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Avaliação de Impacto Ambiental grupo 8

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1 
 
Universidade Federal de Sergipe 
Centro de Ciências Exatas e Tecnologia 
Departamento de Engenharia Civil 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL 
 
 
 
Saneamento e Meio Ambiente − Turma 01 
Prof. Daniel Moureira Fontes Lima 
 
 
 
 
Aline Rocha Santana Lima 
Amanda Vieira de Jesus 
João Paulo Reis Menezes 
Kelly Marina Silva Santos 
Larissa Chagas Cordeiro 
 
 
 
 
 
São Cristóvão, SE 
25 de Abril de 2016 
 
2 
 
Universidade Federal de Sergipe 
Centro de Ciências Exatas e Tecnologia 
Departamento de Engenharia Civil 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à 
Universidade Federal de 
Sergipe, Centro de Ciências 
Exatas e Tecnologia, 
Departamento de Engenharia 
Civil, como forma de Avaliação 
da disciplina Saneamento e 
Meio Ambiente. 
 
 
Saneamento e Meio Ambiente − Turma 01 
Prof. Daniel Moureira Fontes Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Cristóvão, SE 
25 de Abril de 2016 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 5 
2. QUALIDADE AMBIENTAL ....................................................................................................... 6 
3. AÇÕES ANTRÓPICAS ................................................................................................................ 7 
4. IMPACTOS AMBIENTAIS ......................................................................................................... 8 
5. CARACTERÍSTICAS DE UM IMPACTO AMBIENTAL .................................................... 10 
5.1. CARACTERÍSTICAS DE VALOR ..................................................................................... 10 
5.2. CARACTERÍSTICAS DE ORDEM ..................................................................................... 10 
5.3. CARACTERÍSTICAS ESPACIAIS ..................................................................................... 11 
5.4. CARACTERÍSTICAS TEMPORAIS ................................................................................... 11 
5.5. CARACTERÍSTICAS DE RECUPERAÇÃO ...................................................................... 12 
6. INDICADORES AMBIENTAIS ................................................................................................ 12 
6.1. INDICADOR DE QUALIDADE AMBIENTAL ................................................................. 12 
6.2. INDICADOR ECOLÓGICO ................................................................................................ 12 
6.3. INDICADOR DE IMPACTO ............................................................................................... 13 
6.4. INDICADOR DE PRESSÃO AMBIENTAL ....................................................................... 13 
6.5. INDICADOR DE RESPOSTA SOCIAL .............................................................................. 13 
7. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .................................................................... 13 
7.1. O QUE DIZ A CONSTITUIÇÃO FEDERAL ...................................................................... 13 
7.2. DEFINIÇÃO E ORIGEM DA AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .............. 14 
7.3. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NO BRASIL ......................................... 14 
7.4. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL ............................................................................. 14 
7.5. RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL ...................................................................... 16 
8. RELATÓRIO AMBIENTAL PRELIMINAR (RAP) .............................................................. 17 
8.1. O QUE É O RAP ................................................................................................................... 17 
8.2. O QUE DEVE CONTER NO RAP ....................................................................................... 17 
8.3. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL PRELIMINAR DA ÁREA ............................................... 18 
8.4. IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ........................................................ 19 
9. AUDIÊNCIA PÚBLICA ............................................................................................................. 20 
10. MITIGAÇÃO E IMPACTOS AMBIENTAIS NA GERAÇÃO DE ENERGIA ............... 22 
10.1. MITIGAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS ............................................................... 22 
11. IMPACTOS AMBIENTAIS NA GERAÇÃO DE ENERGIA ........................................... 23 
11.1. USINAS HIDRELÉTRICAS ............................................................................................ 23 
11.2. ETANOL ........................................................................................................................... 26 
 
4 
 
12. IMPACTOS GERADOS POR OBRAS RODOVIÁRIAS ................................................... 27 
13. IMPACTOS GERADOS POR ATERROS SANITÁRIOS ................................................. 28 
14. MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL .................................... 30 
15. CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 32 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 33 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A preocupação com o meio ambiente começou a entrar definitivamente na agenda 
de governos de muitos países por volta de 1970. Isso se deu, sobretudo, em resposta às 
pressões para que os aspectos ambientais passassem a ser considerados na tomada de 
decisões sobre a implantação de projetos capazes de causar significativa degradação 
ambiental. 
O conceito de Impactos sobre o Meio Ambiente demonstrou, após sua consolidação, 
que sua avaliação pode ser feita com razoável margem de objetividade, de modo que 
possa ter aceitação e representatividade social e transformar-se em um instrumento de 
tomada de decisões no licenciamento Ambiental. 
A gestão Ambiental em todos os âmbitos de competência precisa não somente 
controlar a degradação das atividades potencialmente poluidoras, mas sim e, 
principalmente, evitar que elas ocorram antes da instalação e durante a operação das 
mesmas. 
As características básicas de uma Avaliação de Impacto Ambiental são: 
a) Descrever a ação proposta e as alternativas a ela; 
b) Prever a natureza e a magnitude dos efeitos ambientais; 
c) Identificar as preocupações humanas relevantes; 
d) Listar os indicadores de impacto a serem utilizados e, para cada um, definir sua 
magnitude e os pesos de cada indicador; 
e) A partir dos valores previstos em b, determinar os valores de cada indicador de 
impacto e o impacto ambiental total. 
O presente trabalho irá tratar de conceitos sobre Qualidade Ambiental e Impacto 
Ambiental. Em seguida, serão abordadas a legislação e as origens do Estudo e da 
Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) e como ambos estão inseridos no contexto da 
Gestão Ambiental. Também será falado sobre o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e 
seu respectivo Relatório e a participação popular durante o processo de licenciamento. 
Entretanto, os métodos para Avaliação de Impacto Ambiental não serão estudados em 
detalhes. 
 
