corina. La Justificación Ética DeL Derecho Como 
Tarea Prioritária De La Filosofia Política: uma discusión desde 
John Rawls. IN: Revista Doxa. N.2 Espana, 1985. 
 
PORTA, Mario Ariel. A Filosofia A partir de Seus Problemas. São 
Paulo: Loyola,2202. 
 
REDONDO, Manuel Jiménez. Precisiones sobre Rawls. IN: revista 
Doxa. N. 3. Espana, 1986. 
 
RAWLS, John. Uma Teoria da Justiça. São Paulo: Martins fontes, 
2002. 
 
RAWLS, John. Justiça e Democracia. São Paulo: Martins Fontes, 
2002. 
 
RAWLS, John. Justiça Como Eqüidade: uma reformulação. São 
Paulo: Martins fontes, 2002. 
 
RAWLS, John. O Liberalismo Político. São Paulo: ed. Ática, 2000. 
 
RAWLS, John. O Direito dos povos. São Paulo: Martins Fontes, 
2004. 
 
RIBEIRO, Paulo. John Rawls: A Virtude nas Instituições. IN: 
PHRÓNESIS. N. 2, Campinas, 2002, 
 
 
 44 
ROAUNET, Luiz Paulo. Justiça Como Eqüidade: uma proposta 
brasileira. Trabalho apresentado no 3° Encontro Nacional da 
Associação Brasileira de Ciência política. Universidade Federal 
Fluminense, Niterói, 2002. 
 
ROUANET, Luiz Paulo. Rawls e o Enigma da Justiça. São Paulo: 
Unimarco, 2002. 
 
SCHIAVELLO, A. Ética publica e pluralismo. Palermo: Editrice II 
Messaggero, 2001. 
 
SILVA, Reinaldo da. Iluminismo e Liberalismo Político: a razão 
comum de Condorcet no prisma conceitual de John Rawls. IN: 
Revista Impulso. N. 29. 
 
TORRETTI, Roberto. Manual Kant: estúdio sobre los fundamento 
de la filosofia crítica. Buenos Aires: Editorial Charcas, 1980. 
 
THIEBAUT, Carlos. Sujeito Liberal y Comunidad: Rawls y la unión 
social. IN: Enrahonar, N. 27, Madrid, 1997. 
 
VERNEAUX, Roger. Lãs três criticas: Immanuel Kant. Spain: 
Editorial Español, 1982. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 45 
BIBLIOGRAFIAS 
 
 CERVO, Amado L. e BERVIAN, Pedro A. (1983) Metodologia 
Científica : para uso dos estudantes universitários. 3.ed. São Paulo 
: McGraw-Hill do Brasil. 
CARVALHO, Maria Cecília M. de (Org). Construindo o saber. 
metodologia científica. fundamentos e 
técnicas. 3. ed. São Paulo : Papirus, 1991 
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 22 ed. 
São Paulo: Perspectiva, 2009. 
FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 5 ed. São Paulo: 
Saraiva, 2006. 
 GALLIANO, Alfredo Guilherme. O método científico: teoria e 
prática. São Paulo: Harbra, 1986. 
GEWANDSNAJDER, Fernando. O que é método científico. São 
Paulo: Pioneira, 1989. 
HÜHNE, Leda Miranda. Metodologia científica: caderno de textos e 
técnicas. 
7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1997. 
KOCHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica. 12 ed. 
Petrópolis: Vozes, 1988. 
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de 
metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1985. 
_____. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1986. 
_____. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 2001. 
. 
OLIVEIRA, Maria Marly. Como fazer projetos, relatórios, 
monografias, dissertações e teses. 4 ed. Rio de Janeiro: Campus, 
2008. 
 
