Buscar

REGISTRO CIVIL PESSOAS NATURAIS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

6ª. AULA. – 29/08/2013 – QUINTA-FEIRA
CONTEÚDO:
	4 Nascimento. 6 Nome. 6 Registro fora do prazo e a Lei Federal nº 11.790/2008. 7 Competência. 
	8 Habilitação para casamento e proclamas. 9 Casamento: Celebração do Casamento. 10 Registro do casamento religioso para efeitos civis 
	11 Conversão da união estável em casamento. 12 Registro civil e as escrituras de separação e divórcio consensuais, e correlatas.
Do REGISTRO CIVIL DE NASCIMENTO
Da competência.
O registro civil de nascimento será realizado no lugar do nascimento, ou no residência dos pais. Passado o prazo de 15 para o pai, ou 45 para a mãe, e ainda de 3 meses para as pessoas que residirem a mais de 30 kilômetros, o registro deve ser feito na serventia do lugar de residência do interessado. Quando os pais residirem em circunscrições diversas uma da do outro o registro deve ser feito no lugar da residência do genitor declarante. Se a criança falecer dentro de um ano de vida e ainda não tiver sido registrada será registrada no lugar onde ocorreu o óbito. 
Do registro na maternidade. A serventia poderá instalar serviço de registro e expedição de certidão de nascimento nas maternidades ou hospitais onde houverem nascimento de crianças, na forma prevista pelo provimento nº 13 de 2010 da Corregedoria Nacional de Justiça e conforme o provimento nº02 de 2013.
Das formalidades
O registro de nascimento dependerá de declaração verbal, escrita ou mandado judicial (art. 422, prov 09/2013). Para lavrar o nascimento o oficial arquivará a declaração de nascido vivo que fora expedida pela maternidade. Quando o nascimento ocorrer fora da maternidade ficará a cargo do registrador preencher o formulário o de nascido vivo que será assinado pelo declarante. 
 A criança nascida de reprodução assistida por substituta de gestação poderá ter o nome da mulher que forneceu o material genético (mãe biológica) lançado no seu registro como mãe, desde que haja sido assim determinado no documento de anuência da mãe de gestação, apesar do nome desta constar da declaração de nascido vivo. 
Do registro fora do prazo
A Lei 11.790/2008, afastou a necessidade de processo judicial para a realização de registro de nascimento de pessoas com mais de 12 anos, devendo ser realizado o registro na própria serventia, desde que o pai, portanto a declaração de nascimento vier acompanhado de duas testemunhas. As testemunhas não precisam ter presenciado o parto, mas basta que declarem a verdade no que lhes for perguntado, sobre o conteúdo do registro para o qual se dispõe a testemunhar. 
Da paternidade
A paternidade deverá ser declarada no momento do requerimento de registro de nascimento. O pai será o primeiro responsável pela declaração assumindo a paternidade. Não se exige a presença da mãe quando o pai se encaminha ao cartório com a declaração de nascido vivo. Se o pai for relativamente incapaz, poderá realizar o registro mesmo sem a assistência, já quando o pai é absolutamente incapaz o registro só poderá ser feito mediante decisão judicial.
Nascendo o filho durante o casamento o nome do pai poderá ser lançado por presunção se o filho for nascido durante a constância do casamento ou em até 10 meses após o parto.
O pai pode reconhecer a paternidade do filho por simples declaração apresentando o documento de nascido vivo na própria serventia, se o filho vier de relação extramatrimonial. 
Da indicação de suposto pai. O oficial ficará obrigado a orientar a mãe sobre o procedimento da indicação do suposto pai. No momento em que for indicado o pai a mãe deverá fornecer a qualificação e o endereço para que este possa ser notificado à comparecer. O oficial encaminhará ao juiz a certidão do registro e a manifestação da mãe para ser procedida a notificação. O pai deverá se manifestar sobre a suposta paternidade na presença do juiz. Se o pai expressamente reconhecer a paternidade o juiz encaminhará o termo de reconhecimento de paternidade feito em sua presença para que o oficial proceda a averbação da qual não haverá cobrança de emolumentos. Mas se o pai não comparece, ou se nega a paternidade, o juiz encaminha a manifestação ao MP para as devidas providências.