6 
 
2. QUALIDADE AMBIENTAL 
 
Na revista eletrônica do IBAMA, edição nº 01 de janeiro de 2011, é apresentada 
uma reflexão sobre os conceitos de qualidade ambiental por diversos autores. Para eles, 
não há um conceito aceito universal, pois a qualidade ambiental está ligada às condições 
físicas, químicas, biológicas,humanas e sociais para a sobrevivência dos indivíduos. 
Nos dois parágrafos seguintes serão expostas definições citadas na revista. 
“Segundo o filósofo Schopenhauer (1848), a qualidade é um conceito tanto 
relacional quanto relativo. A qualidade de uma entidade específica sempre irá depender 
das necessidades do usuário. A água superficial com níveis de oxigênio muito baixos 
pode ser de baixa qualidade para o peixe, entretanto pode ser um bom ambiente para os 
seres anaeróbicos. Além de ser relacional, a qualidade é também relativa desde que não 
tenha um tamanho absoluto. Alguma coisa pode somente ter (mais ou menos) qualidade 
com respeito à escolha ou a uma referência dada”. 
“Segundo o conceito encontrado no Thesaurus da EIONET (European Environment 
Information and Observation Network), qualidade ambiental significa, de forma 
generalizada ou localizada, o conjunto de propriedades e características do meio 
ambiente que incide sobre os seres humanos e outros organismos. Nesse contexto, 
qualidade ambiental é um termo geral que pode referir-se a características variadas, tais 
como pureza ou poluição da água e do ar, ruído, acesso aos espaços abertos, efeitos 
visuais das áreas construídas e efeitos potenciais que tais características podem ter na 
saúde física e mental dos indivíduos” 
De maneira geral, segundo a definição do Glossary of Environment Statistics 
(1997), qualidade ambiental é o estado de condições do meio ambiente, expressa por 
meio de termos indicadores e índices relacionados com os padrões de qualidade 
ambiental. Além disso, as análises ambientais utilizam parâmetros e padrões que 
precisam ser compreendidos. O primeiro é um valor de qualquer variável de um 
componente ambiental (temperatura, pH, entre outros). O segundo é o grau de elemento 
(ar, água, entre outros) que é estabelecido em normas legais a depender do uso. 
Considera-se, ainda, que a qualidade do meio ambiente é fator determinante para o 
alcance de uma melhor qualidade de vida. Esta relação implica na necessidade de impor 
critérios de qualidade ambiental para servir de referência às ações políticas e 
7 
 
corporativas promovendo, assim, qualidade e o bem-estar das pessoas. Lembrando que 
a qualidade ambiental às pessoas que vivem à beira de um rio, por exemplo, não pode 
ser indiferente aos organismos que vivem dentro ou às margens dele. Há uma relação de 
dependência, ou seja, se existe qualidade ambiental aos organismos diversos, também 
haverá para o homem assim como a mortandade de peixes também afetará, de alguma 
maneira, ao homem. 
 
3. AÇÕES ANTRÓPICAS 
 
Ações antrópicas estão diretamente relacionadas às ações do homem. Estas são 
norteadoras das mudanças ambientais nos ecossistemas, tornando válida a relação causa 
e efeito. 
Não é novidade que o homem vem agindo de maneira que compromete os recursos 
naturais, além de agravar fenômenos naturais. São exemplos de fenômenos causados 
pelo homem: deslizamento de terra, maré negra, maré vermelha, desmatamento, 
agravamento do efeito estufa, enchentes, alteração nos recursos hídricos, entre outros. 
A partir da Revolução industrial, houve alterações nas paisagens cada vez mais 
intensas. Com a produção em série, o desenvolvimento tecnológico permitiu, através 
dos meios científicos, o aumento populacional e da sua longevidade. Além disso, a 
tendência e incentivo ao consumo devido ao sistema capitalista aliado ao 
desenvolvimento tecnológico aumentaram o consumo de energia e de bens. Dessa 
forma, percebe-se que os recursos naturais são cada vez mais intensamente explorados 
para atender as necessidades consumistas da população do planeta. 
O crescimento urbano, por si, é uma agressão ao meio ambiente. Esse além de 
remover a vegetação natural, modifica a superfície do terreno, impermeabiliza vastas 
áreas, contamina o solo, subsolo, o ar, as águas subterrâneas e superficiais e causa 
alterações climáticas. Podemos citar como exemplo do crescimento urbano as “ilhas de 
calor” verificadas, principalmente nas grandes metrópoles, que são um exemplo de 
alterações ambientais que se manifestam em função da metropolização da sociedade 
contemporânea. 
 
8 
 
Uma vez que as ações humanas atingem diretamente o ambiente também de maneira 
negativa, podemos dizer que estas são responsáveis, direta ou indiretamente, pelos 
impactos ambientais. É inegável a importância dos estudos com relação aos impactos, 
pois já é possível sofrer com a resposta do meio ambiente às nossas ações e a tendência 
– para gerações futuras, principalmente – é piorar. 
 
 
4. IMPACTOS AMBIENTAIS 
 
 
O Brasil teve uma percepção tardia. Até metade do século XX não havia uma 
política que esclarecesse de forma direta as atividades poluidoras e os seus impactos 
sobre a biota e ecossistemas. As indústrias, desta forma, podiam se instalar de forma 
desenfreada, sem estudo prévio com relação a sua operação, instalação e lançamento de 
efluentes. 
 
Em 1981, com a promulgação da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), o 
meio ambiente passou a ser reconhecido como um elemento fundamental para o 
desenvolvimento econômico e social e, também, os recursos naturais passaram a ser 
assegurados para as próximas gerações. 
 
A Política Nacional do Meio Ambiente determina o não uso indiscriminado de 
determinado bem, quando sua utilização possa colocar em risco o equilíbrio ambiental. 
O seu objetivo é de regulamentar as atividades que envolvam o meio ambiente, para que 
possa ser preservado, melhorando e garantindo a recuperação da qualidade ambiental e 
que consiga assegurar a população condições propícias para o desenvolvimento social e 
econômico. Para atingir esses objetivos, são traçados princípios que são citados a 
seguir: 
“Art. 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, 
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no 
País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança 
nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios: 
9 
 
I – Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio 
ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, 
tendo em vista o uso coletivo; 
II – Racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; 
III – Planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; 
IV – Proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; 
V – Controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; 
VI – Incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso nacional e a 
proteção dos recursos ambientais; 
VII – Recuperação de áreas degradadas; 
VIII – Proteção de áreas ameaçadas de degradação; 
IX – Educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da 
comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio 
ambiente”. 
Impacto Ambiental, por sua vez, segundo a Resolução CONAMA N° 01 de 23 
de janeiro de 1986, é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas 
do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das 
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-
estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e 
sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais. 
Os atributos de um impacto ambiental, segundo Morato 2008 são magnitude e 
importância. A primeira pode ser definida como a medida de alteração no valor de um 
fator ou parâmetro ambiental em termos quantitativos e qualitativos. Adepender do 
caso, considera-se a periodicidade, o grau de intensidade e amplitude temporal. Como 
exemplo: a magnitude de um impacto ambiental foi de 3 ppm (partes por milhão), numa 
situação em que a concentração inicial de uma determinada substância era de 2 ppm e 
passou a 5 ppm após sofrer a interferência de uma determinada atividade impactante. 
10 
 
