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Poder constituinte

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ASSUNTOS: (Texto 4)
Poder Constituinte;
Mutação Constitucional; e
Nova Constituição e Ordem Jurídica Anterior.
OBJETIVOS:
Conceituar Poder Constituinte;
Identificar e Caracterizar o Poder Constituinte Originário;
Classificar e Caracterizar o Poder Constituinte Derivado;
Conceituar Mutação Constitucional; e
Apontar as principais conseqüências da Nova Constituição em relação à Ordem
Jurídica Anterior.
SUMÁRIO:
I - INTRODUÇÃO
II - DESENVOLVIMENTO
1. Poder Constituinte;
2. Poder Constituinte Originário;
3. Natureza;
4. Subdivisão do Poder Constituinte Originário;
5.Características;
6. Formas de Expressão do Poder Constituinte Originário;
7. Poder Constituinte Derivado;
8. Mutação Constitucional; e
9. Nova Constituição e Ordem Jurídica Anterior.
III – CONCLUSÃO
 Questões Aplicadas no Exame de Ordem (OAB/RJ ) e outros
Concursos;
 Referências Bibliográficas.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	2
I – Introdução
A teoria do Poder Constituinte surge, em sua
feição clássica, com o desenvolvimento da Revolução
Francesa de 1789. Isto deveu-se principalmente às
idéias desenvolvidas pelo Abade Emmanuel Joseph
Sieyès que muito contribuiu para esse movimento
revolucionário.
O pensamento político-jurídico de Sieyès traz a
primeira noção de Poder Constituinte (originário,
supremo, fundacional, de primeiro grau, dentre outros)
cuja divulgação de sua obra - Que é o terceiro estado? -
concorreu para a ruptura do Antigo Regime.
Assim, Sieyès separou o poder constituinte dos
demais poderes, além de expressar as reivindicações da
burguesia contra o privilégio (clero e nobreza) e o
absolutismo.
1. Poder Constituinte
É o poder de elaborar ou atualizar uma
Constituição, através da supressão, modificação ou
acréscimo de normas constitucionais.
Portanto, a titularidade do poder constituinte,
conforme assinala a doutrina moderna, é o povo.
Originário
Poder Constituinte	Reformador
Derivado	Decorrente
Revisor
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	3
2. Poder Constituinte Originário
O poder constituinte originário (fundacional,
inicial, primário ou inaugural) é aquele que elabora uma
nova Constituição, rompendo por completo com a
ordem jurídica anterior.
Ou	seja,	o	objetivo	principal	do	Poder
Constituinte Originário é inaugurar um novo Estado,
diverso do que vigorava em decorrência do poder
constituinte precedente.
Vale	observar	que	existem	os	poderes
constituídos, isto é, Executivo, Legislativo e Judiciário
os	quais	são	instituídos	pela	Constituição,	em
decorrência do exercício do poder constituinte.
O Poder Constituinte Originário elabora a
Constituição e organiza juridicamente o Estado. Este
por sua vez é definido como uma nação política e
juridicamente	organizada,	graças	ao	advento	da
Constituição.
Poder Legislativo	Poderes
Poder Constituinte	CF	Poder Executivo
Poder Judiciário	Constituídos
Obs.:
- O Estado é uma pessoa jurídica de direito público, que
manifesta a sua vontade por meio de seus órgãos
diretivos. Os órgãos diretivos dos Estados são seus
poderes. A lei é a manifestação da vontade pelo poder
legislativo, assim como o ato é do poder executivo.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	4
- Princípio da Supremacia da Constituição
A constituição tem por origem a manifestação da
vontade da Nação. Ao passo que a lei, o ato
administrativo e a sentença são manifestações da
vontade do Estado. Por isso, estas manifestações não
podem alterar a Constituição.
3. Natureza (o que representa para o Direito?)
O poder constituinte originário é um poder de
fato, pois brota das relações político-sociais, seu
fundamento	reside	nas	necessidades	econômicas,
culturais, filosóficas, antropológicas e religiosas da vida
em sociedade.
Tal poder primário não tem como referencial
nenhuma norma jurídica que o precedeu. Trata-se de um
poder preexistente à ordem jurídica, ou melhor, não é
um poder jurídico, sujeito ao mundo do Direito, e sim
metajurídico ou extrajurídico.
Vale observar que existe uma corrente (adotada
pelo Brasil), liderada por Kelsen, Celso Bastos,
Canotilho, dentre outros, que considera o poder
constituinte originário como Poder de Fato, em face
dele não está respaldado em uma norma de Direito
Positivo. Para os juspositivistas, o direito só existe,
enquanto norma escrita.
