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ATIVIDADE PRÁTICA FABRICAÇÃO MECÂNICA Profº Marcio D. Dal Bello Davi Garcia Luca R.A.: C108197 São José do Rio Pardo Abril de 2016 1 SUMÁRIO PAG 1 – OBJETIVO 02 2 – INTRODUÇÃO 03 3 – PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 12 4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 14 2 1 - OBJETIVO Este relatório tem como finalidade compreender o funcionamento de um torno convencional através do acompanhamento das etapas do processo de usinagem de uma peça. 3 2- INTRODUÇÃO PROCESSO DE TORNEAMENTO O Processo de torneamento é o processo de usinagem mecânica que usa o equipamento chamado Torno e tem por finalidade a obtenção de peças com superfícies de revolução sendo estas cônicas ou cilíndricas. No processo geralmente são usadas ferramentas monocortantes. Na confecção das peças três modos de corte podem ser utilizados: 1- O modo de corte axial em que o avanço da ferramenta se dá paralelamente ao eixo da peça; 2- O modo de corte radial em que o avanço da peça se dá no sentido perpendicular ao eixo; e 3- O modo combinado ou misto que permite os dois movimentos anteriores em paralelo ao muito utilizados pra gerar chanfros. 4 TIPOS DE MOVIMENTOS DA FERRAMENTA NO TORNO DURANTE A CONFECÇÃO DA PEÇA As grandezas que se encontram no processo são divididas em grandezas que podem ser mensuradas como: o avanço, velocidade de giro da peça, geometria da ferramenta; e em fatores que geram defeitos de usinagem como: vibração, falta de alinhamento ou centralização, desgaste da ferramenta. As operações possíveis de serem realizadas no torneamento são: torneamento cilíndrico externo; torneamento cilíndrico interno; torneamento cônico externo; torneamento cônico interno; faceamento; perfilhamento; sangramento; recartilhamento entre outras como pode ser observado na figura: 5 AS PARTES DO TORNO MECÂNICO Cabeçote fixo: Onde está montado a caixa de velocidades e a árvore principal. O sistema permite estabelecer e fornecer o movimento de rotação da árvore principal. O número de rotações é estabelecido na caixa de velocidades, podendo ser feito através de engrenagens ou correias e polias. Cabeçote móvel: É utilizado como encosto ou apoio para montagem entre pontos no torneamento de peças compridas. Para furações é colocado no lugar do contraponto uma ferramenta. No interior do corpo do cabeçote móvel há um mangote que tem um furo cónico para adaptar a contraponto. Base: desliza sobre o barramento e serve de apoio ao corpo. Corpo: É onde se encontra todo o mecanismo do cabeçote móvel e pode ser deslocado lateralmente, a fim de permitir o alinhamento ou desalinhamento da contraponta. Mangote: É uma luva cilíndrica com um cone morse num lado e uma porca no outro, a ponta com o cone morse serve para prender a contraponta, a broca e o mandril, o outro lado é conjugado a um parafuso, que, ao ser girado pelo volante, realiza o movimento de avanço ou recuo. 6 Eixo principal: Além de movimentar o material na rotação adequada de encontro a ferramenta, recebe a rotação do motor elétrico pela polia ou engrenagem e transmite os movimentos a todos os demais mecanismo do torno. É constituído de aço liga, endurecido e retificado, com um furo que permite a passagem de material comprido a ser usinado. Na extremidade direita possui uma rosca com encosto para fixar as placas e, na extremidade esquerda possui rosca para permitir a regulagem da folga longitudinal do eixo entre os mancais. Barramento: Suporta todas as partes principais do torno. O carro porta ferramentas e o cabeçote móvel deslocam-se sobre suas guias e fusos. Caixa Norton: Conhecida como caixa de engrenagens, é formada por carcaça, eixos e engrenagens, serve para transmistir o movimento de avanço do recâmbio para a ferramenta. Recâmbio: O recâmbio é o responsável pela transmissão do movimento de rotação do cabeçote fixo para a caixa Norton. As engrenagens do recâmbio permitem selecionar o avanço para a ferramenta. Carro principal: O carro principal é o conjunto formado por avental, mesa, caso transversal, carro superior e porta-ferramenta. No avanço manual, o giro do volante movimenta uma roda dentada, que engrenada a uma cremalheira fixada no barramento, desloca o carro na direção longitudinal. 