Pode-se dizer, então, que foram adicionadas 3 ppm desta substância na concentração 
original, por influência da atividade impactante. 
Já o segundo, por sua vez, é a ponderação do grau de significação de um impacto 
em relação ao fator ambiental afetado e a outros impactos. Certo impacto pode ter 
magnitude elevada e não ser importante quando comparado com outros, no contexto 
daavaliação de impacto ambiental realizada. Como exemplo: As magnitudes medidas de 
mercúrio (Hg) e sílica. O primeiro é um metal pesado que tem capacidade de entrar na 
cadeia alimentar e altera-la. A sílica, por sua vez, pode ser considerada inerte. Pode-se 
concluir, portanto, que mesmo que a diferença de magnitude seja alta, é muito mais 
preocupante ter um valor baixo de mercúrio a um valor alto de sílica. 
Podem-se analisar, ainda, os impactos como positivo ou negativo. Este 
representa quebra do equilíbrio ecológico. Já o positivo trata da realização de uma 
norma ou medida benéfica ao meio ambiente, como a recuperação de rios e matas. 
 
 
5. CARACTERÍSTICAS DE UM IMPACTO AMBIENTAL 
 
5.1. CARACTERÍSTICAS DE VALOR 
 
Impacto positivo: a ação exercida no meio ambiente resulta numa melhora da 
qualidade de um fator ou característica ambiental. Um bom exemplo disso é a 
implantação de uma estação de tratamento de água para abastecimento da população, 
coleta seletiva. 
Impacto negativo: quando a ação resulta em danos e prejudiciais a qualidade de 
um fator ou característica ambiental. As emissões, poluição hídrica, etc. 
 
5.2. CARACTERÍSTICAS DE ORDEM 
 
Impacto direto ou de primeira ordem: resultante da relação direta de causa e 
efeito. Um exemplo de impacto direto é a mortalidade de peixes devido ao vazamento 
de produto tóxico. 
11 
 
Impacto indireto: impacto resultante de uma reação secundária à ação. 
 
5.3. CARACTERÍSTICAS ESPACIAIS 
 
Impacto local: quando a ação afeta somente o próprio entorno e suas 
proximidades. 
Impacto regional: o efeito se propaga por uma área maior que o local onde 
ocorreu a ação. 
Impacto estratégico: quando um componente ambiental de importancia nacional 
é afetado. 
 
5.4. CARACTERÍSTICAS TEMPORAIS 
 
Classificação é feita de acordo com o tempo de leva para os efeitos da ação 
surgirem no meio ambiente. 
Impacto imediato: efeito aparece no instante da ação 
Impacto em médio prazo: os efeitos aparecem após a passagem de um intervalo 
curto de tempo. 
Impacto em longo prazo: o efeito surge após passado longo período da ação, 
porém é possível relacionar com o evento de origem. 
Impacto temporário: após realizar a ação, as consequências permanecem por 
tempo determinado, depois disso desaparecem totalmente. 
Impacto permanente: depois das ações realizadas, os efeitos prevalecem, nao 
tem um tempo para desaparecer. 
 
 
 
12 
 
5.5. CARACTERÍSTICAS DE RECUPERAÇÃO 
 
Quando a reversibilidade dos efeitos podemos classificar os impactos como: 
Reversível: a característica ou fator ambiental alterado por efeito de alguma 
ação, retornam à sua condição inicial. A reversão pode se dar naturalmente, ou por 
ações humanas. 
Irreversível: quando a característica ou fato ambiental não voltam a sua 
condição original mesmo com a intervenção humana. 
 
6. INDICADORES AMBIENTAIS 
 
Para uma avaliação correta do desempenho ou impactos gerados por 
determinada atividade, é fundamental o conhecimento das condições ecológicas, de 
saúde e sociais. Os indicadores ambientais são as ferramentas utilizadas para essa 
avaliação. Temos os indicadores de qualidade ambiental, ecológico, de impacto, de 
pressão ambiental, e de resposta social. 
 
6.1. INDICADOR DE QUALIDADE AMBIENTAL 
 
Parâmetro, organismo, ou comunidade biológica que vai servir de medida das 
condições de um sistema ambiental. 
 
6.2. INDICADOR ECOLÓGICO 
 
Através de espécies com exigências ecológicas especiais, permitem conhecer os 
ecossistemas que possuem essas condições especiais. 
 
 
13 
 
6.3. INDICADOR DE IMPACTO 
 
Parâmetros que fornecem quantitativa ou qualitativamente, a medida da 
magnitude do impacto ambiental. 
 
6.4. INDICADOR DE PRESSÃO AMBIENTAL 
 
Avaliam a pressão sofrida pelo meio ambiente, devido a atividade humana. 
 
6.5. INDICADOR DE RESPOSTA SOCIAL 
 
Avaliam como a sociedade está respondendo as mudanças ambientais e o que 
está sendo feito para minimizar, solucionar e prevenir os problemas ambientais. 
 
7. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 
 
7.1. O QUE DIZ A CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
A Constituição Federal de 1988, com relação ao Meio Ambiente, estabelece 
como competência da União, Estados e dos Municípios, proteger o meio ambiente e 
combater a poluição em qualquer de suas formas, preservar as florestas, a fauna e a 
flora, conforme determina o art. 23, incisos VI e VII da Constituição. 
É de total responsabilidade do Poder Público, preservar, restaurar e proteger todo 
o ecossistema e seus processos ecológicos e exigir, na forma de lei, o Estudo de Impacto 
Ambiental, antes da execução de qualquer atividade que represente um risco potencial 
ao meio ambiente. Esse estudo será abordado mais adiante. 
 
 
14 
 
7.2. DEFINIÇÃO E ORIGEM DA AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS 
AMBIENTAIS 
 
AIA é um conjunto de procedimentos usados na política e gestão do meio 
ambiente para analisar a viabilidade ambiental do empreendimento. Surgiu na década de 
70, nos EUA, devido a sua Política Nacional para o Meio Ambiente (NEPA). A 
institucionalização da AIA em diversos países, foi inspirada pela experiência norte-
americana, cujo objetivo era promover esforços para prevenir ou eliminar danos 
causados por construções potencialmente poluidoras. 
 
7.3. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NO BRASIL 
 
No Brasil, a avaliação dos impactos ambientais e o licenciamento ambiental 
foram definidos como instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 
6938/81). 
A avaliação é feita através do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), a principal 
modalidade de avaliação de impacto ambiental, regulamentada pela Resolução do 
CONAMA. 
O licenciamento ambiental é definido como um procedimento administrativo 
que visa permitir a instalação, operação ou desativação de empreendimentos de grande 
impacto. É condicionado ao Estudo de Avaliação Ambiental. 
 
