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Leitura e Producao Textual

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Prévia do material em texto

Equipe EAD
REITORIA
Profª. Ms. Cristina Nitz da Cruz
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
Prof. Ms. Marcos Barros
COORDENAÇÃO GERAL
Ricardo Teodoro Martins
ASSESSORIA PEDAGÓGICA
Sandra Regina Pinto Pestana
DESIGN INSTRUCIONAL
Samira Santana Dias
REVISÃO TEXTUAL
Aricinara Porto O’Farrell
DESIGN GRÁFICO
João Mário Chaves Júnior
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Apresentação
Olá, estudante! Seja bem-vindo(a)!
Você está iniciando mais uma disciplina na modalidade de Educação a Distância. 
Trata-se de Leitura e Produção Textual.
Na vida pessoal, o domínio do português pode ser a base de projetos de vida 
bem-sucedidos. No campo profissional, pode fazer a diferença.
O presente material está estruturado em quatro módulos devidamente organizados 
e sistematizados apresentando o conteúdo de forma abrangente, significativa e prática. 
O módulo I compõe-se dos Fundamentos Linguisticos da Comunicação, abordando 
todos os aspectos e elementos envolvidos no processo da comunicação. O módulo II 
discorre sobre Texto e Textualidade. O módulo III traz o entendimento da Gramática. 
Para finalizar, o módulo IV trata da Redação Oficial e da Correspondência Empresarial.
O objetivo deste material é dar suporte para a capacitação do aluno, através 
das orientações transmitidas e apreendidas, além de atividades práticas que irão 
proporcionar o uso correto da linguagem e, consequentemente, a lavra adequada de 
um texto, seja no campo profissional, quando na execução das tarefas no ambiente de 
trabalho, seja fora deste.
Passar-se-á a compreender que quando um profissional codifica suas ideias em 
mensagens, à medida que se comunica com outra pessoa, ele precisa refletir na sua 
habilidade, atitude, conhecimento e sistema sociocultural, de forma a reduzir, minimizar 
ou mesmo eliminar, qualquer distorção no processo de comunicação.
Seja bem-vindo ao processo pela busca do saber, onde você é um sujeito ativo 
e o professor um mediador, e que juntos, possamos estabelecer uma cumplicidade 
valorizada por curiosidade, motivação e exigência.
O hábito de leitura e estudo para além deste material, são condições essenciais 
para um melhor aproveitamento do curso. Dessa forma, o ambiente virtual de 
aprendizagem (AVA-Moodle) é uma ferramenta importante na complementação do 
aprendizado, seja pelos fóruns, chats, atividades ou acesso à bibliografia complementar.
Faz-se necessário lembrar que todas as orientações para a formatação e 
uniformização dos trabalhos acadêmicos estão apresentadas e seguem os critérios da 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, através das Normas Brasileiras 
Regulamentadoras - NBR 6023 (Referências) e NBR 10520 (Citações), como aqueles 
definidos pelo UNICEUMA.
Bons estudos! 
 Profª Alessandra Sampaio Couto
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Sumário
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................03
MÓDULO I – FUNDAMENTOS LINGUÍSTICOS DA 
COMUNICAÇÃO
1. COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM ....................................................................08
2. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO ................................................................11
3. FUNÇÕES DA LINGUAGEM ............................................................................12
4. SIMULTANEIDADE E TRANSITIVIDADE DAS FUNÇÕES DA 
LINGUAGEM .............................................................................................................13
5. LÍNGUA ORAL E LÍNGUA ESCRITA ...............................................................14
6. NÍVEIS DA LINGUAGEM ..................................................................................15
MÓDULO II – TEXTO E TEXTUALIDADE
1. O QUE É TEXTO? ..................................................................................................20
2. TIPOLOGIA TEXTUAL ........................................................................................22
MÓDULO III – GRAMÁTICA
1 PONTUAÇÃO ...........................................................................................................26
2. SINTAXE: A CONSTRUÇÃO DOS ENUNCIADOS .......................................29
3 EMPREGO DE ALGUMAS PALAVRAS .......................................................31
MÓDULO IV – REDAÇÃO OFICIAL E 
CORRESPONDÊNCIA 
1. REDAÇÃO OFICIAL E CORRESPONDÊNCIA EMPRESARIAL ..............42
2. TIPOS DE DOCUMENTOS ................................................................................44
2.1 Memorando ............................................................................................................44
2.2 Ofício ........................................................................................................................46
2.3 Procuração ..............................................................................................................49
2.4 Relatório ..................................................................................................................50
3 FORMAS DE TRATAMENTO UTILIZADAS NA REDAÇÃO OFICIAL .....51
4. O E-MAIL OU CORREIO ELETRÔNICO .....................................................56
REFERÊNCIAS ............................................................................................................64
Módulo
I
Fundamentos Linguísticos 
da Comunicação
“A linguagem é o único privilégio de 
que o homem dispõe para exprimir 
a superioridade de sua inteligência 
sobre as demais criaturas” 
(ANDRADE apud 
JONHSON, Ben, 2006, p.3)
8
Leitura e Produção Textual
1. COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM
A palavra comunicar vem do latim communicare, que significa por em comum. A palavra comunicar 
está associada à ideia de convivência, vida em comum, em sociedade, podemos dizer que o objetivo da 
comunicação é o “entendimento entre os homens” (ANDRADE E MEDEIRO, 2006, p.3).
Encontra-se comunicação em diversas formas, não apenas a comunicação verbal, falada ou escrita, 
mas também os gestos, imagens, sons, artes, sinais de computador e outros, que faz parte da linguagem 
não-verbal. A linguagem serve para estruturar as comunicações interpessoais, o mundo interior, o pensar, o 
conhecer, as emoções. 
A comunicação se utiliza da linguagem através de um sistema de signos e símbolos, de qualquer 
natureza, seja ela uma língua ou um dialeto falado ou escrito, gestos, batidas, cores, uma inscrição em pedra, 
sinais luminosos ou sinais sonoros, como os do código Morse, ou ainda, uma série de pulsos de número 
binário em um computador.
Muitas são as teorias que tentam esclarecer as origens da linguagem humana, que deve ter surgido a 
partir da necessidade que o homem sentiu de trocar ideias e experiências com outros membros do seu grupo 
nos estágios primitivos, o que temos certo a respeito do assunto é que “a linguagem apareceu e desenvolveu-
se para servir a comunicação” (ANDRADE E MEDEIROS, 2006, p.4)
O homem se utiliza da linguagem verbal e não-verbal. O homem fala através do corpo (linguagem 
corporal), de gestos, por meio de imagens. Os sinais de trânsito são exemplos de comunicação não verbal.
O problema desse tipo de linguagem informal, como os gestos, não apresenta significados universais. 
O mesmo gesto pode ter diferentes significados de acordo com o lugar. 
EXEMPLOS DO SIGNIFICADO DOS GESTOS EM DIFERENTES LOCAIS
Apertar a ponta da orelha
• No Brasil - É um sinal de aprovação
• Na Índia - É uma forma de se desculpar, ou de mostrar arrependimento por uma falha ou erro 
cometido.
• Na Itália - Indica que a pessoa que está sendo apontada é homossexual 
Apontar com o polegar para cima, com os quatro outros dedos fechados na palma
• No Japão - Significa o número 5
• NaAlemanha - Significa o número 1
• No Brasil - Significa que está tudo certo e serve também para pedir carona
• Na Europa e EUA - É o pedido de carona
• Na Turquia - Significa uma cantada para sair com homossexual
• Na Nigéria e Austrália - É um gesto obsceno.
9
 Curso de Graduação a Distância
Diferente dos símbolos convencionais considerados linguagem universal, são mais facilmente 
identificados e codificados, como as placas para sinalização turística.
http://www.clickfozdoiguacu.com.br/foz-iguacu-noticias/rodovias-do-parana-terao-placas-de-sinalizacao-turistica
Conclui-se que a comunicação é realizada através da linguagem e existem várias formas de linguagem 
tanto verbal como não-verbal.
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM: 
Leia o texto: A televisão e a volta das cavernas e responda:
• O que o autor quis dizer com a palavra desinventam no terceiro 
parágrafo, linha 10?
• Você concorda com o autor? Por quê?
• Dê seu ponto de vista sobre a evolução da comunicação.
10
Leitura e Produção Textual
Análise de texto:
A televisão e a volta às cavernas 
Tende-se a esquecer, nestes tempos, que o melhor meio de comunicação já inventado é a 
palavra 
Qual é a minha porta? Está o leitor, ou a leitora, diante dos toaletes de um restaurante, um 
teatro ou hotel, e com frequência experimentará um momento de vacilação. Não que tenha dúvida 
quanto ao próprio sexo. A dúvida é com relação àqueles sinais inscritos sobre cada uma das duas 
portas -- que querem dizer? Olha-se bem. Procura-se decifrar seu significado profundo. Enfim, 
vem a iluminação: ah, sim, este é um boneco de calças. Sim, parece ser isso. E aquela silhueta, ali 
ao lado, parece ser uma boneca de saia. Então, esta é a minha porta, concluirá o leitor. E aquela é a 
minha, concluirá a leitora. 
A humanidade demorou milhões de anos para inventar a linguagem escrita e vêm agora as 
portas dos toaletes e a desinventam. Por que não escrever “homens” e “mulheres”, reunião de letras 
que proporciona a segurança da clareza e do entendimento imediato? Não. Algumas portas exibem 
silhuetas de calças e saias. Outras, desenhos de cartolas, luvas, bolsas, gravatas, cachimbos e outros 
adereços de uso supostamente exclusivo de um sexo ou outro. Milhões de anos de progresso da 
humanidade, até a invenção da comunicação escrita, são jogados fora, à porta dos toaletes. 