Por outro lado, uma segunda corrente, liderada
por Sieyès, Manoel Gonçalves, Pinto Ferreira, defende
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	5
que esse poder originário é um Poder de Direito, porque
está ancorado em normas de Direito Natural.
Obs.: Positivismo: baseia-se nas normas positivadas;
Naturalismo: baseia-se em princípios de direito;
Pós-positivistas: acolhe as normas e os princípios.
Assim, há normas-princípios. Normas são os
gêneros; os princípios e as regras são as espécies.
Portanto, existem normas-princípios e normas-
regras (estas já foram positivadas).
4. Subdivisão do Poder Constituinte Originário
Pode	ser	subdividido	em	histórico	e
revolucionário.
Histórico (ou Material) – é o poder de auto-organização
do Estado, seria o verdadeiro poder constituinte
originário estruturando, pela primeira vez, o Estado.
Portanto, ele antecede o poder constituinte originário
formal.
Revolucionário (ou Formal) – aquele que rompe por
completo com a antiga ordem e instaura um novo
Estado. Trata-se do órgão que elabora o novo texto
constitucional.
5. Características
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	6
O poder constituinte originário caracteriza-se
pelos seguintes atributos: inicial, autônomo, ilimitado,
incondicionado e soberano na tomada de suas decisões.
Inicial – antecede e instaura a nova ordem jurídica do
Estado (originário);
Qual o efeito do exercício do poder constituinte
originário sobre a constituição e a legislação anteriores?
No que tange à Constituição Federal antiga, a
nova gerará ab-rogação total. A CF antiga estará
inteiramente revogada.
Ilimitado – não tem que respeitar os limites postos pelo
direito anterior;
As restrições não são jurídicas, mas poderão ser
de ordem ética, moral, religiosa etc.
Ex.: 1) Uma nova constituição pode instituir o
nazismo. Juridicamente ela será válida por não haver
restrições. Entretanto, não seria ética. Assim, pode-se
dizer que há limitações extrajurídicas.
Ex.: 2) - Em um determinado País se instaura uma Assembléia Nacional Constituinte,
elabora-se um regimento interno que regrará o funcionamento da Assembléia Nacional
Constituinte, e a partir dali começam a elaborar a Constituição para aquele país, num
exercício do poder constituinte originário, juridicamente ilimitado. No transcorrer das
votações, dos debates entre os constituintes, em determinada votação, certo constituinte julga
que o regimento interno da assembléia nacional constituinte foi violado, foi descumprido o
art. 15 do regimento interno, porque não havia o quorum para votar esse tipo de matéria,
porque tal discussão não passou pela comissão “x” que seria de passagem obrigatória segundo
o regimento interno. Então, eles discutem a própria validade da votação no seio da
Assembléia Nacional Constituinte. Um constituinte inconformado por que a Mesa da
Assembléia Constituinte mantém a mesma postura, ele recorre ao Poder Judiciário postulando
a anulação daquela votação – Fundamento: Violação do regimento Interno da Assembléia
Nacional Constituinte (È uma votação dentro da assembléia descumprindo suas próprias
regras).
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	7
Pergunta-se: Será que o Poder Judiciário pode
apreciar um pedido como esse?
R: Não, porque para quem exerce o poder constituinte originário não existe
Poder Judiciário ainda constituído, pois o Poder Judiciário existente é fundado
na antiga Constituição que ainda está em vigor, mas não pode intervir em face
do Poder Constituinte Originário ser ilimitado juridicamente e não encontrar
nenhum Poder constituído diante de si (exemplo retirado de apontamentosdo
Prof. Berthier).
Soberano – mais do que um poder autônomo, é auto-
suficiente. Não tem como referencial atos
normativos, estes lhe tomam de parâmetro
para serem válidos com a nova Constituição.
A soberania pode ser vista sob o ângulo
interno (ápice da pirâmide do direito público
interno)	e	externo	(noção	de	direito
internacional). Poder supremo (interno) e
independente (externo).
Incondicionado – não está sujeito a nenhuma condição (
norma), não encontra condicionamentos a sua
existência, é juridicamente ilimitado e livre de
qualquer formalidade.