Da paternidade por declaração sucessiva. A paternidade poderá ser registrada também por declaração sucessiva. Se o nascimento decorrer de relação extramatrimonial, a mãe poderá firmar a declaração, informando-se à Serventia todos os dados referentes ao pai. A serventia procederá ao protocolo entregando à mãe comprovante para que no prazo de 15 dias o pai compareça para a declaração sucessiva de nascimento. Durante estes 15 dias a declaração de nascido vivo e a declaração escrita de nascimento ficará sob custódia da serventia. Se o pai comparecer no prazo referido, realiza-se o registro contendo o nome do pai, mas se este não comparecer é realizado o registro sem a indicação do pai.
Do nome
O nome da pessoa será composto de pré-nome e sobrenome. A escolha do prenome é livre e feita pelos pais, sendo vedado os nomes que exporem a pessoa ao ridículo. O oficial ao entender que o nome poderá expor a pessoa ao ridículo deverá orientar os pais a escolherem outro nome. Se estes não aceitarem as orientações, o oficial deverá encaminhar o caso ao juiz, por escrito, independente da cobrança de quaisquer emolumdentos.
Podem ser adotados os sobrenomes do pai, da mãe ou dos avós, em qualquer ordem, desde que não haja intercalação.
Para evitar homônimos os oficiais deverão orientar os pais para acrescentar sobrenomes aos filhos. Os gêmeos ou irmãos aos quais se pretendam dar um mesmo prenome devem adotar prenomes duplos ou sobrenomes diferentes, para evitar confusão. 
Quando os pais não escolherem o sobre nome, o oficial deverá colocar o nome do pai, e na falta o da mãe. 
Da alteração do nome
O nome poderá ser alterado em até um ano da data em que o interessado completar 18 anos. O procedimento será administrativo e o oficial encaminhará ao juiz o pedido. Após o deferimento do pedido o novo nome será publicado na impressa oficial.
Fora dessas hipóteses qualquer alteração prescindirá de sentença judicial, e durante o processo é indispensável a oitiva do Ministério Público. Após a decisão o juiz determinara a publicação em imprensa oficial.
Poderá ser alterado o nome mandando constar o sobrenome do companheiro, nos casos de união estável em que os interessados estão sob impedimento de casar em decorrência do estado civil de qualquer deles. O juiz antes de deferir o pedido de inclusão do nome do companheiro irá ouvi-lo para confirmação de sua concordância. Da mesma forma, o aditamento do nome poderá ser cancelado a pedido do interessado desde que também haja concordância do outro interessado.
As alterações referentes à inclusão ou exclusão de sobrenome de companheiro serão processadas em segredo de justiça.
O enteado ou enteada poderá mandar incluir em seu nome o nome do padrasto ou madrasta desde que devidamente fundamentado o pedido. Na alteração o juiz deverá mandar manter o sobrenome do genitor originário.
Poderá também ser acrescido o nome abreviado que é utilizado pelo interessado como firma comercial ou em qualquer atividade profissional.
O prenome, se não expor ao ridículo o interessado, só poderá ser alterado para apelidos públicos notórios. Poderá, ainda, ser determinada alteração para garantir segurança da vitima que fora ameaçada ou coagida em decorrência de colaborar com apuração de crime. Para tal é necessária a oitiva do MP e decisão judicial.
Da inscrição da adoção. 
O registro de nascimento decorrente de adoção será realizado no livro ‘A’ de nascimento. O registro será feito por ordem judicial (mandado) que ficará arquivado na serventia. No registro constará além dos requisitos de nascimento a indicação do juízo, o número do processo e a observação de que nenhuma informação sobre a origem do ato será fornecida sem prévia autorização judicial. O registro original da criança ou adolescente adotado será cancelado também por ordem judicial do juiz competente por mandado próprio ou constando nomandado de adoção. 
QUESTÕES 
TJRN/2012.INGRESSO.
26. Assinale a resposta correta.
I. Na falta ou impedimento do genitor, incumbirá à mãe efetuar o registro de nascimento; e, na falta de ambos, ao administrador do hospital ou ao médico ou parteira que tiverem assistido o parto.