E no entanto a palavra, a palavra escrita especialmente, continua sendo um estupendo meio 
de comunicação. Deixa-se um bilhete para um colega de trabalho dizendo “Fui para casa”, e vazado 
nesses termos, com o uso dessas três singelas palavrinhas, será sem dúvida de entendimento mais 
fácil e unívoco do que se se desenhar uma casinha de um lado, um hominho de outro, e uma flecha 
indicando o movimento de um para a outra. Vivemos um tempo de culto da imagem. Esquece-se 
o valor inestimável da palavra. 
A comunicação escrita é muito eficiente, inclusive porque tem o dom de atravessar os séculos. 
Tomemos Camões. Claro que se algum cinegrafista amador tivesse registrado o naufrágio do poeta, 
perto da foz do Rio Mekong, nos confins da Ásia, e as cenas em que ele, como diz a lenda, procurava 
a salvação simultânea da própria vida e da obra, nadando com um braço e com o outro segurando 
os originais dos Lusíadas, acima da linha d’água para mantê-los secos, seria um documento de 
grande valor. Teríamos uma edição de gala do Jornal Nacional. Mas o filme só despertaria esse 
interesse porque Camões é Camões. Ou seja, porque é autor de uma obra escrita que atravessou 
os séculos. Camões comunica-se conosco, quatro séculos depois de sua morte, porque se utilizou 
dessa ferramenta insubstituível que é a palavra gravada num papel, ou num papiro, ou numa prensa. 
O pensador italiano Norberto Bobbio, em seu último livro publicado no Brasil (O Tempo da 
Memória), afirma que se irrita em falar ao telefone. Bobbio cita outro italiano, Guido Ceronetti, que 
escreveu: “Sempre que posso (...) faço apaixonada apologia de escrever cartas entre seres pensantes, 
ainda não embrutecidos, que se comunicam apenas pelo telefone, ou então por fax ou telefone 
celular. (...) O homem que pensa de verdade escreve cartas aos amigos”. 
O homem do século XX acostumou-se a pensar que o século XX é maravilhoso. Em matéria 
de ciência e tecnologia, suas conquistas seriam inigualáveis. Vá lá, o telefone representou um avanço. 
Mas consideremos, por um momento, o que ele pôs a perder. O hábito de escrever cartas, como 
diz Ceronetti, e o exercício de inteligência que isso representa. A conversa direta, olho no olho. 
O hábito de fazer visitas, de procurar diretamente as pessoas. Com telefone, não teria havido este 
ponto alto da criação humana que é o romance do século XIX. Os enredos têm base em visitas, 
encontros inesperados, notícias que chegam tarde. Com telefone, não há história de Dostoievski, 
Balzac, Dickens ou Eça de Queiroz que resista. 
11
 Curso de Graduação a Distância
A desvalorização da comunicação escrita, em nosso tempo, começa numa banalidade como 
as portas dos toaletes e culmina neste símbolo do século que é o culto das conquistas tecnológicas 
-- do rádio ao telefone celular, no caso das comunicações. Ora, conquista por conquista, continua 
insuperável, no mesmo ramo das comunicações, em primeiro lugar a invenção de uma língua comum, 
em cada determinada comunidade, e em segundo a reprodução dessa língua em signos escritos. 
Lorde Thomson of Monifieth, um inglês que já presidiu a Independent Broadcasting 
Authority, órgão de supervisão do sistema de rádio e televisão na Grã-Bretanha, disse certa vez 
numa conferência que lamenta não ter surgido na história da humanidade primeiro a televisão, e 
depois os tipos móveis de Gutenberg. “Penso que imprimir e ler representam formas mais avançadas 
de comunicação civilizada do que a transmissão de TV”, afirmou. Esse lúcido inglês confessou 
que, em seus momentos sombrios, se sente incomodado com o pensamento de que a humanidade 
caminhou milhões de anos para voltar ao ponto de partida. Começou magnetizada pelos desenhos 
nas paredes das cavernas e terminou magnetizada diante das figuras de alta definição nas paredes 
onde se embutem os aparelhos de televisão. 
(Roberto Pompeu de Toledo. Veja, 25 jun. 1997.)
2. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
Para que ocorra a comunicação, são necessários seis elementos fundamentais:
• Emissor – remetente , destinador;
• Destinatário – receptor, ouvinte, leitor;
• Canal – meio (jornal, emissora de rádio ou televisão, carta, etc.)
- Natural – órgãos sensoriais
- Tecnológico – Espacial (leva a mensagem de um lugar para o outro Ex. rádio, televisão
 - Temporal (leva a mensagem de uma época para outra)
• Código – conjunto de sinais estruturados. Pode ser verbal (palavra escrita ou falada) e não verbal 
(visual ou sonoro);
• Referente ou Informação – assunto da comunicação;
• Mensagem – é tudo que é transmitido pelo emissor.
Para que ocorra a mensagem é necessário que todos os elementos funcionem adequadamente, caso 
contrário não haverá comunicação, mas sim um ruído.
12
Leitura e Produção Textual
3. FUNÇÕES DA LINGUAGEM
O primeiro a estudar as funções da linguagem foi Karl Buhler, que estabeleceu uma relação entre o 
emissor (1ª. Pessoa), o receptor (2ª. Pessoa) e as coisas que se fala (3ª. Pessoa). Atualmente é adotado um 
esquema desenvolvido por Roman Jakobson em Linguística e Comunicação (ANDRADE E ANDRADE, 
1999. Pag.22):
• Função fática (ou de contato) – visa estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação e serve 
para testar a eficiência do canal. Ex: Alô, alô, astronautas na Lua, vocês conseguem me ouvir?
• Função metalinguística – consiste numa recodificação, existe quando a linguagem fala de si mesma. 
Ex: A Lua é um satélite natural da Terra.
• Função poética – centra-se na mensagem, que aqui é mais do que um meio. Ocorre opredomínio 
da conotação e do subjetivismo. Ex: “... a lua era um desparrame de prata”.
• Função emotiva (ou expressiva) – ênfase no emissor, no “eu”. Portanto, há a expressão de 
emoções, opiniões. Dotada de linguagem subjetiva, esta função é muito encontrada em textos biográficos, 
cartas, diários, em algumas poesias etc. Ex.: “Eu gosto tanto de você, que até prefiro esconder, deixa assim 
ficar subentendido...” (Lulu Santos)
• Função apelativa (ou conativa) – ênfase no receptor. O texto volta-se para tentar convencê-lo a 
mudar de ideia, postura, atitude. É comum o uso de vocativo, de pronomes de tratamento como “tu” e você”, 
de verbos no imperativo, com o intuito de aproximar-se deste receptor. Esta função é muito encontrada nos 
sermões e nos textos publicitários. Ex.: “Beba Coca-cola”.
• Função informativa (denotativa ou referencial) – ênfase no assunto, informação ou referente. 
Linguagem denotativa, clara, objetiva, com termos no sentido real e ou dicionarizado são comuns aos textos 
que têm esta função como predominante. É muito encontrada nos textos de notícias, nos livros didáticos, 
nos textos técnicos. Ex.: “O Brasil está entre os países que apresenta maior número de crianças obesas”.
13
 Curso de Graduação a Distância
4. SIMULTANEIDADE E TRANSITIVIDADE DAS FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Todos os estudiosos sobre linguagem enfatizam a simultaneidade das funções da linguagem, isto é, 
em uma mesma mensagem coexiste várias funções. A determinação da função predominante dependerá da 
finalidade da comunicação.
Por exemplo, um anúncio de venda de um imóvel apresenta como principal função a função conativa 
(dirige-se ao comprador), apresenta a função referencial (apresenta informações) e pode contar com a função 
emotiva e poética. Veja:
“GUARUJÁ!!!!88!
Jovem jornalista vende seu apartamento, ninho comprado com muito amor e carinho. 
Veja só: pertinho do mar, com dois dormitórios, 2 banheiros, sala com terraço. Tem ainda 
boa cozinha, área de serviço, garagem. Mobiliado!!! Prédio novinho! Com dor no coração 
vende por 9 milhões à vista. TRATAR à Av. D. Pedro I 70 ou pelo telefone 22-5927.”
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM: 
Responda as questões abaixo sobre função da linguagem.
Historinha I
Historinha II
Qual a função da linguagem comum às duas historinhas?
14
Leitura e Produção Textual
5. LÍNGUA ORAL E LÍNGUA ESCRITA
A linguagem pode ser oral ou escrita. Apesar de a língua ser a mesma, mas há uma grande diferença 
na maneira de falar e de escrever. Tais como: 
LINGUAGEM ORAL LINGUAGEM ESCRITA
Repetição de palavras Vocabulário rico e variado, emprego de sinônimos
Emprego de gíria e neologismo Emprego de termos técnicos
Maior uso de onomatopeias Vocábulos eruditos, substantivos abstratos
Emprego restrito de certos tempos e aspectos 
verbais
Emprego do mais-que-perfeito, subjuntivo, futuro do 
pretérito
Colocação pronominal livre Colocação pronominal de acordo com a gramática
Supressão dos relativos (p.ex. cujo) Emprego de pronomes relativos
2. (CESUPA - CESAM - COPERVES) Segundo o linguísta Roman 
Jakobson, “dificilmente lograríamos (...) encontrar mensagens verbais 
que preenchem uma única função... A estrutura verbal de uma mensagem 
depende basicamente da função predominante”.
 “Meu canto de morte
Guerreiros, ouvi.
Sou filho das selvas
Nas selvas cresci.
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante.
Guerreiros, nasci:
Sou bravo, forte,
Sou filho do Norte
Meu canto de morte, 
Guerreiros, ouvi.” 
(Gonçalves Dias)
 
Indique a função predominante no fragmento acima transcrito, 
justificando a indicação.