Permanente – é um poder contínuo, atemporal, pronto
para ser acionado a qualquer momento, não se
basta com a sua obra originária, pois se isso
ocorresse estaríamos com a Constituição de
1824.	Cabe	observar	que	esse	novo
acionamento do poder constituinte originário,
ocorre sob as vestes do poder constituinte
derivado.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	8
6. Formas de Expressão do Poder Constituinte
Originário
As	principais	formas	de	expressão	ou
manifestação do poder constituinte originário são:
outorga e assembléia nacional constituinte.
Outorga
 Caracteriza-se pela declaração unilateral do agente
revolucionário. Inexiste o debate democrático, bem
como	a	participação	dos	governados.	Ex.:
Constituições de 1824, 1937, 1967 e EC n. 1/69.
Assembléia Nacional Constituinte (ou Convenção)
 Nasce da deliberação da representação popular. Ex.:
Constituições de 1891, 1934, 1946 e 1988.
 A Assembléia Nacional Constituinte é um órgão
integrado por representantes eleitos pelo povo. Estes
representantes	se	reunirão	e	promulgarão	a
constituição, pois são os exercentes do Poder
Constituinte.
 Cumpre assinalar que quem figura como exercente do
poder constituinte originário é o órgão ou a pessoa
que em nome do povo edita a Constituição.
 Exercente (agente) – é aquele que exerce o poder
constituinte em nome do titular (povo). Exemplos:
 Promulgação	–	representantes	eleitos
(Assembléia Nacional Constituinte);
 Promulgação	–	comando	revolucionário
(Comando da Revolução Vitoriosa);
 Outorga – liderança de movimento autocrático
(Comando de Golpe Vitorioso: não há vontade do
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	9
povo, consequentemente não há consenso e nem
legitimidade ).
 OBS.:
a) A diferença de órgão e entidade: “órgão” não
tem personalidade jurídica, enquanto “ente” possui.
b) Assembléia Nacional Constituinte Pura: é
aquela que foi eleita com exclusiva finalidade de
promulgar	a	Constituição,	com	a	criação	da
Constituição ela se exaure.
c)Assembléia Nacional Constituinte Congressual:
eleita por um prazo, faz a Constituição e depois eles
continuam como legisladores, mas com a Lei Maior já
produzida. Ex.: Assembléia Nacional Constituinte de
1986,	de	manhã	eram	legisladores,	à	tarde,
Constituintes.
7. Poder Constituinte Derivado
Reformador	altera a C F.
Poder Constituinte Derivado
Decorrente	cria e reformula as
Constituições
Estaduais.
O Poder Constituinte Derivado é um poder de
direito, sendo criado e instituído pelo poder constituinte
originário. Inclusive, está respaldado em normas de
direito, ou seja, na Carta Magna.
O	Poder	Constituinte	Derivado	é	também
denominado de instituído, constituído, de segundo grau
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	10
ou secundário, inclusive tem natureza jurídica, enquanto
o poder originário é um poder de fato, um poder político
que possui uma força ou energia social.
Observa-se que, enquanto o Poder Constituinte
Originário é inicial, ilimitado e incondicionado, o Poder
Constituinte	Derivado	é	limitado,	secundário	e
condicionado aos parâmetros impostos pelo seu criador.
Impende assinalar que existem duas espécies de
poder constituinte derivado: a primeira é o Poder
Constituinte Derivado Reformador, destinado a rever a
CF; a segunda é o Poder Constituinte Derivado
Decorrente, cuja essência é estabelecer e modificar as
constituições dos Estados-membros.
A CRFB/88 disciplina em seu texto o regime
jurídico do poder constituinte derivado, conforme a
seguir:
• Art.60 – disciplinou a emenda á Constituição;
• Art. 3º do ADCT - previu a revisão constitucional,
isto é, cinco anos após a promulgação do Texto Maior
(1994),	foram	promulgadas	seis	Emendas
Constitucionais de Revisão (ECR), dessa forma
esgotou-se a eficácia desse artigo;
• Art. 11 do ADCT – estabeleceu prazo de um ano para
o poder constituinte derivado decorrente ser exercido.
7.1 Poder Constituinte Derivado Reformador
O poder constituinte derivado reformador tem a
capacidade de modificar a Carta Magna (arts. 59, I e 60
da CRFB/88), através de um procedimento específico,
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	11
estabelecido pelo originário, sem que	haja uma
verdadeira revolução.
A manifestação do poder constituinte reformador
verifica-se	através	das	emendas	constitucionais
(alteração localizada), e pelo poder de revisão (reforma
de maior amplitude), embora no Brasil não há mais falar
em ECR (eficácia exaurida e aplicabilidade esgotada,
conforme art. 3º do ADCT).