II. O assento do nascimento do natimorto conterá os elementos referentes ao caso e a remissão ao do óbito, com o registro no livro C Auxiliar.
III. A alteração posterior do nome, inclusive em se tratando de pessoa capaz, pressupõe a intervenção do Ministério Público e a sentença judicial.
IV. Havendo motivo ponderável, poderá o enteado ou a enteada requerer ao juiz competente que seja averbado, no registro de nascimento, o nome da família do seu padrasto ou madrasta, conforme o caso.
a) Apenas as assertivas I e III estão corretas.
b) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
c) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas.
d) Apenas as assertivas II e III estão corretas.
TJRN/2012.INGRESSO.
35. Sujeitam-se a registro no cartório de registro civil de pessoas naturais:
a) Os nascimentos, os casamentos, as sentenças que decidirem a nulidade ou anulação do casamento, o desquite e o restabelecimento da sociedade conjugal, os óbitos, as emancipações, as interdições, as sentenças declaratórias de ausência, as opções de nacionalidade e as sentenças que deferirem a adoção.
b) Os nascimentos, os casamentos, as sentenças que decidirem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio e o restabelecimento da sociedade conjugal, os óbitos, as emancipações, as interdições, as sentenças declaratórias de ausência, as opções de nacionalidade e as sentenças que deferirem a adoção.
c) Os nascimentos, os casamentos, os óbitos, as emancipações, as interdições, as sentenças declaratórias de ausência, as opções de nacionalidade e as sentenças que deferirem a adoção. 
d) As sentenças que decidirem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio e o restabelecimento da sociedade conjugal; os atos judiciais ou extrajudiciais de reconhecimento de filhos; as escrituras de adoção e os atos que a dissolverem; e as alterações ou abreviaturas de nomes.
TJRN/2012.INGRESSO.
36. Sobre a cobrança de emolumentos, assinale a alternativa INCORRETA:
a) O notário que descumprir a legislação, apondo na certidão qualquer referência ao estado de pobreza do solicitante, se sujeitará, de imediato, à pena de suspensão.
b) O estado de pobreza será comprovado por declaração do próprio interessado ou a rogo, tratando-se de analfabeto, neste caso, acompanhada da assinatura de duas testemunhas.
c) Não serão cobrados pelo registro civil de nascimento e pelo assento de óbito, bem como pela primeira certidão respectiva. 
d) Os reconhecidamente pobres estão isentos de pagamento de emolumentos pelas certidões extraídas pelo cartório de registro civil.
TJRS/PROVIMENTO
23. O registro de nascimento feito após o decurso do prazo legal deve seguir os ditames da Lei de Registros Públicos (LRP). Em vista disso, marque a alternativa INCORRETA.
a) O requerimento do registro de nascimento tardio será assinado por 2 (duas) testemunhas.
b) O Serviço Registral das Pessoas Naturais do lugar da residência do interessado será o competente para registrar o assento de nascimento.
c) O Oficial do Registro Civil poderá exigir prova suficiente quando suspeitar da falsidade do declarante.
d) Somente haverá dispensa da multa aos comprovadamente pobres, nos termos do artigo 30 da LRP. 
TJRS/PROVIMENTO
25. Uma mãe encontra-se em trabalho de parto de trigêmeos: A, B e C. O gêmeo A nasce com vida e morre após alguns minutos. O gêmeo B nasce morto. E o gêmeo C nasce com vida. Marque a alternativa que se apresenta correta sobre os registros a serem elaborados.
a) Deverá ser feito um registro no Livro "A" e um no Livro "C", para o gêmeo A; um registro no livro "C auxiliar", para o gêmeo B e somente um registro no Livro "A", para o gêmeo C. 
b) Todos os gêmeos deverão ter registro no Livro "A".
c) Os gêmeos A e B terão registros somente no Livro "C auxiliar".
d) Deverá ser feito um registro no Livro “A” e um no Livro "C auxiliar", para o gêmeo A; um registro no Livro “C”, para o gêmeo B e somente um registro de nascimento para o gêmeo C. 