15
 Curso de Graduação a Distância
Frases feitas, chavões Variedade na construção das frases
Anacolutos (ruptura de construção) Sintaxe bem elaborada
Frases inacabadas Frases bem construídas
Formas contraídas, omissão de termos no 
interior das frases
Clareza na redação, sem omissões e ambiguidades
Predomínio da coordenação Emprego de coordenação e subordinação
ANDRADE E ANDRADE,1999.pag. 34
“A linguagem falada é usualmente pessoal, para conversação, sendo composta durante o ato de falar. A linguagem 
escrita, na maioria dos casos, é premeditada para ser lida na ausência do autor” (Colin Cherry)
6. NÍVEIS DA LINGUAGEM
Para que ocorra uma comunicação eficiente, precisamos observar as variações linguísticas ou dialetos.
Essas variações sofrem várias influências etários, geográficas, sociológicas ou contextuais.
A língua falada pode ser:
Culta
Coloquial
Vulgar ou inculta
Regional
Grupal
Gíria
Técnica
A língua escrita pode ser:
Não-literária
Língua-padrão
Coloquial
Vulgar ou inculta
Regional
Grupal
Gíria
Técnica
Literária
Língua Falada
a) Língua Culta – é a língua falada pelas pessoas de instrução. Obedece à gramática da língua-
padrão.
b) Língua Coloquial – é a língua espontânea sem preocupação com as formas linguísticas. É a 
língua cotidiana, que comete pequenos deslizes gramaticais.
16
Leitura e Produção Textual
c) Língua Vulgar ou inculta – é própria das pessoas sem instrução. Infringe totalmente as 
regras gramaticais.
d) Língua Regional – está circunscrita à regiões geográficas.
e) Língua Grupal – pertence a grupos fechados.
f) Técnica – está relacionada com as ciências e as profissões.
g) Gíria – relaciona-se a grupos fechados, que pode ser formado pela profissão, idade, grupo 
social e outros. Quando a gíria é grosseira chamamos de Calão.
Língua Escrita
a) Língua Não-literária – possui as mesmas características das variantes da língua falada, tais 
como: língua padrão(culta), coloquial, vulgar, regional e grupal, possuindo as mesmas finalidades 
e registros.
b) Língua literária – é o instrumento utilizado pelos escritores, podendo ocorrer certas 
infrações gramaticais.
Signos
Considera-se que os sinais ou signos classificam-se em dois tipos: verbais e não-verbais.
Os signos verbais são as palavras que constituem uma Língua.
Os signos não-verbais referem-se a qualquer outro signo que não seja a palavra falada ou escrita. 
Esses signos são criados com desenhos, sons, cores etc.
Então, a linguagem é um conjunto de signos organizados, formando um sistema, formando de meio 
um comunicação dentre os indivíduos.
NÍVEIS DE LINGUAGEM: VAMOS REFLETIR?
Leia com atenção o texto abaixo e redija um comentário acerca das falas dos personagens presentes 
no texto.
Aí, Galera
“Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por exemplo, você pode 
imaginar um jogador de futebol dizendo ‘estereotipação’? E, no entanto, por que não? 
- Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera.
- Minha saudação aos aficionados do clube e aos demais esportistas, aqui presentes ou no 
recesso de seus lares.
17
 Curso de Graduação a Distância
- Como é?
- Aí, galera.
- Quais são as instruções do técnico?
- Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de contenção coordenada, com energia 
otimizada, na zona de preparação, aumentam as probabilidades de, recuperado o esférico, 
concatenarmos um contragolpe agudo, com parcimônia de meios e extrema objetividade, 
valendo-nos na desestruturação momentânea do sistema oposto, surpreendido pela 
reversão inesperada do fluxo da ação.
- Ahn?
- É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegar eles sem calça.
- Certo. Você quis dizer mais alguma coisa?
- Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental, algo banal, talvez mesmo previsível 
e piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por razões, inclusive, genéticas?
- Pode.
- Uma saudação para a minha progenitora.
- Como é?
- Alô, mamãe!
- Estou vendo que você é um, um...
- Um jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa de 
que o atleta seja um ser algo primitivo com dificuldade de expressão e assim sabotaa 
estereotipação?
- Estereoquê?
- Um chato?
- Isso.”
(Luis Fernando Veríssimo)
Variedade e Unidade da Língua Portuguesa 
 
O conceito de língua é bastante amplo, englobando as manifestações da fala, com suas 
incontáveis possibilidades. Dentro desse extenso universo, há também variações que não 
são decorrentes do uso individual da língua, mas sim, de outros fatores. Esses fatores 
podem ser: geográficos, sociais, profissionais e situacionais. 
a) Geográficos: há variações entre as formas que a língua portuguesa assume nas 
diferentes regiões em que é falada. Basta pensar nas evidentes diferenças entre o modo de 
falar, por exemplo, de um lisboeta (natural ou habitante de Lisboa) e de um carioca ou na 
expressão de um gaúcho em contraste com a de um paraense. Essas variações regionais 
constituem os falares e os dialetos;
18
Leitura e Produção Textual
b) Sociais: o português empregado pelas pessoas que têm acesso à escola e aos meios 
de instrução difere daquele empregado pelas pessoas privadas de escolaridade. Algumas 
classes sociais, assim, dominam uma forma de língua que goza de prestígio, enquanto 
outras, são vítimas de preconceito por empregarem formas menos prestigiadas. Cria-se, 
desta maneira, uma modalidade de língua – a norma culta -, que deve ser adquirida durante 
a vida escolar e cujo domínio é solicitado como forma de ascensão profissional e social. O 
idioma é, portanto, um instrumento de dominação e discriminação. 
Também são socialmente condicionadas certas formas de língua que alguns grupos 
desenvolvem a fim de evitar a compreensão por parte daqueles que não pertencem ao 
grupo. O emprego dessas formas de língua proporciona o reconhecimento fácil dos 
integrantes de uma comunidade restrita, seja um grupo de estudantes, seja uma quadrilha 
de contrabandistas. Assim se formam as gírias, variantes linguísticas sujeitas a contínuas 
transformações;
c) Profissionais: o exercício de certas atividades requer o domínio de certas formas de 
língua chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas variantes têm 
seu uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, médicos, químicos, 
linguistas e outros especialistas;
d) Situacionais: em diferentes situações comunicativas, um mesmo indivíduo emprega 
diferentes formas de língua. Basta pensar nas atitudes assumidas em situações formais 
(um discurso numa solenidade de formatura, por exemplo) e em situações informais (uma 
conversa descontraída com amigos). Em cada uma dessas oportunidades, emprega-se 
formas de língua diferentes, procurando adequar o nível vocabular e sintático ao ambiente 
linguístico em que o sujeito se encontra. 
Quando o uso da língua abandona as necessidades estritamente práticas do cotidiano 
comunicativo e passa a incorporar preocupações estéticas, surge a língua literária. Nesse 
caso, a escolha e a combinação de elementos linguísticos subordinam-se à atividades 
criadoras e imaginativas. Código e mensagem adquirem uma importância elevada, 
deslocando o centro de interesse para aquilo que a língua é em detrimento daquilo para 
que ela serve. 
(Texto de Ulisses Infante. Do texto ao texto. São Paulo. Ed. Scipione.)
Módulo
II
Texto e Textualidade
20
Leitura e Produção Textual
1. O QUE É TEXTO?
A palavra texto tem sua origem no latim textum, que significa tecido, entrelaçamento. Portanto, 
podemos dizer que o texto resulta de um trabalho de entrelaçar várias partes inter-relacionadas formando 
um todo significativo, que depende da coerência conceitual, da coesão sequencial e também da adequação às 
circunstâncias e condições de uso da língua. 
Em sentido mais abrangente, uma pintura, uma escultura, um desenho, uma foto, também são formas 
textuais, uma vez que todos esses objetos geram um todo de sentido. Desse modo, podemos falar de texto 
verbal, texto visual, texto pictórico, etc. No entanto, apesar da importância de todos os tipos de texto, para 
o nosso estudo, vamos priorizar o texto verbal, aquele que utiliza a palavra.
“Entende-se por texto todo componente verbalmente enunciado de um ato de 
comunicação pertinente a um jogo de atuação comunicativa, caracterizado por uma 
orientação temática e cumprindo uma função comunicativa identificável, isto é, 
realizando um potencial elocutório determinado.” (SCHMIDT, S. J. Linguística e 
teoria do texto. São Paulo: Pioneira, 1978 
Podemos definir texto como uma unidade básica de organização e transmissão de ideias, conceitos e 
informações, ou seja, uma unidade linguística com propriedades estruturais específicas.
Um texto não é, portanto, uma sequência de frases soltas. Existem características que diferem um 
texto de um aglomerado de frases: estrutura, organização, propósito, coesão, caráter sociocomunicativo, etc. 
Ao descrever os mecanismos de estruturação textual, Mira Mateus et al (1983) denominam 
textualidade o “conjunto de propriedades que uma manifestação da linguagem humana deve possuir 
para ser um texto” e consideram esse conjunto formado das seguintes propriedades: conectividade, 
intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, intertextualidade, informatividade. 
Vamos compreender melhor cada uma dessas propriedades:
• Conectividade é a interdependência semântica de ocorrências textuais. Essa interdependência 
se estabelece a partir de dois mecanismos: COERÊNCIA E COESÃO
A coerência é essencial, faz com que uma sequência linguística qualquer seja vista como um texto. É 
a coerência, através de vários fatores, que permite estabelecer relações (sintático-gramaticais, semânticas e 
pragmáticas) entre os elementos da sequência (morfemas, palavras, expressões, frases, parágrafos, capítulos, 
etc), permitindo construí-la e percebê-la, na recepção, como constituindo uma unidade significativa global. 
Portanto é a coerência que dá textura e textualidade à sequência linguística, entendendo-se por textura ou 
textualidade aquilo que converte uma sequência linguística em texto. Assim sendo, podemos dizer que a 
coerência dá início à textualidade.” (KOCH, I.V. & TRAVAGLIA L. C. A coerência textual. São Paulo, 
Contexto, 1995. p.45)
A coesão, segundo o Dicionário de Linguagem e Linguística, de R. Larry Trask “é a presença em um 
discurso de ligações linguísticas explicitas que criam estrutura”. Em outras palavras, a coesão ocorre quando 
a interpretação de algum elemento no discurso depende da interpretação de um outro elemento.