Portanto, o poder constituinte originário permite
a alteração do Texto Magno, mas terá que obedecer
alguns limites:
• proibição de alterar a Constituição na vigência de
estado de defesa, de sítio, ou sob intervenção
federal(art. 60, § 1º - limitação circunstancial);
• quorum qualificado de três quintos (art. 60, § 2º -
limitação procedimental ou formal);
• existência de um núcleo (irreformável) de matérias
intangíveis, isto é, não podem ser objeto de
deliberação a proposta de emenda tendente a abolir as
notáveis	cláusulas	pétreas	(cláusulas	de
inamovibilidade) previstas no art. 60, § 4º, da CF/88
(limitação material explícita).
Limitações	existentes	ao	poder	de	reforma
constitucional, conforme Nélson de Souza Sampaio:
Temporal
Limitações Circunstancial
Explícita Material
Implícita
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	12
1) Temporal
Está impedida a reforma da constituição durante
um certo intervalo de tempo. Durante este tempo, não
poderá haver revisão.
No Brasil não há limitação temporal. Somente a
Constituição de 1824 (Imperial) teve tal limitação.
O ADCT em seu art. 3º - não limitação temporal.
Trata-se de um tipo de reforma e não de emenda.
Art. 60, § 1º CF/88 - a matéria não pode ser objeto
de mesma proposta no mesmo ano.
2) Circunstancial
A reforma constitucional fica impedida durante a
ocorrência de uma circunstância extraordinária.
Art. 60, § 1º CF/88: não cabe emenda ou reforma
em Estado de defesa, de sítio e intervenção federal.
Inefetividade da intervenção federal. Por que a
intervenção	federal	tornou-se	inefetiva?	O	que
simboliza a inefetividade?
Significa que em vários Estados há a causa para a
sua decretação, mas ela nunca é colocada em prática. E
por quê?
A causa está no art. 60, § 1º da CF/88 = como ainda
necessitamos fazer várias emendas e há cinco em
andamento, havendo uma intervenção elas não poderão
ocorrer. A causa é não impedir a reforma da
constituição.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	13
Com isso ocorre o que alguns autores chamam de
intervenção branca, é aquela não prevista na CF, mas
que a prática acaba criando. Ex.: uso das Forças
Armadas. Não há previsão constitucional do uso do
exército em patrulhamento urbano. Na intervenção
federal, que é um estado de exceção, ela recai sobre a
autonomia do Estado. Não se afasta qualquer direito ou
garantia.
2) Material
Refere-se	à	certa	matéria.	A	reforma	é
impossibilitada em relação a certa matéria. Esta pode
ser implícita (decorre do sistema) ou explícita (norma
expressa), conforme haja ou não norma expressa.
- Explícita - há norma expressa indicando a
limitação. Ex.: cláusula pétrea (art. 60, § 4º
CF/88)
- Implícita :
 Titularidade e exercício do poder constituinte não
poderão ser alterados (art. 1º, parágrafo único
CF/88).
 Processo de reforma constitucional. Não caberá
reforma no art. 60, caput, § 2º,§ 3º, § 5º CF/88. Os
§§ 1º e 4º referem-se a outros fatores. Seria como se
a Emenda alterasse as regras da Emenda. Assim,
esta é uma limitação inequívoca.
7.2 Poder Constituinte Derivado Decorrente
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	14
O	poder	constituinte	derivado	decorrente
estabelece	e	reformula	a	constituição	estadual,
organizando o Estado-membro, conforme a CF.
Esse poder secundário é também chamado de
poder	constituinte	estadual,	atua	como	poder
institucionalizador, quando vai criar a constituição do
estado (CE) e como poder de reforma estadual, quando
Viabilizar as alterações nas cartas estaduais.
Conforme Celso Bastos, o único ponto comum
entre o Poder Constituinte Nacional e o chamado Poder
Constituinte Estadual é que ambos se reúnem para
elaborar uma Constituição.
De outro ângulo, esse autor destaca que tudo o
mais	são	diferenças,	dentre	elas	cita:	o	poder
constituinte	originário	é	soberano	e	não	está
subordinado a nenhuma limitação jurídica, enquanto o
poder constituinte estadual é autônomo e atua dentro de
uma área de competência delimitada pela Constituição
Federal.