7 Carro transversal: É responsável pelo movimento transversal da ferramenta e desliza sobre a mesa por meio de movimento manual ou automático. Carro superior: O carro superior possui uma base giratória graduada que permite o torneamento em ângulo. Nele também estão montados o fuso, o volante com anel graduado e o porta-ferramentas. O porta-ferramentas é o local onde são fixados os suportes de ferramentas, presos por meio de parafuso de aperto. 8 PRINCIPAIS OPERAÇÕES DO TORNO Torneamento cilíndrico externo: O torneamento cilíndrico consiste em dar um formato cilíndrico a um material em rotação submetido à ação de uma ferramenta de corte. Faceamento: É a operação que permite fazer no material uma superfície plana perpendicular ao eixo do torno, de modo a obter uma face de referência para as medidas que deriva dessa face. A operação de facear é realizada do centro para a periferia da peça. Furação: A furação no torno também serve para fazer uma superfície cilíndrica interna, pela ação deslocada paralelamente ao torno. Essa operação também é conhecida por broqueamento e permite obter furos cilíndricos interno com diâmetro exato em buchas, polias, engrenagens e outras peças. Torneamento Cônico: O torneamento cônico admite duas técnicas: com inclinação do carro superior e com o desalinhamento da contraponta. 9 Rosqueamento: É um processo de usinagem onde a função é produzir roscas internas ou externas. É um processo destinado à obtenção de filetes, por meio da abertura de um ou vários sulcos helicoidais de passo uniforme, em superfícies cilíndricas ou cônicas. A peça ou a ferramenta gira e uma delas se desloca simultaneamente segundo uma trajetória retilínea paralela ou inclinada ao eixo de rotação. NOÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO DE CAVACO 10 No torneamento o metal é removido a velocidades muito altas e os parâmetros de corte que compõem o processo são estritamente controlados, da mesma forma que os resultados finais, na forma de qualidade e confiabilidade da peça. Os cavacos são removidos conforme dados cuidadosamente definidos, que garantem o formato e dimensão. A usinagem de uma peça num formato, dimensão e acabamento específicos é conseguida obtendo-se cavacos que obedeçam a uma forma controlada e aceitável para determinada aplicação e, se necessário, para dados de corte elevados como os das atuais máquinas CNC. Senão, grandes quantidades de cavacos longos e emaranhados acumulariam-se rapidamente na área de usinagem, na forma de ninhos. Isso representa risco para o processo e pode por em perigo os operadores e as peças que estão sendo fabricadas. A forma do cavaco é em grande parte influenciada pelo material que está sendo cortado, variando entre formas contínuas de material dúctil e material esfarelado e quebradiço. Um vista ortogonal da formação de cavacos mostra se a direção da velocidade de corte ou o eixo de rotação da peça está no ângulo correto da operação em relação à aresta de corte. Estaé uma visão simplificada do processo de corte, empregada somente em algumas operações como faceamento e mergulho. A maioria dos cortes de metal é obliqua, onde a direção de corte está em um certo ângulo em relação à aresta de principal. Isso modifica as condições geométricas e a direção do fluxo de cavacos é alterada. Basicamente, em vez de cavaco parecido com corda de relógio, como numa típica operação de corte, o cavaco assumirá formas diversas de virgula ou formatos helicoidais. O ângulo de posição e o raio de ponta da ferramenta afetam a formação do cavaco na medida em que a seção transversal do cavaco se modifica. A espessura do cavaco é reduzida e a largura é aumentada com ângulos menores. A direção do fluxo do cavaco também é modificada, de maneira desvantajosa, com o passo da espiral sendo aumentado. Dependendo da profundidade de corte (D O C = ap), o formato e a direção dos cavacos também varia com o raio de ponta da aresta. Quando a profundidade de corte for menor em relação ao raio de ponta, a parte do raio será a principal da aresta, gerando cavacos em espiral. Uma profundidade maior sofre menos influência do raio e mais do ângulo real de entrada da aresta, resultando num cavaco em espiral direcionado para fora. Entretanto, a faixa de avanço também afeta a largura da seção transversal e o fluxo de cavacos. Normalmente, cavaco com seção transversal quadrada significa compressão de cavaco excessiva, ao passo que um cavaco largo e delgado como uma esteira é formado em filamentos inadequadamente longos. Quando a curva do cavaco torna-se menor para um cavaco mais espesso, o comprimento