21
 Curso de Graduação a Distância
• Intencionalidade diz respeito ao empenho do produtor em construir um discurso coerente, 
coeso e capaz de satisfazer os objetivos que tem em mente numa situação comunicativa 
(informar, convencer, pedir, impressionar, ofender, etc);
• Aceitabilidade é a disposição que o receptor tem para aceitar o que está sendo dito (contrato 
de cooperação entre os interlocutores);
• Situacionalidade diz respeito aos elementos responsáveis pela pertinência e relevância 
do texto em relação ao contexto em que ocorre, ou seja, é a adequação do texto à situação 
sociocomunicativa. Vale dizer que o contexto pode definir o sentido do discurso e orienta tanto 
a produção quanto a recepção;
• Informatividade diz respeito à seleção e apresentação das informações que o texto veicula;
• Intertextualidade é a relação entre um texto e outros textos que constituem a experiência 
compartilhada pelo produtor e pelo recebedor.
É necessário compreender que cada fator depende dos demais, não podendo ser entendido de modo 
isolado.
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM: 
Sobre coerência e coesão:
I- Atenção! Leia a sequência abaixo para responder as questões que 
seguem :
“Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma 
das avenidas de São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta 
em que estavam os pacotinhos de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, ummotorista, que vinha em alta velocidade, perdeu a direção. O carro capotou e ficou de 
rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes. Correu para o carro e tirou de lá o 
motorista, que era um homem corpulento. Carregou-o até a calçada, parou um carro e 
levou o homem para o hospital. Assim salvou-lhe a vida”. 
1- Podemos dizer que essa sequência é um texto? Justifique.
2- Aponte os recursos coesivos usados na elaboração do texto. 
3- Identifique o que há de incoerente nessa sequência. 
4- Elabore um texto dissertativo para explicar em que consiste um 
texto coerente.
22
Leitura e Produção Textual
2. TIPOLOGIA TEXTUAL
Cada tipo de texto mantém suas peculiaridades e características.
1. Descrição: tipo de texto em que se representa verbalmente um objeto, uma pessoa, um lugar, 
mediante a indicação de aspectos característicos, de pormenores individualizantes. Numa abordagem mais 
abstrata, podemos até descrever sensações ou sentimentos. Descrever é mais que apontar. Por isso, impõe-se 
o uso de palavras específicas, exatas. 
Ex.: Seu rosto era claro e estava iluminado pelos belos olhos azuis e contentes. Aquele sorriso 
aberto recepcionava com simpatia a qualquer saudação, ainda que as bochechas corassem ao 
menor elogio. Assim era aquele rostinho de menina-moça da adorável Dorinha..
2. Narração: é uma modalidade textual em que se conta um fato fictício ou real. Seus elementos 
constitutivos são: personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, o episódio, e o que a distingue 
da descrição é a presença de personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. 
Ex.: Numa tarde de primavera, a moça caminhava a passos largos em direção ao convento. Lá 
estariam a sua espera o irmão e a tia Dalva, a quem muito estimava. O problema era seu atraso 
e o medo de não mais ser esperada...
Em geral, a narração e descrição se misturam nos textos, tornando-se difícil, às vezes, encontrar textos 
exclusivamente descritivos.
A Narração envolve:
1- Quem? Personagem;
2- Quê? Fatos, enredo;
3- Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;
4- Onde? O lugar da ocorrência;
5- Como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos;
6- Por quê? A causa dos acontecimentos
3. Dissertação: dissertar é expor ideias, é defender um ponto de vista baseado em argumentos lógicos.. 
Aqui não basta expor, narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O raciocínio é que deve imperar 
neste tipo de composição.
Ex.: Tem havido muitos debates em torno da ineficiência do sistema educacional do Brasil. 
Ainda não se definiu, entretanto, uma ação nacional de reestrutura do processo educativo, desde 
a base ao ensino superior.
4. Injuntivo: texto utilizado para aconselhar. A característica forte nesse tipo de texto é o verbo no 
imperativo. Um exemplo é o modo de preparo nas receitas.
23
 Curso de Graduação a Distância
Gêneros Textuais.
Os gêneros textuais como práticas sócio-históricas contribuem para ordenar e estabilizar as atividades 
comunicativas do dia-a-dia. São tipos específicos de textos de qualquer natureza, literários ou não. 
Modalidades discursivas constituem as estruturas e as funções sociais (narrativas, dissertativas, argumentativas, 
procedimentais e exortativas), utilizadas como formas de organizar a linguagem. Desse modo, podem ser 
considerados exemplos de gêneros textuais: crônicas, notícias convites, anúncios, atas, avisos, bulas, cartas, 
contos, editoriais, ementas, ensaios, entrevistas, circulares, contratos, decretos, discursos políticos, instruções 
de uso, letras de música, leis etc.
Diferença entre gêneros textuais e tipos textuais.
Gêneros Textuais são os textos materializados, encontrados em nosso cotidiano. Apresentam 
características sociocomunicativas definidas por seu estilo, função, composição, conteúdo e canal. Alguns 
teóricos denominam descrição, narração e dissertação como modos de organização textual, diferenciando-
os das nomenclaturas específicas que são consideradas gêneros textuais.
 
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM: 
Sobre coerência e coesão:
1 - A coerência e a coesão são dois fatores de textualidade. Dê 
o conceito de cada um, relacione as principais diferenças entre estes e 
justifique a necessidade desses dois fatores na elaboração do discurso e 
realização da linguagem.
2 - Considere verdadeiras ou falsas as afirmações abaixo e, a seguir, 
justifique o seu ponto de vista.
I - “Pode haver texto sem coerência, mas não sem coesão”
II - “Pode haver texto coeso, embora esteja incoerente”
3 - Leia a sequência que segue e responda, a seguir, o que se pede. 
Não esqueça de justificar as suas respostas.
“Um certo empresário veio para o Brasil, para aqui abrir um negócio. O país 
passa por uma crise cambial, com a elevação do dólar, nestes últimos dias. Também 
muitos países apresentam uma desigualdade social” 
a) Podemos dizer que esse fragmento é um texto? Por quê? 
b) O fragmento apresenta coesão textual? 
c) Se considerar necessário, faça a reescritura do fragmento.
Módulo
III
Gramática
26
Leitura e Produção Textual
1 PONTUAÇÃO
USA-SE A VÍRGULA:
1- Entre os termos da oração
a) Em caso de aposto: 
- Reginaldo de Castro, notável advogado, tem apresentado larga contribuição para o novo 
Código Civil.
b) Em caso de vocativo:
- Que ideias tétricas, meu senhor!
c) Em caso de enumeração:
- Bacharéis, Advogados, Juízes, Desembargadores estão envolvidos, compromissadamente, 
com as reformas do Poder Judiciário.
d) Em datas:
- São Luís, de de 200...
e) Com certas palavras e/ou expressões explicativas, conclusivas, retificativas ou enfáticas 
tais como: pois, porém, outrossim, isto é, a saber, assim, bem, com efeito, sim, não, ou melhor, 
digo, por exemplo, etc.: 
- Com efeito, valeu a pena o nosso esforço.
- Todos viram o filme, ou melhor, a maioria.
f) Em caso de Zeugma (supressão do verbo):
- Excelente profissional, aquele rapaz
- Alessandra lê contos; Rafhaela, romances.
- O ENADE, perto de você.
g) Com Adjuntos adverbiais, especialmente quando deslocados:
- No banquinho de três pés, o caboclo enrolava seu cigarro.
Obs: Se o adjunto for curto, mesmo deslocado, não precisa ser isolado por vírgula, a não ser que haja 
uma sequência de adjuntos:
-O Diretor voltou hoje.
-Hoje o Diretor voltou.
Hoje, agorinha mesmo, inesperadamente, o Diretor voltou.
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 Curso de Graduação a Distância
h) Adjunto modificando uma oração inteira:
- Lamentavelmente, ela não foi à nova Europa.
i) Nome de rua e nº do imóvel:
- Rua 21 de novembro, 7023.
j) Antes de ETC:
- O juiz mostrou-se calmo, amável, educado, etc. 
l) Em casos de gradação:
- Aqui, canta-se; ali, dança-se; acolá, bebe-se.
m) Em orações assindéticas: 
- “Eu pensei em mim, eu pensei em ti, eu chorei por nós” G.Gil.
n) Para separar orações sindéticas, exceto as iniciadas com a conjunção e: 
- A palestra foi interessante, porém tudo foi ilustrado.
- Estuda, trabalha e ainda pratica esporte.
NÃO SE USA A VÍRGULA:
a) Entre o verbo e o seu complemento.
- Ofereci um livro ao amigo.
b) Entre o verbo e seu sujeito.
- Os alunos leram bastante.
c) Entre o nome e o seu complemento.
- Temos necessidade de auxílio mútuo.
d) Entre o aposto e a palavra fundamental.
- O orador romano Cícero era senador.
e) Entre o verbo e o último termo do sujeito composto.
- A terra, o céu, o mar são obras de Deus.
28
Leitura e Produção Textual
O PONTO E VÍRGULA
a) Separar orações Coordenadas extensas: 
Muitos daqueles antigos livros de poesias populares eram interessantes; porém a maioria 
do povo daquela cidade do interior desconhecia a existência deles.
b) Separar orações Coordenadas que já venham quebradas por vírgula:
Com razão, aquelas pessoas, muitas vezes, reivindicam seus direitos; porém os insensíveis 
burocratas, em tempo algum,deram atenção a elas.
c) Separar vários itens de um, considerando uma enumeração:
Considerando:
a) A valorização;
b) As altas de juros;
c) E o crescente desemprego.