Essa competência o qual lhe confere autonomia
é delegada pelo Poder Originário e decorre da
capacidade de auto-organização (poder de elaborar
suas normas, a começar pela própria Constituição do
Estado-membro, art. 25 da CF/88), autogoverno
(competência para estabelecer a estrutura dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, conforme arts. 27,
28 e 125 da CF), auto-administração e autolegislação
(capacidade de estabelecer regras de competência
legislativa e não legislativas, arts. 18 e 25-28 da CF).
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	15
De acordo com Uadi Lammêgo Bulos, tal poder
decorrente	se	desenvolve	norteado	por	limites,
conforme se segue:
princípios constitucionais sensíveis (ou enumerados) –
art. 34, VII, a-e, da CF/88;
princípios constitucionais estabelecidos (organizatórios)
– são aqueles que vedam, ou proíbem a ação
indiscriminada do poder decorrente, dentre eles:
• limites explícitos vedatórios – proíbem os Estados de
praticar atos ou procedimentos contrários ao fixado
pelo poder constituinte originário (arts. 19, 35, 150,
152)
• limites explícitos	mandatórios –	restrições à
liberdade de organização (arts. 18, §4º, 29, 31,§ 1º, 37
a 42, 96, 98, 125, § 2º etc.).
• limites inerentes – implícitos ou tácitos, vedam
qualquer possibilidade de invasão de competência por
parte dos Estados-membros (arts. 21e 22; 30; 34, VII,
c; 25§ 3º;
• limites decorrentes -	decorrem de disposições
expressas (necessidade de observância do princípio
federativo, art. 1º, caput; art.1º, III, da dignidade da
pessoa humana; art. 5º, caput, da igualdade; art. 37, da
moralidade; art. 43, do combate às desigualdades
regionais etc.
Por fim,	o	Poder	Constituinte	Decorrente,
segundo Ana Cândida da Cunha Ferraz, tem um caráter
de complementaridade em relação à Constituição e
destina-se a concluir a obra do poder originário nos
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	16
Estados Federais, para estabelecer a constituição dos
seus Estados-membros.
8. Mutação Constitucional
É o fenômeno pelo qual os textos constitucionais
são alterados sem revisões ou emendas. É uma alteração
de contexto sem modificar o texto.
Trata-se de um processo informal de mudança
das constituições que atribui novos sentidos as suas
normas, isto é, recebem um sentido diferente do
originário.
O	fenômeno	das	mutações	constitucionais,
conforme Uadi Bulos, é uma constante na vida dos
Estados. As constituições, como organismos vivos que
são, acompanham o evoluir das circunstâncias sociais,
políticas, econômicas, pois, se não alteram o texto na
letra e na forma, modificam-no na substância, no
significado,	no	alcance	e	no	sentido	de	seus
dispositivos.
Exemplos:
 Lei sobre concubinato. Art. 223, § 3º CF disciplina a
união estável. Na doutrina e na jurisprudência começa
a ser aceita a idéia de união estável sem a co-
habitação. O mesmo acontecendo com a união
homoafetiva.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	17
 O Poder Judiciário (STF) ao interpretar o art. 5º, inc.
XI, da CF/88, pacificou o entendimento de que a
palavra casa inserida nesse preceito, não é apenas a
residência, a habitação com intenção definitiva, mas
todo local, determinado e separado, que alguém ocupa
com exclusividade, a qualquer título, inclusive
profissionalmente. Assim, o conceito de casa estende-
se	ao	escritório	de	empresa	comercial	e
conseqüentemente	essa	interpretação	enseja	a
mutação constitucional.
Por fim, MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL nada
mais é do que uma alteração da constituição em função
de nova exegese que se dá ao texto que já existia, mas
que até então recebia outra interpretação.
9. Nova Constituição e Ordem Jurídica Anterior
O efeito da Constituição vigente sobre a anterior
é de revogação total ou ab-rogação.
Cabe assinalar que a conseqüência da nova
Constituição sobre a legislação ordinária precedente é o
fenômeno de a norma ser ou não recepcionada.
A recepção é o ingresso na nova ordem jurídica
de normas ordinárias anteriores à Constituição e com
esta compatível. Contudo, quando ocorre dessas normas
ordinárias anteriores conflitarem materialmente com a
nova Carta Magna, tais normas são revogadas.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	18
Nesse contexto, é importante destacarmos a não
adoção, no Brasil, da Teoria da Desconstitucionalização
e alguns institutos assemelhados ao da recepção, porém
com ele não se confunde: Repristinação, Efeito
Repristinatório, Mutação Constitucional (já analisada),
Filtragem	Constitucional	e	Inconstitucionalidade
Superveniente.