7.4. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL 
 
São documentos de laudos técnicos, multidisciplinares, para uma avaliação 
completa dos impactos diretos e indiretos causados por determinado projeto, 
apresentando quais são as medidas minimizadoras que deverão ser executadas para que 
a obra possa ser realizada. 
15 
 
O EIA deve ser elaborado essencialmente, por uma equipe técnica capacitada 
multidisciplinar, seja uma equipe de pesquisadores; uma empresa de consultoria; um 
grupo de trabalho formado por especialistas em ciências ambientais contratados, etc. e 
além de atender aos princípios objetivos da Lei da Política Nacional de Meio Ambiente, 
deve obedecer às seguintes diretrizes gerais: 
 
 Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, 
confrontando-as com a hipótese de não-execução do projeto; 
 
 Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fasesde implantação e de operação; 
 
 Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos 
impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os 
casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza; e 
 
 Considerar os planos e programas governamentais, propostos em implantação, 
na área de influência do projeto e sua compatibilidade (inclusive diretrizes 
específicas e peculiares ao projeto, adicionais, fixadas pelo órgão estadual ou, 
quando couber, municipal competente). 
Como conteúdo mínimo, o EIA deve apresentar: 
 Informações gerais do empreendedor (identificação, histórico, localização etc.); 
 Caracterização do empreendimento (objetivos, porte, etapas de implantação, 
etc.); 
 Área de influência do empreendimento; 
 Diagnóstico ambiental da área de influência – descrição e análise dos recursos 
ambientais e duas interações, tal como existentes, com os meios físicos, 
biológicos e socioeconômicos; 
 Análise dos impactos e empreendimentos e de suas alternativas – identificação, 
previsão de magnitude e importância (permanência, reversibilidade, 
cumulatividade, sinergismo, distribuição social, dos custos e benefícios, etc.) 
dos impactos relevantes prováveis; 
16 
 
 Definição de medidas mitigadoras dos impactos negativos; e 
 
 Definição de programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos e 
das medidas mitigadoras através dos fatores e parâmetros ambientais de 
interesse. 
 
 
 
7.5. RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL 
 
O relatório de impacto ambiental (RIMA) refletirá as conclusões do estudo de 
impacto ambiental (EIA). O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a 
sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, 
ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, 
de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como 
todas as consequências ambientais de sua implementação. Dessa forma, o Relatório de 
Impacto Ambiental deverá conter os seguintes itens: 
 Objetivos e justificativas do empreendimento; 
 Descrição do empreendimento e das alternativas locacionais e tecnológicas 
existentes (área de influência, matéria-prima, energia, processo, efluentes, 
resíduos etc.) 
 Síntese dos resultados do diagnóstico ambiental; 
 Descrição dos impactos prováveis; 
 Caracterização da qualidade ambiental futura; 
 Efeitos esperados das medidas mitigadoras; 
 Programa de acompanhamento e monitoramento; e 
 Conclusões e recomendações da alternativa mais favorável. 
 
 
 
 
17 
 
8. RELATÓRIO AMBIENTAL PRELIMINAR (RAP) 
 
8.1. O QUE É O RAP 
 
 Criado em 1994 por meio da Resolução SMA nº 42, que normatizou os 
processos para o licenciamento ambiental no estado de São Paulo, o RAP é um 
documento inicial que pode tornar dispensável a elaboração do EIA/RIMA para a 
obtenção das três licenças previstas, licença prévia (LP), licença de instalação (LI) e 
licença de operação (LO). Deverão ser entregues dois exemplares do RAP ao 
Departamento de Avaliação de Impactos Ambientais (DAIA). Abaixo, temos um roteiro 
básico para a elaboração de um RAP: 
 Diagnósticos ambientais da área de influência do projeto; 
 Identificação dos impactos; 
 Previsão e medição dos impactos; 
 Definição das medidas mitigadoras; 
 Elaboração do programa de monitoramento; 
 Comunicação dos resultados. 
Caso um RAP por si só não seja suficiente para a obtenção das três licenças (LP, 
LI e LO) deveremos recorrer ao Termo de Referência que contém um sumário do plano 
de elaboração do EIA/RIMA e em seguida ao próprio EIA/RIMA. 
 
8.2. O QUE DEVE CONTER NO RAP 
 
Como já foi citado, o Relatório Ambiental Preliminar tem como objetivo avaliar 
a viabilidade de um empreendimento que possa vir a degradar o meio-ambiente. O 
relatório busca fazer uma análise do meio físico, biótico e socioeconômico a fim de 
propor medidas apaziguadoras e de controle ambiental. Este relatório deve ser 
apresentado na fase de licenciamento e determinará a exigência ou não do EIA/RIMA. 
O relatório deve apontar: 
 Objeto de licenciamento e seu porte: apontar a natureza do projeto; 
18 
 
 Justificativa do empreendimento: explicar o motivo da proposição do 
empreendimento, levando em conta a demanda existente e o papel deste no 
planejamento regional. Deve-se apresentar também as alternativas de locação, 
justificado a que foi adotada e a tecnologia empregada. 
 Caracterização do Empreendimento: levar em conta os municípios que serão 
atingidos, coordenadas geográficas, classe de uso da bacia hidrográfica 
disponível. É necessário descrever a obra apontando as ações intrínsecas à sua 
implantação, prevendo a mão de obra e custo total com o devido cronograma. 
 
8.3. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL PRELIMINAR DA ÁREA 
 
 A área de influência de um empreendimento consiste no espaço que pode sofrer 
alterações em seus meios físico, biológico ou socioeconômico devido à implantação 
deste. A determinação da área de influência é crucial para a análise eficiente dos 
impactos ambientais do empreendimento. 
 Os dados desse item devem ser relativos às condições atuais dos meios físico, 
biológico e socioeconômico. Devem estar relacionadas entre si de modo que seja 
possível elaborar a avaliação dos impactos da implantação do empreendimento. Devem 
ser apresentadas em planta planialtimétrica, com explicações sobre o empreendimento e 
tudo em torno dele. 
 As informações mais importantes são: área de influência do empreendimento; 
compatibilidade do empreendimento com a legislação vigente deixando claras as 
restrições; atividades socioeconômicas da região; uso e ocupação atual do solo; 
características da vegetação nativa; apresentar estudos que garantam a inexistência no 
local ou em locais afetados de sítios arqueológicos, lembrando que tais estudos devem 
ser feitos por profissionais devidamente capacitados, dados meteorológicos; 
interferências nas comunidades no entorno. 
 