DA HABILITAÇÃO AO CASAMENTO
O processo de habilitação ao casamento tem por finalidade a certificação de habilitados ao casamento dos nubentes. O requerimento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho ou por procurador. O certificado de habilitação tem validade por 90 dias conforme previsto no art. 1532 do código civil. Para o processo é necessário juntar os documentos exigidos no art. 1525 do Código Civil e art. 459 do Provimento 09/2013.
I – certidão de nascimento, preferencialmente atualizada, ou documento equivalente. São documentos equivalentes: a certidão do traslado de assento de nascimento de filho de brasileiro no exterior; certificado de naturalização, certidão de nascimento lavrada no exterior; atestado consular; passaporte ou cédula de identidade para o estrangeiro. O provimento fala em certidão de nascimento preferencialmente atualizada, e tem como finalidade a confirmação do estado civil de solteiro. 
II – declaração do estado, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos. 
III – declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar. As testemunhas aqui referidas são aquelas permitidas pela lei para testemunhar. Neste caso não poderá ser testemunha o menor de 18 anos, mesmo que tenha mais de 16. As testemunhas podem ser parentes dos requerentes e atestarão a inexistência de impedimentos. A declaração falsa da testemunha poderá ensejar responsabilização criminal.
Parágrafo único. Deverão ainda ser apresentados, se for o caso:
I – autorização das pessoas sob cuja dependência legal estiver, ou ato judicial que a supra. Se um dos nubentes não tiver completos 18 anos de idade, será indispensável a apresentação de autorização por escrito dos representantes legais. Se os representantes não poderem ou não quiserem assinar a autorização pode ser suprida pelo juiz. A autorização poderá ser revogada até a data da celebração do casamento. Se os pais forem analfabetos a autorização pode ser levada a termo pelo oficial nos autos da habilitação e deverá ser assinada pelo Oficial, pelo Juiz e ainda por pessoa a rogo do analfabeto, sendo colhida ainda a digital do declarante ao pé do termo, tudo sendo presenciado por testemunhas que também assinam o termo. 
II – certidão comprobatória da dissolução de vínculo matrimonial anterior. Se um dos nubentes tiver sido casado deverá apresentar comprovação de extinção do vínculo conjugal anterior, como certidão de casamento com averbação do divórcio ou da anulação do casamento, certidão de óbito do cônjuge ou da ausência definitiva ou de morte presumida.
Da competência
Para o processo de habilitação ao casamento é competente a serventia da residência de um dos nubentes. Se os nubentes tem residência em circunscrição diversa deverá haver expedição de edital de proclamas a ser publicado na serventia da circunscrição do outro nubente. 
Quem pode casar
Poderá casar o maior de 16 anos, seja homem ou mulher, sendo necessária a autorização dos pais ou representantes legais para aqueles que ainda não atingiram a maioridade civil. A autorização poderá ser revogada até a data da celebração do casamento. Não havendo autorização justificada o juiz poderá suprir a autorização, mediante procedimento de suprimento de idade. Os menores de 16 anos só poderão casar-se por autorização judicial, e em caso de gravidez. 
Do casamento entre homoafetivos. Após o julgamento da ADI 4.227/DF pelo Supremo Tribunal Federal que garantiu o direito de união estável aos homoafetivos, garantindo-se ademais todos os efeitos decorrentes desta união estável. Depois dessa decisão o Brasil de uma forma quase unânime passou a adotar o casamento entre homoafetivos desde a habilitação.Ocorre que o julgamento restringiu-se ao reconhecimento da união estável não sendo estendido ao casamento, e isso gerou divergência doutrinária e jurisprudencial. Muitos juízos estão aprovando habilitação do casamento de homoafetivos equanto outros estão negando a habilitação. Em decorrência de uma desses requerimentos o STJ decidiu em recurso especial de nº 1.183.378 pela possibilidade de casamento entre homossexuais. Portanto segundo o STJ é possível permitir a habilitação de casamento para homossexuais, enquanto que para o STF é permitido o reconhecimento de união estável e seus efeitos entre os homossexuais.

Outros materiais