Desconstitucionalização – essa teoria, que não é adotada
pelo Brasil, consiste no fato de que as normas formais
da Constituição anterior, desde que compatíveis com a
nova ordem, permanecem em vigor, mas com o status
de norma infraconstitucional.
Adotamos	a	Teoria	da	Ab-rogação,	conforme
entendimento do STF, e não mais se discute se existe a
desconstitucionalização.
Esta teoria é austríaca e tem como base as idéias de
Carl Schimitt. Ele parte de uma distinção de que a
norma pode ser formal ou materialmente constitucional.
As	formalmente	constitucionais	são	aquelas
previstas no texto da constituição, mesmo que versem
sobre matérias que não lhes são próprias. Ex.: art. 242,
§1º CF/88.
As materialmente constitucionais são aquelas que
versem sobre matéria constitucional, mesmo não
estando em seu texto, isto é, mesmo que não estejam na
constituição.
Exemplos:
O CC menciona o direito ao nome, que é uma
garantia/direito fundamental.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	19
O CPC refere-se à citação. A citação é um
instrumento que perfaz o contraditório e permite o
exercício	da	ampla	defesa	que	são	garantias
constitucionais.
O CP em seu art. 150, §5º conceitua domicílio,
dizendo-o inviolável, o que é garantia constitucional.
O CPP menciona as formalidades da prisão
provisória.
O CTN em seu art. 9º menciona e limita as ações do
poder de tributar que são garantias constitucionais.
As normas que estão na constituição e versem sobre
questões constitucionais são material e formalmente
constitucionais.
A teoria da desconstitucionalização preceitua que
surgida constituição nova, deve-se verificar na antiga
quais são as normas formalmente constitucionais e quais
são as formal e materialmente constitucionais.
Estas	normas	formal	e	materialmente
constitucionais,	surgida	nova	constituição	estarão
revogadas	automaticamente.	As	formalmente
constitucionais da constituição antiga permanecem em
vigor, mas como normas legais. Elas perdem seu caráter
constitucional,	de	acordo	com	a	Teoria	da
Desconstitucionalização.
Repristinação - trata-se de um instituto que, em regra
geral, também não é adotado no Brasil, salvo se a nova
ordem jurídica expressamente assim se pronunciar.
Repristinação é um termo formado da partícula re
(retomar, retornar) e pristimus(adjetivo latino: anterior,
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	20
precedente), para significar revigoração de normas
legais em virtude de cessação da vigência de lei que as
havia revogado.
Pressupõe a existência de três normas:
“Lei A”	“Lei B”	“Lei C”
Revoga “A”	Revoga “B”
A lei “A” só repristinaria, isto é, voltaria a produzir
efeitos, tão-somente se a nova ordem jurídica (“C”)
expressamente declarar (art. 2º, § 3º da LICC).
Efeito Repristinatório – pressupõe duas normas e uma
revogação inválida.
“Lei A”	“Lei B”
Revogação Inválida de “A”
A	norma	“B”	(posterior),	embora	tenha
invalidamente revogado a norma “A” (anterior), foi
declarada	inconstitucional.	Logo,	o	efeito
repristinatório é a retomada de vigência de uma norma
(“A”),	supostamente	revogada,	declarada
inconstitucional (art. 11, §2º da Lei 9868/99).
Cabe assinalar que o efeito repristinatório decorre
de	um	ato	jurisdicional	(declaração	de
inconstitucionalidade).
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	21
Inconstitucionalidade Superveniente – é um dos tipos de
inconstitucionalidade em que o vício aparece depois
(pode decorrer de uma mudança fática, ex., lei sobre
meio ambiente que depois se torna inconstitucional).
Inclusive, insta ressaltar que o STF não admite a
teoria da inconstitucionalidade superveniente de ato
produzido antes da nova constituição e perante o novo
paradigma.
Neste caso, ou se fala em compatibilidade e aí
ocorrerá recepção, ou revogação por inexistência de
recepção.
Assim, o STF esclarece que vigora o princípio da
contemporaneidade, isto é, uma lei só é constitucional
perante o paradigma de confronto em relação ao qual
ela foi produzida.