DOIS PONTOS
a) Para dar início a uma fala ou citação.
b) Para dar início a uma sequência que explica, esclarece, desenvolve, discrimina uma ideia 
anterior.
A Pontuação faz uma grande diferença... Leia com atenção o texto a seguir:
A IMPORTÂNCIA DA PONTUAÇÃO
Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e pena. Escreveu assim:
Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a 
conta do alfaiate nada aos pobres
Morreu antes de pontuar a frase. A quem deixava ele a fortuna?
Eram quatro concorrentes.
1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga 
a conta do alfaiate. Nada aos pobres.
29
 Curso de Graduação a Distância
2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga 
a conta do alfaiate. Nada aos pobres.
3) O alfaiate pediu cópia do original. Puxou a brasa para a sardinha dele:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será 
paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.
4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será 
paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres.
Assim é a vida. Somos nós quem colocamos os pontos. E isso faz a diferença! 
(AUTOR DESCONHECIDO)
2. SINTAXE: A CONSTRUÇÃO DOS ENUNCIADOS
Os tipos de sintaxe são: 
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA:
a) Concordância Verbal
b) Concordância Nominal 
SINTAXE DE REGÊNCIA:
a) Regência Verbal
b) Regência Nominal
SINTAXE DE COLOCAÇÃO
A parte da gramática normativa que trata da correta colocação dos pronomes oblíquos 
átonos na frase, é chamada de colocação pronominal.
Os pronomes oblíquos átonos podem ocupar três posições em relação ao verbo.
Exemplos: 
- Convidaram-me para a reunião (ênclise)
- Não me convidaram para a reunião (próclise)
- Convidar-me-ão para a reunião (mesóclise) 
30
Leitura e Produção Textual
O USO DA ÊNCLISE
1. Com verbos no início da frase:
- Emprestaram-me os livros.
- Revelaram-nos os segredos.
2. Verbo no imperativo afirmativo:
- Todos, retirem-se imediatamente.
3. Com verbo no gerúndio:
- Retirou-se, deixando-nos a sós.
4. Verbo no Infinitivo Pessoal:
- Era necessário esperá-la por instantes. 
- Calou-se para não magoar-se
- Calou-se para não me magoar
O USO DA MESÓCLISE
Somente é possível quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro de pretérito, 
desde que o verbo não venha precedido por palavra atrativa.
Exemplos:
- Entregar-me-ão os processos ainda hoje.
- Entregar-me-iam os processos ainda hoje.
- Não me entregarão os processos
- Nunca me entregariam os processos.
O USO DA PRÓCLISE
É obrigatória quando houver palavra atrativa antes do verbo, desde que entre a palavra 
atrativa e o verbo não haja pausa marcada na escrita por sinal de pontuação.
Principais Palavras Atrativas:
a) De sentido negativo:
(não, nunca, jamais, nada, ninguém, etc.)
- Nada nos interessa no presente.
- Ninguém lhe dava valor.
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 Curso de Graduação a Distância
b) A maioria dos advérbios:
- Sempre me convidavam para audiências.
- Aqui se estuda com afinco. 
c) Conjunções subordinativas e pronomes relativos:
- Quando me falaram não dei crédito.
- Há acontecimentos que nos causam dó.
d) Pronomes indefinidos e Pronomes demonstrativos neutros:
- Tudo se acaba no decorrer do tempo.
- Aquilo nos diz respeito.
e) Orações interrogativas: 
- Quem te falou sobre o assunto?
- Quando nos devolverão os documentos?
f) Orações iniciadas por palavras exclamativas ou optativas: 
- Quanto nos vale essa boa lembrança!
- Deus te abençoe.
3 EMPREGO DE ALGUMAS PALAVRAS
 
- USO DE PORQUE / POR QUÊ / POR QUÊ / PORQUÊ
Escreve-se Por que (pelo qual)
Ex: Não encontrei os documentos por que procurei.
Escreve-se Por quê (quando depois dele vier escrita ou subentendida a palavra “razão”. Ao 
final da frase será acentuado)
Ex: Por que razão você não foi ao Juizado?
 Por que ele não compareceu ao Júri?
 Não sabemos por que ele faltou.
 Você não foi por quê?
Escreve-se Porque (quando se tratar de conjunção explicativa ou causal – nesse caso, 
geralmente equivale a “pois”).
Ex: Faltou ao Seminário porque estava viajando.
32
Leitura e Produção Textual
Escreve-se Porquê (quando se tratar de um substantivo). 
Ex: A sociedade sabe o porquê dos problemas sociais.
- USO DE ONDE / AONDE
Aonde: emprega-se com verbos que dão ideia de movimento.
Ex: Aonde você vai com tanta pressa?
Onde: emprega-se, evidentemente, com os verbos que não dão ideia de movimento.
Ex: Onde você fica no Tribunal?
 
- USO DE MAL / MAU
Mau: É sempre um adjetivo, seu antônimo é bom.
Ex: O senhor não é mau advogado.
Mal: pode ser:
a) Advérbio de modo, equivale a “bem”.
Ex: Comportou-se mal no tribunal
b) Conjunção temporal, equivale a logo que.
Ex: Mal entrou na Delegacia, brigou.
c) Substantivo, haverá sempre um determinante.
Ex: O mal se paga com o próprio mal.
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM: 
As dificuldades mais frequentes na Língua Portuguesa
A FIM ou AFIM?
O gosto dela era ................ ao da turma. (semelhante) 
Ela não está ................ do rapaz. (finalidade)
A PAR ou AO PAR?
As ações foram cortadas ..... (sem ágio no câmbio)
Maria não está ................ do assunto. (ciente)
33
 Curso de Graduação a Distância
A CERCA DE, ACERCA DE ou HÁ CERCA DE?
Conversaram ................ de política. (sobre)
Moro neste apartamento....................... de dois anos. (faz ou existe(m) 
aproximadamente)
AO ENCONTRO DE ou DE ENCONTRO A?
Isso vem ............................ do desejo da turma. (favorável a, junto de)
Um carro foi ................ a outro. (contra)
HÁ ou A?
Ele saiu ................ dez minutos. (já tiver decorrido o tempo)
Ela não voltará daqui............. dez minutos. (o espaço de tempo ainda não 
transcorreu)
PARA EU (TU) ou PARA MIM (TI)?
Empresta-me este livro ................ ler. (eu ou tu sujeito, geralmente seguido 
de infinitivo)
Empresta este livro...... (quando após essa expressão não existir verbo)
É difícil ...............entender essa gente. (ou estando ali o pronome não ser 
seu sujeito)
ENTRE EU E TU ou ENTRE MIM E TI?
...........................,não há problemas.
Os gritos chegaram até........... (significando perto de)
Todos foram criticados; até..... (significando inclusão)
Afinal, todos, exceto........, compareceram à reunião. (com as preposições 
acidentais)
ENFIM ou EM FIM
............ sós, graças a Deus! (finalmente).
Estes professores estão........... de carreira: sua aposentadoria está prevista 
para breve. (no final)
HAVER ou TER
Não............ mais pão na padaria.
34
Leitura e Produção Textual
TRABALHARAM e TRABALHARÃO
Se houver oportunidade, eles......................... na fábrica. (futuro )
Eles ........................na fábrica (passado)
SE NÃO ou SENÃO
..................... chover, viajarei amanhã (quando o se pode ser substituído por 
caso ou na hipótese de)
Vá de uma vez,.................você chegará atrasado.(significando caso 
contrário)
Nada havia a fazer .............. conforma-se com a situação. (significando a 
não ser)
As pedras achadas pelo bandeirante não eram esmeraldas, ..................... 
turmalinas, puras turmalinas. (significando mas)
Não havia um ................. naquela criatura. (significando defeito)
TI ou TE AMO
Eu ......amo.
Dirigiu-se a ......... e não a mim. (pronome oblíquo tônico acompanhado 
de preposição)
Eu ...... elogiareipara o diretor. (pronome pessoal oblíquo átono que se 
liga diretamente ao verbo)
 
ENTERTE(M) ou ENTRETÉM (EM)
A criança se...........................jogando bola.
As crianças se...........................jogando bola.
HAJA(M) VISTA ou HAJA VISTO?
O trânsito nas estradas tem estado caótico:...................o trágico acidente de 
ontem.(significando a propósito)
EM VEZ DE ou AO INVÉS DE?
..........................Paulo, foi Pedro quem trabalhou hoje. (significando em 
lugar de)
.......................... de proteger, resolveu não assumir. (significando ao 
contrário de)
35
 Curso de Graduação a Distância
TODO O ou TODO?
..........................Brasil deu as mãos. (significando inteiro)
..........................mundo entrou na dança. (significando qualquer)
OBS: no plural a presença do artigo é obrigatória. Ex: Todos os seres são 
mortais.
NAMORAR ou NAMORAR COM?
Maria começou a ..........................Paulo no mês passado. (é um verbo 
transitivo direto)
A PRINCÍPIO ou EM PRINCÍPIO?
.........................., eles foram muito felizes. (significando no começo, 
inicialmente)
.........................., o preço solicitado parece-nos justo. (significando em tese)
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS: MUITAS DÚVIDAS... 
QUE TAL PRATICAR?
1. Marque a frase em que deve ser empregada a primeira das duas palavras 
que aparecem entre parênteses:
a) Essas hipóteses _________ das circunstâncias (emergem - imergem) ;
b) Nunca o encontro na _________ em que trabalha (sessão - seção);
c) Já era decorrido um _______ que ela havia partido, (lustre - lustro);
d) O prazo já estava _______ (prescrito - proscrito);
e) O fato passou completamente ________ (desapercebido- despercebido).
2. Marque a frase que se completa com o segundo elemento do parênteses:
a) A recessão econômica do país faz com que muitos _________ (emigrem 
- imigrem);
b) Antes de ser promulgada, a Constituição já pedia muitos ________ 
(consertos - concertos);
c) A ditadura _________ muitos políticos de oposição; (caçou - cassou);
d) Ao sair do barco, o assaltante foi preso em___________ (flagrante - 
fragrante);
e) O juiz _________ expulsou o atleta violento (incontinenti- incontinente).