 
 
19 
 
8.4. IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 
 
 A avaliação dos impactos ambientais garante que os responsáveis pelo 
empreendimento e demais envolvidos na tomada de decisão apresentem soluções de 
segurança e controle, bem como medidas que apaziguem o impacto resultante da 
implantação do projeto. 
 Os impactos ambientais seguem uma ordem de classificação conceitual de 
acordo com as diretrizes no Conama. São relativos à: 
A) Magnitude: Efeito do empreendimento sobre o meio-ambiente. Classificada 
como baixa, média ou alta. 
 
B) Significância: Importância do impacto no contexto da análise. Também 
classificada como baixa, média ou alta. 
 
C) Natureza: Aponta se o impacto ambiental do projeto é positivo (quando traz 
melhoria para o fator ambiental) ou negativo (quando traz danos aos fatores 
ambientais). 
 
D) Forma: Determina se o impacto ao ambiente é direto (causa e efeito) ou indireto 
(reação secundária). 
 
E) Prazo de Ocorrência: Aponta se o impacto ambiental ocorre a curto, médio ou 
longo prazo. 
 
F) Duração: Indica de o impacto ambiental é permanente, temporário ou cíclico 
(segue intervalos de tempo). 
 
G) Abrangência: Levanta se o impacto ambiental é local (afeta apena o sítio e 
entorno), regional (além do sítio) ou estratégico (relevância coletiva ou 
nacional). 
 
20 
 
H) Reversibilidade: Determina se o impacto ambiental, depois de finalizadas as 
ações de implantações, é reversível ou permanente. 
Em resumo, deve-se avaliar o uso do solo e da água, efeitos no tráfego da região, 
valorização imobiliária, interferência juntoaos empreendimentos já existentes, 
desapropriação e realocação populacional se necessário e como deve se proceder 
nesse caso, interferência no regime hídrico, retirada da cobertura vegetal, erosão e 
assoreamento. 
 
9. AUDIÊNCIA PÚBLICA 
 
Durante a primeira fase do processo de licenciamento (Licença Prévia), o 
empreendedor do projeto com potencial de degradação ambiental é obrigado a elabora o 
EIA e RIMA. Ambos devem ser elaborados a partir do estudo socioeconômico, físico e 
biótico da área afetada, trazendo as consequências da implantação e propostas que 
minimizem os impactos negativos e potencializem os positivos. 
O EIA é um compilado de relatórios técnicos que instruirão o processo de 
licenciamento. Deve ser realizado por equipe multidisciplinar habilitada, que não 
depende direta nem indiretamente do proponente do projeto. Será responsável 
tecnicamente pelos resultados apresentados. O RIMA deve reproduzir as resoluções do 
EIA, mas com linguagem clara e objetiva, pois é um relatório destinado ao público 
leigo. Cópias do RIMA estão disponibilizadas na Biblioteca do INEA para que a 
população tenha acesso. O próximo passo, portanto, é a realização de Audiência 
Pública. 
 A audiência pública é a parte do licenciamento ambiental onde as informações 
sobre uma atividade potencialmente degradante são passadas para a população. A 
finalidade da audiência pública é passar para as pessoas o conteúdo do Estudo de 
Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) e discutir 
propostas, que serão incorporadas no processo de licenciamento ambiental para serem 
atendidas quando e se necessário. 
 A realização da audiência pública é regulada por resolução do CONAMA. Os 
pontos principais da resolução dizem respeito a: 
21 
 
 Quando se julgar necessário, ou quando solicitado por entidade civil, Ministério 
Público ou pelo menos 50 cidadãos, o Órgão de Meio Ambiente realizará a 
audiência pública; 
 O IBAMA, partindo da data da aprovação do RIMA, anunciará a abertura do 
prazo para solicitação de audiência pública dentro de 45 dias; 
 A audiência deve ser realizada em local de fácil acesso e capacidade de público 
coerente com o evento, bem como apoio de transporte aos cidadãos que moram 
distantes; 
 A audiência pública deve ser dirigida pelo IBAMA e deve-se expor o projeto, 
EIA e RIMA. Depois serão respondidas as perguntas encaminhadas à mesa 
diretora; 
 A audiência deve ser gravada (vídeo e áudio); 
 Pode-se realizar mais de uma audiência pública, se necessário; 
 A participação da população é assegurada pelo Princípio 10 da Declaração do 
Rio Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1992, defendendo a 
coletividade na preservação ambiental. 
 Se a audiência pública for solicitada e não for realizada, a licença não terá 
validade. Impedi-la é encarado como atentando ao princípio da democracia. 
 Recentemente o Senado tentou aprovar a anulação das audiências públicas para 
grandes obras nos setores de transporte, energia e telecomunicações. A justificativa é 
que para tirar o país da crise, medidas estratégicas precisam ser tomadas 
impreterivelmente, o que foi considerado por muito uma afronta à democracia, já que 
qualquer projeto desses três setores pode ser considerado estratégico. 
 A Audiência Pública pode ser invalidada pelo Ministério Público se: 
 Houver falta de divulgação prévia em tempo adequado sobre o tema que será 
debatido; 
 O local escolhido para a realização da Audiência for inapropriado; 
 O local escolhido para a realização da Audiência não contar com acesso de 
apoio para pessoas com deficiência; 
 Houver restrições quanto ao número de participante ou direito de voz a 
participante de modo que não haja um debate amplo sobre o tema em questão. 
22 
 
 A Audiência Pública é um instrumento de debate para toda a população, mas é 
interessante que os presentes no debate sejam, em sua maioria, pessoas que serão 
diretamente afetadas pelo empreendimento. Além disso, é de suma importância que a 
população se informe sobre o tema que será discutido com antecedência para que a 
reunião seja coerente e proveitosa. 
 