III – CONCLUSÃO
Questões Aplicadas no Exame de Ordem (OAB/RJ ) e
outros Concursos
1) Quanto ao poder constituinte derivado podemos afirmar que:
A. Tem como principais características ser secundário, autônomo, incondicionado e limitado;
B. No exercício do poder constituinte decorrente atua de forma ilimitada, dada a autonomia dos
Estados Membros no sistema federativo;
C. Pode ser dividido em poder constituinte reformador, sendo o poder de modificar a Constituição
da República e, no poder constituinte decorrente, poder de instituir a constituição estadual;
D. No que tange a Constituição Federal, possui apenas limitações materiais e circunstanciais.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	22
2) No que se refere ao poder constituinte, marque a opção correta:
A. A convocação do poder constituinte originário implica na restauração de uma ordem jurídica
pretérita, invocando-se as tradições culturais do povo e a manutenção do status quo da
sociedade.
B. O poder constituinte derivado tem a função de regulamentar o texto constitucional, não sendo
lícito afirmar que poderá modificá-lo.
C. Enquanto convocado, o poder constituinte originário de essência democrática, poderá modificar
relações jurídicas em curso, interferindo no funcionamento de órgãos políticos antes mesmo da
"promulgação" da nova Constituição.
D. Duas são as funções primordiais do poder constituinte derivado: regulamentar o texto
constitucional, produzindo normas infraconstitucionais; e promover a reforma da Carta através
de produção de normas constitucionais derivadas.
3) No que concerne ao Poder Constituinte, à Constituição, à eficácia e aplicabilidade das normas
constitucionais e à reforma do Texto fundamental, indique a alternativa VÁLIDA:
a. O Poder Constituinte derivado decorrente, cujo exercício autoriza a organização dos Estados
federados através da promulgação de Constituições próprias, além de secundário, é limitado e
condicionado;
b. Segundo a doutrina assente, as denominadas Constituições históricas, quanto ao modo de
elaboração, são aquelas que, conexas à idéia de documentos solenes, só podem ser alteradas
através de processo qualificado ou dificultoso;
c. Deve ser considerada de eficácia limitada, de acordo com a doutrina sustentada a partir das
lições de José Afonso da Silva, a norma inserta no art. 5°, inc. VIII, da Constituição da
República, segundo a qual "ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou
de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
d. A proposta de emenda à Constituição pode ser apresentada, ao Congresso Nacional, por
qualquer Deputado ou Senador, individualmente, no exercício de sua atividade parlamentar,
assim como pelo Presidente da República, através de mensagem.
4) Em tema de Poder Constituinte, de Constituição e do reflexo dessa sobre a legislação ordinária
anterior é CORRETO afirmar:
a. Que o Poder Constituinte originário, segundo a doutrina, é responsável pela produção primitiva
da ordem jurídica fundamental do Estado, assim como pela alteração do Texto dela resultante,
sem qualquer limitação, através do processo de emenda constitucional;
b. Que, consoante o modo de elaboração, são classificadas como históricas as Constituições que
possuem uma parte rígida e outra flexível, sendo facultada a alteração da parte rígida através
de processo legislativo ordinário ou não dificultoso;
c. Que a regra contida no art. 1º, caput, da Lex Fundamentalis, dispondo que "A República
Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito", revela exemplo, de acordo com a
classificação do Prof. José Afonso da Silva, de norma constitucional de eficácia limitada e
princípio institutivo;
d. Que o fenômeno da recepção consiste no acolhimento de norma legal, editada ao tempo de
Constituição anterior, que não confronte, materialmente, com a nova ordem fundamental.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	23
5) Em tema de Poder Constituinte e de Constituição da República Federativa do Brasil, é lícito
afirmar que:
a. A Constituição em vigor é produto do Poder Constituinte derivado decorrente, que é ilimitado e
incondicionado;
b. É material a limitação que proíbe a alteração do texto da constituição na vigência de
intervenção Federal, de estado de defesa e de estado de sítio;
c. A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, com o respectivo número de ordem;
d. Os Municípios, assim como os Estados Federados, exercem, no sistema em curso, Poder
Constituinte originário para a promulgação de suas respectivas Leis Orgânicas, com a sanção
dos Prefeitos Municipais.
6) Assinale a alternativa correta:
a. O Poder Constituinte originário exercitado, no Estado Federal brasileiro, pelo Distrito Federal e
pelos Municípios, na formulação das suas respectivas Constituições, é limitado e condicionado;
b. A proposta de emenda à Constituição Federal será discutida e votada em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três
quintos dos votos dos respectivos membros;
c. O Poder Constituinte derivado decorrente utilizado, no Estado Federal brasileiro, pelos Estados
Federados, na elaboração das suas respectivas Constituições, é ilimitado e incondicionado;
d. A proposta de emenda à Constituição Federal, depois de aprovada pelas Casas do Congresso
Nacional, será sancionada e promulgada pelo Presidente da República, com o respectivo número
de ordem.
