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DELEGADO CIVIL DIURNO CARREIRAS JURÍDICAS Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO Disciplina: Direito Administrativo Professor: Roberto Baldacci Aulas: 09 e 10 | Data: 01|10|15 ANOTAÇÃO DE AULA SUMÁRIO 1.LICITAÇÕES 2.PROCEDIMENTO GERAL 1.LICITAÇÕES Parte geral: - Natureza jurídica – Superior Tribunal de Justiça – é um ato administrativo... Lei – ato complexo – Cuidado: em ambos os casos, estes posicionamentos estão errados. Licitação tem natureza de procedimento administrativo sempre vinculado a Lei (NÃO TEM NATUREZA DE PROCESSO, POIS NÃO ENVOLVE UM LITIGIO JULGADO POR DEVIDO PROCESSO LEGAL E TAMBÉM NÃO É ATO, POIS NÃO EXPRESSA A SIMPLES INTENÇÃO DE AGIR DA ADMINISTRAÇÃO). É procedimento, pois, implica no cumprimento de atos e etapas previamente determinadas por Lei. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA: - Municípios podem legislar sobre licitações? Podem legislar sobre licitações, desde que, não invadam a competência que é privativa da União. Estados e Municípios não legislam sobre modalidades e tipos. - A competência é concorrente? Não, não é concorrente, pois, na falta da norma geral federal ninguém pode editar norma geral supletiva que é permitida nas competências concorrentes do artigo 24 da Constituição Federal. Conforme o artigo 22 da Constituição Federal, a competência para editar as normas gerais sobre licitações é privativa da União. Observação: norma geral é aquela que cria, altera ou extingue modalidades e tipos licitatórios. Observação: Modalidade – é o rito procedimental, é a seqüência de atos, etapas e prazos. Tipo licitatório – é o critério de julgamento das propostas. OBJETIVOS DE UMA LICITAÇÃO: - Segundo a Lei, são três os objetivos: Página 2 de 3 1º - obter a melhor proposta para o interesse público genericamente (não é nem a melhor proposta para o Estado e nem a melhor proposta para as políticas públicas); 2º - promover a isonomia – tanto a Lei, quanto a comissão de licitações deverão tratar de forma igual os iguais e de forma desigual os desiguais, buscando conferir a todos os interessados as mesmas chances de disputa. Exemplo: Lei Complementar 123 – Estatuto das Micro e Pequenas Empresas. Micro e pequenas empresas gozam de certos privilégios ao disputarem licitações e os mais importantes são: A – Licitação de pequeno valor – pode ser exclusiva para micro empresas ou empresas de pequeno porte. B – Ocorrendo o empate entre micro e pequena empresa e empresas comuns, a micro ou pequena empresa terá a preferência na contratação. C - *Quando micro ou pequena empresa deixa de ser vencedora, perdendo por uma diferença de até (10% em relação ao vencedor – sendo de 5% quando a modalidade for pregão), terá o direito de fazer mais um lance extra, depois de encerrada a disputa. 3º - Promover o desenvolvimento nacional sustentável: Sustentável: a proposta que empregue fontes de recursos renováveis ou uso de energia limpa, poderá gozar de vantagem na disputa ou no julgamento, desde que, previsto no Edital. Desenvolvimento Nacional: margem de preferência. Quando o objeto de uma licitação envolver tecnologia ou automação, a empresa brasileira que use tecnologia 100% nacional poderá ser vencedora, ainda que cobre até 25% mais caro que as demais empresas estrangeiras. OBRIGATORIEDADE: são duas as frentes. - Quem está obrigado a licitar? R – Segundo o artigo 37, XXI, da Constituição Federal (todos das três esferas), que integram os três Poderes e também os entes Estatais independentes, está sujeitos a obrigatoriedade licitatória – porém a CF não indica, as 2 grandes exceções: A – OAB – Segundo o STF ao deixar de ser autarquia e passando a ser uma entidade estatal suigeneres, deixou de estar obrigada a licitar. B – As Estatais estão obrigadas a licitar em suas atividades MEIO, mas não estão sujeitas a licitação em suas atividades FINS. Atividade Meio = é toda aquela vinculada a existência e funcionamento da entidade, preenchendo ou atendendo interesses próprios da Estatal. Exemplos: comprando material de consumo, máquinas, computadores, móveis, contratando serviços e obras simples, etc. Atividade FIM = é toda aquela de relacionamento comercial com o mercado. Exemplo: Petrobrás na venda de combustíveis, Banco do Brasil na venda de produtos bancários, Caixa Econômica Federal firmando parceria com seguradoras e etc. ***Excepcionalmente a Lei também exige licitação nas compras e contratações feitas pelas entidades do Sistema S (Sesc, Senai), pois estas entidades, são mantidas em partes por receitas públicas arrecadadas pelo INSS. *** - Para quais interesses a Licitação é obrigatória? Página 3 de 3 R – A Constituição Federal exige licitação para o atendimento de quatro interesses: 1º - compras em geral; 2º - para contratar obras e serviços em geral; 3º - para alienações em geral; 4º - para o recebimento de trabalhos técnicos, artísticos e científicos. ***Demais interesses, tal como, patrocínios, apoios, fomentos e etc., não estão sujeitos a licitação.*** 2.PROCEDIMENTO GERAL TODAS as licitações (LEI 8666|93 + LEIS ESPECIAIS) regidas pela lei de licitações, que é uma das leis gerais que regulamenta o artigo 37, XXI, da Constituição Federal, como também, aquelas regidas por leis especiais são SEMPRE iniciadas por um P.A.P. – Procedimento Administrativo Preparatório, também chamado de “FASE FECHADA”. Quando um ente obrigado a licitar tiver uma necessidade sujeita a licitação, encaminhará o requerimento ao superior hierárquico ou chefe da entidade, cabendo a este ao deferir, PUBLICAR O DESPACHO QUE DARÁ INICIO AO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO. O despacho desta autoridade representa também o empenho financeiro que autorizará o uso da receita prevista em orçamento para cobrir aquela despesa. O despacho também nomeia ou constitui a comissão de julgamento de licitações, que é uma comissão administrativa, constituída em regra por servidores públicos daquele próprio ente ou poder, que serão nomeados comissionadamente para um mandato como membro da comissão. Os grandes licitantes, a comissão é permanente e nos pequenos licitantes a comissão é ad hoc, ou seja, constituída para aquele procedimento. LEI COMPLEMENTAR 101|2000 – LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - Ente ou um poder estatal terá um dirigente, e este dirigente é a única autoridade que tem o poder de ordenar o inicio de execução de despesas – L.O.A Dirigente = “ordenador das despesas”. Observação: despacho autoriza o inicio de execução de uma compra ou contratação de obra, ou serviço: o chefe da entidade ou poder, irá ordenar ao longo de 1 ano a execução de despesas, previstas e autorizadas na Lei Orçamentária Anual. A Lei Orçamentária Anual indicará a dotação orçamentária que foi autorizada pelo Poder Legislativo para a realização daquelas despesas. Este valor da dotação é o teto ou limite máximo, que poderá ser gasto naquela contratação que será licitada e posterior necessidades de mais recursos financeiros dependerão em regra, de nova autorização legislativa. Empenhar uma despesa em valor superior a dotação orçamentária, implicará em CRIME DE RESPONSABILIDADE FISCAL E NULIDADE DE PAGAMENTOS FEITOS, com ordem de devolução de valores.
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