10. MITIGAÇÃO E IMPACTOS AMBIENTAIS NA GERAÇÃO DE 
ENERGIA 
 
10.1. MITIGAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS 
 
 Impacto ambiental é qualquer modificação do meio ambiente, benéfica ou 
adversa, resultante ou potencializada pelas ações de uma organização. Juridicamente, o 
conceito se restringe aos efeitos da ação humana sobre o meio ambiente. 
 Os impactos ambientais podem ocorrer na instalação e na operação de uma 
atividade. Mitigar o impacto ambiental é buscar soluções para tornar mínima a 
degradação do ambiente resultante de determinada atividade humana, seja ela de 
qualquer natureza. Essas ações buscam a coexistência harmônica do ecossistema com o 
empreendimento em questão. Para tanto, é imprescindível o estudo ambiental dos 
impactos associados a implantação do projeto. 
 Uma medida mitigadora deve ser tomada quando a ação humana resulta em 
efeito ambiental negativo. A medida pode ser preventiva, quando o objetivo é prevenir 
total ou parcialmente o local do impacto ambiental negativo, ou corretiva, quando se 
deseja corrigir um efeito ambiental negativo que já ocorreu. A eficácia da medida pode 
ser baixa, média ou alta. 
 Para a proposição de uma medida mitigadora, deve-se levar em conta o parecer 
da avaliação dos impactos ambientais, os aspectos legais pertinentes, os planos e 
programas de governo que incluem a preservação ou conservação do fator ambiental, as 
práticas atuais e a viabilidade econômica como um todo (avaliar se vale a pena 
23 
 
implantar o empreendimento em consonância com as medidas de reparo que serão 
necessárias). 
Essas medidas devem ser propostas buscando atingir os impactos mais sérios (os 
de alta magnitude, parâmetro estabelecido pelo EIA). Existe um consenso internacional 
de que as medidas mitigadoras mais eficientes envolvem modificações de projeto, e não 
redução ou correção dos efeitos dos impactos diretamente nos fatores ambientais. 
 
11. IMPACTOS AMBIENTAIS NA GERAÇÃO DE ENERGIA 
 
11.1. USINAS HIDRELÉTRICAS 
 
Como praticamente qualquer atividade econômica, as hidrelétricas causam 
impactos negativos ao ambiente, ainda que sejam consideradas fontes de energia 
renovável, ao contrário das fontes energéticas à base de combustíveis fósseis, por 
exemplo. 
Os primeiros impactos ambientais acontecem durante a construção das 
hidrelétricas. Para que a usina funcione é necessário um reservatório, e sua construção 
afeta consideravelmente a fauna e flora local. Essa mudança, se não for bem orientada, 
pode até acabar com a flora local. Além do corte das árvores, muitas espécies acabam 
submersas e, consequentemente, morrem. Essa flora, em alguns casos, chega a 
atrapalhar o próprio funcionamento das turbinas no primeiro momento, obrigando a 
limpezas sistemáticas das mesmas. 
Muitas espécies animais acabam fugindo do seu habitat natural durante a 
inundação. Ainda que haja o remanejamento antecipado das espécies, algumas delas 
correm o risco de não se adaptarem ao novo habitat. 
As espécies aquáticas sofrem um impacto ainda maior. Como a hidrelétrica é 
composta de uma barragem, o fluxo natural dos peixes acaba sendo interrompido 
drasticamente. A consequência é a proliferação de determinadas espécies em relação a 
outras. Há também espécies que normalmente sobem o leito do rio no sentido contrário 
da correnteza para depositar suas ovas no período chamado de piracema. 
 
24 
 
Soma-se a esse impacto a eutrofização das águas, aumentando a proliferação de 
micro-organismos, causa comum de poluição de águas,podendo causar também 
consequências para o homem, como, por exemplo, epidemias. 
Outro problema é a mudança climática que os lagos podem causar. Afinal, como 
já foi dito, onde havia floresta agora há um lago, o que pode elevar a temperatura 
ambiente e mudar o ciclo de chuvas. 
A parte mais polêmica e ainda inconclusa sobre os impactos ambientais de uma 
usina hidrelétrica é a emissão de gases do efeito estufa. Durante a construção e o 
funcionamento, as usinas hidrelétricas emitem gás carbônico (CO2) e metano (CH4), 
dois dos principais causadores do aumento prejudicial do efeito estufa. A questão é 
saber se esse impacto é tão grande quanto das termoelétricas movidas a carvão mineral, 
consideradas atualmente, junto com os veículos à gasolina, as grandes vilãs do 
aquecimento global. 
Ao expulsar comunidades de seu local de origem, a inundação das represas 
também provoca impactos socioeconômicos, especialmente nas populações de baixa 
renda, que são obrigados a se adaptarem aos locais para onde foram transferidos e à 
prática de novas atividades para garantir o sustento. 
Para amenizar os impactos ambientais causados, é possível que sejam tomadas 
algumas medidas mitigadoras. Segue uma lista de impacto e ação mitigadora 
correspondente. 
Impacto Ambiental Ações Mitigadoras 
Alterações na qualidade da água devido à 
construção da barragem: 
Decomposição da vegetação; 
Redução do oxigênio dissolvido; 
Eutrofização; 
Lodo orgânico; 
Proliferação excessiva de algas; 
Poluentes presentes em materiais inundados (lixo, 
fossas,estábulos, etc.); 
Aumento da salinidade da água; 
Poluição da água devido às atividades adjacentes. 
Desmatamento da área inundável (zoneado ou total); 
Remoção de edificações, fossas, estábulos, cemitérios, 
depósitosde lixo, lagoas de águas estagnadas, etc; 
Controle de usos da água: restrições, zoneamento; 
controle de resíduos das embarcações; 
Renovação da água (sangria);escolha de melhor 
espelho d’água; 
Disciplinamento do uso/ocupação do solo da bacia 
hidrográfica:faixa de proteção marginal ao 
reservatório. 
Controle e disposição de resíduos líquidos e sólidos. 
Controle da aplicação de fertilizantes e pesticidas. 
 
25 
 
Impacto Ambiental Ações Mitigadoras 
 
Alterações do ambiente durante a obra: 
Mudanças na topografia; 
Erosão do solo; 
Problema de drenagem. 
 
Controle dos movimentos de terra; 
Controle do desmatamento; 
Proteção do solo durante as obras; 
Preservação da drenagem natural das águas. 
 