36
Leitura e Produção Textual
3. Marque a alternativa que se completa corretamente com o segundo 
elemento do parênteses:
a) O sapato velho foi restaurado com a aplicação de algumas ________ 
(tachas-taxas);
b) Sílvio _________ na floresta para caçar macacos (imergiu-emergiu);
c) Para impedir a corrente de ar, Luís _______ a porta (cerrou-serrou);
d) Bonifácio ________ pelo buraco da fechadura (expiava-espiava);
e) Quando foi realizado o último ________ ? (censo-senso).
4. Marque a alternativa que se completa com o primeiro elemento do 
parênteses:
a) A polícia federal combate o _________ de cocaína (tráfego-tráfico);
b) No Brasil é vedada a ________ racial; embora haja quem a pratique 
(discriminação-descriminação);
c) Você precisa melhorar seu __________ de humor (censo-senso);
d) O presidente _________ antecipou a queda do muro de Berlim (ruço-
russo);
e) O balão, tremelizindo _________ para o céu estrelado (acendeu-
ascendeu).
5.Em “o prefeito deferiu o requerimento do contribuinte”, o termo 
grifado poderia perfeitamente ser substituído por:
a) apreciou;
b) arquivou;
c) despachou favoravelmente;
d) invalidou;
e) despachou negativamente.
6.As ideias liberais saíram incólumes, ainda que se pensasse que seriam 
dilapidadas, completamente. Os termos grifados são antônimos, 
respectivamente de:
a) arrasadas - dilaceradas;
b) intactas - arrasadas;
c) intactas - dilaceradas;
d) depauperadas - prestigiadas;
e) N.R.A.
37
 Curso de Graduação a Distância
7.Complete as lacunas com a expressão correta (entre parênteses):
“O _______ (cervo - servo) prendia-se nos arbustos, fugindo dos _______ 
(cartuchos - cartuxos) que pipocavam por toda a _______ (área - aria);
a) cervo – cartuxos – área;
b) servo – cartuchos – aria;
c) cervo – cartuchos – área;
d) servo – cartuchos – área;
e) servo – cartuchos – aria.
8. Complete as lacunas, com a expressão necessária, que consta nos 
parênteses:
É necessário ________ (cegar-segar) os galhos salientes do _______ 
(bucho-buxo), de modo a que se possa fazer _____ (xá-chá) com as folhas 
mais novas.”
a) segar – buxo – chá;
b) segar – bucho – xá;
c) cegar – buxo – xá;
d) cegar – bucha – chá;
e) segar – bucha – xá.
9.O __________ (emérito-imérito) causídico ____________ (dilatou-
delatou) o plano de fuga do meliante, que se encontrava na __________
(eminência-iminência) de escapar da prisão:
a) emérito – delatou – iminência;
b) imérito – dilatou – eminência;
c) emérito – dilatou – iminência;
d) imérito – delatou – iminência;
e) emérito – dilatou – eminência.
10. O ________ (extrato-estrato) da conta bancária é, por si só, insuficiente 
para cobrir o _________(cheque-xeque), ainda que haja algum capital 
(incerto-inserto).
a) extrato – xeque – inserto;
b) estrato – cheque – incerto;
c) extrato – cheque – inserto;
d) estrato – xeque – incerto;
e) extrato – xeque – incerto.
38
Leitura e Produção Textual
11.Complete as lacunas usando adequadamente (mas / mais / mal / mau):
“Pedro e João ____ entraram em casa, perceberam que as coisas não iam 
bem,pois sua irmã caçula escolhera um ____ momento para comunicar 
aos pais que iria viajar nas férias; _____ seus, dois irmãos deixaram os pais 
_____ sossegados quando disseram que a jovem iria com os primos e a tia.”
a) mau - mal - mais - mas;
b) mal - mal - mais - mais;
c) mal - mau - mas - mais;
d) mal - mau -mas - mas;
e) mau - mau - mas - mais.
12. Marque a alternativa que completa corretamente as lacunas:
“Estou ________ de que tais _______ deveriam ser _______ a bem da 
moralidade do serviço público.”
a) cônscio – privilégios – extintos;
b) côncio – privilégios – estintos;
c) cônscio – privilégios – estintos;
d) côncio – previlégios – estintos;
e) cônscio – previlégios – extintos.
13. Observe as orações seguintes:
I - Por que não apontas a vendedora por que foste ludibriado?
II - A secretária não informa por que linha, de ônibus chega-se ao 
escritório.
III - Por que será que o governo não divulga o porquê da inflação.
Há erro na grafia:
a) na I apenas;
b) em duas apenas;
c) na II apenas;
d) na III apenas;
e) em nenhuma.
14.Complete as lacunas com (estada / estadia /onde / aonde):
“_____ quer que eu me hospede, procuro logo saber o preço da _______, 
quanto custa a _______de um carro alugado, bem como _______ se possa 
ir à noite.”
a) aonde – estadia – estada – onde;
b) onde – estada – estadia – aonde;
39
 Curso de Graduação a Distância
c) onde – estadia – estada – aonde;
d) aonde – estada – estadia – onde;
e) onde – estadia – estadia – aonde.
15. Leia as frases abaixo:
1 - Assisti ao ________ do balé Bolshoi;
2 - Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em Marte.
3 - As _________ da câmara são verdadeiros programas de humor.
4 - ___________ dias que não falo com Alfredo.
Escolha a alternativa que oferece a sequência correta de vocábulos para as 
lacunas existentes:
a) concerto – há – a – cessões – há;
b) conserto – a – há – sessões – há;
c) concerto – a – há – seções – a;
d) concerto – a – há – sessões – há;
e) conserto – há – a – sessões – a .
16. Indique a alternativa que contém a sequência necessária para completar 
as lacunas abaixo:
“A ______ de uma guerra nuclear provoca uma grande _______ na 
humanidade e a deixa _______com relação ao futuro da vida na terra.”
a) espectativa – tensão – exitante;
b) espectativa – tenção – hesitante;
c) expectativa – tensão – hesitante;
d) expectativa – tensão – hezitante;
e) espectativa – tenção– exitante.
17. Complete corretamente as lacunas:
“O _______ de veículos de grande porte, em vias urbanas, provoca 
________ no trânsito; forçando a que os motoristas dos carros menores 
________,muitas delas, completamente sem _________ ;
a) tráfico – infrações – inflijam – concerto;
b) tráfego – infrações – inflijam – conserto;
c) tráfego – inflações – infrinjam – conserto;
d) tráfego – infrações – infrações – conserto;
e) tráfico – infrações – infrações – concerto.
Módulo
IV
Redação Oficial e 
Correspondência Empresarial
“Saber comunicar-se numa língua 
requer, portanto, muito mais do que o 
domínio das palavras e da gramática 
que as organiza em construções 
maiores. Ninguém escolhe com 
absoluta liberdade suas formas de 
expressão linguística, nem tampouco 
os conteúdos da conversação; 
aliás, escolhe-os em função de 
uma necessidade de sintonia com 
os componentes do contexto de 
comunicação” 
(AZEREDO, 2002, 20)
42
Leitura e Produção Textual
1. REDAÇÃO OFICIAL E CORRESPONDÊNCIA EMPRESARIAL 
Vimos no I Módulo de nosso estudo que a comunicação é essencial à vida em sociedade. Mas há um 
tipo de comunicação que requer nossa atenção e cuidado, pois se trata da comunicação que se efetiva no 
mercado de trabalho, que evidencia relações político-econômicas, que é responsável pela lucratividade de 
determinadas empresas: a comunicação oficial e a empresarial.
A comunicação e/ou redação oficial é aquela que se estabelece entre instituições públicas. Obviamente, 
as instituições privadas também precisam se comunicar com as públicas e, nestas ocasiões, o ideal é que 
estas empresas conheçam o protocolo da correspondência oficial. Os exemplos clássicos desse tipo de 
correspondência são o Ofício, o Memorando Oficial, a Procuração, entre outros. A linguagem empregada é 
burocrática, cheia de formalidades e deve primar pelo uso da variedade padrão da língua portuguesa. Há o 
Manual da Presidência da República que disciplina toda elaboração desta natureza na esfera da administração 
pública, objeto da Instrução Normativa n° 4, de 6 de março de 1992, padronização recomendada pela 
Secretaria de Administração Federal.
Já a comunicação empresarial, corresponde ao conjunto de documentos que são elaborados e trocados 
entre empresas privadas. O melhor exemplo deste tipo de correspondência é a carta comercial. Como se 
trata de uma correspondência formal, também há traços de registro formal da língua (pela presença dos 
pronomes adequados de tratamento também), de linguagem mais elaborada e cuidados com o português 
padrão.
Atualmente, percebe-se que os tipos de correspondência transitam nas esferas pública e privada com 
muita facilidade. Contudo, faz-se necessário ter o cuidado com os elementos que compõem o processo de 
comunicação. Assim, é fundamental que o emissor pense em seu receptor, que analise o contexto da situação 
comunicativa, o tipo de código a ser empregado, o canal escolhido etc.
Documentos oficiais Documentos empresariais Documentos administrativos
Ofício
Memorando 
oficial
Procuração
Edital
Atas de reuniões
Outros 
Memorando
Carta comercial
Relatório
Edital
Atas de reuniões
Outros 
Memorando
Edital
Relatórios
Procuração
Declaração 
Atas de reuniões
Outros 
CUIDADOS NECESSÁRIOS EM TODO TIPO DE COMUNICAÇÃO:
• Pensar no leitor: uso de pronome de tratamento adequado;
• Tratar de um assunto por carta: contribui para o entendimento e o atendimento às 
solicitações;
• Destacar o assunto: expressá-lo com objetividade, clareza, concisão e cortesia.