de contato cavaco/ferramenta torna-se maior, resultando em mais deformação e pressão. Espessura excessiva influencia de maneira negativa o processo de usinagem. Além disso, se a faixa de avanço aumenta para um valor acima do projetado para a geometria da pastilha, o cavaco ultrapassará a geometria de formação de cavaco, fazendo com que a usinagem seja executada com uma geometria negativa em vez de positiva, sem quebra de cavaco equilibrada. Uma pastilha para acabamento, que trabalha principalmente com seu raio de ponta terá a geometria concentrada na ponta da pastilha, enquanto que uma pastilha para desbaste terá a geometria sobre a face de topo. Algumas pastilhas são capazes de gerar uma formação satisfatória de cavacos numa ampla faixa intermediária, com combinações incorporadas de quebra-cavacos, indo do raio de ponta e passando pela aresta da pastilha. 11 12 3 – PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS USINAGEM DA PEÇA Usaremos uma barra redonda de aço trefilado 1045. A figura abaixo mostra o projeto da peça a ser usinada. Fixando a barra na placa de castanha é necessário que fique bem presa para que não ocorra nenhum movimento falso ou vibração, pois o mínimo que seja pode ocasionar problema indesejado durante a usinagem. Operações de usinagem exige muito cuidado e atenção redobrada pois pode causar acidentes gravíssimos. As operações dessa peça tivemos que prende-la na placa do torno deixando um sobremetal para corte da mesma quando todas as operações estiverem acabadas, pois essa peça tivemos que fazer em duas operações: 1° lado e 2° lado Onde: 1° lado O primeiro em facear a barra , fazer um furo de centro, encostar o contra ponto para dar maior estabilidade na fixação para usinagem da peça, depois fizemos todos os canais como mostra na figura. Nota que quando usinamos com o bedame de 3mm tivemos que dar mais de um passe longitudinal onde o canal era de mais de 3mm de canal, logo depois usinamos a ponta e deixamos com 18,2 mm de diâmetro, deixando assim 0,2mm de sobremetal para quando for fazer a rosca, depois viramos o carrinho superior para a usinagem cônica do segundo rebaixo. Que por sua vez é cônico como mostra a figura, voltando o carro superior ao seu original, nós depois usinamos o terceiro rebaixo deixando na medida de 26mm de diâmetro, e em seguida usinamos o diâmetro de 30mm também já deixando acabado. Depois demos acabamento deixando com 18mm de diâmetro onde iremos a seguir fazer a rosca M18x1,5 , onde esse tipo de operação exige experiência pois um movimento errado pode levar ao erro e “matando a peça” em termos assim dizendo, pois 18 é o diâmetro acabado e 1,5 é o passo da rosca. Bom fizemos a rosca, depois disso posicionamos a ferramenta de recartilho para então fazermos o processo de conformação deixando o formado de recartilho na peça. Depois disso afastamos o contra ponto posicionamos a ferramenta de bedame novamente para corte da peça pois o primeiro lado esta pronto. 2° lado 13 Prendemos a peça novamente faceamos deixando no comprimento desejado, colocamos a broca de centro para então fazermos o furo guia, colocamos uma broca de 7mm para fazermos um chanfro, colocamos a broca de 5mm para fazermos um furo cego de 75mm de profundidade, e então fazemos por ultimo a rosca de M6mm com o auxilio de uma ferramenta chamado de macho maquina. Depois disso a peça estava finalizada. CRONOGRAMA DE USINAGEM DA PEÇA: Material usado – Aço trefilado 1045- 1 ¼ Pol Para facear Velocidade de 1255 rpm por avanço de 0.6mm Furo de centro velocidade de 2000 rpm Canais velocidade de 755 rpm pastilha de 3mm Desbaste da peça velocidade de 1255 rpm por avanço de 0,6mm Ângulo de 10° com velocidade de 1255 rpm Recartilho de velocidade de 460 rpm por 0,6mm de avanço Furo de centro velocidade com 115 rpm Furo broca de 5mm com velocidade de 755 rpm Macho M6mm com velocidade de 70 rpm FERRAMENTAS UTILIZADAS NO PROCESSO: 14 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS Podemos acompanhar o desenvolvimento das etapas da usinagem da peça e as operações práticas executadas pelo técnico mecânico, desde operações simples de desbaste da peça até operações mais complexas como a formação da rosca. PEÇA FINALIZADA: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Curso do Senai Wikipédia Processo de Usinagem – CEFET – MG Formação de Cavacos - http://www.usinagem-brasil.com.br
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