 
Assoreamento do reservatório 
Monitoramento e controle da erosão do solo; 
Proteção da vegetação marginal do rio e do 
reservatório; 
Proteção da drenagem natural das águas; 
Controle de uso/ocupação do solo e conscientização 
dos proprietários de terrenos marginais. 
Danos à fauna e flora: 
Alteração da ictiofauna; 
Desmatamento; 
Redução da vazão do rio a jusante; 
Barreira ao movimento de peixes no contrafluxo 
(piracema); 
Programa de realocação dos animais. 
Estudos científicos das espécies e repovoamento; 
Reflorestamento das margens e preservação de lagoas 
naturais marginais existentes; 
Manutenção da vazão adequada à jusante; 
Escadas de peixes. 
Impactos sobre usos a jusante: 
Danos à fauna aquática; 
Mudanças hidrológicas: irregularização da vazão; 
Redução da fertilidade do solo marginal. 
Programa de biomonitoramento da fauna aquática; 
Preservação da vazão necessária aos usos da bacia 
hidrográfica; 
Gerenciamento integrado dos recursos hídricos; 
Programas de recuperação do solo. 
Impactos socioeconômicos e culturais: 
Deslocamento da população; 
Inundações de propriedades e edificações; 
Desagregação familiar; 
Mudança de atividades; 
Inundação de áreas de valor efetivo, histórico, 
paisagístico e ecológico; 
Propagação de doenças. 
Conscientização da população afetada; 
Indenização justa das propriedades; 
Programa de reassentamento populacional; 
Preparação da população às novas condições de vida; 
Remoção de cemitérios, monumentos, etc; 
Melhoria das condições de habitação, saúde, educação; 
Levantamento epidemiológico e programas de controle 
de endemias. 
Redes de Distribuição: 
Desmatamento; 
Impermeabilização do solo; 
Perigo de acidentes devido à queda de cabos de 
transmissão. 
Criação de áreas de proteção ambiental e corredores 
ecológicos; 
Reflorestamento; 
Projeto de drenagem das águas; 
Restrição de acesso às áreas. 
Fonte: Estudo de Impactos Ambientais. Instituto Federal do Paraná (2011) 
 
 
26 
 
11.2. ETANOL 
 
Atualmente, com o aumento do uso de etanol pelos veículos automotores, a 
produção de álcool constitui um dos principais agentes causadores de impacto 
ambiental. Esses impactos podem ocorrer na fase de plantação, colheita, no processo de 
fabricação do álcool, no seu transporte e armazenamento. 
Um dos graves problemas das usinas de álcool é a produção de resíduos 
líquidos, especialmente, o vinhoto, pois tem alta demanda de oxigênio para sua 
biodegradação e, por isso, provoca grande impacto sobre os recursos hídricos 
receptores: elevado consumo de oxigênio da água com consequente mortandade de 
organismos aeróbios. 
A seguir, alguns exemplos de impactos ambientais e suas medidas mitigadoras 
para o uso do Etanol. 
Impacto Ambiental Ações Mitigadoras 
Prática de monocultura: 
Esgotamento do solo 
Programa de monitoramento da qualidade do solo. 
Queima do canavial: 
Poluição atmosférica; 
Danos ao solo. 
Queima controlada. 
Refinamento (produção de efluentes líquidos: 
vinhoto, águas de lavagem): 
Poluição da água. 
Implantação de estações de tratamento de efluentes 
(ETE); 
Programa de biomonitoramento do curso d’água 
receptor. 
Transporte e armazenamento: 
Poluição do ar pelos veículos de transporte; 
Perdas de álcool nas manobras de 
descarregamento. 
Utilização, nos veículos de transporte, de 
combustíveis menos poluentes; 
Impermeabilização do solo em áreas de risco de 
derramamentos ocasionais devido ao 
descarregamento para armazenamento. 
Fonte: Estudo de Impactos Ambientais. Instituto Federal do Paraná (2011) 
 
 
 
 
27 
 
12. IMPACTOS GERADOS POR OBRAS RODOVIÁRIAS 
 
Em grandes obras rodoviárias, os impactos ambientais são previstos e muitos 
deles inevitáveis. Ambientes são fragmentados, árvores são suprimidas, ruídos e poeira 
passam a incomodar moradores próximos das obras e a fauna local. O desenvolvimento 
da malha viária acarreta transtornos que devem ter atenção especial nas fases de projeto, 
obras e operação. 
Para manejar os impactos das rodovias federais em obras, os projetos de 
engenharia vêm sendo aprimorados para que sejam mais adequados ao meio natural. O 
DNIT mobiliza equipes de gestão e supervisão ambiental para acompanhar a etapa de 
obras e controlar que os impactos previstos ocorram somente nas áreas licenciadas, ou 
seja, dentro da faixa de domínio. A equipe de supervisores capacitados monitora a obra 
e orienta a soluções das ocorrências ambientais, sugerindo medidas para a diminuição, 
prevenção e remediação de impactos. 
Uma das principais ocorrências ambientais são os processos erosivos que 
resultam no carreamento de sedimentos. Isso ocorre principalmente por conta dos 
aterros da nova pista, que pode facilmente deslizar com a chuva para fora da faixa de 
domínio e impactar ambientes naturais. Além da erosão, foram registradas ocorrências 
de resíduos em locais inadequados, poeira em áreas urbanas, e incômodos às 
comunidades 
Se há mais impactos prevenidos do que remediados, o desempenho ambiental 
das obras tende a ser satisfatório.Sabe-se que há impactos, eles são previstos no 
licenciamento ambiental. O importante é que eles sejam acompanhados de perto e que o 
maior número de ocorrências sejam prevenidas em tempo ou remediadas de maneira a 
reestabelecer o equilíbrio do ambiente. 
A seguir, mais uma lista dos impactos ambientais e possíveis ações mitigadoras. 
 
 
 
 
28 
 
Impacto Ambiental Ações Mitigadoras 
 
 
 
 
Erosões, assoreamento e inundações 
Detalhamento geotecnológico mais preciso da 
travessia das bacias hidrográficas; 
Estabelecimento de prognóstico do uso do solo 
das bacias de contribuição; 
Controle das construções que tenham interface 
com a rodovia; 
Recuperação ambiental das áreas exploradas; 
Recomposição das áreas usadas com construções 
provisórias, etc. 
Taludes instáveis e rompimento de fundações Maior exigência da qualidade de estudos 
geotecnológicos da área de construção. 
 
 
 
Potencialização de endemias e proliferação de 
vetores de doenças 
Projetos de sistemas de drenagem para caixas de 
empréstimo e áreas exploráveis; 
Realizar prognóstico de uso futuro das obras; 
Evitar escolher área de empréstimos próxima às 
aglomerações humanas; 
Remoção de restos vegetais oriundo de 
desmatamentos ou limpezas de áreas; 
Reconformação da topografia e da vegetação das 
áreas usadas com obras provisórias. 
Conflitos com áreas urbanas: 
(Acidentes, poluição do ar, ruídos e vibrações, 
rompimento da continuidade da mancha urbana, 
segregação de comunidades, etc.) 
Estudo de alternativas com traçado com menor 
interferência; 
Afastamento da rodovia de instalações 
conflitantes (hospitais, escolas, etc.); 
Dispositivos de controle de velocidade; 
Acessos projetados com controles rígidos do 
tráfego; 
Estabelecimento de barreiras para impedir ou 
reduzir as interfaces: veículos x pedestres e 
tráfegos rodoviário x urbano. 
Fonte: Estudo de Impactos Ambientais. Instituto Federal do Paraná (2011) 
 