 
 
 
 
 46 
 
 
 
WEBIBLIOGRAFIA 
 
www.dominiopublico.gov.br 
http://www.scielo.br/ 
http://www2.unoescsmo.edu.br/portal/biblioteca/arq/Apost_Metod_Cie
nt-1.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Conforma bibliografia sugerida, defina os seguintes 
aspectos do projeto monográfico: 
1.1. tema; 
1.2. objetivos e hipótese; 
1.3. justificativa; 
1.4. metodologia; 
1.5. cronograma; 
1.6. referências bibliográficas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Atividades e exercícios 
 
 
 48 
 
UNIDADE II 
 
Estrutura Material do Projeto Monográfico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE II 
Estrutura Material do Projeto Monográfico 
 
Resumo: o projeto monográfico é constituído de elementos textuais 
(redação provisória e definitiva) e de aspectos pré-textuais: (capa, 
folha de rosto, sumário, aspectos gráficos, formato do projeto 
monográfico, tipo de letra, espaçamento, margens e parágrafos, 
numeração das páginas)50 
 
 
 
UNIDADE II: ESTRUTURA MATERIAL DO 
PROJETO MONOGRÁFICO 
 
2. Elementos pré-textuais.................................................................47 
2.1. Capa..........................................................................................47. 
2.1.2 Deve conter.............................................................................47 
 2..1.2 Exemplo de capa....................................................................48. 
 2..2. Folha de rosto............................................................................48 
1.2.2.1. Deve conter...........................................................................48 
2.2.2, Exemplo folha de rosto.............................................................49 
1.3 2.3. Sumário.................................................................................49. 
1. 2.3.1. Definição de sumário..........................................................49 
2.3.2. Exemplo de sumário.................................................................49 
2.4. Aspectos gráficos do projeto monográfico ................................50 
 3. Aspectos bibliográficos..................................................................51 
3.1. Tipos de Citação..........................................................................51 
3.1.2 Citação direta ou transcrição...................................................51 
3.1.2. Citação indireta ou conceitual...................................................52 
3.2. Regras de apresentação das referencias bibliográficas..........53 
3.2.2. Rregras devem ser seguidas nas referências 
bibliográficas...........................................................................53 
4. Exemplo da parte gráfica................................................................53 
6. Elementos textuais..................................................................56 
 
 51 
 5.1. .Redação provisória...................................................................76 
 5.2. Redação definitiva.....................................................................76 
BIBLIOGRAFIA.................................................................................77 
WEBBIBLIOGRAFIA........................................................................79 
ATIVIDADES E EXERCÍCIOS..........................................................80 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 52 
 
 
II- Estrutura Material do Projeto 
Monográfico 
 
 
O projeto monográfico, em sua parte material, segue uma 
estrutura obedecendo as normas técnicas elaboradas pela 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
2. Elementos pré-textuais: 
2.1. Capa 
2.1.1. Deve conter: 
A) Nome do autor (margem superior,) 
B) Título do trabalho ( maiúsculo, negrito, centralizado) 
C) Instituição onde o trabalho foi executado (só as 
primeiras letras maiúsculas, negrito, centralizada) 
PROJETO 
MONOGRÁ
FICO: 
NADA É 
ALEATÓRI
O 
 
 53 
D) Cidade e ano de conclusão do trabalho ( negrito, 
maiúsculo e minúsculo, centralizado) 
2..1.2 Exemplo de capa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2..2. Folha de rosto 
 
2.2.1. Deve conter: 
A) Todos os elementos que fazem parte da capa 
adicionando os dados gerais de identificação do projeto 
2.2.2 Exemplo de folha de rosto: 
 
 
 
 
Elnora Gondim 
 
 
JOHN RAWLS E A 
REVOLUÇÃO 
COPERNICANA 
KANTIANA 
 
 
PUCRS 
Porto Alegre-2005 
 
 
 
Elnora Gondim 
 
JOHN RAWLS E A 
REVOLUÇÃO 
COPERNICANA 
KANTIANA 
 
 
 Trabalho de 
Conclusão do curso 
de Licenciatura 
Plena em Filosofia 
sob a orientação do 
prof.... 
 