7) O poder constituinte derivado de reforma, com forra de emendar a Constituição da República
Federativa é:
a. Inicial, incondicionado e ilimitado;
b. Soberano, permanente e incondicionado;
c. Secundário, limitado e condicionado;
d. Temporário, autônomo e ilimitado.
8) Assinale a opção correta:
a. O poder constituinte originário é autônomo, ilimitado e condicionado, apenas, às cláusulas
pétreas;
b. A Constituição Federal não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado
de defesa ou de estado de sítio;
c. Constitui limitação circunstancial a proibiçãode deliberação acerca de proposta de emenda
tendente a abolir a forma federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, a
separação de Poderes e os direitos e garantias individuais;
d. A proposta de emenda aprovada pelas Casas do Congresso Nacional será submetida ao
Presidente da República que, aquiescendo, a sancionará.
9) Assegura-se, em tema de Poder Constituinte e de alteração de texto constitucional, que é
procedente a assertiva:
a. O Poder Constituinte originário, responsável, nos Estados Federais, pela organização dos Estado
Federados, é inicial e limitado, apenas, às cláusulas pétreas;
b. É de ordem circunstancial a limitação que proíbe emenda à Constituição na vigência de
intervenção federal, de estado de defesa e de estado de sítio;
c. A proposta de emenda à Constituição, aprovada pelas Casas do Congresso Nacional, em dois
turnos, por três quintos, em ambos, dos votos dos respectivos membros, será encaminhada ao
Presidente da República que, aquiescendo, a sancionará;
d. O Poder Constituinte derivado é exercido pelo Municípios para a promulgação das leis orgânicas,
com a contribuição dos Prefeitos Municipais.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	24
10) Identifique, dentre as hipóteses abaixo, a alternativa verdadeira:
a. O Poder Constituinte originário deferido aos Estados Federados, de sorte a que se auto-
organizem, é inicial, permanente, ilimitado e incondicionado;
b. A rigidez constitucional, identificada nas Constituições escritas, está apoiada na idéia da
imutabibilidade do Texto Fundamental por processo ordinário de elaboração legislativa;
c. A recepção, como fenômeno da norma legal no tempo, corresponde à restauração de vigência
de lei revogada, pela perda de vigência da lei revogadora;
d. A norma contida no art. 5°, inciso XIII, da Constituição da República Federativa do Brasil em
vigor, enunciando que "livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer", constitui exemplo, segundo a classificação de
José Afonso da Silva, de norma constitucional de eficácia limitada.
11) Assinale, dentre as alternativas abaixo, a afirmação verdadeira:
a. O Poder Constituinte derivado decorrente institucionalizador é exercitado pelo Congresso
Nacional, de forma ilimitada e incondicionada, para prover a reforma da Constituição Federal;
b. A proposta de emenda à Constituição aprovada pelas Casas do Congresso Nacional, em dois
turnos de discussão e votação, será encaminhada ao Presidente da República que, aquiescendo,
a sancionará;
c. As cláusulas pétreas, hospedadas no art. 60 § 4º, da Constituição Federal, revelam hipótese de
limitação material explícita ao poder de reforma constitucional;
d. As Constituições do tipo rígido somente poderão ser alteradas por atividade de Assembléia
Constituinte, convocada, especialmente, para tal fim.
Respostas Corretas: 1-c; 2- d; 3- a; 4-d; 5-c; 6-b; 7-a; 8-b; 9-b; 10-b; 11-c.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho	25
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MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Lúmen
Júris, 2008.
SILVA, José Afonso da. Curso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 28. ed. São
Paulo: Malheiros, 2006.
TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. 5ª ed. São Paulo: Saraiva,
2007.
Obs.: Na elaboração deste Plano de Aula, fiz uso de todas as Referências
Bibliográficas acima descritas, principalmente os livros dos Professores Pedro
Lenza e Uadi Lammêgo Bullos. Vale destacar que também utilizei de minhas
anotações realizadas em salas de aula durante Cursos ministrados pelos
eminentes Professores: Cláudio Brandão, Daniel Sarmento, Guilherme Peña
de Moraes, Humberto Peña de Moraes e Rogério Gesta Leal.

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