13. IMPACTOS GERADOS POR ATERROS SANITÁRIOS 
 
Os resíduos sólidos constituem um dos principais problemas ambientais da 
sociedade moderna. Por dia, são gerados, no Brasil, mais de 240 mil toneladas de 
29 
 
resíduos sólidos, e por muito tempo, os aterros sanitários foram considerados as 
melhores alternativas de disposição de resíduos. Entretanto, os impactos ambientais 
gerados são significativos e devem ser considerados quando no estudo à alternativa de 
disposição desses resíduos (SILVA, 2008; 2010). 
Os impactos apresentados devido aos aterros sanitários sugerem que eles 
sozinhos não são eficientes para resolver o problema dos Resíduos Sólidos Urbanos. 
Nos aterros sanitários podem ocorrer a proliferação de vetores disseminadores de 
doenças, o mau cheiro, a contaminação do lençol freático, a poluição atmosférica devida 
aos gases oriundos da decomposição dos resíduos e a desvalorização imobiliária. 
Os impactos gerados pelos aterros sanitários podem ser Físicos, Bióticos e 
Socioeconômicos. No meio físico, há a geração de gases na decomposição da matéria, 
gerando odores e apresentando inflamabilidade. Já os líquidos percolados podem 
infiltrar e atingir lençóis freáticos ou escorrer superficialmente e atingir corpos d’água. 
Quando há falha na compactação das camadas do aterro e resíduos, o maciço 
apresentará grande instabilidade, podendo deslocar-se principalmente em épocas mais 
chuvosas. 
No meio biótico, ocorre a remoção da vegetação originalmente existente no 
local, afastamento da fauna silvestre, buscando locais menos perturbados e adequados 
ao seu desenvolvimento. A grande quantidade de massa orgânica existente em aterros 
favorece o desenvolvimento de vetores, responsáveis pela transmissão de diversas 
doenças. 
Além dos impactos ambientais, pode haver desvalorização imobiliária e queda 
na qualidade de vida da população no entorno. 
Um aterro sanitário não deve ser encerrado sem que sejam efetuadas as 
intervenções necessárias para sua recuperação ambiental, reduzindo-se o seu potencial 
impactante. 
A seguir, resumidamente, apresentam-se os principais impactos e suas 
respectivas ações mitigadoras. 
 
 
30 
 
Impacto Ambiental Ações Mitigadoras 
Desvalorização imobiliária na área adjacente Escolha de área despovoada ou com baixo valor 
imobiliário. 
Contaminação do solo e lençol freático Estudos geotécnicos da área; 
Impermeabilização do solo com geomembrana e 
argila. 
Contaminação dos cursos d’água Recolhimento do chorume e tratamento em ETE 
antes dolançamento no curso receptor. 
Mau cheiro; 
Proliferação Vetores de doenças: insetos, 
roedores e avescarniceiras 
Otimização do processo de operação do aterro, 
evitandodeixar células descobertas. 
Poluição do ar através da liberação de gases 
oriunda da decomposição dos resíduos sólidos 
Captação dos gases para geração de energia. 
Fonte: Estudo de Impactos Ambientais. Instituto Federal do Paraná (2011) 
 
14. MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL 
 
Existem muitos métodos para a avaliação de impacto ambiental, mas não existe 
um método que se ajuste perfeitamente a todos os tipos de empreendimentos. Assim, 
muitas vezes são utilizados mais de um método para avaliar os impactos de uma mesma 
atividade. 
Métodos de Avaliação de Impacto Ambiental são os mecanismos estruturados 
para coletar, analisar, comparar e organizar informações e dados sobre os impactos 
ambientais de um projeto. A concepção do método a ser empregado em um determinado 
estudo deve levar em conta os recursos técnicos e financeiros disponíveis, o tempo de 
sua duração, os dados e informações existentes ou possíveis de se obter, os requisitos 
legais e os termos de referência a serem atendidos. Muitas vezes em um EIA, os 
métodos empregados necessitam ser adaptados às particularidades de cada caso. 
Como não é o objetivo desse trabalho descrever os métodos existentes, eles 
apenas serão citados a seguir: 
Método Ad Hoc – lista as áreas ambientais e as relacionam com os efeitos dos 
impactos gerados. 
31 
 
Método das Listagens de Controle – as listagens podem ser descritivas, 
comparativas, em questionário, ponderais. 
Método da Superposição de Cartas – confecção de cartas temáticas relativas aos 
fatores ambientais potencialmente afetados pelas alternativas. 
Método das Redes de Interação –identifica os impactos diretos ou de ordem 
inferior. 
Método das Matrizes de Interação – são uma evolução das listas de contagem, 
sendo consideradas listagens de controle bidimensionais. 
Método dos Modelos de Simulação – modelos matemáticos para representar a 
realidade. 
Método da Análise Benefício-Custo – computa custos e benefícios de um projeto 
e suas alternativas. 
Método da Análise Multiobjetivo – define os objetivos a serem considerados em 
uma determinada situação decisória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
15. CONCLUSÃO 
 
A percepção das influências das ações humanas não é suficiente para reverter o 
quadro dos impactos ambientais. Foi através do Plano Nacional de Meio Ambiente 
(PNMA) que se deu início ao processo de regulamentação do meio ambiente para 
garantir a preservação, melhorar e garantir a qualidade ambiental e assegurar condições 
propícias para o desenvolvimento da população. 
A qualificação de um impacto ambiental pode ser dada entre positiva ou 
negativa. Além disso, pode se apresentar como de primeira ou de segunda ordem e, 
ainda, ser local, regional ou global, entre outras qualificações. A quantificação, por sua 
vez, é dada através dos indicadores ambientais e se apresentam como parâmetros físico-
químicos, biológicos, comportamentais,sociais, entre outros. 
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) surgiu através da fusão do controle da 
poluição com a conservação da natureza. No Brasil, a AIA e o licenciamento ambiental 
são definidos como instrumentos distintos da PNMA. Este, disciplina o licenciamento 
ambiental para obras ou atividades efetiva e potencialmente poluidoras ou que causam 
degradação ambiental. A Resolução nº 237/97 do CONAMA, que trata sobre 
licenciamento ambiental, afirma que a licença ambiental de atividades efetivas ou que 
causam degradação ambiental dependerá de prévio estudo de impacto ambiental (EIA). 
Outro fator importante analisado são as formas de mitigar os efeitos dos 
impactos ambientais, ou seja, definir medidas a fim de minimizar os impactos causados, 
seja na geração de energia, na construção de rodovias, aterros e nas atividades de 
mineração. 
 
 
 
 
 
 
33 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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