 
 
PUCRS 
Porto Alegre-2005 
 
 
 
 54 
 
2.3 Sumário 
 2.3.1. Definição de sumário; 
 Sumário vem do latim Summarium. Ele é uma relação ou 
lista no começo do trabalho científico, localizando o título das 
diferentes partes da publicação, "sumário": Em outras palavras, o 
sumário, segundo a ABNT, é a enumeração das principais divisões, 
seções e outras partes de um documento, na mesma ordem em que a 
matéria nele se sucede. Não se deve confundir sumário com índice. 
Este é a enumeração detalhada dos assuntos, nomes de pessoas, 
nomes geográficos, acontecimentos, etc., com a indicação de sua 
localização no texto. 
 
2..3.2. Exemplo de Sumário 
 
 
 
 
 
SUMÁRI
O É 
DIFERE
N- 
TE DE 
ÌNDICE 
 
SUMÁRIO 
 
I- OBJETIVO E HIPÓTESES......................................... 10 
. II- JUSTIFICATIVA ...................................................... 15 
 
III- PROBLEMA E REFERENCIAL ........................... 19 
 
III - METODOLOGIA..................................................... 20 
 
IV. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO......................... 25 
 
 55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. .4. Aspectos gráficos que o projeto monográfico deve conter: 
 A) Tema 
 B) Objetivos e Hipóteses 
 C) Justificativa 
 D) Delimitação do problema e referencial teórico 
 E) Metodologia 
 F) Cronograma de execução 
 G) Bibliografia consultada. 
 H) Formato do projeto monográfico: o projeto monográfico deve ser 
impresso em papel branco formato A4 (210 mm x 297mm). 
I) Tipo de letra, espaçamento, margens e parágrafos 
O texto deve ser digitado em espaço um e meio (1,5), utilizando a 
fonte Arial ou Times New Roman em tamanho 12. Os parágrafos 
devem iniciar 2,0 cm a partir da margem esquerda e não serão 
separados entre si por espaço. Um espaço será utilizado apenas para 
separação de títulos, subtítulos, tabelas, quadros, figuras etc. Espaço 
 
 56 
simples deve ser usado apenas em Resumo, Abstract, tabelas longas, 
notas de rodapé, títulos com mais de uma linha e referências 
bibliográficas. 
Nas referências bibliográficas, o espaçamento entre linhas deverá ser 
simples (1,0), deixando um espaço em branco entre cada referência. 
As margens devem ter as seguintes dimensões: superior = 2,5 cm; 
inferior = 2,5 cm; esquerda = 4,0 cm; direita = 3,0 cm. 
Cada divisão que faz parte do sumário deve ser iniciada em página 
própria. Cada divisão deve conter o título alinhado à esquerda, sem 
pontuação, em letras maiúsculas (devendo ser destacado em negrito) 
e o primeiro parágrafo deve iniciar três espaços simples abaixo do 
título. 
J). Numeração das páginas 
 Os números (sem pontuação) das páginas deverão ser centralizados 
na posição inferior da página, com margem inferior de 2 cm. As 
páginas preliminares (resumo, sumário, lista de tabelas e lista de 
figuras) recebem numeração em algarismos romanos seqüenciais 
(caixa baixa). As páginas de rosto e da 
comissão examinadora, embora implicitamente sejam consideradas 
as páginas de números “i” e “ii” , respectivamente, não têm seus 
números impressos. Após as páginas preliminares, as páginas 
subsequentes recebem numeração em algarismos arábicos. 
 
L). Estilo 
 
Emprega-se negrito ou itálico para palavras e frases em língua 
estrangeira, títulos de livros e periódicos, expressões de referência 
(ex: vide, in vitro) letras ou palavras que requerem destaque, nomes 
científicos de plantas e animais (somente em itálico) e títulos de 
capítulos ou de partes da monografia, dissertação ou tese (somente 
em negrito). Aspas devem ser reservadas para destacar citações 
textuais de outros

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