43
 Curso de Graduação a Distância
Confira a seguir algumas sugestões quanto a expressões usadas nestas correspondências:
Expressões evitáveis Substituir por
Acima citado
Acusamos o recebimento
Agradecemos antecipadamente
Anexo à presente
Anexo segue
Antecipadamente somos gratos
Anterior a
Até o presente momento
Como dissemos acima
Com referência ao
Conforme assunto em referência acima citado
Conforme acordado
Conforme segue abaixo relacionado
Datada de
Encaminhamos em anexo
Estamos anexando
Estamos remetendo-lhe
Estou escrevendo-lhe
Levando ao seu conhecimento
Ocorrido no corrente mês
Referência supracitada
Seguem em anexo
Temos a informar que
Vimos solicitar
Citado
Recebemos
Agradecemos
Anexo
Anexo
Agradecemos
Antes de
Até o momento
Mencionado
Referente ao
Mencionado
De acordo com
Relacionado a seguir
de ..../ ..../ ....
Anexamos
Anexamos
Remetemos-lhe
Escrevo-lhe
Informamos
Ocorrido neste mês
Mencionada
Anexos ou anexamos
Informamos que
Solicitamos
Princípios da Redação Oficial (cf. SOUZA, 2008):
1. Adoção de formatos padronizados;
2. Uso da digitação;
3. Emprego da ortografia oficial;
4. Clareza, precisão e sobriedade de linguagem;
5. Imparcialidade e cortesia;
6. Concisão na elucidação do assunto;
7. Transcrição dos dispositivos da legislação citados;
8. Margem esquerda de 20 espaços e direita de 10 espaços;
9. Parágrafos em entrada de 5 espaços;
10. Espaço interlinear de 1½ para o texto;
11. Espaço simples (um) para citações ou transcrições;
12. Espaço duplo entre parágrafos;
44
Leitura e Produção Textual
13. Numeração dos parágrafos: não são numerados o primeiro e o fecho;
14. Cabeçalho ou timbre são os dizeres impressos na folha a ser usada para a digitação da 
mensagem;
15. Uso de diplomacia, mas sem chegar ao servilismo;
16. Inferior para superior redige: Solicitamos envie ou providencie;
17. Superior para inferior: Solicito envie ou providencie. 
A ementa deve ser clara e concisa; localiza-se no alto, à direita. Toda referência a elementos constantes 
de outros documentos deve ser feita citando-se a página ou folha onde se encontra.
2. TIPOS DE DOCUMENTOS
2.1 Memorando
O memorando representa a forma de correspondência interna entre autoridades de um mesmo órgão 
ou entre diretores e chefes ou vice-versa. Aborda assuntos rotineiros e, desse modo, caracteriza-se pela 
simplicidade, concisão e clareza. É um tipo de correspondência que adaptou o formato do Ofício às suas 
especificidades. É comum que o Memorando (ou simplesmente MEMO) seja empregado para a exposição 
de projetos, ideias, diretrizes.
São características deste tipo de comunicação:
• Agilidade na tramitação das decisões;
• Simplicidade;
• Objetividade, concisão e coerência no texto escrito;
• Possibilidade de conter os despachos no próprio documento;
• Alternativa para a administração registrar e documentar as decisões.
 No memorando devem constar:
a) número do documento e sigla de identificação de sua origem (ambas as informações devem 
figurar na margem esquerda superior do expediente). Exemplo: Memorando nº 19/DJ (nº do 
documento: 19; órgão de origem: Departamento Jurídico).
b) data (deve figurar na mesma linha do número e identificação do memorando):
Exemplo: Memorando nº 19/DJ Em 12 de Abril de.......
c) destinatário do memorando: no alto da comunicação, depois dos itens a e b acima indicados; 
o destinatário é mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplo: Ao Sr. Chefe do Departamento 
de Administração.
d) assunto: resumo do teor da comunicação, datilografado em espaço um: 
 assunto: Administração. Instalação de microcomputadores. 
e) Texto: desenvolvimento do teor da comunicação. O corpo do texto deve ser iniciado 4 cm 
ou quatro espaços duplos (‘espaço dois’) verticais, abaixo do item assunto, e digitado em espaço 
duplo (‘espaço dois’). Todos os parágrafos devem ser numerados, na margem esquerda do 
corpo do texto, excetuados o primeiro e o fecho (este procedimento facilita eventuais remissões 
à passagens específicas, em despachos ou em respostas à comunicação original); 
45
 Curso de Graduação a Distância
f) fecho:
Atenciosamente, ou Respeitosamente, conforme o caso.
g) nome e cargo do signatário da comunicação: 4 cm ou quatroespaços duplos (‘espaços dois’) 
verticais após o fecho.
Observe abaixo um exemplo de memorando:
Memorando nº 19/DJ Em 4 de setembro de....
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração 
Assunto: Administração, Instalação de microcomputadores. 
 
 4 cm
Nos termos do “Plano geral de informatização”, solicito a V. Sa. verificar a 
possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores neste Departamento. 
2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que 
o equipamento fosse dotado de “disco rígido” e de monitor padrão “EGA”. Quanto 
a programas, haveria necessidade de dois tipos: um “processador de texto”, e outro 
“gerenciador de banco de dados”.
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo da Seção 
de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já manifestou seu acordo 
a respeito. 
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste Departamento 
ensejará uma mais racional distribuição de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma 
melhoria na qualidade dos serviços prestados. 
 1 cm
Atenciosamente,
 4 cm
 (Nome e cargo do signatário)
46
Leitura e Produção Textual
2.2 Ofício
O Ofício é texto proveniente de uma autoridade, que consiste em comunicação de qualquer assunto 
de ordem administrativa, ou estabelecimento de uma ordem; distingue-se da carta por apresentar caráter 
público e só poder ser expedido por órgão da administração pública, como uma secretaria, um ministério, 
uma prefeitura e outros. O destinatário pode ser órgão público ou um cidadão particular.
É uma participação escrita em forma de carta que as autoridades das secretarias endereçam a seus 
subordinados. É um meio de comunicação por escrito dos órgãos do serviço público. O que o distingue de 
uma carta é o caráter oficial de seu conteúdo.
As partes de um ofício são:
1. Timbre ou cabeçalho: dizeres impressos na folha, símbolo (escudo, armas);
2. Índice e número: iniciais do órgão que expede o ofício, seguidas do número de ordem do 
documento. Separa-se do índice do número por uma diagonal. O número de ofício e o ano são 
separados por hífen: Of. Nº DRH/601-2008 = Ofício número 601, do ano de 2008, expedido 
pelo Departamento de Recursos Humanos; 
3. Local e data: na mesma altura do índice e do número. Coloca-se ponto após o ano: Brasília, 20 
de setembro de ...
4. Assunto ou ementa: só justificável quando o documento é extenso. Assunto: Exoneração de 
Cargo.
5. Vocativo ou invocação: tratamento ou cargo do destinatário - Senhor Presidente, Senhor Diretor. 
Na correspondência oficial não se usa Prezado Senhor.
6. Texto: exposição do assunto. Se o texto for longo, pode-se numerar os parágrafos a partir 
do segundo, que deverá receber o número 2. Se o texto do ofício ocupar mais de uma folha, 
escrevem-se 10 linhas na primeira folha e o restante nas demais. Nesse caso, colocam-se endereço 
e iniciais na primeira folha. Repetem-se o índice e o número das demais folhas, acrescentando-se 
o número da folha. Exemplo: Ofício nº 52/ - fl.2
7. Fecho ou cumprimento final: não será numerado.
8. Assinatura: nome do signatário, cargo e função. O designativo do cargo ou função deve ser 
separado por vírgula do nome do signatário. Trata-se de um aposto: 
 José Carlos, Marcos da Silva,
 Supervisor Presidente.
Não se antepõe qualquer título profissional ao nome do signatário. O nome, cargo ou função do 
signatário são grafados preferencialmente com letras minúsculas, exceto as iniciais. 
9. Anexos: se o ofício contém anexo, colocar:
/3 (o ofício contém três anexos) /4 (o ofício contém quatro anexos)
Quando se trata de um anexo somente, procede-se do seguinte modo: Anexo: diploma de 3º grau. 
Anexa: nota fiscal.
Observa-se que a palavra anexa deve concordar em gênero e número com o substantivo a que se 
refere.
10. Endereço: fórmula de tratamento, nome civil do receptor e cargo ou função do signatário, 
seguidos da localidade e do destino.
11. Iniciais: primeiras letras dos nomes e sobrenomes do redator e digitador. Usar letras maiúsculas. Se 
o redator e o digitador forem os mesmos, basta colocar iniciais após a barra diagonal: /MIR.
47
 Curso de Graduação a Distância
Observe abaixo um modelo de ofício:
Ofício nº DRH/601-08 
 Brasília, 27 de setembro de...........
Senhor Deputado, 
 1,5 cm
Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama nº 154, de 24 de 
abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas em sua carta nº 
6.708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo procedimento 
administrativo de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto nº 22, de 4 
de fevereiro de 20... (cópia anexa).
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressaltava a necessidade de que – na 
definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração as 
características socioeconômicas regionais.
3. Nos termos do Decreto nº 22, a demarcação de terras indígenas deverá ser 
precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto no art. 231, 
§- 1º, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir aspectos etno-históricos, 
sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste último aspecto deverá ser feito 
conjuntamente com o órgão federal ou estadual competente. 
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão encaminhar as 
informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É igualmente assegurada 
a manifestação de entidades representativas da sociedade civil.
A Sua Excelência o Senhor
Deputado (nome)
Câmara dos Deputados
70160-000 Brasília – DF
1,5 cm
2,5 cm
5 cm
5,5 cm
6,5 cm
10 cm
2 cm
48
Leitura e Produção Textual
Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio serão 
publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e das 
entidades civis acima mencionadas. 
Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido assegura 
que a decisão a ser baixada pelo Ministro da Justiça sobre os limites e a demarcação de 
terras indígenas seja informada de todos os elementos necessários, inclusive daqueles 
assinalados em sua carta, com a necessária transparência e agilidade.
 1 cm
 Atenciosamente,
 2,5 cm
(Nome e 
cargo do signatário)
IMPORTANTE: assim como as empresas se modernizam, a forma de se expressar destas empresas 
deve acompanhar tais avanços. Portanto, evite expressões antigas e que nada acrescentam aos seus objetivos 
comunicacionais. Confira!
INTRODUÇÕES 
ANTIGAS
-Vimos, por intermédio do presente, levar ao conhecimento de V. Sa. que ...
- Este tem por finalidade levar ao conhecimento de V. Sa. que ...
INTRODUÇÕES 
ATUAIS
- Comunicamos a V.Sa. que... 
- Informamos a V. Exa. que...
FECHOS 
ANTIGOS
- Com os protestos de estima e apreço...
- Com os protestos de elevada estima e distinta consideração.
- Aproveitamos o ensejo para reafirmar a V. Sa. nossos protestos de estima 
e apreço.
FECHOS ATUAIS
- Atenciosas saudações.
- Respeitosas saudações.
- Atenciosamente.
- Respeitosamente.
2,5 cm
1 cm
49
 Curso de Graduação a Distância
2.3 Procuração
Em linguagem jurídica, significa o instrumento do mandato, isto é, o escrito ou documento em que 
se outorga o mandato e se explicitam os poderes conferidos. Por extensão, designa o próprio mandato. 
Assim, define-se como sendo o título ou documento por meio do qual um indivíduo, chamado mandante,confere a outra pessoa, chamado mandatário, poderes para praticar atos em seu nome e por sua conta. A 
procuração pode ser particular ou por escrita pública. Conforme os poderes, a procuração recebe vários 
nomes: procuração ad judicia, procuração em causa própria, procuração em termos gerais, procuração 
especial, procuração extrajudicial, procuração geral, procuração particular, procuração pública, procuração 
insuficiente, e outras.
Exemplo de procuração ad judicia:
PROCURAÇÃO
................................................, ............................................, ..................................................
 (nome) (nacionalidade) (estado civil)
................................................., ..................................................., ............................, .................., 
 (profissão) (residência) (cidade) (Estado)
Portador do RG nº ..........., CPF nº........, pelo presente instrumento de procuração, 
constitui e nomeia seu bastante procurador, 
........................................................................, ..............................................., ...............................,
 (nome) (nacionalidade) (estado civil)
 ............................................, com escritório na ............................................, .................................
 (profissão) (cidade) (Estado)
inscrito na OAB, seção de ................, sob nº ........., CPF nº ...........................................
Para que em seu nome, como se presente fosse, em qualquer juízo ou tribunal, possa 
requerer tudo o que em direito for permitido, usando os poderes AD JUDICIA, em toda 
sua extensão, podendo, também, acordar, transigir, receber e dar quitação, substabelecer, 
praticando, enfim, todos os atos permitidos em direito, por mais especiais que sejam, o 
que tudo dará por firme e valioso, a bem deste mandato.
..................., ............ de ................... de .........
(assinatura com firma reconhecida)
Testemunhas
..................................
..................................
Texto-base para 
qualquer procuração
Texto 
específico
50
Leitura e Produção Textual
2.4 Relatório 
É narração ou exposição, escrita ou oral, sobre um ou vários fatos, em que se discriminam seus 
aspectos e elementos. É dirigido ao superior hierárquico e dele consta exposição circunstanciada sobre 
atividades em função do cargo que exerce.
Os dados que constam no relatório são: 
1. Título: Relatório.
2. Invocação: fórmula de tratamento; cargo ou função da autoridade a quem é dirigido. Exemplos: 
Sr. Presidente, Exmo. Sr. Governador.
3. Texto: exposição do assunto.
4. Fecho: fórmula de cortesia. Pode-se usar as mesmas fórmulas do ofício.
5. Local e data
6. Assinatura: nome, cargo ou função da autoridade ou servidor que apresenta o relatório. 
Modelo de relatório: 
RELATÓRIO
Exmo. Sr. Ministro de Estado da Educação e Cultura:
Honrados com a designação de V. Exa. para integrarmos a Comissão 
de Inquérito Administrativo (...), apresentamos o relatório, após audiência de 
testemunhas e da realização de diligências.
2. Os fatos chegaram ao conhecimento de V. Exa. (...) quando V. Exa. houve 
por bem nos designar, baixando a Portaria nº.... de.... de 20...., para apuração das 
irregularidades apontadas no processo anteriormente mencionado. 
3. Esta comissão conseguiu apurar que (...) cabe a maior responsabilidade ao 
Chefe de Setor do órgão competente, uma vez que negligenciou quando da remessa 
das cartas-convites...
Certos de havermos enviado todos os esforços no cumprimento do mandato 
que V. Exa. nos conferiu, despedimo-nos, atenciosamente,
 
 Presidente
51
 Curso de Graduação a Distância
3 FORMAS DE TRATAMENTO UTILIZADAS NA REDAÇÃO OFICIAL
Apresentam-se, no quadro abaixo, as formas de tratamento utilizadas na redação oficial, considerando-
se as autoridades às quais se referem. 
AUTORIDADES DO PODER 
EXECUTIVO
ENDEREÇAMENTO EM 
ENVELOPES PESSOALMENTE ABREV.
CIVIS
Presidente da República e 
Vice-Presidente da República
Excelentíssimo Senhor 
(cargo respectivo)
Vossa Excelência V.Exª.
Ministros de Estados Excelentíssimo Senhor Ministro Vossa Excelência V.Exª.
Secretário-Geral da Presidência da 
República
Excelentíssimo Senhor Secretário-
Geral da Presidência da República
Vossa Excelência V.Exª.
Consultor-Geral da República
Excelentíssimo Senhor 
Consultor-Geral
Vossa Excelência V.Exª.
Chefe do Gabinete Pessoal da 
Presidência da República
Excelentíssimo Senhor 
Chefe do Gabinete da 
Presidência da República
Vossa Excelência V.Exª.
Secretários da Presidência da 
República
Excelentíssimo Senhor Secretário 
da Presidência da República
Vossa Excelência V.Exª.
Secretário Executivo e Secretário 
de Ministérios
Excelentíssimo Senhor 
Secretário Executivo
Vossa Excelência V.Exª.
Embaixadores Excelentíssimo Senhor Embaixador Vossa Excelência V.Exª.
Advogado-Geral da União e 
Membros da Advocacia-Geral da 
União
Excelentíssimo Senhor 
Advogado-Geral da União
Vossa Excelência V.Exª.
Governadores e 
Vice-Governadores de Estado
Excelentíssimo Senhor 
(cargo respectivo)
Vossa Excelência V.Exª.
Governador e Vice-Governador 
do Distrito Federal
Excelentíssimo Senhor
(cargo respectivo)
Vossa Excelência V.Exª.
Procurador-Geral de Estado e 
Membros da Procuradoria-Geral 
de Estado
Excelentíssimo Senhor 
Procurador-Geral
Vossa Excelência V.Exª.
Secretários de Estado dos 
Governos Estaduais
Excelentíssimo Senhor Secretário Vossa Excelência V.Exª.
Prefeitos e 
Vice-Prefeitos Municipais
Excelentíssimo Senhor
(cargo respectivo)
Vossa Excelência V.Exª.
Diretores de Autarquias Federais, 
Estaduais e Municipais
Senhor Diretor
(cargo respectivo)
Vossa Senhoria V.Sª.
52
Leitura e Produção Textual
AUTORIDADES DO PODER 
EXECUTIVO
ENDEREÇAMENTO EM 
ENVELOPES PESSOALMENTE ABREV.
MILITARES
Chefe do Estado-Maior das Forças 
Armadas
Excelentíssimo Senhor Chefe do 
Estado-Maior das Forças Armadas
Vossa Excelência V.Exª
Chefe do Gabinete Militar da 
Presidência da República
Excelentíssimo Senhor Chefe do 
Gabinete Militar da Presidência da 
República
Vossa Excelência V.Exª
Oficiais Generais da Forças 
Armadas
Excelentíssimo Senhor
(respectiva patente)
Vossa Excelência V.Exª
Outras Patentes
Senhor 
(respectiva patente)
Vossa Senhoria V.Sª
AUTORIDADES DO PODER 
JUDICIÁRIO
ENDEREÇAMENTO EM 
ENVELOPES PESSOALMENTE ABREV.
Presidente e Membros do 
Supremo Tribunal Federal (STF)
Excelentíssimo Senhor 
(cargo respectivo)
Vossa Excelência V.Exª
Presidente e Membros do 
Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Excelentíssimo Senhor 
(cargo respectivo
Vossa Excelência V.Exª
Presidente e Membros do 
Superior Tribunal Militar (STM)
Excelentíssimo Senhor 
(cargo respectivo)
Vossa Excelência V.Exª
Auditores da Justiça Militar Excelentíssimo Senhor Auditor Vossa Excelência V.Exª
Presidente e Membros do 
Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
Excelentíssimo Senhor 
(cargo respectivo)
Vossa Excelência V.Exª
Presidente e Membros dos 
Tribunais Regionais Eleitorais 
(TRE’s)
Excelentíssimo Senhor 
(cargo respectivo)
Vossa Excelência V.Exª
Presidente e Membros do 
Tribunal Superior do Trabalho 
(TST)
Excelentíssimo Senhor 
(cargo respectivo)
Vossa Excelência V.Exª
Presidente e Membros dos 
Tribunais Regionais do Trabalho 
(TRT’s)
Excelentíssimo Senhor 
(cargo respectivo)
Vossa Excelência V.Exª
Presidente e Membros dos 
Tribunais Regionais

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